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Qual é a maior torcida do Brasil? Motivo de debates acalorados ao redor do País, a pesquisa "Maior Raio-X do Torcedor", realizada em conjunto por CNN, rádio Itatiaia e Quaest e divulgada nesta segunda-feira, respondeu essa pergunta. Além de apresentar Flamengo e Corinthians na liderança do ranking, o resultado colocou o Palmeiras na terceira colocação, ultrapassando pela primeira vez o São Paulo em número de torcedores.

O levantamento ouviu 6.507 pessoas, de 16 anos ou mais e que se declararam amantes do esporte, em 325 cidades brasileiras, no período entre 29 de março e 2 de abril deste ano. A margem de erro é de 1,4 ponto porcentual para mais ou para menos. Segundo os dados divulgados nesta segunda-feira, o Palmeiras tem 9% do total de torcedores do País, seguido pelo São Paulo, com 8%.

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"Esse resultado, com o Palmeiras numericamente à frente do São Paulo, dentro da margem de erro, tem a influência direta da era vitoriosa que o Palmeiras vem vivendo nos últimos anos", afirmou Felipe Nunes, diretor da Quaest Consultoria e Pesquisa, que liderou o trabalho.

Desde 2015, o Palmeiras conquistou três troféus do Campeonato Brasileiro, dois da Copa do Brasil, dois da Copas Libertadores e três do Campeonato Paulista - o mais recente obtido no domingo, com a goleada sobre o Água Santa, por 4 a 0, no segundo jogo da final.

Até o momento, a pesquisa liberou as 12 equipes com o maior número de torcedores. Além de Palmeiras e São Paulo, o Flamengo segue líder no ranking (24%), seguido pelo Corinthians (18%). Outro resultado significativo é a dupla mineira, Atlético-MG e Cruzeiro, na quinta e sexta colocações, respectivamente, à frente do Vasco.

"Esta é a maior e mais abrangente pesquisa de futebol que já foi feita no Brasil. Sem dúvida, um marco, pois não se restringiu apenas a tamanho de torcida, mas entrou em áreas como rivalidade, costumes dos torcedores, relação com times do exterior e até mesmo consumo, ao tratar das questões de sócios e compra de camisas", ressaltou Felipe Nunes.

Outro destaque é a ausência de clubes tradicionais do Sudeste no ranking. Fluminense, atual campeão estadual do Rio de Janeiro, e Botafogo foram superados por clubes da região Sul e do Nordeste, como Bahia, Internacional e Sport, que fecham o Top 12 na pesquisa. Outros dados serão divulgados ao longo desta semana, que antecede o início do Campeonato Brasileiro.

Confira os 12 clubes com a maior torcida do Brasil:

Flamengo - 24%

Corinthians - 18%

Palmeiras - 9%

São Paulo - 8%

Atlético-MG - 5%

Cruzeiro - 5%

Vasco - 4%

Grêmio - 3%

Santos - 3%

Bahia - 2%

Internacional - 2%

Sport - 2%

Uma pesquisa realizada pela Ponto Mais, empresa gestora de ponto eletrônico em empresas, apontou o crescimento de faltas por atestado médico nos dias seguintes a jogos de futebol. Gastroenterite e gripe são as principais causas justificadoras.

No dia seguinte à semifinal entre Palmeiras e Ituano, em 19 de março, a empresa registrou um aumento de 19% na ausência de comparado a segundas-feiras normais. Em Minas Gerais, após a disputa entre América e Cruzeiro a pesquisa apontou o crescimento de 15%.

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No Rio de Janeiro, a segunda-feira após o clássico entre Flamengo e Vasco, a pesquisa registrou 20% a mais no número de ausências por atestado médico.

Apesar do crescimento de faltas nas segundas-feiras, os dados apurados pela empresa registraram números ainda maiores quando levados em consideração as quintas-feiras em semana de jogos.

A 3778, startup de healthtech focada em saúde corporativa, realizou uma pesquisa com 647 profissionais de São Paulo da área da saúde para entender como anda o bem-estar no trabalho nesse ramo.

Após 12 meses de acompanhamento, o estudo resultou em dados preocupantes. Dentre eles, 48% dos entrevistados afirma que sofrem para conseguir dormir. Além disso, 46% declaram que se sentem cansados o tempo todo.

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“O sono é fundamental para ajudar na regeneração celular de todo o organismo, na produção equilibrada dos hormônios, além de auxiliar a manter tanto corpo, quanto mente equilibrados. Profissionais de saúde operam em escalas, plantões e até mesmo em dupla jornada e por isso é um ponto de alerta saber que muitos colaboradores sofrem com a falta de qualidade no sono”, explica Luis Guilherme de Mendonça, médico de família e comunidade da 3778.

A pesquisa também mostrou que 16,5% dos profissionais apresentam transtorno de ansiedade, 12% apresentam problemas relacionados ao estresse e 8,9% apresentam transtornos depressivos. Apesar destas conclusões, mais da metade dos entrevistados afirmam que nunca fez tratamento ou teve acompanhamento psicológico, sendo 66,3%.

“Os profissionais da saúde estão envolvidos em uma rotina difícil de ansiedade e de uma relação próxima com seus pacientes. Isso se intensificou ainda mais nos últimos anos, com a pandemia. Ainda segundo a pesquisa, 62% deles se sentem nervosos, tensos ou preocupados durante a rotina de trabalho. Cada vez é mais comum um maior sofrimento com a baixa ou ausência de suporte social em diversas profissões e por isso precisamos falar sobre a saúde mental e seus impactos na vida desses profissionais”, informa o especialista.

Uma pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Empreendedorismo (Sebrae) concluiu que os profissionais interessados em abrir um estúdio de tatuagem e piercing optam pelo Microempreendedor Individual (MEI) como principal modelo de negócio. De acordo com os dados do Cadastro Nacional de Atividade Econômicas (CNAE), 97% das empresas no setor abertas em 2022 eram formalizadas como MEI.  

Ao todo, 6.763 comércios especializados em piercing e tatuagem foram abertos no Brasil. Dentre eles, 6.544 eram MEI. Segundo o levantamento, o número de novos estúdios cresceu de 5.006 para 5.604 entre 2019 e 2020, o que corresponde a 35%.  

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Em 2022, os estados que apresentaram o maior número de novos negócios nessa área foram São Paulo, com 2.219; Minas Gerais, com 747, e Rio de Janeiro, com 650. O número de estúdios abertos em São Paulo foi maior que o total obtido em 2021, somando MEI, micro e pequenas empresas: cerca de 2.050 negócios.

Com informações de assessoria

O resultado de pesquisa feita pelo Instituto Datafolha apontou que 51% dos brasileiros querem que Jair Bolsonaro seja condenado por crime eleitoral e se torne inelegível. O ex-presidente é acusado por convocar embaixadores em julho do ano passado para colocar a credibilidade das urnas em dúvida. Ele não apresentou nenhuma prova. 

Bolsonaro pode ficar impedido de se eleger caso seja condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Pelo menos 16 Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes) são analisadas e também apontam o crime de abuso de poder indevido.  

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O prazo para a coleta das provas encerrou em 31 de março e as manifestações da acusação, da defesa e do Ministério Público Eleitoral (MPE) estão previstas até o próximo dia 12. O tema pode ser votado no plenário já no dia 13 de abril ou ser levado para a semana seguinte. 

Do outro lado, 45% é contra a punição e outros 4% não souberam avaliar. De acordo com o Datafolha, 2.028 pessoas foram ouvidas entre os dias 29 e 30 de março. O estudo tem margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou menos.

Uma importante pesquisa de preços foi realizada pelo Procon Recife nos dias 28 e 29 de março, em 11 estabelecimentos da capital pernambucana. Os fiscais visitaram diferentes redes de supermercados para pesquisar os preços dos principais produtos adquiridos na Semana Santa e na Páscoa. A pesquisa aponta variação de  preços de até 392% no Bacalhau e 140,17% no valor do ovo de Páscoa.

Consta na lista uma relação com 81 itens em que o consumidor vai poder conferir os produtos e seus diferentes preços como chocolates, ovos de Páscoa, colomba pascal, peixes, leite de coco e vinho.

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"O consumidor  pode e deve comparar a marca, o peso, o preço e o prazo de validade de cada produto", recomenda Pablo Bismack, secretário-executivo do  Procon Recife.

A lista completa poder conferida no site do Procon Recife.

Bacalhau

O peixe tipo Bacalhau (1Kg), por exemplo, é vendido por preços entre R$18,29  e R$89,99. A recomendação do Procon Recife é verificar a qualidade do produto, a quantidade e o preço. No caso do Peixe Tipo Bacalhau, existe uma grande variedade de produto comercializado por indústrias diferentes, cuja diferença no preço do quilo pode chegar a 392%.

Ovo de chocolate

Também é possível encontrar produto da mesma marca, igual quantidade, mas com diferentes preços, a exemplo do ovo de páscoa com 183g, de uma determinada marca, sendo vendido no bairro do Espinheiro por R$42,99 e no bairro da Encruzilhada por R$17,90, uma variação de 140,17%.

Leite de coco

O leite de coco, outro produto bastante consumido na Semana Santa, aparece na pesquisa com uma grande diferença de preço. A pesquisa aponta uma variação de preço de 139,78% no leite de coco da marca "Maiscoco" com 200ml, que  pode ser encontrado por R$2,79 em um supermercado no bairro do Barro e por R$6,69 em outro supermercado no bairro das Graças.

Vinhos

O vinho Quinta do Morgado, com 750ml, apresenta uma variação de preços de 105%, sendo  vendido por  R$10,70 e R$21,99. Já o vinho Pérgola com 750ml apresenta variação de 66,82% com valores entre R$14,98 e R$24,99.

Como acionar o Procon Recife?

O consumidor pode  entrar em contato com o Procon Recife pelo Whatsapp (81) 3355 3286 ou pelo site. Outra alternativa é realizar denúncias no email denunciaproconrecife@recife.pe.gov.br.

Atualmente, o Procon Recife atende presencialmente em sua sede, na Rua Carlos Porto Carreiro, 156, na Boa Vista, e ainda nos Compaz Dom Helder Câmara (Coque), Ariano Suassuna (Cordeiro) e Eduardo Campos (Alto Santa Terezinha).

A maioria dos brasileiros concorda que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve pressionar o Banco Central (BC) a reduzir a taxa de juros, mas, em contrapartida, grande parte deles também acredita que a economia tende a piorar nos próximos três meses. Essas são as principais conclusões divulgadas nesse domingo (2), por pesquisa Datafolha.

Segundo o levantamento, a maior parte dos brasileiros segue a mesma opinião do Lula em relação à atual taxa de juros no Brasil, definida pelo Banco Central. Para 71% dos entrevistados, ela está mais alta do que deveria. Uma parcela de 17% acredita que ela está adequada, outros 5% defendem que ela está mais baixa do que deveria. A taxa dos que não souberam responder foi de 6%.

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Desde que assumiu a Presidência, Lula tem feito duras críticas a política monetária conduzida pelo Banco Central e à gestão de Roberto Campos Neto. Para o presidente, não "tem explicação" a taxa básica de juros estar elevada. "O problema não é de banco independente. O problema é que este País tem uma cultura de juro alto", disse em fevereiro em discurso na cerimônia de posse do novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante.

O levantamento ainda mostra que 80% dos brasileiros afirmam que Lula tem agido bem ao pressionar o Banco Central para diminuir a taxa de juros. Para 16%, ele tem agido mal. Os que não sabem somam 4%.

Mas a pesquisa Datafolha também mostra que houve crescimento no porcentual de brasileiros que afirmam acreditar em uma piora da economia do País nos próximos meses. Atualmente, 26% dos entrevistados tem essa impressão - há 3 meses, na rodada anterior feita em dezembro, esse valor era de 20%.

Houve também queda entre os entrevistados que contam com uma melhora da situação econômica brasileira: 46% nessa ultima rodada, três pontos porcentuais do patamar de dezembro, de 49%. A parcela de entrevistados que acredita que o País deve continuar como está é de 26%, ante 28% há 3 meses.

O levantamento Datafolha entrevistou 2.028 pessoas nos dias 29 e 30 de março. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos e a taxa de confiança da pesquisa é de 95%.

O cenário político esperado esta quinta-feira (30) era o da polarização de narrativas. De um lado, retornou ao Brasil do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após uma temporada de três meses nos Estados Unidos; e do outro, a tentativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em ofuscar o rival ao fazer a primeira aparição pública após diagnóstico de pneumonia. Levantamento da empresa Quaest mostra qual lado da polarização política alcançou melhor resultado.

De acordo com o levantamento, com a divulgação do arcabouço fiscal, o governo obteve 10 mil mais menções que a volta de Bolsonaro, que alcançou aproximadamente 483 mil citações. Os dados também mostram que a maior parte delas (44%) foram negativas, um total de 213 mil. O algoritmo de classificação da Quaest mostrou ainda que o ex-chefe do Executivo teve 40% das mensagens positivas.

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Além de ter alcançado um número menor de menções que o governo Lula, a chegada de Bolsonaro no País também atingiu um patamar menor do que outros episódios de grande repercussão envolvendo o ex-presidente. Segundo o levantamento, no dia 7 de setembro de 2022, ele mobilizou quase 680 mil menções, sendo 45% delas positivas. Na sua ida aos Estados Unidos, as citações chegaram a 520 mil, com 40% positivas. A pesquisa então conclui que Bolsonaro tem perdido protagonismo nas redes sociais ao mesmo tempo em que a comparação entre os eventos mostra um cenário de perda de volume de publicações sobre o ex-presidente.

O retorno de Bolsonaro

O ex-presidente retornou ao País com um discurso de líder da oposição, embora tenha contado com uma recepção aquém das expectativas no aeroporto de Brasília. Pouco tempo após desembarcar, ele criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao afirmar que os petistas "não vão fazer o que bem querem com o destino da nossa Nação".

Lula escalou o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), para comentar o retorno do ex-presidente. Segundo Padilha, a recepção montada por apoiadores de Bolsonaro "flopou", termo comumente utilizado nas redes sociais para se referir a eventos frustrantes ou que não atingiram as expectativas.

A outra - e principal - cartada do governo foi usar o mesmo dia de retorno do ex-presidente para apresentar a proposta do governo de nova âncora fiscal para substituir o teto de gastos, que desde 2017 atrela o crescimento das despesas à inflação. A expectativa dessa nova medida era aguarda com grande expectativa pelo mercado.

A Universidade de Pernambuco (UPE) anunciou a abertura do ACELERA.UPE, projeto de apoio ao desenvolvimento interno da instituição com a participação de professores, alunos e servidores nas atividades de pesquisa, inovação e extensão. O projeto visa potencializar e aumentar a visibilidade de ações da universidade dentro das competências Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I).

O ACELERA.UPE trará 10 subprogramas com temáticas de ensino e aprendizado de estudantes da graduação e pós-graduação para aproximar a UPE dos setores produtivos e terceiro setor. O programa também busca colocar a instituição em índices acadêmicos melhores e colaborar com o seu processo de internacionalização. 

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“O ACELERA.UPE chega para contribuir com o crescimento da universidade, mas também inserir a instituição nos melhores rankings acadêmicos e potencializar ações que já estão em desenvolvimento, com a participação de toda a comunidade acadêmica”, afirma o professor Carmelo Bastos Filho, pró-reitor de pós-graduação, pesquisa e inovação da Universidade de Pernambuco.

A programação do projeto será enviada de forma periódica pela equipe de comunicação da Universidade de Pernambuco.

Uma pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que 47% dos empreendedores evitaram repassar os custos de operação para os clientes, mesmo que parcialmente.

De acordo com o presidente do Sebrae, Carlos Melles, o comportamento dos empreendedores mostra o entendimento de que é fundamental manter os clientes nesse momento.

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“Nem que para isso os empresários precisem reduzir a margem de lucro ao mínimo possível. Temos verificado um movimento de retração do consumo, provocado pela queda do poder aquisitivo das famílias, com os consumidores ainda mais resistentes à compra. Essa é a hora de fidelizar o cliente e mantê-lo, da melhor forma possível”, avalia.

Mesmo com as dificuldades, Melles revelou que também cresceu o percentual de empresários ouvidos na pesquisa que acreditam que 2023 será um ano melhor para os seus negócios, graças, principalmente, à volta dos consumidores, 59% de acordo com a pesquisa, e à melhora do cenário de crédito, torno de 10%.

O açúcar envenenado que os humanos utilizam para matar baratas causou uma mudança nos hábitos reprodutivos de certos machos, que agora precisam atrair as fêmeas de forma diferente para o acasalamento.

Há 30 anos, pesquisadores descobriram que armadilhas à base de glicose, na forma de açúcar, não funcionavam mais como antes.

A barata alemã (Blattella germanica), uma espécie pequena e muito resistente encontrada com frequência nas cozinhas e banheiros, começou a desenvolver estratégias como a modificação de seu próprio metabolismo para escapar da morte, embora o novo comportamento tenha colocado em risco seus próprios hábitos reprodutivos.

De acordo com o estudo da revista Proceedings B, da British Royal Society, os machos alteraram o seu ritual de acasalamento para atrair as fêmeas que possam ter desenvolvido uma aversão à glicose.

Até então, eles secretavam um líquido à base de maltose, uma espécie de açúcar, para atrair a fêmea à sua concha, momento que encaixavam seu aparelho reprodutor ao de sua parceira.

Diante do problema, as baratas macho agora produzem um líquido que contém cinco vezes menos glicose e duas vezes e meia mais maltotriose, mistura suficiente para atrair as fêmeas. Além disso, aceleraram o tempo de cópula, que agora dura em média 2,2 segundos, quase duas vezes mais rápido que antes.

Com esse truque, a fêmea é fecundada antes mesmo de transformar parte do suco nupcial em glicose e, portanto, antes de sentir repulsa pelo macho, explica Ayako Katsumata, pesquisadora do Laboratório de Entomologia Urbana da Universidade de Raleigh, nos Estados Unidos.

Mas esta evolução comportamental não foi adotada por todos os machos. Aqueles que continuam secretando açúcar têm dificuldade na hora do acasalamento.

A mudança também impactou a indústria de produtos inseticidas, que agora busca uma nova forma de atrair baratas com aversão à glicose.

A Pesquisa Nacional de Aborto (PNA) de 2021 mostra que uma em cada sete mulheres, com idade próxima aos 40 anos, já fez pelo menos um aborto no Brasil. O levantamento realizado em novembro de 2021 ouviu 2 mil mulheres em 125 municípios.

O estudo foi coordenado pela antropóloga e professora da Universidade de Brasília, Débora Diniz; professor visitante da Columbia University, Marcelo Medeiros; e professor da Universidade Estadual do Piauí, Alberto Madeiro.

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Panorama

O levantamento indica que mais da metade (52%) do total de mulheres que abortou tinham 19 anos de idade ou menos, quando fizeram seu primeiro aborto. Deste contingente (abaixo de 19 anos), 46% eram adolescentes entre 16 e 19 anos e 6%, meninas entre 12 e 14 anos. Pele legislação, praticar sexo ou atos libidinosos com menor de 14 anos é considerado crime de estupro de vulnerável, independentemente de haver consentimento da criança, sob pena de prisão de 8 a 15 anos. 

Nesta edição, a taxa de aborto mostrou queda no comparativo com as duas PNAs anteriores, realizadas em 2010 e 2016. Naquele ano, cerca de 10% das mulheres entrevistadas afirmaram ter feito pelo menos um aborto no decorrer de suas vidas, comparado com 13%, em 2016, e 15%, em 2010. A pesquisa concluiu que a queda pode ser explicada pela tendência crescente do uso de métodos contraceptivos reversíveis na América Latina e no Caribe.

Em 2021, 21% das mulheres que abortaram realizaram um segundo procedimento, chamado aborto de repetição. Entre elas, estão predominantemente mulheres negras.

Parte das entrevistadas (39%) usou medicamento para interromper a gestação. A pesquisa cita que o medicamento mais usado é um indicado para prevenção e tratamento da úlcera gástrica. Além disso, 43% das mulheres foram hospitalizadas para finalizar o aborto.

“Nessas situações, temos relatos traumáticos de perseguição, convocação da polícia, mulheres algemadas nos hospitais. Então, há impacto na saúde pública pela ocupação de leitos, na saúde das mulheres porque, por alguma razão, utilizaram medicamentos inseguros, indevidos ou foram para a clandestinidade em clínicas inseguras, ou porque não tem a informação sobre como é um aborto. Por isso, procuram os hospitais”.

A pesquisa indicou, ainda, que a gravidez não-planejada foi comum entre as mulheres no Brasil. Duas em cada três mulheres grávidas (66%) não havia planejado a gravidez. Débora Diniz aponta a educação sexual como parte da solução “para que esse último recurso, do aborto, não seja utilizado”.

Perfil

O levantamento mostrou que o perfil das mulheres que abortaram é semelhante de outras pesquisas: elas são de todas as idades do ciclo reprodutivo, religiões, escolaridades, raças, classes sociais, estado civil e regiões do país.

No entanto, a pesquisadora Débora Diniz confirma que “apesar de serem mulheres comuns, que estão em todos os lugares, há uma concentração maior no grupo das mais vulneráveis. São mulheres negras, indígenas, residentes no Norte e do Nordeste, com menor escolaridade e muito jovens”.

As 2 mil entrevistadas na PNA 2021 foram escolhidas aleatoriamente entre mulheres alfabetizadas, com idades de 18 a 39 anos e residentes em áreas urbanas. A metodologia da pesquisa usa uma questionário face-a-face com perguntas sociodemográficas, como idade, religião e renda.

Outro questionário com perguntas sobre aborto é preenchido pela própria mulher e depositado em uma urna lacrada. Os coordenadores da pesquisa entendem que a técnica para coletar informações sensíveis diminui a taxa de respostas falsas, por resguardar o anonimato das entrevistadas.

Aborto Legal

No Brasil, o aborto é legalizado em três circunstâncias: gravidez decorrente de estupro, se representar risco de morte materna e no caso de anencefalia fetal (não formação do cérebro do feto).

No entanto, na prática, o cenário tem sido diferente. A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, disse à Agência Brasil “que meninas e mulheres têm enfrentado barreiras para acessar o aborto, nas situações já previstas em lei”. Para ela, a consequência é que “quando o direito ao aborto é negado, por exemplo, a uma vítima de estupro, as evidências apontam que essa mulher vai fazê-lo de forma insegura, clandestina.”

Na avaliação da ministra, o Poder Executivo deve assegurar que todas as meninas e mulheres tenham seus direitos garantidos e “que tenham acesso a informações sobre esses direitos e como acessá-los”.

O Ministério das Mulheres lembra que, em 2013, foi assinada a Lei do Minuto Seguinte para viabilizar atendimento integral e multidisciplinar às vítimas de estupro nos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). “Esse atendimento é fundamental para a prevenção de gravidez e de infecções sexualmente transmissíveis, entre outros cuidados de saúde física e psicossocial [da vítima]”, enfatiza a ministra Cida Gonçalves.

Todos hospitais credenciados ao SUS, que oferecem serviços de ginecologia e obstetrícia, devem realizar abortos nos casos previstos em lei. Entretanto, de acordo com o site Mapa Aborto Legal, apenas 42 hospitais realizavam o procedimento de fato, em setembro de 2022.

Em nota oficial enviada à Agência Brasil, o Ministério da Saúde declara que “está empenhado em fortalecer a Política de Atenção Integral à Saúde das Mulheres, a partir da ótica da inclusão e do diálogo sobre o contexto da saúde sexual e reprodutiva; e em fortalecer também a Rede Cegonha, que inclui o atendimento a mulheres em situação de abortamento”.

Daqui para frente

Em janeiro deste ano, o governo federal tornou sem validade a portaria do Ministério da Saúde que determinava ao médico a comunicação à polícia da justificativa para interrupção da gravidez, mesmo nos casos previstos em lei, e que também fossem preservadas as evidências do cometimento do estupro.

No mesmo mês, o governo brasileiro se desligou da Declaração do Consenso de Genebra sobre Saúde da Mulher e Fortalecimento da Família, assinada em 2020, por entender que representa uma posição das nações contra o aborto. 

Para Débora Diniz a análise da ação que descriminaliza o aborto nas doze primeiras semanas de gestação, no Supremo Tribunal Federal (STF), é urgente.

“Em uma democracia, os poderes Legislativo e Judiciário têm igual legitimidade para solução de uma violação de um direito fundamental, como é a saúde e a questão do aborto”, argumentou. “É sobre não prender. É sobre cuidar e prevenir. É sobre a vida, a dignidade, em particular da juventude vulnerável deste país”, finaliza a pesquisadora.

A iniciativa Enegrecer a Política lançará, na quinta-feira (31), o terceiro dossiê com o objetivo de se contrapor à invisibilidade histórica de produção de narrativas sobre a participação negra na política institucional. As outras duas pesquisas foram realizadas em 2020 e 2021, analisando as eleições de 2016 e 2020. 

No dossiê que será lançado nesta quinta são apresentadas análises sobre o comportamento do eleitorado nas eleições de 2022, em três municípios: Recife (PE), Belém (PA) e Fortaleza (CE). A pesquisa apresentada teve como pretensão central compreender a participação da população nos processos de escolha dos seus representantes, nas regiões norte e nordeste do Brasil, bem como, as motivações, os argumentos e as causas que lhe direcionam a tomar determinadas decisões políticas. 

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A coleta e análise dos dados ocorreram entre os meses de julho e setembro de 2022. E foram aplicados 300 questionários e 31 entrevistas a partir de grupos focais, nas 3 cidades do Norte-Nordeste mencionadas. 

A co-fundadora do Observatório Feminista do Nordeste e coordenadora de pesquisa do Enegrecer a Política Marília Gomes ressalta a importância de conhecer o eleitorado para guiar as campanhas dessas candidaturas. "É muito importante a gente conhecer esse público, é muito importante saber o que eles e elas pensam para poder direcionar essas ações, tanto no período de campanha do pleito eleitoral, quanto no período que você está exercendo mandatos, para direcionar as ações de mobilização, para dialogar com essas pessoas, direcionar o discurso, a narrativa". 

Marília acentua que o principal dado encontrado foi o de que pessoas negras votam em pessoas negras: "A gente comprovou na pesquisa, a partir de um recorte, de uma mostra, que as pessoas negras votam, sim, em pessoas negras. O que acontece na maioria dos casos é o desconhecimento das candidaturas. Mas há um desejo, há um interesse em votar em pessoas negras. Mas essas candidaturas ainda são muito invisibilizadas por causa dos investimentos dos partidos nessas candidaturas, ou pela própria correlação de forças, que tornam essas pessoas ainda mais invisíveis". 

Além de levantar dados e mapear candidaturas negras comprometidas com os direitos humanos e com as lutas populares, o Enegrecer a Política promove debates e circula informações sobre a importância do voto em pessoas negras  e participa de espaços de fortalecimento da luta pela visibilidade de candidaturas negras, fortalecendo uma rede antiracista. 

A iniciativa é coordenada por seis organizações da sociedade civil: Bigu Comunicativismo, Blogueiras Negras, Movimento de Mulheres do Campo e da Cidade (MMCC), Mulheres Negras Decidem (MND), Rede Nacional de Feministas Antiproibicionistas (Renfa) e Observatório Feminista do Nordeste (OFNE).

O evento será no dia 31 de março, na sede do coletivo Caranguejo Uçá, localizado na Ilha de Deus - R. São Geraldo, 96 - Imbiribeira - Recife-Pernambuco. O evento acontecerá das 19h às 21h. O Lançamento também será transmitido online através da plataforma do Youtube: @EnegreceraPolitica. 

Da assessoria

A opinião pública digital reagiu mal às falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação ao ex-juiz e atual senador Sérgio Moro (União Brasil-PR), segundo dados do Monitor Genial/Quaest de redes sociais. O levantamento mostra que a declaração do petista sobre uma suposta "armação de Moro" atingiu 93% de reação negativa no Twitter. Lula analisou como armação a operação deflagrada pela Polícia Federal na semana passada para neutralizar os planos do Primeiro Comando da Capital (PCC) para matar autoridades, incluindo o hoje senador.

As reações negativas, entretanto, começaram logo no começo da semana com a primeira declaração do presidente sobre um desejo que tinha quando preso. Segundo Lula, em todas as visitas que recebia, as autoridades lhe perguntavam se estava bem e ele dava a mesma resposta: "Só vai ficar bem quando eu f***r com o Moro". Essa fala fez com que as menções positivas do presidente nas redes sociais, que ficavam em uma média de 53% desde o começo do mandato, não chegassem a 20%, pior índice da série histórica.

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Essa mesma declaração sobre o pensamento enquanto preso gerou mais de 358 mil menções nas redes, sendo que menos de 10% foram em defesa do petista. As críticas defendiam uma suposta ameaça de Lula contra Moro e, portanto, um possível crime de responsabilidade, passível de impeachment. Esse discurso foi protagonizado pela oposição e serviu de justificativa para o deputado Bibo Nunes (PL-RS) abrir um pedido de impeachment contra o presidente.

A narrativa da defesa foi que as falas enfatizaram um pensamento do passado. Como mostrou o Estadão, ministros disseram que Lula sempre chora ao comentar os 580 dias que passou na prisão por ordem de Moro.

O levantamento também mostra que Lula conseguiu converter alguns apoios para críticas após a sua segunda declaração, sobre uma suposta "armação de Moro". O assunto alcançou o patamar de conteúdo mais comentado no dia, com 812 mil menções, sendo que 93% delas eram negativas para Lula.

O Monitor Genial/Quaest de redes sociais é um monitoramento digital realizado pela Quaest em parceria com a Genial Investimentos. Essa pesquisa levou em consideração considerou menções relacionadas à polêmica entre Lula e Moro no período de 0h do dia 21 de março até 16:30h do dia 24 de março.

De acordo com uma pesquisa realizada pela plataforma Coursera, em conjunto com a Corporação Financeira Internacional (IFC), membro do Grupo do Banco Mundial, 40% das mulheres que aprendem on-line produzem ganhos para a economia. Elas podem agregar até US$ 14 bilhões em valor à educação on-line até 2026.

O estudo, intitulado "Mulheres e o Ensino Online em Mercados Emergentes", foi desenvolvido para quantificar a participação das mulheres no aprendizado on-line, identificar barreiras para uma maior participação e oferecer recomendações para os setores público e privado para melhorar as oportunidades e resultados ao longo da vida para as mulheres.

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Nicole Amaral, líder de transformação de habilidades para a América Latina e o Caribe no Coursera, afirma que um treinamento on-line pode dar às mulheres uma ampla rede de oportunidades profissionais.

“Nosso estudo mostrou que dar às mulheres acesso aprimorado ao treinamento online pode criar novas perspectivas de carreira e tornar a força de trabalho mais diversificada e competitiva. Isso, por sua vez, pode potencialmente resultar em novas vagas de emprego e crescimento econômico no Brasil.  Esperamos que nossa pesquisa estimule governos, empresas e líderes acadêmicos a agir e que líderes introduzam iniciativas que possam ajudar a combater alguns dos principais problemas enfrentados pelas mulheres no Brasil, como acesso gratuito à banda larga, opções de educação continuada mais flexíveis e mais oportunidades de emprego”, apontou.

No Brasil, o acesso à educação é fundamental para impulsionar melhores condições socioeconômicas. Um relatório do Banco Mundial aponta que no país ter um diploma universitário (em comparação com apenas ter completado o Ensino Médio) significa, em média, um salário 125% mais alto.

Da mesma forma, um estudo da ANPEC aponta que quem conclui um curso profissionalizante de nível básico ganha, em média, 37% a mais do que quem não fez. Cerca de um terço das alunas entrevistadas disseram que encontraram um novo emprego, abriram um negócio ou melhoraram seu trabalho ou desempenho nos negócios depois de fazer cursos on-line.

Do total, 22% das mulheres viram um aumento em sua renda, quase 40% das quais relataram um aumento de 10% ou mais.

Um levantamento feito pela Catho, plataforma de banco de vagas de emprego, apontou que profissionais com fluência em inglês podem ganhar 170% a mais na média salarial. Além disso, o domínio do idioma é pré-requisito para 8,7% das oportunidades disponíveis na plataforma.

De acordo com o estudo, a disparidade na remuneração entre os profissionais que possuem inglês avançado e os que não possuem conhecimento algum é gigantesca. Em números comparativos, de acordo com o nível hierárquico, o ganho adicional é de 155% para Diretores, Supervisores e Coordenadores com salários que podem chegar até R$ 16.030,00, 170% para Consultores (R$ 9.669,00), 131% para Especialistas Graduados (R$ 7.361,00), 91% para Analistas (R$ 6.422,00), 73% para Especialistas Técnicos (R$ 4.522,00), 43% para Assistentes e Auxiliares (R$ 2.653,00) e 92% para Trainees, Estagiários e Aprendizes R$ 1.708,00).

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Dados da pesquisa apontam ainda que apenas 4% dos candidatos possuem inglês avançado, 9% estão no nível intermediário, 14% no nível básico e 73% não têm conhecimento do idioma.

Uma pesquisa realizada pela Nube apontou que 54,12% dos jovens entre 15 a 29 anos se mostram preocupados com as finanças e fazem as contas para não gastar além do que ganham. O estudo contou com a participação de 30.122 pessoas.

Segundo Jackeline Barreto, do apoio à consultoria do Nube, existem diversos motivos para isso. “Com controle, conseguimos ter liberdade de realizar nossos desejos, sem aquela preocupação com a falta de dinheiro ou o aperto no final do mês”, afirma.

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A pesquisa revelou também que 24,41% dos participantes utilizam planilhas para organizar quanto ganham e quanto gastam por mês e saber se podem comprar algo novo ou investir em outras coisas.

Para Jackeline, essa metodologia também funciona. “Eu utilizo o Excel para colocar todas as minhas despesas fixas (de cada mês), faço a soma dos valores e subtraio do meu salário. Dele, não poderei contar com X reais”, explica.

A localidade é um dos fatores que influenciam diretamente no processo de busca por uma oportunidade de emprego. Segundo o estudo “Digital workers are on the move. Here´s what they´re looking for”, do Boston Consulting Group (BCG), São Paulo é um dos principais destinos de profissionais de tecnologia que estão à procura de salário e estilo de vida melhores. 

De acordo com a pesquisa, 67% dos entrevistados afirmaram que se mudaram para São Paulo por uma oferta de salário melhor, 35% aceitaram a mudança por conta de um emprego em uma organização ou indústria específica, e 21% disseram ter ido para a cidade para melhorar seu estilo de vida. Com 2.700 start-ups, a cidade é considerada o centro financeiro e econômico mais importante do Brasil. 

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O relatório ainda indica que 28% dos entrevistados atuam com desenvolvimento web, 28% como desenvolvedores de apps e 12% trabalham com engenharia. Especialistas em tecnologia da América Latina classificam São Paulo entre os principais destinos para os quais estarão dispostos a se mudar.  

O BCG entrevistou mil profissionais que fizeram mudanças de cidade, indo para grandes centros de tecnologia no mundo como Amsterdã, Bangalore, Berlim, Dubai, Dublin, Londres, Seattle, Xangai, Cingapura, Tel Aviv, e São Paulo. Dos trabalhadores que se mudaram para a cidade brasileira, 67% têm entre 25 e 34 anos, e 53% são homens.  

 

Levantamento do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (Gemaa), do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (Iesp), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), mostra que há uma diminuição do contingente de mulheres à medida que as carreiras progridem. Segundo o estudo, na maior parte dos campos do conhecimento, é possível identificar a queda em participação do grupo com o avanço em estágios profissionais.

Em apenas 34% das áreas, as mulheres alcançam equidade ou são maioria entre os docentes da pós-graduação. Por outro lado, houve aumento geral, ainda que discreto, da participação das mulheres com mestrado (2%), doutorado (3%) e na docência (5%) em diversas áreas do conhecimento no país, de 2004 a 2020.

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Os resultados da pesquisa foram disponibilizados recentemente na plataforma online criada pelo Gemaa. O estudo se baseou em dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), com o apoio do Instituto Serrapilheira.

A pesquisadora de pós-doutorado no Iesp Marcia Rangel Candido explicou que as dificuldades enfrentadas pelas mulheres são de origens variadas.

“Você vê até discriminações que podem ser consideradas mais leves, como o julgamento das roupas que as mulheres usam em seus espaços profissionais, quando elas estão fazendo pesquisas científicas, ou coisas do tipo. E, por outro lado, tem discriminações que são mais pesadas, como os assédios sexuais e morais.”

Segundo o coordenador do Gemaa, Luiz Augusto Campos, houve avanços recentes na ampliação da pós-graduação no Brasil, que foram seguidos, ainda que de modo “bastante modesto”, por uma preocupação em relação à diversificação.

“Isso levou a um aumento, também modesto, da participação das mulheres com doutorado em diversas áreas no Brasil”, avaliou Campos, em nota. “É preciso lembrar que o funil para entrar na docência de uma pós-graduação é muito mais estreito e muito mais injusto com as mulheres do que, por exemplo, para conseguir um doutorado.”

Desigualdade por áreas

Outro dado observado pelo levantamento se refere à relação mestrado-doutorado-docência de acordo com as áreas do conhecimento. Nesse caso, foi possível verificar que ainda há uma desigualdade grande de gênero quando se compara o contingente de mulheres nas chamadas “ciências duras”, tais como física, matemática e engenharias, tidas como “masculinas”, e aquelas tidas como “femininas”, como nutrição, enfermagem e serviço social.

No entanto, como destacou a professora do Instituto de Ciências Sociais e coordenadora acadêmica do Núcleo de Estudos sobre Desigualdades e Relações de Gênero (Nuderg) da Uerj Clara Araújo, também nessas carreiras tem havido incremento na presença feminina.

“A matemática é um campo em que a docência feminina cresceu, mas, tanto no mestrado quanto no doutorado e na docência, a diferença entre homens e mulheres ainda é muito grande. Na medicina, há também uma diferença, mas já temos 45% de docentes mulheres, ao passo que, em 2004, elas eram 36%. Nas engenharias, a docência na pós-graduação era baixa em 2004, 18%, e em 2020 subiu para 23%. Na área de ciências biológicas, temos quase 50% de mulheres”, disse, por meio de nota.

“É por isso que é preciso incentivar desde cedo as meninas a se interessarem pelas ditas ‘ciências duras’ e os meninos a irem para carreiras consideradas femininas, porque isso terá uma repercussão na socialização das próximas gerações”, acrescentou a professora.

Barreiras

Apesar dos avanços, o levantamento do Gemaa mostrou que a diminuição das desigualdades de gênero na ciência vem ocorrendo de forma lenta, indicando que ainda há barreiras a serem transpostas pelas pesquisadoras. Uma das questões mais discutidas atualmente no meio acadêmico é a da maternidade, vista como um entrave para a entrada ou permanência de mulheres na pós-graduação.

Segundo Clara Araújo, muitas vezes o número de filhos diminui porque as mulheres não conseguem compatibilizar com a carreira acadêmica, além do fato de o número de horas com que os homens se envolvem nas atividades domésticas é muito pequeno comparativamente à carga que sobra para as mulheres.

“A ideia do cuidado é algo ainda muito marcado pelo gênero. Há mulheres que não têm filhos, mas, em geral, são elas as responsáveis por cuidar de doentes e idosos, o que interfere na carreira acadêmica também”, disse a professora.

A alimentação é uma das grandes preocupações do trabalhador brasileiro durante o cenário econômico atual. De acordo com uma análise realizada pelo Sodexo Benefícios e Incentivos, em 2023, o vale refeição ofertado pelas empresas para que os funcionários se alimentem em restaurante dura apenas 11 dias. O número é inferior ao período indicado em 2022, quando o benefício durava 13 dias. 

Segundo a pesquisa, as empresas consideram, em média, cerca de 22 dias para a realização do crédito, o que significa que este ano, o trabalhador tem pagado por conta própria metade das refeições durante o mês. Como consequência, o trabalhador acaba fazendo escolhas mais baratas, que muitas vezes não são saudáveis, como sanduíches e salgados. 

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Muitas companhias aumentaram os valores dos benefícios entre 2022 e 2023, mas com o aumento dos preços dos alimentos, não tem sido o suficiente para o trabalhador se alimentar fora de casa durante todo o mês.

No primeiro bimestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano anterior, empresas de todos os portes aumentaram o valor do crédito do cartão refeição como forma de amenizar os impactos da inflação, além de entenderem que a oferta de benefícios ao trabalhador ajuda a atrair e reter os melhores talentos. 

Com informações da assessoria

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