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O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, se reuniu no Palácio do Planalto com o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Marcelo Ponte, quatro dias antes de o dirigente do fundo determinar a retomada da licitação para compra de ônibus escolares. O processo do pregão estava suspenso por conta de problemas apontados pelos órgãos de controle, mas foi retomado no dia 18 de março. A licitação está marcada para ocorrer nesta terça-feira (5).

Ciro e o presidente do FNDE tiveram um outro encontro, também no Planalto, em 22 de fevereiro. As duas reuniões ocorreram sem a presença do ministro da Educação, apesar de o fundo ser vinculado ao MEC e não ter qualquer subordinação com a Casa Civil.

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Como revelou o Estadão, a área técnica do FNDE e também órgãos de controle alertaram para a indicação de sobrepreço na compra de 3.850 ônibus escolares destinados ao transporte de estudantes da zona rural. Os preços inflados poderiam elevar o valor total da aquisição em até R$ 730 milhões.

O Estadão mostrou que Ciro Nogueira tem influência direta sobre a destinação de recursos do FNDE, por meio do seu afilhado político e ex-chefe de gabinete Marcelo Ponte, que preside o órgão federal. Apesar de licenciado da presidência nacional do Progressistas, Ciro Nogueira tem atuado para que o programa Caminho da Escola atenda a seus correligionários, por meio da distribuição de ônibus escolares e do empenho de emendas parlamentares.

O jornal teve acesso à íntegra do processo interno do FNDE que trata da licitação para a compra de ônibus. Na avaliação da Diretoria de Administração da FNDE, o preço máximo deveria ficar em R$ 1,3 bilhão. Mas, para a Diretoria de Ações Educacionais, chefiada por Gharigam Amarante - nome ligado ao presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto - o valor deve ser R$ 2 bilhões. Gharigam e Marcelo Ponte aprovaram a continuidade da licitação quatro dias após a segunda visita de Ciro Nogueira ao FNDE neste ano.

Depois de a Controladoria-Geral da União (CGU) entrar no caso endossando o alerta de risco de sobrepreço, em fevereiro, o procedimento licitatório ficou parado até o dia 14 de março, data da reunião de Marcelo Ponte com Ciro Nogueira na Casa Civil. Naquela dia, horas antes, o apadrinhado de Valdemar Costa Neto, Gharigam Amarante, diretor de Ações Educacionais, e mais dois coordenadores subordinados a si, deram um despacho fazendo ajustes no processo, contendo um novo cálculo de preços, trocando o índice de correção da inflação a ser utilizado, o que faria o preço global da licitação cair de R$ 2,083 bilhões para R$ 1,567 bilhão.

Após esse despacho, o processo foi enviado para a Diretoria de Administração, que havia feito o primeiro alerta de risco de sobrepreço. Em sua manifestação, os responsáveis pela área pedem à Dirae, chefiada por Gharigam Amarante, para "justificar detalhadamente a mudança de metodologia de cálculo da estimativa de preços".

No dia 17 de março, sem responder a essa solicitação feita pela Diretoria de Administração, a Diretoria de Ações Educacionais emitiu novo estudo preliminar e nova pesquisa de preço. No dia seguinte, o novo termo de referência, com valores globais de R$ 2,045 bilhões, foi lançado no sistema por dois subordinados de Gharigam. Em seguida, em despacho, Gharigam e Marcelo Ponte aprovam o novo termo de referência, com valores globais de R$ 2,045 bilhões, e autorizam a reabertura do procedimento licitatório. Essa decisão foi tomada no dia em que o Estadão revelou a existência de um gabinete paralelo operado por pastores no MEC formado por pastores que fazem intermediação entre prefeitos e a pasta.

O contexto de influência de Ciro Nogueira sobre as ações do FNDE e a falta de transparência sobre a agenda pública entre ele e Marcelo Ponte geram suspeitas de que o ministro da Casa Civil possa ter atuado para a retomada do pregão para compra de ônibus, na avaliação do advogado Mauro Menezes, que já foi presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República.

"A suposição de que tenha havido uma articulação do ministro da Casa Civil em favor de interesses pessoais e do partido decorrem da revelação de que o pregão virá a beneficiar municípios geridos pelo Progressistas e a distribuição de verba recairá sobre parlamentares Progressistas", disse Mauro Menezes ao Estadão.

"Então, nesse sentido, a falta de transparência sobre o tema tratado na reunião permite a suposição de que as reuniões tenham servido justamente a articulação dessa solução para a continuidade do pregão, que é estranha ao interesse público, estranha ao zelo com os recursos públicos, estranha com a transparência no exercício das contas públicas. É uma solução que aparentemente vem a promover o interesse pessoal ou partidário em detrimento do interesse público", conclui o ex-presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República.

Fora das regras

O advogado Igor Tamasauskas, doutor em Direito do Estado pela USP, afirma que a ausência de informações sobre os temas das reuniões entre o ministro da Casa Civil e o presidente do FNDE descumpre regra criada pelo governo no ano passado. Ele ressalta que não faz sentido o ministro da Casa Civil se reunir com um responsável por um fundo vinculado ao Ministério da Educação sem a presença do ministro. "Por força de uma regra criada em 2021, sempre que um ministro se reúne com pessoa integrante de outro ministério, precisa divulgar uma série de informações, dentre as quais o assunto discutido. Essas reuniões precisam ser esclarecidas", disse o advogado Igor Tamasauskas.

O advogado lembra que, como a CGU observou no processo, as compras públicas devem se pautar, prioritariamente, no Painel de Preços, criado pelo próprio Governo Federal, ou em licitações anteriores de outros órgãos públicos. "Isso aparentemente não foi observado, com argumentos que a própria CGU define como questionáveis - quer por especificações especiais dos veículos, quer por questões de quantidades compradas pelos outros órgãos".

Para Tamasauskas, "esses argumentos - especialidade e quantidade - são comuns em casos comprovados de direcionamento de licitação e outras irregularidades". "Há que se explicar bem esses fatos, sobretudo porque a aquisição está ocorrendo no último ano de mandato", finalizou.

O governo alegou risco à segurança do presidente da República como justificativa para manter em sigilo as visitas ao Palácio do Planalto feitas por Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido de Jair Bolsonaro. Alçado à condição de assessor informal do presidente desde que Bolsonaro se filiou à legenda, o dirigente passou a ter suas incursões no prédio consideradas de acesso restrito.

Valdemar já foi condenado no processo do mensalão, esquema de corrupção na gestão petista, e hoje tem poder no governo de Bolsonaro, com direito a indicação de cargos estratégicos e interferência na liberação de recursos federais. Ele apadrinhou a nomeação da então ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, e do diretor do Fundo Nacional de Desenvolvimento à Educação (FNDE) Garigham Amarante Pinto, responsável pela licitação de ônibus escolar com sobrepreço de R$ 732 milhões, revelada pelo Estadão.

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O Estadão solicitou os registros do Planalto, por intermédio da Lei de Acesso à Informação, no início de março. Mas o pedido foi negado pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), órgão vinculado à Presidência. "O nome e a data de entrada de visitantes na Presidência da República cumprem a finalidade específica de segurança. Fica clara a impossibilidade do fornecimento dos dados pessoais solicitados para outros fins que não a segurança na Presidência".

O GSI afirmou ainda que essas informações não podem ser divulgadas para não violar a Lei Geral de Proteção de Dados. A negativa, no entanto, viola a maioria dos precedentes já julgados pela Controladoria-Geral da União (CGU).

INTERESSE PÚBLICO

O diretor executivo do Transparência Brasil, Manoel Galdino, afirmou que a resposta do GSI fere a Lei de Acesso à Informação. De acordo com ele, o interesse público envolvido no caso supera a privacidade das informações pessoais alegada pelo governo. "É óbvio que existe um interesse público nessa questão e, portanto, informações pessoais não são suficientes para superar o interesse público", declarou Galdino ao Estadão.

No pedido de informação, o Estadão apresentou uma lista de precedentes em que a Controladoria-Geral da União determinou ao mesmo GSI a divulgação dos dados sobre outros visitantes do Palácio do Planalto. Mas o gabinete, comandando pelo ministro Augusto Heleno, ignorou tais informações.

Durante evento nesta segunda, 4, com empresários no Rio, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou minimizar a denúncia de que uma licitação bilionária do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) prevê a compra de ônibus escolares com preços inflados. O alerta, publicado no último sábado pelo Estadão/Broadcast, partiu de instâncias de controle e da própria área técnica do fundo.

"Estão agora me acusando de ter armado a corrupção com compra superfaturada de ônibus, mas nem a licitação foi feita ainda. E quem descobriu fomos nós. Temos gente trabalhando em cada ministério com lupa no contrato. Por isso, não tem corrupção", afirmou o presidente no discurso aos empresários.

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Como mostrou o Estadão/Broadcast, documentos do FNDE indicam que o governo aceitou pagar até R$ 567,6 mil por um ônibus de 59 lugares que, segundo a área técnica do fundo, deveria custar, no máximo, R$ 361,8 mil. O pregão permitirá a aquisição de até 3.850 veículos como parte do programa Caminho da Escola. O preço total, ao final da compra, pode pular de R$ 1,3 bilhão para R$ 2,045 bilhões, ou R$ 732 milhões a mais.

No ano passado, o FNDE viabilizou o repasse de recursos destinados à compra de 1.771 veículos rurais escolares no País. O programa é destinado à aquisição de ônibus para crianças e adolescentes que vivem na zona rural e, para chegar à escola, precisam caminhar quilômetros a pé. O programa Caminho da Escola foi criado em 2007 e atende alunos da educação básica com bicicletas e lanchas escolares, além dos ônibus.

Nesta segunda-feira, o subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado, do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União, pediu à corte de contas que suspenda o pregão eletrônico do FNDE.

Nas mãos do Progressistas, o programa Caminho da Escola foi usado para destinar dinheiro a prefeitos e Estados governados por políticos do partido. Os recursos saem do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), comandado por um apadrinhado do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, presidente da legenda, que recebeu do presidente Jair Bolsonaro aval para controlar cargos e verbas no seu governo em troca de apoio do Centrão no Congresso.

Como mostrou o Estadão, uma licitação bilionária do FNDE prevista para amanhã prevê a compra de ônibus rurais escolares com preços inflados. O alerta para o risco de sobrepreço partiu de instâncias de controle e da própria área técnica do fundo, vinculado ao Ministério da Educação. Documentos do FNDE indicam que o governo aceitou pagar até R$ 567,6 mil por um ônibus de 59 lugares que, segundo a área técnica do fundo, deveria custar, no máximo, R$ 361,8 mil.

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No ano passado, o FNDE viabilizou o repasse de recursos destinados à compra de 1.771 veículos rurais escolares no País. O programa é destinado à aquisição de ônibus para crianças e adolescentes que vivem na zona rural e, para chegar à escola, precisam caminhar quilômetros a pé. O programa Caminho da Escola foi criado em 2007 e atende alunos da educação básica com bicicletas e lanchas escolares, além dos ônibus. Dados indicam que o critério para os repasses é político.

Redutos

Os seis Estados que mais receberam ônibus são redutos de lideranças do Progressistas - no total, foram 797 veículos. O Estado mais beneficiado foi a Bahia, do ex-líder do Progressistas Cacá Leão (296 ônibus). Também foram contemplados Goiás, do presidente estadual do partido, Alexandre Baldy (174); Santa Catarina, do senador Esperidião Amin (171); Piauí, de Ciro Nogueira; e Paraná, do líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (112 cada). Além de Alagoas, base eleitoral do presidente da Câmara, Arthur Lira (106).

Estados e municípios podem adquirir os veículos por meio do FNDE, via Plano de Ações Articuladas (PAR), um sistema voltado à melhoria do ensino, com recursos próprios e com linha de crédito oferecida por instituições financeiras. O repasse total do fundo para compra de ônibus em todo o País chegou a R$ 479.174.378,86.

Ciro Nogueira recebe no gabinete da Casa Civil, no Palácio do Planalto, o presidente do FNDE, Marcelo Ponte, com frequência. Os encontros também ocorrem na sede do fundo. As últimas visitas do ministro a Ponte foram nos dias 14 de fevereiro e 22 de março.

O ministro controla pessoalmente as liberações de dinheiro do FNDE, relataram fontes do governo. O poder de Ciro e de Lira, outra liderança do Progressistas, no fundo vai além dos recursos próprios do órgão e inclui verbas do orçamento secreto, formado por emendas do relator-geral do Orçamento.

Piauí

No Estado onde Ciro pretende eleger em outubro a ex-mulher, Iracema Portela, vice-governadora, os repasses para compra de ônibus escolares beneficiaram prefeituras comandadas por filiados do partido do ministro. A prefeitura de Francisco Macedo obteve recursos para três veículos, para atender uma rede onde estudam 494 alunos.

Guaribas, por sua vez, com 941 estudantes, e Caraúbas do Piauí, com 1.130, não receberam ajuda do FNDE para o transporte escolar. Os prefeitos são do MDB e do PT, respectivamente.

Levantamento do Estadão, com base em dados do FNDE, aponta que 62,5% dos ônibus rurais escolares destinados ao Piauí, no ano passado, foram repassados a prefeituras comandadas pelo Progressistas. No Estado, prefeituras cujos chefes foram eleitos por MDB, PSB, PSD e PT receberam um total de 18 veículos. Para prefeitos do PP, foram viabilizados 30 ônibus rurais escolares.

Queimada Nova, com 1.442 estudantes no ensino fundamental e médio e comandado pelo Progressistas, obteve cinco coletivos e liderou a entrega dentre as cidades piauienses. Com rede pública de porte semelhante, Assunção do Piauí, com 1.801 alunos, e Morro do Chapéu, com 1.358, chefiadas por prefeitos do PSD, não foram contempladas.

O levantamento indica ainda que, em alguns casos, prefeitos que receberam veículos, mesmo sendo de outras siglas, são simpáticos a Ciro Nogueira. O prefeito Moreninho (MDB), de Avelino Lopes, publicou, em uma rede social, em fevereiro, imagens de um encontro com o ministro em Brasília. "É uma alegria enorme receber aqui na Casa Civil nosso grande Moreninho", disse Nogueira, na ocasião, no vídeo.

Em um recorte de valores empenhados em 2021, nos dados do Siga Brasil, do Senado, o Piauí foi o Estado que mais recebeu empenhos do Caminho da Escola. Foram cerca de R$ 21,5 milhões. Ciro Nogueira não quis se manifestar.

FNDE afirma que CGU acompanha o processo

Mesmo com alertas de órgãos de controle, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) manteve, até a conclusão desta edição, o pregão eletrônico previsto para amanhã de compra de ônibus escolares com preços inflados.

Em nota enviada à reportagem na tarde deste domingo, 3, a assessoria do órgão voltou a argumentar que a Controladoria-Geral da União (CGU) acompanha todas as fases da licitação. "O FNDE reforça que o processo do Pregão Eletrônico n.° 2/2022 está sendo acompanhado pela CGU em todas as suas etapas e que ainda não foi finalizado", destacou o comunicado. "Quaisquer informações sobre o andamento do referido pregão poderão ser acompanhadas no portal de compras do governo federal."

Neste sábado (2), o Estadão revelou que a CGU, a Advocacia-Geral da União (AGU) e a própria área técnica do FNDE apresentaram pareceres e alertas para o risco de se pagar R$ 732 milhões a mais pelos ônibus, numa prática de sobrepreço. Num dos pareceres, a CGU ressaltou: "Observa-se que os valores obtidos (...) encontram-se em média 54% acima dos valores estimados".

Ainda assim, o presidente do FNDE, Marcelo Ponte, e o diretor Garigham Amarante assinaram despachos para prosseguir o certame. Ponte é apadrinhado do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. Amarante é ligado a Valdemar Costa Neto, chefe do PL.

Após denúncia de uma empresa de maquinário de construção, o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, suspendeu cautelarmente um leilão para contratação de tratores pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasp), no valor de R$ 57 milhões.

A denúncia apresentada pela XCMG Brasil - braço da multinacional chinesa que opera no País - alega que a Eurotractor Engenharia e Comércio apresentou declaração falsa para usufruir do tratamento especial dado a micro e pequenas empresas no certame. Os documentos apresentados pela XCMG mostram que os sócios da Eurotractor são administradores da Tractorgyn Equipamentos e Peças, que possui faturamento anual superior a R$ 15 milhões - caracterizando-a como empresa de grande porte.

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Na decisão cautelar, Dantas concedeu 15 dias para que a Codevasp apresente - caso queira - possíveis ações corretivas para prevenir ou corrigir os indícios de irregularidades. "A ausência de manifestação no prazo estipulado não impedirá o andamento processual, podendo o TCU vir a prolatar decisão de mérito, caso haja elementos suficientes que caracterizem afronta às normas legais e/ou possibilidade de ocorrência de prejuízos à Administração", acrescentou o ministro.

Como mostrou o Estadão, a Codesvasp ficou conhecida como a "estatal do Centrão" ao receber a maior parte dos recursos das emendas de relator. Foi por meio da empresa pública que recursos do orçamento secreto foram usados para comprar equipamentos agrícolas e tratores com sobrepreço, o que levou o esquema a ser batizado de "tratoraço".

A ciclofaixa da Avenida Agamenon Magalhães finalmente deve sair do papel. Na madrugada desta quinta-feira (10), o prefeito João Campos (PSB) anunciou o edital de licitação e disse que a inclusão da via especial não vai reduzir as faixas da avenida.

A obra orçada em R$ 6.759.126,91 promete sair das imediações do viaduto da João de Barros até a Ponte do Pina. A faixa se estende por mais de quatro quilômetros, entre as ruas Dr. Leopoldo Lins, no bairro da Boa Vista, e a Avenida Saturnino de Brito, no Cabanga. 

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O canteiro central da Agamenon Magalhães vai receber a ciclofaixa, que contará com separação física, para garantir a segurança dos mais de 7.500 ciclistas que cruzam diariamente a Avenida, segundo monitoramento da Prefeitura. 

"Essa é uma obra tão sonhada que vai ligar a Zona Norte à Zona Sul da cidade, conectando mais de 160 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas existentes", comunicou João.

O edital de licitação foi publicado no Diário Oficial do Município nesta quinta (10) e o processo licitatório fica a cargo da Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), que responde à Secretaria de Infraestrutura.

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O Tribunal de Contas da União (TCU) aponta que a empresa Sulminas Suplementos e Nutrição, contratada pelo Exército brasileiro para fornecer sal difosfato para a produção de cloroquina, é suspeita de fraudar as licitações.

Documento da área técnica do TCU obtido pela Folha de São Paulo aponta "indícios robustos" da fraude para a produção do medicamento, que teria ocorrido em 26 licitações feitas entre 2018 e 2021.

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Dos 26 pregões, 24 ocorreram em 2019, tendo um desses resultado na compra do insumo para a produção da cloroquina, produzida pelo Laboratório Químico Farmacêutico do Exército.

A Folha detalha que o ápice da produção do medicamento - indicado para combater a malária -, aconteceu a partir do desejo expresso do presidente Jair Bolsonaro (PL) para combater a Covid-19 , que teve os seus primeiros casos registrados no país em 2020.

As suspeitas de fraudes foram detectadas por auditores do TCU que investigam o superfaturamento na produção de cloroquina pelo Laboratório Químico Farmacêutico do Exército. Eles também investigam a responsabilidade direta de Bolsonaro na produção do medicamento.

A Sulminas teria participado de licitações voltadas exclusivamente para empresas de pequeno porte, o que não contempla o grupo de Minas Gerais. 

Os técnicos do TCU solicitaram a abertura de um processo para investigar as suspeitas de fraude e ouvir a empresa Sulminas. No entanto, a decisão cabe ao ministro do Tribunal de Contas da União e relator do processo, Benjamin Zymler, que poderá submeter a questão ao plenário.

O senador Humberto Costa (PT-PE) protocolou ofícios no Ministério Público Federal e na Procuradoria-Geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União solicitando investigação da contratação, pelo governo federal, da empresa Intermodal Brasil Logística (IBL) por R$ 62,2 milhões em dezembro de 2021, com dispensa de licitação, para o transporte de vacinas contra a Covid-19 destinadas a crianças.

"O país precisa saber as reais condições dessa contratação, os valores envolvidos e os relatos de falhas", afirmou Humberto nas redes sociais.

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Nos ofícios, Humberto Costa pede também a apuração dos relatos de "amadorismo e ineficiência" no transporte das vacinas e da possibilidade de "cominações de multa e de devolução de recursos ao erário, inclusive contra as autoridades do Ministério da Saúde" envolvidas com os fatos.

Denúncia publicada pelo jornal Folha de S.Paulo no último domingo (16) apontou que a IBL não tem experiência no transporte de vacinas e que havia tempo hábil para a realização de licitação. O governo invocou a Lei 14.124, de março de 2021, que autoriza a administração pública a celebrar contratos com dispensa de licitação durante a pandemia.

Nos últimos dias, a imprensa publicou relatos de problemas de logística na distribuição dos primeiros lotes de vacinas destinadas a crianças. A vacinação infantil contra a covid começou esta semana em diversos estados brasileiros, após uma polêmica motivada por declarações do presidente Jair Bolsonaro colocando em dúvida a necessidade de vacinar crianças.

*Da Agência Senado

Nesta terça-feira (11), o Governo de Pernambuco publicou no Diário Oficial do Estado o edital do processo licitatório para a concessão do Centro de Convenções de Pernambuco (Cecon).  A concessão prevê que sejam elaborados e executados projetos necessários à administração, operação, manutenção, exploração comercial e modernização do equipamento por um prazo de 35 anos.

Com a finalidade de desenvolvimento da infraestrutura turística de Pernambuco, é prevista a exploração da área interna e externa do Cecon, com adoção de medidas de sustentabilidade, acessibilidade, modernização predial e requalificação. O contrato inclui a presença obrigatória de fornecedores locais na lista de prestadores de serviços a ser constituída pelo futuro concessionário para interessados em realizar eventos no Cecon.

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“Trata-se de uma concessão de uso, onde a Empetur, como concedente, exigirá o cumprimento de obrigações e metas do Concessionário em prol do desenvolvimento do turismo de negócios, além da melhoria do equipamento sem investimento de recursos públicos”, comenta o presidente da Empetur, Antonio Neves Baptista.

Entre as intervenções que devem ser realizadas, estão a implantação de uma usina fotovoltaica e iniciativas relacionadas à eficiência energética e hídrica; a preparação da área para receber eventos externos; a implantação de divisórias articuladas para possibilitar até três eventos simultâneos e implantação de novas salas multiuso e de eventos híbridos, com implementação de tecnologias. Também estão previstas revisão geral e modernização das instalações prediais, a revitalização do acesso principal ao Cecon, a implantação de uma área de alimentação e a modernização do mobiliário e da sinalização do equipamento.

A sessão pública da concessão será realizada de maneira inovadora. Pela primeira vez o Estado de Pernambuco fará na B3, em São Paulo, no dia 28 de março próximo, com outorga onerosa inicial de aproximadamente R$ 4,7 milhões, além de outorga variável de 5% incidente sobre o faturamento obtido pelo concessionário - valores que serão repassados à Empetur -, que oscila de acordo com o atendimento dos indicadores de desempenho previstos no negócio. 

Ou seja, vence a licitação a maior oferta de preço. Está previsto investimento inicial de R$ 28,7 milhões nos primeiros 36 meses da concessão, com projeção financeira de R$ 541 milhões na operação em 35 anos. “Pernambuco, especialmente o Recife, já dispõe de grande vocação para o turismo de negócios, sendo líder do Nordeste neste segmento. Com a concessão, o equipamento será modernizado, além de gerido de forma mais competitiva, fomentando o setor, gerando emprego e renda para o Estado”, pontua o secretário de Turismo e Lazer de Pernambuco, Rodrigo Novaes.

Com informações da assessoria.

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias aprovou, nesta quarta-feira (5), cotas de profissionais pretos, pardos e indígenas em empresas contratadas, por meio de licitação. A medida também prevê adoção de ações para promoção de igualdade racial como capacitação e equipe especializada em diversidade.

A proposta aponta que a política de igualdade racial e reserva de vagas de trabalho deve constar nos editais de licitação. A emenda é de autoria da deputada Benedita da Silva (PT) e mais 29 parlamentares.

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O relator, Orlando Silva (PCdoB) ressaltou que a alteração na lei de Licitações pode sofrer resistências durante a tramitação no Congresso Nacional. Será inevitável que se enfrentem dificuldades na análise da matéria, mas tal perspectiva não pode nem deve influenciar a posição implementada neste parecer. A causa é sem nenhuma dúvida justa, como afirmado, e se espera que venha a comover a maioria formada em torno das lamentáveis concepções disseminadas pelo atual governo”, afirmou.

A proposta, que tramita em caráter conclusivo, ainda será analisada pelas comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

A Positivo Tecnologia anuncia que foi confirmada como empresa vencedora do processo licitatório para produção e fornecimento de urnas eletrônicas de modelo UE2022. A concorrência do Tribunal Superior Eleitoral (nº 03/21) compreende o fornecimento de até 176 mil urnas eletrônicas e demais produtos e serviços, com o valor global de R$ 1,179 bilhão.

A companhia diz que será convocada após publicação do resultado do certame pelo TSE no Diário Oficial, para a assinatura da Ata de Registro de Preços, cujo prazo de validade é de 12 meses.

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"Os fornecimentos ocorrerão a partir das oportunas formalizações dos contratos de fornecimentos com prestação de serviços, em lotes que venham a ser requeridos pelo TSE, observando-se todas as disposições contratuais e legais aplicáveis", diz em fato relevante.

A previsão para uso dos equipamentos é para o pleito de 2024, segundo o TSE.

Nessa terça-feira (14), o prefeito João Campos (PSB) esteve em Brasília e assinou contrato com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para que empresas privadas administrem seis parques do Recife. Após a fase de análise, o edital de licitação deve ser lançado nos primeiros meses de 2022.

Os parques Dona Lindu, Jaqueira, Macaxeira, Santana, Caiara e Capibaribe serão avaliados por uma consultoria contratada pelo banco nos próximos 30 dias. O acordo prevê que o BNDES pague R$ 2,46 milhões pelo estudo, que deve ser concluído em até oito meses.

Prefeito diz que polêmica é desnecessária

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O próprio João Campos assumiu que a proposta gerou polêmica, mas defende a gestão dos dispositivos pela iniciativa privada por mais 'modernização' e para evitar gastos da Prefeitura com manutenção, limpeza, poda e iluminação.

"Todos os parques terão suas entradas gratuitas, não será cobrado de maneira nenhuma para entrar em algum deles", garantiu.

Ao invés de vender os seis dispositivos para empresas, o prefeito quer ceder a gestão através de contratos temporários. 

"Às vezes se criam polêmicas desnecessárias, em que as pessoas veem por cima o assunto e terminam fazendo um juízo de valor diferente do que é. Primeiro, a gente tem que diferenciar o que é Parceria Público-Privada (PPP) de Concessão. Nas concessões você não onera o Poder Público.  Então, a gente está estudando um modelo de concessão para seis parques municipais que não vai gerar nenhum custo para o município”, explicou.

Recife servirá como teste para o BNDES

Recife será um teste para o novo modelo de atuação do BNDES que, se der certo, será levado a outros municípios do país. “O Recife será um projeto-piloto para a atuação do BNDES na estruturação da concessão de parques municipais, com um grande potencial de difusão para todo o País”, disse Fábio Abrahão, diretor de Concessões e Privatizações do BNDES.

Os estudos programados pela parceria vão avaliar a viabilidade econômico-financeira, questões de Engenharia e criar o arcabouço jurídico para entregar os espaços à futura empresa concessionária. Todo processo será acompanhado Secretaria Executiva de Parcerias Estratégicas (SEPE) e a empresa deve ressarcir o BNDES pelos custos do levantamento.

Antes de lançar o edital que vai definir a futura administradora, o projeto será disponibilizado para consulta pública por 30 dias e segue para aprovação do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Só então a licitação será aberta, com perspectiva de fechar o contrato com a vencedora nos primeiros meses de 2023.

Sem licitação, o secretário especial da Cultura, Mario Frias, contratou pelo valor de R$ 3,6 milhões, uma empresa sem funcionários e sediada em uma caixa postal dentro de um escritório virtual. Aberta em 2019, a construtora Imperial Eireli, da Paraíba, deve atuar na conservação e manutenção do Centro Técnico Audiovisual (CTAv), um prédio da União que armazena relíquias do cinema nacional em Benfica, na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro. As informações foram apuradas pelo jornal O Globo.

De acordo com a reportagem, a responsável pela empreiteira é Danielle Nunes de Araújo, que se inscreveu no programa de auxílio emergencial do governo, no início do ano passado, e recebeu o benefício por oito meses seguidos. No mês de agosto, um estudo encomendado pelo CTAv concluiu que há risco de incêndio e desabamento de parte da estrutura.

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O levantamento indica ainda que há “desaprumo de telhas na fachada frontal”, que pode desabar a qualquer momento. Relatos de funcionários dão conta de que há até ratos caindo do teto.

A contratação da construtora Imperial foi realizada em novembro, através de uma portaria de dispensa de licitação. Localizada a 2.400 km do Rio de Janeiro, a empresa  tem um endereço um escritório virtual especializado em fazer “gestão de correspondências” para dezenas de firmas.

Por meio de ligação, Danielle Nunes de Araújo declarou que costuma realizar reuniões no endereço para tratar de contratos. Apesar disso, o dono do local, Alcir Lima, afirmou que não se lembra de ter recebido presencialmente a dona ou qualquer funcionário da Imperial.

Por meio de consulta na base de dados do Ministério da Economia, é possível observar que a Construtora Imperial não registrou funcionário algum em sua última declaração da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), entregue em 2019, ano em que foi fundada. Além disso, a empreiteira nunca prestou serviços para o governo federal, nem tem um site ou qualquer meio eletrônico que esclareça quais serviços ela oferece.

Segundo o jornal, entre pessoas próximas, Danielle não é conhecida como empresária do ramo da construção, mas sim como uma dona de casa que enfrentou dificuldades financeiras recentemente. O contrato com o governo federal foi o maior negócio fechado pela empresa desde que começou a funcionar.

Até então, a construtora só havia prestado pequenos serviços para prefeituras do interior da Paraíba. Com o município de Sertãozinho, por exemplo, conseguiu contrato de R$ 154 mil.

Procurada pela reportagem, a secretaria de Cultura não respondeu por que uma empresa que não tem sede nem funcionários foi contratada sem licitação. O órgão também não esclareceu quais foram os critérios adotados para a escolha da construtora, nem se realizou vistoria prévia na empresa.

A mesa diretora da Câmara Municipal do Recife resolveu suspender o edital de pregão eletrônico para a contratação de empresa especializada na prestação de serviços de confecção de kits executivos. O edital previa a compra de 100 canetas a R$ 184 cada e bolsas de couro legítimo.

A licitação dos kits personalizados repercutiu na última quarta-feira (1º). Segundo texto do presidente da Câmara, Romerinho Jatobá (PSB), todo o processo cumpria os preceitos da legalidade, mas a Casa entendeu que seria adequado suspender o edital considerando o momento atual.

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De acordo com o texto, o valor anunciado no edital é baseado em cotação prévia fornecida por, no mínimo, três empresas do ramo. A licitação tinha um custo total estimado de R$ 279.447,75. Entre os itens estão canetas, agendas, calendários, mochila executiva em couro legítimo e pasta em couro legítimo.

"O pregão eletrônico é uma concorrência aberta, em que podem participar empresas especializadas de todo o Brasil.  Trata-se de um processo licitatório público e transparente, que terá como vencedora a empresa que oferecer o menor preço", diz a nota.

Confira a nota completa:

A Câmara Municipal do Recife informa que resolveu suspender o edital de pregão eletrônico para a contratação de empresa especializada na prestação de serviços de confecção de kits executivos.

Apesar de todo o processo cumprir os preceitos da legalidade, a Casa entendeu que esta é a decisão mais adequada a ser tomada, considerando o momento atual. Vale salientar, ainda, que em anos passados já foram confeccionados tais produtos que são usados pelos parlamentares.

Todos os atos da Câmara são publicados no Diário Oficial do Município e no Portal da Transparência, no site institucional.

O valor anunciado no edital é baseado em cotação prévia fornecida por, no mínimo, três empresas do ramo. O pregão eletrônico é uma concorrência aberta, em que podem participar empresas especializadas de todo o Brasil.  Trata-se de um processo licitatório público e transparente, que terá como vencedora a empresa que oferecer o menor preço.

 

A bancada do PSOL na Câmara do Recife solicitou à Mesa Diretora da Casa o cancelamento da licitação de número 091/2021, estimada em R$ 279.447,75 e que diz respeito à contratação de uma empresa que confeccione “kits personalizados” com itens luxuosos de papelaria e uso pessoal dos parlamentares. A informação foi divulgada pelo vereador psolista Ivan Moraes, da oposição, e apoiada pela também parlamentar Dani Portela, companheira da legenda. Até o início da manhã desta quinta-feira (2), estes foram os únicos vereadores que se manifestaram publicamente sobre o tema, que tem repercutido negativamente entre o eleitorado.  

“Eu e a vereadora Dani Portela, que fazemos a bancada do PSOL, não concordamos com esta compra e já solicitamos à mesa diretora, responsável por esta decisão, que a licitação seja cancelada”, escreveu Moraes. 

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A licitação aceita propostas de fornecedores até 9 de dezembro. Ao todo, serão adquiridas 1500 unidades de produtos de luxo, incluindo 100 unidades da caneta modelo Crown Polaris, “com tampa, corpo e clipe em metal, acabamento polido na cor preta e com detalhes em prata, carga substituível, escrita média e carga tipo Parker, com personalização a laser e sistema de abertura em torção”. O item é encontrado por R$ 184 no site da fabricante e entre R$ 140 e R$ 150 em outros sites. 

Também estão listadas 100 mochilas executivas confeccionadas em "couro legítimo" na cor preta, que precisam ter “alças de ombro acolchoadas com regulagem” e “metais com acabamento em níquel”. Assim como as mochilas, as 100 unidades de blocos de anotações devem ser confeccionadas em couro legítimo.  

O edital justifica que a “contratação se faz necessária no sentido de permitir que os parlamentares e demais gestores da Câmara Municipal do Recife, possam manter organizados o seu ambiente de trabalho, bem como permitir que transportem seus documentos e dados eletrônicos com melhor apresentação e cuidado”. 

A aprovação do documento passou pela Mesa Diretora, liderada por Romerinho Jatobá (PSB), e composta por outros sete parlamentares: Hélio Guabiraba (PSB), Ana Lúcia (Republicanos), Fred Ferreira (Podemos), Eriberto Rafael (PP), Natália de Menudo (PSB), Zé Neto (Pros); e também pelos suplentes Almir Fernando (PCdoB) e Fabiano Ferraz (Avante). 

Os custos da licitação podem diminuir com a disputa de empresas interessadas. Em 2021, o orçamento da Câmara para manter os 39 vereadores foi de R$ 160 milhões. 

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Nesta segunda-feira (29), a Câmara Municipal do Recife aprovou a criação de uma Comissão Especial para discutir as possibilidades de realização do Carnaval em 2022. Mesmo com a comemoração ainda indefinida por conta da pandemia, a Prefeitura abriu processo milionário para a contratação de tapumes.

Reunidos de forma virtual, a maioria dos vereadores concordou com o requerimento 12457/2021, de autoria de Marco Aurélio Filho (PRTB). O objetivo é criar a comissão para acompanhar e avaliar a viabilidade sanitária e econômica de grandes eventos financiados pela Prefeitura no próximo ano, como Carnaval e São João.

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Licitação aberta 

Mesmo com a suspeita de uma nova onda mundial de Covid-19, reforçada pelo surgimento da variante Ômicron, o prefeito João Campos (PSB) liberou uma licitação de R$ 1.127.853,26 para contratar tapumes para o Carnaval, que costuma atrair milhares de turistas ao Recife.

A previsão é de que as empresas enviem as propostas no próximo dia 6. A licitação será conduzida pela Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb), em formato de pregão eletrônico.

Procurada pelo LeiaJá, em nota, a Prefeitura informou que "o Recife entende que apenas com a superação da pandemia será possível assegurar o evento com as características deste ciclo cultural da capital pernambucana. Em todo caso, a organização do Carnaval do Recife demanda uma série de ações administrativas, com prazos a cumprir para assegurar sua plena execução".

Enquanto isso, ainda não há sinais de movimentação para novas parcelas do Auxílio Municipal Especial (AME), destinado para o sutendo de trabalhadores autônomos e agremiações.

Mesmo sem a certeza da realização do Carnaval no próximo ano, devido a pandemia da Covid-19, a Prefeitura do Recife abriu licitação para a contratação de tapumes que servem para fazer o fechamento de edificações e áreas públicas durante o período momesco.

A prefeitura alega que uma Comissão Interna do Carnaval, composta por diversas secretarias da cidade, foi instituída no dia 22 de setembro, com o objetivo de garantir a observância de todos os prazos, protocolos legais, fiscais, contratuais e sanitários relativos à estrutura, por exemplo.

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"O Recife entende que apenas com a superação da pandemia será possível assegurar o evento com as características deste ciclo cultural da capital pernambucana. Em todo caso, a organização do Carnaval do Recife demanda uma série de ações administrativas, com prazos a cumprir para assegurar sua plena execuçã", explica a prefeitura.

Sendo assim, o Executivo municipal salienta que as tratativas sobre o Carnaval 2022, neste momento, serão conduzidas pela comissão formada em setembro. A Secretaria de Saúde também integra a comissão, realizando o monitoramento permanente do quadro sanitário e das recomendações.

A Câmara dos Vereadores do Recife deve passar por uma reforma de R$ 361.916. A sinalização para abertura do edital foi publicada no Diário Oficial do município no sábado (4).

O documento indica que os serviços de manutenção 'preventiva, corretiva e de requalificação nas edificações' devem ocorrer no período de 12 meses.

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As empresas interessadas na licitação precisam apresentar as propostas entre os dias 20 de setembro.

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, disse nesta quinta-feira (19) que o Brasil pretende realizar em outubro a licitação para o lançamento da instalação da 5G, que terá uma rede paralela para uso do governo na prevenção de espionagem.

A gigante chinesa Huawei, sujeita às sanções dos Estados Unidos, ficaria excluída da participação nesta rede governamental pelos termos do edital, mas não do resto da licitação.

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"Dentro dessa rede privativa colocamos especificações, algumas empresas que poderão participar e outras, não", explicou Faria durante coletiva de imprensa virtual com correspondentes internacionais.

"Por exemplo, tem um sócio da Huawei que é fundador e membro do partido comunista da China. Isso seria um dos impeditivos", acrescentou o ministro.

No entanto, ele destacou que a Huawei não teria interesse em construir essa rede paralela, que atenderia a setores sensíveis como órgãos governamentais, de justiça, Forças Armadas e Banco Central.

"O feedback que tenho é que não têm interesse. Até porque as duas empresas mais especializadas em redes privativas no mundo são a Nokia e Ericsson", afirmou Faria.

A Huawei está sob sanções dos Estados Unidos desde 2019, porque o governo Donald Trump suspeitou que o grupo seria um cavalo de Troia para espionagem chinesa.

Sob pressão de Washington, governos como os do Reino Unido e da Austrália decidiram excluir a Huawei de seu mercado de rede 5G.

Faria disse que o Brasil tentou encontrar "alternativas para poder superar qualquer questão geopolítica e focar no ponto principal, que era receber a tecnologia 5G".

"Buscamos atender aquela parte grande da população e do governo que tem medo de espionagem, de algo que pudesse ter um vazamento, independente de ser país A o B".

O governo estima que a licitação atrairá cerca de 37 bilhões de reais em investimentos (cerca 6,8 bilhões de dólares).

Previsto inicialmente para o primeiro semestre de 2021, o leilão deve contar com a aprovação do Tribunal de Contas (TCU), que encerrará a análise dos termos da convocação na próxima semana.

Após ajuste dos documentos pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Faria espera que a licitação ocorra "entre a primeira e a segunda quinzenas de outubro, no máximo".

De acordo com os planos do governo, a tecnologia 5G poderá chegar às cidades mais populosas até o final deste ano e ao restante das 27 capitais até julho de 2022.

A nova rede de telefonia móvel vai permitir, segundo o governo, levar conexão aos 40 milhões de brasileiros que ainda não têm acesso à internet.

A Controladoria-Geral da União (CGU) detectou sobrepreço de até R$ 130 milhões em uma megalicitação do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), realizada em dezembro para comprar 6.240 máquinas pesadas, pelo valor global de R$ 2,89 bilhões, com recursos do orçamento secreto.

A apuração da CGU faz parte das ações de auditoria iniciadas após o Estadão revelar, em maio passado, o esquema montado pelo governo para garantir blindagem ao presidente Jair Bolsonaro no Congresso em troca de permitir a um grupo de políticos impor o que fazer com milhões de reais do orçamento. Parte determinou a compra de tratores e máquinas agrícolas, indicando até mesmo o valor e as cidades que deveriam receber - o que rendeu ao esquema o apelido de "tratoraço".

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O Estadão revelou ontem que a CGU encontrou "risco extremo de sobrepreço" em convênio do MDR com prefeituras. Agora, uma nova auditoria indica que sobrepreço já foi identificado também em contratos feitos diretamente pela pasta com recursos do tratoraço.

O edital com sobrepreço de até R$ 130 milhões começou a ser preparado em julho de 2020, pela Secretaria Nacional de Mobilidade e Desenvolvimento Regional e Urbano, comandada por Tiago Queiroz, um advogado nomeado em maio de 2020 ao posto, por indicação do Republicanos e com aval do Progressistas, partido do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), e do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.

A aquisição centralizada de máquinas, para posterior distribuição entre municípios, permitiria, em tese, a economia de valores, com ganhos de escala. No entanto, a CGU constatou que o edital foi feito com preços longe de trazerem qualquer vantagem aos cofres públicos. "Entende-se que há evidências suficientes para afirmar que há preços em alguns dos lotes do Edital nº 22/2020 expressivamente acima das médias das demais contratações públicas analisadas e, portanto, com sobrepreço na ordem de R$ 101 milhões", diz trecho de nota de auditoria elaborada pela CGU, referente à parte do edital que trata da compra de motoniveladoras.

O ministério assinou atas de registro de preço para a compra de 1.544 motoniveladoras de uma única empresa, a XCMG Brasil Indústria Ltda., com valor de R$ 1,13 bilhão, para entrega de máquinas na maior parte dos Estados da federação. Desses valores, R$ 101 milhões seriam sobrepreço - isto é, valores que não deveriam ter sido pagos pelo governo, por estarem expressivamente acima dos preços de mercado.

A auditoria em andamento constatou ainda sobrepreço em atas de registro de preços para a compra de pás carregadeiras (R$ 14,1 milhões) e de escavadeiras hidráulicas (R$ 14,7 milhões). Daí o cálculo alcançar R$ 130 milhões.

A CGU apontou que a pesquisa de preços feita pelo ministério se baseou, predominantemente, em cotações feitas por fornecedores, o que contraria a instrução normativa nº 73/2021 do Ministério da Economia. A orientação geral é que o edital seja montado, prioritariamente, a partir de valores de contratações anteriores feitas pela administração pública, em vez de se sustentar com base no orçamento apresentado por empresas.

Entregue ao MDR, o documento da CGU frisa que, se a pasta quiser prosseguir com a licitação, deve promover o reajuste nos preços, para evitar o prejuízo aos cofres públicos.

No caso das motoniveladoras, o secretário Tiago Pontes Queiroz e o representante da XCMG assinaram, em fevereiro, um primeiro contrato para a compra de 61 ao preço de R$ 44 milhões. Desse valor, o governo já fez pagamentos de R$15,7 milhões à empresa, referente a 20 máquinas, já entregues em Paraíba, Pernambuco e São Paulo.

De acordo com os cálculos da CGU, houve sobrepreço na licitação para a compra das máquinas para entrega nesses três Estados. As máquinas da Paraíba, contratadas ao valor unitário de R$ 798 mil, não deveriam custar mais do que R$ 643,8 mil. As de Pernambuco, contratadas por R$ 802,5 mil, deveriam custar R$ 641 mil. E as de São Paulo, contratadas por R$ 774,1 mil, deveriam ser por R$ 638,5 mil. Assim, em vez dos R$ 15,7 milhões pagos pelas 20 máquinas, o governo deveria pagar, R$ 12,8 milhões. Como os valores já foram pagos pode configurar superfaturamento de R$ 2,9 milhões.

Ao receber as informações da CGU, o MDR decidiu iniciar trâmites para ajustar a licitação. A consultoria jurídica entendeu que era possível seguir adiante o acordo, mas recomendou a invalidação de todo o edital.

Em nota, o ministério disse que buscou as empresas vencedoras do certame para renegociar os preços e que, nos dois casos em que não foi possível a repactuação, cancelará a parte do edital referente a elas. A pasta confirmou que, na compra de motoniveladoras para São Paulo e Pernambuco, houve "cobrança de maior no valor de R$ 2,9 milhões" e disse que, "a partir de acordo realizado com a empresa, esse valor será devolvido". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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