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A semana foi de agitação na política em todo o país. Posse dos legislativos estaduais e federais, renúncia da presidente da Petrobras Graça Foster, nova fase da operação Lava Jato e encontro entre o ex-presidente Lula (PT) e o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), foram alguns dos acontecimentos que movimentaram os últimos sete dias. O LeiaJá separou os principais fatos e trouxe uma retrospectiva. Confira:
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Reaproximação do PT com o PSB: Na quinta-feira (5) o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), foi a São Paulo encontrar com o ex-presidente Lula (PT). A iniciativa foi observada como uma sinalização para a reaproximação das legendas, aliadas até setembro de 2013.
De acordo com o governador de Pernambuco, durante o encontro ele e Lula conversaram sobre temas nacionais, como as dificuldades econômicas que o Brasil enfrenta este ano, e as perspectivas para o Estado. "Lula perguntou pelas obras em Pernambuco, muitas delas em parceria com o governo dele na Presidência. E quis saber do povo pernambucano, por quem tem muito carinho. Eu disse que nosso povo tem uma gratidão muito especial por ele", contou Câmara.
A reaproximação é vista com positividade por lideranças petistas estaduais, como o senador Humberto Costa. Mas para outras, como a presidente do PT-PE Teresa Leitão, é necessário ter cautela com o PSB. “Eles precisam primeiro de um consenso para depois retomar o diálogo com o PT”, frisou.
Renúncia de Graça Foster e escolha do novo presidente: A presidente da Petrobras, Graça Foster, e mais cinco diretores renunciaram aos cargos na estatal na quarta-feira (3). O envio da renúncia aconteceu um dia após o início dos rumores de que a presidente Dilma Rousseff (PT) estaria articulando a troca dela no cargo mais alto da estatal.
Neste intervalo de tempo, Foster se reuniu com Dilma no Palácio e organizou junto com outros cinco diretores a sua saída. A manutenção de Graça Foster na presidência da petroleira já era insustentável diante das crises de corrupção envolvendo a estatal. A saída de Foster foi comemorada por parlamentares que compõem a bancada de oposição, como o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o deputado federal Daniel Coelho (PSDB).
Para ocupar a vacância na Petrobras, a presidente Dilma Rousseff escolheu o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine. A escolha do novo gestor gerou divergências do mercado, no legislativo e dentro do PT.
Lava Jato: A operação Lava Jato ganhou uma nova fase durante esta semana, a nona desde que foi deflagrada. A etapa aconteceu em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Santa Catarina. Foram cumpridos 62 mandados judiciais - um de prisão preventiva, três de temporária, 18 de condução coercitiva (quando a pessoa é liberada após prestar depoimento) e 40 de busca e apreensão.
Além da nova fase, esta semana também foi marcada pelo depoimento do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Ele é citado na delação premiada do ex-gerente executivo de Engenharia da Petrobras Pedro Barusco Filho, homologada pela Justiça Federal no Paraná. Barusco afirmou que fez uma "troca de propinas" com o tesoureiro. Ele contou que possuía um "crédito" da empreiteira Schahin Engenharia, gigante que atua também nas áreas de petróleo e gás, mas estava encontrando dificuldades em receber o dinheiro. Por meio da defesa, Vaccari disse que nunca arrecadou propinas para o PT.
Posse na Alepe e Mesa Diretora: No domingo (1°) os deputados estaduais eleitos em Pernambuco tomaram posse na Assembleia Legislativa (Alepe). Das 49 cadeiras da Casa Joaquim Nabuco, 20 foram assumidas por parlamentares eleitos pela primeira vez ou nomes que retornam ao legislativo após um tempo.
No mesmo dia, com uma sessão polêmica e que durou mais de três horas, também foi escolhida a composição da Mesa Diretora. O presidente Guilherme Uchoa (PDT) foi reconduzido ao comando da administração da Casa, com 38 votos. Disputaram contra Uchoa, os deputados Edilson Silva (PSOL) e Rodrigo Novaes (PSD). Eles tiveram uma votação amena, Silva conquistou um voto e Novaes cinco. A vitória do pedetista já era esperada.
A disputa mais acirrada, com direto a bate chapa, foi pela 1ª secretaria, pleiteado por dois socialistas: Diogo Moraes e Lula Cabral. Ambos trocaram farpas pouco antes da eleição, mas depois quando Moraes foi anunciado como vencedor, eles foram cordiais e amenizaram a rivalidade.
Senado e Câmara: Os 27 senadores e os 513 deputados federais eleitos em outubro de 2014 também tomaram posse no último domingo. Deles, um senador e 25 deputados são pernambucanos. No mesmo dia foram escolhidos os presidentes das Casas, no Senado Renan Calheiros (PMDB) conquistou a manutenção do mandato. Já na Câmara Federal a escolha não foi tão tranquila, a disputa pela presidência foi travada entre o PSB, PMDB e PT.
O candidato do PSB, Julio Delgado, foi o primeiro a perder o pleito. No segundo turno, quem perdeu foi o petista Arlindo Chinaglia garantindo a permanência do PMDB no comando do legislativo nacional, com o deputado Eduardo Cunha.
Criação da nova CPI da Petrobras: A movimentação para criar uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) iniciou na segunda-feira (2) na Câmara Federal, um dia após a instalação da nova legislatura. Os deputados do PSB, PSDB e DEM iniciaram as articulações para criar o colegiado. Eram necessárias 171 assinaturas de apoio e foram conquistadas 182. Delas 52 da base governista.
Após protocolarem os apoios e as assinaturas passarem pelo jurídico da Câmara, o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB), leu, em plenário, o termo para a criação do colegiado. A expectativa é de que depois do Carnaval a escolha dos componentes da Comissão esteja finalizada.