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As eleições começam antes do encontro nas urnas e seus rumos já se definem a partir das pesquisas de voto. Até o momento, Lula leva vantagem em todos os cenários, o que indica a saudade do brasileiro da gestão do PT. O doutor em Ciência Política e professor da Asces-Unita Vanuccio Pimentel comentou sobre o cenário.

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Ao prever o acirramento da polarização, o estudioso lembra que a liderança do petista não surpreende. Ele se apresentou como forte concorrente em 2018, mas teve a candidatura impossibilitada pela pena decretada pelo ex-juiz Sergio Moro, o que pavimentou o crescimento do então candidato Jair Bolsonaro.

Na visão de Vanuccio, além do “próprio desajuste que é o Governo Bolsonaro e da lembrança que as pessoas têm do Governo Lula”, a implosão do centro do antipetismo, sustentado pela Operação Lava Jato, justifica a reconciliação do eleitorado com o ex-presidente.

"Com a Lava Jato naufragando e as decisões de Moro sendo revertidas, isso sai do cenário real da Política, ou seja, já é um tema que não vai estar mais em discussão, o que beneficia muito o Lula pelo fato de que toda aquela estrutura se desabou e, queira ou não, justifica o discurso que sempre teve desde o começo da Lava Jato de que era uma operação política", afirma.

Eleito no 1º turno

Votado por aproximadamente 48% dos eleitores, as previsões possibilitam uma vitória ainda no primeiro turno. "Dependendo da quantidade de apoios que Lula possa vir a conseguir, ele tem uma possibilidade real de projetar uma vitória no primeiro turno. Ainda é muito cedo, mas é algo que pode ocorrer", comenta o professor.

Lula é maior que o PT

Como Fernando Haddad não foi suficiente em 2018 e Dilma Rousseff foi destituída pela pressão popular dos protestos de 2013, o cientista vê a popularidade do petista como o interesse fundamental ao invés da volta do PT em si.

"Dilma ainda mantém uma popularidade baixa comparada com Lula. Então, o eleitor soube diferenciar o que era o Governo Lula e o que era o Governo Dilma. Não sei se há esse arrependimento", considera.

Terceira via retraiu junto com a Lava Jato

Bem atrás, uma terceira via tímida se apresenta com Sergio Moro, que teve a credibilidade contestada quando assumiu o Ministério da Justiça a convite de Bolsonaro e, recentemente, se filiou ao Podemos para concorrer à Presidência. Como quarta força, Ciro Gomes (PDT) é ameaçado de ter que suspender a candidatura pelo baixo desempenho.

"A terceira via, no contexto de hoje, é muito restrita. Estamos falando de talvez, no máximo, 20% do eleitorado. Basicamente não impede uma polarização entre os dois principais atores. Então, acho muito difícil que esta terceira via ganhe fôlego eleitoral", complementa Vanuccio.

A promulgação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, com a mudança no cálculo do teto de gastos, deixou o orçamento da Saúde com um "buraco" de R$ 6,1 bilhões em 2022. Na prática, o setor pode ficar sem os recursos necessários para enfrentar a pandemia de Covid-19 e cumprir o mínimo exigido pela Constituições para despesas nessa área.

Todos os anos, o governo federal é obrigado a aplicar um gasto mínimo com ações e serviços públicos de saúde. Esse piso é ajustado pela inflação de cada ano, com o mesmo índice que ajusta o teto de gastos. Anteriormente, o cálculo era feito com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado até junho do anterior. A PEC alterou esse período para dezembro.

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A mudança na regra abre uma folga no teto de gastos em 2022, mas também exige a correção de despesas que são calculadas pela inflação, entre elas o mínimo da saúde.

Nesta segunda-feira (13), a Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovou o relatório setorial da Saúde do Orçamento de 2022, mas o Congresso ainda terá de colocar mais R$ 6,1 bilhões em ações e serviços públicos de saúde para cumprir o piso no próximo ano.

O cumprimento dos recursos dependerá do relator geral do Orçamento de 2022, deputado Hugo Leal (PSD-RJ). O relator setorial da Saúde, deputado Sanderson (PSL-RS), pediu que o parecer final da peça orçamentária coloque mais recursos para o setor vinculados ao combate à Covid-19: R$ 5,7 bilhões para procedimentos de média e alta complexidade, R$ 2,4 bilhões para a atenção primária e R$ 1,4 bilhões para compra de testes e vacinas.

O Congresso deve votar o Orçamento na próxima sexta-feira (17). Parlamentares criticam a queda nos recursos para a saúde em comparação a 2021 e também exigem mais recursos para a vacinação da população. Na semana passada, o Ministério da Economia pediu ao relator-geral um aumento de R$ 5,1 bilhões para a Saúde no relatório final, dos quais R$ 4,5 bilhões devem ser destinados para a compra de vacinas

"A recém aprovada EC nº 113 (PEC dos Precatórios), de 2021, alterou o referido cálculo e as despesas originalmente programadas para 2022 deixaram de ser suficientes para atender o mínimo constitucional", diz o relatório setorial. "O montante mínimo a ser empregado em programações classificadas como ASPS durante o exercício de 2022 é da ordem de R$ 139,95 bilhões, sendo necessário o reforço de, ao menos, R$ 6,09 bilhões."

A Procuradoria-Geral da República (PGR) reiterou nesta segunda-feira (18) o parecer em que concluiu que o presidente Jair Bolsonaro não cometeu crime ao sair sem máscara e causar aglomeração em eventos públicos na pandemia.

A subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo enviou nova manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) após ter sido cobrada pela ministra Rosa Weber, que apontou "dubiedades" no primeiro parecer e disse que a argumentação causou "alguma perplexidade".

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"O motivo para que não se delegue aos atores do sistema de justiça penal competência para auditar a conveniência de medidas desta natureza é elementar: eles não detêm conhecimento técnico para tanto; falta-lhes formação nas ciências voltadas a pesquisas médicas e sanitárias", criticou a ministra.

A posição da Procuradoria permanece a mesma. Na avaliação da subprocuradora, a conduta de Bolsonaro não passou de infração administrativa, o que impede a abertura de uma ação penal.

"Em momento algum o Ministério Público, dominus litis, defendeu a impunidade no descumprimento das medidas sanitárias. O que está expresso na manifestação jurídica deste órgão ministerial é tão somente a conclusão de que a conduta de não usar máscara configura infração administrativa, e não criminal, em razão do caráter subsidiário do Direito Penal", explica no novo documento.

Em seu primeiro parecer, Lindôra defendeu que o comportamento do presidente teve "baixa lesividade" e que não é possível confirmar a "exata eficácia" da máscara para evitar a propagação do novo coronavírus.

"Há divergência quanto à possibilidade de aferição da evidência científica em relação ao grau de eficácia do uso de máscara, não quanto à falta do uso", reitera a subprocuradora.

Os pareceres foram enviados em duas ações movidas pela oposição: uma apresentada pelo PT após a rodada de motociatas de apoio ao governo organizadas no mês de maio e outra articulada por parlamentares do PSOL depois que o presidente abaixou a máscara de uma criança em um evento lotado no Rio Grande do Norte.

Antes de se opor aos pedidos para investigar Bolsonaro, Lindôra viu potencial crime de infração a medida sanitária preventiva em um caso semelhante. Em outubro do ano passado, ela representou contra o desembargador Eduardo Siqueira, do Tribunal de Justiça de São Paulo, que ganhou o noticiário após ter sido flagrado humilhando um guarda municipal que lhe pediu para colocar a máscara de proteção durante um passeio pela orla de Santos (SP). Na ocasião, apontou "veementes indícios de autoria e materialidade" do delito de infração de medida sanitária preventiva, previsto no Código Penal.

O posicionamento da subprocuradora levou os senadores Humberto Costa (PT-CE) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) a enviarem uma reclamação à Corregedoria do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) pedindo a abertura de processo disciplinar para apurar se ela violou normas funcionais.

Na fazenda "Flower Farm", no coração do interior da Inglaterra, reina a preocupação. Em um contexto generalizado de falta de mão de obra, seu proprietário Patrick Deeley ainda não possui pessoal suficiente para distribuir os perus de Natal.

"Não sei se vou encontrar o pessoal necessário para o trabalho antes das festas, a pressão vai ser forte", explica à AFP este fazendeiro de Surrey, no sul do Reino Unido.

Já deveria contar agora com 12 trabalhadores temporários para meados de dezembro que o ajudem a preparar, empacotar e entregar as aves no Natal.

Há mais de 15 anos, contratava trabalhadores que vinham da União Europeia, mas neste ano não conseguiu encontrar nenhum, explica.

Se muitos trabalhadores abandonaram o setor ou até o país durante as paralisações impostas pela pandemia, Deely se declara convencido de que "o Brexit também é um fator importante". "Porque uma das consequências é a perda maciça de mão de obra" europeia, afirma.

O Brexit, que entrou plenamente em vigor em 1º de janeiro, dificulta a entrada de trabalhadores da União Europeia, que agora precisam obter um visto de trabalho caro.

Diante da escassez de mão de obra no setor de aves, alguns fazendeiros multiplicaram os anúncios de trabalho, mas os candidatos são escassos.

"Não é a coisa mais glamourosa do mundo, é um trabalho duro, é a agricultura, tem que trabalhar os sete dias da semana", explica Mark Gorton, que se dedica à criação de perus em Norfolk, no leste da Inglaterra, e hoje em dia não possui um único trabalhador temporário, quando costumava ter entre 300 e 400 todo ano.

"Estamos a seis semanas de começar a preparar os perus para o mercado natalino e, no momento, não temos trabalhadores", afirma com preocupação.

- "Trabalhar 18-19 horas diárias" -

Devido à escassez de mão de obra, alguns fazendeiros se viram obrigados a produzir menos perus este ano e os supermercados reduziram seus pedidos.

"A quantidade de perus se reduziu consideravelmente", disse Deely, "não importa se você tem 10 perus ou 20.000, o problema é basicamente o mesmo: há uma enorme escassez de mão de obra qualificada".

Diante das notícias sobre essa situação, os consumidores se apressam e a demanda aumenta com muita antecedência.

Segundo a associação de perus frescos de fazenda tradicional, que reúne 40 fazendas, a maioria de seus membros registrou um aumento significativo dos pedidos em comparação com este período do ano passado. Algumas fazendas afirmaram inclusive que os pedidos quintuplicaram.

O risco agora é que os preços do peru disparem. "Acho que as pessoas, infelizmente, verão um aumento no preço do produto", disse Deely.

Como a avicultura é um setor chave da economia britânica, o governo decidiu conceder 5.500 vistos excepcionais de três meses para atrair trabalhadores temporários, mas os fazendeiros temem que isso não será suficiente para virar o jogo.

"Deixaria minha casa, meu país, meu trabalho, minha segurança, só para vir ajudar um país que disse que não me quer? Eu não faria isso", afirma Patrick indignado. "Vejo que as consequências do Brexit são enormes, colossais, e uma consequência é que as pessoas com quem falei se sentem rejeitadas", explica.

A falta de material médico tem consequências fatais na conflituosa região do Tigré, no norte da Etiópia, com pacientes que sucumbem a hemorragias pós-parto ou falta de produtos para diálise, alertou a ONU nesta quinta-feira (7).

O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) denunciou que "não foi autorizado" material médico de primeira necessidade, apesar de que entre 28 de setembro e 5 de outubro 50 caminhões de ajuda entraram no Tigré.

"A situação sanitária é particularmente preocupante, devido à ausência de medicamentos e material médico", acrescentou.

No hospital Ayder Referral, o maior da região, 18 pessoas, entre elas uma criança, morreram devido à falta de um cateter para diálise, informou o escritório.

"A vida de 34 pacientes está ameaçada se os equipamentos para diálise não chegarem imediatamente", acrescentou.

O OCHA também denuncia que cinco mulheres morreram no distrito de Selwa, no sul do Tigré, por "falta de atendimento médico" no tratamento de hemorragias pós-parto.

A falta de combustível e de liquidez é outro problema, que obriga os grupos humanitários a reduzir seu apoio às infraestruturas médicas.

Alguns hospitais da região "já não têm medicamentos nutricionais para tratar a desnutrição severa nas crianças jovens", o que aumenta o temor de uma mortalidade elevada provocada pela fome.

Desde novembro, o Tigré é palco de combates entre as forças do governo etíope, lideradas pelo primeiro-ministro e Nobel da Paz Abiy Ahmed, e as tropas leais às autoridades regionais da Frente de Libertação do Povo do Tigré (TPLF).

Com acesso limitado à ajuda, teme-se uma enorme crise humanitária na região.

Este temor acentuou-se na semana passada, quando a Etiópia expulsou sete dirigentes de agências da ONU, entre elas o Unicef (Fundo para a Infância) e o próprio OCHA.

Em um contexto de escassez generalizada de mão de obra devido à pandemia e ao Brexit, o Reino Unido precisa de 15 mil açougueiros - informou uma federação setorial nesta sexta-feira (1), alertando para o risco de escassez de alguns produtos tradicionais neste Natal.

Um porta-voz da associação britânica de processadores de carne disse ao jornal The Times que a escassez de mão de obra forçou o setor a se concentrar em abastecer os supermercados com cortes básicos.

"Deveríamos ter começado a produzir comida de Natal em junho, ou julho, mas até agora não fizemos isso", disse ele, alertando que "haverá escassez de produtos festivos, como linguiça enrolada em bacon", uma refeição de Natal muito popular entre os britânicos.

A falta de caminhoneiros vem provocando problemas no abastecimento de combustível há algumas semanas, causando desabastecimento e longas filas nos postos de gasolina nos últimos dias.

Supermercados, redes de fast-food e bares também se veem afetados por problemas de abastecimento, que podem ser agravados pela escassez de mão de obra na produção.

De acordo com o The Times, o governo de Boris Johnson está estudando flexibilizar as condições de imigração para conceder vistos de trabalho a até 1.000 açougueiros estrangeiros, na tentativa de evitar a escassez.

O Ministério do Meio Ambiente e da Alimentação garantiu à agência de notícias britânica AP que o Executivo "continua trabalhando estreitamente" com o setor de suínos "para explorar opções que permitam enfrentar as pressões atuais".

Diante do risco de ver lojas vazias no Natal, Johnson já decidiu conceder cerca de 10.000 vistos de trabalho de três meses para caminhoneiros, até o final do ano. A medida incluirá trabalhadores de alguns outros setores importantes, como granjas avícolas.

Questionado pelo The Times sobre vistos para açougueiros, o Ministério do Interior observou que "outros países do mundo enfrentam desafios similares" e disse preferir que "os empregadores invistam na mão de obra nacional britânica no longo prazo em vez de depender da mão de obra estrangeira".

Na quinta-feira, a associação PRA afirmou que os postos de gasolina britânicos continuam sofrendo com a falta de combustível, contradizendo as afirmações do governo. Segundo as autoridades, a crise desencadeada na semana passada por motoristas preocupados por não poderem reabastecer está diminuindo.

Ainda era possível encontrar longas filas nos postos, na quinta-feira, especialmente em Londres e no sul da Inglaterra.

Motoristas do Exército devem ser mobilizados nos próximos dias para ajudar a aliviar a crise. O governo afirma que ela foi provocada por um movimento de pânico da população, depois que alguns fornecedores anunciaram os fechamentos das bombas pela falta de caminhoneiros para levar o combustível a partir dos terminais de armazenamento.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) entrega um novo lote com 1,7 milhão de doses da vacina da AstraZeneca nesta terça-feira, 14. Essa é a primeira entrega feita pela instituição neste mês. Ao todo, 15 milhões de doses devem ser entregues ao Ministério da Saúde em setembro.

De acordo com a Fiocruz, uma primeira remessa com 50 mil doses foi entregue diretamente ao Estado do Rio de Janeiro. O restante foi destinado a um almoxarifado do Ministério da Saúde e será enviado aos demais Estados. A pasta ainda não informou quando as vacinas devem ser distribuídas.

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A entrega de imunizantes havia sido interrompida pela Fiocruz por falta de insumos para produção. Agora, a fundação afirma que as entregas semanais até o fim de setembro estão garantidas. A Fiocruz já enviou 93,6 milhões de doses de AstraZeneca ao Ministério da Saúde.

Estoques baixos

A interrupção da entrega das vacinas gerou desabastecimento de AstraZeneca em alguns Estados. Parte das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão e Pernambuco estavam sem o imunizante para aplicar a segunda dose. Para não prejudicar a campanha de vacinação, os Estados autorizaram a vacinação heteróloga e estão aplicando uma segunda dose da Pfizer em quem tinha recebido a primeira de AstraZeneca.

Só em São Paulo, pelo menos um milhão de pessoas foram prejudicadas pela falta de AstraZeneca até a última sexta-feira. A informação é da coordenadora do Programa Estadual de Imunização, Regiane de Paula. O Ministério da Saúde diz que não deve vacinas a São Paulo e que não garantirá doses aos Estados que não respeitarem o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19.

Sem doses de AstraZeneca para segunda aplicação em 40 municípios, a Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES) indica que pacientes complementem o ciclo de imunização com a vacina da Pfizer. A orientação é do Ministério da Saúde.

A última remessa foi enviada ao Estado pelo Ministério da Saúde no início deste mês, informa a SES, que não indicou a expectativa para o recebimento de novas doses do fabricante pela pasta.

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A situação se repete em outros Estados e a FioCruz, responsável pela fabricação local, assegura que está na etapa final de produção de um novo lote para distribuição.

O LeiaJá também perguntou sobre as cidades que já preocupam por manter a campanha com um baixo estoque de vacinas da AstraZeneca, mas a SES não deu detalhes. 

Conforme levantamento do Programa Estadual de Imunização (PNI-PE), as cidades que não possuem mais segunda dose da AstraZeneca são:

I Geres: Moreno;

II Geres: Lagoa do Carro, Surubim, João Alfredo, Passira, Orobó, Vicência, Vertente do Lério, Salgadinho, Paudalho, Cumaru, Bom Jardim, Machados, Limoeiro;

III Geres: Lagoa dos Gatos, Joaquim Nabuco, Palmares, Gameleira, Cortês, Rio Formoso;

IV Geres: Tacaimbó, Taquaritinga do Norte, Cupira, Jataúba, Barra de Guabiraba, Jurema;

V Geres: São João, Iati;

VI Geres: Pedra;

VII Geres: Serrita, Verdejante;

VIII Geres: Dormentes;

IX Geres: Trindade, Exu, Granito;

X Geres: Brejinho, Ingazeira, Santa Terezinha;

XI Geres: Calumbi, Flores.

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Cidades de ao menos quatro Estados já registram falta da segunda dose da vacina da AstraZeneca e outros dois estão com os estoques baixos. Para evitar prejuízos à imunização, as secretarias estaduais de Saúde estão adotando o esquema heterólogo e aplicando uma segunda dose de Pfizer em quem já recebeu a primeira de AstraZeneca.

Estudos mostram que a combinação de vacinas é segura e eficaz. No Brasil, a medida já havia sido adotada em gestantes que receberam uma dose da vacina da AstraZeneca. Alguns países da Europa também deram uma segunda dose de Pfizer para jovens que tinham recebido a primeira da AstraZeneca.

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O estoque da vacina da AstraZeneca acabou em cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Maranhão. No Ceará e no Espírito Santo, as doses estão no fim. Já o Rio Grande do Sul afirma que tem vacinas suficientes para cobrir apenas 39% da demanda até o dia 23 de setembro e aguarda envio dos 61% restantes.

O Rio Grande do Norte e o Acre dizem que o estoque de AstraZeneca está acabando. Por isso, o intervalo entre a primeira e a segunda dose poderá ser ampliado para 12 semanas nesses Estados. Santa Catarina tem vacinas suficientes até o dia 23.

Alagoas, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Pará, Paraíba, Paraná, Roraima e Tocantins afirmam não sofrer com a falta de AstraZeneca. A maioria desses Estados diz que guardou vacinas suficientes para suprir a demanda por segunda dose.

Procurados pela reportagem, Amapá, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Piauí, Rondônia e Sergipe ainda não responderam.

Segundo a Fiocruz, um novo lote de AstraZeneca deve ser entregue ao Ministério da Saúde nesta terça-feira (14). A pasta não informou quando as vacinas irão chegar aos Estados e nem quais unidades da federação vão receber as doses. A fundação e o ministério ainda não disseram quantas doses serão distribuídas.

A falta de vacinas da AstraZeneca está levando o município do Rio a aplicar a segunda dose com imunizante da Pfizer. A "vacinação heteróloga", como são chamados os casos em que a mesma pessoa recebe as doses produzidas por laboratórios diferentes, também poderá acontecer em outros municípios do Estado.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do Rio, a vacinação heteróloga já vinha acontecendo em algumas gestantes que tomaram a primeira dose (D1) de AstraZeneca, pessoas que apresentaram reações adversas graves àquele imunizante e em casos de desabastecimento de alguma das vacinas. "Neste momento, em que o estoque da AstraZeneca para D2 está esgotado, as pessoas estão recebendo a Pfizer como D2", informou a SMS no início da tarde desta segunda-feira, 13.

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Outros municípios também poderão ter de fazer o mesmo. Desde o dia 16 de agosto, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) publicou nota técnica autorizando a intercambialidade de vacinas "caso o estado do Rio de Janeiro não receba doses do imunizante Oxford/AstraZeneca em quantidade suficiente para completar o esquema vacinal de quem já recebeu a primeira dose".

São Paulo

Após ter anunciado a medida na última sexta-feira, 10, o governo de São Paulo começou a disponibilizar a vacina da Pfizer às 14h desta segunda às pessoas que estão com a segunda dose da vacina da AstraZeneca em atraso. Outros Estados, como o Mato Grosso do Sul, também enfrentam desabastecimento do imunizante e pretendem adotar medida semelhante.

Metade das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da cidade de São Paulo está sem vacina da AstraZeneca para aplicação da segunda dose nesta quinta-feira (9). No total, 240 dos 468 postos estão sem essas doses, segundo informações do secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido. O estoque atual do município é de cerca de 37 mil doses, o que não é suficiente para abastecer todas as unidades.

Aparecido diz que entrou em contato com o governo do Estado e com o Ministério da Saúde para resolver a situação. Até o momento, não há previsão de novas entregas à cidade. "Ontem (quarta-feira) a gente conseguiu remanejar doses entre as unidades, mas hoje não dá mais", fala o secretário.

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Questionado sobre a possibilidade de aplicar uma dose de Pfizer em quem recebeu a primeira de AstraZeneca, Aparecido diz que essa poderia ser uma saída viável se houvesse Pfizer em abundância. No momento, esses imunizantes estão sendo usados na vacinação de adolescentes, que têm aderido fortemente à campanha.

Dados do Ministério da Saúde compilados pelo Estadão por meio da plataforma Base dos Dados mostram que 137 mil pessoas deveriam receber a segunda dose da vacina entre esta quinta-feira e a sexta. Este é o número de vacinados com a primeira dose nos dias 17 e 18 de junho, há exatamente 12 semanas. Os números ainda não foram confirmados pela Secretaria Municipal de Saúde.

As informações são oficiais e disponibilizadas pelo próprio ministério. No entanto, o preenchimento é de responsabilidade das gestões locais e é feito manualmente. Por isso, pode haver divergência entre os números encontrados pela reportagem.

O desabastecimento de AstraZeneca já estava no radar de gestores estaduais e municipais e esse cenário se tornou mais factível com os atrasos na entrega do imunizante anunciados pela Fiocruz na semana passada.

O calendário de vacinação contra a Covid-19 no município do Rio de Janeiro foi suspenso novamente. Estava prevista para esta quarta-feira (1º) a repescagem para adolescentes de 16 anos ou mais e para amanhã a imunização das meninas de 15 anos. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a suspensão ocorreu devido à falta de entrega de doses pelo Programa Nacional  de Imunizações.

Com isso, poderão comparecer aos postos hoje apenas as pessoas com 40 anos ou mais, gestantes, puérperas, lactantes e pessoas com deficiência, com 12 anos ou mais. As unidades também seguem com a aplicação da segunda dose, conforme a data prevista no comprovante da primeira dose, e das pessoas em atraso para completar o esquema vacinal.

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A secretaria confirmou para hoje o início da aplicação da dose de reforço nos idosos residentes em instituições de longa permanência.

De acordo com o Ministério da Saúde, chegaram ontem ao Brasil 1,1 milhão de doses da vacina da Pfizer, a única com autorização para aplicação em adolescentes. “As vacinas serão distribuídas aos estados e municípios nos próximos dias, após acerto entre representantes da União, estados e municípios, garantindo que a campanha de vacinação seja equânime em todo o país”, informou a pasta.

Cerca de 74% dos 610 pontos de imunização contra a Covid-19 na cidade de São Paulo enfrentam falta da vacina AstraZeneca para a segunda dose, segundo levantamento do Estadão na plataforma municipal De Olho na Fila. O desabastecimento é majoritariamente do imunizante produzido pela Universidade de Oxford com a farmacêutica AstraZeneca, mas há registros em alguns postos de desabastecimento de doses de outros fabricantes, como da Coronavac e da Pfizer.

Ao todo, apenas 84 pontos de vacinação indicam ter as vacinas de todos os fabricantes aplicados no País para a segunda dose. Entre eles, estão o mega posto de Parelheiros, no extremo sul, o posto volante da estação Itaim Paulista da CPTM, no extremo leste, e o drive-thru do Cantareira Norte Shopping, na zona norte.

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Outros 18 locais estão sem estoque de nenhum imunizante para a segunda dose, como o posto volante da estação República do Metrô, no centro, e o drive-thru de Interlagos, na zona sul. Os demais enfrentam falta de doses de vacinas de dois fabricantes.

A Prefeitura de São Paulo diz ter recebido 251.990 doses Coronavac e 200 mil de AstraZeneca na quinta-feira, 12. "Todas as doses estão sendo encaminhadas aos Postos de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos da capital, em seguida, separadas e enviadas às unidades", apontou em nota. O texto não faz referência ao imunizante da Pfizer.

"A SMS (Secretaria Municipal de Saúde) realiza o remanejamento entre as unidades do município, para garantir a vacinação nos territórios e resolver eventuais desabastecimentos causados pela alta adesão em regiões específicas", apontou a gestão Ricardo Nunes (MDB).

Dos 41 drive-thrus e mega postos da cidade, apenas três tinham estoque para a segunda dose dos três imunizantes na manhã desta sexta-feira, ainda segundo a plataforma. Os demais, não tinham a da AstraZeneca e outros cinco ainda enfrentavam falta do produto de outro fabricante.

O abastecimento de vacinas por posto de vacinação pode ser acompanhado na plataforma De Olho Na Filha, que também informa sobre o tempo de espera. Ela está disponível no endereço deolhonafila.prefeitura.sp.gov.br.

Os municípios brasileiros têm enfrentado demora para receber vacinas, embora o Ministério da Saúde possua 6,9 milhões de doses das vacinas da Pfizer e da Coronavac contra covid-19 paralisadas no centro de distribuição da pasta, que fica localizado vizinho ao aeroporto de Guarulhos, Na Grande São Paulo. A Saúde pretende determinar o envio de 3 milhões de doses a diferentes Estados do País até o fim de semana.

Ao menos 50 dos 520 postos de saúde, ou 9,6%, estão sem vacina contra a covid-19 no início da tarde desta sexta-feira, 25, na cidade de São Paulo. Segundo dados da plataforma "Filômetro", a zona sul é a região mais afetada pelo desabastecimento, com 38 unidades de seus 159 postos que aguardam o remanejamento de doses para reiniciar a imunização.

Nesta sexta, a prioridade da Prefeitura é vacinar pessoas de 47 anos. Para isso, a gestão municipal conta com um lote de 100 mil doses, previsto para chegar na noite anterior. Desse total, 60 mil são da AstraZeneca e 40 mil da Pfizer, imunizante que precisa ficar armazenado em temperaturas muito baixas.

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Entre os locais que interromperam a vacinação, estão quatro drive-thrus (Arena Corinthians, Clube Atlético Monte Líbano, Shopping Campo Limpo e Shopping Jardim Sul) e dois megapostos (Centro Empresarial São Paulo e Shopping Ibirapuera). O horário de referência usado pela reportagem foi 12h30.

Na Vila Andrade, região da favela de Paraisópolis, todas as cinco unidades interromperam o atendimento ao público. Já em Moema, os dois postos estão funcionando, embora com "filas grandes", de acordo com a plataforma.

As demais sete unidades desabastecidas ficam na zona leste. Os distritos afetados são: Itaquera, São Miguel, Aricanduva, Sapopemba, Vila Formosa, Pari e Carrão, com um posto fechado cada.

O Filômetro também aponta que há alta procura pelo imunizante em pelo menos 51 locais, todos com filas longas. A plataforma foi desenvolvida pela gestão Ricardo Nunes (MDB) para informar a população sobre a situação dos postos de saúde em tempo real.

O balanço aponta, ainda, que todos os dez postos do centro estão abertos, mas três registram "fila grande" e dois, "fila média". Na zona oeste, as 30 unidades funcionam, mas 14 têm filas médias ou grandes.

A situação dos postos de saúde é dinâmica e varia com fatores como procura pelo imunizante, estoque disponível e tempo hábil para chegar novas doses. Na quinta-feira, a capital paulista chegou ao menos 114 postos fechados, principalmente na periferia, às 13 horas - ou um a cada cinco.

Na ocasião, a Prefeitura atribuiu o cenário à alta adesão da campanha e também à entrega em cima da hora do lote que seria usado naquele dia. O Estadão procurou a Secretaria Municipal da Saúde nesta sexta e aguarda retorno.

A vacinação contra a covid-19 será retomada na capital paulista nesta quarta-feira, 23. Mas após a campanha ser suspensa por falta de doses houve mudança no calendário, revendo datas para o grupo de 44 a 48 anos.

Segundo o secretário da Saúde, Edson Aparecido, as mudanças no calendário não devem refletir no restante do cronograma, cujo prazo final foi mantido. "Nós acreditamos que o PNI (Plano Nacional de Imunização) vai conseguir manter o abastecimento (de vacinas) e nós vamos manter o calendário", disse em entrevista à Rádio Eldorado. O calendário da cidade está de acordo com o cronograma proposto pelo governo do Estado, que prevê a vacinação da faixa de 43 a 49 anos entre 23 e 29 de junho. Os pontos de vacinação estão sendo reabastecidos com 181,8 mil doses de Coronavac (para a primeira dose) e 30 mil de AstraZeneca (para segunda dose).

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Neste mês, o governador João Doria (PSDB)anunciou que pretende aplicar a primeira dose em todos os paulistas até setembro. Na segunda-feira, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fez a mesma previsão para todo o País. Na capital paulista, a escassez começou a ser vista ainda no fim de semana.

No sábado, a Secretaria Municipal de Saúde alega que avisou ao Estado que havia apenas 59 mil doses em estoque. Edson Aparecido disse ao Estadão que o pedido por mais vacinas foi feito pelo secretário adjunto e pelo próprio prefeito Ricardo Nunes (MDB). Para manter a imunização no fim de semana, a cidade chegou a usar 16 mil doses de AstraZeneca que estavam reservadas para a segunda dose. O estoque já foi reposto, mas o pedido da capital só foi atendido nesta terça-feira. Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde disse que distribui as vacinas de acordo com as quantidades enviadas pelo Ministério da Saúde e com base no público-alvo de cada município.

Aparecido acredita que a falta de doses na cidade foi uma consequência da grande procura por vacinas. Ele disse que 93% do público de 50 a 59 anos foi imunizado nos últimos dias. "Felizmente, estamos tendo uma grande adesão à campanha na capital", falou. Ainda na entrevista à Rádio Eldorado, o secretário informou que 1,2 milhão de doses foram aplicadas na cidade entre segunda e quarta-feira da semana passada.

Segundo o Estadão apurou, na avaliação do governo do Estado a medida de suspensão adotada pela Prefeitura poderia ter sido evitada, dada a chegada de novas doses já prevista. O desabastecimento chegou a atingir mais de 60% dos locais de aplicação no Município.

Mais imunizantes

O Ministério da Saúde faz previsões mensais sobre o total de doses que o País deve receber, mas dificilmente essa projeção é cumprida e a pasta acaba diminuindo a quantidade esperada. Isso atrapalha o planejamento dos Estados e municípios. "A gente cai sempre no mesmo problema. A entrega de doses não segue o cronograma correto e ficamos nessa campanha incerta", diz a epidemiologista Ethel Maciel, professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

Para Ethel, a suspensão pontual da vacinação nas cidades é prejudicial para a campanha como um todo. "Com isso, é criada desconfiança", diz. Outras capitais paralisaram ontem a aplicação de primeira dose.

Neste mês, o Brasil esperava receber 37,9 milhões de doses de vacinas, mas só recebeu 29,2 milhões até o momento. Deste total, dois milhões de doses chegaram nesta terça-feira: 1,5 milhão da Janssen e 528 mil da Pfizer. É a primeira remessa de doses da Janssen ao País, que imuniza com dose única.

Sobre as vacinas que chegaram nesta terça, ainda não há definição de quantas doses serão entregues a cada Estado. Segundo o Ministério da Saúde, a divisão é feita em reunião com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde. A Anvisa ampliou o prazo de validade da vacina da Janssen, o que facilita a logística - inicialmente só haveria distribuição para as capitais. O secretário executivo da Saúde de São Paulo, Eduardo Ribeiro, adiantou que a vacina de dose única será distribuída entre todas as cidades do Estado. (Colaborou Marianna Gualter)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A vacinação contra a Covid-19 será retomada na capital paulista nesta quarta-feira (23). A campanha foi suspensa nesta terça-feira (22) por falta de doses. O secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, informou em entrevista à rádio Eldorado que os pontos de vacinação estão sendo reabastecidos. A suspensão, segundo Aparecido, não vai atrasar o calendário de vacinação.

Na quarta-feira serão vacinadas as pessoas de 49 anos. Na quinta será a vez do público de 48 anos, que terá a vacinação atrasada em um dia - a previsão era vaciná-los na quarta. As vacinação das pessoas de 46 e 47 anos também será feita com um dia de atraso, na sexta. O público de 45 anos será vacinado no mesmo dia. A repescagem das pessoas entre 45 e 49 anos será no sábado. O calendário para as demais idades segue conforme estava previsto inicialmente.

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Veja as novas datas:

- 49 anos: 23/06 (quarta)

- 48 anos: 24/06 (quinta)

- 45 a 47 anos: 25/06 (sexta)

- Repescagem 45 a 49 anos: 26/06 (sábado)

O secretário Edson Aparecido falou que a paralisação de um dia não comprometerá o calendário de vacinação. "Nós acreditamos que o PNI vai conseguir manter o abastecimento (de vacinas) e nós vamos manter o calendário", disse, na entrevista.

Na segunda-feira (21), a maior parte das Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade de São Paulo já relatava falta de doses da vacina contra a Covid-19. Nesta terça, a imunização foi oficialmente suspensa na capital.

Segundo o secretário municipal de Saúde, a campanha de vacinação bateu "recorde absoluto" de doses aplicadas nos últimos dias. Entre segunda e quarta-feira da semana passada, mais de 1,2 milhão de pessoas foram vacinadas com a primeira dose na capital. Aparecido disse que 93% das pessoas de 50 a 59 anos já tomaram a vacina na cidade.

A Prefeitura de São Paulo decidiu suspender a vacinação contra a covid nesta terça-feira, 21, após a maioria das unidades de saúde ficarem desabastecidas. A gestão Ricardo Nunes (MDB) informou que nesta terça os estoques serão repostos com o repasse de 188 mil doses pelo governo do Estado. Amanhã, o Município prevê retomar a vacinação da faixa de 49 anos e das segundas doses.

O esgotamento do estoque foi justificado em razão da "alta adesão" do público entre 50 e 59 anos, que segundo a Prefeitura foi 90% vacinado. "A rede municipal de saúde iniciou esta segunda-feira, com cerca de 50 mil doses de vacinas contra a covid-19 em estoque. Às 13 horas, o estoque médio era de 22 mil. Por isso, parte das unidades registrou falta temporária do imunizante", informou a Secretaria Municipal de Saúde.

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Centenas de unidades de saúde registraram falta de vacina. O desabastecimento, que já havia sido notado em menor escala ao longo do fim de semana, interrompeu parcialmente a aplicação no dia voltado para a repescagem, uma segunda oportunidade para pessoas de 50 a 59 anos que perderam a primeira chance na semana passada.

A Prefeitura de São Paulo conta com 468 Unidades Básicas de Saúde (UBS) habilitadas, além de 3 centros de saúde e 17 serviços de atenção especializada. O funcionamento da maioria ocorre entre 7 e 19 horas, mas por volta das 18 horas o site "De Olho na Fila", criado pela gestão municipal para facilitar a busca pelo imunizante, mostrava que a vacinação em 315 locais não estava funcionando, ou 64,7% do total.

Por regiões

A área da cidade mais afetada pelo problema foi a zona norte, onde 82,6% das 92 unidades de saúde paralisaram a aplicação. Na zona sul, a porcentagem ficou em 82,5%, com a paralisação em 132 de 160 locais de aplicação. Na zona leste (54%) e no centro (40%), o problema parece ter sido menos intenso. E na zona oeste só 2 de 30 unidades (6,6%) foram afetadas nesta segunda-feira.

Nas redes sociais, os moradores compartilharam a dificuldade de vacinação. Uma internauta relatou que tentou se vacinar na UBS do Parque Novo Mundo, na Vila Maria, zona norte, na sexta de manhã, mas as vacinas acabaram. Ela retornou à unidade nesta segunda-feira, mas informaram que não havia previsão para a volta do estoque, o que a motivou ir a Guarulhos em busca de um imunizante.

"Com relação ao status ‘não funcionando’, da página ‘De Olho na Fila’, a SMS esclarece que não são unidades fechadas, mas, sim, providenciando o remanejamento/abastecimento de doses", informou a secretaria de Saúde.

O ritmo de vacinação foi acelerado após o mais recente anúncio do governo do Estado em relação ao cronograma de aplicação. A gestão João Doria (PSDB) mudou pela terceira vez o calendário, para prever que todos os adultos receberão a primeira dose até 15 de setembro. Com isso, desde a semana passada a Prefeitura passou a escalonar as idades para aplicar a vacina em pessoas abaixo dos 60 anos sem comorbidades.

No sábado, duas unidades de saúde da zona norte da capital já tinham ficado sem doses. As unidades Carandiru e Vila Guilherme ficaram por algumas horas sem o imunizante. Na oportunidade, a Secretaria Municipal de Saúde informou que "pela grande procura, ocorreram faltas pontuais e as unidades estão sendo reabastecidas".

Estado

Procurado, o governo do Estado de São Paulo disse que o calendário estadual tem como base os envios de doses por parte do Ministério da Saúde e defendeu o cronograma estabelecido e divulgado pelo governador João Doria (PSDB) na semana passada. "Existe um conjunto de datas previstas (de entrega de doses), e é com base nessas datas que o plano prevê a continuidade da vacinação no Estado de São Paulo. O que nós temos observado é que, nem sempre, as datas previstas pelo MS (Ministério da Saúde) vêm sendo cumpridas", disse o secretário executivo da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, Eduardo Ribeiro, citando o adiamento na entrega de doses da Janssen, que devem chegar ao País nesta terça-feira.

Ribeiro disse que "o Estado vai distribuir mais doses do Butantan e de outros fabricantes, para que todos os municípios, não só a capital, sigam avançando no plano de imunização". Segundo o Estadão apurou, na avaliação do governo do Estado a medida de suspensão adotada pela Prefeitura poderia ter sido evitada, dada a chegada de novas doses nesta terça-feira.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Três pacientes internados no Ambulatório Médico de Especialidades (AME) de Santo André morreram no início desta terça-feira, 1º, por falta de oxigênio na unidade. A informação foi revelada pela Band e confirmada pelo Estadão. As vítimas foram uma senhora de 81 anos e dois homens, ambos de 41, todas diagnosticadas com o coronavírus.

O AME de Santo André é administrado pelo governo do Estado e pela Fundação ABC. A prefeitura afirma que a falta de oxigênio se deu por uma "grave falha técnica" e que foi acionada para prestar auxílio por meio do Samu, mas o "pedido de apoio tardou e, ao chegar ao local, os pacientes já tinham vindo a óbito".

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Em nota, a prefeitura de Santo André ressalta que o município se disponibilizou a transferir os pacientes à rede municipal de saúde e que "lamenta profundamente o ocorrido e se indigna que uma grave falha técnica tenha gerado consequências tão devastadoras". De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, o problema da rede já foi corrigido, o abastecimento de oxigênio foi restabelecido na unidade e a transferência não foi necessária.

A Secretaria de Estado da Saúde informa ainda que determinou a "abertura de uma sindicância" na unidade e que "tomará as providências cabíveis".

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) prevê entregar nesta sexta-feira, 21, ao Ministério da Saúde cerca de 5,3 milhões de doses da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford. Mas, a partir desta quinta-feira, 20, e pelo menos até a próxima segunda-feira, 24, a produção do imunizante será interrompida por falta do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA). A chegada desse componente, vindo da China, está prevista para sábado, 22. Se a data for cumprida, a produção da vacina deve ser retomada na terça-feira, 25.

Por enquanto, não há previsão de que essa interrupção na produção tenha impacto no cronograma de entregas futuras. As entregas são feitas toda sexta-feira, conforme pactuado com o Ministério da Saúde, seguindo a logística de distribuição definida pela pasta. "Caso haja impacto, isso será avaliado e comunicado mais à frente", afirma nota da Fiocruz.

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Com as doses a serem entregues nesta sexta-feira, o total de imunizantes distribuídos pela Fiocruz chegará a 40,2 milhões, sendo 36,2 milhões produzidas no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) e 4 milhões importadas prontas da Índia. Ao todo, a Fiocruz já produziu em torno de 50 milhões de doses do imunizante. As demais doses produzidas se encontram em diferentes etapas do processo de controle de qualidade.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) receberá no dia 22 de maio mais uma remessa de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) para a produção da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford e fabricada no Brasil pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), da Fiocruz. Outra remessa segue prevista para o dia 29 de maio.

A quantidade de IFA já disponível na Fiocruz sustentará a produção até a próxima semana e garante as entregas até a primeira semana de junho. Com as novas remessas, as entregas das três primeiras semanas de junho também estarão asseguradas.

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Para esta sexta-feira (14) está prevista a entrega de mais 4,1 milhões de doses da vacina ao Ministério da Saúde, totalizando 34,3 milhões de doses disponibilizadas ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), o equivalente a mais de 40% dos imunizantes para a covid-19 disponíveis no país - o restante, que corresponde à maior parte, é da vacina Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan, em São Paulo.

Até a chegada do IFA "haverá uma interrupção na produção de alguns dias na próxima semana", segundo a Fiocruz. É possível que isso provoque algum impacto na entrega das doses, informa a instituição. O cronograma de entregas permanece semanal, sempre às sextas-feiras, conforme pactuado com o Ministério da Saúde, seguindo a logística de distribuição definida pela pasta.

No momento estão sendo processadas no Centro Tecnológico de Vacinas - CTV de Bio-Manguinhos um milhão de doses da vacina por dia, e a instituição segue avaliando alternativas para aumentar a capacidade de produção.

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