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Para 44% dos brasileiros, o Brasil corre o risco de "virar um país comunista" sob o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É o que aponta pesquisa Ipec divulgada nesse domingo (19), pelo jornal O Globo. De acordo com o levantamento, 33% concordam totalmente com a afirmação de que um novo regime poderia ser implantado no País, e 13% concordam parcialmente com a tese. Discordam total ou parcialmente da ideia 48% dos entrevistados.

A 'ameaça comunista' foi um tema explorado durante a eleição de 2022 pelo então presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, derrotado nas urnas. A afirmação ganha força entre os entrevistados que avaliam mal o início do governo petista: 81% dos que afirmam que a gestão Lula é "ruim ou péssima" concordam com o risco de comunismo. Já 71% dos que consideram o governo Lula "bom ou ótimo" rejeitam a afirmação.

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Terceira via

Também de acordo com a pesquisa, 57% da população afirmou que gostaria que o Brasil tivesse uma terceira via para evitar a polarização política no País. Nesse caso, a divisão por gênero se equipara: 56% dos homens defendem um nome alternativo a Lula e Bolsonaro, assim como 57% mulheres. A possibilidade de uma terceira via para reter a polarização ganha espaço em três faixas etárias: 16 a 24 (59%), 25 a 34 (61%) e 35 a 44 (59%).

8 de janeiro

A pesquisa também questionou os entrevistados sobre os atos golpistas do dia 8 de janeiro promovidos pelos apoiadores de Jair Bolsonaro. Para 51% dos entrevistados, o ex-presidente não tem culpa pelo episódio que ocorreu em Brasília. Outros 22% acreditam que o ex-mandatário deve ser julgado e perder o direito de ser candidato no futuro. Para 19%, Bolsonaro deve ser julgado e preso. Aqueles que não souberam responder ficou em 8%.

A pesquisa Ipec realizou entrevistas presenciais com 2 mil pessoas de 16 anos ou mais em 128 municípios do País entre os dias 2 e 6 de março. A margem de erro máxima estimada é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.

Dinheiro e juventude não trazem felicidade. E não se trata de nenhum ditado ou pensamento filosófico, mas do Mapa da Felicidade do Estado de São Paulo, maior pesquisa sobre o tema no País, realizada pela primeira vez em 2004 e reeditada agora, em celebração ao Dia Internacional da Felicidade, 20 de março. Outros resultados interessantes, divulgados a seguir com exclusividade pelo Estadão, indicam que a espiritualidade é o atributo mais decisivo para a sensação de felicidade dos paulistas e as mulheres se tornaram mais felizes do que os homens.

"Como a percepção de felicidade é subjetiva, a melhor forma de avaliação é propor que os entrevistados definam o nível de felicidade que estão sentindo e os atributos que mais interferem nessa sensação", explica o estatístico e cientista da felicidade Jorge Oishi, coordenador da pesquisa, realizada pelo Instituto Cidades.

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E quais seriam os principais ingredientes da sensação dos paulistas? Entre 11 pilares avaliados, "Espiritualidade" obteve o maior impacto, com índice 7,3, enquanto "Governo" ficou no lado oposto, com 5,1. As regiões que mais valorizam a espiritualidade são Guarulhos e São Paulo, enquanto as regiões mais críticas à contribuição do governo para a sensação de felicidade são Campinas e o ABCD.

Dos entrevistados em 2023, 72% se disseram "felizes" ou "muito felizes", ante 84% há duas décadas. Houve, no entanto, diferença significativa a favor de 2023: 39% dos entrevistados se definiram como "muito felizes", ante 25% em 2004.

Na situação oposta, 13% dos entrevistados se disseram "infelizes" ou "muito infelizes" em 2023, ante 4% em 2004. São indícios de que parece estar havendo radicalização dos sentimentos: mais pessoas se sentindo muito felizes e mais pessoas se sentindo muito infelizes. Entre os resultados surpreendentes da pesquisa está a constatação de que não há relação direta entre renda e sensação de felicidade.

Das pessoas com renda familiar mensal abaixo de R$ 1.320, 44% se classificaram como "muito felizes", ante 37% das pessoas com renda familiar acima de R$ 13.200. Houve uma forte inversão entre essas duas faixas em comparação aos resultados de duas décadas atrás, quando apenas 22% dos mais pobres e 52% dos mais ricos se disseram muito felizes.

O índice de felicidade subiu de 6,21 para 6,54 entre os mais pobres - a melhor média entre todas as faixas de renda - e caiu de 7,79 para 6,53 entre os ricos. Outra revelação: o índice da faixa entre 16 e 24 anos caiu de 7,11 para 6,32, passando do primeiro para o último lugar entre as cinco faixas etárias avaliadas. No lado oposto, pessoas com mais de 60 anos têm nível de felicidade 6,48, ante 6,26 em 2004.

Chama a atenção também o fato de que as mulheres passaram a se sentir mais felizes do que os homens. O índice dos homens foi reduzido, no período, de 6,84 para 6,37, enquanto o das mulheres caiu bem menos, de 6,53 para 6,44.

Litoral tem maior queda; e tragédia pode ser o motivo

A queda no nível de felicidade da capital, 7%, só não foi maior do que a redução de 21% no índice do litoral, que despencou de 7,16 para 5,67. Embora nenhuma cidade do litoral norte tenha participado da pesquisa, a tragédia durante o carnaval pode ter influenciado mais as respostas dos participantes do litoral sul, avalia Jorge Oishi, coordenador da pesquisa realizada pelo Instituto Cidades.

Como a pesquisa foi feita?

Para que a comparação entre as duas edições da pesquisa fosse possível, o Instituto Cidades aplicou a mesma metodologia de levantamento e análise dos dados, com amostragem semelhante. Em 2004, foram feitas 5.952 entrevistas em 74 municípios, representantes das 11 regiões. Na edição de 2023, foram realizadas 5.777 entrevistas em 71 municípios das mesmas regiões, com o trabalho de campo sendo realizado entre 1º e 10 de março. O cálculo envolve diferentes fatores de multiplicação de acordo com os pilares e as categorias.

A metodologia utilizada no Mapa da Felicidade do Estado de São Paulo será em breve oferecida à população de todo o País por meio de uma solução de desenvolvimento humano da startup ZenBox, da qual Oishi é um dos sócios-fundadores.

"A ideia é, por meio da adesão voluntária das pessoas às atividades e avaliações propostas por nossa metodologia, elas possam compreender os impactos dos pilares da vida na sua felicidade e desenvolver comportamentos para aumentar esse índice", descreve o pesquisador.

A fase é de valorização do tema felicidade no mundo corporativo, movimento impulsionado pelas pesquisas científicas que indicam a importância dessa sensação para a saúde mental e a gestão das emoções. Muitas empresas até já criaram um cargo executivo para cuidar do tema, conhecido pela sigla CHO - que não vem de "xô, tristeza!", mas da sigla em inglês Chief Happiness Officer, ou simplesmente Diretor de Felicidade.

O Ipec aferiu a população brasileira sobre o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com os dados, publicados neste domingo (19) pelo jornal O Globo, 41% dos entrevistados classificam a gestão de Lula como boa ou ótima. Por outro lado, para 24%, ela é ruim ou péssima. Enquanto 30% consideram regular.

O Ipec foi às ruas entre os dias 2 e 6 de março e ouviu 2 mil pessoas de 128 municípios brasileiros. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. 

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Ainda segundo dos dados, dos entrevistados que dizem ter votado no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), 36% classificaram o governo do petista como regular e 54% reprovaram.

Já entre os que declararam ter elegido o presidente, 77% avaliaram positivamente a administração de Lula e 22% classificaram como regular.

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A segunda edição da Bio Business, promovida pelo Governo do Estado Pará, foi aberta na noite de quinta-feira (16), na Estação das Docas, em Belém. O evento tem como principal objetivo incentivar projetos inovadores e a interação entre setores de produção e investimento, respaldados pelo mercado de pesquisa e integrados aos governos estadual e federal, comunidade internacional e sociedade civil organizada, para fomentar a bioeconomia nos Estados que compõem a Amazônia Legal.

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Selecionadas em edital, startups locais, representantes dos povos indígenas, associações e cooperativas ribeirinhas, micro e pequenas empresas formaram as 12 regiões de integração do Estado na Bio Business 2023, articulada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS), na ocasião representada por seu titular, Mauro Ó de Almeida, em parceria com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) e apoio da Embaixada do Reino Unido.

Considerando a proposta do Plano Estadual de Bioeconomia (PlanBio), lançado na COP 27 – Conferência da Organização das Nações Unidas Sobre Mudanças Climáticas, realizada no Egito, o evento teve em sua programação "Rodadas de experiências em bioeconomia: conhecimento tradicional, tecnologias e inovação"; "Investimentos e mercado para os produtos da bioeconomia" e "Consolidação das cadeias da bioeconomia".

Tatiana Yamamoto, CEO da Amazon Rhiira, descreveu o trabalho realizado pela startup da família: “Um dispositivo de origem mineral que é utilizado em veículos automotores terrestres e aquáticos com o objetivo de alinhar as moléculas de combustível fóssil (gasolina e diesel), proporcionando a diminuição das emissões de carbono negro na atmosfera em até 96% , além do aumento da potência do motor e redução do custo de manutenção. Diminuindo, assim, todos os impactos negativos gerados no meio ambiente (fenômeno do efeito estufa, aquecimento global) e na saúde (caso de doenças respiratórias ou degenerativas, como cânceres)".

As mulheres empreendedoras da Preciosa Amazônia, de Parauapebas, apresentaram as biojoias resultantes do trabalho feminino ainda pouco valorizado e que na Bio Business tem a chance de reconhecimento. Peças como o colar “Beleza do Cocal” foram expostas no estandede negócios.

Essa visibilidade é confirmada pelo diretor de Políticas Públicas e Desenvolvimento Territorial do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), Eugênio Pantoja, “É um conjunto de oportunidades de negócios a partir da bioeconomia do Estado, ou seja, baseada na floresta, com respeito à cultura, tradição e também com grande oportunidade de inclusão econômico-social”, explicou o gestor sênior da instituição.

Os expositores representaram a Amazônia em seu vasto universo de riquezas, como o látex transformado em fios pela Da Tribu. O produto nasceu do encontro entre as famílias de Katia Fagundes e da ribeirinha Corina Magno. 

Rubens Magno, superintendente do SEBRAE-PA, compartilhou o propósito de reunir todos os SEBRAES da Amazônia Legal como manifestação de fortalecimento das micro e pequenas empresas com propostas de desenvolvimento sustentável.

É nessa linha de produção que a Cacauaré trabalha. “Do manejo ao produto final. Os passos são a fermentação, secagem e armazenamento nas instalações montadas na cidade de Mocajuba (PA), onde trabalhamos o cacau", detalhou Noanny Maia, responsável pelo Marketing da marca.

Os participantes da Bio Business aplaudiram o desfile de produtos de moda e acessórios, tendo como modelos as mulheres amazônidas de diferentes áreas de atuação profissional. E puderam, ainda, degustar a gastronomia local reconhecida internacionalmente. Além de serem contemplados com as vozes de Juliana Sinimbú e Gabriel Xavier em apresentações musicais. Imagens no telão do palco reproduziram realidades amazônicas.

Os valores agregados entre as doze iniciativas de integração do Estado: Cooperativa de Agroextrativismo da Comunidade do Urubutinga, Preciosa Amazônia, Jambu Sinimbu, Polo de Proteção da Biodiversidade e Uso Sustentável dos Recursos Naturais, Associação dos Trabalhadores Agroextrativistas da Ilha de São Salvador- ATAISS, Fazenda Bacuri, Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (CAMTA), Cacauaré– Cacau Nativo da Amazônia,  Coopatrans, Associação dos Moradores da Reserva Extrativista Rio Iriri (Amoreni), AmazonTastye 100% Amazônia parcelas Exportação e Reprodução Ltda. demonstram uma parcela do que se almeja no bionegócio.

“Nossos encontros são inúmeros, precisamos ver o desenvolvimento mais enraizado”, Observou a secretária de Cultura do Estado, Úrsula Vidal, ao encerrar a programação do primeiro dia da Bio Business 2023.

Por Rosângela Machado (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

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O jornalista e professor Thiago Almeida Barros lançou em Belém, na última terça-feira (7), o livro “Coração da Amazônia, território em disputa: movimento indígena e representação política em campanha contra hidrelétricas”, um estudo sobre os conflitos pela ocupação territorial na região amazônica paraense. O lançamento ocorreu na abertura semestral do PPCLC (Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Linguagens e Cultura) da UNAMA - Universidade da Amazônia.

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Fruto de quatro anos de pesquisas, o livro faz uma abordagem sobre as relações entre povos nativos da Amazônia e as organizações voltadas para o cuidado da floresta. “Analiso a dinâmica da representação política não eleitoral a partir da aproximação entre uma organização ambientalista de atuação transnacional, o Greenpeace Brasil, e uma das etnias indígenas que abrigam território constantemente pressionado pela fronteira desenvolvimentista, os Munduruku de Sawré Muybu. A partir das experiências de campanha contra a construção de hidrelétrica no rio Tapajós, no Pará, identifico se persistem em seus processos a tutela e o assistencialismo e caracterizo como atores e instituições indígenas e não indígenas se relacionam”, explicou Thiago.

O professor também ressaltou a importância de se abrir o debate sobre o tema abordado no livro. “Falar de representação política é importante porque nos leva à discussão sobre a importância da autonomia de sujeitos e grupos em processos sociais, especialmente comunidades indígenas, que sofrem inúmeras pressões, desde o período colonial, e lutam para que suas demandas e existências não sejam invisibilizadas”, falou Thiago.

Thiago também falou sobre a leitura de livros em uma sociedade altamente digitalizada. “A leitura é fundamental, seja em meio impresso ou em telas. É o primeiro passo para que outros tipos de linguagens sejam compreendidos, a exemplo de produções audiovisuais, que são tão centrais hoje e carregam uma carga simbólica muito forte”, ressaltou Thiago.

O professor concluiu falando sobre o tipo de retorno que espera do público leitor do seu livro. “Estou feliz pelo interesse de pessoas que não são do ambiente acadêmico. Espero que o livro alcance um público ainda maior, de escolas, jornalistas, pessoas que atuam em outras áreas. O livro fala de problemas que competem a todos nós como cidadãos”, finalizou Thiago.

Doutor em Comunicação, Linguagens e Cultura (PPGCLC/UNAMA, 2021), mestre em Planejamento do Desenvolvimento do Trópico Úmido - Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA/UFPA, 2011), Thiago Barros se divide entre a redação do jornal O Liberal, em Belém, onde atua como editor, e a academia. Professor da UNAMA, o integra o Grupo de Pesquisa Comunicação e Política na Amazônia (Compoa - UFPA/CNPq) e recebeu a medalha Margarida Kuncsh pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (INTERCOM), em 2007.

Thiago faz parte do corpo docente do PPGCLC e já integrou o grupo de professores orientadores do projeto LeiaJá na Universidade da Amazônia. Tem experiência interdisciplinar em comunicação, política, políticas públicas e desenvolvimento sustentável e trabalha na linha de pesquisa sobre representação política, desenvolvimento sustentável e processos midiáticos.

Por Igor Oliveira (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

Um a cada cinco brasileiros afirma ter visto alguma mulher sendo abusada sexualmente em 2022, aponta o levantamento International Women's Day, realizado pelo instituto de pesquisa de mercado Ipsos em conjunto com a Universidade King College, de Londres. O estudo, direcionado ao Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta quarta-feira, 8 de março, entrevistou 22.508 pessoas entre 16 e 74 anos de 32 países diferentes sobre assuntos que envolvem igualdade de gênero, violência contra a mulher e percepções sobre a discriminação contra o público feminino.

Mil brasileiros participaram da pesquisa, que foi feita de forma online entre os dias 22 de dezembro de 2022 e 6 de janeiro deste ano. O grupo de 21% de entrevistados do Brasil que afirmou ter visto, de forma próxima, uma mulher sendo vítima de abuso sexual no ano passado colocou o País na 8ª colocação do ranking na categoria, cuja média de respostas positivas foi de 14%.

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O país que mais reuniu testemunhas deste tipo de violência foi a Tailândia, com 30%, seguido de Peru (29%), Índia (28%), Indonésia (25%), África do Sul (23%), Colômbia (22%) e Malásia (21%). As três últimas nações do ranking foram a Hungria e a Polônia (as duas com 6%), e o Japão, onde só 4% disseram ter visto alguma mulher sendo vítima de violência sexual.

O Brasil também ficou na oitava posição quando a pergunta do levantamento foi se, no ano passado, o entrevistado ou a entrevistada teria ouvido um amigo ou membro da família fazer um comentário sexista sobre uma mulher? Dos brasileiros abordados, 36% responderam positivamente. A média foi de 27%.

Quem encabeça o ranking nesta categoria da pesquisa é o Chile, com 45% dos participantes respondendo sim à pergunta. Dos outros quatro que estão no top 5, três são países sul-americanos: Argentina (44%), Peru (40%) e Colômbia (39%) - Portugal também aparece como um dos líderes do ranking com 41%.

Também para esse questionamento os japoneses foram os que menos presenciaram um amigo ou membro da família fazendo um comentário sexista sobre uma mulher: 4%.

A International Women's Day também revelou que, apesar das pessoas presenciarem essas cenas, não são todos que intercedem ou repreendem os agressores. No Brasil, apenas 14% afirmam confrontar o abusador, sendo que a iniciativa do embate, na maior parte das vezes, é feito pelas mulheres (15%), do que os homens (12%).

Apenas 27% responderam na pesquisa que alertaram, no último ano, algum amigo ou parente sobre algum comentário machista feito sobre uma mulher.

Em contrapartida, somente 5% dos brasileiros entrevistados afirmaram que o assunto sobre violência contra a mulher não foi importante para elas no ano passado, e apenas 9% consideram que tomar alguma medida contra isso não teria feito nenhuma diferença para diminuir esse espaço de desigualdades.

No entanto, 11% admitiram ter medo de tomar alguma medida em defesa da igualdade de gênero com receio de ser abusado fisicamente ou ameaçado. Esse pode ser um dos motivos, segundo a pesquisa, pelo qual as pessoas deixaram de tomar alguma ação quando presenciaram cenas de mulheres sendo vítimas de alguma violência sexual.

Até porque, no País, apenas 11% afirmam que não tomaram nenhuma atitude frente a um caso de violência sexual contra mulheres porque nunca estiveram em uma situação em que tenham visto um exemplo de desigualdade de gênero. Ou seja, os brasileiros que nunca viram uma cena do tipo são minoria. É um dos menores índices de respostas afirmativas da pesquisa, que posicionam o Brasil à frente apenas de Turquia, Coreia do Sul, Arábia Saudita e Japão no ranking do estudo.

Outros dados sobre brasileiros levantados na pesquisa:

- 70% acreditam que as mulheres vão conseguir atingir a igualdade de gênero quando os homens apoiarem os direitos delas;

- 74% afirmam que há medidas que a própria pessoa pode adotar para promover a igualdade entre homens e mulheres;

- 46% dos brasileiros se definem como feministas;

- 66% discordam da afirmação de que um homem é "menos homem" quando precisa ficar em casa para cuidar de uma criança;

- 78% enxergam que, atualmente, existe uma desigualdade entre mulheres e homens em termos de direitos sociais, políticos e/ou econômicos no país;

- 47% dizem ter medo de defender os direitos das mulheres por receio das consequências;

- 23% admitem ter presenciado descriminação de gênero no trabalho em 2022 e 21% afirmam que falaram sobre o assunto no ambiente profissional no ano passado;

- 34% afirmam ter conversado com amigos ou familiares sobre igualdade de gênero em 2022;

- 27% dizem ter alertado, no último ano, algum amigo ou parente sobre algum comentário machista feito sobre uma mulher;

- 10% (9% homens e 11% mulheres) admitem ter participado de algum protesto em defesa dos direitos das mulheres no ano passado;

- 13% dizem não saber como conversar sobre igualdade de gênero;

- 8% admitem que se preocupam com o que as outras pessoas vão achar sobre o posicionamento adotado; e 10% temem que isso pode prejudicá-los no trabalho;

- 7% dizem não querer promover a igualdade de gênero e 5% acreditam que as desigualdades entre homens e mulheres não existem.

O Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR) subiu 1,06% em fevereiro de 2023, de acordo com os resultados divulgados nesta terça-feira (7). Apesar de continuar em uma crescente, o aumento passa por um momento de desaceleração, em comparação com a taxa de 4,20% registrada em janeiro. O indicador é calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (IBRE/FGV) e mostra que a taxa acumulada em 12 meses passou de 10,74% em janeiro de 2023 para 8,73% em fevereiro de 2023.

Os dados apontam ainda que entre janeiro e fevereiro, metade das cidades analisadas pelo IVAR acompanharam a tendência do índice médio e registraram desaceleração. Estes são os casos de São Paulo (de 2,84% para 2,10%) e Porto Alegre (de 10,15% para -4,71%). Já as duas restantes, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, notaram alta na variação do aluguel residencial. A primeira passou de 1,45% para 3,11% e a segunda de 0,72% para 5,97%.

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Duas das quatro cidades componentes do IVAR tiveram desaceleração nas taxas interanuais entre fevereiro 23 a fevereiro 22. Em São Paulo caiu de 8,20% para 7,91% e em Porto Alegre de 16,79% para 7,42%. Nas outras restantes houve movimento contrário e avançaram nas taxas anuais. Belo Horizonte saiu de 9,82% para 12,12% e Rio de Janeiro de 8,51% para 9,10%.

Conforme a FGV, o IVAR foi criado para medir a evolução mensal dos valores de aluguéis residenciais do mercado de imóveis no Brasil. A próxima divulgação do indicador está prevista para o próximo dia 5 de abril.

Nove em cada dez adolescentes, entre 13 e 17 anos de idade, conseguem comprar cigarros em locais comerciais autorizados, como padaria, cafeteria, mercados e bancas de jornal, conforme estudo do Instituto Nacional de Câncer (Inca) divulgado nesta sexta-feira (3). A venda é proibida para essa faixa etária.

O estudo, que usa dados de pesquisas escolares, mostra ainda que sete em cada dez jovens teve acesso a cigarro pela compra direta nos estabelecimentos autorizados. Entre 2015 e 2019, a venda proibida cresceu de 81,1% para 89,6%. Outro dado é que 70% dos menores de idade adquirem cigarro unitário, o que significa que os postos de venda abrem o maço de cigarros e comercializam unidades avulsas, em desacordo com a lei.

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Para o diretor executivo da Fundação do Câncer, Luiz Augusto Maltoni, os dados mostram que os adolescentes têm tido facilidade em comprar cigarros em locais onde a venda não deveria ocorrer.

“Quando se viola um maço ou embalagem de cigarro qualquer, que é produto para consumo, você está colocando em risco a integridade do produto. Não se sabe se o que havia ali dentro foi alterado”, alerta o médico. “São duas transgressões importantes. Primeiro, não cumprindo a lei em relação a vender para menores de idade e, segundo, vender o cigarro avulso, que é outra transgressão que a lei não permite”.

De acordo com Maltoni, pais, sociedade e instituições de controle devem manter vigilância no combate ao tabagismo no Brasil, mesmo com a queda em mais de 50% do número de fumantes no país. “A gente percebe que não tem conseguido avançar muito mais nessa redução. É preciso manter constantemente a atenção sobre todos esses pontos, para atuar na faixa etária em que existe oportunidade maior de fazer com que o hábito de fumar não se inicie e, portanto, o vício entre as crianças, os jovens e adolescentes”.

Desde 2019, Brasil e a Turquia são citados como dois países que adotaram todas as medidas de combate ao tabaco, estabelecidas em 2005 pelo Relatório MPOWER, da Organização Mundial da Saúde (OMS), segundo do diretor. “Não podemos deixar que a falta de fiscalização ou que as novas formas de fumar, como os cigarros eletrônicos, reaqueçam esse mercado com a formação de novos públicos”.

O fumo, ativo ou passivo, pode levar a diversos problemas de saúde, como doenças cardíacas, respiratórias e câncer.

Mais um ano em que a violência contra as brasileiras têm sido crescente no país. É o que mostra a quarta edição da pesquisa Visível e Invisível: a Vitimização de Mulheres no Brasil. Realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o levantamento permite estimar que cerca de 18,6 milhões de mulheres brasileiras foram vitimizadas em 2022, o equivalente a um estádio de futebol com capacidade para 50 mil pessoas lotado todos os dias. Em média, as mulheres que foram vítimas de violência relataram ter sofrido quatro agressões ao longo do ano, mas entre as divorciadas a média foi de nove vezes.

A pesquisa traz dados inéditos sobre diferentes formas de violência física, sexual e psicológica sofridas pelas brasileiras no ano passado. Em comparação com as edições anteriores, todas as formas de violência contra a mulher apresentaram crescimento acentuado no ano passado. Segundo o levantamento, 28,9% das brasileiras sofreram algum tipo de violência de gênero em 2022, a maior prevalência já verificada na série histórica, 4,5 pontos percentuais acima do resultado da pesquisa anterior.

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"Todos os dados da pesquisa são realmente bem tristes, mas, quando olhamos para as violências sofridas pelas mulheres no Brasil, comparado com as pesquisas que a gente fez anteriormente, todas as modalidades de violência foram acentuadas nesse último ano. Então as mulheres estão sofrendo cada vez mais violência. Há aumento de 4 pontos percentuais sobre as mulheres que sofreram algum tipo de violência ou agressão no último ano, comparado com a pesquisa anterior. Esse é um dado que choca bastante”, lamenta a a pesquisadora do Fórum Brasileiro de Segurança Pública Amanda Lagreca.

A pesquisa ouviu 2.017 pessoas, entre homens e mulheres, em 126 municípios brasileiros, no período de 9 a 13 de janeiro de 2023, e foi realizada Instituto Datafolha e com apoio da Uber. 

Os dados de feminicídios e homicídios dolosos de mulheres do ano de 2022 ainda não estão disponíveis, mas o crescimento agudo de formas graves de violência física, que podem resultar em morte a qualquer momento, é um sinal, diz a diretora executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno. “Não será surpresa se nos depararmos com o crescimento de ambas as modalidades de violência letal contra as mulheres. Infelizmente, o Brasil ficou mais inseguro para todas nós.”

Os resultados da pesquisa mostraram que 11,6% das mulheres entrevistadas foram vítimas de violência física no ano passado, o que representa um universo de cerca de 7,4 milhões de brasileiras. Isso significa que 14 mulheres foram agredidas com tapas, socos e pontapés por minuto.

Entre as outras formas de violência citadas, as mais frequentes foram as ofensas verbais (23,1%), perseguição (13,5%), ameaças de violências físicas (12,4%), ofensas sexuais (9%), espancamento ou tentativa de estrangulamento (5,4%), ameaça com faca ou arma de fogo (5,1%), lesão provocada por algum objeto que foi atirado nelas (4,2%) e esfaqueamento ou tiro (1,6%).

A pesquisa apresentou um dado inédito: uma em cada três brasileiras com mais de 16 anos sofreu violência física e sexual provocada por parceiro íntimo ao longo da vida. São mais de 21,5 milhões de mulheres vítimas de violência física ou sexual por parte de parceiros íntimos ou ex-companheiros, representando 33,4% da população feminina do país.

Se considerado os casos de violência psicológica, 43% das mulheres brasileiras já foram vítimas do parceiro íntimo. Mulheres negras, de baixa escolaridade, com filhos e divorciadas são as principais vítimas, revelou a pesquisa. 

“Quando a gente olha esse dado de 33,4%, comparado com média global da Organização Mundial da Saúde, de 27%, o que estamos vendo é que no Brasil esse número é mais elevado do que o número um estimado pela OMS”, lamenta Amanda Lagreca.  Para a pesquisadora, outro dado chocante é com relação ao autor da violência. Pela primeira vez, o estudo apontou o ex-companheiro como o principal autor da violência (31,3%), seguido pelo atual parceiro íntimo (26,7%).

O autor da violência é conhecido da vítima na maior parte dos casos (73,7%). O que mostra que o lugar menos seguro para as mulheres é a própria casa – 53,8% relataram que o episódio mais grave de agressão dos últimos 12 meses aconteceu dentro de casa. Esse número é maior do que o registrado na edição de 2021 da pesquisa (48,8%), que abrangeu o auge do isolamento social durante a pandemia de covid-19.  Outros lugares onde houve episódio de violência foram a rua (17,6%), o ambiente de trabalho (4,7%) e os bares ou baladas (3,7%). Sobre a reação à violência, a maioria (45%) das mulheres disse que não fez nada. Em pesquisas anteriores, em 2017 e 2019, esse número foi de 52%.

O número de vítimas que foi até uma Delegacia da Mulher aumentou em relação a 2021, passando de 11,8% para 14% em 2022. Outras formas de denúncia foram: ligar para a Polícia Militar (4,8%), fazer um registro eletrônico (1,7%) ou entrar em contato com a Central de Atendimento à Mulher pelo Disque 180 (1,6%).

Assédio sexual A pesquisa mostrou que 46,7% das brasileiras sofreram assédio sexual em 2022, um crescimento de quase 9 pontos percentuais em relação a 2021, quando a prevalência de assédio foi de 37,9%.

Com a pesquisam pode-se estimar que 30 milhões de mulheres que relataram ter sofrido algum tipo de assédio; 26,3 milhões de mulheres ouviram cantadas e comentários desrespeitosos na rua (41,0%) ou no ambiente de trabalho (18,6% - 11,9 milhões), foram assediadas fisicamente no transporte público (12,8%) ou abordadas de maneira agressiva em uma festa (11,2%).

Apenas 26% dos professores em Pernambuco afirmam que o curso superior os prepara bem para início da profissão. É o que aponta uma pesquisa realizada pelo Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), em parceria com o Itaú Social, Todos Pela Educação, Instituto Península e Profissão Docente.

O estudo também apontou que 87% dos professores concordam, totalmente ou em parte, que cursos presenciais formam professores melhor preparados para a docência.

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A pesquisa também apontou que apenas 7% concordam que os professores são tão valorizados quanto médicos, engenheiros e advogados no Brasil.

Já 94% dos docentes concordam que a progressão na carreira deve vir através da melhoria da prática pedagógica e 28% dos professores afirmam que o principal desafio em sala de aula é lidar com o desinteresse dos estudantes pela aula.

O presidente Lula (PT) confirmou o aumento do valor e da quantidade das bolsas graduação, pós-graduação, de iniciação científica e na Bolsa Permanência. Os reajustes poderão chegar a 200% e serão oficializados nesta quinta-feira (16), em uma cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, às 15h. 

A medida incide principalmente no ensino superior e na produção científica. Por isso, o chefe do Executivo destacou que "o Brasil voltará a valorizar estudantes e nosso futuro" e frisou que os repasses não eram alterados desde o governo Dilma. 

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Os aumentos passam a valer em março e sofrem variação conforme a bolsa adquirida pelo estudante ou pesquisador. As bolsas de mestrado e doutorado, por exemplo, passarão por um reajuste de 40%. 

No caso do mestrado, o valor sairá de R$ 1.500 para R$ 2.100. No doutorado, de R$ 2.200 para R$ 3.100. Também é esperada a ampliação do número de beneficiários da bolsa mestrado em 17%. Em 2022, 48,7 mil vagas foram ofertadas. Para este ano, a intenção do governo é propor 53,6 mil. 

Nas bolsas de pós-doutorado, o acréscimo será de 25%, com aumento de R$ 4.100 para R$ 5.200. O governo federal também deve oferecer 53 mil bolsas de iniciação científica já no ensino médio, que vão passar de R$ 100 para R$ 300. 

As bolsas para formação de professores da educação básica devem ser receber um acréscimo de até 75%, com 125,7 mil auxílios disponíveis para 2023. Atualmente, os repasses variam de R$ 400 a R$ 1.500. 

A Bolsa Permanência vai ganhar seu primeiro reajuste da história. O auxílio destinado a estudantes quilombolas, indígenas, integrantes do Prouni e alunos em situação de vulnerabilidade socioeconômica matriculados em instituições federais de ensino superior também vai aumentar em até 75%. Atualmente, os valores vão de R$ 400 a R$ 900. 

Conforme os cálculos do Ministério da Educação e do Ministério da Ciência e Tecnologia, os aumentos resultam no aporte de R$ 2,38 bilhões. 

Uma pesquisa realizada pela empresa Tombola aponta os piores lugares para o primeiro encontro. Ao todo, o levantamento contou com 11 mil entrevistados e mostrou que 20% das respostas afirmam que o cinema é o pior lugar para um 'date'. Em seguida, de acordo com 13% dos participantes, está lanchar em uma unidade do MCDonald's.

Além disso, os respondentes apontaram quais são os outros piores lugares para um primeiro encontro: ficar em casa, ir à casa dos pais; comer em um restaurante; ir a um bar; nadar na praia ou piscina; assistir a uma partida de futebol; ir a um velório; ir ao parque.

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Uma pesquisa realizada pela Pipo Saúde, corretora de benefícios corporativos de saúde, apontou que 82% das empresas oferecem ao menos dois benefícios de saúde, 63% oferecem três ou mais e 18% oferecem o pacote completo de benefícios - plano de saúde, plano odontológico, seguro de vida, benefício de bem-estar físico e benefício de bem-estar mental. O mapeamento incluiu 437 empresas, de 23 segmentos diferentes, e foi realizado de julho a outubro de 2022

O plano de saúde é o benefício de maior impacto no pacote: 9 a cada 10 empresas oferecem planos de saúde. A modalidade de ingresso no plano pode variar de acordo com o perfil da empresa. Quase metade das empresas trabalham em um modelo de Livre Adesão, aquele que permite que os colaboradores optem ou não para entrar no plano e a outra metade na modalidade Compulsória, ou seja, aquele de inclusão obrigatória de todos os colaboradores.

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Uma das ferramentas utilizadas pelas empresas para reter talentos estratégicos é a oferta de planos diferenciados para cargos. Na pesquisa, 48% oferecem plano diferenciado por cargo e 52% não.

Quando o assunto é a cobertura do plano de saúde, a abrangência em todo país é a principal escolha: 79% responderam que usa plano de abrangência nacional.

No que tange ao pagamento do plano de saúde, a contribuição entra em jogo: 60% das empresas optam por planos sem contribuição por parte do colaborador, 33% os colaboradores pagam parcialmente e em 7% pagam totalmente. Já a inclusão de dependentes é permitida por 95% das empresas.

Já sobre o plano odontológico, aproximadamente 7 a cada 10 empresas oferecem planos na oferta de benefícios. E a grande maioria das empresas dá liberdade à pessoa colaboradora sobre a inclusão.

Com baixo impacto no orçamento para as empresas, o seguro de vida é oferecido por mais de 6 a cada 10 empresas.

Já nas respostas sobre o benefício do bem-estar, 47% responderam que é oferecido o bem-estar físico, 39% o bem-estar emocional, e 26% oferecem ambos.

Sobre a flexibilização de benefícios de saúde, há um notório crescimento no decorrer dos últimos anos. Esse movimento acontece, principalmente, para permitir que a pessoa colaboradora tenha mais liberdade e opções. Mesmo assim, no que tange a benefícios de saúde, a grande maioria ainda não flexibiliza o pacote de benefícios. 61% não são flexíveis (a empresa oferece um pacote fixo ao colaborador), 30% médio flexíveis (existe a possibilidade de upgrade em alguns benefícios) e 9% são muito flexíveis (a empresa disponibiliza um valor específico e o colaborador monta seu pacote de benefícios de saúde).

A Pesquisa de Benefícios de Saúde e Bem-estar Pipo 2022 foi realizada em parceria com a HSM, plataforma de educação corporativa, de forma digital, por meio de um questionário qualitativo. Seu objetivo foi analisar as tendências de empresas no que tange à oferta pacote de benefícios corporativos, com foco nos benefícios de saúde.

Metade dos juízes brasileiros afirma já ter sofrido ameaça à vida ou à integridade física. A constatação é de um estudo inédito realizado em 11 países da América Latina pelo Centro de Pesquisas Jurídicas da Associação dos Magistrados do Brasil, em pareceria com a Federação Latinoamericana de Magistrados e o Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe).

A pesquisa Perfil da Magistratura Latinoamericana mostra que, com esse percentual, o Brasil fica à frente apenas da Bolívia, onde 65% dos juízes reportaram ter sofrido ameaças à vida ou a integridade física em decorrência do exercício da função pública. Nos demais países, a média oscila entre 30% e 40%. As exceções ficam com Chile e Equador, onde o nível é inferior a 25%.

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O levantamento aponta ainda que, no Brasil, apenas 20% dos magistrados se sentem totalmente seguros, patamar que despenca para 3% na Bolívia e sobe para 46% no Chile. Já os que se sentem totalmente inseguros somam 15% no Brasil, 42% na Bolívia e somente 3% no Chile.

Vanessa Mateus, coordenadora da Justiça estadual da Associação dos Magistrados do Brasil, ressalta que essa insegurança reflete em toda a sociedade.

"Isso é muito preocupante, porque sem um Poder Judiciário livre e independente, um Poder Judiciário acuado, com medo, isso é um prejuízo para toda população, e não para a pessoa física do juiz".

A representante da Associação dos Magistrados do Brasil avalia que esse diagnóstico aponta para necessidade de se enxergar a magistratura como uma atividade sujeita a riscos e busca por mecanismos de segurança. "A gente precisa enxergar a magistratura como atividade que sujeita seus membros ao risco e tomar providencias para protegê-los. Uma delas são os julgamentos colegiados, é você não personalizar a decisão de condenação", disse Vanessa Mateus.

Na pesquisa, entre as providências apontadas pelos juízes brasileiros para melhorar a segurança durante o exercício profissional estão a efetivação de colegiados para análises de crimes de maior gravidade, blindagem dos veículos, escolta pessoal, alteração no horário de trabalho e mudança de localização do fórum para zonas centrais. 

Neste Carnaval, a maioria das empresas buscaram contratações fixas ao invés de temporárias. Levantamento realizado pela Empregos.com.br, mostra que oportunidades temporárias, que tradicionalmente são fortes nesta época, apresentam uma queda , em 2023, de 18% em relação a ano anterior. Em contrapartida, o número postos de trabalho fixos está 46% maior.

"Este é um bom sinal. Significa que as empresas seguem com seus processos de contratação ativos, seja para substituir profissionais que se desligaram ao longo de 2022 ou para reforçar seus times para os novos projetos de 2023. Além disso, toda a contratação temporária tem potencial para se tornar fixa ao fim do ciclo”, afirma Tábata Silva, gerente do portal Empregos.com.br, por meio da assessoria. 

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Ainda segundo dados da pesquisa, 26.286 vagas abertas para trabalhos fixos são para as áreas de hotelaria, serviços e comércio. Entre os setores que concentram maior volume de oportunidades de trabalho no pré-carnaval deste ano, destaque para serviços, com 12.629 vagas fixas e 84 temporárias. Comércio vem na sequência e soma 11.870 vagas fixas e 133 temporárias.

O envelhecimento populacional gera impacto em diversas áreas da sociedade, mas sobretudo, na configuração do mercado de trabalho. Embora ainda exista preconceitos que dissociem profissionais mais velhos do setor da tecnologia, a pesquisa Diagnóstico Comportamental dos Profissionais de TI, realizada pela IT Mídia, apontou que 55% dos diretores de TI possuem mais de 50 anos. O levantamento ouviu 445 profissionais de todo o Brasil durante 2 meses.  

Segundo o estudo, o engajamento e o nível de satisfação no trabalho aumentam proporcionalmente à senioridade profissional. Enquanto 55% dos trabalhadores na faixa entre 25 e 30 anos desejam mudar de emprego, 62% acima de 50 anos almejam permanecer na empresa. Além disso, 46% dos jovens destacaram o reconhecimento profissional como motivação, 31% o salário, e somente 23% optam por grandes responsabilidades. 

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Por outro lado, os dados revelam que 35% dos funcionários acima dos 50 buscam reconhecimento, mas um número significativo, cerca 32%, se sentem motivados pelas responsabilidades.

Quatro em cada dez agentes de segurança pública concordam total ou parcialmente que a pauta defendida pelos invasores das sedes dos três Poderes é "legítima e não atenta contra a democracia". O dado é de uma pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), que consultou servidores das polícias civil, militar, científica e federal, de guardas municipais e do corpo de bombeiros de todo o País.

No enunciado feito aos policiais, a entidade perguntou se a depredação de prédios públicos promovida por extremistas é considerada condenável, mas com motivação legítima. A afirmação teve a adesão total de 19,4% dos entrevistados, e parcial de 20,5%. A tese se assemelha à de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro que participaram dos atos de 8 de janeiro e condenaram o vandalismo, atribuindo os ataques a infiltrados.

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Como mostrou o Estadão, policiais do Distrito Federal permitiram que manifestantes transitassem livremente pela Praça dos Três Poderes e chegaram a abandonar os postos para tomar água de coco. Vídeos captados pelas câmeras do Supremo Tribunal Federal (STF) mostram ainda que a Tropa de Choque desfez barreira no Congresso e facilitou a invasão à Corte.

Segundo a pesquisa do FBSP, 62,1% dos agentes concordam total ou parcialmente que os policiais que facilitaram a ação dos extremistas devem ser punidos; 17,3% discordam totalmente. Ainda de acordo com o levantamento, 55,7% consideram ter havido omissão no policiamento, e mais de 70% veem falhas de planejamento e comando.

O estudo mostra também que 58,9% disseram acreditar que a conduta dos policiais designados para as linhas de proteção dos prédios foi inadequada e sem o devido rigor para conter distúrbios; 61,7% pensam que o comando do Exército demorou para colaborar com a dissolução do acampamento montando na frente do Quartel-General de Brasília.

Nesta terça-feira (31), o decreto de intervenção federal assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva após os atos de vandalismo perde a validade. Ele foi adotado sob o argumento de se retomar o controle da segurança pública no Distrito Federal após a invasão do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).

O emprego da Força Nacional de Segurança para auxiliar na proteção da ordem pública e do patrimônio público e privado vai até o dia 4 de fevereiro. Após o fim da intervenção, a segurança do Distrito Federal deixa de estar sob o comando de Ricardo Cappelli, representante do governo federal escalado por Lula, e volta à alçada do governo distrital.

Politização

Segundo o presidente do FBSP, Renato Sérgio de Lima, a pesquisa indica que os policiais entendem que existe uma contaminação dos quartéis com questões políticas. Ele afirmou que essa influência é maléfica às corporações, e que a quantidade de agentes que acham a pauta golpista legítima é sintoma disso.

"Isso prova que eles entendem que atrapalha, que a questão é política, mas, quando 40% acham que o pleito é legítimo, mostra que é preciso lutar para separar a política dos quartéis", disse. A pesquisa do FBSP ouviu ao todo 624 policiais em todos os Estados do País. A maior parte dos entrevistados são homens (545) e da Polícia Militar (374).

Como mostrou o Estadão, pesquisa anterior da mesma entidade apontou aumento de 29% do apoio a teses extremistas entre policiais militares entre 2020 e 2021, com adesão maior entre oficiais do que entre os praças.

A perspectiva de que há uma "contaminação" das forças de segurança pelo discurso político e partidário é predominante no último levantamento: 62,9% disseram acreditar que a politização atrapalha as atividades das corporações.

Os atos de vandalismo de 8 de janeiro geraram um clima de desconfiança do presidente Lula em relação às forças de segurança. Em café da manhã com jornalistas no último dia 12, o petista afirmou estar "convencido" de que as portas do Planalto foram "abertas" e disse ter havido "muita gente da Polícia Militar e das Forças Armadas conivente".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Praticamente seis em cada 10 norte-americanos e brasileiros desejam fazer uma viagem para a Itália em 2023, mostra uma pesquisa com quatro mil pessoas feitas pelo portal Vamonos Vacanze. Os entrevistados têm entre 18 e 65 anos e são de nações fora da Europa.

O levantamento mostrou que 60% dos norte-americanos disseram querer ir para o país europeu e 58% dos brasileiros também. A terceira colocação fica com os chineses (49%), seguido por indianos (45%), sul-coreanos (42%), japoneses (41%) e argentinos (35%).

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Quando incluídos os países europeus, os franceses são os que mais querem ir para a Itália (78%), seguidos por alemães (73%) e ingleses (66%).

"Apesar do aumento dos preços relacionados à crise energética e o conflito com a Ucrânia, há muitos turistas que escolhem ou seguirão escolhendo a Itália para suas férias", explicou a fundadora do portal, Emma Lenoci.

Para a especialista, "com suas cidades de arte, mas também com o mar e a natureza virgem, assim como suas impressionantes paisagens, as calorosas boas-vindas de seus habitantes e a excelência enogastronômica, a Itália se confirma como o destino mais querido para uma viagem prazerosa".

O pódio das cidades mais desejadas são Roma, Florença e Veneza, mas as regiões mais consideradas para o verão são Sicília, Puglia e Sardenha.

Da Ansa

O Brasil tem 3,9 milhões de pessoas que vivem em 13.297 áreas de risco. Dessas, quatro mil localidades são classificadas como de “risco muito alto”, de deslizamentos e inundações, por exemplo. Já o número de áreas classificadas como de “risco alto” é de 9.291. Os dados podem ser visualizados no painel do Serviço Geológico do Brasil, vinculado ao Ministério de Minas e Energia. 

Os estados mais impactados são Santa Catarina, Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo. Um dos motivos é o fator geológico de relevo, explicou o coordenador executivo do Programa de Cartografia de Áreas de Risco Geológico, Julio Lana, geólogo pesquisador do Serviço Geológico (SGB). 

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“Esses estados têm grande parte do relevo caracterizado por áreas bastante montanhosas, os municípios estão parcialmente assentados sobre terrenos inclinados, morros e regiões serranas e naturalmente são áreas sujeitas a processos de instabilização de encostas - os deslizamentos. Além disso, são estados que têm [áreas] hidrográficas consideráveis, com rios bastante importantes e grandes terrenos ocupados nas margens desses rios, o que sujeita a população a sofrer com os eventos de inundação”, disse Lana.

Acrescentou que outro fator é que o mapeamento feito pelo SGB envolve mais municípios nesses quatro estados impactados.

“Esse trabalho contemplou cerca de 1.600 municípios no Brasil. Não são todos os municípios brasileiros que foram contemplados. E, dentre os estados que têm maior número de cidades mapeadas, estão justamente Santa Catarina, Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo. É interessante destacar que eles têm o maior número de áreas de risco e consequente população nessas áreas justamente porque têm o maior total de cidades mapeadas em comparação com outros estados”, salientou. 

Prevenção de desastres

O Serviço Geológico do Brasil disponibiliza o mapa online para prevenção de desastres. O mapa apresenta a localização e algumas características de área propensas a serem afetadas por eventos adversos de natureza geológica, como deslizamentos, inundações, enxurradas, fluxo de detritos, quedas de blocos de rochas e erosões. 

O mapeamento é feito para caracterizar as áreas sujeitas a perdas ou danos decorrentes da ação de eventos de natureza geológica, destacou o coordenador. “Quando esse mapeamento é finalizado ele é enviado para a Defesa Civil e outras instituições do poder público, responsáveis por tomar medidas de prevenção, como, por exemplo, realizar as ações de monitoria, alerta, desenvolver políticas públicas para promover o ordenamento territorial, ou seja, para evitar que novas áreas de risco surjam nesses municípios. São as principais medidas de prevenção que esperamos que sejam tomadas em decorrência do mapeamento”, afirmou Lana. 

O mapa não contempla a totalidade das cidades  brasileiras, e, sim, as 1.600 cartografadas até o momento. Assim, podem existir áreas sujeitas a desastres em localidades ainda não mapeadas pelo Serviço Geológico.

O corte de R$ 4,2 bilhões no orçamento para pesquisas em universidades pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta semana causou polêmica nas redes sociais e levantou questionamentos sobre uma quebra de promessa de campanha do petista. O governo alegou que não tinha outra saída. O que ocorreu de fato?

Em agosto, o então presidente Jair Bolsonaro editou uma medida provisória estabelecendo um teto para a verba do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). O que ultrapassasse esse limite não poderia ser gasto com ciência e seria direcionado para o orçamento secreto, um esquema de distribuição de recursos para parlamentares aliados direcionarem as suas bases eleitorais sem transparência.

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A MP tem validade até o dia 5 de fevereiro. Antes disso, qualquer recurso que o novo governo alocasse no fundo seria bloqueado pelas regras da medida provisória. Segundo técnicos do Congresso, Lula não teria outra alternativa a não ser vetar o aporte e aguardar a perda de validade da MP. A recomposição dos recursos poderá ser feita a partir de fevereiro. por meio de projeto de lei de autoria do Executivo.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) confirmou ao Estadão que esse será o caminho. "A MP 1.136/2022, que estabeleceu limites à aplicação do FNDCT, perderá validade no dia 5 de fevereiro, o que permitirá o encaminhamento da demanda de recomposição", informou o ministério. "O valor estimado para o Fundo será de R$ 9,96 bilhões ainda em 2023."

Procurado, o Ministério do Planejamento afirmou que, quando a MP caducar, a reserva de contingência é eliminada e "seu valor é transferido às demais programações do FNDCT". Segundo a pasta, "a forma de incorporação vai se dar mediante projeto de lei a ser encaminhado ao Congresso".

Na última semana, Lula se reuniu com reitores ao lado da ministra Luciana Santos, que se comprometeu com a verba. Na ocasião, diante de Lula e da plateia de reitores a ministra afirmou que afirmou que vai trabalhar para assegurar a destinação de recursos públicos para o financiamento da ciência brasileira e para universidades e institutos federais, responsáveis por parte significativa da produção científica do país.

Ao Estadão, a ministra do MCTI, Luciana Santos, informou que o governo já se comprometeu a recompor a verba do fundo assim que a MP caducar.

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