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O PMDB vive no centro da crise política atual. Para o Palácio do Planalto, o partido virou a bola da vez dos investigadores da Lava Jato. Agora no poder, o PMDB é o partido mais exitoso entre os que têm vivido na zona de conforto das disputas presidenciais na América Latina. Essa é uma das conclusões do estudo financiado pela Fundação Getulio Vargas - Muito Difícil de Administrar, Muito Grande para Ignorar -, dos pesquisadores Carlos Pereira, Samuel Pessôa e Frederico Bertholini.

O trabalho, inédito com previsão de lançamento no Brasil no próximo trimestre, localizou partidos de toda a região com características atribuídas formalmente ao PMDB. A identidade peemedebista, portanto, consiste em partidos com ampla distribuição nacional, grande representação legislativa nos municípios e Estados, fragmentação interna por interesses regionais e individuais, ideologia amorfa e sem uma agenda política definida.

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Esse perfil é denominado na pesquisa como "legislador mediano", ou seja, partido coadjuvante em presidencialismo multipartidário que prefere atuar nos domínios legislativos a apresentar candidatos competitivos em disputa majoritária. Vive sem correr muitos riscos. "São partidos que preferem trilhar um caminho fundamentalmente legislativo ao não apresentar candidatos competitivos para a Presidência da República. Ou seja, têm grande flexibilidade política e ideológica para fazer parte de governos com perfil mais liberal ou mais conservador", diz o cientista político Carlos Pereira.

Na América Latina, o PMDB é o partido que aproveita mais as oportunidades da condição de legislador mediano. Essa trajetória começou com a derrota de seu último candidato ao Palácio do Planalto, Orestes Quércia, em 1994. Manteve-se nessa posição até o impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff, em maio deste ano. A partir daí, tornou-se majoritário sem ter lançado candidato à Presidência em 2014. "As derrotas eleitorais de Ulysses (Guimarães, em 1989) e Quércia geraram não apenas perdas dos seus respectivos candidatos à Presidência, mas também para o partido em todas as esferas municipal, estadual e legislativa. Essas derrotas foram um duro aprendizado para o PMDB, pois ajudaram a solidificar uma trajetória eminentemente legislativa para o partido", confirma Pereira.

A chegada não programada teria gerado desconforto entre seus quadros, segundo os pesquisadores. "Com o impeachment, foi alçado à trajetória majoritária presidencial, o que gerou bastante desconforto e resistências de algumas de suas lideranças regionais que não estavam tão dispostas a correr os maiores riscos inerentes dessa rota. Desde que o presidente Temer assume a Presidência, várias lideranças do PMDB pagaram preços muito altos, tais como Renan Calheiros, Eduardo Cunha, Sérgio Cabral, Geddel Vieira Lima, entre outros", aponta.

A mudança de posição do PMDB lançou automaticamente o PSDB à uma colocação provisória de partido mediano, no sentido definido pela pesquisa daquele que desempenha um papel de apoio à atual Presidência, ainda que tenha apresentado candidatos ao Palácio do Planalto em todas as eleições majoritárias do período da redemocratização. "Para mim, o PSDB é hoje o PMDB do PMDB", diz.

Um cálculo vitorioso não pode prescindir de uma legenda peemedebista em nenhuma disputa presidencial, visto que sai, inclusive, até mais barato para a aliança, o que vem a ser a outra descoberta da pesquisa. "É mais caro para o presidente quando ele governa com muitos partidos pequenos do que com um partido com perfil do PMDB", revela Pereira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Procuradoria de Roma pediu nesta sexta-feira (14) a condenação à prisão perpétua de 30 pessoas, incluindo ex-ditadores que integraram juntas militares que comandaram países da América Latina nas décadas de 1970 e 1980.

Elas são acusadas de sequestro e homicídio agravado de 23 cidadãos de origem italiana, no âmbito da Operação Condor, estratégia político-militar conjunta de ditaduras do Cone Sul para exterminar adversários. O caso já dura 16 anos e inicialmente investigava 140 pessoas, incluindo 11 brasileiros, mas problemas burocráticos ligados à morte de muitos dos suspeitos reduziram o número de réus, que são chilenos, bolivianos, peruanos e uruguaios.

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O único para quem foi pedida absolvição é o tenente Ricardo Eliseo Chávez Domínguez, ex-chefe do serviço secreto da Marinha Militar do Uruguai. Entre os réus também estavam os ex-ditadores Juan María Bordaberry (do Uruguai) e Jorge Rafael Videla (da Argentina), mas ambos morreram durante as investigações.

Já entre os que continuam vivos estão o ex-primeiro-ministro, Pedro Richter Prada, e o ex-presidente do Peru Francisco Morales Bermúdez; o ex-ditador uruguaio Gregorio Álvarez, que já cumpre pena em seu país desde 2007 por violações dos direitos humanos, o ex-mandatário da Bolívia, Luis García Meza Tejada, e o ex-ministro do Interior boliviano Luis Arce Gómez.

O venezuelano Arturo Sosa Abascal foi eleito nesta sexta-feira Superior Geral dos jesuítas, cargo popularmente conhecido como "Papa Negro", anunciou a ordem em um comunicado.

"A 36ª Congregação Geral da Companhia de Jesus escolheu o padre Arturo Sosa Abascal, da província da Venezuela, Superior Geral", afirma o comunicado da ordem, à qual também pertence o papa Francisco.

Sosa, 67 anos, sucede no cargo o espanhol Adolfo Nicolás, de quem era conselheiro geral e que renunciou ao posto no início de outubro.

Formado em Filosofia e com doutorado em Ciências Políticas, Sosa também atuava até agora como delegado para a Cúria e as casas e obras interprovinciais da Companhia de Jesus em Roma.

O novo superior dos jesuítas, que fala espanhol, italiano, inglês e compreende francês, tem uma longa trajetória na docência e pesquisa. Sosa publicou diversas obras, algumas delas sobre história e política venezuelana.

O uso da nuvem na internet cresceu 49%, segundo dados de um estudo divulgado nesta quinta-feira (13) pela empresa de tecnologia de internet Cisco. No total, 62% das empresas da região já utilizam algum tipo de serviço na nuvem, afirmou o encarregado de serviços na nuvem para a região do Cisco, Rodolfo Molina, em coletiva de imprensa para todo o continente, realizada no México.

Conhece-se como serviço na nuvem - ou computação na nuvem - qualquer recurso fornecido pela internet. Os mais básicos são programas, plataformas e infraestrutura. "Na América Latina adotamos rapidamente os novos serviços", disse Molina, que explica este fenômeno pelo fato de que a média de idade da população não supera em países como México e Brasil os 30 anos.

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"Muitos jovens estão tomando posições muito relevantes, muitos são donos de empresas e isto nos ajuda", acrescentou. A isto se somam os "vai-e-vens econômicos" que assolam de vez em quando a região e que fazem com que as empresas sejam obrigadas a baixar custos usando estes serviços virtuais e, assim, economizar investimentos desnecessários.

O estudo estabelece que 68% das organizações usam a nuvem para otimizar seus processos de negócios, 61% a mais que no ano passado. De acordo com o mesmo, as organizações mais avançadas no uso da nuvem podem alcançar lucros de cerca de 3 milhões de dólares e economia de custos de um milhão de dólares.

Realizado com 11.350 executivos em todo o mundo, entre os quais 400 da América Latina, sobretudo em Brasil e México, em colaboração com a empresa de análise de mercado informático IDC, o estudo mostra que o uso da nuvem não tem "tanto a ver com a tecnologia, mas com a forma como operam as empresas", disse.

O que Molina tem claro é que as "empresas têm que mudar a forma como operam porque se não o fazem, morrem".

Nesta quinta-feira (13), a Arcos Dorados – uma das maiores franquias de McDonald’s do mundo – anunciou que, a partir de 2025, comprará exclusivamente ovos produzidos por galinhas livres de gaiolas, como forma de compromisso com o bem estar animal e saúde humana. Entre as ações planejadas, a empresa revelou que irá trabalhar juntamente com produtores, fornecedores e especialistas em comportamento animal para auxiliar os produtores nessa transição, assegurando que seja feita sem afetar o abastecimento dos restaurantes de toda a região.

De acordo com Jose Valledor, Vice-Presidente de Supply Chain da Arcos Dorados, a mudança possibilita melhor qualidade no consumo e bem estar animal: “Continuaremos garantindo o consumo de produtos de qualidade a nossos clientes, de acordo com as políticas de bem estar animal,” afirma. A iniciativa recebeu apoio da Humane Society International (HSI), organização global de proteção aos animais e seguirá com o compromisso de atender a América Latina, bem como Estados Unidos e Canadá.

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Outras redes também já anunciaram mudanças, baseadas nas questões animais e substâncias que afetem o consumo humano. A exemplo da Burger King que só comprará ovos e carne suína exclusivamente de criatórios que não utilizem gaiolas (no caso de aves) ou baias de confinamento nas maternidades (no caso de suínos).

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Entre os dias 8 e 12 de outubro, Recife vai sediar o maior evento de robótica e inteligência artificial da América Latina, o Robótica 2016. A expectativa é que cerca de 10 mil pessoas, entre estudantes do ensino médio, universitários, pesquisadores e professores, passem pelo Shopping RioMar, na Zona Sul, durante os cinco dias de programação. A entrada é gratuita aos visitantes, que poderão acompanhar competições e conferir os trabalhos apresentados.

O primeiro dia do evento é restrito para os competidores, mas já no dia 9 o público interessado poderá conferir as diversas atrações. Conferências, palestras e workshops fechados também serão realizados, incluindo atividades com a finalidade de aproximar alunos do ensino fundamental, médio e técnico dos cientistas ligados à tecnologia e inovação na área.

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A programação também conta com atrações como o Latin American Robotics Symposium (LARS) e o Simpósio Brasileiro de Robótica (SBR). Outro acontecimento bastante esperado é a realização da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), que contará com cerca de 300 crianças de todas as regiões do Brasil apresentando seus robôs autônomos. A equipe finalista da OBR se classifica para a etapa mundial, que acontece no próximo ano, no Japão.

Robôs jogadores de futebol, que cuidam da casa, de logística, voltados à educação e outros tantos também estarão reunidos no evento – incluindo o i-Zak, robô doméstico desenvolvido pelo Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar). Ele desempenha atividades como auxiliar doméstico, cumprindo tarefas dentro de um ambiente caseiro e demonstrando comportamento inteligente e desenvoltura ao reconhecer objetos.

A organização do evento fica por conta do Cesar, junto com a Comissão Especial de Robótica (CER) da Sociedade Brasileira de Computação (SBC), o Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (Cin/UFPE), o RoboLivre, o Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE) e a RoboCup, com apoio do Governo do Estado de Pernambuco, do Ministério da Educação e Cultura (Mec) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). A programação do Robótica 2016 está disponível no site www.robotica.org.br.

Os colombianos decidem neste domingo, 2, se ratificam ou não o acordo de paz assinado entre o governo de Juan Manuel Santos e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). As urnas foram abertas as 8h e os eleitores podem votar até 16h.

Durante todo o dia estão proibidas todas as maneiras de propaganda e campanha pelo 'sim' ou pelo 'não' no plebiscito. Segundo o Conselho Nacional Eleitoral, também não será permitido realizar trabalhos de pedagogia ou divulgação dos pontos do acordo de paz.

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As pessoas não poderão usar camisetas ou botons de campanha. Além disso, está proibida a concentração pública de partidários dos dois lados. As campanhas no rádio, na televisão ou qualquer outro canal de informação de massa estão encerradas.

Cerca de 200 observadores de 25 países supervisionarão a votação deste domingo. Os convidados internacionais também terão a responsabilidade de informar qualquer irregularidade.

Para o plebiscito ser aprovado, pelo menos 13% do colégio eleitoral precisa votar pelo 'sim', ou seja, 4,5 milhões de pessoas. O percentual havia sido proposto pelo governo, sob a justificativa de que a participação eleitoral no país costuma ser muito baixa já que o voto não é obrigatório, e foi ratificado pelo Congresso.

Se esse número não for alcançado ou o 'não' vencer, o presidente Santos já afirmou que os acordos fechados ao longo dos seis anos de negociação - sendo dois em segrego - estarão cancelados e o país volta a viver em conflito com as Farc.

No dia da assinatura do acordo de paz em Cartagena de Índias, o alto comissário da paz do governo Santos, Sergio Jaramillo, afirmou ao Estado que o governo realizou uma maratona pedagógica em diversas cidades para mostrar os pontos acertados com as Farc. "Tem sido muito emocionante. Estive na semana passada com 7 mil indígenas, 500 conselheiros, 300 empresários, em eventos separados. Não se pode acreditar que o 'não' vença", disse, confiante na aprovação do acordo.

A Organização das Nações Unidas (ONU) doará US$ 181 milhões em sua resposta de emergência à epidemia de cólera no Haiti e enviará, pelo menos, um valor igual para as vítimas e seus familiares - disse à AFP um funcionário do organismo.

Os recursos foram anunciados após a ONU reconhecer que tem uma responsabilidade moral em ajudar o Haiti a enfrentar a epidemia, que surgiu em 2010 perto de uma das bases dos capacetes azuis. Mais de 10.000 pessoas morreram, e 700.000 foram afetadas pela doença desde que esta começou. Ainda há 500 novos casos de contágio reportados semanalmente.

"A necessidade mais imediata são os fundos para enfrentar a cólera", disse o conselheiro especial da ONU para o Desenvolvimento Sustentável, David Nabarro, que lidera as negociações com o Haiti e os países doadores de recursos. Nabarro disse à AFP que o objetivo era entregar US$ 181 milhões em três anos e "pelo menos o mesmo valor" para as famílias das vítimas dessa epidemia mortal.

Os detalhes do pacote de ajuda são discutidos com o governo do Haiti, enquanto o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, espera anunciar o acordo final em outubro. Apesar de a ONU reconhecer que tem uma responsabilidade moral, a organização rejeita as acusações de que também tenha uma responsabilidade legal pelos danos causados pela emergência de saúde.

As vítimas da epidemia apresentaram inúmeras demandas contra o organismo em tribunais dos Estados Unidos, mas foram recusadas, pois as missões da ONU possuem imunidade. Os estudos rastrearam a origem do surto de cólera até os capacetes azuis do Nepal, que foram enviados ao Haiti pela ONU após o grande terremoto de 2010.

Essas novas medidas são uma parte fundamental do plano de dez anos, avaliado em US$ 2,2 bilhões, para ajudar o Haiti a melhorar sua infraestrutura de saúde. O projeto foi lançado pela ONU em parceria com o governo do Haiti.

"É uma tarefa complicada. É preciso colocar todas as diferentes peças juntas", disse Nabarro, insistindo em que os doadores querem ter certeza de que os fundos darão resultados no Haiti, país com uma longa história de instabilidade política. Nabarro rebateu as críticas de que a ONU teria sido muito devagar em sua resposta e assegurou que foi registrada uma queda de 90% nos novos casos e nas taxas de mortalidade desde que a epidemia alcançou seu auge em 2011.

"Temos trabalhado muito e gastado muito dinheiro", completou. A cólera é transmitida através da água contaminada. Cerca de 72% dos haitianos não têm banheiro em suas casas, e 42% não têm acesso à água potável. Segundo Nabarro, os fundos para as unidades de ação rápida são deficientes, com US$ 12 milhões pendentes para este ano e US$ 50 milhões para o final de 2017.

Líderes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) deram apoio unânime a um acordo de paz firmado no último mês com o governo do país. O anúncio concluiu uma semana de deliberações em que a guerrilha tentou se apresentar sob uma nova luz a colombianos céticos que os culpam por décadas de violência.

Com shows de artistas de rap, conferências sobre o papel das Farc no cuidado ao meio ambiente e entrevistas com a imprensa internacional, líderes evitaram a retórica de antagonismo que os colombianos costumam esperar deles.

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"A guerra não acabou", disse o líder conhecido pelo pseudônimo de Ivan Marquez no final de uma coletiva de imprensa. "Diga a Mauricio Babilônia que ele pode soltar as borboletas amarelas", declarou em referência ao personagem do livro "Cem Dias de Solidão", de Gabriel Garcia Marquez.

Ivan Marquez disse que as Farc formarão um partido político até maio de 2017. Muitos colombianos aguardam por detalhes sobre uma transição das Farc para um movimento político uma vez que o grupo entregue suas armas a observadores da Organização das Nações Unidas (ONU) nos próximos seis meses.

O presidente colombiano Juan Manuel Santos e o líder das Farc conhecido como Timochenko devem assinar o acordo na segunda-feira na cidade caribenha de Cartagena em um evento que deve ter a participação de mais de uma dezena de chefes de Estado, do secretário-geral da ONU Ban Ki-moon e do secretário de Estado norte-americano John Kerry.

Timochenko fez um apelo especial pelos milhões de vítimas do conflito de meio século, dizendo que, além do fim das hostilidades, as famílias se beneficiariam ao saber a verdade sobre o que ocorreu com seus parentes. "Finalmente teremos uma segunda oportunidade", declarou. Fonte: Associated Press.

A suspensão de 113 voos no aeroporto Juan Santamaría, o principal de Costa Rica, por causa de uma erupção vulcânica, afetou nesta terça-feira 3.000 passageiros, informou a empresa administradora do terminal aéreo.

Centenas de pessoas esperavam impacientes no aeroporto, 17 km ao norte de San José, o restabelecimento do tráfego, que foi suspenso na tarde de segunda-feira após uma forte erupção do vulcão Turrialba. A empresa Aeris Holding Costa Rica, que opera o terminal aéreo, disse que 61 voos programados para decolar e 52 para pousar foram cancelados nas últimas hora em razão da emergência.

O vulcão Turrialba, que se encontra a 36 quilômetros da capital, teve na segunda-feira uma forte erupção de cinzas que chegou a 4.000 metros de altura, dispersando o material por uma extensa área do centro do país.

Na manhã desta terça-feira, funcionários do aeroporto limparam a pista de aterrizagem para remover uma densa capa de cinza, para que o funcionamento fosse restabelecido às 11H000 locais (17H00 GMT, 13H00 horário de Brasília), informaram as autoridades.

Tesouros da "Cidade Proibida" chinesa - o Palácio de onde reinaram os imperadores das dinastias Ming e Qing e que permaneceu oculta do resto do mundo por 500 anos - serão expostos no Chile, a primeira vez na América Latina.

Símbolo do passado dinástico de uma das culturas mais antigas e importantes da História da humanidade, a mostra exibe 275 peças de pintura, ourivesaria, cerâmica, porcelana e tecidos, com especial ênfase nas coleções do imperador Qianlong, cujo império refletiu um grande esplendor cultural.

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"A China sempre desperta um grande interesse, por ser uma das culturas milenares do mundo, e a possibilidade de aproximar das pessoas objetos que estiveram por 500 anos completamente isolados do mundo tem um interesse particular", explicou à AFP Macarena Murúa, coordenadora da área de exposições do Centro Cultural do Palácio presidencial de La Moneda.

A exposição foi inaugurada na sexta-feira e permanece aberta ao público até 27 de novembro.

A evasão fiscal é um dos principais problemas das economias latino-americanas, respondendo por cerca de US$ 340 bilhões no ano passado, o equivalente a quase 7% do Produto Interno Bruto (PIB) da região, segundo relatório pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL). 

Desse total, US$ 220 bilhões correspondem à evasão do imposto de renda para a pessoa física e jurídica e US$ 120 bilhões de Imposto sobre o Valor Agregado (IVA), incidente sobre o consumo. 

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"Em alguns países, a evasão do imposto de renda das empresas chega a 70%. E se percebe uma maior dificuldade de diminuir esses indicadores em um cenário de menor dinamismo econômico", diz o documento. 

Os países latino-americanos perdem grande parte da arrecadação do imposto de renda de pessoas físicas (31% perdidos no Chile), (32,6% no Peru), (36,3% em El Salvador), (38% no México), (49,7% na Argentina), (58,1% no Equador) e (69,9% na Guatemala). 

Os impostos de renda das empresas e o Imposto sobre o IVA, incidente sobre os bens de consumo, também têm altas taxas de evasão. No caso do imposto de renda sobre pessoa jurídica, as perdas variam de 26,6% no Brasil a 65% na Costa Rica e no Equador, segundo a CEPAL. A evasão do IVA sozinha fica em torno de 20% na Argentina, Chile, Colômbia, Equador e México e em quase 40% na Guatemala e Nicarágua. 

"Apesar de a tendência ter sido decrescente até 2008, a desaceleração econômica gerou inclusive um aumento da evasão do IVA em alguns países que fazem essa estimativa sistematicamente. É possível comprovar que os avanços na redução dos níveis de evasão do IVA alcançados em anos anteriores foram interrompidos com a reserva do ciclo macroeconômico", diz o relatório. 

"Nesse cenário, conseguir maiores avanços no combate à evasão requer mudanças administrativas e, sobretudo, melhoras dos fatores estruturais, dados os elevados níveis de informalidade, pobreza e desigualdade socioeconômica, a pobre qualidade institucional e a escassa consciência e educação fiscal dos contribuintes", declarou a CEPAL no documento. 

As autoridades de saúde americanas lançaram na quarta-feira o segundo teste clínico com humanos de uma vacina contra o vírus zika, que pode causar malformações fetais e está se espalhando pelos Estados Unidos e a América Latina.

A vacina de DNA experimental do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (Niaid) será administrada em 80 voluntários saudáveis com entre 18 e 35 anos em três centros de pesquisas nos Estados Unidos, anunciou a agência federal americana.

Os participantes receberam a primeira dose na terça-feira, afirmou o Niaid em um comunicado. "Uma vacina segura e eficaz para prevenir a infecção pelo vírus zika e as devastadoras malformações congênitas que ele causa é um imperativo de saúde pública", comentou Anthony S. Fauci, diretor do Niaid.

"Os resultados dos testes com animais foram muito animadores. Estamos contentes de ter agora condições para desenvolver esse estudo inicial com pessoas", acrescentou. A vacina não é capaz de infectar as pessoas com o zika, mas foi concebida para fazer com que o corpo desenvolva uma resposta imune ao vírus.

Outra vacina experimental contra o zika, do laboratório Inovio Pharmaceuticals e da empresa biotecnológica sul-coreana GenOne Life Sciences, começou a ser testada no mês passado em Quebec, no Canadá, e em Miami e na Filadélfia, nos Estados Unidos.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) calculam que mais de 50 países e territórios, em sua grande maioria na América Latina e no Caribe, estão em zona de risco de transmissão ativa do vírus. Não existe até o momento nenhum tratamento contra o zika, que na maioria dos casos causa apenas sintomas brandos.

O vírus pode provocar, porém, transtornos neurológicos em pessoas infectadas, como a síndrome de Guillan-Barré, além de malformações congênitas graves, como a microcefalia, que se caracteriza por um desenvolvimento insuficiente do cérebro, em fetos de mulheres que contraíram o vírus durante a gravidez.

O Brasil segue como o país mais endividado da América Latina, de acordo com estudo divulgado nesta semana pela Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal). A relação entre a dívida bruta e o Produto Interno Bruto (PIB), uma das principais medidas de solvência, do Brasil é quase o dobro da média da região, que está em 35,9%, deixando a economia brasileira no primeiro lugar no ranking com 20 mercados.

A América Latina tem apresentado uma tendência de aumento da dívida dos governos, disse a secretária-executiva da Cepal, Alicia Bárcena, em uma entrevista à imprensa para comentar o novo relatório. Mas o aumento dos passivos ainda está em um nível "racional", segundo ela, e há diferença importante entre os diversos países no nível dos passivos. O Chile, por exemplo, tinha a relação dívida/PIB em 17,5% em 2015, um dos menos endividados da região, enquanto o Brasil, na ponta oposta, tinha o indicador em 66,5%, seguido pela Argentina (53,3%) e Uruguai (46%). Paraguai (16,6%) e Peru (19.5%) também estão entre os menos endividados.

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"Os países que se endividaram mais na região foram Brasil e Argentina", disse a secretária-executiva, destacando o período desde 2014. No caso brasileiro, a situação continuou mostrando piora na primeira metade de 2016. A Cepal ressalta no relatório divulgado que desde maio o governo do presidente em exercício Michel Temer tem se empenhado em anunciar medidas para corrigir a piora da situação fiscal do país e reconquistar a confiança dos investidores. O relatório destaca a intenção da equipe econômica de fixar um teto para o crescimento do gasto público por meio de uma emenda constitucional.

A Cepal ressalta que os indicadores fiscais brasileiros tiveram piora em 2015 por conta da forte recessão no país, com a economia encolhendo 3,8%. "Enquanto a arrecadação caiu por causa da recessão, os gastos do governo continuaram aumentando", ressalta o documento. Além disso, o cenário político turbulento, com a perda de apoio do governo no Congresso, ajudou a agravar o quadro econômico no país.

O estudo da Cepal separa a análise da dívida pública em dois grupo, de um lado a América Latina, onde o Brasil é o primeiro lugar. Do outro, só os países do Caribe, que têm medida de endividamento maior que o resto da região, em 72%. A Jamaica é o país com a maior dívida/PIB do bloco, com 127%, seguida por Barbados, com 107%.

Com turnê anunciada em junho deste ano, após um grande período sem pisar em solo brasileiro, a cantora americana Mariah Carey volta ao Brasil para apresentar The Sweet Sweet Fantasy. Por meio de seu instagram, a diva do pop demonstrou estar feliz e empolgada em voltar.

"De fato, faz tempo demais! Estou bastante empolgada para ir até a America Latina e cantar para vocês. Prometo que vamos compartilhar momentos maravilhosos juntos e estou levando muitas surpresas na bagagem para vocês, meus queridos. Mal posso esperar para ver vocês. Com Amor, Mariah", escreveu a cantora. A turnê contempla os estados brasileiros de São Paulo (01/11), Curitiba (04/11) e Porto Alegre (05/11), com ingressos disponíveis na internet.

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Cerca de 93 milhões de pessoas na América Latina e no Caribe - incluindo 1,6 milhão de mulheres férteis - podem ser infectadas pelo vírus zika até o fim da atual epidemia, dentro de dois ou três anos, de acordo com uma nova projeção feita por um grupo de cientistas americanos e britânicos.

O estudo, liderado por Alex Perkins, da Universidade Notre Dame (Estados Unidos), em parceria com cientistas da Universidade de Southampton, foi publicado na segunda-feira (25) na revista científica Nature Microbiology.

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Segundo Perkins, esses números representam o pior cenário possível. "Por um simples fator aleatório, e porque alguns lugares são relativamente isolados e esparsamente povoados, o vírus não vai chegar a todos os cantos do continente", disse.

A estimativa foi feita a partir da soma de milhares de projeções localizadas sobre o número de pessoas que podem ser infectadas em quadrantes de cinco por cinco quilômetros em todo o continente. Como o vírus não deve chegar a todos os pontos da região, o total de 1,65 milhão de mulheres é o limite máximo para infecção nesta primeira onda de zika.

Com base nas atuais taxas de problemas congênitos em mulheres infectadas, a pesquisa sugere que dezenas de milhares de gestações poderão ser afetadas. De acordo com os autores do artigo, no dia 30 de junho, já haviam sido registrados 1.674 casos confirmados de microcefalia associada à zika em cinco países, incluindo o Brasil.

"É difícil prever com precisão quantas mulheres férteis podem estar submetidas ao risco de infecção por zika, porque uma grande proporção dos casos não apresenta sintomas. Isso invalida os métodos que se baseiam apenas em dados sobre os casos e gera um imenso desafio para os cientistas que tentam entender essa doença", disse o geógrafo Andrew Tatem, da Universidade de Southampton.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O PT está usando as relações que mantém com partidos de diversos países em sua estratégia para afirmar no exterior que um golpe está em curso no Brasil. Até o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se envolveu na tarefa. Em dezembro, ele discursou no congresso do Partido Social Democrata Alemão (SPD), em Berlim, para mais de 300 convidados de 40 partidos políticos de vários países. Recebido por Martin Schulz (SPD), presidente do Parlamento Europeu, Lula disse que o impeachment contra Dilma era "uma vingança de Eduardo Cunha".

Em nota, o SDP, que participa da coalizão de governo de Angela Merkel, afirmou que a "oposição brasileira abusou do instrumento do impeachment" e disse que "isso é um precedente perigoso para a democracia no País".

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Anteontem (13), o ex-primeiro-ministro espanhol José Luis Zapatero expressou "preocupação com a situação no Brasil", mas o socialista evitou qualificá-la como golpe. "Esse impeachment levará a uma reflexão na América Latina e abrirá um debate sobre esse processo."

Na quinta-feira, o Partido Socialista chileno divulgou nota na qual se solidarizou com a presidente afastada. O PS é o partido da presidente chilena Michelle Bachelet. Outras lideranças do país declararam apoio a Dilma, como o ex-candidato à presidência Marco Enríquez-Ominami, do Partido Progressista (PP). O ex-presidente uruguaio José Pepe Mujica também defendeu Dilma.

Europeus. Políticos da esquerda europeia no poder na França e na Itália também apoiaram a petista. O ex-primeiro-ministro da Itália Massimo D’Alema, do Partido Democrático (PD) - o mesmo do chefe de governo, Matteo Renzi - disse à agência Ansa que, contra Dilma, há uma "perseguição política da parte de um grupo de personagens indecentes". "Dilma tem responsabilidade política, mas o impeachment é um abuso pois não há base jurídica e é um precedente perigoso para o País, que corre o risco de acabar nas mãos de um governo ilegítimo, com pouco crédito internacional."

Deputado e membro da direção do Partido Socialista (PS) francês, Pascal Cherki classificou o impeachment como "golpe de estado". Para Jean-Louis Gagnaire (deputado do PS), Dilma é vítima de uma "coalizão de parlamentares corrompidos". O PS publicou em seu site um artigo de Maurice Braud, um de seus secretários, acusando a direita brasileira de querer desestabilizar o País. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Google anuncia nesta quinta-feira (5) um programa para financiar pesquisas cientificas de ponta na América Latina. Com investimentos totais de US$ 600 mil, a iniciativa apoia projetos de mestrado e doutorado de pesquisadores da ciência da computação, engenharia e áreas correlatas. O prazo para a inscrição termina em 9 de junho de 2016. Os interessados devem acessar este link.

Professores orientadores ficam encarregados de submeter projetos em nome dos mestrandos ou doutorandos. Para a seleção, a companhia leva em conta três critérios principais - alinhamento com a estratégia da empresa, potencial impacto da pesquisa e qualidade geral.

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O valor será pago mensalmente. O Google pagará bolsa de US$ 1.200 (R$ 4.217) para estudantes de doutorado e US$ 750 (R$ 2.635) para seus professores. Já os alunos do mestrado recebem US$ 750 e seus docentes US$ 675 (R$ 2.372). As bolsas serão concedidas por um período de um ano, com possibilidade de renovação.

"A teoria e a prática nunca estiveram tão próximas quanto agora. O avanço da pesquisa é essencial para aumentar a inovação em nossa região e solucionar vários desafios. Esperamos que as bolsas do nosso programa contribuam para essa visão", disse o diretor de engenharia para a América Latina, Berthier Ribeiro-Neto, em comunicado.

O Brasil em crise é um fator de risco para a América Latina, segundo avaliação divulgada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). A região é vulnerável a um crescimento chinês menor que o previsto, a novas baixas dos preços das commodities "e a uma deterioração ainda maior da situação do Brasil", comentou o diretor do Departamento de Hemisfério Ocidental do FMI, Alejandro Werner. O menor dinamismo da China afeta os países mais dependentes da exportação de matérias-primas. Apesar disso, o desempenho dessas economias é geralmente melhor que o da brasileira.

Além de travar o crescimento na vizinhança, o maior país sul-americano continua prejudicando os números globais da região. Sem Brasil, Argentina, Equador e Venezuela, o Produto Interno Bruto (PIB) da América do Sul teria crescido 2,9% no ano passado e poderia crescer 2,6% neste ano. As estatísticas ficam bem mais feias com a inclusão dos quatro países, com resultado negativo de 1,4% em 2015 e perspectiva de contração de 2% em 2016. O contraste é também visível em outros detalhes.

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O cenário mundial piorou desde janeiro e as previsões para a América Latina também se reduziram. Mas a maior parte dos latino-americanos continua em crescimento, embora mais moderado. Com crescimento previsto de 2,4%, o México, juntamente com os países da América Central, acompanha a recuperação dos Estados Unidos. Na América do Sul, a maioria dos exportadores de commodities tem conseguido se ajustar à nova situação.

No Chile e no Peru, houve folga suficiente para políticas contracíclicas e as taxas de expansão projetadas para cada um são 1,5% e 3,7%. Na Colômbia, foi necessário um aperto para ajustar as contas externas, mas a expansão se mantém e está estimada em 2,5%. Todos esses países foram afetados pela mudança das condições externas, com redução dos preços de seus produtos de exportação.

Nas economias em recessão, no entanto, a contração se explica, principalmente, por fatores internos, segundo Alejandro Werner. Mesmo entre esses países há diferenças importantes e também nesse quadro o Brasil aparece mal.

Empenhado em eliminar os desarranjos produzidos no tempo dos Kirchners, o novo governo argentino mudou o rumo da política. Entendeu-se com os credores ainda fora dos acordos de pagamentos (os holdouts), removeu controles do câmbio, eliminou impostos sobre as exportações, aumentou tarifas e começou a corrigir preços distorcidos. O PIB deve diminuir 1% neste ano e crescer 2,8% em 2017, retomando a trajetória de alta.

O Equador, com retração prevista de 4,5%, sofre os efeitos da depreciação do petróleo e da valorização do dólar. Como sua economia é dolarizada, exportações encarecem e, ao mesmo tempo, as importações ficam mais baratas. O ajuste envolverá um maior aperto fiscal e isso prolongará a recessão iniciada no ano passado. Para 2016, está estimada um contração de 4,5%.

A Venezuela continuará em recessão profunda. O PIB diminuiu 5,7% no ano passado, deve diminuir mais 8% neste ano e poderá encolher mais 4,5% em 2017. A baixa do preço do petróleo certamente afetou o país, mas foi apenas mais um problema já cheio de dificuldades. Não se cuidou das distorções políticas nem dos desajustes fiscais, como se lembra no relatório de Alejandro Werner. A inflação deve ultrapassar 700%, "alimentada pelo dinheiro emitido para cobrir o déficit fiscal, por um aumento na taxa de câmbio paralela e pela escassez de produtos básicos".

'Desacertos'

O maior membro do clube é o Brasil, metido em "uma das mais fundas recessões de sua história". Segundo o texto, a contração é "causada por uma combinação de desacertos nas políticas, fragilidades macroeconômicas e problemas políticos".

A deterioração das contas públicas e o aumento da dívida "influíram fortemente no colapso da confiança no País", acrescenta o relatório. "As perspectivas começarão a ser mais promissoras somente quando essas incertezas forem resolvidas e as questões fiscais forem abordadas", completou Werner.

Como outros funcionários do FMI, o diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental evitou discutir em detalhe as formas de eliminação das incertezas e de recomposição da confiança.

O economista Krishna Srinivasan, da equipe de Alejandro Werner, teve o mesmo cuidado. Negou-se a falar sobre a política interna do Brasil, mas indicou sumariamente, respondendo a uma pergunta, a agenda recomendável para quem estiver no governo depois de resolvida a crise atual. É a mesma de antes - cuidar dos ajustes, promover reformas e investir na infraestrutura.

Enquanto isso, em Brasília, deputados permaneciam no Congresso Nacional, fato raro numa sexta-feira, discutindo um processo de impedimento baseado em alguns daqueles "desacertos" - as pedaladas fiscais atribuídas à presidente da República. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A maioria dos países da América Latina e do Caribe precisam de uma estratégia de segurança cibernética, quadro que deixa a região altamente vulnerável a ataques deste tipo, alertaram nesta segunda-feira (14) a Organização dos Estados Americanos (OEA) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

De acordo com o documento "Relatório de Segurança Cibernética de 2016", de 196 páginas, quatro em cada cinco países da região não têm estratégias de cibersegurança ou planos de proteção da infra-estrutura crítica.

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Além disso, o documento alerta que dois terços dos países da América Latina e do Caribe não têm um centro de comando e controle de cibersegurança, e suas procuradorias não possuem capacidade sequer de julgar crimes dessa natureza. Assim, a região está exposta a ciberataques potencialmente devastadores.

Segundo o estudo, esse cenário é crítico porque a região é o quarto maior mercado móvel do mundo e metade da população utiliza a internet. Há países da América Latina que processam 100% de suas compras governamentais por via eletrônica, destacou o documento.

Peritos da OEA e do BID disseram no estudo que Uruguai, Brasil, México, Argentina, Chile, Colômbia e Trinidad e Tobago são os países da região que estão em um nível médio de maturidade, mas ainda distantes de países como os Estados Unidos, Israel, Estônia e Coreia do Sul.

Para o secretário-geral da OEA, Luis Almagro, a ausência de estratégias clara expõe a região a perdas potencialmente catastróficas. 

"Nossa região chegou tarde à revolução industrial. Não podemos perder a oportunidade que a revolução digital nos abre. Por isso, a cibersegurança tem que ser uma prioridade", afirmou o presidente do BID, Para Luis Alberto Moreno.

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