Tópicos | casais

O Dia dos Namorados comemorado amanhã (12) visa celebrar a união entre os casais e destacar o amor que ambos compartilham em todos os dias do ano. Assim como no ano passado, a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) exige que as celebrações sejam feitas com alguns cuidados, mas a crise sanitária não tem impedido que alguns pares vivam suas histórias de amor.

Durante o isolamento social, a Internet se tornou a principal ferramenta de interação entre as pessoas. Por meio dela e durante a pandemia, a esteticista e consultora de sono infantil Thayane Amabili Brasil, 27 anos, de São Paulo, conheceu o seu par romântico Rafael Gmeiner. “Foi tranquilo, porém por eu morar em Mogi e ele São Paulo de início foi complicado, nos víamos mais por chamada de vídeo e, quando dava, nos encontrávamos pessoalmente”, recorda.

##RECOMENDA##

Apesar do cenário de distanciamento poder colaborar de alguma maneira com a ruptura de relacionamentos, para Thayane e Gmeiner a situação potencializou o namoro e após dois meses, eles decidiram morar juntos. Antes disso, Thayane lembra que eles sempre se preocuparam em manter os protocolos de prevenção ao Covid-19. “Quando dava ele vinha para Mogi e sempre que possível, eu ia para São Paulo”, comenta a esteticista.

 

Adaptações na pandemia

Por ter aparecido de maneira repentina, a pandemia trouxe alguns desafios e exigiu que algumas adaptações fossem feitas no convívio entre os casais que já moravam juntos. Essa realidade se estende por mais de um ano no Brasil e, com isso, atividades como ir ao shopping, cinema ou encontros entre famílias passaram a ser evitadas.

O desprogramador neurobiológico e biomagnetista Thiago Schumacher Lucca, 36 anos, de São Paulo, comenta que ele e sua esposa Tamara Malvezi não tiveram muitas dificuldades em se acostumar aos procedimentos de segurança. “Sempre tivemos um bom relacionamento. Houve sim algumas adaptações, mas nada desafiador”, explica.

Além disso, o atual momento também trouxe alguns aprendizados para a vida do casal. “Ficamos juntos o tempo todo, dividimos mais as tarefas e passamos mais tempo com nossa filha que não está tendo aula”, afirma Lucca.

Assim que todos forem vacinados e a pandemia chegar ao fim, Lucca e Tamara pretendem colocar em prática algumas atividades de lazer que, no momento, não são possíveis de serem feitos. “Queremos ir para um pagode, fazer um churrasco e encontrar os amigos”, deseja o biomagnetista.

Após a primeira Prova dos Casais, que rolou nesta quarta-feira (12), a emoção tomou conta do Power Couple Brasil 5. Com o intuito de colocar fogo no parquinho, os casais tiveram que votar cara a cara para colocar uma dupla na D.R.

Até a última edição, comandada por Gugu Liberato, a berlinda era formada pelos participantes que ficavam com a pior pontuação da semana e a dupla que perdeu a Prova dos Casais. No entanto, seguindo a nova regra do programa - que havia sido anunciada pelo diretor de núcleo de realities Rodrigo Carelli durante a coletiva de imprensa -, agora, a formação será sempre feita pelo casal que os participantes da mansão indicarem, a dupla perdedora da prova e aquela que ficar em último lugar no ranking de dinheiro acumulado.

##RECOMENDA##

Pimpolho e Bibi Paolillo foram os primeiros a irem para berlinda, após desistiram da Prova dos Casais, acompanhados de Márcia Fellipe e Rod Bala - indicados pelo poder do Casal Power da semana, MC Mirella e Dynho. E, por fim, Geórgia Frohlich e Thiago carimbaram o passaporte para a D.R.

A eliminação ainda não acontecerá nesta semana. Na quinta-feira (13), ocorrerá uma prova em que os perdedores irão direto para a próxima D.R., correndo o risco de sair do programa.

De seu escritório em Xangai, o conselheiro matrimonial Zhu Shenyong dá recomendações ao vivo em vários telefones simultaneamente para um público ansioso para salvar seus relacionamentos. Com o aumento dos divórcios na China, ele está muito ocupado.

Na parede da agência, um mantra: "Que não haja maus casamentos sob o céu". Mas, na realidade terrena, quando os clientes pedem ajuda, já estão em crise.

"Sempre digo que o aconselhamento matrimonial na China é como tratar o câncer em estágio avançado", diz Zhu, de 44 anos, cujas sessões podem atrair 500 espectadores.

"A maioria dos meus clientes quer salvar o casamento, uma minoria pensa em se divorciar, mas todos querem conselhos sobre a decisão certa a tomar", acrescenta o homem, que se tornou conhecido nas redes sociais e que afirma ganhar um milhão de yuans (152.000 dólares) por ano.

Sua missão é "evitar divórcios evitáveis", mas Zhu é realista e tenta principalmente acalmar as coisas durante um rompimento, pelo bem dos filhos. Na China, houve 8,6 milhões de divórcios em 2020, de acordo com o ministério de Assuntos Civis. É um novo recorde e quase o dobro de 2019.

Pressão familiar, sociedade ultracompetitiva, aumento dos preços dos imóveis ou problemas com os filhos são alguns dos motivos que levam os chineses a abandonar o casamento, principalmente os jovens, que priorizam a liberdade pessoal.

"Do ponto de vista positivo, o divórcio é o reflexo de uma sociedade civilizada e um despertar das mulheres", afirma Zhu, que cita os casos extraconjugais e os problemas financeiros como os principais motivos do rompimento.

Um mês de reflexão 

Diante da preocupante queda na taxa de natalidade, as autoridades incentivam os casamentos e sua manutenção. No ano passado foi instituído um "período de reflexão" obrigatório de 30 dias para casais em processo de divórcio. Antes, o prazo era um dia.

O objetivo é evitar o divórcio "impulsivo", mas alguns temem que prejudique as mulheres vítimas de casamentos violentos, especialmente porque o prazo pode ser estendido indefinidamente a pedido de um dos parceiros.

"O período de reflexão se transformou em um período de agressão, que se desvia completamente da ideia original", opina o advogado Wang Youbai. "É extremamente injusto com as vítimas de violência de gênero (...) que tentam escapar de um casamento infeliz", acrescenta.

Divórcios litigiosos levam um ou dois anos, de acordo com Yi Yi, uma advogada de Pequim, e o custo é mais alto. Muitas províncias determinaram consultas de aconselhamento obrigatórias para dezenas de milhares de jovens casais ou pessoas à beira do divórcio.

De acordo com a prefeitura de Wuhan (centro), em janeiro, o "período de reflexão" salvou dois em cada três casamentos. Em Pequim, há conselheiros permanentes nos cartórios e 43.000 casais se beneficiaram deles desde 2015, com uma taxa de sucesso de "mais de 60%", segundo o município.

A ajuda chegou tarde demais para um funcionário público de Xangai de 36 anos, divorciado desde o verão passado, que se autodenomina Wallace. "Para quem realmente deseja o divórcio, (mediação) é uma mera formalidade", afirma Wallace, que atribui seu fracasso à interferência de seus sogros.

Este homem faz parte de uma juventude desiludida com o casamento que o governo quer convencer a se casar. "Alguns se casam por casar, sem se perguntar se serão capazes de aceitar os defeitos", analisa Wallace, acrescentando que muitos de seus amigos estão preocupados com a questão do casamento e do divórcio.

"Se você soubesse que um em cada dois casamentos fracassa, você ainda correria o risco?", pergunta Wallace. A pressão é constante, especialmente entre as mulheres, para se casar jovem e ter filhos, mas cada vez mais elas se recusam a ceder.

"Para as pessoas mais velhas, o divórcio significava que ninguém te quer (...) mas para a minha geração é uma escolha pessoal", diz Vivien, de 31 anos, que se casou após uma paixão. "Não é vergonhoso, pelo contrário, admiramos quem consegue divorciar-se".

A noite da última quarta-feira, dia 3, foi marcada pela festa do Líder João Luís - além de, é claro, muita conversa sobre os participantes e sobre o jogo. O tema da festa do professor de Geografia não poderia ser outro: escola, ou melhor, Aulão do João.

E, como toda boa escola dos programas de televisão, alguns romances bombaram durante a noite. Projota, por exemplo, resolveu conversar com Carla Diaz sobre a relação da loira com o Arthur e declarou que não entende a dinâmica dos dois, afirmando que a atriz por vezes ignora ou nem olha para o amado:

##RECOMENDA##

- É tudo muito confuso entre vocês. Eu, olhando de terceira pessoa. Só estou falando como eu vejo assim. Eu também não sei, talvez eu no lugar dele também não saberia, e você não sabe também se deve ir falar com ele toda hora ou não.

Carla acaba concordando que a dinâmica pode ser um pouco confusa, mas afirma que não vê problemas no relacionamento. O rapper, então, aposta que se trata de uma situação com prós e contras:

- É uma situação que eu não queria estar na pele de nenhum dos dois. Apesar de ser uma situação que traz um desafogo para essa loucura, é mais um problema às vezes. Por exemplo, agora ele tá lá [no quarto] e você está aqui.

Ciúmes

Outro casal que deu o que falar na festa foi Fiuk e Thais. Depois que Gilberto e Sarah afirmaram para a morena que o cantor tem ciúmes de sua amizade com Rodolffo, o casal chegou a ficar algum tempo abraçado e até mesmo a trocar beijos. Mais tarde, no entanto, Sarah, Rodolffo e Projota observaram que os dois estavam se mantendo afastados na pista de dança:

- Ô Thais, me ajuda a te ajudar. Tá fugindo do Fiuk. Ele beijou ela, mas agora parece que ela está com vergonha, apontou Sarah.

- Ele também não está na vontade não. Ele é fraco para o rolê. Se não gosta só não faz, só não beija. Ou faz direito ou não faz, observou Rodolffo.

- O povo fica nesse chove e não molha aí, reclamou Projota.

E o jogo?

Mas é claro que os brothers não ficaram só falando de romance, e também conversaram sobre comportamentos dentro da casa. Durante a festa, Thais, que se mostrou bem abalada após o último jogo da discórdia - pelo qual foi bastante criticada por seu jeito de falar -, conversou com outros confinados sobre o jogo. Enquanto Juliette encorajou a amiga a jogar conforme as próprias opiniões ao invés de jogar no jogo dos outros, Gilberto a estimulou a ter mais confiança para falar durante o ao vivo:

- Eu sei que tem muita gente lá fora que ama o seu jeitinho. A gente tem que melhorar no ao vivo, eu preciso melhorar e você também. Acaba que a gente fica nervoso. Aquele dia tava tudo tão bem com todo mundo, e eu fiquei nervoso. Mas semana que vem a gente vai lacrar, sambar na sociedade e mostrar para o Brasil.

Já perto do fim da festa, Thaís voltou a se mostrar abalada, e entregou durante conversa com Caio que não sabe em quem confiar dentro da casa:

- A gente não sabe quem fala a verdade.

Pós-balada

Depois da festa, no quarto do cordel, Gilberto e Caio falaram sobre possibilidades de paredão, e o fazendeiro entregou que acredita que, se Carla Diaz for líder, irá colocá-lo na berlinda.

- Você pode ver no queridômetro de hoje, todo mundo top e o único que teve lambança fui eu. E o coração quebrado foi ela que me deu.

O assunto acabou migrando para a questão de Projota, que reclamou durante o jogo da discórdia de segunda-feira, dia 1°, que as pessoas o haviam deixado sozinho do lado de fora da casa enquanto estava com o Monstro e que não haviam lhe dado preferência para o raio-x, o que acabou gerando um desabafo por parte de Gilberto:

- Agora, ninguém lembra que eu fui monstro e ninguém me deu passagem. Eu fui monstro, dancei e ninguém ficou comigo lá fora. Eu podia ter colocado isso em pauta, mas eu não coloquei porque eu fui bondoso. E outra coisa, pela situação de eu ficar com um cara, o cara ir embora, eu estava abalado emocionalmente, não dancei e não comi em alguns momentos. A Sarah que fez o papel do Lucas. Depois o pessoal vem [e fala]: seu Monstro foi bom demais. Bom demais? Eu estava com a auto estima acabada. Ninguém teve pena de mim.

Caio, então, opinou:

- Eu acho que o Projota tentou vitimizar um pouco essas questões pra tentar ganhar uma dó do povo talvez.

G3 em conflito?

Depois, em conversa com Sarah e Rodolffo, os dois falaram sobre a amizade de Juliette com os demais confinados, e a loira afirmou que confia que a amiga não irá falar das conversas do grupo para os demais, mas que também não acredita que irá acompanha-los em estratégias de jogo.

O Spotify anunciou nesta quarta-feira (1º) um novo pacote voltado para casais que dividem o mesmo teto. Premium Duo está disponível para 55 países, inclusive o Brasil, e chega no melhor estilo pague um leve dois, em que cada indivíduo recebe sua própria conta Premium de acordo com um plano, além de benefícios exclusivos para casais.

Além dos benefícios já conhecidos da assinatura premium, como a falta de anúncios entre as faixas, os enamorados que adquirirem o Duo terão uma lista de reprodução atualizada regularmente, para misturar o gosto do casal. Apesar da fusão do amor musical, o app permite que cada um tenha suas listas individuais. 

##RECOMENDA##

De acordo com a empresa, um estudo realizado com os usuários da plataforma descobriu que 73% dos casais dizem que ouvem música juntos como uma maneira de lembrar memórias felizes. No total, 63% dizem que escutam músicas juntos como forma de construir sua identidade ou criar momentos memoráveis. 

Usuários que nunca experimentaram o Premium podem ter direito ao primeiro mês do Premium Duo de graça e é preciso que os dois vivam no mesmo endereço. Após o período de gratuidade o valor da assinatura passa para R$ 21,90. Que já tem uma conta Premium pode mudar para a versão "para dois" visitando sua página “Conta” no Spotify.com.

Para entender como o Dia dos Namorados está sendo afetado pelo isolamento social causado pela pandemia do novo coronavírus, o LeiaJá, inspirados em muitas histórias de romance, conversou com um casal que decidiu fazer um intercâmbio juntos e hoje, mesmo distantes, contam as experiências que tiveram e não veem a hora de se encontrarem.

Um intercâmbio a dois

##RECOMENDA##

O ano era 2014 quando Carol Passos fez seu primeiro intercâmbio sozinha para Malta. Quando voltou ao Brasil, já se via apaixonada pelo “mundão” que havia conhecido. De olho em outra viagem, seu coração só pensava em uma coisa: animar seu companheiro para embarcar nessa nova aventura ao lado dela. “Ele foi gostando da ideia e começamos a pesquisar juntos. Até que nós começamos a frequentar feiras de intercâmbio e uma delas foi da agência Trust Intercâmbio, em Campinas, São Paulo. Optamos por viajar por ela e escolhemos a escola FLS International que fica dentro do Cítrus College em Glendora, localizada perto de Los Angeles”.

O casal, que já se planejava para ter uma experiência juntos fora do país, admite não ser tão fãs de frio e por isso eles optaram por uma cidade ensolarada. Na época, eles visavam aperfeiçoar o nível de inglês e, no intercâmbio, se sentiram bastante inseridos na cultura americana. “Gostamos muito porque a escola em si é dentro de uma universidade e foi o que mais nos atraiu para esse destino. Não ficamos na mesma sala ou na mesma turma da escola porque eu já tava no avançado e ele estava no intermediário, mas durante o intervalo nós nos encontrávamos. Nossas aulas eram o dia inteiro, das 9h às 17h, então era bem cansativo”, revela Carol. 

Carol Passos e Richard Duarte relembram que passaram um mês nesse intercâmbio e, dentre as experiências adquiridas, ambos fizeram uma excursão com os amigos da escola e se hospedaram em uma casa de família nada tradicional. “Foi algo muito interessante. No começo, ficamos com muito medo da família não aceitar um casal, mas fomos para uma casa de família que até hoje eu falo com a mãe. Ela era uma mulher solteira com dois filhos adolescentes. A família é bem mente aberta e foi super bacana conosco. Ficamos super amigo deles e até hoje conversarmos”, diz Carol Passos.

Como eles não só estavam lá para estudar, aproveitaram para curtir um pouco um fim de semana juntos com direito a muita diversão. “Fizemos uma viagem para Las Vegas durante um final de semana que foi muito legal. Teve pessoas que falaram ‘Nossa, um casal em Las Vegas? É bom ir solteiro.’ Demos várias risadas e nos divertimos bastante, conhecemos vários hotéis e cassinos por lá”. 

Carol mora atualmente na Alemanha sem seu companheiro e devido à pandemia, eles pretendem se reencontrar no próximo ano. “Já faz cinco meses que estou na Alemanha sem ele e embora eu já tenha feito bastante amigos, não é igual. Ter feito um intercâmbio com ele foi mais fácil, porque eu não me senti sozinha, um ajuda o outro e isso é maravilhoso”, relata. 

 

Carol Passos e Richard Duarte em Las Vegas. Foto: Cortesia

O LeiaJá reuniu especialistas para listar os melhores lugares para curtir e estudar em um intercâmbio pós-pandemia. “Namorando ou casados, muitos procuram fazer um intercâmbio juntos. Uma modalidade muito comum é quando um dos parceiros vai fazer mestrado no exterior e o outro busca um curso de aperfeiçoamento do idioma e/ou curso de especialização na área que é formado”, diz a especialista Lorena Peretti, CEO da Minds Travel Intercâmbio.

Ela pontua os melhores países para os casais que buscam mais do que estudos. “Para quem quer seguir com a carreira acadêmica e/ou empresarial, Londres é o melhor lugar; já para quem deseja aperfeiçoar o idioma, sugiro a Austrália, pois eles são famosos pela recepção e boas acomodações em casa de família”, opina.

Bruna Suassuna, especialista da agência STB Intercâmbio, também afirma que o melhor lugar para fazer um intercâmbio em casal é na Austrália. “Gosto muito da Austrália, porque eu já mandei alguns casais para lá que adoraram a proposta. Além disso, o país tem os seus encantos particulares. Se você for à Melbourne, por exemplo, terá escolas maravilhosas, cidade grande, organizada, baladas para curtir a dois, entre outros coisas”, descreve Bruna. 

A especialista ainda listou cinco países para quem deseja fazer um intercâmbio em casal pós-pandemia; confira:

1 - Austrália

2 - Inglaterra

3 - Canadá

4 - Escócia

5 - Itália

Antes de qualquer viagem, planejamento é essencial. “No mínimo se planejar por um semestre. Estudar bem o clima, escola que deseja cursar, acomodações, vistos e, principalmente, calcular a média de custo por mês no local escolhido para optar pelo período assertivo que pode ficar no exterior. Um ponto importante que o casal deve ponderar é se são flexíveis para ficar na casa de outras pessoas, e/ou dividir quarto com outras pessoas, pois isso pode tornar o intercâmbio mais barato. Por último, checar sempre se a saúde está em dia e se o destino escolhido estará acolhendo brasileiros pós-pandemia”, esclarece Lorena Peretti.

Parques, restaurantes e casas de eventos fechadas. Devido à pandemia do novo coronavírus, a Associação Brasileira de Motéis (ABMotéis) espera que as poucas opções de lazer disponíveis para os casais elevem a demanda do setor nesta sexta-feira (12), Dia dos Namorados. A instituição já admitiu grande queda no faturamento dos motéis nos últimos três meses e revela que as redes suspenderam campanhas publicitárias tradicionais da data. Mas se mostra confiante no aumento orgânico da clientela.

A Love Week, principal ação do setor moteleiro para o Dia dos Namorados, equivalendo ao que representa o período natalino para outros nichos comerciais, por exemplo, não será realizada este ano, em decorrência das medidas preventivas à Covid-19 recomendadas pelas autoridades de saúde. A ABMotéis aposta agora no aumento do tempo de estadia e dos usuários do serviço. “Por ser um ambiente privativo e ‘sem contato’, o setor vem percebendo que os hóspedes estão procurando os motéis para diárias e pernoites. Além da garagem privativa, uma vez que, as pessoas têm viajado mais de carro”, ressaltou a associação, por meio de nota.

##RECOMENDA##

Usufruindo de mais tempo nos motéis, os clientes também passaram, nos últimos meses, a consumir maior quantidade de bebidas e alimentos. “Fator este que corrobora com a ideia das pessoas substituindo locais públicos - e que apresentam maior risco de contaminação - pelos motéis e seus ambientes privativos para jantar”, ressalta a ABMotéis.

Prejuízo e demissões

Nem a ABMotéis e nem gerentes de famosos motéis do Recife toparam dar entrevista à nossa reportagem sobre um possível prejuízo no Dia dos Namorados. No entanto, em maio passado, um dos diretores da associação, Carlos Eduardo Melo (Pixoto), proprietário dos conhecidos Eros e Nexos, admitiu que durante a pandemia, houve queda de 80% na procura pelos motéis.

“Eu tinha 250 funcionários, tive que demitir 150 e não sei como será até o final deste mês de maio. A queda começou no início da quarentena. Em abril ficou pior e eu acredito que não se recupere nem tão cedo”, disse ele em entrevista ao Jornal do Commercio.

Mesmo diante do cenário de incerteza, alguns estabelecimentos garantem que restam poucas vagas nas suítes para o Dia dos Namorados. O Lemon, por exemplo, fez postagem dizendo que havia reservado 70% do horários para esta sexta (12), enquanto que o Eros Hotel estima em 50% essa ocupação já previamente agendada. 

Higiene

Para superar a desconfiança dos consumidores durante a pandemia da Covid-19, o setor garante estar reforçando as medidas de higiene no período. “Visando atender seus clientes de maneira segura e responsável em tempos de Covid-19, a ABMotéis firmou uma parceria com a Bureau Veritas, empresa reconhecida internacionalmente na certificação profissional de higiene e limpeza de grandes empresas de diversos setores, inclusive, do setor hoteleiro”, diz o posicionamento oficial da associação.

De acordo com a instituição, todas as redes associadas têm acesso a um manual com orientações sobre a Covid-19. “Também vale ressaltar que a maioria dos motéis utiliza aparelhos de ozônio durante a higienização de cada unidade, prática muito comum no setor nos últimos anos”, conclui a ABMotéis.

[@#galeria#@]

O mundo virtual mudou bastante o comportamento dos indivíduos, especialmente quando o assunto é a possibilidade de conhecer novas pessoas e a paquera. Foi-se o tempo em que admitir que se apaixonou por alguém que conheceu pela internet era algo incomum.

##RECOMENDA##

Com a rotina cada vez mais conectada, nada mais normal que os relacionamentos também começarem virtualmente. Tinder, Facebook, Instagram, Bate-papo da UOL, Badoo e até sala de jogos on-line são algumas de muitas opções para quem deseja navegar nas horas vagas para se distrair com uma boa conversa e quem sabe ter a possibilidade de encontrar a cara-metade.

Em atividade até os dias atuais, o Bate-papo da UOL surgiu em 1996 e é considerado o primeiro e mais conhecido chat dedicado a namoro. Já o extinto MSN, criado em 1999, não tinha necessariamente o mesmo objetivo, mas também foi utilizado para criar laços afetivos.

Casados há 11 anos, a agente de segurança Anna Ruth e o taxista Joaziel se conheceram na sala de bate-papo da UOL em 2007. Na época, Anna Ruth não tinha a intenção de arranjar relacionamento sério, pois tinha terminado uma relação de 12 anos. “Nunca fui uma pessoa que costumava sair para eventos e baladas. Entrei no chat despretensiosa, apenas com a intenção de conhecer pessoas novas e fazer amizade”, afirma.

“Na sala de bate-papo as pessoas se chamavam para conversar entre elas. O Joaziel iniciou a conversa, ficamos trocando informações e falamos sobre o que gostávamos de fazer. Eu achei a conversa bem agradável! Saímos do chat da UOL e fomos para uma mais reservada, o MSN, lá poderíamos postar foto e visualizar quem a pessoa realmente era. Eu e ele sempre fomos verdadeiros desde o início com a nossa identidade”, conta Anna Ruth.

A agente de segurança confessa que tinha receio de conhecer pessoas pela internet, porque sabia que existiam muitos golpes e situações falsas. “No mundo virtual, cada um é o que quer ser e você pode fantasiar uma pessoa que não existe. Na época, minha filha tinha 10 anos e existia o receio de me envolver com alguém que não sabia a história e colocar a segurança dela em risco”, afirma Anna Ruth. “Justamente por isso demorei dois anos conhecendo o Joaziel pela a internet e conversando por telefone para ter certeza que ele era uma pessoa séria”, complementa.

“O nosso primeiro encontro foi na Estação das Docas. Tivemos um final da tarde muito agradável e a primeira impressão dele foi a melhor possível. Foi apenas uma questão física, de se abraçar e ficar juntos, mas já nos conhecíamos bastante e sabíamos quem éramos e o que gostávamos de fazer”, afirma a agente de segurança.

O casal namorou a distância por duas vezes. Primeiro, quando Anna Ruth, em 2010, teve que ir trabalhar em São Luís; e em 2012, quando Joaziel começou a trabalhar em uma empresa que precisava manter viagem constante e ficar em média dois meses fora de Belém. “Continuamos o nosso namoro mesmo a distância. Conversávamos todos os dias por telefone e internet para matar a saudade”, diz Anna Ruth. 

 “Normalmente, não comemoramos o Dia dos Namorados juntos, porque eu trabalho por escala e nem sempre estou de folga na data. Mas este ano é diferente, eu estarei de folga e vamos comemorar juntos, em casa mesmo, irei preparar um lanche especial para nós dois”, afirma a agente de segurança.

Os brasileiros estão em segundo lugar no ranking de países que mais utilizam o Tinder, um dos recursos tecnológicos e aplicativos mais famosos quando o tema é paquera. Segundo dados divulgados pela a empresa, o número de “matches” ─ a combinação quando duas pessoas se curtem  ─ dados por homens e mulheres no Brasil está acima da mundial.

Ana Blanco e Jonas Junnior se conheceram pelo Tinder, em maio de 2016, e estão juntos há três anos e dois meses. “Ele tinha dado match no meu perfil e começamos a conversar, mas eu estava no Tinder para conhecer várias pessoas. Então, não rolou muito envolvimento de primeira e cada um seguiu o seu rumo”, conta Ana Blanco.

“Em fevereiro de 2017, o Jonas me chamou no inbox do Instagram e começamos a conversar. Ele tinha terminado com uma menina na época e eu também tinha saído de um relacionamento ruim. Dei o meu número para ele e começamos a conversar, todos os dias ele me ligava e ficávamos até de madrugada jogando conversa fora. Marcamos de sair no final de fevereiro, e desde então, estamos juntos”, afirma Ana Blanco.

O primeiro encontro do casal foi na Estação das Docas. Eles foram almoçar juntos no Retiro da Sé, restaurante do qual a mãe de Jonas é uma das donas. Para eles, a história é muito engraçada, mas rende boas lembranças. “Quando finalmente nos encontramos, fiquei bastante nervosa. Ele me levou para conhecer a mãe dele, e pensei no quanto ele era louco de fazer isso, mas fomos conversando e ele me deixou confortável”, conta Ana Blanco. “Notei o quanto ele era atencioso, gostava de ouvir, fofo, educado e engraçado. Ele sempre uma ótima pessoa”, complementa.

O casal namorou a distância por dois anos quando Ana passou no vestibular antes do primeiro ano de namoro deles e se mudou para o Rio Grande do Sul para estudar, e Jonas fez intercâmbio. “Foi um período muito difícil, mas a gente superou. Hoje em dia, estamos passando a quarentena juntinhos”, afirma Ana Blanco.

Para comemorar o Dia dos Namorados, Ana Blanco e Jonas Junnior pretendem fazer algo especial para celebrar o primeiro ano que eles vão passar a data juntos. “Temos o costume de fazer coisas em casa, por exemplo, como cozinhar. O nosso plano é fazer um jantar na laje de casa”, afirma Jonas Junnior.

Thayenne Galeão é acadêmica de Medicina Veterinária e paraense, e o Gustavo Marana é acadêmico de Administração e paulista, eles estão juntos há cinco anos e dois meses. O casal se conheceu no ambiente on-line do Console Playstation 3. “Comecei a jogar on-line com 14 anos de idade. Fiz muitas amizades inclusive, com o Lucas, que é de São Paulo, e em uma partida do jogo conheci o Gustavo, que era bastante amigo dele. Nós nos aproximamos e sempre tivemos um carinho mútuo e respeito. Desde então, começamos a conversar todos os dias e criar laços afetivos”, conta Thayenne Galeão.

“Quando completei os meus 17 anos fiz prova de vestibular para a Universidade Adventista de São Paulo (UNASP) e fui aprovada. Em março, eu e o Gustavo marcamos de nos conhecer e foi muito lindo”, afirma Thayenne Geleão. “No feriado que tivemos em abril, nós viajamos para Cubatão, município de São Paulo, com a intenção de conhecer os meus amigos que jogavam comigo e com ele. Na noite do dia 19 de abril, ele me pediu em namoro e eu aceitei”, complementa.

Por conta dos acasos da vida, Thayanne teve que voltar para Belém em julho, o namorado ficou em São Paulo e eles começaram a namorar a distância. “Ele ficou desesperado quando contei que não conseguiria voltar para São Paulo. O Gustavo acabou vindo para Belém com a família de ele conhecer a minha e no final deu tudo certo”, afirma a universitária.

“Depois de três meses ele veio para Belém de novo e acabamos criando esse ciclo de se ver de três em três meses e sempre intercalamos. Se eu passar o ano-novo com a família dele, no próximo ano ele vem passar com a minha. Eu vou em janeiro para São Paulo e ele vem em julho para Belém. Às vezes, a gente se vê até antes de três meses, mas dependemos muito dos preços das passagens aéreas”, conta Thaynne Galeão.

Para matar a saudade o casal costuma conversar todos os dias por WhatsApp, se ligar e ainda joga junto com os amigos de anos atrás. “Nós trabalhos e estudamos, sempre tentamos dar atenção um para o outro e se fazer mais presente do que nunca, principalmente por sabermos que, às vezes, passamos por muito estresse no dia a dia. Nós amamos muito e temos um respeito muito grande e admiração pelo outro”, afirma a universitária.

“A pandemia atrapalhou os nossos planos para o Dia dos Namorados, porque já estamos há mais de seis meses sem nos ver e provavelmente vamos ficar mais um tempo, pois não podemos viajar”, afirma Thayanne Galeão. “Vou ficar presente no Dia dos Namorados e tentar fazer uma surpresa para ele, enviar alguma lembrancinha para a casa dele, porque é de costume a gente enviar algo sem que o outro espere. Eu nunca deixo passar em branco e prezo muito essas datas especiais, apesar de já ser o quinto ano juntos, parece que é o primeiro dia dos namorados com ele”, complementa.

Por Amanda Martins

 

[@#video#@]

Falar de amor após a chegada da pandemia do novo coronavírus é também falar de muita saudade que aperta os corações apaixonados. Há mais de dois meses em isolamento social, muitos casais não se encontram. Os abraços, beijos e trocas de carinhos tiveram que ser adiados a favor de um bem maior que é a contenção do vírus.

##RECOMENDA##

O mês junho é conhecido por ter uma data especial para os amam, dia 12, Dia dos namorados, período no qual os casais fazem programações especiais e procuram formas de expressar o amor e a admiração que sentem pelo o amado. Em 2020, a data vai ser comemorada de uma forma diferente e com adaptações, mas não será menos especial para os amantes.

Juliana Pereira e Geilson Rodrigues estão juntos há dois anos. Com o início da pandemia e as restrições de isolamento social, Geilson, que não é paraense, optou por voltar para o município de Açailândia, no Maranhão, e a namorada permaneceu em Belém com a família. Os planos de uma pequena viagem para Salinas como comemoração do Dia dos Namorados tiveram que ser adiados e eles vão passar a data distantes um do outro.

Para tornar o dia em questão especial mesmo longe, eles pretendem fazer a programação predileta do casal, mas que no momento será realizada de maneira virtual. “Nós vamos pedir alguma coisa para comer e, posteriormente, vamos assistir a um filme”, afirma Geilson sobre a comemoração adaptada do Dia dos Namorados com Juliana. “É o que estamos limitados a fazer”, lamenta.

“Muita gente está deixando de fazer alguma coisa ou não vai fazer por estar longe. Eu e a Juliana podemos adiar a comemoração. Claro que no dia vamos celebrar, mas acredito que vamos posteriormente fazer alguma coisa presencial para comemorar”, diz Geilson Rodrigues.

O fato de estudarem Medicina faz com que os dois sejam muito próximos e que a saudade só aumente por conta do distanciamento atual, segundo o namorado de Juliana. “Como sempre tivemos esse contato de estar juntos tanto na faculdade quanto nos finais de semana, é algo difícil de desvencilhar de uma hora para a outra”, afirma Geilson Rodrigues. “Fazemos videochamada e nos ligamos pelo menos cinco vezes na semana”, conta.

“Temos muitas coisas para estudar e problemas para resolver em casa. Nem sempre conseguimos atender o outro quando, mas tentamos ao máximo ligar para saber como o outro está e se manter por perto mesmo estando longe”, afirma Juliana Pereira.

Segundo Geilson Rodrigues, o casal conversa muito sobre as coisas que estão acontecendo ao redor deles e sobre os familiares com fatores de riscos para contrair o vírus. Ele afirma que é importante existir essa relação de cuidado e preocupação com outro dentro de um relacionamento mesmo diante do caos atual. “É sempre bom lembrar que nós temos um ao outro, e que servimos muito de apoio perante tanta ansiedade”, assegura.

Os namorados Johann Sampaio e Matheus Ferreira estão juntos há quatro anos. Para matar a saudade durante a pandemia e passar um tempo juntos, o casal tem utilizado todas as plataformas on-line disponíveis. “Conseguimos assistir série ao mesmo tempo por um aplicativo, cada um em sua casa, e depois que terminamos o episódio comentamos por mensagem ou ligação como se estivéssemos perto um do outro”, diz Johann Sampaio sobre a programação com o namorado durante a quarentena.

Johann Sampaio sabe da importância de ficar em casa e deixar a comemoração para depois. Conta que duas comemorações do Dia dos Namorados foram vividas longe de Matheus, mas que ele tem uma lembrança muito especial de um dia que o casal passeou pela a Ilha do Combu. “Atravessamos a cidade de Belém e tivemos um dia bem especial juntos”, afirma.

“O período da pandemia está sendo uma experiência completamente diferente, apesar de nós estarmos conectados. Às vezes, é muito difícil porque estou trabalhando”, conta Johann Sampaio. “Nós continuamos matando a saudade por videochamada e por mensagem”, afirma o namorado de Matheus Ferreira.

Para Johann Sampaio, toda essa situação do isolamento social só serviu para que provasse o quanto Matheus é uma pessoa especial. “Ele é um ser humano incrível, que consegue passar por toda essa situação e me ajudar quando não estou conseguindo. Ele conversa bastante comigo, me dá dicas, isso só faz com que eu o ame ainda mais”, afirma.

Tábata Mickaelle, de Belo Horizonte (MG), e Carol Moreira, de Santos (SP), se conheceram por meio de uma rede social e namoram a distância há quase dois anos. Elas se encontram sempre que possível, e, antes da pandemia, já tinham planejado várias surpresas uma para a outra, que iriam fazer no Dia dos Namorados. 

"Eu ia para São Paulo e nós íamos passar o feriado e o final de semana juntas. No Dia dos Namorados, a minha intenção era fazer um café da manhã e um almoço caprichados para ela, algo bem romântico. O dia seria muito tranquilo e relaxante", imaginou Tábata. Segundo Carol, ela surpreenderia Tábata com um presente e a levaria para jantar num restaurante de comida japonesa. Depois elas comeriam fondue, sobremesa que Tábata sempre teve vontade de provar, de acordo com Carol. "Após o jantar, nós íamos para o terraço do SESC Avenida Paulista, para ela poder ver a cidade inteira", conta. 

Como a pandemia atrapalhou os planos, agora o casal planeja fazer o que já faz quase todos os dias, com ajuda da internet. "A intenção é aproveitar a companhia uma da outra, apesar de qualquer coisa. Então vamos fazer ligação por vídeo, assistir algo juntas e mandar presentes uma para a outra. Não precisa ser nada muito caprichado, mas sim algo que a gente saiba que a outra vai gostar. Isso a gente tem feito mesmo fora de datas especiais, porque é importante manter esse contato e esse carinho em datas comuns também", disse Tábata. 

"Namoramos a distância esse tempo todo e sempre tivemos que nos adaptar, mas durante a pandemia ficou diferente porque não saber quando vamos poder nos ver pesa um pouco. Por isso, a gente começou a procurar todas as maneiras possíveis para se manter presente. Às vezes é um brownie no meio da tarde que aparece aqui ou um docinho que eu mando para ela, a gente lendo um livro junta ou vendo uma série ou filme. São coisas pequenas que para mim fazem muita diferença e me fazem sentir muito mais completa no meio disso tudo", afirma Carol.

Max Monteiro e Rafael Menezes, de Belém, se conheceram e se aproximaram na faculdade. O casal se encontrou todos os dias durante quatro meses e, segundo Max, foram meses maravilhosos. Quando a pandemia chegou no Brasil e o distanciamento social foi ordenado, não foi fácil para eles, que tiveram que ficar longe um do outro para não colocar suas vidas e outras em risco. "Obviamente o contato virtual não substitui o pessoal, mas estamos ressignificando muitos sentimentos durante esse tempo distante e estamos na expectativa de nos encontrar novamente quando tudo melhorar", afirma Rafael.

 "O Rafael é muito especial para mim. Jamais outra pessoa me fez sentir tão feliz como ele me faz. Nós não somos perfeitos e um relacionamento não é tão fácil quanto parece, mas ele é o amor da minha vida e eu pretendo que um dia ele deixe de ser meu namorado e seja meu marido. Quero construir uma família, ter uma casa, ter filhos e cachorros e quero ter tudo isso com ele", disse Max. Mesmo com a distância, o casal pretende fazer com que o dia seja especial, principalmente porque é a primeira vez que Max passa a data namorando. 

Por Amanda Martins e Ana Luiza Imbelloni.

[@#galeria#@]

 

Com a quarentena, as atividades estão reduzidas e limitadas as possibilidades dentro do lar. Para quem está passando por esse momento a dois, a resistência ao tédio e ao ócio podem ser ainda mais desafiadores. Portanto, o LeiaJá foi atrás de dicas para os casais que não possuem filhos e estão enfrentando a quarentena juntos.

Segundo a psicóloga Ana Caroline Boian, unir-se ainda mais com o parceiro é fundamental para enfrentar esse momento. "Estarem alinhados quanto a forma que estão encarando a pandemia e o que irão fazer para enfrentar esse momento são formas dos casais se unirem ainda mais. Quanto mais próximos sentimentalmente estiverem um do outro, mais estável será a relação dentro da quarentena", orienta.

##RECOMENDA##

Confira algumas dicas da psicóloga para encarar o isolamento a dois com criatividade:

1 – Considerem ainda mais as vontades de ambos

Em um período de tensão, as emoções podem ficar um pouco confusas, o que pode pré-dispor situações de desentendimento. Portanto, é importante que o casal busque atividades que sejam prazerosas para ambos, como jogos e filmes.

2 – Mantenha a atividade sexual

"O carinho e a vida sexual são um dos pontos mais importantes para que os casais se mantenham unidos", diz Ana. É importante demonstrar de inúmeras formas que a relação do casal não se baseia apenas no medo atual.

3 – Evite falar sobre a pandemia durante o tempo que estiverem juntos

Compartilhar informações é extremamente importante, mas o casal pode determinar o tempo que será concedido a cada atividade, e a atual situação do mundo não é um dos melhores temas para se puxar uma conversa.

4 – Descubram coisas novas sobre o outro

É o momendo de deixar o individualismo e lado e investir nos gosto do parceiro. "Agora, assistimos séries que eu gosto e que o Yago nunca viu, assim como filmes que ele ama e que eu nunca tinha visto antes", comenta Fernanda Faustino, 22 anos.

5 – Pratiquem algo que não seja da rotina

Dançar, cantar, cozinhar juntos ou realizar os fetiches do casal no sexo são algumas dicas para deixar a quarentena mais leve. Este é o momento propício para os parceiros sugerirem coisas novas um ao outro, e a criatividade não possui limite.

[@#galeria#@]

"Eu sou pai. Isso diz muito mais sobre mim do que qualquer outra coisa. Se me perguntarem para que eu vim ao mundo, com certeza eu vim ao mundo para ser pai, e isso é o que mais importa", disse, emocionado, Saulo Amorim, 37 anos, presidente da Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas (ABRAFH). Ele está junto com o marido, Renan Sanandres, há 15 anos e casado formalmente há cinco. O casal tem um filho de três anos por adoção, chamado Teodoro, e está na fila aguardando a chegada da segunda filha, que se chamará Leonor. 

##RECOMENDA##

"Eu me lembro desde muito pequeno de desejar ser pai, casar, ter minha casa, criar e cuidar dos meus filhos. Meu marido, quando me conheceu, abraçou essa ideia junto comigo. Não foi fácil, óbvio. Quando nós nos conhecemos, há 15 anos, a perspectiva do casamento e da adoção era bastante remota para os casais LGBTs, mas a gente estava disposto a enfrentar as dificuldades que fossem para conseguir concretizar esses sonhos. Com o passar dos anos, os avanços se deram e nós primeiro fizemos a união estável, quando foi possível. Depois casamos e adotamos logo em seguida", relatou Saulo. 

A Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas (ABRAFH), criada em 2013, conceitua família LGBT como toda aquela que possua ao menos um componente identificado como lésbica, gay, bissexual, travesti, transexual, intersexual, entre outros. Os principais objetivos da associação são proteger e zelar pelos interesses, direitos e bem-estar das famílias LGBT do Brasil, se preocupando com o fortalecimento e empoderamento dos núcleos familiares, por meio da educação, da cultura, do acesso à informação e da inserção social.

Por lei, atualmente, as famílias LGBTs no Brasil podem constituir uma união estável, casar, adotar, registrar filhos no nome de dois pais ou duas mães, recorrer à inseminação artificial, à barriga solidária e podem constituir um lar como toda e qualquer família, porém com as limitações que o preconceito impõe em alguns lugares, observa Saulo. Segundo ele, poucas são as normas e leis protetivas dos interesses das famílias LGBTs. “Não que não haja projetos de lei a favor ou contra, eles existem, mas os contrários avançam e os favoráveis aos interesses das famílias são engavetados, esquecidos e tratados como não interessantes a serem pautados”, afirma. 

"As nossas famílias estão aí, viveram muito tempo nos armários escondidas e relegadas à invisibilidade, porque assim era conveniente àqueles que dispunham do poder. Mas agora as nossas famílias estão nas ruas, nas escolas, nos ambientes de trabalho. Elas podem ser vistas e são vistas. Nossas famílias são comuns, como todas as outras, com os mesmos dilemas, angústias, problemas, medos e frustrações. Quando essas famílias são vistas, elas são colocadas num lugar de proximidade para o resto da sociedade, o que é muito importante. Os LGBTs são pessoas que têm direitos, deveres, que pagam seus impostos, trabalham, que querem casar e ser pais ou mães. São pessoas que tiveram suas dores e buscam suas alegrias. São pessoas reais, como todas as outras", afirmou Saulo.

Para Saulo, família é o principal espaço de crescimento e de garantia de felicidade. “Família não é somente aquela composição dada pelos laços biológicos, é lugar de pertencimento e de identificação. É construção de projetos em comum. Família é o grupo de pessoas que decide criar um projeto de vida e desenvolver entre si laços de afeto, de pertencimento”, entende. Não importa, segundo Saulo, se essas pessoas têm entre si códigos genéticos similares, se tem relações biológicas. “O que importa é que elas se entendam como pertencentes umas às outras”, diz.  

Informação e empatia, de acordo com Saulo, são o segredo para combater a LGBTfobia. "A gente só consegue amar aquilo que a gente conhece, a gente só consegue respeitar aquilo que a gente enxerga, então é preciso que a gente fale sim cada vez mais sobre sexualidade, sobre gênero, sobre orientações sexuais, sobre expressão sexual, sobre binariedade, sobre o impacto do patriarcado, para estimular as pessoas a refletirem sobre a cultura em que estamos imersos, sobre as suas práticas, sobre os seus comportamentos, sobre os seus discursos e pensarem mil vezes antes de agirem de forma desrespeitosa", explicou. 

Casamento comunitário

A história de Quimera Peixoto começou aos 17 anos, quando ela se assumiu lésbica para os pais. Desse dia, lembra de uma frase marcante do pai: “Faz teu mingau, mas bebe”. Na época, não entendeu o que ele quis dizer. Com o decorrer do tempo, a duras penas, Quimera começou a compreender o que significava aquela frase: ela teria que lidar com as adversidades que a comunidade LGBT enfrenta. Quais são? O preconceito e as agressões físicas e psicológicas dentro da sociedade, que ainda é muito conservadora. 

“Minha família é composta por mim e pela minha companheira. Iniciamos nosso namoro em 2016 e nosso casamento foi em dezembro de 2018. Nos casamos num evento muito bonito, o casamento comunitário LGBT organizado por nós, que envolveu cerca de 50 casais”, recordou. A ideia de realizar o casamento coletivo surgiu quando elas viram que um cartório oferecia desconto para uma grande quantidade de casais. Após repassar as informações para um grupo da comunidade, apareceram vários casais interessados em participar. O evento se tornou algo imenso. Quimera e Laura Abreu já viviam juntas e formalizaram a união em 2018.

“Ter organizado e participado do casamento comunitário foi incrível. Foi uma ideia que tomou proporções que nós não esperávamos. A mobilização da sociedade foi o que mais me surpreendeu. No dia do evento, pessoas da nossa cidade chegavam para ajudar, senhorinhas apareciam com pacote de água, refrigerante. Ver essa sensibilidade dos outros fez com que nós parássemos para pensar ‘poxa, está começando a mudar’. Ainda não é o suficiente, mas estamos, pouco a pouco, alcançando o nosso objetivo, que não é ser melhor nem ter mais direitos, é apenas de igualdade, para que as pessoas comecem a ver que nossas famílias existem e merecem respeito”, relatou Quimera. 

A família LGBT, segundo ela, ainda é invisibilizada no sentido de não ser reconhecida, pois o conceito de família ainda é muito heteronormativo. “O significado de família é, sobretudo, afeto e depois todas as consequências que deveriam vir dele: o respeito, a solidariedade e a compreensão – principalmente nas adversidades”, diz Quimera. “A família é a base de toda pessoa. Se o LGBT pertence a uma família que não o trata com amor, ele não tem família. Família respeita, ama e valoriza.”

 Segundo Quimera, o LGBT é uma pessoa como qualquer outra, que precisa de carinho e de amparo. “O Estado ainda desampara e quem sobra é a família. Se a família não aceita, é o LGBT por ele mesmo.”

Para Quimera, opinião é educação. “Eu só vou ter uma opinião que respeite a comunidade se eu for educado para isso. Do ensino básico ao superior o debate sobre o respeito à diversidade deve ser feito. Incluindo a temática no currículo, poderemos caminhar para uma discussão que vise de fato o respeito, e não o ódio. O mundo não vai retroceder. As ideias daqui para frente são de respeito e quem não acompanhar está cada vez mais fora, cada vez mais regredindo a sua própria condição de existência no mundo. É possível acabar com o preconceito, mas só com educação”, concluiu Quimera.

Por Ana Luiza Imbelloni.

[@#video#@]

 

A novela "A Dona do Pedaço", escrita por Walcyr Carrasco, está se tornando um caso de amor e ódio entre as pessoas que acompanham o drama de Maria da Paz, personagem vivida pela atriz Juliana Paes. Dividida entre dois amores, Régis (Reynaldo Gianecchini) e Amadeu (Marcos Palmeira), a protagonista foi bastante criticada no começo da trama.

Logo na primeira fase, o amor tórrido entre Maria e Amadeu, casal com foco principal na novela, não convenceu os telespectadores. Em entrevista ao site Notícias da TV, Marcos Palmeira negou que os dois personagens não tiveram liga no início do folhetim. "A questão da química é uma coisa muito subjetiva. Eu discordo de que o casal não teve liga na primeira fase. O romance aconteceu, sim. O problema é que a dupla precisou ficar orbitando nas tramas paralelas", explicou.

##RECOMENDA##

Assim como Maria da Paz e Amadeu, outros personagens centrais na teledramaturgia da Globo não conquistaram o público. O LeiaJá escolheu os casais de protagonistas que não fizeram sentido ao se relacionarem nas histórias fantasiosas das novelas.

Juliana Paes e Márcio Garcia (Maya e Bahuan)

Assim como vem acontecendo em "A Dona do Pedaço", Juliana Paes sofreu com a rejeição amorosa da sua personagem Maya em "Caminho das Índias", de Glória Perez. Em 2009, a protagonista nos primeiros capítulos se relacionou com Bahuan, vivido por Márcio Garcia. Sem química, os dois tiveram rumos diferentes na trama. As mudanças de Glória fizeram Maya terminar com Raj, papel interpretado por Rodrigo Lombardi. O desfecho final da novela passou uma borracha no romance vivido por Maya e Bahuan na primeira fase.

Bruna Marquezine e Gabriel Braga Nunes (Luíza e Laerte)

A última novela de Manoel Carlos, "Em Família", não caiu no gosto popular. Passando por problemas de audiência, a produção exibida no horário das nove repercutiu em 2014 ao abordar a paixão doentia que Laerte (Eike Duarte/Guilherme Leicam/Gabriel Braga Nunes) sentia por Helena (Julia Dalavia/Bruna Marquezine/Júlia Lemmertz) durante as três fases. Os personagens de Bruna e Gabriel, na terceira fase, foram bombardeados na época. A proposta do relacionamento entre primos acabou se tornando vexame em texto e interpretações.

Deborah Secco e Murilo Benício (Sol e Tião)

O romance de Tião e Sol na novela "América" tinha tudo para explodir, mas não deu certo. A química entre os dois acabou escorrendo para o ralo quando a rejeição bateu à porta do folhetim. Visando um final apoteótico, Glória Perez desbancou o protagonismo de Murilo Benício e jogou a responsabilidade para Caco Ciocler. Exibida de março a novembro de 2005, "América" juntou no capítulo final os personagens de Deborah Secco e Caco (Ed), deixando para trás o espírito de mocinho de Benício como promessa na história.

Sandy e Guilherme Fontes (Cristal e Tony)

A primeira novela protagonizada por Sandy deu o que falar em 2001. Escrita por Ana Maria Moretzsohnm, "Estrela-Guia" foi feita para durar pouco: três meses. Apesar de exibir uma história leve, o folhetim não gerou impacto com o casal principal da história. Contracenando com Sandy, Guilherme Fontes não foi muito bem recebido pelo público. Na época, a cantora tinha 18 anos; o ator 34 anos. Mesmo assim, Sandy e Guilherme cumpriram a missão de entregar para os telespectadores que realmente o casal se amava, porém, não rolou. A diferença de idade dos dois pesou bastante.

*Fotos: Reprodução/TV Globo

No último final de semana, a notícia que o casamento dos globais José Loreto e Débora Nascimento tinha chegado ao fim ‘agitou’ a internet. O casal estava junto desde 2012, tem uma filha de 10 meses e o motivo seria uma suposta traição por parte do ator. Débora não se manifestou a respeito da especulação, já Loreto negou o caso extraconjugal.

No entanto, infidelidade não é uma novidade no mundo dos famosos e vários desses casos foram confirmados e vieram à tona publicamente. Relembre alguns casais de famosos que se separaram após um dos dois ser pegos no flagra traindo.

##RECOMENDA##

Luana Piovani e Rodrigo Santoro

Em 2000, a atriz Luana Piovani, que na época namorava Rodrigo Santoro traiu abertamente o ator em um camarote no Carnaval de Salvador. Ela foi clicada aos beijos com o empresário Christiano Rangel.

 

 

Viviane Araújo e Belo

Com um término ‘tumultuado’ em 2007, Belo assumiu ter traído a atriz Viviane Araújo, mas diferente do que a morena afirma, o cantor diz que a atual esposa, Gracyanne Barbosa, não foi sua amante. Viviane e Belo foram casados durante 9 anos e a atriz só conseguiu retirar o nome do cantor tatuado no braço em 2013.

 

 

Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso

Outro famoso que confirmou um caso extraconjugal foi o galã da novela “O Sétimo Guardião”, da rede Globo. Em 2012, Bruno Gagliasso teve um caso com Carol Francischini e foi especulado que ele teria um filho fora do casamento. Ele e a atriz Giovanna Ewbank já estavam juntos e se separaram. Após o exame de DNA revelar que Bruno não era o pai da criança, ele e a atriz reataram.

 

Dani Calabresa e Marcelo Adnet

Juntos desde 2007, o casal de humoristas cortou os laços afetivos em 2017. Dani Calabresa foi traída por Adnet no final de 2014. O global foi visto beijando uma mulher no Leblon e em 2015 foi fotografado dando um abraço um pouco mais ‘íntimo’ na estilista Laura Vaz.

 

Joelma e Chimbinha

Após 18 anos de silêncio, Joelma, ex-vocalista da banda Calypso, decidiu se separar de Cledivan Almeida Farias, mais conhecido como Chimbinha. A dona dos sucessos ‘ A lua me traiu’ e ‘Imagino’ revelou ter vivido por quase duas décadas num relacionamento abusivo. Além das constantes traições, confirmadas pelo produtor musical, ela também sofria violência doméstica. 

Pedro* e Antônio* temem não poder adotar uma criança no futuro. (Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens)

##RECOMENDA##

Pedro* já tinha perdido o emprego e a família. Negro, gay e educador, ele recebeu com apreensão a notícia de que o então deputado federal Jair Bolsonaro vencera as eleições presidenciais. Imediatamente, surgiu o desejo de antecipar os planos de se casar com seu companheiro, Antônio*, com quem namora há três e dividiu residência em 2018. “Durante esse ano, eu já vinha abrindo mão de parte dos debates sobre corpo e sexualidade em sala de aula, além de ter sido demitido de uma academia por dar aulas de dança de salto alto. Estávamos em más condições financeiras e pensávamos: ‘de onde vamos tirar dinheiro para casar?’”, conta. A resposta veio em um folder da ONG Mães pela Diversidade, que, há cerca de um mês, tomou a iniciativa de realizar um casamento coletivo exclusivo e sem custos para a comunidade LGBT. Devidamente cadastrados, Pedro e Antônio formam um dos 100 casais cadastrados para a união civil e estão entre os 60 que celebrarão o enlace às 19h do dia 19 de dezembro, em evento no Armazém 21, no bairro de Afogados, Zona Oeste do Recife.

“A gente sabia que a situação ia ficar complicada, então começamos a nos preocupar muito com oficializar nossa união. Não há uma lei, mas uma jurisprudência que reconhece nossos casamentos. O que me garante que o presidente eleito, com uma bancada poderosa, não vai proibir? Não quero pagar para ver”, afirma Antônio. Mais discreto nas ruas do que antes, por medo de “tomar uma tapa ou um tiro”, o noivo de Pedro vê suas perspectivas de vida tornarem-se mais nebulosas. “A gente tem certeza de que quer adotar pelo menos uma criança, daqui a uns seis anos, quando poderemos oferecer uma boa estrutura de vida para ela. Temo que a onda conservadora impeça isso de acontecer. Não falta gente para ser adotada, mas preferem criticar o LGBT que quer criar seus filhos”, completa.

[@#video#@]

De acordo com a coordenadora da ONG Mães pela Diversidade, Gi Carvalho, a cerimônia vai além de uma tentativa de garantir que os casamentos aconteçam. “O que acho legal do evento é que mesmo com todo esse terror, a gente está vendo diversos voluntários, muitos deles heterossexuais e cisgêneros, chegando junto para oferecer seus serviços. Querem ajudar. Essas pessoas mostram que a comunidade LGBT não está sozinha”, defende.

Mãe de uma lésbica, Gi teve a ideia de organizar o casamento coletivo após ver a filha adoecer após o resultado das eleições e receber uma série de mensagens de pessoas ligadas à ONG. “Muitos relatos de angústia. Minha filha está paralisada, não vai se casar com a companheira na cerimônia que estamos organizando por medo de se expor. Eu tinha que fazer alguma coisa”, completa.

Para Gi Carvalho, o momento é de mostrar que a comunidade LGBT não está sozinha. (Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens)

A primeira atitude foi a de procurar o defensor público Henrique da Fonte, que prontamente se colocou à disposição da organização. Para ele, o momento é de reafirmação de direitos. “São conquistas recentes. A união civil entre pessoas do mesmo sexo foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2011 e, depois, em 2013, por uma resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que também estabelece punições para os cartórios que se negarem a realizar este tipo de casamento”, explica.

Atravessando os posicionamentos do STF e do CNJ, existe o Projeto de Decreto Legislativo (PDS) nº 103, de 2013, de autoria do senador Magno Malta (PR), um dos maiores aliados políticos de Bolsonaro, que visa sustar os efeitos da Resolução nº 175 do CNJ. O PDS voltou à tona neste novembro, quando foi colocado em consulta pública no site do Senado Federal. Até o fechamento desta reportagem, a votação seguia disponível ao público, com o resultado parcial de 429.456 votos contrários a Magno Malta e 28.699 a favor. “Para ocorrer uma mudança nesse sentido, teria que haver uma nova lei. Não seria apenas numa canetada, mas não impede que esse novo ato normativo seja novamente questionado no senado”, explica Henrique da Fonte.

“Ninguém aqui vai voltar pro armário”

Jaque Pinheiro e Késia Salgado anteciparam o casamento após o resultado das eleições. (Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens)

Jaque Pinheiro e Késia Salgado, idealizadoras do Projeto La Dolceta, que afirmam ser a primeira doceria erótica do país, também resolveram antecipar o casamento após a eleição de Bolsonaro. “Já estávamos tentando viabilizar um mutirão para realizar um casamento coletivo e uma amiga nos colocou em contato com Henrique, que logo passou o telefone do Mães pela Diversidade. Aceleramos o processo porque a gente vê como nossas pautas vêm sendo tratadas pelo presidente eleito”, lembra Jaque. Segundo Késia, a empresa do casal possui uma pauta específica da militância das mulheres e LGBT’s. “O processo da LGBTfobia e as violências que a comunidade sofre não são novidade para ninguém. A sociedade que elegeu esse presidente é misógina, machista, racista e LGBTfóbica. A luta e a resistência sempre existiram”, acrescenta. 

Diante da conjuntura política conservadora, o casal não pretende mudar em nada sua postura política ou seu comportamento nas ruas. Jaqueline, contudo, frisa que que o temor é maior do que antes. “Mas acho que é isso que eles querem: nos silenciar, estancar nossa luta, porque o medo paralisa. Isso não vai acontecer. Ninguém aqui vai voltar pro armário”, avisa.

Festa solidária

A boate Metrópole cedeu seu espaço para uma “Despedida de Solteiro” dos casais cadastrados no casamento coletivo. Toda a renda do evento será destinada à realização da cerimônia. “Os noivos não pagam para participar, mas tem obrigação de lotar a festa”, brinca Gi Carvalho.

*nome fictício

Serviço//Despedida de Solteiro

Dia: Quinta, 13/12

Hora: 20h

Endereço: Rua das Ninfas, 125, Boa Vista

Entrada: R$ 10

A Associação Britânica de Saúde Sexual e HIV (BASHH, na sigla em inglês) acendeu a luz de alerta para uma infecção sexualmente transmissível que se alastra pelo mundo, tratada como “superbactéria”. A contaminação da Mycoplasma genitalium (MG) ocorre em relações sexuais sem o uso de preservativo.

Por ser uma doença ainda pouco conhecida, nem sempre há testes para diagnóstico preciso e também medicamentos específicos. As informações sobre a superbactéria estão sendo reunidas e analisadas.

##RECOMENDA##

Um estudo divulgado pela BASHH alerta que, se medidas urgentes não forem tomadas, a MG pode se tornar uma “superbactéria” em dez anos. Atualmente, uma em cada 100 pessoas infectadas pode não responder ao tratamento.

Segundo a análise, os dados preocupam porque a não reação ao tratamento pode levar até 3 mil mulheres por ano a terem doença inflamatória pélvica (DIP) causada por MG e com risco de infertilidade.

Característica

A “superbactéria” provoca sintomas semelhantes aos da clamídia – doença sexualmente transmissível também por bactéria que provoca dores, inflamação pélvica e corrimento -, mas é mais resistente ao tratamento e, se não tratada, pode levar à infecção da órgãos reprodutivos e causar infertilidade.

Há, ainda, mais semelhanças entre a contaminação por Mycoplasma genitalium (MG) e outras doenças sexualmente transmissíveis. No caso do homem, provoca ardência ao urinar e secreção, além de inflamação dos órgãos internos.

Nas mulheres, a superbactéria provoca dor ao urinar, inflamação de órgãos internos, secreção e infertilidade, em situações mais graves.

De acordo com especialistas, homens e mulheres correm risco de serem contaminados pela MG quando fazem sexo desprotegido, no caso, sem o uso de preservativo. A contaminação pode ocorrer por via oral, vaginal e anal.

Prevenção e tratamento

O estudo informa que 72% dos especialistas em saúde sexual disseram que é preciso mudar as práticas sexuais para se tornem mais seguras. No caso, recomendam um alerta das autoridades públicas sobre as ameaças do avanço da superbactéria.

O porta-voz da BASHH, Paddy Horner, afirmou que a MG é tratada com antibióticos, mas até recentemente não havia testes disponíveis para diagnosticar a doença. Segundo ele, houve situações de diagnóstico e tratamento equivocados.

Para elaboração do estudo, foram ouvidos 169 especialistas em saúde sexual que atuam no Reino Unido. Entre as recomendações apresentadas estão o melhor controle da resistência aos antibióticos, a busca pelo diagnóstico mais preciso, a redução de custos do tratamento e o acompanhamento.

Prostitutas e casais apaixonados foram punidos em público nesta sexta-feira (20) com chicotadas, aplicadas pela polícia da sharia em Aceh, única província da Indonésia que aplica a lei islâmica.

Mais de mil pessoas, incluindo dezenas de turistas da vizinha Malásia, assistiram às cenas de flagelo diante da mesquita de Banda Aceh, capital da província, onde os condenados foram vaiados quando receberam as chicotadas nas costas.

Cinco mulheres e três homens foram condenados por não respeitar as regras da sharia (lei islâmica), acusados de gestos de afeto em público ou pela oferta de serviços sexuais na internet, anunciaram as autoridades locais.

Além das relações heterossexuais entre pessoas que não são casadas e da oferta de serviços sexuais, o consumo de bebida alcoólica, as relações entre pessoas do mesmo sexo e os jogos de azar estão proibidos nesta província do país muçulmano de maior população no mundo.

A província de Aceh foi autorizada a aplicar a lei islâmica depois de obter de Jacarta um estatuto de autonomia em 2001 para acabar com décadas de rebelião separatista.

Os divórcios extrajudiciais – que não ocorrem perante os órgãos da justiça – aumentaram 2,5% em 2017 em todo o país. Os cartórios de notas, hoje chamados de tabelionatos de notas, lavraram 69.926 divórcios no ano passado, ante 68.232 no ano anterior. Os dados são do Colégio Notarial do Brasil – Seção São Paulo (CNB/SP).

Esta é a primeira alta no número de divórcios extrajudiciais em todo o Brasil após três anos consecutivos em queda: 2016 (-1,3%), 2015 (-2,3%) e 2014 (-0,4%). Segundo o presidente do CNB de São Paulo, Andrey Guimarães Duarte, a mudança foi causada principalmente em razão da lei 11.441 de 2007, que normatizou a realização de divórcio extrajudicial, e da Emenda Constitucional 66, de 2010, que reduziu a burocracia para a separação.

##RECOMENDA##

“Havia um número represado de casais que desejavam se divorciar [antes da aprovação das leis]. Agora é normal [o número] que se estabilize ou diminua. Como podemos analisar, houve uma variação positiva, mas nada que saia da curva do normal”, disse Duarte.

De acordo com o levantamento, São Paulo foi o estado que mais registrou divórcios em 2017, com 17.269, número 1,5% maior que os 16.998 computados em 2016. O estado paulista é seguido, respectivamente por Paraná e Minas Gerais. A mesma tendência foi verificada na capital paulista, que apresentou uma das maiores altas do país. Os cartórios registraram na cidade 5.882 divórcios em 2017, 9% acima aos 5.361 em 2016.

Tabelionato de notas

De acordo com o CNB,  o divórcio pode ser resolvido em poucas horas em um tabelionato caso não haja bens a partilhar. É necessário, no entanto, que as partes apresentem todos os documentos exigidos e estejam acompanhados por um advogado.

Podem se divorciar em um tabelionato de notas os casais sem filhos menores ou incapazes. Aqueles que têm filhos com menos de 18 anos devem estar com questões como pensão, guarda e visitas já previamente resolvidas no âmbito judicial. Também é necessário que não exista litígio entre o casal.

No mundo digital moderno, muitas pessoas dependem dos dispositivos eletrônicos para ficar conectadas com amigos e familiares, e o mesmo acontece nos relacionamentos amorosos. No entanto, segundo o mais recente estudo da Kaspersky Lab, é preciso levar em consideração também os pontos negativos da tecnologia. Por exemplo, 55% dos casais já discutiram porque alguém usa demais seu celular ou tablet.

Segundo a pesquisa, 8 em cada 10 usuários sempre ficam em contato online com o parceiro quando estão longe um do outro e 62% das pessoas concordam que a comunicação pelos dispositivos e pela internet as ajuda a sentir-se mais próximas de seus amados, especialmente para quem namora à distância (75%).

##RECOMENDA##

Por outro lado, o estudo também mostra que os dispositivos podem gerar discussões entre os casais sobre diversas questões relacionadas, como o excesso de uso e os incidentes de cibersegurança.

Por exemplo, 51% já brigaram por causa da utilização de um dispositivo durante uma refeição ou uma conversa frente a frente. Além disso, mais da metade (55%) das pessoas já discutiu com o parceiro por conta do tempo que passa usando o aparelho.

Essa porcentagem é maior (58%) para os casais que moram juntos, em comparação com 49% daqueles que namoram, mas vivem em casas separadas. Por fim, é preciso considerar os problemas de cibersegurança.

Quase um quarto (24%) dos casais já discutiu depois que uma das pessoas infectou o dispositivo com malware, e 19% brigaram depois que um dos parceiros perdeu dinheiro online por causa de um erro ou vírus. Como seria de esperar, os casais que compartilham aparelhos têm uma probabilidade significativamente maior terem atritos.

A pesquisa foi conduzida pela firma de pesquisa Toluna e pela Kaspersky Lab em janeiro de 2018 avaliou as experiências de 18 mil entrevistados de 18 países, que mantêm um relacionamento há pelo menos 6 meses e têm mais de 18 anos de idade.

LeiaJá também

--> Pesquisadores criam aparelho capaz de ouvir a sua mente

Os casais formados por pessoas do mesmo sexo começaram a notificar a intenção de casar ao governo neste sábado, quando a nova lei australiana entrou em vigor, 24 horas depois de sua aprovação no Parlamento.

Para marcar este momento histórico, os cartórios de algumas regiões do país aceitaram receber pedidos de casamento neste sábado de forma excepcional - o dia geralmente é reservado apenas aos matrimônios.

A partir deste sábado, os casais de pessoas do mesmo sexo podem apresentar o pedido para o matrimônio, mas terão que esperar um mês para a cerimônia.

Os primeiros casamentos homossexuais no país devem acontecer no dia 9 de janeiro.

As pessoas do mesmo sexo que casaram no exterior verão suas uniões reconhecidas de forma oficial na Austrália a partir deste sábado.

A lei que autoriza o casamento gay foi aprovada na sexta-feira pela coroa britânica quando o governador- geral Peter Cosgrove, representante na Austrália da rainha Elizabeth II, adicionou seu parágrafo ao texto, última etapa de um processo iniciado em setembro com uma votação pelo correio.

A Câmara dos Deputados aprovou a lei na quinta-feira por grande maioria. Apenas quatro dos 150 representantes foram contrários ao texto, que já havia adotado na semana anterior no Senado por 43 votos a favor e 12 contrários.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, anunciou nesta segunda-feira, 14, que o Sistema Único de Saúde (SUS) vai oferecer um exame "pré-nupcial" aos casais que quiserem saber se há maior risco de gerarem um bebê com alguma doença genética. O teste analisaria ainda outras condições de saúde dos futuros pais, como a presença de problemas crônicos.

"Uma das nossas diretrizes novas será o exame pré-nupcial, que vai garantir o exame de compatibilidade genética para noivos, para que eles saibam da possibilidade de terem filhos com doenças raras, que causam muita dificuldade para a família no tratamento e muito custo para o governo", disse ele, em entrevista após apresentação no Summit Saúde Brasil, evento promovido nesta segunda pelo Grupo Estado.

##RECOMENDA##

Barros disse que não há previsão de quando o exame estará disponível. Também não detalhou se ele será oferecido a todos os casais ou a um público específico. "Nós estamos desenvolvendo esse programa e lançaremos oportunamente. O exame permitirá um diagnóstico de outros fatores, como doenças não transmissíveis, crônicas, muitas das que chamamos invisíveis, como hepatite e HIV, para que a gente possa permitir que esse futuro casal planeje bem a sua vida, com base em um diagnóstico preciso da situação de saúde que ele se encontra."

Professora titular de genética da Universidade de São Paulo (USP) e diretora do Centro de Genoma Humano e Células Tronco, Mayana Zatz comemorou a possibilidade de expansão do uso de testes genéticos. O chamado teste genético pré-concepcional de compatibilidade pode custar até R$ 5 mil em laboratórios privados, feito por meio de uma coleta de sangue e com resultado em até 20 dias.

"Caso isso ocorra, os geneticistas vão bater palma, pois é algo que estamos batalhando há muito tempo para ocorrer", disse. Ela considera o procedimento como "extremamente importante" e, com o preço elevado, pode ocasionar frustração à população que não tem condições de pagar.

Mayana explica que o exame é direcionado para identificação de doenças recessivas, como fibrose cística e algumas doenças neuromusculares, que causam degeneração da musculatura e a perda da capacidade de andar da criança afetada. "Há pais que descobrem que são portadores dos genes apenas quando a criança nasce. Com o teste, essa gravidez poderia ser evitada", disse. Ela exaltou a possibilidade de economia que o método levaria ante gastos com diagnóstico e tratamento futuros.

Indicações claras

O diretor médico da Alta Diagnósticos, Gustavo Campana, destacou, porém, que o exame não pode ser usado como "triagem populacional". "As novas formas de diagnóstico têm de ter indicações individuais muito claras", disse.

Um exemplo de grupo para o qual o exame é geralmente indicado são os casais consanguíneos, como primos. "Neles, a carga genética é mais semelhante do que entre desconhecidos, passando a aumentar o risco de vir a ter um filho com determinada doença", disse.

Geneticista do Fleury, Wagner Baratella lembrou que "não existem testes definitivos para afastar todos os eventuais problemas de uma gestação". Destacou ainda a importância de que haja aconselhamento genético e não aplicação indiscriminada do procedimento.

O obstetra Alberto Guimarães ponderou que o sistema público, enquanto discute a adoção desses exames, tem de reforçar a estrutura atual das maternidades, por exemplo, "com a garantia de equipes mínimas de plantão". "Podia se fazer valer o que já tem, com a garantia de um pré-natal multiprofissional e todo o suporte da maternidade", destacou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando