Tópicos | Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira

Os participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 necessitarem de atendimento especializado terão um prazo maior para fazer a solicitação. A mudança é resultado de uma Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministério Público Federal e foi anunciada nesta terça-feira (4).  

De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), os pedidos de atendimento poderão ser feitos após o período de inscrições no Enem, para atender a estudantes diagnosticados depois do prazo. A partir de 2020, os participantes que precisarem de atendimento especial poderão fazer o pedido até dez dias úteis antes da realização das provas ou até cinco dias úteis após o último domingo de aplicação. A nova regra, segundo o Inep, será publicada e detalhada no edital do exame.

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Atualmente, os participantes do Enem podem solicitar atendimento especializado, específico e por nome social, além de recursos de acessibilidade. É necessário comprovar a necessidade de atendimento por meio de documentos listados no edital do Enem. 

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Ainda era domingo, 3 de novembro de 2019, primeiro dia de aplicação das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), quando o ministro da Educação, Abraham Weintraub, admitiu publicamente que uma foto da proposta de redação tinha vazado. Como a divulgação nas redes sociais só foi feita quando os participantes já estavam fazendo as provas, o posicionamento do ministério foi manter o Enem. “Tudo segue normal”, disse o ministro no evento que se configurou como o primeiro em uma sequência de erros e polêmicas. 

Meses depois, em 17 de janeiro de 2020, com os vazamentos sendo investigados pela polícia e pouco antes de divulgar as notas dos participantes, Weintraub afirmou que em 2019 o primeiro exame da gestão Bolsonaro foi “o melhor Enem de todos os tempos” e tentou justificar sua satisfação: “Não teve polêmica, foi tudo muito aceito. A gente não teve problema operacional nenhum a cargo do MEC. A única coisa que houve, pontualmente, foi uma tentativa de sabotagem, uma pessoal que já está com a Polícia Federal. Então não prejudicou nada", disse o ministro. 

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A divulgação dos resultados dos participantes, que começaram a questionar as notas baixas demais para o número de acertos, forçou o Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) a admitir a inconsistência nas notas de cerca de seis mil estudantes que fizeram as provas do Exame

Em meio a batalhas judiciais contra as notas do Enem, o calendário do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e outros programas do Governo Federal que chegaram a ser suspensos por liminares, os participantes do Enem passam a desconfiar cada vez mais da segurança da prova, enquanto na visão de Alexandre Lopes, presidente do Inep, o erro nas notas “não foi significativo”. Diante disso, cabe o questionamento: Afinal foi mesmo o melhor Enem de todos os tempos, como avalia o ministro da Educação? 

Paulo Uchôa/LeiJáImagens/Arquivo

Estado de letargia

Ao avaliar os resultados do Enem 2019, o ministro Abraham Weintraub afirmou que esta edição do exame “fecha uma grande era”, além de afirmar que não houve polêmica nem “ideologia”. Questionada sobre como analisa o posicionamento do governo, a professora de português, redação e literatura Fernanda Pessoa lembra que as controvérsias começaram muito antes dos erros nas notas, quando, por exemplo, temas como a Ditadura Militar não aparecem na prova. Ela também apontou outras contradições. 

“Quando o tema da redação foi democratização do acesso ao cinema no Brasil, o país passando por uma fase de retirada de investimento do cinema, da Ancine, da cultura. Primeiro ponto completamente controverso é discutir democratização de acesso ao cinema em um momento em que não se tem investido em arte. Principalmente dentro da análise do preconceito ideológico, do que já aconteceu de censura”, explicou a professora.

Comparando o caso de 2019 com erros do Enem de outros anos, Fernanda explica que “já tinha tido um vazamento no Enem há muito tempo só que na época reconheceram o erro e cancelaram o exame. Este ano a sensação que eu tenho, se eu tivesse que resumir tudo numa palavra seria letargia”.

Ela continua, explicando que “existem empresas no Brasil que são especialistas em calibragem da TRI, na minha opinião é a única forma de tornar o processo transparente. (...) Eu acho que todos os erros deste ano não se comparam. Na minha opinião, erro de retirada de conteúdo importante, o erro da nota, vazamento de resultado antes da hora e o não reconhecimento. Eu acho que o mais complicado é você não aparecer para explicar o que está acontecendo e não haver nenhum tipo de investigação”. 

Para a professora, o abalo emocional sofrido pelos estudantes é, com certeza, a maior consequência de todos os problemas constatados no Enem 2019. “Eu recebi aluno que o sonho foi medicina a vida toda, foi para agronomia. Outra o sonho era medicina, mas passou em direito, foi para direito na federal. Tanto a gente vai ter mais um profissional frustrado porque tá indo para uma área porque a nota deu como tem chance de esse menino entrar na faculdade, começar a cursar, depois abandonar a vaga, volta pro cursinho e a vaga fica ociosa”, disse Fernanda. 

Antônio Cruz/Agência Brasil

“O ministro, aparentemente, está despreparado”

Para o professor de redação e linguagens Isaac Melo, a avaliação que o ministro da Educação faz a respeito do Enem 2019 “não é verdade”. “Imagina a seguinte situação: eu faço um concurso envolvendo milhões de pessoas em todo o Brasil, que para a sua execução gasta milhões de reais, e ter a clareza de seu resultado questionado. Como assim? Como é que eu corrijo uma prova de uma cor, tendo o sistema entendido que é outra? Isso é um problema gravíssimo!”, criticou ele. 

O professor Isaac afirma que é difícil pensar em perfeição ao organizar uma prova do tamanho do Enem, mas que se faz necessário buscar minimizar as falhas e responder melhor a problemas e tentativas de fraude.

“Já houve uma edição do Enem em que a prova foi vazada. Quando a gente tem uma prova de redação, uma fotografia que sai antes, significa que por trás existe um crime de determinada pessoa e fica-se questionando se a prova vai ou não ser aplicada, se a pessoa acertou ou não aquele tema. Mas, dessa vez, dois problemas me pareceram completo despreparo, falta de qualidade de um planejamento mais sério, falta de conhecimento e domínio do que seria a aplicação de uma prova da magnitude do Enem”, disse o professor. 

Ainda de acordo com Isaac, o descrédito dos estudantes em relação à segurança do Enem aumenta com o fato de que os erros cometidos na edição de 2019 não têm origem em fatores externos, mas no próprio esquema de logística do exame. “O erro que aconteceu foi da gráfica, o sistema de dentro da coisa errou, então isso significa dizer que existe um problema que não foi percebido a tempo. É um problema de dentro da própria ideia de estratégia logística de correção da prova, então é culpa do governo. O ministro, aparentemente, está despreparado para lidar com a pauta para a qual ele foi contratado, convocado e posto na condição de ministro da Educação”, disse o professor.

Entre os erros cometidos pelo governo em busca de uma solução para o problema, Isaac cita a demora para agir. “O governo quando não responde a todos os e-mails direcionados na tentativa de revisar a nota que foi tirada, então isso já vai descredibilizar e ao mesmo tempo aterrorizar [o estudante]. O que é sonho vira pesadelo”, declarou Isaac. 

Para devolver clareza e credibilidade ao Enem, e também ao Sisu, o professor Isaac Melo aponta a divulgação de quais questões são fáceis médias ou difíceis e suas respectivas pontuações conforme a Teoria da Resposta ao Item (TRI). Além disso, o professor também defende um aumento da transparência da concorrência do Sisu durante o período de inscrição. 

“Supondo que um aluno está na posição 30 de um curso de medicina com 120 vagas, a gente tem que saber quem são essas 120 pessoas com nome completo, número de inscrição, nota e pesos. Este ano o sistema permitiu, por uma falha, que o aluno colocasse como primeira e segunda opção, a mesma faculdade e mesmo curso. Ele aparecia mais de uma vez, isso já deixava muito claro que havia um grave problema nesse processo de listão”, disse.

O LeiaJá procurou a assessoria de imprensa do Ministério da Educação (MEC), responsável pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), uma vez que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) é uma autarquia federal vinculada ao MEC, em busca de uma posição sobre o debate levantado pela reportagem. No entanto, até o momento da publicação não obtivemos nenhum retorno.

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Em meio a todas as polêmicas causadas pela inconsistências nas notas de parte dos estudantes que fizeram as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019, a Justiça Federal do Pará determinou que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável por organizar o Enem, revise as notas de uma participante. 

A decisão tem caráter liminar, ou seja, é provisória, e deve ser cumprida em um prazo de até 48 horas, a partir do momento em que o Inep for notificado. A liminar foi expedida pelo juiz Jorge Ferraz de Oliveira Junior na tarde da última quarta-feira (22), atendendo ao pedido de uma candidata que se sentiu prejudicada e deseja que sua nota seja revista.

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Em sua decisão, o juiz destaca que o tempo dado pelo Ministério da Educação para que os estudantes solicitassem a revisão das provas através do e-mail foi curto, além de criticar a forma como o ministro da Educação, Abraham Weintraub, divulgou a informação, causando insegurança aos candidatos. “Entendo inequívoca a afronta ao princípio da publicidade, assim como do devido processo legal, no que tange ao prazo e forma em que dada publicidade aos candidatos com o fito de formalizarem requerimentos para reanálise da correção, subsistindo insegurança dos candidatos quanto à análise inicial de suas provas, em que pese a justificativa ali inserida”, escreveu o juiz. Confira o processo na íntegra clicando aqui

Procurada pelo LeiaJá, a Advocacia Geral da União confirmou que vai recorrer da decisão. Já o Inep afirmou que "A representação judicial do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) é atribuição da Procuradoria-Geral Federal, junto à Advocacia-Geral da União, que está adotando todas as medidas judiciais cabíveis".

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Diante das queixas de participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019, no último sábado (18) o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, e o ministro da Educação, Abraham Weintraub, admitiram erros na correção das provas. De acordo com o ministro, a inconsistência foi causada por um erro na transmissão de informações por parte da gráfica Valid, contratada em 2019. 

Assim, os estudantes que fizeram as provas com o caderno de questões de uma determinada cor tiveram o gabarito corrigido como se tivessem respondido a um caderno de provas de uma cor diferente. Como a sequência das questões muda de acordo com a cor do caderno de provas, a nota dos participantes caiu consideravelmente. 

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De acordo com Abraham Weintraub, o problema será corrigido ainda nesta segunda-feira (20), mas até o momento os estudantes seguem com diversas dúvidas (e desconfianças) a respeito do assunto. Confira, a seguir, o que já se sabe a respeito do caso e quais pontos ainda precisam ser melhor esclarecidos: 

Como foi feita a correção das provas? 

Segundo o ministro da Educação, Abraham Weintraub, uma falha na transmissão das informações da gráfica fez com que parte dos candidatos (ainda não se sabe ao certo quantos) tivessem as provas corrigidas como se ela pertencesse a outra cor de caderno de questões. 

“Nós encontramos inconsistências na contabilização e correção da segunda prova do Enem do ano passado. Um grupo muito pequeno de pessoas teve o gabarito trocado quando foram fechados os envelopes", disse ele. 

Quantos alunos foram prejudicados? 

Ainda não se sabe ao certo quantos estudantes foram afetados. De acordo com o presidente do Inep, Alexandre Lopes, e com o ministro da Educação, Abraham Weintraub, o problema ocorreu com as provas do segundo dia de aplicação e prejudicou um número “muito pequeno” de participantes. 

No domingo (19), o Inep divulgou uma nota afirmando que também está analisando a correção do primeiro dia de aplicação de provas para tranquilizar os estudantes. A princípio, Weintraub falou que o erro havia atingido "alguma coisa como 0,1%" dos candidatos, o que equivale a cerca de 3,9 mil estudantes. 

Depois, Alexandre Lopes, presidente do Inep, falou que o erro poderia ter atingido “até” 1% dos participantes, ou seja, 39 mil pessoas. Voltando atrás, Lopes afirmou que depois que o número “não chega a 9 mil". Nesta segunda-feira (20) durante uma entrevista à Rádio Gaúcha, o ministro falou em “cerca de 6 mil” alunos afetados. Ao todo, 3,9 milhões de pessoas fizeram o Enem 2019. 

Quais providências estão sendo tomadas? 

Foi montada uma força-tarefa para revisão e correção das notas com erro. No último sábado (17), o presidente do Inep, Alexandre Lopes, afirmou que a base de dados está sendo rodada para encontrar possíveis inconsistências. 

Também foi criado um e-mail para receber mensagens com nomes e CPF’s dos estudantes que acreditam ter sido lesados na correção até às 10h desta segunda-feira (20). Às 19h, será realizada uma coletiva de imprensa na qual o presidente do Inep, Alexandre Lopes, dará detalhes sobre os resultados do trabalho da operação.  

E as datas do Sisu? 

Até o momento, o posicionamento do MEC e do Inep é de que com a resolução do problema nesta segunda-feira (20), o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que tem previsão de abertura das inscrições para esta terça-feira (21), não sofrerá prejuízos. Sendo assim, o cronograma está mantido sem alterações

 O Enem já enfrentou problemas antes? 

Em 2019, além do erro nas correções, o Enem também sofreu com o vazamento da página que mostrava a proposta de redação durante a realização da prova. Um aplicador foi acusado e, segundo o ministro da Educação, o fato não interferiu na lisura do exame. Além disso, no segundo dia de provas, todo o caderno de Ciências da Natureza vazou em grupos e redes sociais.

Dez anos antes, em 2009, as provas do Enem foram roubadas e o exame teve que ser remarcado. Nos anos de 2010 e 2011, erros de impressão fizeram com que algumas provas tivessem questões repetidas. Já em 2012, a divulgação dos espelhos das redações revelaram estudantes que preencheram espaço nos textos com receitas e hinos de times de futebol, fato que levou a estabelecer “fuga ao tema” como critério para zerar a nota. 

Em 2014, o tema da redação vazou cerca de uma hora antes do início da aplicação e no ano seguinte houve boatos de vazamento, mas sem confirmação. Em 2016, duas pessoas foram presas com materiais de apoio para fazer redações sobre o tema daquele ano e em 2017 duas pessoas saíram do local de aplicação com as provas antes do horário permitido. 

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O ministro da Educação, Abraham Weintraub, declarou em entrevista à Rádio Gaúcha que o problema com a correção das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) atingiu cerca de 6 mil pessoas. Ainda segundo o ministro, o impacto é “baixo” e o problema será resolvido ainda nesta segunda-feira (20). 

“A gente já tem o número de pessoas e vai ser corrigido hoje à noite”, disse Weintraub. “Estamos falando de 0,1% das pessoas, isso dá cerca de cinco ou seis mil candidatos, problemas que que vão ser corrigidos. O impacto é baixo e não vai ter nenhum efeito para a maioria das pessoas”, afirmou Weintraub. 

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Os problemas com as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019 podem ter afetado também as do primeiro dia de aplicação. Inicialmente, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) afirmou que a inconsistência nas notas tinha afetado apenas as provas do segundo dia, referente às áreas de matemática e Ciências da Natureza. 

Na sexta-feira (17), após liberar as notas, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, comemorou o resultado do exame, mas diversas queixas de participantes na internet em relação a notas muito baixas levaram o ministério a reconhecer a inconsistência nas notas devido a um erro da gráfica Valid, contratada em 2019. No entanto, no domingo (19), a assessoria de imprensa do Inep afirmou que também está analisando as provas do primeiro dia do exame. 

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“A força-tarefa realizada pelo Inep busca identificar as possíveis inconsistências na correção das provas do Enem 2019, tanto do primeiro quanto do segundo dia. Na segunda-feira, 20, o instituto divulgará os resultados da ação", afirmou o Inep. A análise dos dois dias de provas, segundo o órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC), tem por objetivo tranquilizar os participantes do Enem que pediram, através das redes sociais, que todas as provas fossem reavaliadas. 

No entanto, de acordo com o jornal Folha de São Paulo, funcionários do Inep afirmaram, sob a condição de manutenção do sigilo da fonte da informação, que já foram encontrados erros na correção de provas do primeiro dia de aplicação. O Inep disponibilizou um e-mail para que os estudantes que acreditam ter recebido notas erradas entrassem em contato até às 10h desta segunda-feira (20) e anunciou que dará novas declarações sobre o caso ainda nesta tarde. O calendário do Sistema de Seleção Unificado (Sisu), que se baseia na nota do Enem e inicia o prazo de inscrições na terça-feira (21), segue inalterado

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Desde que o problema com as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi constatado, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) afirma estar verificando e corrigindo as notas dos participantes prejudicados. Apesar da proximidade com o início das inscrições do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), não haverá nenhuma alteração no cronograma do programa de acesso ao ensino superior.  

As inscrições para o Sisu, que seleciona estudantes através das notas do Enem para vagas em instituições de ensino superior públicas, terão início nesta terça-feira (21) e seguem até a próxima sexta-feira (24), em seu site oficial. De acordo com informações oficiais divulgadas no site do Inep, o motivo para não adiar o período de inscrições é que o trabalho da força-tarefa do instituto será concluído nesta segunda-feira (20), sem prejuízos aos estudantes ou ao andamento do Sisu. 

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“O Inep tranquiliza os participantes do Enem 2019 e informa que segue o trabalho de varredura na base de dados para detectar e solucionar cada um dos casos individualmente. O instituto informa ainda que todo o trabalho será finalizado até segunda-feira, 20, e, portanto, sem nenhum prejuízo em relação ao cronograma do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Nenhum participante será prejudicado”, declarou a autarquia ligada ao MEC.   

Entenda o caso

Após a liberação das notas dos participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019, vários estudantes reclamaram de notas demasiadamente baixas nas redes sociais. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) admitiu que uma falha da gráfica contratada pelo Ministério da Educação (MEC) causou inconsistências nas notas de parte dos alunos na tarde de sábado (18).

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As notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foram divulgadas na manhã desta sexta-feira (17) e já geraram várias reações dos participantes, que criaram memes nas redes sociais. No início da tarde, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) utilizou sua conta oficial no Instagram para anunciar que mais de um milhão de participantes já conferiram seus resultados. 

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Para conferir as notas, os participantes do Enem devem acessar a página do participante, informar o CPF cadastrado e fazer login no sistema. Em caso de esquecimento da senha, que também é necessária para acessar a plataforma do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), os estudantes devem seguir o passo a passo para recuperação do acesso

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O Ministério da Educação (MEC) divulgará um balanço geral sobre o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019 na manhã de sexta-feira (17). As informações serão divulgadas durante uma entrevista coletiva concedida pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, e por Alexandre Lopes, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). 

A entrevista será transmitida ao vivo, através do Facebook oficial do Ministério da Educação (MEC). Além de expor detalhes sobre a edição 2019, há a expectativa de que durante o evento sejam divulgadas mais novidades a respeito do projeto piloto do Enem Digital 2020. 

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A qualificação dos professores do nível superior vem aumentando, de acordo com o Censo da Educação Superior 2018, divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Brasileiro (Inep). 

Os dados apontam que 80% dos 384 mil docentes do país têm mestrado e/ou doutorado. O resultado leva ao cumprimento da meta 13 do Plano Nacional de Educação (PNE), cujo compromisso é que a proporção de mestres e doutores no corpo docente em exercício no ensino superior seja maior que 75%. 

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A proporção de doutores cresce em todas as redes de ensino, mas é mais expressiva no setor público, onde passou de 44,3% para 64,3% professores com doutorado em 10 anos. Na rede privada, o percentual saiu de 13,1% para 25,9%. 

No nível do mestrado a lógica se inverte, com mais crescimento na rede privada que em instituições públicas de ensino. Aproximadamente 50% dos professores de instituições particulares de ensino superior têm mestrado, enquanto em instituições públicas o número de mestres apresentou queda.

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O curso de Tecnologia em Gastronomia EAD da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Recife foi eleito o melhor curso da modalidade no Brasil. O tecnólogo atingiu o maior CPC Contínuo, indicador de qualidade de cursos divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Segundo a coordenadora do curso de Gastronomia da Instituição, Juliene Matias, o resultado é resultado de um corpo docente qualificado e uma equipe empenhada em oferecer o melhor conteúdo. “Isso é fruto de trabalho e dedicação de um time que busca levar educação de alto nível para os estudantes, além de nos destacarmos como uma Instituição que pensa na educação como forma de transformação da sociedade”, ressalta. 

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Um dos diferenciais do curso EAD da UNINASSAU é que o aluno tem a mesma carga horária prática e metodologia do curso presencial, com toda praticidade de uma graduação a distância. “Um aluno matriculado em São Paulo e outro em Belém, têm acesso ao mesmo conteúdo prático, isso padroniza e valoriza o curso”, destaca.

Para o presidente do Ser Educacional, Jânyo Diniz, o resultado obtido na avaliação comprova a qualidade do ensino da Instituição. “Estamos colhendo os frutos do nosso trabalho e da nossa dedicação para levar uma educação de qualidade e de alto padrão para os estudantes. Prezamos por oferecer, diariamente, o melhor ensino, estrutura e recursos didáticos para nossos alunos. Assim, nos destacamos como uma Instituição que pensa na educação como forma de transformação da sociedade”, destaca.

Por ter a nota do Enade em sua composição, o CPC avalia os cursos nos quais os alunos prestaram o exame no ano anterior à divulgação do conceito. Em 2019, foram avaliados cursos de diversas áreas como, Tecnologia em Comércio Exterior, Tecnologia em Designer, Tecnologia em Gestão Comercial, Tecnologia em Gastronomia, entre outros.

*Da assessoria de comunicação

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Nesta terça-feira (10), foi realizado o primeiro dia de aplicação de provas do Exame Nacional do Ensino Médio Para Privados de Liberdade (Enem PPL), além da reaplicação dos do Enem para pessoas que tiveram problemas de logística. Os participantes tiveram cinco horas e meia para responder às 90 questões de linguagens e ciências humanas, além da redação. 

Nesta quarta-feira (11), serão realizadas as provas de matemática e ciências da natureza. O LeiaJá esteve em uma unidade prisional na Região Metropolitana do Recife (RMR) durante a tarde desta terça-feira (10) e, em entrevista com alguns detentos, a reportagem apurou que o tema da redação tem relação com o abuso do uso da internet.

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Procurado pelo LeiaJá, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), organizador do Enem, informou que não há, até o momento, nenhuma informação oficial sobre o tema da redação do Enem PPL. A divulgação será realizada apenas nesta quarta (11).   

Na edição de 2019, foram registrados 46.163 inscritos no Enem PPL. São Paulo é o estado que concentra mais participantes, com 15.826, seguido de Minas Gerais, com 4.959. As inscrições foram feitas pelo responsável pedagógico de cada unidade prisional ou socioeducativa. As inscrições no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e outros programas de acesso ao ensino superior também dependem do intermédio de responsáveis pedagógicos. 

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Mais de um milhão de estudantes já podem acessar a ID Estudantil, uma carteirinha estudantil digital e gratuita fornecida pelo Ministério da Educação (MEC). Para ter acesso, os estudantes cadastrados no  Sistema Educacional Brasileiro (SEB) devem baixar o aplicativo “ID Estudantil” nas lojas virtuais de celulares. 

Segundo um balanço divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), até às 13h desta quarta-feira (27), 1.004.678 alunos, 2.197 instituições de educação básica e 408 de educação superior estavam cadastrados no SEB. Os usuários que ainda não baixaram o aplicativo e quiserem conferir as informações de seus cadastros devem acessar o site da ID Estudantil

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O cadastro dos estudantes no sistema é realizado por gestores das instituições de ensino básico e superior e não tem um cronograma específico. Ele pode ser feito a qualquer momento. Confira, a seguir, um passo a passo da ID Digital, elaborado pelo Inep para gestores e estudantes: 

Se a instituição tiver enviado os dados, basta os alunos baixarem o app, encontrado na área "Governo do Brasil”, nas lojas virtuais. Os usuários vão precisar inserir o CPF, o nome completo, telefone para envio de SMS e e-mail. O próximo passo é aceitar os termos e políticas de uso do aplicativo. Depois disso, os estudantes deverão acessar “Minha ID Estudantil” para, então, obter o documento em formato digital.

A nova carteirinha estudantil tem custo zero ao usuário. Para o governo, custa R$ 0,15 a unidade. A emissão faz parte de contrato com o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), que também inclui o desenvolvimento do aplicativo, serviço de hospedagem na internet, manutenção, entre outros. O valor global do contrato é de pouco mais de R$ 12 milhões, com vigência de 12 meses, renováveis por mais 60.

O SEB será uma forma de controle. O ano de 2020 será de transição, mas a partir de 1º de janeiro de 2021 toda e qualquer instituição que for emitir a carteirinha deverá consultar o banco de dados antes. Isso serve para assegurar que o beneficiário da identificação estudantil é, de fato, um aluno.

Na ID Estudantil, a tecnologia vai combater as fraudes desde o início. Os estudantes de 18 anos ou mais devem tirar uma foto do próprio rosto para comparar com a da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) disponível no banco de dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Caso não seja habilitado, deve tirar foto de frente e verso da Carteira de Identidade (RG) para comparação da imagem da face. Isso servirá para coibir fotos falsas ou de terceiros.

O CPF é informado pelo representante da instituição de ensino no SEB. Tanto o CPF quanto o login único gov.br, onde constam diversos serviços do governo federal, são importantes para o serviço. No caso dos menores de idade, é preciso que o responsável legal baixe o app e permita que o jovem tenha acesso. Só aí é que os alunos poderão fazer o download da ID Estudantil.

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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou a data para reaplicação das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nos dias 10 (terça-feira) e 11 dezembro (quarta-feira). Os locais de prova da nova aplicação do Enem 2019 ainda não foram divulgados.

Apenas estudantes que fizeram solicitações por uma nova prova devido a problemas de logística no local de aplicação no prazo de 11 a 18 de novembro. Os estudantes devem acessar a Página do Participante e fazer login com CPF e senha para conferir se o pedido foi aprovado. 

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Um bom desempenho no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) pode trazer benefícios na hora de conseguir um emprego, de acordo com o presidente substituto do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Camilo Mussi. Neste domingo (24), cerca de 435 mil estudantes do ensino superior estão inscritos para fazer o exame. As provas serão aplicadas em 1.063 municípios. 

"É importante que o aluno que vai fazer o Enade tenha noção de que o exame é um dos elementos usados para avaliar a instituição em que ele se formou", disse Mussi. "É importante ter noção de que entrevistas [de emprego] e de mercado de trabalho avaliam isso, se aluno estudou em uma instituição boa", acrescentou.

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O Enade é um exame feito por estudantes - ao final dos cursos de graduação - para avaliar conhecimentos, competências e habilidades desenvolvidas ao longo do curso.

O estudante precisa fazer o exame para colar grau e receber o diploma, mas não existe a obrigação de uma nota mínima para que ele seja aprovado. Alguns estudantes acabam, portanto, não se dedicando ao exame, segundo o Inep. 

Na última avaliação, em 2018, a média geral das notas dos estudantes da maior parte dos cursos avaliados foi menor que 50 pontos, em uma escala que vai até 100. 

Esse desempenho reflete na avaliação da qualidade das instituições de ensino superior, já que o exame é um dos componentes dessa avaliação, que leva em consideração também o Questionário do Estudante, de preenchimento obrigatório para quem vai fazer o Enade, a infraestrutura das instituições, o corpo docente, entre outros critérios. 

Mussi incentiva os estudantes a se prepararem para a prova pois, com um bom desempenho, eles podem dizer que saíram "de instituição que teve uma boa nota no Enade e uma boa avaliação institucional".

Melhores desempenhos

O MEC estuda ainda outras formas de tornar o Enade mais atraente. Uma delas é divulgar os nomes dos estudantes que tiveram os melhores desempenhos no exame. A intenção é tornar público apenas os nomes daqueles que acertaram mais de 60% da prova. Não será divulgada a nota específica, mas a faixa de acertos. 

De acordo com o presidente substituto, isso ainda não deverá ser implementado nesta edição, pois é necessário que os participantes estejam cientes das regras e que permitam essa divulgação. A divulgação deverá ser implementada "nos próximos exames", disse. 

Para este domingo, Mussi afirmou que já está tudo pronto para a aplicação e que as provas já foram distribuídas. "É importante visualizar o local de prova e planejar com antecedência como chegar a ele, para que não se atrase devido à ausência ou redução do transporte público", recomendou. 

O local de prova está disponível no Cartão de Confirmação de Inscrição, que pode ser acessado no Sistema Enade.

Neste ano, o Enade avaliará os cursos das áreas de ciências agrárias, ciências da saúde e áreas afins; engenharias e arquitetura e urbanismo; e os cursos superiores de tecnologia nas áreas de ambiente e saúde, produção alimentícia, recursos naturais, militar e de segurança.

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Nesta terça-feira (19) o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) anunciou a anulação de uma questão de ciências humanas, mais especificamente de geografia, no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O motivo foi que a questão já havia aparecido na prova especial “braile/ledor”, aplicada para pessoas com cegueira e baixa visão, no ano de 2018. 

Segundo a nota oficial do Inep, nenhum participante do exame será prejudicado pela anulação devido à forma como a nota do Enem é definida. O Inep não esclarece, no entanto, se todos os estudantes receberão a pontuação da questão e nem se ela era considerada, no contexto da prova e da TRI, fácil, média ou difícil. 

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“O cálculo estatístico da nota do Enem, de acordo com a metodologia da Teoria da Resposta ao Item (TRI), considera a combinação da coerência do padrão de resposta com o pressuposto da cumulatividade, e ainda, as características (parâmetros de complexidade) de cada item. Por isso, a anulação de um item, ou mesmo a aplicação de provas com itens diferentes, não compromete o processo de estimação da nota das participantes”, afirmou o Instituto. 

A utilização do um Banco Nacional de Itens (BNI), segundo o Inep, assegura a qualidade da prova por ter “diversidade de temas e autores”. Ainda de acordo com o instituto, dessa forma se evita “a recorrência em relação a edições anteriores”. Mas, diante de uma falha nesse processo, professores e alunos questionam a possibilidade de haver mais questões passíveis de anulação e também a segurança do processo de elaboração do Exame. 

O que dizem os professores?

Na análise da professora de geografia Ariane Silva, o item anulado corresponde a uma questão fácil, mas também polêmica por expor a “relação entre distribuição de renda e desigualdade social, algo bem batido quando se fala no mundo globalizado que vivemos”.  

Ela também cita uma certa insegurança quanto à afirmação do Inep de que nenhum estudante sofrerá prejuízos pois “segundo a lógica desse método [Teoria de Resposta ao Item], se o aluno acerta uma questão difícil e erra uma fácil por exemplo, ele perde pontos” e, em sua visão, a questão anulada era uma classificadas como “fácil”. 

Já Dino Rangel, também professor de geografia, criticou o erro do Inep ao repetir uma questão de outro ano e também colocou a versão oficial dos fatos apresentada pelo instituto em dúvida. Para ele, não há justificativa para uma questão ser repetida havendo uma comissão de professores cuidando da elaboração da prova durante o ano inteiro e a anulação teria motivos políticos. 

“O Brasil entrou outra vez no mapa da fome em 2019, a questão fala em distribuição de renda e o governo é neoliberal. Acredito que foi desculpa para anular uma questão que incomoda. Tem um ano para analisar [as questões], acho que ter sido repetida não é a real motivação da anulação”, disse o professor. 

Dino também afirma que a prova e a nota dos estudantes não são comprometidas em larga escala, mas na sua visão o Enem como um todo é prejudicado pelas posições ideológicas do governo federal. “Acredito que exista uma consolidação do conservadorismo ideológico do governo porque a questão toca diretamente em um problema social que o país vivencia. Ideologicamente existe um comprometimento da prova”, disse o professor.

Logo após a prova do primeiro dia do Enem, o professor abordou a temática “fome” no Enem durante uma entrevista ao Vai Cair no Enem (@vaicairnoenem), que é produzido em parceria com o LeiaJá. Na ocasião, Dino comentou a questão anulada pelo Inep e afirmou que ela cita, indiretamente, ideias de Karl Marx

Como contestar questões do Enem?

O Inep afirma, em seu site, que não cabe a interposição de recurso às questões. O motivo, de acordo com o instituto, é que as questões passam por um sistema rigoroso de análise prévia por vários professores da área de cada questão. 

“A produção das questões envolve uma comissão de especialistas, ou seja, é avaliada por vários professores da área de conhecimento antes de ser usada em uma prova. Por isso, não existe recurso administrativo para contestar as questões do Enem, uma vez que o gabarito das provas objetivas é analisado e revisado por um grupo de especialistas previamente”, afirma o órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC). 

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira também não aceita recursos contestando as redações sob a justificativa de que o sistema de correção já envolve uma reavaliação dos textos. “A prova de todos os participantes é corrigida por dois professores e, quando há discrepância na nota, um terceiro especialista também corrige a prova”, afirmou o Inep. 

A postura do Inep quanto à impossibilidade da interposição de recursos é avaliada pela professora Ariane Silva como injusta. “Para reivindicar gabaritos e criticar as questões não se tem abertura, mas para anulação argumentam não prejudicar o alunado quando se sabe que, indiretamente, [a medida] vai prejudicar as pessoas que teriam acertado uma questão que foi fácil, além de demonstrar uma fragilidade na organização da elaboração da prova”, afirmou a professora. 

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Polêmicas a respeito da elaboração das questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) envolveram especulações sobre a interferência do Governo Federal no conteúdo das provas. Diante desse cenário e poucas certezas, muitos estudantes levantam questionamentos sobre como o Enem é pensado e se é possível haver interferência política nesse processo.

Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), há um banco de questões, chamado Banco Nacional de Itens (BNI), que é constantemente alimentado todos os anos. Assim, de acordo com as informações do Inep, o Enem de um ano pode ter questões que foram elaboradas há mais tempo. 

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As alternativas, ainda segundo informações do Inep, o processo se inicia com a publicação de editais de credenciamento de colaboradores, que podem ser professores ou instituições de ensino. Os credenciados são selecionados pelo Instituto e passam a participar da elaboração de questões. 

O coordenador-geral de Exames para Certificação do Inep, Eduardo Carvalho Sousa, afirmou que os selecionados para elaborar questões passam por um procedimento de capacitação. “Os colaboradores tomam conhecimento dos critérios estabelecidos no Guia de Elaboração e Revisão de Itens e das matrizes de competências e habilidades das suas respectivas áreas de conhecimento”, disse ele.

As questões também passam por um procedimento prévio para receber a aprovação e entrar no Banco Nacional de Itens em uma etapa chamada “pré-teste”. Um conjunto de questões é exposto a grupo de pessoas com características similares às do público-alvo do Enem para estimar de parâmetros como a dificuldade e probabilidade de acerto. Após os testes, as questões que estão de acordo com os requisitos do Inep são reincorporadas ao BNI e disponibilizadas para a montagem de provas futuras.

Para montar a prova, há critérios levados em consideração como a diversidade de temas e autores, além de ampla cobertura das matrizes de competências e habilidades nas questões. Também é um objetivo do Inep, ao escolher as questões de cada exame, deixar o número de questões fáceis, médias e difíceis na prova. 

Após a seleção, a prova é revisada e diagramada para chegar às versões finais, pois anualmente são feitas três provas: o Enem realizado pela maioria dos estudantes, o Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem PPL) e uma terceira, chamada de prova de emergência.

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O estudante que se sentiu prejudicado no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) poderá informar o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) a partir do dia 11. Cada caso será analisado e o participante poderá ter direito a fazer a prova novamente.

"Caso você tenha se sentido prejudicado com relação à logística de aplicação do exame no primeiro dia, compareça ao segundo dia e registre sua reclamação na Página do Participante a partir do dia 11 de novembro", orienta a coordenadora de Procedimentos de Aplicação do Inep, Patrícia Onório.

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De acordo com o edital do Enem, o participante tem cinco dias úteis após o segundo dia de aplicação do exame, no dia 10 de novembro, para registrar a reclamação. Poderão ter direito à reaplicação aqueles que foram afetados por problemas logísticos. Os casos serão julgados, individualmente, pela Comissão de Demandas.

São considerados problemas logísticos fatores como desastres naturais que prejudiquem a aplicação devido ao comprometimento da infraestrutura do local; falta de energia elétrica que comprometa a visibilidade da prova pela ausência de luz natural; e erro de execução de procedimento de aplicação pelo aplicador que leve ao comprovado prejuízo do participante.

Os estudantes que sentiram alguma indisposição ou problema de saúde e tiveram que sair da sala onde estava sendo aplicada a prova não terão direito à reaplicação, segundo as regras do exame.

Os registros devem ser feitos na Página do Participante. A aprovação ou reprovação da solicitação da reaplicação será divulgada também nessa página. A prova será reaplicada nos dias 10 e 11 de dezembro.

Declaração

Os candidatos que precisarem comprovar presença no dia de prova do Enem para, por exemplo, justificar falta no trabalho, devem imprimir a Declaração de Comparecimento personalizada, disponível na Página do Participante.

A declaração do segundo dia de prova pode ser acessada a partir de hoje (4) e deve ser impressa e entregue ao aplicador no dia do exame. As regras do Enem para o segundo exame são as mesmas. Os portões abrirão às 12h e fecharão às 13h, no horário de Brasília. A duração do exame, no entanto, será menor, os participantes terão 5 horas para resolver as questões.

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Até esta quinta-feira (31), cerca de 900 mil estudantes ainda não viram seus cartões de confirmação de inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O número representa 16% do total de 5,1 milhões de participantes inscritos para as provas dos dias 3 e 10 de novembro.

O cartão deve ser levado pelos participantes, junto a um documento oficial com foto original para identificação e acesso aos locais de aplicação. Ele também traz informações importantes, como o local onde o estudante fará as suas provas, número de inscrição, a opção de língua estrangeira e o tipo de atendimento específico e/ou especializado, caso tenha sido solicitado e aprovado.

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Para acessar o cartão, cada participante deve entrar na página do participante ou aplicativo do Enem 2019, disponível para celulares IOS e Android, e fazer login. 

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O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será realizado nos próximos domingos, 3 e 10 de novembro, por 5,1 milhões de estudantes que buscam uma vaga no ensino superior. Nos dias de prova, é importante que os participantes estejam atentos não somente aos conteúdos cobrados pelas questões, mas também à organização para ir até o local de aplicação e ao comportamento durante o tempo de resolução de provas.

De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), ações como que os fiscais de prova verifiquem os lanches, sair da sala sozinho (sem um fiscal) após as 13h e recusar a coleta de dado biométrico, por exemplo, levam à eliminação do participante. Confira, abaixo, a lista completa de atitudes que acarretam em eliminação: 

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Cor da caneta

Realizar a prova com caneta que não seja esferográfica, transparente e de tinta preta.

Alimentação

Não permitir que o lanche levado seja vistoriado pelo aplicador da sala.

Documentação

Prestar declaração falsa ou inexata (em qualquer documento);

Permanecer no local de provas sem documento de identificação válido.

Dispositivos eletrônicos

Utilizar qualquer dispositivo eletrônico no local de provas, por exemplo, laptop e celular;

Entrar na sala de provas com o telefone celular e/ou quaisquer outros equipamentos eletrônicos fora do envelope porta-objetos;

Não manter aparelhos eletrônicos (celular, tablet, etc) desligados no envelope porta-objetos até a saída definitiva da sala de provas; Se o aparelho eletrônico, ainda que dentro do envelope porta-objetos, emitir qualquer tipo de som, como toque de ligação ou alarme;

Local de prova e aplicação

Perturbar, de qualquer modo, a ordem no local de aplicação das provas;

Utilizar, ou tentar utilizar, meio fraudulento em benefício próprio ou de terceiros em qualquer etapa do exame;

Utilizar livros, notas, papéis ou impressos durante a aplicação do exame;

Sair da sala com o cartão de respostas ou outro material de aplicação  - com exceção para o caderno de questões depois de duas horas do início da prova e se a saída for definitiva;

Entregar o cartão de respostas ao aplicador e ir embora definitivamente antes de duas horas de aplicação;

Não aguardar em sala de provas, das 13h às 13h30 (horário de Brasília) para procedimentos de segurança, exceto para a ida ao banheiro acompanhado por um fiscal;

Recusar-se a ser submetido à revista eletrônica, coleta de dado biométrico e ter seus objetos revistados eletronicamente;

Iniciar as provas antes das 13h30 (horário de Brasília-DF) ou da autorização do aplicador;

Usar óculos escuros, boné, chapéu, viseira, gorro ou qualquer acessório que cubra os cabelos ou as orelhas;

Portar armas de qualquer espécie, exceto para os casos previstos no art. 6º do Estatuto do Desarmamento;

Receber, de qualquer pessoa, informações referentes ao conteúdo das provas;

Fazer anotações em outros objetos ou qualquer documento que não seja o cartão de respostas, o caderno de questões, a folha de redação e a folha de rascunho;

Não manter, debaixo da carteira, o envelope porta-objetos, lacrado e identificado desde o ingresso na sala de provas até a saída definitiva da sala provas.

Portar, na sala de provas, objetos proibidos pelo edital do Enem, como lápis, caneta de material não transparente, lapiseira, borracha, régua, corretivo, wearable tech, calculadoras, entre outros.

Fiscal de Prova

Não permitir que os artigos religiosos, como burca, quipá e outros sejam revistados;

Ausentar-se da sala de provas, a partir das 13h (horário de Brasília), sem o acompanhamento de um fiscal;

Comunicar-se verbalmente, por escrito ou por qualquer outra forma, com qualquer pessoa que não seja o aplicador ou o fiscal, a partir das 13h (horário de Brasília);

Fazer anotações no caderno de questões, no cartão-resposta, na folha de redação, na folha de rascunho e/ou demais documentos do exame, antes do início das provas;

Descumprir as orientações da equipe de aplicação;

Não entregar ao aplicador, ao terminar as provas, o cartão-resposta, a folha de redação e a folha de rascunho;

Não entregar ao aplicador o caderno de questões, exceto se deixar em definitivo a sala de provas nos 30 minutos que antecedem o término das provas;

Recusar-se a entregar ao aplicador o cartão-resposta e a folha de redação após 5h30 de provas, do primeiro dia, e 5h de provas, do segundo, salvo nas salas com tempo adicional ou com videoprova na Língua Brasileira de Sinais (Libras);

Não permitir que os materiais próprios, como máquina Perkins, reglete, punção, sorobã ou cubaritmo, caneta de ponta grossa, assinador, régua, óculos especiais, lupa, telelupa, luminária e/ou tábuas de apoio sejam revistados.

*Com informações do Ministério da Educação (MEC)

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