Tópicos | bairro

Uma porta fechada com tábuas, fachadas em ruínas e um pequeno grupo de vizinhos desafiadores: um dos bairros mais antigos de Xangai se apega à vida enquanto a cidade avança com seus planos de demolição e reurbanização.

Laoximen ou "antigo portão ocidental", cujo nome deriva das muralhas defensivas do século XVI, era um centro cultural da cidade.

Construído em torno de um templo de Confúcio, os edifícios de pedra e madeira de dois ou três andares são um anacronismo no coração do moderno distrito comercial de Xangai.

Milhares de moradores, uma mistura de famílias antigas da cidade e trabalhadores migrantes atraídos por aluguéis baratos, receberam ordens de abandonar suas casas até 2017, embora alguns permaneçam agarrados às propriedades antigas anos após esse prazo.

Yang, que não forneceu seu nome completo, é um dos últimos moradores a resistir à indenização do governo e permanece em sua casa em Laoximen, um labirinto de corredores repletos de móveis antigos.

"Este pedaço de terra foi comprado pelo meu avô", conta Yang, cuja família vive na região desde antes da chegada do Partido Comunista ao poder em 1949.

A maioria dos vizinhos concordou em sair, mas Yang ficou, aguardando uma indenização igual ao que ele considera ser "o valor da casa".

Segundo o governo local, os moradores de Laoximen podem receber até 20.000 yuanes (2.962 dólares) por metro quadrado, com bônus adicionais se saírem antecipadamente. Mas um apartamento em Xangai custa atualmente mais de 55.000 yuanes por metro quadrado, de acordo com a imobiliária Anjuke.

A demolição final aparentemente foi adiada pela pandemia, mas os trabalhadores retomaram as obras depois que Xangai saiu de seu recente confinamento. "Aberta e justa: promova a renovação da cidade antiga", diz uma placa na parede do que já foi um restaurante popular.

Portas e janelas foram seladas com cimento nas ruas, onde abundam cadeiras velhas, portas e tábuas. A uma curta distância da elegante orla de Bund, Laoximen é um dos milhares de bairros chineses cujos moradores foram realocados e as terras retomadas pelo governo em nome do progresso e da reurbanização.

Muitas das casas do bairro são anteriores aos padrões de construção modernos e carecem de aquecimento e encanamento centralizado.

Os moradores geralmente recebem novos apartamentos ou dinheiro para desocupar suas casas, embora alguns projetos de desenvolvimento tenham causado indignação pública e conflitos ferozes em algumas partes do país.

Substituir os becos densamente lotados de Laoximen por torres modernas pode ajudar a cidade a atingir sua meta de limitar sua população a 25 milhões até 2035. As autoridades anunciaram a meta de 2017 como parte de uma campanha para conter "doenças das grandes cidades", como o congestionamento de trânsito e a falta de moradia.

A semana começou trágica no bairro de Sambaituba, bairro da zona rural do município baiano de Ilhéus. No domingo (26), os moradores acordaram com a água invadindo ruas e casas. As fortes chuvas que caíraam no estado  provocaram a cheia do Rio Almada, que margeia a região, e transformaram Sambaituba em um bairro parcialmente submerso. O barco se tornou o principal meio de transporte no local. 

Nesta sexta-feira (31), a enchente está recuando, mas as casas mais próximas do rio estão com a água na altura do telhado. Em outras ruas, onde a água também chegou próximo às telhas das casas, ela já abaixou. Na maior parte do bairro ainda se anda de barco ou com a água, no mínimo, no meio da canela.

##RECOMENDA##

“A minha rua se encontra com nível de água alto. Da minha casa eu não pude retirar nada, porque à medida que ia chovendo, a água subia muito rápido, o nível se elevava muito rápido. Então, saímos de lá com a roupa do corpo”, conta Thainara Santos, 26. Ela, o marido e o filho de 7 anos estão abrigados em uma escola local. Ela agora espera as águas abaixarem para ver o que pode salvar dos móveis e eletrodomésticos.

De muitas casas ainda só se vê o telhado. Aos moradores de casas de dois andares, restou a mudança para o pavimento superior, junto com os móveis do primeiro andar. Mas muitos não tiveram essa opção. Um morador da cidade, ao perceber que a água tomou as ruas mais próximas ao rio, foi até o local para oferecer ajuda. Encontrou um casal de idosos e os ajudou no resgate e na retirada de alguns dos móveis. Quando retornou, deparou-se com a própria casa já tomada pela água. Foi a vez dele precisar de ajuda. E isso aconteceu com frequência.

“O que está nos mantendo alimentados e vestidos são as pequenas ONGs [organizações não governamentais], é a solidariedade do povo. O povo é que nos ajuda”, disse Thainara. Ela e outros moradores relataram à Agência Brasil que a enchente trouxe à tona uma solidariedade entre os moradores. Muitos ajudando os outros na retirada dos móveis, a salvar o que pode ser salvo e acolhendo quem teve sua casa submersa.

“A gente está passando uma situação muito difícil com a enchente. Desde domingo que estamos ilhados, sem poder sair. Muita gente desabrigada. Mas tem muita gente ajudando, helicópteros trazendo comida para a população e o povo está se virando como pode”, disse José Carlos Nascimento, 51.

José Carlos também precisou deixar sua casa, onde a água invadiu e subiu cerca de um metro. Com a trégua da chuva e o lento recuo das águas, ele confia em uma melhora do cenário nos próximos dias. “As águas começaram a baixar. Espero que daqui uns quatro ou cinco dias a gente esteja em uma situação mais confortável”.

Não bastasse a fúria da natureza contra o bairro simples de Ilhéus, a ação de ladrões traz uma preocupação extra àqueles que precisaram deixar suas casas. Saqueadores estão aproveitando as casas vazias para roubá-las. “A nossa situação é lastimável, estamos isolados, ilhados. E além do medo de chover novamente, do nível da água elevar, temos o receio das nossas casas serem arrombadas, porque é o que está acontecendo aqui em Sambaituba”, acrescenta Thainara.

Alimentos, cobertores, dentre outros itens, estão chegando. Helicópteros do Corpo de Bombeiros e da Marinha chegam ao município para levar doações. A prefeitura também tem colaborado com cestas básicas e quentinhas, mas alguns moradores reclamam da lentidão do poder público local em oferecer apoio, além da burocracia. Isso porque o governo municipal decidiu fazer um cadastramento das famílias que necessitam de ajuda e muitos moradores estão sem os documentos, que ficaram nas casas tomadas pela água.

Prefeitura

A prefeitura informa que o formulário a ser preenchido pelos moradores “visa mapear a situação da população afetada e de maior vulnerabilidade, seu perfil e suas necessidades mais urgentes, para prover subsídios e ofertas socioassistenciais”. A reportagem questionou a prefeitura de Ilhéus sobre as providências a respeito da assistência emergencial aos moradores, bem como a possíveis auxílios aos que perderam móveis e eletrodomésticos, além de providências em relação aos saques denunciados pelos moradores. Mas até o fechamento desta matéria não recebeu resposta.

Em um boletim divulgado pela prefeitura de Ilhéus na última terça-feira (28), o município tinha 946 pessoas desabrigadas acolhidas em 18 escolas municipais que recebem as pessoas que tiveram que sair de casa e que dependem de um abrigo provido pelo poder público. Somente em Sambaituba são 330 pessoas acolhidas na escola local.

O município tem recebido doações de alimentos, itens de higiene, dentre outros. Segundo a responsável da prefeitura pelo recebimento das doações, a coordenadora de projetos da Secretaria Municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza, Luana Messias, existe necessidade de alimentos, colchonetes, itens de higiene pessoal, material de limpeza e medicamentos como dipirona, loratadina e paracetamol.

Uma conta bancária foi criada pela prefeitura especificamente para receber as doações financeiras de quem puder doar. Segundo a prefeitura, esses recursos serão convertidos em materiais necessários para as pessoas vulneráveis. Banco do Brasil Agência 0019-1, Conta Corrente 81998-0, CNPJ 13.672.597/0001-62. Pix: sefaz@ilheus.ba.gov.br.

Berço do samba e hoje com atrativos como o Museu do Amanhã, o bairro da Saúde, na região central do Rio de Janeiro, próximo do Porto, foi classificado como o 25.º mais descolado do mundo em ranking anual divulgado na última quarta-feira pela revista britânica Time Out. A publicação é reconhecida como guia para as melhores atividades em cidades do mundo inteiro. Todo ano, divulga uma nova versão do ranking dos 49 bairros mais descolados do planeta, com base em uma pesquisa com moradores - desta vez, foram ouvidas 27 mil pessoas.

O bairro campeão foi Nørrebro, na capital dinamarquesa, Copenhagen. Em segundo lugar ficou Andersonville, em Chicago (EUA), e em terceiro, Jongno 3-ga, em Seul (Coreia do Sul). A Saúde foi o único bairro brasileiro citado na lista. "Os visitantes vão descobrir charmosos bares antigos, bela arquitetura portuguesa e locais fascinantes, como a Pedra do Sal", afirma o texto publicado pela revista, que destaca o Museu do Amanhã e seu vizinho Museu de Arte do Rio (MAR), além dos murais de arte de rua ao longo do Boulevard Olímpico e a vista panorâmica a partir do Morro da Conceição.

##RECOMENDA##

O texto traz, ainda, sugestões para quem quer planejar sua viagem e para os que buscam passar um dia perfeito no bairro, que inclui uma visita ao restaurante Casa Omolokum, com pratos típicos da culinária baiana. "Feche a noite com música ao vivo, dança e churrasco brasileiro no (restaurante) Bafo da Prainha", recomenda a revista, em texto do inglês Tom Le Mesurier, que mora no Rio desde 2010 e é especialista em culinária e turismo.

A Saúde é um bairro povoado desde fins do século 17, que ganhou esse nome a partir de 1742, quando o comerciante português Manuel Negreiros construiu ali a capela de Nossa Senhora da Saúde, para cumprir promessa depois que sua mulher se curou de uma doença. Também fica na Saúde o Cais do Valongo, inaugurado em 1811 para se tornar local de desembarque de pessoas escravizadas no Rio - antes, as embarcações chegavam na Praça XV.

Ao longo de aproximadamente 40 anos, esse cais recebeu cerca de 1 milhão de africanos, fazendo dele o maior porto receptor de escravizados do mundo e ponto de chegada de 25% dos 4 milhões de africanos trazidos à força ao Brasil. Em 1843 o Cais do Valongo foi reurbanizado para receber a princesa Teresa Cristina, que se casaria com o imperador dom Pedro II. O cais mudou seu nome, então, para Cais da Princesa. Em 1.º de março de 2017, passou a integrar oficialmente a Lista do Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), por ser o único vestígio material da chegada dos africanos escravizados nas Américas.

Samba

Desde seus primórdios, a Saúde tornou-se moradia de baianos - houve uma intensa migração após a revolta dos malês (negros muçulmanos), em 1835, e a piora nas condições de vida em Salvador nas décadas seguintes, que também contribuiu para que muitos baianos se mudassem para o Rio. Reunidos na Saúde, eles foram decisivos na gênese do samba na cidade.

Os primeiros sambistas, como Donga e João da Baiana, e os mestres do choro, como Pixinguinha, se reuniam numa área chamada Pedra do Sal, que se tornou símbolo dessa cultura musical. A Pedra do Sal foi tombada em 1984 pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro.

A região da Saúde foi revitalizada a partir da criação do projeto Porto Maravilha, às vésperas da Olimpíada de 2016. Nesse período foram criados o Museu de Arte do Rio e o Museu do Amanhã. A área ainda recebeu obras de artistas de renome internacional, como Eduardo Kobra. O mural Etnias, feito por ele no porto, foi reconhecido em 2016 como o maior grafite do mundo - recorde depois superado por outra obra de Kobra em Itapevi (SP).

Com 15 metros de altura e 170 de comprimento, Etnias retrata cinco rostos indígenas de cinco continentes diferentes: os huli, da Nova Guiné (Oceania), os mursi, da Etiópia (África), os kayin, da Tailândia (Ásia), os supi, da Europa, e os tapajós, das Américas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O professor e historiador José Messiano Ramos realiza nesta quarta-feira (30), às 19 horas, a live de lançamento do livro “Entre dois tempos: uma breve história do bairro do Guamá”. O evento será no YouTube, no canal do escritor Paulo Maués Corrêa, responsável por mediar o encontro remoto.

Messiano Ramos, autor do livro e morador do bairro do Guamá, conta que a obra é fruto de uma pesquisa histórica desde a época de sua graduação, especialização e também mestrado. A partir disso, várias matérias e pesquisas sobre o bairro foram transformadas em uma ferramenta importante para que as pessoas conheçam a história do Guamá, como explica o historiador.

##RECOMENDA##

Messiano diz que a proposta do livro é falar sobre as origens do Guamá, bairro mais populoso de Belém, apresentando também os processos de ocupação. “Quais os imaginários, as ideias e os preconceitos que foram construídos sobre este lugar e sobre as pessoas que nele moram. A ideia do livro é essa”, acrescenta.

Segundo o historiador, dentre os fatos narrados, a obra resgata a história do Hospital de Lázaros do Tucunduba, fundado em 1815 e desativado em 1938, que isolava pessoas que sofriam de Hanseníase.

“Evidentemente que eu também trato sobre as ruas do bairro, como elas surgiram, os pontos culturais, as escolas, as igrejas, os mercados, pontos de comércio, os portos. Falo do Igarapé do Tucunduba, que divide o bairro do Guamá com outros bairros da cidade. São várias abordagens”, destaca.

Messiano relata que escrever o livro foi um desafio muito grande, demandando muita pesquisa, esforço intelectual e leitura de outros trabalhos, para mostrar a história por outra perspectiva, que não fosse sobre grandes personagens e heróis.

A intenção é apresentar a versão construída pelos moradores, por aqueles que, de certa forma, tiveram um papel determinante na construção do bairro, a partir da união e da mobilização da comunidade.

“É um bairro constituído de gente lutadora, que busca os seus objetivos, muito diferente do que é apregoado, como um bairro violento. A nossa ideia foi de mudar um pouco o foco da historia e construir a partir dos anseios e das perspectivas dos moradores”, enfatiza o historiador.

Durante o processo de escrita do livro, duas questões relacionadas ao Guamá chamaram a atenção de Messiano. A primeira, segundo ele, foi perceber que muitos moradores do bairro, especialmente a juventude e estudantes de modo geral, pouco conhecem a história do lugar e como ele foi constituído ao longo do tempo.

Entretanto, o historiador revela que também existem moradores, principalmente os mais antigos, que possuem muita história para contar. Messiano ainda afirma que muito do que há na obra não é possível encontrar em outros livros de história que falam sobre Belém e sobre o Estado do Pará.

“Tampouco você vai encontrar os personagens que são oriundos do bairro, trabalhadores, pessoas comuns, do povo e que de certa forma ajudaram a fazer com o que bairro seja o que é hoje. Acho que são dois pontos divergentes e, ao mesmo tempo, convergentes. É uma população que pouco conhece da sua história e outro grupo que tem muita história para contar”, complementa.

O historiador reitera que o objetivo principal do livro é ampliar o olhar dos moradores – e de todos que conhecem Belém – sobre o Guamá, consequentemente sobre a cidade, que é uma das mais importantes da região amazônica. “[Para que] saibam que existe um bairro de periferia, com uma população muito trabalhadora, com uma diversidade cultural muito grande. É isso que a gente quer mostrar”, conclui.

Por Isabella Cordeiro.

A partir da próxima segunda-feira (26), o comércio dos bairros terá mais flexibilidade de funcionamento, desde que cumprido o limite de dez horas contínuas durante a semana, e de oito horas contínuas nos fins de semana. Na prática, as lojas desse perfil poderão abrir a partir das 8h, de segunda à sexta.

As unidades que optarem por esse horário precisarão encerrar as atividades às 18h. Quem optar por abrir às 9h fechará às 19h. Já quem abrir às 10h terá que fechar às 20h. Nos fins de semana, o funcionamento poderá ocorrer até as 18h, mas só poderão funcionar até esse horário as lojas que abrem às 10h. Portanto, quem abrir às 9h continuará encerrando a atividade às 17h, cumprindo o limite de oito horas de operação contínua.

##RECOMENDA##

A mudança de fim de semana também vale para escritórios corporativos, bares e restaurantes, que poderão escolher funcionar das 9h às 17h ou das 10h às 18h. 

Já para as academias, inclusive nas unidades localizadas dentro dos clubes sociais e esportivos, o funcionamento ganha uma hora no fim de semana e será estendido até as 18h, mantendo a abertura a partir das 5h. A medida também vale para igrejas.

A secretária executiva de Desenvolvimento Econômico, Ana Paula Vilaça, reforçou que o retorno do comércio de praia será exclusivamente de segunda à sexta, das 9 às 16h e continua proibido durante os fins de semana. 

“Precisamos fazer essa retomada de forma bastante cautelosa. Ontem, no feriado de Tiradentes, ainda vimos cenas de pessoas nas praias e parques praticando exercício sem o uso da máscara e aglomerando e não podemos permitir comportamentos desse tipo. Por isso que as atividades estão sendo retomadas de forma gradual, para que a gente observe o reflexo na saúde”, pontuou.

Hong Kong encerrou nesta segunda-feira (25) o confinamento de um bairro, o primeiro ordenado pelas autoridades desde o início da pandemia, que permitiu identificar 13 casos de covid-19 entre os 7.000 residentes testados, gerando um debate sobre a eficácia de tal medida.

No fim de semana, a polícia foi mobilizada para isolar cerca de 150 prédios no bairro Jordan, uma das áreas mais pobres e densamente povoadas de Hong Kong, onde surtos surgiram recentemente.

##RECOMENDA##

As autoridades foram de porta em porta para forçar os residentes a fazerem o teste. Dos cerca de 7.000 exames realizados, apenas 0,17% foram positivos para o novo coronavírus.

Vozes se levantaram entre os líderes políticos e econômicos para denunciar a forma como esse confinamento foi implementado.

Mas as autoridades justificaram sua escala e não descartaram outros confinamentos do tipo.

"Não vemos esta operação como um desperdício de mão de obra e dinheiro", disse a ministra da Saúde, Sophia Chan, a repórteres no domingo.

Hong Kong esteve na linha de frente quando os primeiros casos do novo coronavírus foram detectados na China continental, há mais de um ano.

A cidade, repleta de prédios residenciais, totalizou pouco mais de 10.000 casos desde o início da pandemia e 170 mortes foram formalmente atribuídas à covid-19.

Seus cerca de 7,5 milhões de habitantes vivem há um ano sob restrições mais ou menos severas que se mostraram eficazes na prevenção de surtos, mas pesam na economia.

Há dois meses, Hong Kong foi atingida por uma quarta onda de infecções e as autoridades introduziram novas restrições.

Nas últimas semanas, surtos epidêmicos surgiram em bairros pobres, onde as moradias estão entre as mais apertadas do planeta.

- Habitações apertadas -

David Hui, especialista em doenças infecciosas que assessora o governo, defendeu esse tipo de confinamento.

No entanto, pediu às autoridades que ajam mais rapidamente no futuro para evitar que os moradores fujam antes que as medidas entrem em vigor.

"O mais preocupante é saber que o vírus pode se espalhar fora, porque alguns moradores saíram quando souberam que um confinamento em seu bairro seria colocado em prática", disse ele.

Esta informação vazou na manhã de sexta-feira na mídia de Hong Kong e os moradores deixaram o bairro antes da chegada da polícia na noite de sexta.

Benjamin Cowling, epidemiologista da Universidade de Hong Kong, estimou nesta segunda no canal RTHK que o confinamento de certos bairros tem efeito limitado, estando o coronavírus presente em todo o território.

O bairro isolado neste fim de semana tem uma grande população do sul da Ásia - uma comunidade muitas vezes discriminada - e alguns criticaram a forma como a operação se desenrolou, especialmente após a distribuição para famílias muçulmanas de cestas básicas contendo carne de porco.

Na semana passada, uma autoridade da saúde provocou fortes reações depois de sugerir que os residentes de minorias étnicas poderiam espalhar o vírus mais facilmente porque "eles gostam de compartilhar comida, fumar, beber álcool e discutir juntos".

Alguns responderam que a pobreza e a falta de habitação a preços acessíveis os obriga a viver em habitações apertadas, o que promove a propagação do vírus e que isso não está relacionado com uma questão étnica ou cultural.

As autoridades de Xangai começaram a evacuar um bairro residencial da cidade após a confirmação de ao menos três novos casos de coronavírus nesta quinta-feira (21), os primeiros detectados nesta grande cidade chinesa desde novembro.

As autoridades locais, que não informaram quantas pessoas da área estavam sendo transferidas, aumentaram o número de testes de diagnóstico realizados na área, com o objetivo de erradicar o surto, em um novo e claro exemplo da contundência da resposta do governo diante dos pequenos focos de infecção que aparecem no país.

Duas das pessoas infectadas trabalham em hospitais e são vizinhas, informaram autoridades locais de saúde em uma entrevista coletiva. O terceiro caso foi detectado em um dos seus contatos.

Um jornalista da AFP presente no local disse que ônibus foram preparados e desinfetados antes de levar os vizinhos aos hotéis ou locais onde ficarão em quarentena. Algumas estradas na área foram fechadas.

Xangai, com uma população de 25 milhões, não registrava nenhuma nova infecção local da covid-19 desde novembro, mas detectou um caso importado, especificamente um estudante que voltou do Reino Unido no final de dezembro e foi diagnosticado com a variante britânica do vírus.

A China, país mais populoso do mundo, registrou os primeiros casos do novo coronavírus em dezembro de 2019, na cidade de Wuhan (centro).

Desde então, conseguiu praticamente erradicar a pandemia do seu território, embora nas últimas semanas tenham aparecido focos da covid-19, que provocam medidas drásticas para cortar radicalmente os contágios.

Por exemplo, na quarta-feira, 1,6 milhão de pessoas em um bairro ao sul de Pequim receberam ordens de não deixar a capital, e várias dezenas de milhares de residentes nesse mesmo bairro não podem sair de suas casas.

Nesta quinta-feira, a China anunciou 144 novos casos de coronavírus, a maioria no nordeste do país. Segundo dados oficiais, 4.635 pessoas morreram de coronavírus no país até agora, enquanto a pandemia matou mais de dois milhões de pessoas em todo o mundo.

O bairro da Liberdade, na região central da capital paulista, recebe neste sábado (13) e domingo (14) o festival Tanabata Matsuri, ou Festival das Estrelas, evento de cultura japonesa que está em sua 41ª edição e é considerado o festival maior de rua do mundo. A expectativa dos organizadores é que cerca de 200 mil pessoas participem da festividade.

A programação do festival conta com apresentações musicais, gastronomia, entre outras atrações culturais, como danças folclóricas orientais com participação de mais de 700 dançarinas, a apresentação do grupo de Taikô (tambores japoneses), e oficina de origami (dobraduras de papel).

##RECOMENDA##

O Tanabata Matsuri é celebrado desde o século 11 no Japão e é comemorado também no Brasil desde a década de 70, no bairro da Liberdade.

Lenda

O festival tem origem na lenda sobre o relacionamento amoroso entre a princesa Orihime  e o pastor Kengyu, que depois de se apaixonar, esqueceram completamente de suas obrigações. Por este motivo, foram castigados e transformados em estrelas, separados pela Via Láctea. Segundo a tradição japonesa, o Senhor Celestial, comovido com a tristeza do casal, permitiu um único encontro anual entre eles, em um dia de julho.

Em agradecimento à dádiva recebida, o casal atende aos pedidos feitos em papéis coloridos e pendurados em bambus. No Brasil, o festival é realizado nas calçadas da Praça da Liberdade-Japão, Rua Galvão Bueno e Rua dos Estudantes, onde dezenas de enfeites são pendurados em 70 bambus de aproximadamente treze metros de altura, com três enfeites de papéis coloridos.

O público pode utilizar os Tanzakus - papeletas para anotar os pedidos, e os pendurarem nos ramos dos bambus, chamados Sassadake. O ritual do Tanabata Matsuri encerra-se com uma cerimônia de queima dos Tanzakus. A fumaça gerada pela queima simboliza a entrega dos pedidos aos deuses.

Onde não tem buraco em Belém? Os problemas das vias esburacadas, além de antigos, persistem em assombrar a rotina dos paraenses. Condutores e pedestres relatam problemas em transitar na cidade.

A comunidade da passagem do Arame, entre Perebebuí e Pirajá, localizada no bairro da Pedreira, reclama que o asfalto do local nunca passou por uma manutenção. No trecho que foi objeto da reportagem existem 109 buracos que contribuem para o transtorno no cotidiano dos moradores. Entre os problemas, o risco de assaltos e acidentes são os mais citados.

##RECOMENDA##

De acordo com uma moradora do perímetro, que não quis se identificar, o problema persiste há 20 anos. “Nós (moradores) é que pagamos para tapar os buracos na via, mas com tanta chuva às vezes não é o suficiente”, diz. Na rua existem escolas e grande movimentação de pessoas. “Uma senhora que levava seu neto para a aula na semana passada tropeçou em um dos buracos e fraturou a bacia. O caso é muito sério”, declara.

Na Pedreira, ruas que têm movimentação intensa estão cheias de falhas e crateras, dificultando a passagem de veículos. Motoristas relatam o perigo de dirigir ali e comerciantes reclamam de prejuízos. 

Segundo Éder Paiva, 39 anos, estudante de Direito e cliente de um lava-jato do local, os motoristas sofrem danos a longo prazo com seus veículos quando passam pela via esburacada. “É um desrespeito ao cidadão que paga seus impostos sabendo que parte desses recursos deveria ser utilizado para a revitalização das vias que nunca acontece em tempo hábil”, comenta. 

Além dos prejuízos, o comerciante Washington Luís, 54, conta que quando os motoristas desviam em zigue-zague dos buracos os clientes do seu mercadinho são banhados por lama. “Quando chove os clientes não ficam no estabelecimento porque têm medo de se molhar quando os carros passam na rua. Eu perco muitos clientes assim. A única proteção é quando alguém estaciona na frente e impede a água de espirrar nas pessoas que frenquentam o local.” Ele também diz que encaminhou um requerimento para a prefeitura pedindo que o problema seja resolvido. 

Por meio de nota, a prefeitura de Belém informou que “os serviços de tapa-buracos estão sendo executados em diversas vias da cidade, mas por conta da grande demanda, o trabalho obedece um cronograma de ações”. A nota diz ainda que o trabalho da prefeitura “consiste em recompor o asfalto, eliminando os buracos e substituindo o revestimento que apresenta fissuras mais acentuadas, evitando, assim, que outros buracos apareçam nestes trechos recuperados”. 

Por Natália Ramôa, Ana Caroline Barboza da Silva e Wesley Lima.

[@#galeria#@]

 

 

 

No final da tarde desta terça-feira (26), uma motorista perdeu o controle de seu automóvel no estacionamento do supermercado Carrefour, localizado no bairro da Torre, Zona Norte do Recife. Com a disparada, o carro arrancou a grade de proteção do local e foi parar na avenida principal. A mulher acabou envolvendo outros três carros e uma moto no incidente.

[@#galeria#@]

##RECOMENDA##

O trânsito ficou lento nas proximidades do supermercado. Segundo confirmações da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU), não houve feridos. Até as 19h desta terça (26), o trânsito continuava lento; agentes da CTTU estão no local tentando melhorar o fluxo neste momento considerado de "pico".  

Pessoas que estavam fazendo compras no Carrefour e viram de perto o que tinha acontecido, relatam que a mulher que perdeu o controle do veículo que, possivelmente, é automático, ficou muito abalada com a situação e precisou ser amparada pelos funcionários e clientes do supermercado.

Neste mês de junho o mamógrafo móvel da Prefeitura do Recife passará por 19 bairros da cidade. Segundo o órgão, serão ofertadas 1.600 mil fichas para a realização do exame, sem necessidade de agendamento. O bairro dos Torrões, localizado na Zona Oeste do Recife, será primeiro a receber o caminhão equipado com mamógrafo. A ação acontecerá das 8h às 17h, na Avenida do Forte, número 1.350, com o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS).  

Em cada local, serão disponibilizadas 80 fichas, 40 por turno. Não é preciso agendar para fazer o exame. A única exigência é ter idade entre 59 e 69 anos – faixa etária considerada de risco pelo Ministério da Saúde - e levar documento oficial com foto, cartão do SUS e comprovante de residência. O resultado é entregue na mesma unidade onde o veículo ficou estacionado.

##RECOMENDA##

As pacientes fora da faixa etária indicada, que precisarem realizar o exame, devem comparecer à unidade de referência para marcar a mamografia. O calendário com todos os bairros, dias e horários que o mamógrafo móvel passará pode ser acessado no Portal da PCR.

[@#galeria#@]

A Prefeitura de Belém se comprometeu a realizar um novo cadastro socioeconômico das famílias do bairro da Vila da Barca, na periferia da capital paraense. O objetivo é atualizar as informações usadas pelo poder público e pelos moradores na tomada de decisões sobre a política de urbanização da área.

##RECOMENDA##

O compromisso foi assumido pela prefeitura nesta quarta-feira (24) em audiência pública convocada pelo Ministério Público Federal (MPF) e que contou com a participação de lideranças do bairro e de representantes de diversas instituições públicas. Muitos dos dados disponíveis atualmente foram coletados há mais de dez anos, antes da entrega das primeiras unidades habitacionais do projeto de urbanização da área, considerada o maior bairro sobre palafitas da América Latina.

"A defasagem das informações vem impedindo que as famílias, os órgãos de controle e a própria prefeitura cheguem a um consenso sobre a validade dos critérios inicialmente adotados para atendimento aos potenciais beneficiários do programa de reassentamento urbano", alertou o procurador da República Felipe de Moura Palha e Silva, coordenador da audiência. Também representou o MPF no evento o procurador regional dos Direitos do Cidadão no Pará, Marcelo Santos Corrêa.

“Outro agravante é que a população não foi ouvida na época da implementação do projeto, o que, somado à falta de transparência e às falhas de comunicação com as famílias, tornou extremamente alta a insatisfação dos moradores com o poder público”, complementou Felipe de Moura Palha.

A diretora-geral da Secretaria Municipal de Habitação (Sehab), Sheila Corrêa, informou que os trabalhos para realização do cadastro vão começar em fevereiro, e as lideranças da Vila da Barca presentes na audiência pública ficaram de mobilizar as famílias para garantirem a segurança necessária aos agentes de campo que farão as entrevistas no bairro.

Segundo Sheila Corrêa, até setembro de 2018 devem ser entregues 78 novas unidades habitacionais do projeto de reurbanização, e a licitação de outras 120 unidades está aguardando apenas a aprovação, pela Caixa Econômica Federal, da reprogramação orçamentária do contrato.

Na primeira entrega de unidades habitacionais, em 2007, foram entregues 136 unidades. De 2007 ao início de 2018 a prefeitura entregou 20 unidades. Segundo a representante da Sehab, durante esse período foram feitas licitações para a retomada das obras, mas para várias delas não surgiram construtoras interessadas e em outra a empresa abandonou a construção.

Aos moradores da Vila da Barca que tiverem interesse em serem atendidos por moradias do programa Minha Casa Minha Vida construídas em outras regiões da capital paraense, Sheila Corrêa informa que as inscrições continuam abertas na Sehab. Os representantes dos órgãos de controle convidados para o evento fizeram questão de esclarecer que, apesar de existirem procedimentos de investigação da regularidade do projeto, essas investigações não impedem a retomada das obras.

O secretário de controle externo do Tribunal de Contas da União (TCU) no Pará, Arildo da Silva Oliveira, ressaltou que o órgão detectou um superfaturamento de R$ 2,8 milhões no projeto, e que o ex-prefeito de Belém Duciomar Gomes da Costa está sendo pessoalmente responsabilizado pelo TCU por esse prejuízo aos cofres públicos porque pediu a liberação dos recursos em sua gestão, mesmo após o município ter sido advertido pelo tribunal sobre a irregularidade. Oliveira também informou que o TCU detectou licitações mais recentes com sobrepreço – preços superiores aos praticados no mercado – calculado em R$ 426 mil.

O representante da Controladoria-Geral da União Fábio Santiago Braga disse que a instituição também atua em investigações de irregularidades apontadas pelo TCU, e que a fiscalização em campo deve voltar a ocorrer assim que as obras forem retomadas.

O Ministério das Cidades foi convidado, mas não enviou representante para a audiência pública.

Da assessoria do MPF/PA.

Um serviço no Sistema Integrado Tapacurá/Alto do Céu deixará 31 bairros do Recife e um de Olinda sem água entre terça-feira (12) e quarta-feira (13). Ao todo, serão 16 horas de suspensão do abastecimento.

De acordo com a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), será realizada a substituição de uma válvula do sistema, com os trabalhos começando às 16h da terça até as 8h da quarta-feura. 

##RECOMENDA##

Ao todo, 20 profissionais trabalharão na obra. Os bairros afetados são: Aflitos, Água Fria, Alto José do Pinho, Arruda, Bomba do Hemetério, Cajueiro, Campina do Barreto, Torre, Casa Amarela, Casa Forte, Cordeiro, Encruzilhada, Espinheiro, Fundão, Graças, Santo Amaro, Hipódromo, Iputinga, Jaqueira, Madalena, Mangabeira, Monteiro, Morro da Conceição, Tamarineira, Parnamirim, Poço da Panela, Ponto de Parada, Porto da Madeira, Rosarinho, Santana, Torreão, além de Peixinhos, em Olinda. 

 

[@#galeria#@]

Moradores do entorno do Complexo Prisional do Curado, no bairro do Sancho, Zona Oeste do Recife, participaram na manhã desta segunda-feira (25) de uma audência pública na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), onde foi debatida a situação das famílias, de cerca de 50 imóveis, que receberam ordem de desapropriação no início do mês pelo Governo do Estado. O grupo não concorda com a decisão de sair das suas moradias e pedem que o presídio mude de local. Durante a audiência, os moradores fizeram um apelo ao governador Paulo Câmara para que a despropriação seja cancelada. 

##RECOMENDA##

A audiência foi solicitada pelo deputado estadual Joel da Harpa e teve presença dos também deputados estaduais Priscila Krause (DEM) e Edilson Silva (PSOL), e do deputado federal Silvio Costa Filho (PRB), da vereadora Isabella de Roldão (PDT). Para Daniele Rodrigues, integrante da comissão de moradores que lutam pela permanência no local, o decreto do governador não respeita a história de quem vive ali com plena legalidade. "Não consigo dormir sabendo que a minha casa e dos meus vizinhos irão ser demolidas.  Onde fica a nossa história?", questionou. 

O deputado Edilson Silva, presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Alepe, falou que não existe valor que indenize essa desapropriação e criticou a falta de diálogo da gestão estadual com as famílias."Nao se trata de uma invasão,  nao é um assentamento provisório de poucos meses. São famílias que estão ali por muito tempo, mesmo antes do presídio, são laços de fraternidade,  de sustentabilidade. O governo é demagógico e quer tratar de forma truculenta essas pessoas", pontuou.

Edilson Silva ainda fez duras críticas ao secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, que não compareceu à audiência, apesar do convitte. " É um sujeito ausente e parece que está na Secretaria apenas para fazer trambicagem. Se nega a falar com as comunidades que querem um diálogo pacífico", argumentou. Durante a audiência, Priscila Krause também criticou a gestão e denunciou o governo de incapaz. Ela também falou que o valor do pagamento é muito pequeno.  "Não é assim que se fortalece a cidadania.  Era importante um diagnóstico da área antes de se ter a construção de um complexo.  Tinha que ser levado em conta a situação dos moradores, que estão ali há 50, 40 anos, durante uma vida inteira", falou.

Andrea da Silva, que mora nas proximidades do presídio desde que nasceu e é diretora da Escola Municipal Maria da Paz Brandão Alves, localizada nas redondezas do Complexo do Curado, explicou que é preciso mudar o local do presídio. "Apesar da minha casa não está na lista das desapropriações, não acho justo meus vizinhos sofrerem por isso. O presídio não tem condições de continuar onde ele está e precisa ser retirado daquele local", explicou. Ela falou que as crianças e os adolescentes estão muito expostos a tudo de ruim que o Complexo pode trazer, se continuar no bairro.

O decreto do governador Paulo câmera foi publicado no Diário Oficial do dia 7 de abril. De acordo com a gestão estadual, as famílias serão removidas em três ruas: Santana de Ipanema, Maria de Lurdes da Silva e parte da Orfeu do Carnaval. Segundo a publicação, o objetivo é ampliar o perímetro de segurança uniforme para toda a área próxima das três unidades prisionais do complexo, que vem sendo alvo de rebeliões, fugas e bombas. Os moradores, no entanto, não concordam com a decisão e afirmam que o perigo é de dentro pra fora, não ao contrário, e querem a saída do Complexo Prisional.

Além da problemática da remoção das famílias, o deputado Silvio Costa Filho também falou sobre a "falência" do sistema prisional do Curado. "O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) já tinha sinalizado para o fechamento daquilo ali. O número de detentos foi ampliado e o Estado não tomou providência nenhuma.  Não nos é apresentado nenhuma solução.  Queremos fazer uma audiência pública com a presença do secretário", concluiu. A moradora Andrea reiterou que a situação é urgente. "É uma insegurança enorme, de não saber se em uma fuga eles vão invadir nossas casas, se vão entrar na escola. É um risco real para todos nós. Queremos que a gestão estadual nos ouça. Vamos lutar por um direito que é nosso!".

Nenhum representante da Prefeitura do Recife compareceu à audiência. Apesar de não ter ido à cerimônia, o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, enviou a chefe de gabinete, Marta Lima. Em uma breve fala, Marta informou que a secretária receberia uma comissão com representantes dos moradores na próxima quinta-feira (28), às 10h, na sede da Secretaria, na Avenida Cruz Cabugá, 1211, em Santo Amaro, para debater a situação.

LeiaJá também

--> Moradores do entorno do Complexo do Curado protestam 

O fundo de investimentos americano Blackstone e a filial imobiliária da Caixa de Poupança de Quebec adquiriram um bairro inteiro em Manhattan, por 5,3 bilhões de dólares, com o compromisso de limitar os preços dos aluguéis.

A operação, cujo valor foi confirmado nesta terça-feira à AFP por fontes concordantes, envolve Stuyvesant Town e Peter Cooper Village, dois imensos conjuntos residenciais construídos lado a lado no sudeste de Manhattan após a Segunda Guerra Mundial e inaugurados em 1947.

O lote adquirido pelos dois investidores tem 56 prédios e 11.200 apartamentos, segundo as mesmas fontes.

Este projeto iniciado pelo urbanista Robert Moses, que modernizou Nova York, estava inicialmente destinado a ex-combatentes, mas seu propósito final foi oferecer apartamentos à classe média a preços acessíveis.

A Blackstone terá 51% do negócio e a Ivanhoé Cambridge, filial da Caixa de Quebec, 49%, segundo uma fonte ligada à operação.

As duas empresas se comprometeram a fixar limites para os preços do aluguel de 5 mil apartamentos em Stuyvesant Town, ao menos até 2035, e para 1.400 apartamentos em Peter Cooper Village, até 2025.

O aluguel de apartamentos em Stuyvesant Town, atualmente abaixo dos preços de mercado, se manterá em um nível acessível para as famílias de classe média, informou a prefeitura de Nova York.

O acordo "garantirá que (Stuyvesant Town) permaneça como um conjunto residencial de enfermeiras, professores e famílias de trabalhadores", destacou a prefeitura.

O preço do negócio é ligeiramente inferior aos 5,4 bilhões de dólares pagos em novembro de 2006 pela imobiliária Tishman Speyer e pelo fundo de investimentos BlackRock, na maior transação residencial da história dos Estados Unidos.

A operação, realizada no auge da especulação imobiliária e semanas antes da crise dos "subprime", naufragou em janeiro de 2010, quando os dois compradores não puderam honrar um empréstimo de 3 bilhões de dólares e os credores assumiram o controle do complexo, desde então administrado pela CWCapital.

[@#galeria#@]

A Rua das Pernambucanas, localizada no bairro das Graças, Zona Norte do Recife, pode ser descrita como um ponto de recreação incentivador da coletividade cidadã neste domingo (12). Crianças e adultos se reúnem no espaço próximo ao Rio Capibaribe para protestar, de forma pacífica, contra um projeto que prevê a construção de quatro vias expressas no espaço. Esta é a segunda vez que o movimento se reúne. Hoje, a adesão foi maior.

##RECOMENDA##

Oficinas de pintura, brincadeiras, distribuição de doces e música fizeram os pequenos escolherem o espaço público como o ponto de comemoração do Dia das Crianças. Yanna Lins, que é moradora das Graças, trouxe a filha para aproveitar as atividades gratuitas.

“Vim para deixar claro que não vamos engolir um projeto que não beneficia as pessoas que moram neste bairro. Queremos que permita que as crianças brinquem livres e ainda sirva como ponto de encontro para os moradores. É preciso que a prefeitura perceba que os cidadãos estão mais conscientes do espaço que ocupam”, afirmou.

O jornalista Ivan Moraes Filho, que também é morador do bairro, compartilha da mesma ideia. “Existe uma vontade das pessoas de ocupar a cidade, e esta é uma vontade que nem sempre compactua com o interesse de quem está no poder. Muita gente anda a pé nas Graças, aqui tudo é perto. É um bairro de pessoas. Isso não pode deixar de acontecer”, complementou.

O Projeto Parque Capibaribe também compareceu à ocupação nas Graças. Por lá, o grupo realizou uma enquete, onde as crianças puderam votar em que tipo de atividades elas desejam em um espaço público. Parques e estruturas para a prática de esportes são as opções favoritas do estudante Miguel Santos, de 10 anos.

“Seria muita legal ter perto de casa um parque grande para poder andar de bicicleta”, afirma o jovem. A coordenadora do Projeto Parque Capibaribe, Circe Monteiro, ressalta que a aproximação das crianças com o espaço púbico é importante. “Aproveitamos a ocasião para que elas escolham o que querem, tenham esse primeiro contato com o projeto”, pontuou.

A construção de duas vias compartilhadas que faz parte do projeto Parque Capibaribe contempla não só os carros, mas também pedestres e ciclistas. É nesta projeção que o morador das Graças e integrante da Associação por Amor as Graças, Aluísio Câmara, acredita.

“Estamos aqui para dizer que queremos negociar. A Prefeitura precisa nos ouvir para construir um projeto que congregue todas as opiniões em torno da Nova Beira Rio. Estamos marcando nosso território e esta maior adesão ao movimento prova que existe gente interessada em desenvolver isso”, ressaltou. 

Até a próxima sexta-feira (18), a Secretaria de Saúde do Recife promove a ação Tenda da Saúde  para a população do bairro do Cabanga. O evento disponibiliza atividades educativas, orientação e serviços de saúde das 8h às 12h.

Uma equipe do Programa Nacional de Imunização (PNI) do Recife ficou responsável pela imunização contra Influenza e Pólio, além da atualização das cadernetas de vacinação dos moradores. Também é dada orientação sobre como prevenir Tuberculose, Hanseníase, Geo-helmintíase, Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e AIDS, além de distribuição de preservativos masculinos e femininos. Na ocasião, também serão realizados testes rápidos de HIV e Sífilis. 

##RECOMENDA##

A Tenda da Saúde ocorre na Rua Camutanga Arnaldo Costa Varela, 150, no bairro do Cabanga.

 

A partir desta terça-feira (14), os bairros de Campo Grande, Encruzilhada, Hipódromo, Ponto de Parada e Torreão, na Zona Norte do Recife, voltam a adotar o esquema de racionamento de água. O fornecimento será interrompido todas as terças e quintas, com exceção dos feriados, entre as 6h e às 17h. 

De acordo com a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), a medida está sendo realizada em virtude do retorno das obras que estão sendo realizadas desde março de 2013. A previsão é de que até o final de março deste ano mais de 27,5 quilômetros de tubulações sejam substituídos. 

##RECOMENDA##

Abastecimento – Já a partir desta quarta-feira (15) será a vez dos bairros de Fundão, Campina do Barreto, Arruda, Água Fria, Porto da Madeira e Cajueiro, também localizados na Zona Norte do Recife, adotarem um calendário de abastecimento provisório. A previsão é de que o serviço também seja normalizado no final de março.

O fornecimento de água será suspenso entre as 6h e as 17h, todas as segundas, quartas e sextas-feiras. Porém, durante o período de Carnaval, o abastecimento será normalizado.

[@#video#@]

Tropas do regime do ditador Bashar al-Assad recuperaram nesta segunda (29) o controle de Khalediyeh, bairro da cidade de Homs, na região central do país, segundo a televisão estatal. Caso seja confirmada a tomada, este será um novo golpe aos rebeldes, que há dois anos lutam para derrubar o governo.

##RECOMENDA##

O bairro que Damasco diz ter recuperado havia sido totalmente controlado pelos rebeldes em setembro de 2011. De acordo com a televisão estatal, a região foi retomada após intensos bombardeios do Exército sírio e combates entre os insurgentes e as tropas de Assad, que contam com o apoio do libanês Hizbullah.

[@#video#@]

Em Guaratiba, há indignação, frustração e tristeza. A este bairro humilde e afastado do Rio de Janeiro, milhares de peregrinos deveriam chegar para uma vigília e missa com o Papa Francisco, mas a chuva e desorganização impediram a festa no local, onde agora reina o silêncio. Os moradores estavam com a festa pronta, depois de terem comprado grandes quantidades de bebida e comida para vender aos fiéis. Um deles improvisou 10 banheiros em casa, para permitir o uso dos mesmos pelos peregrinos por um dólar. Investiu 5 mil dólares, que terá que pagar sem ter recebido um centavo. "O que eu faço agora? Com esse dinheiro, compraria um carrinho ou arrumaria minha casa, está todo mundo endividado ", lamentou o morador.

##RECOMENDA##

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando