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Em meio ao agravamento da crise econômica instaurado pela pandemia, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) abriu uma licitação de R$ 459.148,20 para comprar lanches. A extensa lista inclui leite condensado, chocolate granulado, gelatina, iogurte, doce de leite, pêssegos em calda, queijo, goiabada, mais de 16 tipos de biscoito, entre outros itens.

Devido às restrições da Covid-19, vale lembrar que maioria dos ministros e servidores não estão comparecendo ao tribunal e participam das sessões de casa, por meio de vídeoconferências.

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Só de biscoitos foram solicitados 1.745 kg. O mais desejado é o ‘casadinho recheado com goiabada’, que compreende 144 kg. Contudo, a diversidade de sabores foi estendida aos de chocolate, queijo, maça e canela, aveia e mel, coco e maisena, e até mesmo água e sal, para atender ao paladar dos servidores. Caso o negócio seja fechado integralmente, o STJ também será abastecido com 1.833 litros de refrigerante para 2021.

De acordo com a Época, o pregão foi aberto no último dia 24 e o nome da empresa vencedora não foi divulgado. O contrato deve começar em fevereiro e durar um ano. Parte do lanche será entregue à creche do órgão, que fornece quatro refeições diárias a 45 crianças.

O edital informa que a proposta tomou como referência o consumo de 2019, quando ainda não havia pandemia. Ao menos a quantidade de itens listados indica que o STJ tem esperança de que o serviço seja normalizado em 2021, mesmo sem resposta efetiva de nenhuma das vacinas testadas.

A Prefeitura do Recife abriu licitação para contratar a empresa que será responsável pela construção do Centro Comunitário da Paz (Compaz) do Ibura. O anúncio foi feito pelo prefeito Geraldo Julio (PSB), nesta quarta-feira (25). O valor de investimento previsto em projeto para construção do prédio é de R$ 11 milhões e o tempo de duração da obra é de 10 meses. O aviso de licitação já foi publicado no Diário Oficial do Município. 

“Uma boa notícia para os moradores do Ibura e do Jordão. A gente acaba de lançar o edital para a construção do Compaz Paulo Freire. Ele vai ficar na Ladeira da Cohab para atender a toda a população. É mais uma Fábrica de Cidadania da nossa cidade. Uma bela homenagem a esse educador referência não só para o Brasil mas para muitos países do mundo também. Lá a gente vai ter os mesmos serviços que a gente tem no Alto Santa Terezinha, no Compaz Eduardo Campos, lá no Compaz Miguel Arraes, no Compaz Ariano Suassuna, e também recentemente no Compaz Dom Helder que fica lá no Coque. As crianças, os adultos e os idosos vão ser bem recebidos nessa Fábrica de Cidadania que o Ibura está recebendo”, comemorou o prefeito.

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O anúncio acontece poucos dias depois de abertura de cadastramento do Compaz Dom Helder Câmara, no Coque, que será inaugurado em dezembro. O novo Compaz receberá o nome de Paulo Freire, educador recifense, um dos mais importantes pensadores brasileiros em toda a história. A homenagem ao educador já foi aprovada por Lei, na Câmara Municipal do Recife.

O Compaz do Ibura será erguido na Rua Ladeira da Cohab, em um terreno de 1.682,59 m², com uma área total construída de 3.346,17 m². O equipamento, segundo o projeto, deverá ter um edifício com três pavimentos e contará com biblioteca, dojô para artes marciais, auditório, Procon, sala da mulher, sala de audiências, sala de mediação de conflitos, copa, oficina profissionalizante, guarita, vestuário, entre outros espaços.

*Com informações da assessoria de imprensa

Na manhã desta quarta-feira (11), a Polícia Federal (PF) cumpre 25 mandados de busca e apreensão decorrentes do inquérito que apura os crimes de peculato, fraude em licitações e lavagem de dinheiro oriundo de corrupção, por meio de casas lotéricas em Pernambuco. A investigação indica que mais de R$ 175 milhões foram desviados dos cofres públicos pelo esquema comandado por empresários, policiais, políticos e servidores públicos.

A investigação, iniciada em abril de 2018, percebeu que um cartel de empresas de vigilância e serviços gerais, comandado por um oficial da Polícia Militar de Pernambuco, cresceu de forma suspeita a partir de 2013. A evolução atípica ocorreu mediante dispensas de licitações ou processos direcionados em contratos selados com órgãos municipais, estaduais e federais, aponta a PF.

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O inquérito indica que os agentes políticos firmaram uma parceria com as duas empresas e com dirigentes de algumas entidades públicas, com o objetivo de facilitar a contratação. Somadas, as duas empresas receberam dos cofres municipais R$ 54 milhões; do estado, R$ 105 milhões; e do Governo Federal, R$ 16 milhões, calcula Controladoria-Geral da União (CGU).

Com o dinheiro dos contratos em mãos, as empresas beneficiadas transferiam parte das quantias milionárias para cinco lotéricas de propriedade dos agentes políticos envolvidos, mantidas apenas para lavar o dinheiro desviado, já que as autoridades descobriram que não geravam lucros reais aos sócios. As transferências somam mais de R$ 14 milhões.

Diante dos indícios de corrupção, 23 mandados de busca e apreensão são cumpridos na Região Metropolitana do Recife. Outros dois foram expedidos em Caruaru, no Agreste, e em Floresta, no Sertão pernambucano. Documentos e carros de luxo já foram apreendidos. Os suspeitos podem responder por lavagem de dinheiro, fraude licitatória, desvio de dinheiro público e corrupção ativa. 

A responsabilidade sobre o sucesso no enfrentamento à Covid-19 passa pela competência das autoridades sanitárias municipais e do compromisso da gestão com a população. Abaixo do índice de isolamento social de Pernambuco, a cidade de Goiana, na Mata Norte, teve três licitações suspensas por indícios de superfaturamento e sofre com a desgastante troca de secretários na Saúde.

Afastado desde 2018 para tratar a doença de Crohn, informada em sentença da 2ª Vara Cível de Goiana, o prefeito Osvaldo Rabelo Filho (MDB) arrependeu-se da escolha no comando da pasta e deu início a uma série de mudanças já no primeiro semestre de gestão. Em apenas seis meses do mandato iniciado em 2017, três gestores lideraram a Saúde no município.

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Falta competência

A dança das cadeiras foi mantida como um hábito pelo prefeito em exercício, o vice Eduardo Honório, que oficializou a última troca em plena pandemia, após a passagem de oito secretários de Saúde. “Falta competência dos próprios secretários. Apoio eles tiveram o suficiente”, aponta Honório, que não revelou por quem os profissionais foram indicados.

“Infelizmente as pessoas que tentaram tocar a Secretaria de Saúde não tiveram um bom desenvolvimento [...] você tem que ter pessoas com uma visão boa pra Saúde e, até agora, a gente não encontrou essa pessoa que soubesse desenvolver o município”, frisou o vice, que está nos últimos meses de mandato, mas admite que Goiana precisa reforçar a Saúde.

Secretário da Saúde sem conhecimento da área

Apesar da capacidade do Ministro (interino) da Saúde, Eduardo Pazuello, ser criticada pela falta de experiência na área, Honório foi na mesma direção e nomeou para a pasta o administrador Carlos Gondim Torres Filho, no dia 3 de agosto deste ano. Formado pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), o único contato do atual secretário com a área foi quando colaborou em uma empresa do ramo farmacêutico. 

Atualmente cursa pós-graduação em Gestão Pública à distância pela Uniasselvi, e o currículo é preenchido por uma passagem no banco Itaú. Carlos também prestou serviços no 1º Tabelionato de Notas e Registro De Imóveis de Goiana pertencente ao seu pai Carlos Torres, um dos apoiadores da candidatura de Osvaldo. “Às vezes a pessoa tem um currículo muito bom, mas quando chega na hora de executar o serviço, cadê ele executar?”, questiona.

Sem prática em gestão pública ou saúde básica, Honório o classifica como um “jovem dinâmico” e afirma que está satisfeito com os resultados – mesmo sem pontuá-los - em pouco mais de um mês de atuação. O prefeito Osvaldo preferiu não comentar sobre a rotatividade dos nove secretários e a incerteza quanto à aptidão de Carlos Godim.

Já o prefeito em exercício entende que o nomeado faz um bom trabalho pelo suporte da esposa e cirurgiã-dentista Adrianna Rodrigues. “Ele tem a esposa que é formada em dentista e tem uma boa bagagem. Ele tem tudo para dar certo”, disse.

Procurado pelo LeiaJá, Carlos Gondim Torres Filho não atendeu aos telefonemas para comentar sua nomeação, mesmo sem conhecimento prático ou teórico. Populares e vereadores reclamam da morosidade do município contra a pandemia e indicam que a maior intervenção da Prefeitura é uma barreira sanitária fixada no mercado público aos sábados. Em contrapartida, Honório indica que a maior dificuldade para conter o avanço da doença é conscientizar a população, que desobedece as regras de distanciamento.

O índice de isolamento levantado pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) em parceria com a InLoco revela que apenas 33,9% dos habitantes cumpre a medida. Segundo o último boletim epidemiológico, 1.144 pessoas já foram contaminadas pela Covid-19 e 74 não resistiram às complicações da doença. Goiana segue com 54 casos suspeitos.

Idoneidade questionada no combate à pandemia

Contestada por falta de investimento no setor, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) revela que a Prefeitura de Goiana recebeu R$ 4.577.434,27 federais e R$ 172.497,42 estaduais para arcar com as despesas da pandemia. Após fiscalização, a entidade suspendeu três licitações por indícios de superfaturamento e prejuízo à competitividade para a obtenção de melhores preços.

O TCE ainda informa que o Fundo Municipal de Saúde do município reservou R$ 13.802.644,81 para gastar com a Covid-19 e gastou apenas R$ 6.822.250,80 até o momento. “Por que foi cancelada? A gente quando percebe que algo tá indo errado, que tá com as cotações a cima daqueles valores, a gente tem que cancelar por que não vai fazer besteira não. A gente não pagou, se você olhar cancelou, mas não pagou”, garante o vice prefeito, que garantiu desconhecer o levantamento.

“Todo esse dinheiro a gente realmente destinou ao coronavírus, não foi desviado para outro local não. Se for esse ‘dinheirozinho’ que a gente vem pegando, a gente vem dando o destino certo”, defende-se Honório. 

Após o cancelamento das compras, o TCE calcula uma economia de R$ 2.099.058,48 aos cofres públicos. As licitações investigadas foram negociadas antes da entrada de Carlos Filho e são referentes à aquisição de mil cestas básicas no valor de R$57.500; à compra de merenda para estudantes da educação básica por R$ 427.172,25; e a terceira envolve equipamentos e mobílias hospitalares, e materiais de proteção individual, cotados por R$2.305.865,98. “Se houve isso aí e tiver danos ao município, se abre uma sindicância e quem for responsável que responde pela mesma”, disparou. 

Denúncias de corrupção pairam sobre Goiana desde a entrada da chapa eleita. Antes de ser afastado por questões de Saúde, a chapa do prefeito Osvaldo sofreu a abertura de um processo de impeachment, proposto por unanimidade dos 15 parlamentares da Câmara de Vereadores.

Na ocasião, a gestão era acusada de supostas irregularidades no contrato do serviço de coleta de lixo que, em um intervalo de dois anos, duplicou os gastos. Para suspender o processo, o desembargador Francisco Bandeira de Mello alegou que os crimes pontuados pela Câmara estariam classificados como comuns e não crimes de responsabilidade.

A Câmara dos Deputados vai renovar o mobiliário dos apartamentos funcionais dos parlamentares. Está aberto um edital para a compra de novas camas e sofás para os imóveis, sem previsão de gastos.

Segundo o colunista Guilherme Amado, da Revista Época, o edital prevê a compra de 60 camas box de solteiro, 96 sofás com apoia-braço, 24 sofás sem apoia-braço e 24 camas box queen size. 

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Ainda de acordo com o jornalista, o edital não estipula valores para os móveis. Tais valores só serão fixados depois que as empresas apresentarem suas propostas, no dia 16 de setembro.

O Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE) abriu, nesta segunda (31) um processo de auditoria especial para investigar possíveis irregularidades cometidas pela Prefeitura de Olinda  na dispensa de licitação para compra de  de máscaras e materiais para higienização de prédios públicos, durante o período da pandemia covid-19. O procedimento é a resposta do órgão à denúncia formulada pelo vereador Jorge Salustiano, no dia 17 junho.

A investigações envolvem as dispensas de licitação de número 7 e 15/2020, relacionadas à aquisição emergencial de 100 mil máscaras descartáveis e de mais de 50 mil pares de luvas, além das dispensas 16 e 19/2020, que visavam a aquisição de 200 mil máscaras descartáveis pelo valor unitário de R$ 3, com custo total de R$ 600 mil, pagos à empresa AJS Comércio e Representação LTDA, além do serviço de desinfecção de ambientes públicos, pelo valor de R$ 191, 4 mil. Em consulta à Receita Federal, o LeiaJá observou que a empresa não possui atividade econômica relacionada ao comércio de insumos médicos.

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A Polícia Militar de São Paulo realizou nesta terça-feira (18), uma licitação para comprar 12 mil munições calibre 338 à empresa israelense IMI Systems, que deve receber R$ 28,61 por cada munição. Segundo a PM, as novas munições são especiais para atiradores de precisão e uma alternativa aos snipers.

Se tudo se confirmar, mais de R$ 343 mil dos cofres públicos serão empenhados para o pagamento das munições.

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O órgão aponta que as propostas para a compra das munições foram apresentadas em sessão pública realizada nesta terça (18), com a presença dos representantes da empresa de Israel. A partir de agora, a empresa israelense terá dez dias para apresentar amostras que serão submetidas a testes de qualificação.

“Os testes servirão para análise de peso, medida, velocidade e desempenho. Caso as munições estejam de acordo com o especificado, conforme a necessidade da instituição, o contrato para aquisição é assinado”, explica o coronel Marco Aurélio Valério.

Áudios e mensagens divulgados pela Polícia Federal (PF) revelam o esquema de irregularidades em licitações na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), que resultou em contratos fraudulentos de aproximadamente R$ 40 milhões. Nesta quinta-feira (30), um pregoeiro da Casa foi afastado e as autoridades cumpriram mandados contra o empresário Sebastião Figueiroa, apontado como o líder da organização criminosa.

Em documentos apresentados pela PF, Figueiroa mostra proximidade com os servidores responsáveis pela administração da Assembleia e confiança no pregão. Ele chega a antecipar a própria assinatura do contrato e dá ordens ao pregoeiro, que presta contas ao operador do esquema e mostra as ações feitas para agilizar a negociação. "Se tu não achar motorista já vê se tu mesmo vai lá. Porque contigo ele assina na hora e tu já traz aqui para pegar o doido à tarde amanhã, viu", deliberou.

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De acordo com a polícia, os principais envolvidos na Alepe são o membro da comissão de pregoeiros lotado na Superintendência de Planejamento e Gestão (SUPLAG), João Pedro Ferreira Belo Daumas, que era encarregado dos pagamentos aos fornecedores; e a superintendente-geral da Alepe, Maria do Socorro Christiane Vasconcelos Pontual, incumbida de toda atividade na Casa.

Em uma troca de mensagens, João Pedro solicitou propina em razão de um pagamento de R$ 54.511 e convida o empresário para 'tomar um café', o que seria um código para receber o pagamento indevido. O líder do esquema também menciona "Cris", que seria Maria do Socorro Christiane. Ela repassa o endereço da sua casa e Figueroa envia um motoqueiro, aponta a investigação.

Em uma relação de, pelo menos, 10 anos, o empresário colocou parentes, incluindo a companheira, em cargos comissionados na Alepe. Com outros integrantes foram encontrados cartões de abastecimento da Casa, mesmo sem vínculo. 

Ao todo, seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos contra pessoas físicas e quatro contra empresas. Os crimes investigados são dispensa indevida de licitação, corrupção e advocacia administrativa, que somados podem atingir até 30 anos de reclusão.

A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) amanheceu movimentada pela visita da Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (30). Embora nenhum parlamentar seja alvo da operação, 10 mandados de busca e apreensão foram cumpridos para a continuidade da investigação que apura contratos ilegais, que somados atingem cerca de R$ 40 milhões.

Segundo as autoridades, há uma relação de benefício entre as empresas que compõem a organização criminosa e, pelo menos, um servidor comissionado da Alepe, que não teve o nome divulgado. Ele atua na comissão de pregoeiros, setor responsável pelas licitações e pagamentos, e favorecia o grupo de empresários há anos em troca de propina. Para enganar a PF, o pedido de dinheiro era travestido como um convite para tomar café, que acabou batizando a operação como 'Coffe Break'.

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Só na Alepe, quatro mandados foram cumpridos, enquanto os demais ocorreram nas residências dos envolvidos, localizadas nos bairros do Poço da Panela, Bongi e Graças, todos no Recife, e nos municípios de Ipojuca e Gravatá.

O servidor da Casa foi afastado temporariamente da função de pregoeiro. Ele e o empresário apontado como líder da organização foram indiciados por corrupção, advocacia administrativa e dispensa indevida de licitação.

Por meio de nota, Assembleia Legislativa de Pernambuco alegou: "Todos os contratos firmados respeitam a legislação vigente e passam por um criterioso processo de avaliação e controle da procuradoria e auditoria. Estamos à disposição das instituições de fiscalização para colaborar com o esclarecimento dos fatos".

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), revelou nesta sexta-feira que determinou o cancelamento de uma licitação no valor de R$ 48 milhões para reformas no autódromo de Interlagos. Durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, Covas disse que tomou a decisão depois da Fórmula 1 ter anunciado nesta sexta-feira que o GP do Brasil não será realizado neste ano como prevenção ao novo coronavírus.

"Já determinei o cancelamento da licitação que estava em andamento no valor de R$ 48 milhões para a reforma da pista. Não tem mais como segurar isso. Já determinei o cancelamento porque não vamos gastar R$ 48 milhões com o risco de não ter Fórmula 1 em São Paulo", disse Covas na entrevista coletiva. O prefeito não mencionou mais detalhes sobre a licitação cancelada e lamentou o cancelamento.

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Apesar de ter mencionado o "risco de ter não ter Fórmula 1 em São Paulo", Covas afirmou que a cidade continua em contato com a categoria para conseguir realizar a prova no próximo ano. O contrato atual termina em 2020 e para se manter no calendário, a capital paulista precisa de uma renovação. "Nós continuamos a conversa para a prorrogação do contrato", afirmou.

Presente à mesma entrevista coletiva, o governador de São Paulo, João Doria, não comentou sobre o cancelamento do GP do Brasil de Fórmula 1. Há duas semanas, porém, ele havia garantido que o evento estava mantido e não corria riscos por causa da pandemia. "Com relação a este ano, o contrato tem de ser cumprido. É preciso deixar isso claro de parte à parte", comentou no dia 10 deste mês.

A informação sobre a exclusão do Brasil do calendário da Fórmula 1 foi antecipada pelo Estadão no dia 8 de julho. É a primeira vez desde 1973 que o País não receberá uma prova da categoria. Embora Covas afirme que a cidade continua em contato com a Fórmula 1, o Estadão revelou em 30 de junho que o Rio de Janeiro tem contrato encaminhado para receber a prova em 2021.

Além do esquema na coleta de lixo, que causou o prejuízo de R$ 21 milhões ao município de Paulista, o prefeito Júnior Matuto (PSB) é investigado pelo superfaturamento de aluguéis de imóveis usados pela Prefeitura. Ao todo, a fraude nos contratos resultou em um rombo de mais de R$ 900 mil.

Na manhã desta terça-feira (21), a Polícia Civil deu detalhes sobre a Operação Locatário, que apura os crimes de peculato, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e associação criminosa por meio de duas dispensas irregulares de licitação. Segundo as autoridades, os contratos de aluguel de quatro imóveis destinados à profissionais da Saúde, como integrantes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e médicos cubanos, foram superfaturados.

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A investigação iniciada em julho deste ano aponta que todos os imóveis pertencem ao mesmo dono, um empresário que não teve o nome divulgado. Contudo, foi verificado que ele é amigo pessoal de Júnior Matuto (PSB). "Essa imobiliária foi montada logo após as eleições e investiu mais de R$ 2 milhões em imóveis. Logo após a compra, o então secretário de Saúde solicitou que alugassem os mesmos", informou o delegado Diego Pinheiro.

O acordo foi cumprido entre 2014 e 2019 e as autoridades calculam o prejuízo de cerca de R$ 1 milhão ao município. No mesmo período, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) percebeu que houve um aumento patrimonial injustificado por parte do prefeito. Na manhã desta terça (21), ele foi afastado por 170 dias do cargo.

LeiaJá Imagens:

--> Prefeito de Paulista é afastado do cargo por 170 dias

--> Esquema envolvendo prefeito rendeu prejuízo de R$21 mi

O gabinete do governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), pretende gastar R$ 232 mil para a compra de carnes. Entre os itens da lista de compras estão picanha, filé de carne de sol e filé mignon. 

Com filé mignon está previsto o gasto de R$ 62.790, com a aquisição de 1,3 mil quilos do produto. Já os 420 quilos de picanha foram calculados em R$ 25.943,40. Somados, eles vão sair por R$ 88.733,40. O gabinete adotou o Sistema de Registro de Preço, quando seleciona a proposta mais vantajosa para uma compra projetada para o futuro.

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Além do filé mignon, filé de carne de sol e picanha, constam na lista: alcatra sem pele, bisteca bovina, bisteca suína, bucho, carne bovina (costela), carne bovina (tipo costela), carne bovina tipo rabo, carne de bode, carne de patinho, carne de sol, carne moída, carne suína (tipo costela), chã de dentro, chambaril em rodela, fígado, hambúrguer bovino, lombo paulista lagarto, lombo porco, músculo, peito bovino, pernil de cordeiro, pernil suíno, toucinho defumado e língua bovina.

As carnes não foram as únicas licitações de formação de registro de preços abertas pelo Gabinete. Foi publicado também o de frutas, com valor estimado em R$ 62.948,39, constando itens como 40 quilos de morango, 150 quilos de ameixa e 20 quilos de cereja fresca.

A licitação de formação de registro de preços para fornecimento de frios calcula a despesa de R$ 121.897,98. Entre os itens da lista estão 12 quilos de chantilly, 20 quilos de kani-kama, queijos camembert, brie e suíço, carpaccio de salmão e de carne bovina.

Outro pregão prevê o gasto de R$ 69.448,34 para contratação de empresa para confecção e fornecimento de coroas de flores e arranjos naturais. Os itens vão servir para decorar os espaços onde serão realizadas as solenidades oficiais, como também homenagens fúnebres.

Na justificativa para o pregão das carnes, o gabinete ressalta que os produtos visam atender as necessidades do Palácio do Campo das Princesas, sede do governo e local onde são exercidas atividades de representação social próprias do Chefe do Executivo Estadual. Segundo o texto, "o governador recepciona diariamente expressiva quantidade de pessoas, entre elas autoridades políticas e diplomáticas, nacionais e internacionais, bem como desempenha diversas atribuições protocolares e de cerimonial." Os quantitativos levaram em consideração o consumo mensal da Governadoria no ano de 2019.

Sobre o Sistema Registro de Preços, o gabinete diz ter adotado a fim de evitar licitações frequentes e por não ser possível definir previamente o quantitativo a ser demandado pela administração. A adoção também resultaria em um aumento de eficiência administrativa, por promover redução do número de licitações e dos custos operacionais administrativos. "(...) Há ainda a redução de volume de estoque e consequentemente do custo de armazenagem e uma maior eficiência logística, além de um melhor controle orçamentário, uma vez que a administração disponibiliza os valores apenas no momento da contratação."

Após a operação da Polícia Federal (PF), que nessa terça-feira (16) começou a investigar o desvio de recursos públicos voltados ao enfrentamento da Covid-19 em Pernambuco, as prefeituras de Paulista e do Cabo de Santo Agostinho, ambas na Região Metropolitana do Recife (RMR), garantiram que a negociação ocorreu dentro da legalidade. A fornecedora de materiais hospitalares AJS Comércio e Representações é apontada como uma empresa fictícia e não passou por licitação para fechar acordos que ultrapassam R$ 9 milhões.

Dentre as suspeitas, a PF apura o contrato de R$ 600 mil selado entre a AJS e a Prefeitura de Paulista. Entretanto, a gestão do município argumenta que o carregamento de máscaras, álcool gel, álcool 70° e luvas foi negociado por R$ 40 mil. Questionada sobre o pagamento integral, a administração não confirmou se ainda deve à empresa.

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Em nota, a Prefeitura de Paulista explica que parte do material foi repassado para que a secretaria de Educação viabilizasse a entrega dos kits alimentação. O resto dos itens adquiridos ainda não foi entregue, mas foi informado que há um planejamento para o recebê-los.

A Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho, também na Região Metropolitana do Recife, destaca que a negociação não trouxe prejuízo aos cofres públicos. A gestão afirma que avaliou os valores praticados no mercado antes de adquirir R$ 509 mil em equipamentos de proteção individual. Todo lote já foi recebido e é utilizado por profissionais de Saúde do município, aponta a nota.

A Prefeitura de Olinda já havia se pronunciado e reiterou o compromisso com a investigação.

Na manhã desta terça-feira (16), a Secretaria de Saúde do Recife (Sesau) virou alvo de seis mandados de busca e apreensão da Polícia Federal (PF) por contratos com uma suposta empresa laranja de materiais hospitalares. A investigação aponta que, mesmo sem a devida capacidade operacional, a FBS Saúde Brasil Comércio de Materiais Médicos Eireli, foi favorecida em 14 negociações que ultrapassam R$ 81 milhões.

De acordo com a PF, a empresa estaria constituída em nome de 'laranjas' e teria sido contratada mediante 14 dispensas de licitação devido à condição de calamidade pública. A investigação ainda aponta que as dispensas foram ‘montadas’ para justificar o acordo com a FBS Saúde Brasil.

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Em parceria com a Controladora-Geral da União (CGU), a PF segue em busca de indícios para que os envolvidos respondam pelos crimes de falsidade ideológica, peculato (desvio de dinheiro público) e dispensa indevida de licitação, sem prejuízo de outros que possam surgir no decorrer da apuração.

Em nota, a Prefeitura do Recife informou que “todos os processos dessas empresas foram enviados anteriormente por iniciativa da Prefeitura ao Tribunal de Contas, Ministério Público Federal e, por solicitação, à Polícia Civil”. Além disso, o texto também ressalta que “os materiais comprados já foram recebidos e estão em uso nas unidades de saúde da emergência da COVID-19”.

Veja o posicionamento na íntegra:

A Prefeitura do Recife informa que as compras às empresas Saúde Brasil e AJS Comércio e Representações foram realizadas cumprindo todas as exigências da Lei 13.979/2020.

Todos os processos dessas empresas foram enviados anteriormente por iniciativa da Prefeitura ao Tribunal de Contas, Ministério Público Federal e, por solicitação, à Polícia Civil.

Os preços estão de acordo com os praticados no mercado e toda documentação exigida pela lei foi apresentada.

Todos os materiais comprados já foram recebidos e estão em uso nas unidades de saúde da emergência da COVID-19.

O valor total das compras realizadas e recebidas foi de R$ 7,5 milhões da empresa AJS e R$ 15,5 milhões da empresa Saúde Brasil.

A Prefeitura continua à disposição de todos os órgãos de controle para esclarecer o que for necessário e reafirma que todos os processos cumpriram as exigências legais.

A Operação Inópia, deflagrada pela Polícia Civil na quarta-feira (3), investiga o contrato para entrega de cestas básicas firmado entre o Governo de Pernambuco e a empresa Juntimed Produtos Farmacêuticos e Hospitalares, com sede em Paudalho, na Mata Norte de Pernambuco. Os indícios apontam que a empresa não tem capacidade técnica para cumprir o contrato. Os detalhes da operação, realizada em conjunto com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Polícia Federal (PF) e Controladoria Geral da União (CGU), foram apresentados em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (4).

A Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude (SDSCJ), por meio de dispensa de licitação, contratou por R$ 12,7 milhões a entrega de 200 mil cestas básicas, que seriam distribuídas para a população mais vulnerável e em risco em decorrência da Covid-19. A polícia fez diligências na casa de uma sócia da Juntimed no Recife, nas residências de outro sócio em Goiás e Distrito Federal, na sede da empresa em Paudalho e na SDSCJ. Na residência da sócia, a polícia encontrou R$ 50,6 mil em espécie, quase todo o valor em notas de cem. Não houve prisões.

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Segundo a delegada Viviane Santa Cruz, do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Dracco), a empresa foi criada há pouco mais de cinco meses e anteriormente era uma empresa de gráfica. "Ela não é de gêneros alimentícios, não comprovou a existência de funcionários e não teria nenhum carro registrado na empresa", explica a investigadora.

O promotor de Justiça Sérgio Tenório esteve no endereço da fornecedora com estrutura considerada rudimentar, e identificada por um papel colado na parede. "Empresa que tem um contrato de grande monta não tem uma placa de indicação da própria empresa, também não tinha veículos registrados em nome dela. Uma empresa que tem que prestar serviço dessa magnitude precisa de serviço de logística compatível", avalia.

O contrato foi assinado em meados de maio. A empresa tem o prazo de 120 dias para entregar o material. Segundo a Polícia Civil, uma quantidade de cestas foi distribuída, mas os números ainda são desconhecidos. Consta no Tribunal de Contas que cerca de R$ 7,5 milhões já foram liquidados e o fornecedor recebeu mais de R$ 2,7 milhões pelo serviço.

"Se você contratou, como é que chegou a essa escolha?", o questionamento é do superintendente da seccional de Pernambuco da Controladoria Geral da Uniçao (CGU), Fábio Araújo. Ele ressalta que, quando há dispensa de licitação, o contratante tem mais liberdade para escolher a fornecedora.

A Polícia Civil salienta que a primeira etapa da operação teve foco na Juntimed. A diligência realizada na secretaria, segundo Santa Cruz, foi pontual para análise dos dados do contrato. "A gente não sabe ainda se algum servidor está envolvido, a gente não pode acusar ninguém", diz a delegada. No cumprimento dos mandados de busca e apreensão também foram apreendidos celulares, computadores e documentos.

A mesma fornecedora firmou um contrato de quase R$ 2 milhões com a Prefeitura de Olinda para distribuição de cestas básicas. Como há recurso federal empenhado, a Polícia Federal (PF) está investigando a negociação. O valor da cesta básica também é objeto de análise, já que para o município de Olinda a unidade custou R$ 40, enquanto ao Governo de Pernambuco saiu por R$ 63.

A Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude ainda vai se posicionar sobre o caso. As investigações continuam.

A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou, na manhã desta quarta-feira (3), a Operação Inópia, que apura possíveis irregularidades em contrato elaborado com recursos públicos destinados ao combate da Covid-19. Segundo a corporação, há indícios de suposta existência de organização criminosa voltada para a prática de crimes relacionados com fraude à licitação.

Estão sendo cumpridos cinco mandados de busca e apreensão. Três deles são em Pernambuco, nas cidades de Recife e Paudalho. Os outros dois mandados estão sendo cumpridos em Goiás e no Distrito Federal.

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A Operação conta com o apoio da Polícia Federal, Controladoria Geral da União e Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado do Ministério Público de Pernambuco (Gaeco-MPPE). 

A Inópia está sendo coordenada pela Diretoria Integrada Especializada (Diresp), sob a presidência da delegada Viviane Santa Cruz, da Delegacia de Combate à Corrupção. Detalhes devem ser repassados posteriormente pela instituição.

O deputado estadual Marco Aurélio Meu Amigo (PRTB), questionou um processo da Prefeitura do Recife, relativo à dispensa de licitação no valor de R$ 4,3 milhões, para aquisição de  ventiladores pulmonares a uma pessoa jurídica vinculada a uma empresa veterinária.

“Mais uma vez o Prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), está fazendo um esforço enorme para fazer do Recife a capital dos escândalos do coronavírus. Você já ouviu falar que em algum pet shop se vende aparelho respiratório?”, disparou Marco Aurélio

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Nas redes sociais, o parlamentar demonstra estranheza nos processos que chegam a R$ 11 milhões para aquisição dos equipamentos a empresa Brasmed Veterinária. “É no mínimo estranho uma empresa do ramo veterinário ter ligação com o comércio de respiradores”, escreveu o parlamentar.

*Da assessoria 

Com o objetivo de apurar irregularidades em contratação emergencial, sem licitação, firmadas pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (15) a Operação Grabato. A suspeita é de que tenha havido direcionamento do contrato. 

As irregularidades, inicialmente detectadas pelo Ministério Público, estão relacionadas à contratação - durante o período de emergência sanitária em razão da pandemia de Covid-19 - de empresa para gerenciamento de aproximadamente 200 leitos no hospital de campanha construído no Estádio Nacional Mané Garrincha, com inauguração prevista para os próximos dias. O contrato é de aproximadamente R$ 79 milhões. Também estão sendo investigados os procedimentos de contratação de empresa para gerir as UTIs do Hospital da PMDF e de aluguel de ambulâncias, ambas relacionadas aos esforços de enfrentamento à pandemia.

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A suspeita é que a empresa contratada tenha se aproveitado da situação de calamidade para, com a participação de servidores públicos, burlar as regras legais e firmar contrato com a Secretaria de Saúde causando prejuízo aos cofres públicos.

A investigação é comandada pela Controladoria-Geral da União (CGU) e pela Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado da Polícia Civil do Distrito Federal , em conjunto com a Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social e a Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde, do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

Operação

Na ação de hoje foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão nas regiões de Taguatinga, Asa Norte, Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) e Lago Sul, em empresas e residências de empresários e do servidor público envolvido, bem como na Subsecretaria de Infraestrutura em Saúde da SES-DF, responsável pela contratação. 

Nas diligências, o alvo dos investigadores eram elementos para subsidiar as investigações em andamento que, segundo a CGU "apontam, até o momento, para a ocorrência dos crimes de inobservância deliberada das formalidades pertinentes à dispensa de licitação e estelionato contra a administração pública que, após análise do material apreendido, podem chegar a outros crimes e à quantificação do prejuízo ao erário".

Participaram da operação de hoje 40 policiais civis, entre delegados, agentes, escrivães e peritos criminais, além de promotores e analistas do MPDFT e dois auditores da CGU, todos utilizando equipamentos de proteção individual (EPIs) que também foram fornecidos às pessoas que se encontravam nos locais alvos das buscas como medida de prevenção à disseminação do novo coronavírus.

O conselheiro do Tribunal de Contas (TCE) Valdecir Pascoal expediu, monocraticamente, uma medida cautelar determinando a suspensão da compra emergencial de 2,5 mil celulares smartphones que seria feita pela Secretaria de Educação do Recife. Os smartphones seriam adquiridos por R$ 1,6 milhão com dispensa de licitação.

 A Secretaria de Educação informou que os celulares seriam destinados a alunos do 9º ano do ensino fundamental da rede municipal do Recife para que pudessem utilizar uma plataforma digital de estudo durante o período de isolamento domiciliar e suspensão das aulas presenciais devido à pandemia do novo coronavírus.

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Em sua decisão, Valdecir Pascoal afirmou que não se vislumbra afronta ao interesse público no propósito de aquisição dos celulares, no entanto o procedimento adequado para a compra é por meio de um pregão simplificado eletrônico. O método não dispensaria a licitação, mas garantiria a agilidade necessária para o momento.

O conselheiro afirmou, em seu voto, que a Administração não comprovou a impossibilidade de realizar um procedimento que ofereça maior competição e isonomia. A Lei Federal 13.979/20, legislação excepcional que rege as contratações públicas neste momento, impõe cautela na hora de decidir por uma compra pública mediante dispensa de licitação. 

De acordo com Pascoal, “a escolha entre a dispensa e o pregão simplificado, conquanto possua elementos de discricionariedade, exige do gestor sólida e robusta fundamentação da situação fática determinante, de sorte que a opção pela dispensa deverá deixar inconteste a manifesta inviabilidade do pregão."

Apesar de a Secretaria de Educação do Recife ter alegado uma duração média de quatro meses para a realização do procedimento, o conselheiro rebateu explicando que novos regramentos previstos na legislação dispõem sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública, resultando em tempo mais curto e ágil que o estipulado pelo órgão, não chegando a 30 dias.

"A Secretaria de Educação, ao falar dos quatro meses, certamente está se referindo às normas ordinárias do pregão. Ocorre que desde de meados de março de 2020, uma Medida Provisória, a 926/2020, alterou a Lei 13.979/20 para consignar a previsão do Pregão Simplificado, justamente para disciplinar contextos excepcionais na vigência da pandemia", afirmou o conselheiro. 

De acordo com ele, o que, em princípio, poderia parecer um gasto supérfluo, por envolver equipamentos mais utilizados pelas camadas médias e ricas da população, consiste em importante necessidade. Além disso, o conselheiro entendeu legítima a justificativa de que há a possibilidade de utilização do ensino a distância durante o segundo semestre como atividade complementar da aprendizagem para atenuar os efeitos negativos do período em que os alunos não tiveram aulas - ainda que a medida de isolamento seja suspensa.

Além de expedir a cautelar, o conselheiro determinou à Coordenadoria de Controle Externo do Tribunal a abertura de uma auditoria especial. Valdecir Pascoal determinou também que os responsáveis se abstenham de assinar o contrato pela compra dos aparelhos até o exame final de mérito pelo Tribunal de Conta. A cautelar será submetida à Primeira Câmara do TCE em sessão extraordinária para ser referendada pelos demais conselheiros que formam o colegiado.

Um vídeo publicado nessa segunda-feira (13) levantou o questionamento sobre a procedência dos equipamentos de proteção individual (EPIs) adquiridos pelo Governo Federal para os profissionais da Saúde no combate à covid-19. A qualidade das máscaras entregues aos médicos da Universidade Federal de Goiás (UFG) é consideravelmente inferior ao material ideal para prevenção.

Indignada com a compra, uma profissional testa a fragilidade do produto, compara com às máscaras usadas habitualmente na instituição e constata a ineficácia do EPI. "Por que um material tão ruim, de péssima qualidade, é nos ofertado nesse momento de tanta gravidade?", questiona.

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Sem licitação, sem preço, sem qualidade

De acordo com uma reportagem do The Intercept Brasil, publicada em 22 de março, mesmo ser participar de licitação ou ter experiência no fornecimento de material hospitalar, a empresa Farma Supply ganhou dois contratos do Ministério da Saúde no valor de R$ 18,2 milhões. Porém, as máscaras são 67% mais caras que as de outro fornecedor que fechou contrato no mesmo dia.

Enquanto a Farma Supply comercializa o EPI pelo valor unitário de R$ 1,60, a empresa BRT Medical, de João Pessoa, fornece a mesma máscara por R$ 0,96. Uma variação de aproximadamente 60%.

Além disso, o valor do contrato com a Farma Supply é mais de 180 vezes maior que o seu capital social, disponível na Receita Federal por R$ 100 mil, e o endereço consta um pequeno prédio comercial no Rio de Janeiro. O sócio é o militar aposentado Marcelo Sarto Barros, um bolsonarista fervoroso que usa as redes sociais para incentivar a viabilização do partido Aliança pelo Brasil, que o próprio presidente tenta lançar.

Em 2018, a Farma Supply teve R$ 248 mil em bens bloqueados por não pagar dívidas para uma empresa de máquinas têxteis de Santa Catarina, em 2016.

Na saúde e na doença

Parece que o ministro responsável pela pasta, Luiz Henrique Mandetta, aproveitou o caráter emergencial da compra e a não obrigatoriedade da disputa licitatória para contratar um velho conhecido. Segundo reportagem do Uol, um lote de aventais avaliado em R$ 700 mil foi oferecido para a Prosanis, instituição do segundo maior financiador das suas campanhas eleitorais no Mato Grosso do Sul.

A empresa é de Aurélio Nogueira Costa, que também é proprietário da Cirumed Comércio Ldta. Nas eleições de 2014, a instituição repassou para Mandetta R$ 94 mil por meio de depósito em espécie. Anteriormente, no pleito de 2010, foram doados R$ 50 mil, divididos em dois cheques. Em 2013, Aurélio chegou a ser investigado pela Polícia Federal por suspeita de ganhar licitações fraudadas na prefeitura de Campo Grande.

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