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Parece que as mulheres estão cada vez mais empoderadas no mundo do entretenimento. Segundo informações do site The Hollywood Reporter, a estrela da série Shameless, Emmy Rossum, tomou uma posição e passou a exigir que seu salário seja equivalente ao do outro protagonista, William H. Macy. O seriado está no ar há oito anos e, durante todo este tempo Emmy recebe muito menos que William. A Warner Bros., produtora da trama, e a emissora Showtime, que transmite a história, não se pronunciaram sobre o assunto.

E se você acha que Emmy causou uma polêmica entre seus colegas de elenco, saiba que seu posicionamento é bastante elogiado pelos atores da série. Segundo informações do TMZ, William H. Macy apoia totalmente esta decisão e até brinca sobre qual seria o seu ponto superior relacionado a Emmy.

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- Já era hora! Ela trabalha tanto quanto eu, ela merece tudo. A única coisa que eu sou superior a ela é na aparência, dispara William.

Nesta terça-feira (6) foi ao ar a última prova do MasterChef Profissionais antes da grande final do reality gastronômico. Marcelo venceu uma prova em que os cozinheiros fariam pratos com ingredientes trazidos por produtores rurais e foi para o mezanino com a vaga garantida na final. Na prova de eliminação com caixa misteriosa, Dayse venceu Dário e avançou para disputar o título de primeiro (ou primeira) MasterChef Profissional do Brasil.

No Twitter a repercussão do episódio foi imensa, especialmente por parte dos fãs de Dayse que demonstram muita alegria diante do avanço da chef, que tem superado seguidos episódios de machismo e vencido participantes que a escolheram como principal alvo.

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O repúdio às atitudes de Marcelo também apareceram. O participante declarou que torcia por Dário na prova de eliminação contra Dayse 'para ter uma prova mais legal' na grande final. Além disso, ao subir para o mezanino, o candidato agiu como se sua vitória já fosse um fato consumado: 'não acredito, vou ser campeão', comemorou ele. A final acontece na próxima terça-feira (13) às 22h30, Band.

Veja o que as pessoas falaram no Twitter sobre a prova da semifinal: 

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Foram 23 anos juntos. Com oito meses de casamento veio a primeira agressão. Três, quatro a cinco surras por ano. “Apanhava do nada”, diz Lindaci Maria dos Santos, 51 anos, divorciada. 

A família não dava apoio. A mãe dizia “foi você que procurou”. “Eu ficava fechada”, analisa Lindaci. Naquela época, avalia a doméstica, esse tipo de situação não costumava ser denunciada. Uma vez ela foi ao ortopedista com o corpo machucado. “O ortopedista perguntou o que foi aquilo. Eu contei a história e ele disse ‘ah, isso é normal’”,  lembra.

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Lindaci era a história de muitas mulheres: agredida, amedrontada e que sempre dava uma nova chance para o companheiro, que sempre pedia desculpas pelo que fez. 

Um dia, a doméstica não aguentou mais. Ela, que quando jovem queria ser policial e passou até em concurso, não conseguia mais viver presa. Procurou a Delegacia da Mulher há três anos. 

“No momento que eu denunciei, ele estranhou. Mas quando eu cheguei com aqueles dois policiais para pegar minhas roupas, que olhei nos olhos dele, eu vi que os olhos dele falaram muito, como quem diz ‘tu está fazendo isso comigo? Não acredito’ e me senti liberta”, diz. 

Lindaci ficou um período em uma casa de acolhimento da Secretaria Estadual da Mulher. Lá, ela foi atendida por psicólogos, médicos diversos, fez cursos e perdeu o medo que tinha do companheiro.

Ao voltar para sua casa, em Paulista, município da Região Metropolitana do Recife (RMR), feliz consigo mesma, ela, que é evangélica, decidiu discursar na igreja. “Fui criticada dentro da congregação que eu faço parte. Ele [o ex-marido] era um obreiro da casa do Senhor. Fui ao microfone agradecer a todos que tinham orado por mim e disse que ali havia muitos que espancavam. Um irmão levantou-se e pediu para desligar o microfone, eu disse ‘não mande desligar o microfone não’. Denunciem, eu pedi. Depois eu soube que esse irmão também espancava a esposa”.

Depois de tudo isso, a senhora ainda chegou a dar outra oportunidade para o ex-companheiro. Em um dia que ele chegou bêbado e agressivo, entretanto, ela não hesitou em deixá-lo. Hoje eles moram próximos, se cumprimentam quando se encontram e seguem suas vidas.

As vizinhas e mulheres da igreja ainda questionam o fato dela viver só, dizem que ela parece presa. “Sempre me senti culpada, agora eu me sinto livre, se eu quiser sair eu saio, se eu quiser chegar em tal hora eu chego”, conclui Lindaci, que agora quer ser a história de mulheres que lutam e se libertam. 

A Central de Teleatendimento Cidadã Pernambucana recebe denúncias e orienta mulheres no número 0800 281 8187. A Central de Atendimento à Mulher, do Governo Federal, funciona no 180. O Departamento de Polícia da Mulher fica na Avenida Alfredo Lisboa, 188, no Recife Antigo e o telefone é o 3184-3568.

Na edição do 'Masterchef Profissionais' da última terça-feira (29) foi formado o grupo do Top 3 que avança à semifinal da competição em meio a uma competição bastante tensa. O participante Marcelo se livrou da prova de eliminação e pôde escolher as carnes que os demais preparariam na próxima prova. Marcelo admitiu ter tentado dar o ingrediente mais difícil a Dayse, levando a audiência a chamá-lo de arrogante.

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Dayse, apesar de Marcelo tentar dificultar sua permanência no programa, venceu a prova e o chef pernambucano Ivo foi eliminado na decisão entre seu prato e o de Dário. As comemorações dos fãs de Dayse, foi imensa no Twitter. A hashtag '#FicaDayse' chegou a aparecer not trending topics mundiais durante a exibição do programa.

Vários usuários torcem por ela que, apesar de sempre ser tratada como oponente 'mais frágil', como já disse Ivo, segue avançando e está cada vez mais perto da final da competição. Em edições anteriores, Ivo desferiu ataques machistas a Dayse, que já foi sua subchef antes do programa. Após a eliminação de Ivo, a chef Dayse declarou que ele nunca acreditou nela nem antes nem durante o MasterChef, além de comemorar a saída de Ivo no Twitter e seu avanço para a próxima etapa.

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A agência brasileira AlmapBBDO vai abrir mão de dois dos Leões que ganhou no Cannes Lions - Festival Internacional de Criatividade de 2016. A empresa tomou a decisão de devolver os dois Leões de bronze que recebeu nas categorias Print & Publishing e Outdoor após uma polêmica envolvendo o conteúdo e a veiculação de uma campanha para a multinacional alemã Bayer.

Após figurarem entre os vencedores, os cartazes para o produto Aspirina sofreram críticas pelo conteúdo, considerado machista, com uso de frases como "Calma amor, não estou filmando isso". Os críticos da peça publicitária argumentaram que esse tipo de mensagem poderia incentivar a gravação não consensual de uma relação sexual.

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Em resposta, a AlmapBBDO retirou todas as peças da Bayer da competição de Cannes Lions 2016. Em nota, a agência afirmou que "lamenta que o anúncio da Aspirina, do nosso cliente Bayer, tenha causado constrangimentos e esclarece que não houve a intenção de tratar com indiferença abusos de qualquer natureza".

Ao que parece, o público ainda não esqueceu a polêmica envolvendo o cantor Biel e a denúncia de assédio sexual que recaiu sobre ele. Mesmo após ter publicado um pedido de desculpas à repórter que o denunciou, o MC voltou aos holofotes por conta do caso. Nesta segunda (13), uma das hashtags mais comentadas no Twitter era #BielGostosinhaÉSuaIrmã que retomou a discussão acerca do caso e também sobre assédio e violência contra as mulheres.

No Twitter, as opiniões se dividiram em relação ao uso da hashtag. A maioria dos internautas demonstrou indignação com a 'brincadeira' alegando não ser correto combater assédio com mais agressão. O perfil @MrtnsAline comentou:? "Quando vocês querem ofender um homem vocês usam uma mulher pra isso? O que vocês estão combatendo?"; @_raeul disse: "O nome disso é hipocrisia. Todo mundo apontou o dedo pro cara e agora criam essa tag machista" e @EuNormais escreveu: "O ser humano não tem jeito mesmo, olha que tag mais ofensiva. Como julgar alguém com esse tipo de atitude?" Já outros acharam que esta seria uma maneira de Biel aprender 'a lição'. A internauta @meireludi postou: "Agora ele está sentindo na pele. Tomara que desta vez aprenda porque aquele pedido de desculpas não me convenceu" e @Isa_Cechet falou: "Toma! Acha que mulher é brinquedo, agora está sendo humilhado, igual você fez com a repórter".

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Giovanna, irmã do cantor Biel, tem apenas 15 anos. Após a reprcussão do caso envolvendo ele e a repórter do Portal IG, o artista chegou a fazer um post em uma rede social dizendo ser a jovem uma das pessoas mais importantes de sua vida.  

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Uma 'novidade' em estacionamentos chineses entre as províncias de Zhejiang e Jiangxi, no sudeste da China, tem provocado reações negativas nas redes sociais, de acordo com veículos de comunicação do país. Estes locais fizeram uma marcação determinando vagas somente para mulheres, só que os espaços reservados para as motoristas é bem maior do que para os homens.

Pintadas de cor de rosa e com o símbolo internacional que define o sexo feminino, as vagas destinadas às mulheres são pelo menos 50% mais largas, porque segundo Pan Zhuren, diretor de um dos estabelecimentos, "as motoristas são ruins de estacionamento". Ele afirmou isso ao Qianjiang Evening News, site da China.

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Ainda segundo Zhuren, a 'novidade' foi criada em março, mas somente agora tem despertado indignação. "As vagas de estacionamento foram projetadas para 'melhor servir' motoristas do sexo feminino e proteger a sua segurança", disse.

O estupro coletivo sofrido por uma adolescente de 16 anos no Rio levantou uma questão: vivemos uma cultura do estupro? Para responder, o jornal O Estado de S.Paulo falou com a professora de Antropologia da USP Heloisa Buarque de Almeida, que coordenou o programa USP Diversidade quando vieram a público os casos de estupro na Faculdade de Medicina. Hoje ela participa da rede Não Cala.

Nós vivemos numa cultura de estupro? O que isso significa?

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Para entender o que isso tem a ver com o Brasil, é preciso pensar no tipo de produção cultural que a gente tem, que por um lado naturaliza a desigualdade entre homens e mulheres e por outro torna as mulheres objetos e traz a ideia de que o homem não consegue se conter. Como se o homem fosse uma espécie de bicho descontrolado. O que não é verdade porque, se fosse assim, todos os homens seriam predadores sexuais. Um caso clássico é o de uma propaganda de cerveja do carnaval do ano passado que dizia "deixei o não em casa", que sugere que a mulher diz ‘não’, mas no fundo quer dizer ‘sim’. As pesquisas com violência contra as mulheres mostram que o estupro é muito mais comum do que a gente imagina, acontece de modo muito mais corriqueiro. Estudo recente do Ipea calculou que 10% a no máximo 30% dos casos são de fato denunciados. Isso porque vivemos numa sociedade que nutre a ideia que se uma menina denuncia um estupro, a primeira coisa que acontece é cair a culpa sobre ela. Sabem que vão perguntar: mas você estava bêbada ou de minissaia. Isso é naturalizado em várias produções culturais. Temos músicas que descrevem cenas que parecem estupros e tocam como se fosse normal.

Muita gente tem dito: em vez de ensinar a menina a não ser estuprada, tem de ensinar os meninos a não estuprar. É só uma questão de educação?

A primeira coisa que tem de acontecer é punir os agressores. Hoje pune-se muito pouco esse tipo de caso. Muitos dos BOs que fizemos de casos na Universidade de São Paulo nem sequer foram investigados. Mas não basta punir. Educação é fundamental. É urgente falar de gênero na escola. Quando um menino pequeno está na escola, chora, e o pai fala: ‘homem não chora, bata no menino que bateu em você’, ele aprende que não pode expressar seu sentimento a não ser pela agressão. É ainda dominante uma cultura que os meninos têm de saber se defender. A gente ensina a se expressar pela violência. Tem de educar os meninos a ser amigos das meninas.

E isso aparece também no discurso de artistas, políticos.

É assustador que esse caso venha à tona num dia em que vemos o Alexandre Frota, que contou como piada na TV uma cena de estupro, indo ao Ministério da Educação. O que ele fez na TV foi um exemplo clássico de cultura do estupro. O que ele pode propor sobre educação? Outro exemplo foi quando o deputado Jair Bolsonaro falou para a deputada Maria do Rosário, que ela não merecia ser estuprada. Como se estupro fosse um elogio. Ele naturalizou o estupro como se fosse algo que as mulheres merecessem. Por isso é urgente problematizar a violência contra a mulher.

A atriz Amber Heard, esposa do ator americano Johnny Depp, compareceu nesta sexta-feira perante um tribunal com contusões no rosto, acusando o astro de Hollywood de agredi-la e pedindo que seja estabelecida uma ordem de afastamento contra ele, noticiou o site sobre celebridades TMZ.

Heard, que no início da semana pediu o divórcio de Depp em Los Angeles, afirma ter sido vítima de repetidas agressões físicas por parte do ator, acrescentou o TMZ. O site publicou uma imagem que mostra Heard, de 30 anos, com um hematoma perto de seu olho direito.

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Segundo a atriz, a foto foi feita logo depois de Depp ter jogado seu iPhone em seu rosto, na noite de sábado da semana passada. "Heard afirma que depois dê-la atingido, ele ofereceu dinheiro para que ela se mantivesse calada, mas ao invés disso ela pediu o divórcio na primeira hora de segunda-feira", informou o TMZ.

Heard diz que enfrenta a ameaça iminente de agressões por Depp apesar de o ator estar fora da cidade desde quarta-feira, ocupado com a divulgação do novo filme "Alice através do espelho".

A advogada de Depp, Laura Wasser, não quis comentar o caso, assim como o advogado de Heard. A revista People afirmou que obteve uma cópia do pedido de divórcio de Heard, no qual consta que o motivo apresentado para a separação foi o de "diferenças irreconciliáveis".

Depp e Heard se conheceram no set do filme de 2011 "Diário de um Jornalista Bêbado", quando Depp ainda mantinha um relacionamento com a atriz francesa Vanessa Paradis, mãe de seu filho Jack e de sua filha Lily-Rose.

Os dois se casaram em uma pequena cerimônia privada em Los Angeles em fevereiro de 2015.

Um novo anúncio de roupas íntimas da Calvin Klein causou comoção nos Estados Unidos por conta de uma foto tirada debaixo da saia de uma mulher, focando suas partes íntimas.

A foto é da modelo Klara Kristin, de 23 anos, que veste uma roupa marfim e olha para a câmera, posicionada debaixo dela.

A foto da campanha, denominada "I flash in #mycalvins" ("Eu brilho na #minhacalvin), provocou uma onda de repulsa nas redes sociais e em outros locais.

"Calvin Klein faz marketing para pervertidos", criticou o New York Post em sua manchete.

"@CalvinKlein, seu anúncio sexualiza garotas jovens. Nós #NãoVamosComprarIsto", tuitou a conta Miss Representation, integrante do Projeto de Representação, que trabalha para combater os estereótipos e as injustiças sociais.

Segundo o Centro Nacional de Exploração Sexual, o anúncio representa uma forma de assédio sexual, denominada "up-skirting" - que é a prática de tirar fotos debaixo da saia das mulheres sem o conhecimento ou consentimento da mesma.

O centro lançou uma petição para que a marca "pare de normalizar e glamourizar o assédio sexual".

Mas na tarde desta quinta, a foto continuava na conta do Twitter da Calvin Klein.

Os anúncio publicitários da Calvin Klein são frequentemente de caráter sensual, e algumas vezes exibem com características andróginas e muito jovens.

Em 1981, a atriz americana Brooke Shields, com 16 anos, posou num jeans apertado da Calvin Klein com as pernas abertas. Ela olhava para câmera e dizia, "Você quer saber o que tem entre mim e a minha Calvin? Nada".

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Cansadas de ouvir comentários machistas em sala de aula, um grupo de alunas de Arquitetura da Universidade Mackenzie espalhou na terça-feira, 26, cartazes pela faculdade com frases preconceituosas que ouviram de professores. "Agora vamos explicar de novo, porque a sala tem muitas meninas" e "seu trabalho está ruim, você podia pelo menos ter vindo com uma saia mais curta", foram algumas das frases que elas denunciam ter ouvido dos professores.

Lela Brandão, aluna de Arquitetura e uma das fundadoras do Coletivo Feminista Zaha, responsável pela ação, afirma que a intenção é alertar os professores que comentários machistas não serão mais tolerados. "Na nossa faculdade, a maior parte dos professores é homem, mas as mulheres são maioria entre os estudantes e não vamos mais tolerar esse tipo de violência. Ficamos caladas por tempo demais." Lela disse que na quarta-feira, 27, após a exposição dos cartazes, alguns professores debocharam da ação.

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Segundo a estudante, os cartazes têm frases que foram ditas em sala de aula e ouvidas por mais de um aluno. "Não divulgamos ou denunciamos os professores autores dessas declarações porque as atitudes machistas não são exclusivas. Elas estão institucionalizadas e generalizadas na universidade."

Para Lela, a ação deve inibir os professores a fazerem novos comentários machistas e a próxima ação das alunas será denunciar pontualmente cada novo episódio de discriminação. "A maioria dos professores é homem, mais velho, que tem a nossa admiração e usa sua posição para falar essas coisas. Para eles, as vezes é só uma brincadeira. Para nós, é uma violência."

O coletivo surgiu há cerca de um mês, após um professor também do curso de Arquitetura ser denunciado pelas alunas por ter debochado em sala de aula das acusações de estupro contra o médico Roger Abdelmassih - preso em 2014 após ser condenado a 181 anos de prisão por 56 estupros.

Em nota, a universidade disse que o mural feito pelas alunas "demonstra a preocupação com o tema e a importância da discussão sobre intolerância no Brasil" e informou que o seminário Gênero e Preconceito será realizado na faculdade no próximo mês. "O Mackenzie orgulha-se por formar cidadãos críticos e atuantes, que discutem os problemas do dia a dia da sociedade."

Uma publicação do professor Jorge Zaverucha, do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), instigou repúdio do Diretório Acadêmico de Ciência Política (DACP) da instituição de ensino. O texto compartilhado pelo docente - “Perco o amigo mas não perco a piada: Por que mulher casa de branco? Para combinar com o fogão, refrigerador e lava louça” - foi bastante criticado pelo DACP, principalmente taxado de machista. O grupo estudantil pediu uma “postura cautelosa em discursos que possam de alguma forma reafirmar discursos de ódio, racistas, homofóbicos ou machistas”.

Através de nota publicada no Facebook, o DACP combateu ações machistas e reforçou a figura da mulher na sociedade. “Deixamos claro também que, diante dessa piada, defendemos sobretudo a liberdade da mulher de ser feliz como desejar, seja no trabalho, em casa ou em ambos. E que não abominamos mulheres que escolhem ser donas-de-casa. A reprodução de um discurso arcaico em que seria natural à mulher supostamente ‘combinar’ com afazeres domésticos é, sem dúvida, um discurso de aprisionamento da mulher que a reduz ao lar; e de aprisionamento dos homens também que, por sua vez, com muito amor e orgulho escolhem ser donos de casa. Repreendemos esse discurso e reforçamos o empoderamento que o feminismo traz às mulheres e homens de todas as raças que lutam diariamente por igualdade”, consta no texto do Diretório.

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De acordo com o grupo estudantil, pelo fato de Jorge Zaverucha ser professor da UFPE, o docente precisa ter postura e seriedade diante de um tema importante, que é a questão do feminismo. O DACP entende que o docente não incentiva a inclusão e a igualdade das mulheres, quando, através da publicação polêmica, restringe o sexo feminino às atividades do lar.

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Em entrevista ao LeiaJá, o docente afirmou que a postagem não passou de uma piada e ainda disse que os acusadores são estudantes sem ocupação. “Isso que está acontecendo é um absurdo. Coisa de estudante que não tem o que fazer, que não sabe conviver com uma ironia. Aquilo (publicação) foi uma piada! O que tem demais uma piada?”, questionou o professor.

O professor da Federal ainda criticou o fato dos estudantes terem acessado sua página pessoal no Facebook, alegando ser uma invasão de privacidade. Zaverucha, quando perguntado se pretende acionar a Justiça pela “invasão” alegada, declarou que está “conversando com alguns amigos”. Ainda em entrevista ao LeiaJá, o docente alegou que não é machista.

A UFPE – A assessoria de imprensa da Universidade informou que a instituição de ensino ainda não tem um posicionamento oficial sobre o embate entre os estudantes e o professor. A seguir, veja na íntegra a nota compartilhada pelo DACP:   

NOTA DE REPÚDIO À DECLARAÇÃO MACHISTA DO PROFESSOR JORGE ZAVERUCHA

O Diretório Acadêmico de Ciência Política deixa explícita a total repreensão e repúdio à publicação do professor do Departamento de Cência Política Jorge Zaverucha em seu Facebook a qual dizia: 

“Perco o amigo mas não perco a piada: 

Por que mulher casa de branco? Para combinar com o fogão, refrigerador e lava louça. Queremos deixar claro que compreendemos a liberdade de expressão de Jorge Zaverucha como indivíduo (apesar de, mesmo assim, não concordarmos com a piada), mas, diante de sua posição de professor e formador de opinião, acreditamos ser imprescindível uma postura cautelosa em discursos que possam de alguma forma reafirmar discursos de ódio, racistas, homofóbicos ou machistas.

Deixamos claro também que, diante dessa piada, defendemos sobretudo a liberdade da mulher de ser feliz como desejar, seja no trabalho, em casa ou em ambos. E que não abominamos mulheres que escolhem ser donas-de-casa. A reprodução de um discurso arcaico em que seria natural à mulher supostamente “combinar” com afazeres domésticos é, sem dúvida, um discurso de aprisionamento da mulher que a reduz ao lar; e de aprisionamento dos homens também que, por sua vez, com muito amor e orgulho escolhem ser donos de casa.

Repreendemos esse discurso e reforçamos o empoderamento que o feminismo traz às mulheres e homens de todas as raças que lutam diariamente por igualdade. Acreditamos que um professor de Universidade Federal deveria ter postura e seriedade diante de um assunto de tão importante dimensão, principalmente como professor de Ciência Política que tem o dever de repensar nosso cenário político e nossas instituições. Desse modo, ao invés de incentivar a inclusão e igualdade das mulheres, o professor claramente as restringe ou as prende necessariamente ao lar.

Professores machistas não passarão!

D.A.C.P.

Segue ainda, a imagem da referida postagem.

O Ministério da Justiça foi obrigado a tirar da sua página no Facebook um peça da campanha "Bebeu, Perdeu", que mira o abuso do álcool por adolescentes, depois da reação furiosa dos internautas. O post mostra duas adolescentes rindo de uma terceira, que aparece triste enquanto olha o celular e o texto diz: "Bebeu demais e esqueceu o que fez? Seus amigos vão te lembrar por muito tempo."

A ideia de passar mensagens bem humoradas para que os jovens não bebam foi vista pelos internautas como machista e indutora de bullying e assédio sexual. Em poucas horas, já havia recebido centenas de críticas, até que o ministério decidiu tirá-la do ar, substituindo por uma explicação. "A campanha ?#?BebeuPerdeu é muito mais do que isso. Nós nos equivocamos com a peça. Ela tem o objetivo de conscientizar jovens até 24 anos sobre os malefícios do álcool. Atuamos em políticas públicas em conjunto com a Secretaria de Políticas para a Mulher (SPM) contra a violência doméstica, o feminicídio e outras formas de violência contra a mulher. Pedimos desculpas pelo mal entendido e ao mesmo tempo contamos com a colaboração de todos na campanha. Abraços", diz o texto.

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Ainda assim, os internautas não perdoaram. A campanha toda - que é composta de cinco VTs, cartazes em aeroportos e rodoviárias, além de um post no Facebook por dia até o 22 deste mês - passou a ser criticada como moralista e ineficaz. Ainda assim, o ministério afirma que será mantida. A assessoria de imprensa, no entanto, informou à reportagem que todas as demais peças estão sendo revisadas - para que se tenha certeza de que não vão também causar reações negativas.

O post criticado pelos internautas usa uma foto de um site das chamadas stock photos - ensaios feitos para venda comercial -, o shutterstock, usado comumente por empresas de publicidade. O título do ensaio é "teenage girl being bullied by text message in mobile phone" - em português, "adolescente sofrendo bullying por mensagem de texto de celular" -, o que ajuda a explicar a reação negativa à peça.

Os demais vídeos e cartazes, que devem ser mantidos pelo ministério, mostram jovens, homens e mulheres, que deixaram de se divertir por estarem bêbados demais ou por estarem de ressaca no dia seguinte. Em um dos VTs, uma jovem acorda de ressaca e vê fotos dos amigos se divertindo na noite anterior e se dá conta que perdeu o paquera para outra menina. Em outro, um rapaz bebe demais, não consegue beijar a menina que queria e a perde para outro. O ministério confirma que a campanha será mantida não apenas para o carnaval, mas para momentos como férias escolares, réveillon e Oktoberfest.

O presidente islamita conservador turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou nesta segunda-feira que as mulheres não podem ser iguais aos homens e defendeu que o lugar da mulher na sociedade é a maternidade.

"Nossa religião definiu um lugar para as mulheres: a maternidade", disse Erdogan em Istambul, diante de um público majoritariamente feminino reunido para um evento sobre justiça e mulheres.

"Algumas pessoas entendem isso, outras não. Não é possível explicar isso às feministas, porque não aceitam a própria ideia de maternidade", acrescentou.

O chefe de Estado ressaltou que homens e mulheres não podem ser tratados da mesma forma porque "vai contra a natureza humana". "Não se pode pedir que uma mulher faça todos os tipos de trabalho que um homem faz", acrescentou.

O presidente provocou em diversas ocasiões a ira dos movimentos feministas turcos ao tentar limitar, sem sucesso, o direito ao aborto ou recomendar às mulheres que tenham ao menos três filhos.

A maioria dos brasileiros concorda com a ideia de que marido que bate na esposa deve ir para a cadeia, revela pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 27, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Batizado de Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS), o trabalho se baseou na entrevista de 3.810 pessoas, residentes em 212 municípios no período entre maio e junho do ano passado. A pesquisa mostra que 91% dos entrevistados concordam total ou parcialmente com a prisão dos maridos que batem em suas esposas. O estudo alerta, no entanto, que é prematuro concluir, com bases nesses dados, que a sociedade brasileira tem pouca tolerância à violência contra a mulher. "Há uma ambiguidade do discurso", afirmam os autores.

Dos entrevistados, 63% disseram concordar com a ideia de que "casos de violência dentro de casa devem ser discutidos somente entre membros da família". Causou espanto entre os próprios pesquisadores o fato de que 65% disseram concordar com a frase "mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas", algo que deixa claro para autores do trabalho a forte tendência de culpar a mulher nos casos de violência sexual. Para autores, um número significativo de entrevistados parece considerar a violência contra a mulher como uma forma de correção. A vítima teria responsabilidade, seja por usar roupas provocantes, seja por não se comportarem "adequadamente."

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A avaliação tem como ponto de partida o grande número de pessoas que diz concordar com a frase: se mulheres soubessem se comportar, haveria menos estupros. O trabalho indica que 58,5% concorda com esse pensamento. A resposta a essa pergunta apresenta variações significativas de acordo com algumas características. Residentes das regiões Sul e Sudeste e os jovens têm menores chances de concordar com a culpabilização do comportamento feminino pela violência sexual. A pesquisa não identifica características populacionais que determinem uma postura mais tolerante à violência, de forma geral. Os primeiros resultados, no entanto, indicam que morar em metrópoles, nas regiões mais ricas do País, ter escolaridade mais alta e ser mais jovem aumentam a probabilidade de valores mais igualitários e de intolerância à violência contra mulheres. Autores avaliam, porém, que tais características têm peso menos importante do que a adesão a certos valores como acreditar que o homem deve ser cabeça do lar, por exemplo.

A pesquisa do Ipea também revela que a maior parte dos brasileiros se incomoda em ver dois homens ou mulheres se beijando. Dos entrevistados, 59% relataram desconforto diante da cena. A relação afetiva entre pessoas do mesmo sexo também não tem uma aceitação expressiva. Das pessoas ouvidas, 41% disseram concordar com a frase "um casal de dois homens vive um amor tão bonito quando entre um homem e uma mulher" e 52% concordam com a proibição de casamento gay. O levantamento identificou, no entanto, um avanço na aceitação do princípio da igualdade dos direitos de casais homossexuais e heterossexuais. Metade dos entrevistados concorda com a afirmação de que casais de pessoa do mesmo sexo devem ter mesmos direitos de outros casais.

A entrevista do ator Bruno Gissoni à Revista da TV, do Rio de Janeiro, gerou polêmica nas redes sociais por causa do comentário: “Um pouco de machismo faz bem, porque senão vira muita bagunça”. Atualmente, ele está no elenco de em família como André, namorado de Luiza (Bruna Marquezine). 

O comentário surgiu a partir do contexto do seu personagem na novela. Bruno afirmou que, na vida real, não aceitaria algumas situações vividas por seu personagem. Isso porque Luiza tem uma relação mais libertária com seus amigos, chegando a dar selinho em Murilo (Sasha Bali) na frente do namorado. “Sou mais conservador quando se trata de relacionamento”, declara Gissoni.

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A declaração de que um pouco de machismo faz bem causou revolta nas redes sociais. "Não sei quem é Bruno Gissoni, mas já sei que é um idiota. Um pouco de machismo faz bem", escreveu @pablovillaca. “É um idiota que aparece todo dia em rede nacional fala que um pouco de machismo faz bem”, publicou @helenapalm.

Por outro lado, também surgiram comentários defendendo o ator. “Só queria dizer que conheço o ator @BrunoSGissoni há alguns anos e sei muito bem que ele não é machista. muito pelo contrário. é uma flor”, escreveu @lucassalles1. Em sua conta do twitter, Bruno Gissoni também comentou a repercussão. “Gente a minha declaraçao foi dentro de um contexto. Não sou machista! Se vcs lerem a materia irao entender”, publicou. Ele continuou: “Mas como sempre, pra criar polemica e vender mais jornais, a midia distorce a verdadeira ideia da declaração”.

Na vida real, Bruno namora a atriz Yanna Lavigne, que interpreta Fátima em Além do Horizonte. Os dois estão juntos há um ano.

 

 

De forma divertida e reflexiva, o curta-metragem francês Maioria Oprimida mostra como a sociedade seria se os papéis de homens e mulheres fossem invertidos. A proposta é conscientizar as pessoas sobre o machismo.

Dirigido por Éleonore Pourriat, o filme mostra cenas cotidianas sob outro ponto de vista. O personagem principal é um homem, que sai de casa para levar seu bebê à creche, mas no caminho é paquerado por algumas mulheres na rua. Ao chegar no local, ele conversa com o responsável, que é um muçulmano oprimido pela mulher.

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No caminho de volta para casa, o protagonista é ofendido por quatro bandidas. Ao respondê-las, ele é agredido e estuprado. Na delegacia, a policial mostra indiferença com o caso e diz que não poderá fazer nada. A história segue com uma discussão entre o homem e sua esposa.

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Na tarde deste sábado (25), mulheres se uniram contra a violência sexual e pelo fim do machismo. Intitulado de Marcha das Vadias, o terceiro ano do evento levou até a Praça do Derby, na área central do Recife, pessoas de todas as idades. A concentração foi iniciada às 14h e a manifestação segue até a Praça do Diario, também no centro da cidade.

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“Não há nada melhor do que fazer esse ato em um local movimentado como a Praça do Derby. As mulheres podem chegar com a roupa que quiser nos lugares: de biquíni, de saia curta, porque não fazemos nada por obrigação”, afirma a organizadora da marcha, Késia Salgado. A expectativa da organização é que cerca de duas mil pessoas participem do ato.

Ainda segundo Késia, a participação dos homens é importante na marcha. “Eles têm mesmo que apoiar essa ideia e ser contra o machismo. Quem quiser pode vir pra cá pra se juntar conosco a essa causa”, convida. Lílian e Beatriz Rodrigues, mãe de 46 anos e filha de 18, foram juntas pela primeira vez à Marcha das Vadias. “Acho uma iniciativa bem legal e se a mulher usa roupas curtas é xingada. Para mim, roupa não define o caráter de ninguém. Eu mesma já sofri assédio verbal por causa da roupa”, relata Beatriz.

A mãe de Beatriz concorda com a filha. “Eu tenho que apoiar essa causa porque o machismo, mesmo com o passar do tempo, não muda. Toda vez ela me chama e este ano eu resolvi acompanhá-la para apoiar”, conta. A estudante Júlia Helane, de 25 anos, também aproveitou para levar a filha, de apenas 2. “Eu sei que ela não entende o que se passa aqui, mas trago para que ela cresça já lutando pelos seus direitos, de ser respeitada”, explica a mãe.

Dados – Segundo a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI), a violência contra a mulher em Pernambuco ocupa o terceiro lugar no ranking do país. O município de Escada, na Zona da Mata do Estado é a primeira cidade do Brasil em que mais mulheres morrem em consequência da cultura machista.

O termo "Vadias" foi usado depois de uma declaração feita por um policial no Canadá, que afirmou que as mulheres evitariam estupros se não se vestissem como vadias, vagabundas. A primeira Marcha das Vadias (Slut Walk) foi realizada no dia 3 de abril de 2011, em Toronto, no Canadá, e reuniu cerca de três mil manifestantes, se espalhando pelo mundo.

"As pessoas precisam entender e conhecer essa marcha. Não adianta só esse público vir até aqui. Queremos mais. Queremos a cidade nos apoiando contra uma coisa tão forte que é a violência. Se todo mundo comparecer e se organizar, tenho certeza que a sociedade vai dar valor a Marcha das Vadias. O que não pode acontecer é que os homens usem a pouca roupa como desculpa de estuprar uma mulher", afirma uma manifestante que não quis se identificar.

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ARACAJU - O Coletivo de Mulheres de Aracaju realiza, durante este sábado (25), a 2ª edição da Marcha das Vadias. A manifestação feminista contra o machismo tomou as ruas do Centro da capital sergipana, a partir das 11h, com o objetivo de sensibilizar a população de que a violência contra as mulheres tem alto índice em Sergipe, assim como acontece no Brasil, e de abordar a diversidade e liberdade sexual da classe.

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Segundo uma das representantes do Coletivo, Bárbara Nascimento, é preciso ter mais investimentos em políticas públicas que abordem a defesa das mulheres e que a sociedade tem que se preocupar com o alto número de mortes de mulheres vítimas de abuso e violência sexual. “Existem poucas políticas públicas para dar conta da demanda de casos em Sergipe. Aqui só tem uma única casa-abrigo, que seria o espaço que as mulheres que não conseguem mais estar dentro de casa, teriam que ir. As mulheres do interior precisam se deslocar para a capital e a gente sabe que tudo fica mais difícil”, diz.

Cantando os versos “Vem, vem contra o machismo, vem”, estudantes e profissionais saíram em passeata na defesa de assuntos que abordam a classe feminina, como o direito a se expressar, defesa contra abusos sexuais, igualdade no mercado de trabalho e aborto. "Vamos abordar o direito que dá de a gente se expressar sem ser violentada por isso. Dê a gente poder andar nas ruas, da forma que a gente queira sem que isso seja um convite à violência", afirma Bárbara.

“Vamos sensibilizar a população pela causa das mulheres. Existem muitas mortes de mulheres, o que a gente chama de ‘feminicídio’. E Sergipe ocupa o 17º lugar no ranking nacional, de mulheres que morrem vítimas de homicídio. O objetivo é fazer essa denúncia. A gente junto consegue transformar essa visão da sociedade”, completa Bárbara.

Além de reunir um grande número de mulheres, a Marcha das Vadias também tem a adesão de homens. “Acho muito importante esse tipo de manifestação porque reitera a afirmação do direito de igualdade para todos, homens e mulheres”, destaca o jornalista Leonardo Maia, 26 anos. Para ele a igualdade tem que ser desde o mercado de trabalho até os compromissos com as afazeres domésticos. “Sou contra qualquer tipo de trabalho que escravize. O homem tem que dividir os afazeres do lar e não apenas a mulher ter a obrigação. Elas também têm o direito de descansar”, conclui.

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De corpos semi-despidos, rostos pintados e cartazes com frases criativas pedindo respeito ao sexo feminino, mulheres e homens protestam contra a violência e o estigma de que o corpo é sinônimo de objeto e, acima de tudo, quebrar preconceitos e o machismo que tem feito várias vítimas por ano.

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A concentração aconteceu desde às 14h deste sábado (26), na Praça do Derby, área central do Recife, onde foi lido o documento que explicava os motivos do protesto, os pontos que a marcha buscava conquistar (como a liberdade do corpo feminino) deixando de lado o preconceito e abolindo a violência. Em seguida, os manifestantes seguiram em direção a avenida Conde da Boa Vista, também no centro da cidade, com cerca de 700 pessoas que aproveitaram o momento para se expressar com apitos e gritos de guerra como: “Somos mulheres e não mercadoria”.

A marcha, que tem origem no Canadá, acontece desde 2011 no Brasil. Este ano ganhou mais adeptos e apoio da sociedade civil. “Já avançamos muito, principalmente com relação ao estigma do nome que é uma sátira”, conta Patrícia Sampaio, de Exu, membro da comissão da marcha. “Ano passado todas as nossas reuniões foram feitas nas redes sociais e esse ano já conseguimos realizá-las pessoalmente”, acrescenta Patrícia.

Mas essa não é apenas uma bandeira das mulheres, afinal, homens também têm sido vítimas de violência. Visando isso, muitos homens resolveram levantar cartazes e soltar o grito buscando lutar justo com as mulheres. “É a primeira vez que venho à marcha e vim para ajudar na luta contra o machismo não só dos homens”, diz o estudante de direito, Italo Lopes.

Nomes da política também estiveram presentes e apoiando a iniciativa, como foi o caso de Edilson Silva (PSOL), que marcou presença com sua esposa e filhas. “Esse é um tema internacional que ultrapassa outras questões. É preciso lutar contra o machismo, a violência e a ideia de 'mulher-objeto'. Não se pode culpar as mulheres por se vestirem de forma provocante”, comentou Edilson, que finalizou: “o homem não é um animal indomável”.

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