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A Secretaria Estadual de Saúde confirmou nesta quinta-feira (12), que dentre de 52 amostras analisadas nesta semana de pessoas que se contaminaram com a Covid-19, O Instituto Aggeu Magalhães confirmou que duas delas foram positivas para a variante Delta, originária da Índia. 

Essas amostras são de dois homens, de 24 e 42 anos, moradores das cidades de Abreu e Lima e Olinda, tendo eles apresentado os sintomas no mês de julho deste ano. O secretário Estadual de Saúde, André Longo, aponta que mais detalhes sobre os casos estão sendo levantados, já que os resultados acabaram de chegar. 

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“Já demos início às ações epidemiológicas para esses casos. Destaco que esse achado só reforça a necessidade de manutenção dos cuidados e da importância de avançarmos na vacinação, que é mais importante, com as duas doses”, acentua.

A Índia aprovou o uso da vacina de dose única contra o coronavírus da Johnson & Johnson para acelerar sua campanha de vacinação, como uma medida de emergência por medo de uma nova onda de infecções.

O ministro da Saúde, Mansukh Mandaviya, disse que a medida fortalecerá a luta contra a pandemia na Índia, onde pelo menos 200 mil pessoas morreram em uma onda brutal que durou dois meses até meados de junho.

"A Índia expande sua cesta de vacinas! Vacina de dose única contra a covid-19 da Johnson & Johnson aprovada para uso emergencial na Índia", anunciou o ministro no Twitter.

Nenhuma indicação foi dada sobre quando essas doses serão enviadas para a Índia, um país de 1,3 bilhão de pessoas que já injetou 500 milhões de doses.

No entanto, apenas 8% da população recebeu duas injeções.

A Índia continua sendo um dos países mais afetados pela pandemia, com mais de 32 milhões de casos confirmados e 427.000 mortes.

Mas levando em consideração que nem todos os casos são declarados, os especialistas estimam que os números sejam muito maiores.

Além disso, eles alertaram sobre os perigos da lenta taxa de vacinação, que coloca a Índia em risco de uma nova onda de infecções.

O número de novos casos e mortes começou a aumentar nas últimas duas semanas.

Um dia após encerrar sua participação nos Jogos Olímpicos, a capitã da seleção indiana de hóquei, Rani Rampal, denunciou neste sábado os "vergonhosos" ataques racistas recebidos pela família de uma companheira de equipe.

A Índia viveu um renascimento do hóquei em Tóquio, onde a seleção masculina terminou em terceiro e conquistou sua primeira medalha em 41 anos em um esporte no qual detém oito ouros.

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Já a equipe feminina sofreu derrotas acirradas na semifinal contra a Argentina (2-1) e para a Grã-Bretanha (4-3) na disputa pelo bronze.

O desempenho da seleção feminina, o melhor de sua história olímpica, foi ofuscado pelos abusos sofridos pela família da jogadora Vandana Katariya, pertencente à comunidade dalit, que por gerações foi discriminada por ser considerada no nível mais baixo do sistema de castas no país.

Os jovens zombaram da família em sua casa no estado de Uttarakhand, culpando as jogadoras daquela comunidade pela derrota. A família também disse ter sofrido ameaças.

"Isso é muito ruim", disse Rampal a repórteres. "Colocamos nossa vida e alma, lutamos e nos sacrificamos muito para representar nosso país, e quando vemos o que aconteceu com a família de Vandana, só quero dizer às pessoas que, por favor, deixem de lado essa divisão religiosa e de castas".

"Temos que superar isso. Viemos de diferentes religiões - hindus, muçulmanos, sikhs - e de toda a Índia, mas aqui trabalhamos para a Índia", enfatizou.

Rampal disse que a equipe sentiu "muito amor do povo" apesar de não ter conquistado sua primeira medalha, mas pediu o fim desses abusos "se quisermos fazer do nosso país uma nação esportiva".

A gigante do comércio eletrônico Amazon conquistou, nesta sexta-feira (6), uma importante vitória legal na Índia, cujo principal tribunal bloqueou um acordo de 3,4 bilhões de dólares fechado pelo seu concorrente doméstico Reliance.

Amazon, Flipkart (provedor indiano controlado pelo Walmart) e Reliance, propriedade do homem mais rico da Ásia, Mukesh Ambani, estão imersos em uma batalha titânica para dominar o comércio digital neste país de 1,3 bilhão de habitantes.

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No ano passado, a Reliance fechou um acordo de compra de ativos da Future Retail, a segunda rede de supermercados do país, propriedade do Future Group.

A compra do Future Group, que controla algumas das marcas de supermercados mais conhecidas da Índia, como a Big Bazaar, fortaleceu a presença da Reliance no competitivo setor do comércio online.

A Amazon, que possuía uma participação em uma das empresas da Future Group que incluía uma opção de compra da empresa principal, denunciou que o acordo da Reliance foi uma violação de contrato.

A gigante americana recorreu ao Centro de Arbitragem Internacional da Singapura, que paralisou a operação ao considerar as alegações da Amazon motivadas.

A empresa americana afirmava que esta ordem era vinculante, mas a Future discutia sua legalidade. Nesta sexta-feira, a Suprema Corte indiana decretou que a ordem era válida.

Nenhuma das duas empresas reagiram à decisão até o momento.

A Amazon realizou investimentos na Índia pelo valor de 6,5 bilhões de dólares, segundo a Bloomberg News.

O fundador do Future Group, Kishore Biyani, foi conhecido como o rei do comércio na Índia, mas enfrenta dificuldades devido ao impacto em seu império pela pandemia de coronavírus.

As ações da Reliance em Mumbai caíram mais de 2% após a decisão.

As fortes chuvas de monções deixaram pelo menos mais 16 mortos e 250 mil desabrigados em Bengala Ocidental, no leste da Índia - informaram fontes oficiais nesta terça-feira (3).

Estes novos óbitos acontecem poucos dias depois do anúncio de outras 11 mortes neste mesmo estado, após as chuvas torrenciais que destruíram casas e causaram deslizamentos de terra.

Nestes últimos dois dias, dois rios transbordaram, provocando enchentes em seis distritos de Bengala Ocidental. Cerca de 250.000 pessoas tiveram de ser evacuadas de suas casas, disse à AFP o ministro de Gestão de Desastres de Bengala Ocidental, Javed Khan.

Cinco das 16 vítimas fatais foram arrastadas pela força das águas, enquanto as demais morreram soterradas em suas casas, relataram fontes oficiais.

A Força Aérea se somou aos esforços das equipes de resgate e, com helicópteros militares, conseguiu socorrer dezenas de pessoas abrigadas em um telhado. Entre elas, estavam uma mulher de 100 anos e um bebê de nove meses, acrescentou Khan.

As autoridades prepararam mais de 40 abrigos nas áreas afetadas para receber os deslocados, disse Harekrishna Dribedi, um funcionário de alto escalão do governo estadual.

Inundações e deslizamentos de terra são comuns durante a temporada das monções na Índia, que vai de junho a setembro.

Samir Nandi, um morador local de 65 anos, disse, no entanto, que "nunca viu uma enchente como esta".

Cada vez maior, o volume anual de precipitações relacionadas às monções está-se tornando cada vez mais prejudicial e perigoso, devido às mudanças climáticas, dizem especialistas na área.

No mês passado, pelo menos 200 pessoas morreram no estado ocidental de Maharashtra, vítimas de deslizamentos de terra e inundações. Até agora, a temporada de monções deste ano deixou pelo menos 250 mortos.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da Covid-19 no Senado, declarou, nesta quinta-feira (29), que a comissão pode pedir a prisão preventiva do empresário Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos. A despeito do depoimento marcado na CPI para a próxima semana, Maximiano foi para a Índia, o que despertou as críticas de Randolfe.

“Nós recebemos a notícia, nesta semana, que o senhor Francisco Maximiano se evadiu para a Índia e pretende não ser ouvido pela CPI na quarta-feira. Eu quero recomendar ao senhor Francisco Maximiano: volte e compareça à CPI de imediato no dia que seu depoimento está marcado. Evadir-se do país quando tem uma investigação em curso é crime. E nós não titubearemos em pedir a sua prisão preventiva”, disse Randolfe, em vídeo divulgado por sua assessoria.

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A Precisa passou a ser conhecida através da parceria com o laboratório indiano Bharat Biotech, desenvolvedor da Covaxin, vacina contra a Covid-19. Após suspeitas relacionadas ao preço exorbitante das doses do imunizante, a negociação com o Ministério da Saúde foi interrompida e entrou na mira das investigações na CPI.

Randolfe afirmou ainda que a CPI irá analisar requerimentos que pedem o bloqueio de bens da Precisa e da Global, outra empresa da qual Maximiano é sócio: “Por outro lado, a CPI também vai apreciar requerimentos para bloquear os bens da Precisa Medicamentos e da Global, exatamente no valor do contrato que ia ser celebrado. É uma medida judicial básica que necessita ser tomada”.

A defesa de Maximiano pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que ele possa escolher se vai ou não à sessão da comissão agendada para a próxima quarta-feira, dia 4.

A defesa do empresário Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que ele possa escolher ir ou não à sessão da CPI da Covid-19 marcada para quarta-feira da semana que vem, dia 4. Por ser investigado, Maximiano, em teoria, tem esse direito. Os advogados também informaram à Corte que ele viajou à Índia no último domingo (25). As informações são do jornal O Globo.

A Precisa era parceira do laboratório indiano Bharat Biotech, que desenvolveu a Covaxin, vacina contra o novo coronavírus mais cara a ter negócio fechado com o Ministério da Saúde. O negócio suspeito entrou na mira da CPI e, após insinuações de irregularidades, foi suspenso.

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No dia 30 de junho, a relatora, ministra Rosa Weber, permitiu que Maximiano ficasse em silêncio da CPI, mas não o desobrigou de prestar depoimento. Isso levou a defesa a afirmar que Weber já havia dado uma outra decisão desobrigando um investigado pela CPI a comparecer, mas a ministra disse que, no caso de Maximiano, não ficou demonstrado sua condição de investigado. No novo recurso, a equipe jurídica insiste no mesmo argumento.

"As próprias falas dos Senadores ao decorrer das Sessões da CPI, deixam clara a incontroversa condição de investigado do ora agravante. Veja-se alguns exemplos. Em sessão da CPI realizada no último dia 13.07. 2021, o Senador Randolfe Rodrigues foi claro ao pontuar que o ora agravante seria um dos focos de investigação da comissão", diz trecho do recurso, acrescentando: "Não foi diferente a posição do Senador Relator Renan Calheiros, que foi expresso ao mencionar que a CPI da Pandemia está investigando o agravante".

Ademais, a defesa informa que Francisco Maximiano está sendo investigado também pela Polícia Federal (PF), pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU). À PF e à CGU, inclusive, o empresário já prestou depoimento.

Diante da repercussão do caso, a Bharat anunciou o fim do acordo com a Precisa na semana passada. Além disso, a empresa afirmou não reconhecer a autenticidade de dois documentos enviados pela Precisa ao Ministério da Saúde com uma suposta assinatura do laboratório indiano.

A Precisa, no entanto, diz que não houve falsificação e apontou que apenas enviou o documento que foi repassado por uma outra empresa parceira da Bharat Biotech.

"Informe-se, por lealdade processual, que o agravante Francisco Maximiano se deslocou à Índia, no dia 25/07/2021, para tratar sobre as recentes notícias de rescisão da representação comercial da Bharat Biotech exercida pela Precisa Medicamentos no Brasil. Por razões óbvias, o agravante embarcou no dia seguinte que foi comunicado pela Bharat, a fim de esclarecer que não teve qualquer relação com a elaboração do documento supostamente adulterado, bem como para reuniões com a fabricante de vacinas e a adoção de eventuais medidas judiciais", informaram os advogados de Maximiano ao STF.

 Uma adolescente identificada como Neha Paswan, de 17 anos, foi morta pelos membros de sua família por usar uma calça jeans. O caso aconteceu na segunda-feira (26), no vilarejo Savrej Kharg, Uttar Oradesh, na Índia. 

A BBC da Índia afirma que a vítima participava de um ritual religioso com alguns familiares quando foi questionada sobre a roupa que usava: uma calça jeans e um top. Em resposta, a garota teria dito que as calças foram feitas para seren usadas. 

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Irritados, os seus tios e avós começaram a espancá-la com varas e depois a penduraram em uma ponte da cidade. Shakuntala Devi Paswan, mãe da vítima, revela que ligou para a polícia assim que viu sua filha inconsciente, mas os seus sogros disseram que levariam a jovem ao hospital.

Devi alega que não deixaram que ela acompanhasse a filha e que alertou seus familiares para que fossem ao hospital procurar pela garota, mas não conseguiram encontrá-la. Após denúncia, a polícia indiana encontrou o corpo de Deha pendurado em uma ponte da cidade na manhã desta terça-feira (27).

Até o momento, os avós, um tio e um motorista foram detidos pelas autoridades. A polícia, no entanto, desconfia que o motivo do assassinato seja outro e que o crime está sendo escondido pela família.

O número de mortes nas inundações e deslizamentos de terra provocados pelas chuvas de monção se aproxima de 160 neste domingo (25) na Índia, onde equipes de resgate buscam dezenas de desaparecidos.

A costa oeste do país foi afetada por chuvas torrenciais desde quinta-feira (26) e, segundo o serviço meteorológico da Índia, mais tempestades são aguardadas para os próximos dias.

No estado de Maharasthra, 149 pessoas morreram, incluindo mais de 40 em um deslizamento de terra na quinta-feira na localidade de Taliye, ao sul de Mumbai.

Jayram Mahaske contou à AFP que "muitas pessoas foram arrastadas enquanto tentavam fugir" quando aconteceu o deslizamento de terra. Entre as vítimas estão alguns de seus parentes.

Em poucos minutos, dezenas de casas desabaram e apenas duas estruturas permaneceram de pé. A área também sofreu um corte de energia elétrica.

As equipes de emergência retiravam neste domingo a lama e os escombros em busca de 99 pessoas desaparecidas.

"Toda minha equipe está envolvida nas operações de resgate", declarou à AFP o diretor da Força Nacional de Resposta às Catástrofes, Rajesh Yawale, que coordena a intervenção na localidade.

Muitos corpos foram arrastados e alguns foram encontrados presos entre as árvores, rio abaixo.

Dez pessoas morreram em outros deslizamentos de terra, também ao sul de Mumbai.

Em algumas áreas de Chiplun, o nível da água subiu na quinta-feira a quase seis metros após 24 horas de chuva ininterrupta, que inundou estradas e casas.

Oito pacientes de um hospital local para pacientes com covid-19 morreram depois que as inundações provocaram cortes de energia elétrica, necessária para os respiradores.

Na vizinha Goa, teme-se que uma mulher tenha se afogado, informou o governo local. O ministro chefe do estado), Pramod Sawant, classificou a tragédia como "as piores inundações desde 1982".

Na região que engloba Maharashtra e Goa, os níveis das águas permanecem elevados devido à cheia dos rios.

Moradores aterrorizados subiram nos telhados de suas casas e aos andares mais elevados dos prédios para escapar das cheias.

Mais ao sul, no estado de Karnataka, o número de mortes subiu de três para nove durante a noite, com outros quatro desaparecidos, informaram as autoridades.

O fornecimento de energia foi cortado nos 11 distritos afetados e as autoridades anunciaram perdas de plantações.

As inundações, os deslizamentos de terra e desabamentos de edifícios mal construídos são frequentes durante a temporada de chuvas de monção na Índia.

Quatro pessoas morreram na sexta-feira quando um edifício desabou em um bairro pobre de Mumbai, informaram as autoridades. Na semana passada, 34 faleceram na queda de um muro e em um deslizamento de terra na mesma cidade.

Nos últimos anos, os fenômenos climáticos extremos aumentaram em consequência, segundo os cientistas, do aquecimento global que afeta esta região do mundo.

A mudança climática intensifica os fenômenos de monção na Índia, segundo um estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa sobre o Impacto Climático de Potsdam (PIK). O informe alerta para possíveis consequências na alimentação, agricultura e economia em um país que abriga 20% da população mundial.

Pelo menos 36 pessoas morreram, e dezenas estão desaparecidas, por deslizamentos de terra provocados por chuvas torrenciais no oeste da Índia - informou uma autoridade local nesta sexta-feira (23).

Na quinta-feira (22), três deslizamentos de terra afetaram o distrito de Raigad, no estado de Maharashtra, relatou a mesma fonte à AFP.

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"Ao todo, 36 pessoas morreram, e entre 35 e 40 pessoas estão presas. Estamos tentando resgatá-las", acrescentou.

Em outras regiões do estado, cerca de 15 pessoas também estariam desaparecidas.

A Marinha e a Força Aérea uniram forças para ajudar as milhares de pessoas afetadas pelas inundações.

Mas a magnitude dos danos - sobretudo, os deslizamentos que bloquearam várias estradas, como a rodovia entre Mumbai (capital do estado) e Goa - dificulta os trabalhos de resgate.

As 24 horas ininterruptas de intensas chuvas provocaram o transbordamento do rio Vashishti. Alguns bairros da localidade de Chiplun se encontram sob 3,5 metros de água.

Pelo menos 34 pessoas morreram soterradas no último fim de semana, na Índia, por um muro arrastado por um deslizamento de terra, em meio às fortes chuvas de monções em Mumbai.

Nas zonas atingidas, a Marinha mobilizou sete equipes de resgate equipadas com lanchas, coletes salva-vidas e flutuadores, bem como mergulhadores especializados e um helicóptero para socorrer os moradores em situação de risco.

Um deslizamento de terra na cidade de Khed deixou 10 feridos, de acordo com um comunicado à imprensa do governo estadual.

Entre "10 e 15 pessoas podem estar presas sob os escombros", informou.

O serviço meteorológico da Índia ativou alertas vermelhos em várias regiões do estado, já que as fortes chuvas devem continuar nos próximos dias.

O desabamento de edifícios é comum na Índia durante a estação das monções (junho a setembro), quando estruturas frágeis e precárias cedem após dias de chuva ininterrupta.

As fortes chuvas inundaram um complexo de tratamento de água, interrompendo o abastecimento "em muitas partes de Mumbai", uma megacidade de 20 milhões de pessoas, segundo as autoridades locais.

A mudança climática está tornando as monções mais fortes na Índia, de acordo com um relatório do Potsdam Institute for Climate Impact Research (PIK), publicado em abril.

Este relatório alerta para as graves consequências que isso pode ter na alimentação, na agricultura e na economia de um território onde vive um quinto da população mundial.

O número real de mortes provocadas pela covid-19 na Índia pode ser até 10 vezes superior às mais de 414 mil vítimas registradas no balanço oficial, aponta um estudo de um grupo de pesquisas americano.

Entre 3,4 milhões e 4,9 milhões de pessoas morreram vítimas do vírus no país, do início da pandemia até junho deste ano, segundo o "Center for Global Development" (Centro para o Desenvolvimento Global).

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"As mortes reais provavelmente estão em vários milhões, não em centenas de milhares, o que transformaria esta na maior tragédia humanitária da Índia desde a independência", afirmaram os pesquisadores.

Segundo país mais populoso do mundo, com 1,3 bilhão de habitantes, a Índia passou por um colapso sanitário e hospitalar em abril e maio e bateu recordes mundiais de casos e mortes, em meio a uma segunda onda atribuída à variante delta e a falhas do governo.

O balanço oficial do país registra 414 mil mortes por covid-19, o terceiro pior do mundo depois dos EUA (609 mil) e do Brasil (542 mil). Em número de casos confirmados, a Índia tem 31,1 milhões e está atrás apenas dos EUA (34,1 milhões).

Vários estados indianos têm revisado seus balanços nas últimas semanas e adicionaram milhares de óbitos que não haviam sido contabilizados. Parte dos analistas que questionam os números oficiais atribuem os erros mais ao colapso sanitário e de saúde do que a uma manipulação deliberada.

Especialistas atribuem grande parte da subestimação nos números devido aos recursos escassos no vasto interior da Índia, que abriga dois terços da população, e às muitas pessoas que morreram em casa sem serem testadas.

'Excesso de mortalidade'

O estudo do centro de pesquisas americano se baseou na análise do "excesso de mortalidade" (o número de mortes registradas a mais no país em relação ao período pré-pandemia).

Os autores reconhecem que calcular a mortalidade com uma confiabilidade estatística é difícil, mas apontam que todas as estimativas sugerem que o balanço de mortes da pandemia é de uma magnitude muito maior do que a contagem oficial.

"Nós nos concentramos na mortalidade por todas as causas e estimamos o excesso de mortalidade em relação a uma linha de base pré-pandêmica, ajustando para a sazonalidade", disseram os autores.

O governo indiano não se manifestou sobre o estudo até o momento. Em junho, o Ministério da Saúde criticou a revista "The Economist", que afirmou em um artigo que o excesso de mortalidade era entre cinco e sete vezes superior ao balanço oficial, e disse que o texto era "especulativo" e "desinformado".

Alguns especialistas afirmam que o "excesso de mortes" é a melhor maneira de medir o número real de vítimas da Covid-19. Em maio, um relatório da OMS apontou que o número de óbitos na pandemia pode ser até três vezes maior do que o registrado oficialmente no mundo todo.

Cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde, Soumya Swaminathan compartilhou uma notícia sobre o estudo nesta terça e afirmou que, "é importante capturar o excesso de mortalidade, pois é a única maneira de preparar o sistema de saúde para choques futuros e evitar mais mortes". (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As autoridades de Kerala, no sul da Índia, lançaram um alerta em todo o estado devido à descoberta de um caso do zika vírus, anunciou uma ministra.

A ministra da Saúde de Kerala anunciou que uma mulher grávida, de 24 anos, foi diagnosticada como portadora da doença, da qual o mosquito Aedes Aegypti é o principal vetor de transmissão.

Ela acrescentou que estava sendo tratada em um hospital de Thiruvananthapuram, na capital do Estado.

Ao menos outras 13 pessoas são suspeitas de estarem infectadas, mas os resultados de suas análises ainda não foram divulgados.

Não existem vacinas ou tratamentos contra o vírus zika, que é transmitido pelo mosquito ou durante relações sexuais.

Benigno na maioria das pessoas, pode gerar o que a OMS chama agora de "síndrome congênita da infecção pelo vírus zika", que reúne complicações neurológicas e graves anomalias do desenvolvimento cerebral.

Em raras ocasiões, a contaminação de mulheres grávidas com o zika pode gerar o nascimento de bebês com microcefalia.

As autoridades informaram que a mulher infectada com o vírus começou a apresentar sintomas como febre e dor de cabeça antes de ser internada em um hospital, onde deu à luz na quarta-feira.

A mulher não havia viajado recentemente e sua mãe apresentou recentemente sintomas similares.

Equipes de saúde foram enviadas para as áreas afetadas.

A Índia protagonizou epidemias de zika vírus em 2017 e 2018. Foram registradas várias centenas de casos nos estados de Gujarat e Rajasthan (oeste) e Madhya Pradesh (centro).

Além disso, Kerala também enfrenta atualmente um surto de casos de coronavírus. Nesta sexta, o estado registrou 13.000 novos casos em 24 horas, o que o torna o estado mais afetado do país.

A Índia se tornou o terceiro país do mundo a passar de 400.000 mortes por Covid-19 - de acordo com dados oficiais divulgados nesta sexta-feira (2).

Desde o início da pandemia, este país de 1,3 bilhão de habitantes registrou 400.312 mortes, segundo o Ministério da Saúde, atrás apenas dos Estados Unidos e do Brasil em número de óbitos.

No total, acumula quase 30,5 milhões de casos.

Muitos especialistas estimam, porém, que o número de mortos seja superior a um milhão, após o aumento virulento de casos em abril e maio.

Essa escalada é atribuída à variante Delta, mais contagiosa, e ao excesso de confiança do governo do primeiro-ministro Narendra Modi, após anunciar que o país havia superado a pandemia em janeiro.

Hoje, o número de contágios diários diminui de forma significativa, e muitas restrições foram levantadas, o que aumenta o temor de novos surtos nos próximos meses.

Em paralelo, a campanha de vacinação avança lentamente neste gigantesco país.

O governo pretendia imunizar todos os adultos este ano, mas, devido a problemas de abastecimento, dificuldades administrativas e relutância de parte da população, apenas 5% receberam as duas doses até o momento.

Em 21 de junho, o governo quis dar um impulso à campanha de vacinação e estabeleceu imunização gratuita para toda população adulta.

A demanda disparou, e mais de nove milhões de doses foram administradas em um único dia.

A versão indiana da vacina anticovid da AstraZeneca, chamada Covishield, não está licenciada na União Europeia (UE) devido a possíveis "diferenças" com a original, anunciou nesta quarta-feira (30) o regulador europeu.

"Mesmo que use uma tecnologia de produção análoga à da Vaxzevria (imunizante da AstraZeneca), a Covishield como tal não está atualmente aprovada pelos regulamentos da UE", disse a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) em comunicado à AFP.

"Isso ocorre porque as vacinas são produtos biológicos. Mesmo pequenas diferenças nas condições de fabricação podem levar a diferenças no produto final, e a legislação da UE exige que os locais de fabricação e os processos de produção sejam avaliados e aprovados como parte do processo de autorização".

Até o momento, existem quatro vacinas licenciadas na UE: Pfizer/BioNTech, Moderna, AstraZeneca e Johnson & Johnson. Quatro outras estão "em processo de revisão" para possível aprovação: a russa Sputnik, a chinesa Sinovac, a alemã CureVac e a americana Novavax.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) deu sua aprovação à Covishield e lamentou que alguns países rejeitem o produto.

A União Africana criticou que a falta de autorização na UE da vacina de baixo custo fabricada na Índia pode causar transtornos à África, onde é amplamente distribuída.

"É uma grande vergonha porque a AstraZeneca-Covishield é exatamente a mesma vacina que a AstraZeneca-Vaxzevria, que é aceita na vacinação", disse na terça Richard Mihigo, do escritório regional da OMS para a África.

"A única diferença é que a AstraZeneca-Covishield é fabricada e distribuída em outras partes do mundo fora da Europa", acrescentou.

burs-dk/es/mb/mr

Depois das acusações de corrupção envolvendo a compra da vacina indiana Covaxin, o Ministério da Saúde decidiu suspender a negociação que estava sendo intermediada pela farmacêutica brasileira Precisa Medicamentos.

Em entrevista a CNN, o ministro Marcelo Queiroga disse que "não é mais oportuno importar as vacinas neste momento". O escândalo envolvendo a compra do imunizante se fortaleceu após os irmãos Miranda testemunharem na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da pandemia.

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Em depoimento à comissão na sexta-feira (25), o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda denunciou que foi pressionado por superiores sobre o andamento da autorização de importação das vacinas da Covaxin, mediante a uma invoice (nota fiscal) no valor de US$ 45 milhões de dólares.

Cada dose do imunizante custaria US$ 15, o que é 1.000% mais alto do que o estimado pela própria fabricante seis meses antes do contrato, que teria sido assinado em fevereiro deste ano. O acordo do governo brasileiro foi de R$ 1,6 bilhão para comprar 20 milhões de imunizantes da Covaxin.

A cheia sazonal do Ganges está revelando covas rasas e expondo centenas de corpos que foram sepultados perto do rio durante a recente onda de covid-19 na Índia.

Neeraj Kumar Singh, funcionário do governo da cidade de Allahabad, norte do país, afirmou que quase 150 cadáveres precisaram ser incinerados nas últimas três semanas.

"Não estamos exumando nenhum corpo, apenas aqueles que estão flutuando devido ao aumento do nível da água estão sendo cremados", disse.

"A área tem um quilômetro e suspeitamos que há entre 500 e 600 corpos enterrados", afirmou Singh à AFP. "Adotamos todas as precauções para tratar os corpos, enquanto acontecem os rituais finais".

As autoridades acreditam que a maioria morreu de coronavírus entre abril e maio, quando a Índia foi afetada por um aumento das infecções que sobrecarregou os hospitais em muitas regiões.

Algumas famílias não tinham como pagar por lenha para as cremações hindus tradicionais, então os corpos foram levados para o Ganges ou enterrados em bancos de areia adjacentes ao rio.

As áreas estão sendo inundadas agora com as chuvas de monção que provocam a cheia do rio, o que arrasta a areia e revela os corpos.

O número de covas aumenta as suspeitas de que o total de mortes na Índia devido à pandemia pode superar um milhão, muito acima do número oficial de quase 400.000 vítimas fatais de covid-19.

O ministro indiano de Tecnologias da Informação, Ravi Shankar Prasad, acusou o Twitter de bloquear temporariamente sua conta por ter criticado a empresa americana, no âmbito de uma disputa entre Nova Délhi e as redes sociais.

A empresa americana ficou bloqueada durante meses por uma briga sobre uma nova normativa para as redes sociais na Índia. Esta norma exige que sejam removidos e identificados aqueles que postarem mensagens que minem a soberania, a segurança, ou a ordem pública do país.

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Prasad afirmou que, em "uma grave violação" das regulações indianas, foi informado, sem aviso prévio, de que sua conta havia sido bloqueada por descumprimento lei americana de direitos autorais.

Segundo ele, a conta ficou inativa por quase uma hora.

"Parece que minhas declarações desafiando as ações arbitrárias do Twitter, particularmente compartilhando trechos das minhas entrevistas em canais de televisão e seu potente impacto, criaram bolhas", tuitou Prasad quando sua conta foi restabelecida.

"As ações do Twitter indicam que eles não são os campeões da liberdade de expressão que afirmam ser, mas que estão interessados apenas em sua própria agenda com a ameaça de que, se você não seguir a linha que eles traçaram, vão remover você arbitrariamente de sua plataforma", acrescentou.

A firma americana não estava imediatamente disponível para dar sua versão.

Empresas de redes sociais e ativistas pelos direitos à privacidade temem que a imprecisão das novas regras indianas possa levar à identificação forçada dos autores de mensagens críticas ao governo.

Na semana passada, um diretor do Twitter na Índia foi intimado pela polícia por suspeita de alimentar tensões sectárias, depois que o vídeo de um ataque a um muçulmano se tornou viral na plataforma.

Em maio, a polícia visitou os escritórios da companhia na Índia, para adverti-los de que haviam removido a hashtag de "mídia manipulada", colocada em um tuíte do porta-voz do partido do governo. A empresa respondeu, acusando as autoridades de "táticas de intimidação".

A Índia começou a testar entregas de pacotes por drones a dezenas de quilômetros de distância, o que abre o caminho para o envio de remédios e vacinas anticovid-19 para áreas remotas do país.

Desde maio, 20 empresas e organizações estão autorizadas a dirigir voos experimentais, além do limite de 450 metros estabelecido pelo governo indiano.

Entre as empresas, está a Throttle Aerospace Systems, que organizou na segunda-feira (21), no estado de Karnataka, voos de teste de dois drones. Um percorreu 20 km com uma carga de 1 quilo, e o outro, 15 km, com um pacote de dois quilos.

"A carga útil eram medicamentos (...) O drone percorreu 2,5 km em sete minutos, entregou os remédios no local previsto e depois voltou ao ponto de partida", disse à AFP Sebastian Anto, cofundador da Throttle.

O governo também iniciou uma licitação pública para empresas de drones, com a ideia de criar um projeto de envio de produtos médicos para reforçar a campanha de vacinação contra o coronavírus.

O diretor de epidemiologia do conselho indiano de pesquisa médica, Samiran Panda, destacou que a tecnologia pode ajudar na vacinação dos grupos prioritários em áreas de difícil acesso.

"A tecnologia dos drones terá um impacto enorme nas regiões afastadas", disse Vipul Singh, cofundador da empresa Aarav Unmanned Systems e da Drone Federation of India, em Bangalore.

Com 1,3 bilhão de habitantes em um território de 3,2 milhões de quilômetros quadrados (o sétimo maior país em superfície do mundo), a Índia enfrenta uma onda agressiva de covid-19 e acumula mais de 388.000 mortes desde o início da pandemia.

Após comprar mudas de mangueira a um desconhecido em uma viagem de trem, um casal de agricultores ficou surpreso quando descobriu que tratava-se de um tipo raro de manga, que é vendida por cerca de R$ 1.400. Para afugentar ladrões e proteger a pequena plantação por 24h, quatro seguranças com seis cães foram contratados.

"O homem tinha dito que cuidássemos das mudas como se fossem nossos bebês", contou Sankalp Parihar ao Hindustan Times.

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O fazendeiro lembra que as mudas pareciam comuns quando foram adquiridas no caminho para Chennai, no Leste do país. Após plantar, a árvore cresceu e deu frutos com uma coloração vermelho-rubi, o que deixou o casal desconfiado.

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Para saber sobre o fruto misterioso, eles fizeram uma pesquisa e descobriram que se tratava de um tipo originário da região de Miyazaki, no sudoeste do Japão, e sequer possui registros na Índia.

Depois de sofrer um furto, o casal contratou os vigilantes com a intenção de aumentar a produção das mangas que, inclusive, foram batizadas por eles como Damini, uma homenagem à mãe do agricultor.

O Twitter pode perder a proteção de responsabilidade de conteúdo na Índia. A plataforma é a única rede social no país que ainda não apresentou adequação às regras definidas pela nova legislação no país. O site corre risco de ter de responder judicialmente por qualquer conteúdo publicado pelos usuários, tornando-se responsável legal, e não apenas moderador. No entanto, o governo indiano ainda deve apresentar uma ordem judicial para efetivar o processo.

Segundo as novas regras, aprovadas em 25 de fevereiro de 2021, as redes sociais devem remover qualquer conteúdo alertado pelas autoridades em até 36 horas, além de revelar o usuário original da publicação, caso seja um conteúdo que ameace a segurança nacional. As plataformas digitais tiveram até o dia 26 de maio para se adequar ao novo regulamento.

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Em 28 de maio o Ministério de Eletrônica e Tecnologia da Informação (MeitY) da Índia enviou uma carta para o Twitter informando sobre as mudanças em vigor. Porém, as respostas recebidas, segundo o órgão ministerial, “não abordam os esclarecimentos solicitados por este ministério e nem indicam o cumprimento integral das regras”.

O advogado Ameet Datta comentou que será necessário que o governo indiano apresente uma ordem judicial para remover a posição do Twitter de moderador.

Em nota, o Twitter informou que montou uma equipe de profissionais focada em garantir o cumprimento das regras pela plataforma no país. “Estamos mantendo o MeitY informado sobre o andamento de cada etapa do processo. O diretor de conformidade interino foi contratado e os detalhes serão compartilhados diretamente com o Ministério em breve. O Twitter continua a fazer todos os esforços para cumprir as novas diretrizes na Índia”.

No último dia 15, policiais emitiram uma reclamação contra o Twitter ao norte do estado de Uttar Pradesh, relacionando tuítes sobre a agressão sofrida por uma pessoa idosa na região. Se a rede social perder a proteção legal de responsabilidade, as autoridades podem emitir uma ação contra a empresa pelas publicações contestáveis.

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