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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia no Senado disponibilizou, nesta quarta-feira (20), a íntegra do relatório elaborado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL). O documento com 1.180 páginas pode ser conferido neste link

Antes de disponibilizar o documento, Renan Calheiros afirmou que o relatório tem 69 pessoas indiciadas e 29 tipos penais apontados.

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Em cerca de seis meses de trabalho, a CPI da Pandemia fez 66 reuniões — 58 delas destinadas a depoimentos. Foram ouvidas 61 pessoas, além das vítimas da Covid-19. Dos 1.582 requerimentos apresentados, 1.062 foram apreciados. O colegiado aprovou 251 transferências de sigilo (fiscal, bancário, telefônico e telamático). 

A CPI expediu 2.669 ofícios e recebeu 2.792 documentos, além de 71.957 arquivos contendo documentos ostensivos e 4.251.840 arquivos com documentos sigilosos. Os dados estão no relatório final.

Acompanhe ao vivo a sessão da CPI da Pandemia:

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*Com a Agência Senado

 

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), esteve em Brasília, nesse domingo (3), para encontrar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o senador Humberto Costa (PT). Nas redes sociais, Câmara afirmou que a ocasião foi um “diálogo produtivo em favor de Pernambuco e do Brasil”.

“Reunião importante em Brasília com o ex-presidente @LulaOficial e o senador @senadorhumberto . Discutimos os novos passos da frente ampla do campo progressista de oposição ao atual Governo Federal. Diálogo produtivo em favor de Pernambuco e do Brasil.”, postou o governador no Twitter, reforçando as especulações sobre uma possível aliança entre o PT e o PSB à nível nacional e estadual.

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Também através das redes sociais, Lula, apontado como o principal candidato da esquerda para concorrer ao Planalto no ano que vem, definiu o encontro como uma “boa conversa”. “Acabo de desembarcar em Brasília para uma semana intensa de muitos encontros e atividades. Na chegada fui recebido pelos meus companheiros de Pernambuco, o governador @paulocamara40 e nosso @senadorhumberto. Boa conversa”, escreveu no Instagram.

Já o senador Humberto Costa, que tem exercido forte oposição ao governo de Jair Bolsonaro (sem partido) na CPI da Covid-19, declarou que também esteve em pauta no encontro a investigação conduzida pela comissão. "Tivemos uma boa conversa sobre Pernambuco, sobre a CPI e sobre o cenário Nacional”.

Em seguida, o parlamentar afirmou que “Bolsonaro abandonou o Brasil e persegue o Nordeste de maneira deliberada”. “O povo sente falta do tempo em que Lula governou e nosso estado viveu um grande crescimento econômico", finalizou o senador petista no Twitter.

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A CPI da Covid aprovou nesta terça-feira, 28, um requerimento para pedir à Procuradoria da República e à Polícia Federal que investigue supostas omissões do Conselho Federal de Medicina (CFM), do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) envolvendo supostas irregularidades cometidas pela operadora de saúde Prevent Senior.

A solicitação, do senador Rogério Carvalho (PT-SE), foi aprovada durante o depoimento da advogada Bruna Morato, que defende médicos que trabalharam na empresa e entregam um dossiê com acusações contra a Prevent Senior. O pedido de investigação será enviado para a Procuradoria da República nos Estados de São Paulo e Distrito Federal e para as superintendências da PF nessas duas unidades da federação.

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Os senadores também aprovaram um requerimento apresentado pelo senador Humberto Costa (PT-PE) para que a Prevent Senior envie à CPI em até 24 horas os documentos dos termos de consentimento dos pacientes quanto ao uso de medicamentos do chamado tratamento precoce.

Na madrugada desta terça-feira (21) a ex-esposa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Ana Cristina Siqueira Valle, fez uma publicação nas redes sociais ironizando sua convocação para depor na CPI da Covid-19. Apontada como uma “peça-chave” para entender a atuação de um suposto lobista da Precisa Medicamentos, ela questionou se estava sendo chamada para o que classificou de “CPI do Lula”.

A comissão decidiu convocar Ana Cristina para esclarecer o teor das mensagens trocadas com Marconny Albernaz, que compareceu ao plenário na última quarta-feira (15). Em seu depoimento, Albernaz, suspeito de atuar como lobista da Precisa Medicamentos na negociação sobre a compra da vacina indiana Covaxin, disse que conheceu Ana Cristina através do intermédio de Jair Renan Bolsonaro, fruto do casamento dela com o atual chefe do Executivo.

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Embora tenha negado qualquer envolvimento com a ex-esposa do presidente, mensagens obtidas pela CPI sugerem que Ana Cristina pode ter trabalhado pela nomeação de figuras indicadas por Marconny no Governo Federal. O possível lobista fazia parte de movimentos simpáticos ao bolsonarismo, a exemplo do “Vem Pra Rua” e outras organizações da direita “anticorrupção”.

Ana Cristina Siqueira Valle também é investigada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Atual assessora parlamentar em Brasília (DF), ela é indicada como a operadora financeira do esquema de “rachadinha” no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). Em decorrência deste caso, Ana Cristina teve a quebra do sigilo bancário autorizada pela Justiça nesta semana.

 

Em seu discurso de abertura da CPI da Covid-19 desta terça-feira (10), o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), fez duras críticas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Segundo ele, o desfile de blindados realizado também na manhã desta terça pela Marinha em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília (DF), foi uma “cena patética” e “que mostra apenas uma ameaça de um fraco que sabe que perdeu”.

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Os artigos bélicos do Exército circularam pela Esplanada dos Ministérios e pelos arredores da praça dos Três Poderes, onde ficam as sedes do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF). As instituições, inclusive, têm sido alvo de críticas antidemocráticas do presidente.

 

A CPI da Covid decidiu nesta quarta-feira (8) mudar a condição da ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) Francieli Fantinato de investigada para testemunha. Como consequência, a comissão também suspendeu as ordens de quebra de sigilo que tinham sido anteriormente aprovadas pela CPI e miravam os dados de Francieli.

A mudança se deu após a cúpula da comissão avaliar que a ex-coordenadora tem colaborado durante seu depoimento à CPI. Ela disse que deixou o cargo do Ministério da Saúde devido à politização da vacinação no Brasil e chegou a citar o nome do presidente Jair Bolsonaro como um dos responsáveis por esse cenário.

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Francieli contou também que o ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Elcio Franco foi quem ordenou a retirada de presidiários dos grupos prioritários da vacinação contra a covid-19. Teria sido Franco ainda a justificar a ela o motivo pelo qual o Brasil aderiu ao instrumento Covax Facility com apenas 10%. Segundo Francieli, o ex-secretário disse que não se poderia "investir todos os ovos na mesma cesta".

Uma live realizada pela ISTOÉ dinheiro no dia 19 de maio pode servir como prova de que o empresário Carlos Wizard exerceu, indevidamente, funções na administração pública servindo como um ‘conselheiros de negócios' para o então ministro da saúde Eduardo Pazuello. O que confirma uma das teses da CPI da Covid de que o presidente Bolsonaro criou o ministério paralelo para tomar decisões em relação à pandemia.

Na live, Wizard confirma categoricamente que foi convidado pelo general para auxiliar nas negociações para a compra de materiais e insumos de modo geral pela sua ‘habilidade negocial’. “Minha missão é auxiliar o general nos grandes contratos e grandes aquisições, pois ele confia na minha habilidade negocial”. 

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O convite, como contou Wizard, aconteceu assim que Pazuello foi incumbido por Bolsonaro para comandar a secretaria executiva da saúde, posteriormente acabou virando chefe da pasta. E não foi por acaso, a relação entre os dois começou em Roraima anos atrás quando ambos participavam como missionários da ação “Acolhida”. Desde então a relação foi se estreitando a ponto do convite para ajudar na administração pública.

“A missão que o general me passou foi de acompanhar os grandes fornecedores e grandes contratos. Você sabe que o orçamento do Ministério da Saúde é um dos maiores que temos na união, óbvio que passa por muitas aprovações, análises, hierarquias, até que um contrato desse finalmente seja concretizado”, disse. 

“E o general confiando então na minha habilidade negocial ele pede que eu possa participar desse comitê que faz análises desses grandes contratos. Agora estamos em busca de respiradores, de EPIs, estamos em busca de equipamentos diversos para atender os hospitais. Logo logo você vai ver que o Brasil vai ser forrado de medicamentos na fase ainda inicial do tratamento, Cloroquina, Hidroxicloroquina”, admitiu. 

Convocação CPI

E esse é um dos focos da investigação da CPI da Covid, a indevida compra de medicamentos que são comprovadamente ineficazes no combate a Covid-19. Senadores tentam entender o interesse do governo e a relação com a iniciativa privada no lobby do inexistente ‘tratamento precoce’.

Por isso, Wizard, já foi intimado a depor na CPI, mas não compareceu, senadores já solicitaram a condução coercitiva do empresário, mas ele não foi encontrado e acabou deixando o país e fugiu para os Estados Unidos. O vídeo que confirma a participação dele no governo pode piorar ainda mais a situação dele e do seu amigo Pazuello caso os senadores utilizem como prova.

O G-7 da CPI da Covid-19 decidiu pedir de forma imediata a condução coercitiva do empresário Carlos Wizard. Carlos foi convocado para depor na CPI, mas não atendeu às ligações de acordo com o Correio Braziliense.

Os sete senadores considerados independentes ou de oposição ao Governo Federal, o G-7, fizeram a solicitação depois das tentativas frustradas de contato com Carlos Wizard. O empresário foi chamado para depor pela proximidade com o ex-ministro Eduardo Pazuello.

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Além disso, o empresário é suspeito de ter sido um ‘conselheiro informal’ durante a pandemia e por supostamente ser incentivador da propagação da hidroxicloroquina. Nesta quinta-feira (10) também foi votado e aprovado pelos integrantes da CPI da Covid-19 a quebra do sigilo telefônico de Carlos Wizard, Eduardo Pazuello e Ernesto Araújo.

O cantor e compositor Erasmo Carlos, um dos grandes nomes da música popular brasileira, completa 80 anos neste sábado (5). Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, o artista resolveu falar um pouco da carreira, além de sua vida em meio à pandemia. Falando sobre o coronavírus, o músico opinou rapidamente no bate-papo sobre a CPI da Covid.

Acompanhando os rumos da Comissão Parlamentar de Inquérito, Erasmo disparou: "É um circo. É inacreditável, eu não sei como tem gente tão sem noção. Fico bestificado de ver tanta desinformação. A cada dia sou surpreendido por mais blablablá, isso me deixa muito triste".

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Desde que a pandemia da Covid-19 dominou o Brasil, no início de março do ano passado, Erasmo Carlos está há um bom tempo sem sair de casa. Ele e a esposa estão seguindo as medidas de segurança em combate ao coronavírus em isolamento social. "A gente não sai, não vai a lugar nenhum. Cumpri bem todas as regras. A gente foi se adaptando, sentindo falta de algumas coisas. Estava com um trabalho novo pronto para gravar, chamado 'O Futuro Pertence à Jovem Guarda'. É uma frase do Lênin, dela é que foi tirado o nome Jovem Guarda, pelo Carlito Maia", contou.

Por causa do aceleramento da doença, Erasmo teve que adiar o projeto. Sem exercer suas funções de artista, ele buscou outros meios para ocupar a mente: "Comecei a fazer playlist. Meu novo xodó é isso. Com as músicas que eu mais gosto na minha vida inteira. Tem mais de 700. Passei a ver mais séries de televisão, muita notícia e futebol, quando dá. Fiquei mais caseiro. Desenvolvi comidinhas, umas experimentações gastronômicas".

Antes da pandemia, Erasmo Carlos contracenou ao lado de Larissa Manoela no filme Modo Avião. No longa-metragem da Netflix, lançado em 2020, ele interpretou o mecânico Germano, avô da personagem de Larissa, que tinha o dom de mostrar à neta o lado simples da vida. Com poucos trabalhos de ator no currículo, o carioca já ganhou um prêmio pela sua entrega no cinema. Pela sua colaboração no filme Os Machões, de 1972, Erasmo Carlos foi vencedor do Troféu APCA na categoria Melhor Coadjuvante Masculino.

Pós-graduada na Universidade John Hopkins, a infectologista Luana Araújo já embalou clubes de jazz, antes de ganhar destaque ao se posicionar contra senadores negacionistas na CPI da Covid-19, na quarta (3). Pianista desde os dois anos, a epidemiologista assume os vocais da banda The Lioness e tem um EP com músicas autorais gravado.

Fora dos laboratórios de pesquisa e das unidades de saúde, Luana assume o sobrenome Mariano e já integrou o circuito de shows do Rio de Janeiro. Orientada desde cedo por professores do Instituto Villa-Lobos, em São Paulo, aos 11 anos ela tocou no Festival de Inverno de Campos do Jordão e ganhou uma bolsa de estudos em Viena, na Áustria, onde se formou musicista, segundo o Extra.

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Com diversas apresentações em clubes de jazz da Europa e dos Estados Unidos, a médica gravou cinco faixas em Belo Horizonte e lançou seu primeiro EP com a banda em 2016.

Em seu depoimento na CPI, Luana reprovou o tratamento precoce oferecido aos pacientes da Covid-19 e criticou a "politização" que, na sua visão, enfraquece o enfrentamento à pandemia no Brasil.

Confira o trabalho autoral de Luana com a banda Lioness

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Após a polêmica participação da oncologista Nise Yamaguchi na CPI da Covid-19, nessa quarta-feira (2), o presidente Jair Bolsonaro saiu em defesa da médica considerada uma das principais defensoras da cloroquina no tratamento de pacientes da doença no Brasil. Em seu depoimento, ela negou a intenção de mudar a bula do remédio e afirmou que Bolsonaro foi quem indicou o tratamento precoce.

Pressionada pelo médico e senador Otto Alencar (PSD-BA), Yamaguchi sequer soube diferenciar um vírus de um protozoário, nem apresentou provas do seu suposto estudo sobre o tratamento precoce. No Twitter, Bolsonaro questionou a postura firme do Senado, o qual foi chamado de "verdadeiro tribunal de exceção".

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"É inadmissível que profissionais de saúde sejam tratados de forma tão covarde!", escreveu o presidente após a participação de Yamaguchi, que evidenciou a proximidade com o Governo Federal e levantou uma nova hipótese de comando paralelo no Ministério da Saúde.

Como de costume, após governistas e aliados serem fritados na CPI, Bolsonaro adota a estratégia de minimizar os danos causados pela descoordenação federal no combate à pandemia, que já matou mais de 465 mil brasileiros, e apressa a participação de governadores na investigação. O Senado já sinalizou que os gestores serão convocados para responder sobre a suspeita de desvios de recursos destinados às demandas da pandemia.

"É preciso respeitar a autoridade e a autonomia médica. Médicos devem ter liberdade para salvar vidas e isso vem sendo ameaçado por um grupo político que atua visando somente atacar o Governo enquanto nega investigar desvios de recursos para o combate à pandemia", reiterou Bolsonaro. 

Publicidade negacionista

Durante o avanço da pandemia que acometeu mais de 16 milhões brasileiros, embora não tenha especialização em Infectologia, a médica fez propaganda pela substância ineficaz e sugeriu o fim das medidas de isolamento para atingir a imunidade de rebanho entre a população.

Confira

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O ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, negou o pedido da secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Pinheiro, conhecida como 'capitã cloroquina', que solicitou permanecer em silêncio durante seu depoimento na CPI da Covid-19. A negativa aconteceu nesta terça-feira (18).

Mayra Pinheiro, solicitou à suprema corte para que pudesse ficar calada durante seu depoimento na CPI, o ministro do STF entretanto negou a solicitação: "“o fato de a paciente não responder a qualquer procedimento criminal, ou mesmo administrativo, quanto aos assuntos investigados pela CPI, retira qualquer credibilidade ao receio por ela manifestado de que possa sofrer consequências adversas ao responder a determinadas perguntas dos parlamentares", diz parte do comunicado.

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Mayra vai depor na CPI da Covid-19 nesta quinta-feira (20), a partir das 9h. Ela se baseou na 'agressividade dos parlamentares' para fazer o pedido. Vale ressaltar que Lewandowski foi responsável por autorizar o Habeas Corpus para que o ex-ministro da saúde, Eduardo Pazuello, permanecesse em silêncio durante sua oitiva, o mesmo solicitado pela secretária.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia no Senado ouve, nesta quarta-feira (12), o ex-secretário de Comunicação da Presidência da República, Fabio Wajngarten. A sessão do colegiado iniciou com os senadores apresentando questões de ordem e prestando esclarecimentos processuais.

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A convocação de Wajngarten atende a requerimentos dos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da comissão, e Alessandro Vieira (Cidadania-SE). O chamado do ex-secretário se deu porque em entrevista à revista Veja, ele disse que o Ministério da Saúde teria sido o responsável “pelo atraso das vacinas”. 

Além disso, Wajngarten ainda deve ser questionado sobre campanhas do governo federal em temas como isolamento social e “tratamento precoce”. 

Em pronunciamento, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) afirmou que a "hora da verdade está chegando", ao se referir à instalação da CPI da Pandemia, marcada para esta terça-feira (27).

Candidato ao cargo de presidente do colegiado, Girão afirmou que a sociedade deseja uma investigação isenta e ampla dos fatos, inclusive com o rastreamento dos recursos destinados pela União aos estados e municípios.

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Na opinião do senador, da mesma forma que não faltou dinheiro para prefeitos e governadores usarem no combate à pandemia, também não faltaram casos de corrupção e de desvio de recursos públicos.

E é justamente isso que também deve ser apurado, disse, ao lembrar que relacionou em seu requerimento, com pedido de extensão dos fatos a serem investigados pela CPI, as operações da Polícia Federal ligadas a supostas irregularidades ocorridas em estados e municípios.

"Que a gente possa fazer de uma forma responsável isso. É muito importante que a gente não deixe projeto de poder nenhum ofuscar o trabalho dessa CPI, seja de membros que estão aí no xadrez político, até presidenciáveis para 2022, seja conflito de interesses na relatoria, por exemplo, com filho governador, como está posta aí essa situação. E a gente precisa ter esse bom senso, até em respeito, para que não seja desumano com a população", disse.

Na opinião de Eduardo Girão, é lamentável que o Senado, por determinação do Supremo Tribunal Federal, tenha agora de concentrar seus esforços na apuração de possíveis irregularidades no uso de dinheiro público durante a pandemia e não na votação de projetos importantes para o país, como as reformas tributária e administrativa

Por fim, ele informou que, caso seja eleito presidente da CPI da Pandemia, vai propor um plano de trabalho equilibrado, inicialmente ouvindo o atual e os ex-ministros da Saúde.

Girão também disse que será importante o relato da representante do Ministério Público Federal que requisitou de governadores informações sobre o uso de dinheiro repassado pela União para o enfrentamento da crise sanitária, incluindo a construção de hospitais de campanha.

Em relação a esse ponto específico, o senador citou o caso do Ceará, estado que construiu um hospital de campanha que funcionou por apenas cinco meses. Agora que o número de casos aumentou, o hospital está desativado, lamentou o senador.

*Da Agência Senado

A semana no Congresso será mais curta, mas não menos importante. Com um feriado na quarta-feira (21), os parlamentares deverão apreciar vetos presidenciais e o Senado poderá instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19.

Na segunda (19) e na terça-feira (20), estão marcadas sessões do Congresso Nacional, ocasião em que deputados e senadores devem decidir de mantém ou derrubam vetos presidenciais. Dez vetos dentre os previstos para análise estão trancando a pauta de votações. Dentre eles, estão vetos referentes ao auxílio emergencial para a mulher chefe de família e à realização de videoconferências em audiências de custódia. Esse último veto faz parte do pacote anticrime, aprovado pelo Congresso no fim de 2019.

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Existem ainda vetos relacionados à aquisição de vacinas contra covid-19. Trata-se do veto que determina o prazo de cinco dias para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) conceder autorização temporária de uso emergencial para importação e distribuição de imunizantes.

Outro veto diz respeito à lei que autoriza a União, estados e municípios a adquirir vacinas e assumir a responsabilidade civil em relação a efeitos adversos pós-vacinação. O governo federal vetou alguns dispositivos do texto original, como a autorização para que estados e municípios possam adquirir doses de vacinas em caráter suplementar, com recursos da União no caso de descumprimento do Plano Nacional de Imunização (PNI).

CPI

Passado o feriado de Tiradentes e do aniversário de Brasília, ambos na quarta-feira, existe a expectativa da realização da primeira reunião da CPI da Covid-19 na quinta-feira (22). Nessa reunião serão eleitos o presidente e vice-presidente do colegiado. Um acordo entre os membros da comissão, no entanto, deve confirmar o nome de Omar Aziz (PSD-AM) para a presidência e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) como vice-presidente.

Câmara

Também na quinta-feira a Câmara dos Deputados poderá votar a prorrogação do auxílio emergencial para profissionais do meio artístico. Esse pagamento foi estabelecido no ano passado, na Lei Aldir Blanc, batizada em homenagem ao escritor e compositor que morreu de covid-19. A prorrogação já foi aprovada no Senado e aguarda análise dos deputados.

* Com informações da Agência Senado

O senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, em ligação telefônica recente entre os dois, que iria “cair na porrada” com o senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP), que protocolou o pedido da CPI da Covid-19, em fevereiro deste ano.

Segundo Kajuru, foi avisado ao presidente que o diálogo seria divulgado e que a única parte da entrevista que não foi solta na íntegra foi para “protegê-lo (o presidente), quando ele ofendeu um senador e falou que ia para a porrada com o senador”.

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Kajuru divulgou no domingo (11), nas redes sociais, um primeiro trecho da conversa que teve por telefone com Bolsonaro, gravada por ele. Nesta segunda-feira (12), durante entrevista à Rádio Bandeirantes, ele reproduziu mais um trecho do diálogo, no qual diz que não participará da CPI caso a apuração seja “revanchista” e Bolsonaro respondeu: "Mas se você não participa, daí a canalhada lá do Randolfe Rodrigues vai participar. E vai começar a encher o saco. Daí, vou ter que sair na porrada com um bosta desse".

Resposta de Randolfe

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) em questão tem o fim de apurar eventuais omissões do governo federal no combate à pandemia da Covid-19.

Em uma rede social, Randolfe afirmou que não se intimidará com a ameaça de Bolsonaro e que a "violência costuma ser uma saída para os covardes que têm muito a esconder".

“Não irão nos intimidar! Especialmente porque sabemos que a fraqueza desse governo está em todos os âmbitos. Nossa única briga será pelo povo! Pela vacina e por comida na mesa!”, completou o político.

Bolsonaro reclamou

Na manhã desta segunda (12), Bolsonaro comentou a divulgação dos áudios e se mostrou incomodado, apesar de Kajuru ter afirmado que comunicou o presidente previamente sobre o interesse em levar a questão publicamente. Aos bolsonaristas, disse que falou “mais coisas” na conversa e que, se depender dele, “podem divulgar tudo”.

"Fui gravado em uma conversa telefônica, tá certo? A que ponto chegamos no Brasil aqui", criticou Bolsonaro.

 

A divulgação de trechos de uma conversa entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO), divulgada nas redes sociais pelo próprio Kajuru, tem rendido críticas de deputados federais ao presidente na manhã desta segunda-feira (12). 

Durante a conversa com o senador, presidente fez uma espécie de pressão para que o parlamentar ingressasse com pedidos de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) na Casa Alta, dando a entender que assim a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 poderia ter outros rumos, inclusive, com a possibilidade de nem ser instalada.

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--> Ramos chama conversa de Bolsonaro e Kajuru de avacalhação

Ao repercutir o diálogo, o deputado Kim Kataguiri (SP) disse que o medo do presidente é retrato de quem tem o "rabo preso". "Esse desespero de Bolsonaro para barrar a CPI da Pandemia contra ele só mostra que está com o rabo preso. Quem é inocente não tem medo de investigação", escreveu no Twitter.

Enquanto a deputada Marília Arraes (PT-PE) aproveitou a gravação para reforçar a necessidade de impeachment de Bolsonaro. "Um Presidente da República e um Senador articularem para atrapalhar a criação de uma CPI e derrubar ministros do STF é um escárnio. É MAIS UM crime de responsabilidade de Bolsonaro. A conversa entre ele e Kajuru é um atentado contra a Democracia", listou a pernambucana.

Além deles, os deputados Alessandro Molon (PSB-RJ) e Marcelo Freixo (PSOL-RJ) foram outros que se manifestaram sobre o assunto na rede social. Ainda engrossaram o coro o líder nacional do MTST, Guilherme Boulos (PSOL), e a vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos (PCdoB). Veja:

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O senador Randolfe Rodrigues (AP) anunciou que obteve a quantidade necessária de assinaturas para protocolar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 no Senado. Segundo o requerimento, a CPI terá como objetivo "apurar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento da covid-19 no Brasil e, em especial, no agravamento da crise sanitária no Amazonas".

O requerimento obteve 27 assinaturas, segundo a assessoria do líder da Rede no Senado, e deve ser protocolado ainda nesta quarta-feira, 3. Depois, seguirá para a aprovação do recém-empossado presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

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Em paralelo à CPI do Senado, há uma articulação para que também seja aberta uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), com participação da Câmara e do Senado. Para isso, porém, seria necessário conseguir assinaturas de 171 deputados.

O documento aponta uma atuação "sistemática" do governo na violação de direitos fundamentais básicos à vida e à saúde da população. De acordo com o requerimento, desde o início da pandemia no País, "o governo federal tentou impedir que os entes federados pudessem tomar medidas para diminuir o ritmo da propagação do vírus, como o isolamento social, o uso de máscara e álcool em gel".

No documento, o senador ressalta o atraso no início da campanha de vacinação, mesmo diante da falta de leitos e do aumento nos registros de morte e casos de covid-19. Ele responsabiliza o governo federal pela falta de planejamento para lidar com a crise de saúde no Amazonas, marcada pela falta de oxigênio nos hospitais da capital Manaus.

"As omissões e ações erráticas do governo federal não podem mais passar incólumes ao devido controle do Poder Legislativo", afirma o documento.

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