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A partir do ano que vem os candidatos que se declararem pretos ou pardos para concorrer a vagas nos cursos de graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) serão submetidos à análise de uma comissão especial que avaliará as autodeclarações. O objetivo é evitar fraudes no sistema de cotas.

Atualmente, há mais de 200 denúncias de irregularidades em investigação na universidade.

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A decisão foi aprovada na última quarta-feira, 23, em sessão do Conselho de Ensino e Graduação. A comissão será presidida pela pró-reitora de graduação, Gisele Pires, e será composta por pelo menos 45 membros. A ideia é que o comitê tenha representantes dos três segmentos da comunidade acadêmica: docentes, técnicos administrativos e estudantes.

Nota divulgada nesta sexta-feira, 25, pela UFRJ informou que a comissão vai utilizar apenas critérios fenotípicos para as análises.

A universidade conta hoje com uma comissão de identificação instituída ainda na gestão anterior para apurar as denúncias de fraude - são 230 em investigação - e sugerir sanções para cada caso.

Para a coordenadora da comissão que apura as denúncias, Denise Goés, é importante que a UFRJ se posicione contra as fraudes nos editais de aceso e informe aos candidatos que eles serão avaliados caso se autodeclarem pretos ou pardos.

"O que nos interessa é que essa pessoa saiba que, aos se declarar preta ou parda (....), ela está se condicionando a passar por uma comissão de heteroidentificação que vai, de certa forma, atestar essa negritude, que será atestada somente por traços fenotípicos", explicou Denise Goés em comunicado divulgado pela UFRJ.

As fraudes ao sistema de cotas vêm preocupando a comunidade universitária. As Defensorias Públicas do Estado de São Paulo e da União recomendaram à Universidade de São Paulo (USP), na última quinta-feira, 24, a criação de mecanismos de combate às fraudes na política de cotas da instituição.

A recomendação, último recurso antes da judicialização da questão, foi feita após os órgãos receberem um documento, elaborado por estudantes, com cerca de 250 casos suspeitos de fraude denunciados nos últimos dois anos.

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) está investigando 230 casos de alunos que teriam feito uso do sistema de cotas raciais, de maneira incorreta, para ingressar no ensino superior federal. Para analisar as suspeitas de fraude, a UFRJ criou a Comissão de Heteroidentificação que, segundo a instituição, também passará a analisar todas as autodeclarações a partir de 2020.

A instituição solicitava, no ato de matrícula, uma autodeclaração por parte dos estudantes que obtiveram a vaga a partir das cotas raciais. Em junho deste ano, o Ministério Público Federal (MPF) ajuizou ação civil pública, com pedido de liminar, para que a UFRJ suspendesse a matrícula de uma aluna branca que ingressou na instituição através do sistema de cotas. 

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“Em todo o país, vêm sendo noticiados diversos casos de falsidade na autodeclaração, o que vem dando causa à propositura de ações visando a nulidade do respectivo ingresso, por motivo de fraude”, declararam, na época, Renato Machado, Ana Padilha e Sérgio Suiama, procuradores regionais dos Direitos do Cidadão e autores da ação. 

Por meio de nota, a UFRJ declarou que vai passar a analisar todas as autodeclarações de candidatos a partir de 2020. “Ainda neste ano, [será criada] uma outra comissão que analisará todas as autodeclarações de candidatos de cotas raciais para acesso aos cursos de graduação da UFRJ no primeiro semestre de 2020, logo depois das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e do Sistema de Seleção Unificada (Sisu)”. 

Ainda no primeiro semestre de 2019, cartazes, com fotos e nomes de alunos suspeitos de terem fraudado o sistema de cotas, foram expostos em prédios da Faculdade de Direito da UFRJ.  Os casos da instituição fluminense não são isolados. Na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) a comissão avaliadora convocou os 1.336 alunos novatos que se autodeclararam pretos, pardos ou indígenas. Desses, 574, ou seja 43% do total de alunos ingressantes pelo sistema de cotas raciais, foram desligados da instituição por fraude no processo. Por meio de nota, a UFRGS informou que “podem ter ocorrido eliminações por outros critérios, como o socioeconômico”. 

Em julho de 2019, o LeiaJá produziu uma série de reportagens que aborda o sistema cotista. Intitulado “Para que servem as cotas?”, o especial conta com onze matérias que contam desde a criação de leis de cotas no Brasil, até a importância dessas ferramentas para quem teve menos oportunidades de estudo. 

Pesquisadores brasileiros e americanos da Universidade Federal do Rio (UFRJ) e da Escola de Medicina da Universidade da Virgínia (EUA) conseguiram determinar, pela primeira vez, o exato momento em que o Parkinson começa a se desenvolver. A descoberta pode ajudar no diagnóstico precoce da doença e no tratamento.

Os cientistas já sabiam que o Parkinson - uma enfermidade neurodegenerativa progressiva - está ligado ao acúmulo no cérebro de agregados da proteína alfa-sinucleína. Agora, os especialistas conseguiram identificar a formação inicial dessas estruturas e também como elas se espalham pelo cérebro. O trabalho foi publicado na Communications Biology, uma revista científica da Nature.

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Atualmente, o diagnóstico da doença é clínico, feito somente muito tempo depois dos primeiros estágios da enfermidade, quando o paciente já apresenta sintomas. Da mesma forma, não existe tratamento definitivo, apenas paliativo.

Por isso, compreender como essas estruturas se organizam é fundamental para identificar os estágios iniciais da doença. Antes de formar os agregados de alfa-sinucleína, as proteínas passam por um estágio intermediário, chamado de oligômeros.

"Uma pessoa desenvolve Parkinson ao longo de toda uma vida. A conversão entre os diferentes estágios da proteína acontece lentamente e as estruturas intermediárias e os filamentos vão se acumulando no cérebro durante muito tempo. E não sabemos qual dos dois desencadeia o surgimento dos sintomas nem qual é o mais tóxico para as células", explica o pesquisador Guilherme de Oliveira, da Universidade da Virgínia, principal autor do estudo. "Se conseguirmos entender o início dessa conversão, poderemos desenvolver uma terapia para o tratamento precoce da doença", acrescenta. Parkinson tem prevalência de 100 a 200 casos por 100 mil habitantes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O vírus da zika é capaz de infectar o tecido cerebral de adultos - e não apenas de fetos como se acreditava. Feito por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o novo estudo explica complicações neurológicas apresentadas por adultos durante o surto da doença em 2015. Alguns pacientes apresentaram confusão mental, perda de memória e até dificuldades motoras.

O trabalho foi publicado na manhã desta quinta-feira, 5, na "Nature Communications", uma das mais prestigiadas revistas de divulgação científica do mundo. A descoberta revela que a infecção pode ter sérios desdobramentos, ainda desconhecidos, no longo prazo. Os recentes cortes das bolsas do CNPQ e da Capes, no entanto, devem interromper a continuidade da pesquisa, alertaram os cientistas envolvidos.

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Cientistas do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho infectaram com o vírus da zika amostras de tecido cerebral de adultos humanos. Para surpresa dos pesquisadores, o vírus se mostrou capaz de infectar os neurônios e se multiplicar.

"Para tentar entender as implicações disso, passamos, então, a usar, camundongos", explicou o professor Sérgio Teixeira Ferreira, um dos coordenadores do estudo. "Constatamos que a reação inflamatória disparada no cérebro dos animais permanece muito tempo depois de o vírus não estar mais presente. A inflamação provoca ainda a degeneração das sinapses (responsáveis pela ligação entre os neurônios), interrompendo a comunicação."

Estudos feitos até hoje tinham comprovado que o vírus contraído por mulheres grávidas tinha causado má formação do cérebro dos fetos e gerado vários casos de microcefalia. "Achávamos que o vírus infectava apenas os chamados precursores neuronais e os neurônios imaturos dos embriões em desenvolvimento", contou Ferreira. "Agora constatamos que ele afeta também os tecidos adultos."

Para o pesquisador, é necessário que a pesquisa tenha continuidade, que os adultos que apresentaram sequelas neurológicas sejam acompanhados no longo prazo, para que se estabeleça o real impacto do vírus.

Outra descoberta importante do estudo foi que um medicamento anti-inflamatório atualmente usado no tratamento da artrite reumatoide pode amenizar os problemas neurológicos causados pelo vírus. Os cientistas acreditam que as descobertas podem contribuir para o estabelecimento de políticas públicas de tratamento e também para o desenvolvimento de novas terapias.

"Os bebês que nasceram com microcefalia estão sendo acompanhados, mas não sabemos o que aconteceu com os adultos", disse o cientista. "Seria muito importante acompanhar também os adultos, investigar as consequências neurológicas."

A neurocientista Cláudia Pinto Figueiredo, da Faculdade de Farmácia da UFRJ, que também coordenou a pesquisa, teme pelo futuro do estudo diante dos cortes das bolsas do CNPq e da Capes.

"Com o corte dessas bolsas, ocorre uma paralisação de toda a ciência e tecnologia do País", afirmou a cientista. "Não temos força de trabalho visto que, nas universidades brasileiras, não existem postos de pesquisadores, só de professores. Quem ocupa os postos de pesquisador são os alunos de mestrado, doutorado e pós-doutorado."

A pesquisadora Fernanda Aragão, aluna do doutorado, que participou do estudo, já sabe que não conseguirá renovar a bolsa. "Eu tenho bolsa de doutorado até fevereiro, quando me formo", explicou. "Mas não há previsão de novas indicações pra bolsistas nas principais agências de fomento do Brasil. Então, eu não tenho perspectiva de conseguir uma bolsa de pós-doutorado. Eu apliquei para editais que foram suspensos. Ou seja, não poderei continuar pesquisando."

"Além da questão das bolsas", ressalta Ferreira, "há uma redução dramática do financiamento às pesquisas; recursos para projetos já aprovados não vêm sendo pagos".

Para o cientista, a situação é gravíssima. "Esse estudo foi iniciado em 2016, mas, posso dizer que, se estivesse sendo iniciado hoje, não teríamos condições de concluir o trabalho."

A equipe de automação naval e submarina Nautilus, formada em sua maioria por alunos de engenharia da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Poli-UFRJ), viaja nesta terça-feira (23) para os Estados Unidos, onde vai representar o Brasil na Robosub 2019. O campeonato internacional de Veículos Submarinos Autônomos (AUVs, do nome em inglês) será realizado entre os dias 29 de julho e 4 de agosto, na cidade de San Diego, Califórnia. Esta é a terceira vez que o evento receberá a equipe da UFRJ, que é também o único grupo da América Latina a participar do certame.

O professor do curso de Engenharia de Automação e Controle da Escola Politécnica, também coordenador da equipe, Cláudio Miceli, disse à Agência Brasil que, no ano passado, a equipe ficou entre as 20 melhores da competição. “A gente tem todas as condições de repetir o desempenho do ano passado em termos de projeto e do robô mesmo e até buscar um resultado melhor”.

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O objetivo da equipe Nautilus este ano é ficar entre as 15 melhores, repetir o resultado de melhor equipe da América Latina e buscar algum prêmio adicional, seja em termos de projeto ou apresentação. Miceli admitiu que é um desafio muito grande, porque o orçamento, frente aos concorrentes, é muito limitado. 

Apoio

Atualmente, a equipe não tem apoio financeiro, mas apenas suporte de peças e recursos computacionais, cedidos por empresas. A maior parte do apoio vem da Escola Politécnica; da Marinha, que cede o espaço para a realização de testes do robô; e dos próprios alunos que economizam para poder participar do evento. “Nossa luta é buscar patrocínio”, disse Miceli, que já está conversando com algumas empresas potenciais para financiar a iniciativa.

Somente os gastos com as inscrições na Robosub 2019, passagens, alimentação e hospedagem dos integrantes da Nautilus, além do pagamento de sobrepeso nos aeroportos devido ao tamanho do robô, chegam a R$ 80 mil. Miceli acrescentou que para manter o projeto ao longo do ano, incluindo compra de materiais, são necessários R$ 200 mil. O montante é inferior ao orçamento disponibilizado por algumas equipes estrangeiras, que atingem até US$ 200 mil.

Visando a participação em 2020, a Nautilus está adotando uma estratégia mais cautelosa este ano, para melhorar o que já foi conquistado e, no ano que vem, tentar uma estratégia mais inovadora e robusta, ressaltou o professor. 

Incentivo

O capitão da equipe Nautilus, Henrique Ferreira Júnior, aluno do 7º período de Engenharia de Controle e Automação da Poli-UFRJ, ressaltou que a Robosub é a maior competição de AUVs do mundo, e destina-se a incentivar o interesse de estudantes de engenharia no campo dos AUVs. Da equipe completa participam 40 estudantes de ambos os sexos de vários cursos da UFRJ, além de engenharia, mas apenas nove viajarão para os Estados Unidos, incluindo uma estudante.

Nos primeiros cinco dias da competição, ocorrem as etapas classificatórias e, no sábado (3), as semifinais. No domingo (4), dia de encerramento do concurso, acontece a grande final. No ano passado, a equipe vencedora recebeu prêmio no valor de US$ 7 mil.

A competição reuniu, em 2018, 50 equipes de 10 países. Este ano, foram efetivadas quase 60 inscrições. As provas apresentam desafios como lançamento de torpedos e manipulação física de objetos, que exigem que as partes mecânica, eletrônica e computacional do robô estejam funcionando em perfeita harmonia.

Na disputa de 2018, a Nautilus teve um problema com o Departamento de Segurança dos Estados Unidos devido ao tamanho do robô. Este ano, os estudantes vão levar as peças do robô separadas, que serão montadas no local da competição. 

Aplicações

Segundo o capitão da equipe Nautilus, que se forma engenheiro no final de 2020, são muitas as aplicações que um veículo submarino autônomo (AUV) pode ter na indústria, desde a área militar de desarmamento de minas submarinas, até a indústria de petróleo, para inspeção de dutos submarinos. “O AUV traz um ganho enorme”, afirmou. Os estudantes estudam a criação, depois de formados, de alguma empresa para desenvolvimento de projetos de AUVs.

 

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) sempre esteve presente na vida adulta da médica e pesquisadora Denise Pires de Carvalho que, aos 54 anos, será a primeira mulher a assumir a reitoria da maior universidade pública do país.

Professora titular do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho da UFRJ, Denise vai liderar uma comunidade de 4 mil docentes e de 67 mil estudantes de graduação, pós-graduação e ensino a distância.

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"A UFRJ é a maior [universidade] federal. Já foi, durante muito tempo, a melhor federal do país e tem perdido, nos últimos tempos, esse posto, porque nós temos problemas administrativos e acadêmicos", diz a carioca que foi a primeira colocada na lista tríplice encaminhada ao presidente da República, Jair Bolsonaro, com as sugestões de nomes de reitor e vice-reitor para comandar a federal no período de 2019 a 2023. O presidente já confirmou Denise para o cargo, a partir de julho, e sua nomeação deve ser publicada nesta segunda-feira (3) no Diário Oficial da União.

Denise recebeu 9.427 votos da comunidade acadêmica. Esta foi a segunda vez que ela entrou na disputa pela reitoria da UFRJ. Em 2015, ela perdeu para o atual reitor Roberto Leher.

Dedicação à instituição

A pesquisadora entrou para a graduação em medicina na UFRJ em 1982. Era o início de uma vida dedicada à universidade. Formada em 1987, ela concluiu o mestrado em Ciências Biológicas (Biofísica) na mesma instituição em 1989. Em 1994, conquistou o título de doutora, também em Ciências Biológicas, pela UFRJ. Concluiu o pós-doutorado no Hôpital de Bicêtre, Unité Tiroïde, Paris, em 1995, e na Universitá Degli Studi di Napoli, Nápoles, em 2006.

Hoje, ela atua como docente nos cursos de graduação da área da saúde e como orientadora nos Programas de Pós-graduação em Ciências Biológicas-Fisiologia e Endocrinologia da UFRJ. Denise também foi diretora do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho.

O amor pela universidade também deixou marcas nas filhas Daniela, 28 anos, bióloga formada pela UFRJ, e Isabela, 23 anos, prestes a se formar em medicina pela mesma instituição. O marido de Denise, o biólogo Álvaro Leitão, é professor aposentado do Instituto de Biofísica da universidade.

Elegante em uma saia preta e blusa clara com bordados nas mangas, a futura reitora concedeu uma entrevista à Agência Brasil, nesta semana, durante lançamento da campanha da Escola Politécnica (Poli-UFRJ) #EsseLugarTambémÉMeu, para ampliação do número de estudantes mulheres nas áreas de engenharia.

Pequena em estatura, Denise se mostrou grande nas ideias que têm para a universidade. Ela pretende retomar a liderança entre as federais, reforçar um núcleo psicopedagógico para auxiliar alunos de graduação, além de ampliar a internacionalização e as parcerias com empresas privadas.

Para isso, ela terá a ajuda do professor Carlos Frederico Leão Rocha, do Instituto de Economia (IE) da UFRJ, eleito vice-reitor na chapa escolhida pela comunidade acadêmica.

Foco na graduação

A nova reitora disse que pretende fazer com que a UFRJ retome a liderança entre as federais. Segundo ela, será dado um importante destaque aos alunos de graduação.

"A gente faz muita pesquisa, desenvolve muita pós-graduação de excelência, mas a nossa graduação tem estado esquecida. Muitos estudantes evadem, não conseguem concluir os cursos”, destacou a nova reitora dizendo que quer fazer a instituição voltar a ocupar um lugar de vanguarda na educação brasileira.

Entre as sugestões, ela citou a elaboração de um projeto para diminuir a evasão que, se bem-sucedido, poderá ser aplicado em outras universidades brasileiras. "Quem sabe, a UFRJ não consegue inovar também sob esse aspecto", apostou.

A pesquisadora defendeu ainda a necessidade de fortalecer os núcleos de apoio psicopedagógico para os graduandos. “Muitos alunos entram na universidade em cursos que não gostariam e só percebem isso ao longo do ano”, destacou.

No início da gestão, Denise afirma que vai atacar questões que não dependam do orçamento. Ela pretende reorganizar a área de comunicação da universidade com o intuito de aumentar a interação com a imprensa e mostrar para a sociedade o que a UFRJ faz. "São questões que dependem muito mais de mudança administrativa do que orçamentária. Essas são as questões mais importantes, de início", afirmou.

Inovação e integração

Denise reconheceu que, embora seja feita muita pesquisa e haja produção de conhecimento na universidade, há pouca inovação. Esse é um conceito que ela pretende induzir juntamente com a ampliação da internacionalização. Na avaliação dela, a diretoria de Relações Internacionais da UFRJ é subdimensionada e ela vai trabalhar para tornar a estrutura uma superintendência – o que tornará o trabalho maior e mais relevante.

A nova reitora propõe a integração da universidade em torno de um projeto institucional de “voltar para o primeiro lugar”. "Quem sabe a gente consegue daqui a quatro anos. Eu estou muito confiante, porque a gente tem muita excelência aqui dentro. O que falta é um ajuste administrativo".

Parcerias privadas

Durante a entrevista à Agência Brasil, ela citou ainda a necessidade de ajustes no orçamento da UFRJ, atualmente, deficitário. "É um momento muito difícil porque o governo anuncia cortes e a gente sabe que o financiamento das instituições públicas, em todo lugar do mundo, é majoritariamente público", destacou.

Ela aponta como um caminho o aumento das parcerias já existentes com empresas privadas, mas critica a atual concentração de verbas em determinadas áreas. Denise cita ainda o interesse em ampliar o parque tecnológico da UFRJ para áreas como a biomedicina. Atualmente, as áreas de óleo e gás são as que mais desenvolvem pesquisa.

"Tem que haver uma ampliação diária de atuação dessas empresas. O que nós pretendemos é que haja mais transparência na utilização dos recursos que são arrecadados por meio dos projetos com essas empresas e que esses recursos possam ser distribuídos por todas as áreas da universidade, não fiquem concentrados apenas nas áreas que têm interação com as empresas", disse Denise defendendo a democratização do uso dos recursos.

 

O vereador e filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), Carlos Bolsonaro, repercutiu nesta quarta-feira (22) a escolha do seu pai por colocar pela primeira vez uma mulher como reitora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

 Através de seu perfil oficial no Twitter, Carlos disse que a escolhida, Denise Pires de Carvalho, vai colocar a universidade nos eixos. “Sendo homem ou mulher, que coloque nos eixos o que a esquerda destruiu”, disse.

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 O parlamentar ainda citou possibilidades de atividades a serem feitas para melhorar a vivência na UFRJ. “Transformar o espaço do rentável antigo Canecão que gerava centenas de empregos e pode voltar a gerar renda e/ou capacitação”, pontuou Carlos. 

 Em sua publicação, Carlos Bolsonaro não deixou de alfinetar as manifestações de rua que aconteceram ao longo dos últimos anos no Brasil. “Algo que foi destruído por militantes políticos disfarçados de estudantes”, finalizou.

Após confirmar o nome de Denise Pires de Carvalho como a primeira mulher a ocupar o cargo de reitora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, (UFRJ), o presidente Jair bolsonaro (PSL) não perdeu a oportunidade para brincar e ironizar com as críticas que costuma receber.

 “Devo assinar aqui o nome da nova reitora da UFRJ. Tomei conhecimento a respeito dela, da lista tríplice, bem como de mais chegados, é a pessoa adequada para estar à frente da UFRJ. Eu disse reitora, já dei a dica de quem é. Os outros dois são homens. Eu agora sou o novo ‘homemfóbico’”, disse o presidente durante pronunciamento em cerimônia de entrega da Medalha do Mérito Industrial na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), no Rio.

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Denise foi escolhida pela comunidade acadêmica em primeiro turno da consulta eleitoral, com 9.427 votos, e confirmada pelo colégio eleitoral da instituição. Na ocasião, Bolsonaro ainda comentou o contingenciamento de ao menos 30% das universidades e institutos federais para o orçamento discricionário e os protestos nacionais da educação ocorridos no último dia 15.

 “Nosso querido Exército Brasileiro faz um trabalho excepcional. O nosso contingenciamento foi de 40%. Na Educação foi mais ou menos 3,5%. Gente na rua protestando. Quando digo que o Brasil não tem nenhuma universidade entre as 250 melhores do mundo, algo está errado”, afirmou.

Denise Pires de Carvalho, de 54 anos, é a primeira mulher a ocupar o cargo de reitora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que vai completar 100 anos em 7 de setembro de 1920. Ela havia sido a primeira colocada na eleição interna da instituição em abril, que elaborou uma lista tríplice, encaminhada ao presidente da República, Jair Bolsonaro. Nesta segunda-feira, 20, em um evento na Federação das Indústrias do Rio (Firjan), ele informou sobre a nomeação dela.

"É a pessoa adequada para estar à frente da UFRJ", afirmou Bolsonaro. "Agora vão dizer que sou 'homemfóbico'", continuou o presidente, observando que os outros dois indicados eram homens.

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Denise já havia se candidatado uma vez ao cargo, em 2015, quando perdeu para Roberto Leher, reitor que agora vai substituir. Denise faz oposição ao grupo que administrou a UFRJ nos últimos anos - critica, por exemplo, o projeto de expansão da universidade, alegando que o número de alunos cresceu sem que houvesse ampliação da estrutura.

Formada em Medicina pela UFRJ em 1987, Denise concluiu mestrado em Ciências Biológicas (Biofísica) em 1989 e doutorado em Ciências em 1994, ambos pelo Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, órgão da UFRJ. Ela também fez dois pós-doutorados: no Hôpital de Bicêtre, Unité Tiroïde, em Paris, em 1995; e na Universitá Degli Studi di Napoli, em Nápoles, em 2006.

A nova reitora é professora titular do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho e já ocupou diversos cargos na UFRJ: incluindo o de diretora do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, de 2010 a 2013; o de coordenadora de Graduação (de 1998 a 1999); e o da Pós-Graduação (de 2001 a 2005), além de ter sido vice-diretora do Instituto de Biofísica (de 2007 a 2010) e integrante do Conselho Universitário de 2012 a 2016.

Trabalhos

Ela já publicou mais de 140 trabalhos e proferiu mais de 50 conferências no Brasil e no exterior. Atualmente é revisora de mais de 20 revistas científicas internacionais. Tem experiência na área de Endocrinologia e Fisiologia, com ênfase em Fisiopatologia Tireoide. Denise também é mãe de aluna: uma de suas filhas cursa Medicina na UFRJ. A outra formou-se em Ecologia na mesma universidade.

Nesta segunda-feira, 20, apesar de feliz, ela manteve a discrição ao falar à imprensa e aos amigos. "Precisa aguardar a publicação no Diário Oficial. Sou muito pé no chão". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Conseguir a aprovação em um concurso público é o sonho de muitas pessoas, ainda mais quando a vaga é ofertada por um órgão federal. Entre a remuneração, existem benefícios e gratificações que agregam valor ao salário mensal e ainda há a questão da estabilidade profissional, tão almejada pelos concursos.

Na lista de concursos desta semana o LeiaJá separou alguns certames em Universidade federais, que possuem oportunidades, principalmente, para cargos de docência e técnicos administrativos. Confira.

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Universidade Federal da Paraíba

A UFPB está mais de 100 vagas para concurso público que encerra as inscrições nesta segunda-feira (25). As oportunidades são para os níveis médio, médio e técnico e superior. Além de cargos de técnicos administrativos, o certame prevê a contratação de médico, biólogo, contator, entre outros. Confira o edital com as informações

Concurso UFPB

Vagas: 127

Níveis: médio, médio e técnico e superior

Salários: R$ 1.945,06 a R$ 4.180,66 mais auxílio

Prazo de inscrição: 21 de janeiro a 25 de fevereiro

Local de inscrição: site da organizadora, Instituto AOCP

Taxas de inscrição: R$ 45 (nível intermediário), R$ 60 (nível médio) e R$ 85 (nível superior)

Provas: 7 de abril de 2019

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

A UFMS abriu concurso público para seleção de novos professores. São mais de 30 vagas são para as áreas de Medicina, Linguística, Arquitetura, Educação, Filosofia, Administração, Direito, Enfermagem, Ciências Contábeis, História e Engenharia de Software. A taxa de inscrição custa R$ 250.

As provas serão realizadas nos dias 24, 25 e 26 de maio, em Campo Grande. Os aprovados vão receber salários que podem chegar a R$ 9.600,00.

Concurso UFMS

Vagas: Mais de 30

Nível: superior

Salários: Até R$ 9.600,00.

Prazo de inscrição: de 15/01 a 10/03

Local de inscrição: site de concurso da UFMS

Taxas de inscrição: R$ 250

Provas: 24,25 e 26 de maio de 2019

Edital

Universidade Federal Rural de Pernambuco

A UFRPE está com inscrições abertas para contratação de 20 profissionais para fazer parte de seu quadro permanente de funcionários. Existem oportunidades para médico veterinário, enfermeiro, administrador, entre outros. Para concorrer é necessário ter formação superior, curso técnico ou médio, conforme a função. As inscrições seguem até o dia 24 de março e a taxa de inscrição varia de R$ 60,00 a R$ 100,00, conforme cargo pretendido. A remuneração pode chegar a R$ 4.180,66. Veja os detalhes no edital.

Concurso UFRPE

Vagas: 20

Níveis: Médio, Técnico e Superior

Salários: Até R$ 4.180,66

Prazo de inscrição: de 15/01 a 24/03

Local de inscrição: Portal SUGEP

Taxas de inscrição: R$ 60 e R$100

Provas: 28 de abril de 2019

Universidade Federal do Rio de Janeiro

A UFRJ divulgou edital que prevê a contratação de professores titulares para atuarem em seus mais diversos cursos. Existem 71 vagas, com carga horária semanal de 20 ou 40 horas semanais, em regime de dedicação exclusiva. Os vencimentos vão de R$ 2.236,31 a R$ 4.463,93 podendo chegar a R$ 9.600,92 conforme a titulação. O candidato aprovado ainda recebe auxilio pré-escolar no valor de R$ 321,00 por dependente, auxílio transporte e saúde e auxílio alimentação de R$229  para regime de trabalho de 20h e R$ 458,00 para carga de 40h. As inscrições terminam no dia 17 de março e a taxa de inscrição é de R$ 105; R$ 175 ou R$ 290, conforme cargo.

Concurso UFRJ

Vagas: 71

Níveis: Superior

Salários:  R$ 2.236,31 a R$ 9.600,92 (conforme titulação)

Prazo de inscrição: Até 17/03

Local de inscrição: Site de concurso da UFRJ

Taxas de inscrição: R$ 105, R$ 175 ou R$ 290,00

Edital

Instituto Federal e Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas

O IFAM tem dois editais abertos para contratação de 113 profissionais  de nível médio e superior. São vagas para atuação dentros dos campi amazonenses em cargos como professores e técnicos administrativos. A jornada de trabalho é de 40h semanais, podendo ser em regime de dedicação exclusiva. Os salários variam de R$ 1.945,07 a R$ 9.600,92. As inscrições terminam no dia 17 de março e custam R$ 48 a R$ 120. Confira os detalhes nos editais:

Concurso IFAM

Vagas: 113

Níveis: Médio e Superior

Salários:  R$ 1.945,07 a R$ 9.600,92

Prazo de inscrição: Até 17/03

Local de inscrição: Site do IDECAN

Taxas de inscrição: R$ 48 a R$ 120

Provas: 15 de abril (podendo haver modificações)

Um possível tratamento para a perda de memória causada pela doença de Alzheimer, através do hormônio produzido pelo corpo durante exercícios físicos, o Irisina, foi descoberto por cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Os estudiosos conseguiram estabelecer relação entre os níveis do hormônio com o tratamento contra o Alzheimer.

Segundo reportagem do G1, os testes foram feitos em camundongos que têm a doença. Com isso, os cientistas relatam que três novidades foram descobertas. A primeira é que existe baixos níveis de irisina no cérebro dos afetados pelo Alzheimer. A segunda é que a reposição dos níveis de irisina no cérebro foi capaz de reverter a perda da memória, pelo menos nos camundongos.

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A última é que o irisina é o que regula os efeitos positivos do exercício físico na memória dos ratos. O que, para os cientistas, reforça a importância dos exercícios físicos no combate à doença.

O estudo foi feito por 25 cientistas de diversos países e, apesar de promissores, os resultados ainda precisam de mais estudos antes de implementar o tratamento em pacientes.

O corpo de uma pessoa morta foi deixado na tarde desta sexta-feira, 26, na porta da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), dentro de um carro, segundo confirmou a assessoria de imprensa da universidade. O carro, um Sandero branco com marcas de tiro, foi abandonado no local e o caso está sendo investigado por policiais do 4° Batalhão da Polícia Militar.

De acordo com relatos iniciais de alunos que circulam nas redes sociais, estava acontecendo uma aula pública contra o fascismo, organizada pelo Centro Acadêmico, do lado de fora do prédio, com vários alunos reunidos, quando um carro se aproximou com o corpo.

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O presidente Michel Temer estuda editar uma medida provisória para retirar o Museu Nacional da alçada da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), depois que empresários e banqueiros demonstraram preocupação com a gestão da entidade. Na quarta-feira (5), em reunião com presidentes de empresas e representantes de bancos públicos e privados, Temer fez um apelo para que participem da composição de fundos a serem criados para a reconstrução do museu e manutenção do patrimônio histórico e cultural.

A ideia da MP foi discutida no encontro e os empresários reclamaram da governança e da gestão dos museus e das instituições culturais do País. A ideia de retirar o Museu Nacional da UFRJ foi apresentada como uma contrapartida. O governo, no entanto, ainda não definiu os termos da medida. A ideia é passar a gestão do museu para o governo federal, provavelmente sob os cuidados do Ministério da Educação.

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Na terça-feira, os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, da Educação, Rossielli Soares, e da Cultura, Sérgio Sá Leitão, criticaram a gestão da UFRJ. Em entrevista coletiva depois da primeira reunião feita pela cúpula do governo após a tragédia, os ministros afirmaram que não faltaram recursos para a instituição e, por decisão da universidade, os repasses para o museu diminuíram ao longo dos anos.

A reitoria da universidade rebateu o governo e disse que houve falta de verbas para a manutenção adequada do prédio histórico, do século 19. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Roberto Leher, quer que a universidade faça um laudo sistemático, detalhado e refinado para determinar a origem do incêndio que destruiu o Museu Nacional. “Queremos que o laudo da UFRJ seja mais sistemático, mais detalhado e refinado, porque temos que identificar e explicitar o melhor possível uma situação que tem repercussão cultural mundial”.

Os laudos serão feitos pela Polícia Federal e por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em conjunto com o Corpo de Bombeiros.

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Esse não é um problema específico da UFRJ, destacou o reitor. Ele lembrou que o acervo do Museu Nacional não só abordava a memória de Portugal, dos povos indígenas, como a herança cultural do Brasil, desde o período colonial, passando pelo Império, até os princípios da República, sem falar nos bens culturais de outros povos, como os egípcios. Leher salientou que o museu foi visitado por pesquisadores renomados, como o físico Albert Einstein, em 1925. Foi lá também que se realizou a primeira Assembleia Constituinte do país, entre novembro de 1890 e fevereiro de 1891. “O acervo (do museu) tem uma importância única”, ressaltou Leher.

Rescaldo

Equipes do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) trabalham em conjunto com técnicos do Museu Nacional na operação de rescaldo, para ver o que sobrou de todo o acervo do equipamento. “À medida que a Polícia Federal e os bombeiros autorizarem o acesso a determinadas áreas, nós vamos iniciar o processo de busca e análise da possibilidade de termos preservação de algum tipo de acervo da museologia”. Leher acredita que boa parte desse acervo pode estar preservado. A mesma perspectiva não ocorre, porém, em relação ao acervo de entomologia (estudo dos insetos) e etnografia (estudo das diversas etnias), que foi fortemente atingido pelo incêndio.

Hoje à tarde, o reitor abordará o tema da recuperação do Museu Nacional com os ministros da Cultura, Sérgio Sá Leitão, e da Educação, Rossieli Soares. Amanhã (4), às 11h, ele terá reunião com a bancada federal do Rio de Janeiro, em Brasília. Leher está tentando também agendar audiência com o presidente da República, Michel Temer, “tendo em vista ao alcance e a dimensão do fato tão devastador e grave”.

Recursos

A UFRJ já está montando um grupo de estudos para dimensionar a ordem de grandeza dos recursos que serão necessários para a reconstrução do Museu Nacional. Roberto Leher destacou que a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2019 já está em votação e os recursos necessários à recuperação do museu têm de estar provisionados.

“Porque, sem esse provisionamento, as palavras vão ser levadas pelo vento”. Segundo o reitor, isso aconteceu quando houve o incêndio na Capela São Pedro de Alcântara, da UFRJ, na Urca, zona sul do Rio. A capela foi construída em 1850. Leher lembrou que naquela ocasião muitas entidades manifestaram solidariedade e preocupação, prometeram ajuda, “mas, muitas vezes, essa ajuda não se materializa”, Por isso, disse que a consignação das proposições na lei orçamentária é um ponto decisivo para a UFRJ.

Uma explosão em um dos laboratórios do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ) deixou três pessoas feridas. Todos foram levados para o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, na Ilha do Fundão, Ilha do Governador, Zona Norte do Rio. O técnico Nelson Aguiar foi medicado e liberado. A aluna de doutorado Isabela da Rocha Silva e o técnico Oswaldo Freire permanecem internados, mas segundo nota divulgada pela Coppe, o estado de saúde de ambos é estável e eles não correm riscos graves.

O acidente ocorreu por volta das 10h30 na sala de polimento de amostras, no Laboratório Multiusuário do Programa de Engenharia Metalúrgica e de materiais. Os feridos foram atendidos pela Brigada de Incêndio da universidade e, posteriormente, levados para o hospital.

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O diretor da Coppe, Edson Watanabe, explicou que o laboratório servia como área de preparação de amostras que depois seriam processadas em outro laboratório. Ele disse que os técnicos são experientes e bem treinados.

“Pelo tipo de comportamento das pessoas foi uma coisa completamente inesperada. São técnicos treinados, deve ter acontecido alguma coisa errada que a gente tem de apurar”, disse o diretor à Agência Brasil.

Agora à tarde, o prédio já estava liberado, com exceção do laboratório que passa por uma limpeza. Segundo o diretor, algumas pessoas já pretendiam voltar ao trabalho.

A Coppe é o maior centro de ensino e pesquisa em engenharia da América Latina.

RIO DE JANEIRO - Com a situação indefinida sobre a mobilização dos caminhoneiros, a Uerj e a UFRJ irão suspender as aulas nesta segunda-feira (28). As instituições de ensino anunciaram a decisão na noite de sábado (26). 

Em nota, o reitor da UFRJ, Roberto Leher, disse que apenas "as atividades essenciais  voltadas para o atendimento à população e para a manutenção da Universidade seguirão em funcionamento, conforme plano de trabalho organizado pelos setores". A reitoria vai avaliar a situação no fim da tarde de segunda (28), quando emitirá novo comunicado que será publicado na página oficial da UFRJ.

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A Uerj também se pronunciou no mesmo sentido. "A Administração Central continua monitorando os desdobramentos deste grave cenário e se pronunciará, por meio de novo comunicado, na próxima segunda-feira, sobre o funcionamento da Uerj ao longo da semana".

A capital carioca mantém o Estágio de Atenção decretado pela prefeitura na sexta-feira (25). Um reunião de mergência com vários órgãos municipais está prevista para este domingo (27), no Centro de Operações (COR), onde serão definidas ações para reduzir o impacto da greve dos caminhoneiros no Rio.

Entre as possibilidades levantadas está a decretação de ponto facultativo. A reunião deve contar com a presença de representantes da CET-Rio, Comlurb, BRT e das secretarias de Transportes, Ordem Pública, Saúde e Conservação. 

Balanço

De acordo com o gabinete da intervenção federal, a Polícia Militar realizou aproximadamente 100 escoltas de caminhões-tanque desde a última quinta-feira (24). O BRT voltou a funcionar gradativamente por volta das 17h deste sábado, mas nem todas as estações estão operando. A previsão é que 56 coletivos de apenas sete linhas funcionem neste domingo, a partir das 4h.

Os trens de Guapimirim e Vila Inhomirim continuam sem funcionar neste fim de semana. De acordo com a Supervia, o motivo é que as linhas operam com locomotivas movidas a diesel. O serviço de ônibus também está com a operação reduzida: apenas 23% da frota está circulando neste sábado e domingo. 

O Centro de Operações da Prefeitura do Rio está divulgando em tempo real, via Twitter, todos os impactos da paralisação dos caminhoneiros. As orientações e alertas estão disponíveis no perfil @OperacoesRio.

Alunos de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro abusaram da criatividade para arrecadar dinheiro para ajudar nos custos financeiros de alguns estudantes da instituição. Para isso, eles iniciaram a venda de camisetas com ex-alunos famosos da UFRJ.

Vinícius de Moraes, Jorge Amado, Clarice Lispecto e Gracyanne Barbosa estampam as blusa, que estão à venda no Centro Acadêmico Cândido Oliveira (CACO) no valor de R$ 25. A camisa com a dançarina e musa fitness é a campeã de curtidas e comentários nas redes sociais. “É uma honra pra mim e um gesto de carinho que me deixou surpresa. Claro que já encomendei algumas e vou incentivar que mais gente participe”, comentou a dançarina em seu perfil na web.

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Na página do Centro Acadêmico no Facebook, os comentários são os mais diversos.  "GRACYANNE HAHAHAHAHA eu amo essa faculdade, uma inspiração fitness dessa", escreveu uma seguidora. "O fato da camiseta da Gracyanne Barbosa ter mais likes do que as da Lispector, Moraes e Amado é um forte demonstrativo do buraco no qual nos metemos", apontou outro. "Anitta, mulher do ano; Pablo Vittar, melhor cantora (sic), Jojo Todynho e, agora, Gracyanne estampada nas camisetas da FND. Este país está se tornando cada vez mais cômico e desmoralizado diante do mundo”, protestou um internauta.

O Hospital Universitário Pedro Ernesto, vinculado à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), e o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), estão impedidos realizar processos para seleção de novos residentes. A decisão foi tomada pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), que é coordenada pelo Ministério da Educação (MEC) e conta ainda com representação do Ministério da Saúde e de entidades médicas, como o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Nacional de Médicos Residentes (ANMR), além de um médico docente em instituição de ensino superior pública.

De acordo com o MEC, os processos seletivos estão suspensos até que as instituições resolvam as pendências ou firmem protocolo de compromisso com as adequações que permitam a formação nas especialidades. Por meio de nota, a pasta informou que a CNRM realizou visitas de supervisão após receber denúncias de residentes relacionadas com o atraso no pagamento de bolsas e com a diminuição das atividades e materiais para prática médica, prejudicando assim o ensino e a aprendizagem.

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"Após a visita realizada no fim de agosto de 2017, houve a produção de um relatório confirmando as informações dos denunciantes. Esse relatório foi apresentado na sessão plenária de dezembro passado. A deliberação do colegiado em plenário colocou as instituições em supervisão modalidade diligência devido à gravidade das irregularidades constatadas", informa o MEC. Segundo ainda o ministério, foi constatada a diminuição de cenário de práticas e de procedimentos cirúrgicos, a redução de leitos, a falta de insumos e o enxugamento do corpo clínico e de enfermagem.

Uma nova vistoria do CNRM foi agendada para a segunda quinzena de janeiro. O MEC informa que, após a notificação, as duas universidades manifestaram a intenção de atender as medidas recomendadas até a próxima visita. Ainda de acordo com a pasta, a destinação de recursos para o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho é de responsabilidade da reitoria da UFRJ, que teria recebido 100% da verba de custeio prevista em 2017.

Diante da situação, 180 residentes aprovados na última seleção do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho não têm garantia de poder começar suas atividades em março, conforme previsto. Se o cenário não se alterar, eles podem ser realocados em outras instituições. A UFRJ ainda não se manifestou.

Por sua vez, a Uerj estava com prova agendada para o próximo dia 13 de janeiro. O exame é parte da seleção de 227 residentes do Hospital Universitário Pedro Ernesto. O certame já for remarcado para o dia 3 de fevereiro, conforme nota divulgada pela Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento Social do Rio de Janeiro, órgão ao qual se vincula a Uerj.

Buscando a reversão da decisão do CNRM, algumas medidas também já foram tomadas no Hospital Universitário Pedro Ernesto. O diretor da unidade, Edmar Santos, determinou na sexta-feira (5) a reabertura de todos os leitos de forma gradativa até março. A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento Social também depositou R$ 2 milhões para pagamento das bolsas de novembro dos residentes.

"A medida só é possível porque todo o custeio do hospital está em dia e o plano do governo é quitar os salários atrasados até fevereiro", registra o texto divulgado pela pasta. De acordo com a nota, mesmo com a crise, o hospital passou por benfeitorias recentes, como a ampliação do parque tecnológico.

O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) também se manifestou sobre a situação em sua página oficial. A entidade pede que a CNRM reveja a decisão e faz críticas à suspensão, qualificando-a de "desserviço para a medicina" e de "ato injusto". O texto lembra ainda que o Hospital Universitário Pedro Ernesto reúne a maior quantidade de vagas para residência no estado do Rio de Janeiro. “A residência médica deve ser valorizada porque é a garantia da boa formação médica e, por sua vez, da qualidade do atendimento à população. Prejudicar a residência só agrava a atual situação da saúde”.

No mês passado, o Cremerj se juntou aos conselhos regionais de nutrição, fonoaudiologia e fisioterapia para se manifestar contra o cenário atual da saúde do estado do Rio de Janeiro. Eles decidiram tomar uma medida política decretando “calamidade pública técnica”. O objetivo da iniciativa foi alertar para a crise e pressionar os governos por uma solução. As entidades afirmam que o quadro é preocupante em unidades de saúde administradas tanto pelo governo estadual como pelo Ministério da Saúde e pelo município.

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Uma pedra azul de rara beleza, cobiçada por Napoleão Bonaparte e trazida para o Brasil pela família real portuguesa em fuga, é um dos maiores destaques da exposição que será inaugurada nesta quinta-feira (14), no Museu Nacional da UFRJ, na Quinta da Boa Vista, no Rio. São amostras de 60 minerais, das mais diferentes partes do planeta, que integram a primeira coleção científica do acervo do museu e que nunca antes tinham sido expostas conjuntamente.

As peças fazem parte da Coleção Werner, organizada e classificada no século 18 pelo geólogo alemão Abraham Gottlob Werner (1749-1817), considerado o fundador da mineralogia moderna. A coleção é composta por pedras raras originárias de minas esgotadas ou fechadas há muitos anos. Uma das mais belas é justamente aquela que despertava o interesse do general francês, com cristais de apatita e cor azul que, durante muito tempo, foi erroneamente descrita como uma água marinha.

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A Coroa Portuguesa comprou a coleção de minérios diretamente da Escola de Minas de Freiberg, na Alemanha, cujo maior expoente era Werner. Ele foi o precursor do método de classificação de minerais de forma sistemática por meio de suas propriedades físicas, como cor, traço, brilho e tipo de clivagem. "Era uma coleção conhecida, e a Coroa se interessou em comprá-la", conta o geólogo Fabiano Faulstich, do Museu Nacional, um dos curadores da mostra. "Mas ela não chegou a ser exposta por lá. Veio para o Brasil."

Quando a coleção chegou a Portugal, o país já se encontrava em grande convulsão social por causa da guerra contra a França. As caixas com as 3,2 mil pedras ficaram no porto durante meses, sem que ninguém aparecesse para reclamar a sua posse. "Certo dia abriram as caixas e, quando viram que era um monte de pedra, decidiram jogar tudo no rio", conta Faulstich. "Um engenheiro italiano a serviço da Coroa ficou sabendo da história e interveio, evitando que a coleção fosse perdida."

No momento da fuga da família real portuguesa para o Brasil, a coleção foi embarcada na nau Medusa. Segundo consta, havia ordens diretas de Napoleão para o confisco das pedras para envio a Paris após a invasão de Portugal.

No Brasil, inicialmente, a coleção foi enviada para a Academia Real Militar (atual Instituto Militar de Engenharia, no Rio), onde era usada nas aulas práticas dos alunos. Nesse tempo, perdeu cerca de 2 mil peças, até ser transferida para o Museu Real em 1819, tornando-se a primeira coleção científica a compor o acervo da instituição. A exposição é um dos primeiros eventos das comemorações dos 200 anos de fundação da instituição, no ano que vem, e, especificamente, dos 200 anos da morte de Werner. "Escolhemos as pedras mais bonitas para homenageá-lo", disse Faulsich. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os ex-presidentes petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff são aguardados por centenas de estudantes para um ato que será promovido na noite desta sexta-feira, 11, na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Eles devem fazer discurso no auditório da faculdade, que está com lotação máxima.

"Olê, olê, olá, Lula, Lula", gritava o público, à espera dos petistas. Em seguida, emendavam: "Olê, olê, olá, Dilma, Dilma". Mais cedo, foram recolhidas assinaturas para um abaixo assinado contra o impeachment de Dilma. O encontro foi chamado de "Ato Pela Reconstrução do Estado Democrático e de Direito".

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À tarde, ocorreu também na UFRJ o lançamento do livro "Comentários a uma Sentença Anunciada - o Processo Lula", sem a presença do ex-presidente.

Além de estudantes e professores, participam do evento integrantes de movimentos sociais e políticos, como o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), os deputados federais petistas Benedita da Silva e Wadih Damous e a vereadora Luciana Novaes.

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