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Gretchen não mede palavras para falar de assuntos polêmicos como o machismo ainda muito presente no Brasil, o atual cenário político do país e a transexualidade, todos temas que são fortes e presentes na sua vida.

Em vários tabloides até hoje se fala dos inúmeros casamentos de Gretchen, algo que ela não esconde que a incomoda. “Acho muito chato, inconveniente. Tem tanto assunto novo acontecendo pras pessoas falarem de algo que não existe mais. Não sei por que isso inspira tanta curiosidade”, diz ela. “Quando alguém busca ser feliz não importa se casou, se morou junto, se tá só ficando... Se você quer ser feliz, não importa quantas vezes”, enfatiza.

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Gretchen ressalta que o Brasil ainda é ainda um país muito machista, e que não trata mulheres e homens da mesma forma. “Por que uma mulher não pode trocar de namorado ou de marido? Por que esse preconceito, essa descriminação? O homem fica com 1, 2, 3, 10, 15 no mesmo dia. Se contar em 24h ficou com todas elas. Por que a mulher não pode?”, questiona a cantora.

Questionada sobre sua tentativa de ingresso na carreira política, ela dispara “Graças a Deus que não ganhei aquela eleição”, referindo-se a sua candidatura a prefeita da Ilha de Itamaracá. “Acho que nós chegamos num absurdo na política. Eu que vivo fora do país tenho uma vergonha completa disso”, diz Gretchen. Ela, no entanto, garante que lá fora nunca esconde o fato de ser brasileira, pois disso ela tem orgulho, mas não das mentiras e roubalheiras na política nacional. “Se eu tivesse feito tudo isso que fizeram aí e já foi descoberto, eu já teria renunciado”, diz ela.

Por fim, entrando no assunto do gênero do seu filho, Thammy Miranda, Gretchen confessa que no começo houve um certo estranhamento, mas que no fim das contas não interessa a ela o sexo de Thammy, contanto que ele esteja bem. “Quando a gente está grávida perguntam ‘E aí? Você quer que seja menino ou menina’ minha resposta é ‘Eu quero que venha com saúde’. [...] Não importa o sexo, o gênero”, afirma, e completa “A gente tem que amar do jeito que vem.”

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Uma mulher que sobreviveu a um suposto estupro coletivo e a quatro ataques diferentes com ácido voltou a sofrer os efeitos da substância corrosiva - informou a Polícia indiana neste domingo (2).

A vítima, uma mãe indiana de 35 anos, encontrava-se em um abrigo para mulheres em Lucknow, capital do estado de Uttar Pradesh, quando um homem pulou o muro do local e a atingiu novamente com ácido. "Estava enchendo água com a bomba manual quando o ataque aconteceu. O responsável fugiu do lugar" e está sendo procurado, disse à AFP o chefe da Polícia local, Vivek Tripathi.

A mulher, cuja identidade foi mantida sob sigilo por motivos de segurança, sofreu queimaduras no rosto e nos ombros e está recebendo cuidados médicos. Por causa dos ataques anteriores, ela contava com proteção policial 24 horas por dia, mas a entrada do policial armado que a acompanhava não havia sido permitida no abrigo de mulheres.

Em 2008, a indiana teria sofrida um estupro coletivo e um ataque com ácido por parte de dois homens, devido a uma disputa por propriedades. Em 2012 e 2013, ela foi duas vezes atacada pelos mesmos homens, na tentativa de intimidá-la e fazê-la retirar as acusações contra eles. Em março deste ano, os acusados forçaram-na a beber ácido durante uma viagem de trem que ela fazia com uma de suas filhas.

Os dois homens estão sendo processados por todos os ataques cometidos. Ainda assim, foram soltos sob fiança em abril.

A construção de narrativas, sejam elas literárias, musicais, televisivas ou cinematográficas, assume um papel social e convida o espectador ao exercício da reflexão diante de diferentes contextos. As temáticas aparecem como espelho do cotidiano, ficção e realidade se confundem. Nos versos ou cenas, surgem os mais variados temas: machismo, racismo, homofobia ou misoginia ganham espaço dentro dessas manifestações artísticas. A arte, com toda sua liberdade de criação, passa a ser alvo de problematizações que tem as redes sociais como principal canal de exposição do descontentamento.

Se de um lado temos a turma dos textos “lacradores”, do outro, pessoas afirmam que estamos vivendo a ditadura do politicamente correto e o da fiscalização excessiva. Um impasse cada vez mais acirrado e que está longe de ser resolvido. 

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O LeiaJa.com ouviu artistas, professores, coletivos e consumidores de arte para entender as razões, confrontar discursos e saber até que ponto ficção e realidade se misturam a ponto de interferir na construção do caráter do indivíduo.

“Um dos méritos da arte é justamente o de nos fazer enxergar perspectivas diferentes”

A definição de arte, segundo o Dicionário Aurélio, é a “capacidade ou atividade humana de criação plástica ou musical”. Na sabedoria popular, temos que ela é a maneira pela qual expomos sentimentos ou realidades de mundo. O fato é que a arte toma, cada vez mais, dois caminhos distintos: o de simples entretenimento e o de compromisso ético e social.

O professor de Língua e Literatura da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Unidade Acadêmica de Garanhuns, João Martins, ressalta o papel da arte e do artista como agentes sociais. “Espera-se da arte um compromisso ético, mesmo que seja limitado ao universo criado pela narrativa. O artista deve ter um compromisso social sim, mas devemos entender esse compromisso de modo amplo. Não é preciso ser ‘panfletário’ para ter compromisso social”, ressalta.

Segundo ele, o universo artístico possibilita a ampliação de perspectivas e o aparecimento de diferentes vozes. “Um dos méritos da arte é justamente o de nos fazer enxergar perspectivas diferentes daquela que as pessoas estão habituadas a tomarem como normal e normativa. A arte que permanece é aquela que remexe nossas certezas – estéticas, filosóficas, morais – e nos mostra outras perspectivas de sermos mais humanos”, defende. 

Quando questionado sobre a possível influência das narrativas nos discursos ou em comportamentos sociais, o professor universitário é categórico. “Do meu ponto de vista, um livro ou um filme pode apenas incitar a reprodução da ficção no real se já houver alguma inclinação latente no indivíduo. Algumas vezes, inclusive, a leitura que se faz é totalmente desviante dos caminhos de interpretação dada pela obra”, explica.

O negro, a mídia e a representatividade

A questão da representatividade de negros e negras na Tv sempre rende calorosas discussões. Acredita-se que a mídia, como meio de comunicação de massa, exerce influência sobre seus espectadores. Logo, tudo que nela é veiculado pode estar a serviço da quebra de paradigmas ou do reforço de alguns discursos carregado de preconceitos e exclusão. 

Para Beatriz Santos (no centro da foto), do Coletivo Cara Preta, os negros sempre estão ocupando na mídia papéis menores e cargos submissos aos de pessoas brancas. “Na televisão e no cinema, estamos sempre ocupando cargos subalternos aos de pessoas brancas, somos em grande escala retratados como vilões, o/a marginal a ser combatido/a, a empregada doméstica, o/a drogado/a. Ainda são poucas as produções que colocam o negro em um lugar plausível, equivalente, igualitário aos que atores e atrizes brancos/as assumem”.

Ela afirma também que esses estereótipos reforçam o pensamento e o discurso racista presentes na sociedade e na mídia. Segundo Beatriz, há um estranhamento, por parte de algumas pessoas, quando o negro ou negra assume um papel de destaque em uma narrativa. “É como se esses lugares não nos pertencessem, ignoram a contribuição cultural, social e intelectual que, continuamente, fornecemos. Ainda somos permeados por uma relação de poder puramente racista e excludente” aponta.

Sob uma perspectiva diferente, a gestora ambiental Helena Silva vê a necessidade de manter o equilíbrio sobre o assunto. Ela acredita que não há exagero ou “mimimi” por parte de grupos negros, mas chama atenção para o fato das telenovelas e filmes apresentarem apenas a realidade. “Quando em uma novela ou filme o negro aparece como pobre ou exercendo a função de empregado doméstico está mostrando a realidade do Brasil, infelizmente é a realidade. Dificilmente você encontra um negro que é diretor. Então, a mídia está aí para expor o que realmente acontece na sociedade”, argumenta.

Monteiro Lobato, mais conhecido por suas obras para o público infantil, tem inúmeras vezes seu nome associado ao racismo. Em 2014, foi levado ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de retirada das escolas públicas do livro 'Caçadas de Pedrinho' (1933), de Lobato, por ser considerada racista. Na época, o ministro Luiz Fux indeferiu o pedido. 

Na obra, o autor se refere à Tia Nastácia como “macaca”.  “Tia Nastácia, esquecida dos seus numerosos reumatismos, trepou que nem uma macaca de carvão pelo mastro de São Pedro acima, com tal agilidade que parecia nunca ter feito outra coisa na vida”.  E as associações não param por aí: "Não é à toa que os macacos se parecem tanto com os homens. Só dizem bobagens”.

A representante do Coletivo Cara Preta defende a retirada da obra das escolas. “Não é assim que devemos ser retratadas, não é desse modo que quero que minhas futuras filhas se enxerguem. As escolas públicas são negras, a grande maioria dos alunos são negros/as e pardos/as, é muito duro crescer sem representatividades positivas”, justifica.

Ela também chama atenção para outra obra do mesmo autor, 'Negrinha'. '' Negrinha não teve direito nem a ter um nome, e é assim que o racismo nos trata diariamente, ele substitui nossos nomes por apelidos racistas. A senhora que trata da personagem é totalmente sem coração, trata a menina como se fosse um ser desprovido de sentimentos, mas é uma senhora caridosa e piedosa, diferente do contexto que Negrinha vivenciava sob seus cuidados”, aponta.

As mulheres no audiovisual

A forma como o cinema apresenta a figura feminina é uma problemática que permeia o discurso daqueles que lutam pelas minorias ou pela igualdade de gênero. Para o Coletivo Marcha da Vadias, as personagens femininas são construídas sob a ótica masculina e reforçam estereótipos. Uma das integrantes do grupo, que pediu para não ser identificada, afirma que “A mulher no cinema está relacionada ao olhar masculino. Geralmente elas possuem características físicas, psíquicas e intelectuais que condizem com o que os homens esperam de uma mulher. Se for uma mulher branca e jovem, o papel da boa mãe, esposa e/ou mulher indefesa são bem característicos. No caso das mulheres negras, a hipersexualização de seus corpos é um estereótipo marcante na cultura racista e sexista do Brasil”.

Afirma-se que na sétima arte, a violência contra mulher, física ou psicológica, e a cultura do estupro são temas recorrentes e que, nem sempre, são vistos como reflexão ou educativo, mas, como reforço de um pensamento misógino que alimenta a sociedade patriarcal. Sobre isso o coletivo expõe que há sim a necessidade de se retratar essas temáticas no cinema e televisão, desde que não sejam naturalizados ou como ações não passíveis de punição. “Temas referentes à cultura do estupro e à violência devem ser abordados nos filmes. Entretanto, estes atos não devem ter um tom de normalidade. Deve-se deixar claro que são ações inaceitáveis e passíveis de punição. Deve-se demonstrar que os personagens que praticam atos de violências em qualquer nível devem ser punidos. Não pode ser permitido que estes atos sejam entendidos como naturais ou sejam tratados como ações impunes”, argumenta a militante.

O cineasta argentino Gaspar Noé é responsável por um dos filmes mais polêmicos da história. Em 'Irreversível' (2002), a personagem Alex, interpretada pela atriz Monica Bellucci, é estuprada e agredida. A cena, com duração de nove minutos, é considerada a mais forte sobre o tema. Em entrevista à revista Época, Nóe afirmou que a temática devia ser explorada ao máximo na narrativa, pois 'Irreversível' fala sobre violência. “Irreversível é um filme sobre violência. Quando se escolhe um tema, ele deve ser exposto ao máximo. Se amanhã eu fizer um filme de humor, me esforçarei para ser muito engraçado. Quando as imagens são fortes de uma forma ou outra, elas ficam gravadas na mente das pessoas. Quando 'Irreversível' estreou, o impacto foi muito forte. Por isso, segue existindo no subconsciente de muita gente”, expôs.

Seguindo uma perspectiva similar, o filme 'Baixio das Bestas' (2006), do diretor pernambucano Cláudio Assis, apresenta uma cena de estupro coletivo, protagonizado pela atriz Dira Paes. Fala-se que o episódio reforça a questão da cultura do estupro e coloca a mulher em condição de submissão. 

“Filmes como esse (Baixio das Bestas) tratam a violência contras as mulheres de maneira irresponsável. Cria-se uma estética em que a mulher é tratada como objeto e a violência glamourizada. Não há uma discussão sobre essa violência ou como essas mulheres são vistas no filme. Todos os diretores deveriam sempre fazer um avaliação de sua responsabilidade na produção de um filme e refletir como sua obra pode contribuir ou não ainda mais para a violência. A arte possui uma responsabilidade social e devem refletir sobre como contribuem para a violência na vida real”, aponta a representante do Coletivo Marcha das Vadias.

O cineasta defende sua obra. Para Assis, o longa-metragem é uma denúncia sobre a violência sofrida pelas mulheres. “O filme é uma denúncia sobre a cultura do estupro, que não só acontece aqui em Pernambuco, mas em todo o país. Quando foi lançado, recebi elogios, então não entendo o porquê da crítica. Cada pessoa tem um jeito de interpretar e encarar essa temática. O projeto, meu e do Hilton Lacerda, é denunciar essa ação. É uma obra de arte e deve-se entender a função dela”, argumenta.

A vigilância e o politicamente correto

Se de um lado temos pessoas e grupos que questionam e problematizam a fim de romper com alguns discursos entranhados na nossa cultura, do outro lado encontramos quem enxerga esse movimento como exagero promovido pela onda do politicamente correto.

O professor de Filosofia e História da Arte Henrique Farias acredita que é necessário ter bom senso e o politicamente correto está ligado à ideologia político-partidária. “O animal humano se diferencia dos outros animais por ter a aptidão do bom senso. Por isso, entendo que o politicamente correto se direciona principalmente a uma necessidade de um cuidado presente no campo da linguagem, seja este ligado ao entretenimento ou aos diálogos de bar. O ponto central é que o cuidado, quando passa a ser desmedido, mostra um objetivo estritamente de natureza política, ou em seu sentido primário, de poder partidário”.

“Como pressuposto ideológico do socialismo, o politicamente correto é utilizado como mais uma artimanha da extrema esquerda. Mesmo quando suas consequências e objetivos possam parecer humanistas, destrói a responsabilidade individual, que é a base do liberalismo, sempre sob uma esteira linguística que termina frequentemente numa abordagem que pressupõe grupos ou minorias. Por isso, acredito que uma proposta de reformulação das leis que defenda o indivíduo enquanto indivíduo, preservando o bom senso humano, seria mais interessante do que fiscalizar humoristas, por exemplo”, complementa.

A opinião é contestada pelo professor universitário João Martins: "Para aqueles que acusam pessoas de abraçarem a vigilância do politicamente correto, afirmo que ainda não entenderam que o maior mérito da arte é o de nos tornar menos desumanos. O que se espera da sociedade é que ela evolua para a civilização, o que não significa progresso tecnológico, mas uma organização em que os que estejam em condições de fragilidade sejam protegidos pelos que estão em melhor posição".

Na última terça-feira (30), o Ministério de Relações Exteriores do Chile divulgou um manual de recomendações que prestará assistência aos chilenos que viajarem para acompanhar o ‘La Roja’ na Rússia, na Copa das Confederações. 

Dentre as sugestões divulgadas, uma delas alerta aos torcedores para não ‘cantarem’ mulheres na Rússia. De acordo com o manual, tal atitude não é bem vista no local. E os dois países têm formas distintas de se relacionar.

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No código de conduta, o ministério aconselha os turistas a evitarem confusões com os russos, classificados como "muito amáveis e dispostos a colaborar", destacam a limpeza das ruas e lembram que é proibido consumir bebida alcoólica nas ruas.

A delegação do Chile viajará para a Rússia na próxima segunda-feira (5), e na quarta-feira (7), disputará um amistoso contra os donos da casa no CSKA Stadium, em Moscou. A estreia na Copa das Confederações acontecerá no dia 18, contra Camarões, no Spartak Stadium.

O manual está disponível no site oficial do Ministério.

Com a promessa de “reorganizar” o país, o presidente Michel Temer (PMDB) completa nesta sexta-feira (12) um ano à frente do Palácio do Planalto. O peemedebista assumiu interinamente a gestão em maio de 2016, após o Senado acatar a admissibilidade do processo de impeachment e afastar a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) das atividades presidenciais, e foi nomeado oficialmente ao posto em 31 de agosto. 

Naquele momento, o país passava por uma grande instabilidade na economia e na política, mas mesmo em meio à resistências de um lado e articulações de apoio do outro, durante os últimos doze meses o peemedebista conseguiu levar o seu plano à diante. O que provocou, com uma maioria de medidas impopulares, uma rejeição da atuação dele. Segundo recentes pesquisas do Datafolha o índice atual de reprovação dele é de 61% no país, em Pernambudo o dado ainda é maior, 91%

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Apesar disso, pregando que deseja ser lembrado como “o presidente das grandes reformas” e frisando sempre não ter medo de ser impopular, neste primeiro ano Temer encabeçou como principal linha de atuação as concretização das reformas trabalhista e previdenciária, que agora passam pelo crivo do Congresso Nacional. 

A primeira já foi aprovada na Câmara dos Deputados e tem como “espinha dorsal”, entre as alterações na atual Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a prevalência do acordado sobre o legislado, ou seja, para alguns itens - como a concessão das férias - as negociações entre patrão e empregado vão passar a ter maior prevalência do que a lei. 

Já a reforma da Previdência, por sua vez, está pronta para ser avaliada no Plenário da Câmara e tem exigido um esforço maior do governo para convencer os parlamentares a votarem a favor do matéria. Isto porque as regras propostas por Temer são mais rígidas que as atuais e têm enfrentado uma resistência maior da sociedade, apesar da tese de que há um déficit bilionário nas contas do setor. 

Entre as mudanças, estão o aumento da idade mínima para a aposentadoria, 65 anos para homens e 62 para mulheres, e do tempo de contribuição, 25 anos para 70% de benefício e 40 anos para o valor integral. 

Seguindo a linha das reformas, Temer também tomou para si o protagonismo em mudanças nas regras do Ensino Médio no país e tem organizado propostas para revisar a questão tributária. 

Outras medidas e afagos aos brasileiros

Nos primeiros meses de governo, ainda como interino, o presidente estabeleceu uma nova meta fiscal para 2016 prevendo um déficit de R$ 170,5 bilhões para o ano; conseguiu estabelecer um limite de gastos para a administração pública nos próximos 20 anos e a partir de 2018, os gastos federais só poderão aumentar de acordo com a inflação acumulada conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Medidas impopulares à parte, Michel Temer também fez afagos a população brasileira. Ele conseguiu prorrogar a Desvinculação de Receitas da União (DRU) até 2023, ampliando de 20% para 30% o percentual pode ser remanejado da receita de todos os impostos e contribuições sociais federais para o gasto do governo. 

Além disso, liberou os saque de contas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) inativas até dezembro de 2015. Para, segundo ele, incentivar a retomada do crescimento na economia nacional. Os saques podem chegar a R$ 30 bilhões. 

E no fim de 2016, editou a Medida Provisória 753, que deu um novo fôlego as contas das gestões municipais e estaduais, ao partilhar com os entes os recursos arrecadados com a multa do programa de repatriação. De acordo com a Receita Federal, foram regularizados aproximadamente R$ 170 bilhões que estavam no exterior, e não eram declarados. Com a entrada desse valor no País, o governo arrecadou R$ 46,8 bilhões, dos quais R$ 23,4 bilhões de Imposto de Renda e R$ 23,4 bilhões de multa. 

Gafes e discursos machistas

Apesar da boa retórica, o ano do presidente Michel Temer também foi marcado por gafes em posicionamentos diante de situações delicadas no país e discursos dotados de machismo. Um dos casos que chamou a atenção de todo o país foi a postura dele diante do massacre no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus, que deixou 56 presos mortos. O presidente se manifestou após cinco dias do incidente e classificou a rebelião como um “acidente pavoroso”. 

No quesito participação feminina na sociedade, ao discursar em uma cerimônia que comemorava o Dia Internacional das Mulheres, em março, Temer disse que a mulher era importante para a economia brasileira. Na ocasião, ele justificou o argumento explicando que ninguém melhor do que ela para detectar variação de preços no supermercado. 

Já em entrevista recente ao apresentador Ratinho, do SBT, Temer afirmou que a solução para a crise no país era 'o governo ter marido'. 

Um mulher foi agredida na noite do último sábado (6), durante o festival Villa Mix, que aconteceu no estacionamento do Estádio Mané Garrincha, em Brasília. De acordo com a publicitária Yara Pereira de Abreu, de 26 anos, após defender uma mulher de agressões, foi espancada com chutes e socos pelo mesmo homem dentro da festa.  A vítima foi levada a um hospital e levou cinco pontos para costurar o rosto, perto de seu olho direito.

Em um relato feito em seu Facebook, Yara conta que estava acompanhada de sua esposa e tinha acabado de chegar no festival, quando viu uma jovem discutindo com um homem porque ele havia jogado um copo de cerveja nela.

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"No momento em que ela se direcionou até ele, o mesmo foi em sua direção na intenção de agredí-la. Neste momento estávamos acompanhando a situação a poucos metros de distância e nos aproximamos para apaziguar e defender a mulher que estava sofrendo agressão, por fim conseguimos apartar a discussão; afinal não havia nenhum segurança próximo e tão pouco quando solicitamos, e nos distanciamos para acalmá-la", relatou Yara.

Após conseguir apaziguar a discussão entre os dois, Yara e sua esposa foram encurraldas pelo mesmo agressor.  Ela conta que ele deu início a uma série de xingamentos e agrediu a sua esposa de Yara, que foi defendê-la de um soco que levaria pelas costas.  A vítima relata que foi espancada com chutes e socos no rosto. Não havia seguranças por perto as duas foram defendidas por amigas.

"O que o irritou foi o fato de mulheres estarem defendendo outra pessoa. Ele ficou muito irritado, se sentiu agredido. Quando eu fui ao banheiro, ele se sentiu no direito de me agredir porque deve ter achado que eu tinha tirado a masculinidade dele", lamentou. 

Yara registrou imagens do agressor e o caso está sendo investigado pela 5ª Delegacia de Polícia (região central do Plano Piloto). Por meio do Facebook,  a vítima também denunciou a agressão. “Não fui a primeira a ser agredida por ele e, sem dúvida, se não o encontrarmos e levá-lo para responder por suas atitudes não serei a última”, conforme informações do texto.

A Universidade Regional de Blumenau (Furb), no norte de Santa Catarina, informou que vai apurar o envolvimento de cinco universitários do último ano de Medicina que aparecem em uma imagem fazendo gestos com as mãos em alusão ao órgão sexual feminino. A instituição instaurou uma comissão para apurar o caso.

Na imagem, um jovem está de jaleco, e dois usam estetoscópios. Segundo a Furb, a imagem foi feita no Teatro Carlos Gomes, no centro de Blumenau. Não há informações sobre a data da foto.

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"Ao tomar conhecimento de imagem veiculada nas redes sociais de alguns estudantes em postura ofensiva à sociedade, incompatível com os valores que regem a nossa instituição, repudia o episódio", disse a universidade, em nota.

Espírito Santo

O caso em Blumenau se assemelha à imagem de sete estudantes de Medicina da Universidade Vila Velha (UVV), no Espírito Santo, que posaram com o jaleco do curso, calças arreadas e fazendo gesto com as mãos em que remetem ao órgão sexual feminino. Publicada no Instagram, a fotografia causou indignação.

Após viralizar, a imagem foi bombardeada com comentários pedindo a punição dos universitários. O autor da foto foi um dos estudantes que também estava no local.

Procurada, a UVV informou, em nota, que repudia a ação dos estudantes e que será instaurada uma comissão de sindicância para apuração dos fatos.

Já o Conselho Regional de Medicina do Espírito Santo (CRM-ES) informou a realização, nesta segunda-feira, 11, de uma reunião com a coordenação do curso de Medicina da instituição de ensino. Segundo o CRM-ES, ficou definido que a universidade aplicará punição compatível com o ocorrido.

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Se para Sport e Santa Cruz o clássico deste domingo (26) não decidiu título e ainda contou com atletas considerados reservas dos dois lados, para Deborah Cecília, de 31 anos, a partida teve uma representação valorosa. A árbitra conduziu o confronto entre tricolores e rubro-negros, na Ilha do Retiro, se concretizando como a mulher que voltou a apitar um clássico do futebol pernambucano, após mais de 20 anos.

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Em entrevista exclusiva ao LeiaJá, Deborah revelou os detalhes da sua participação e ainda comentou críticas sofridas antes mesmo de entrar em campo. Para a árbitra, sua atuação representa um momento histórico, não pelo lado técnico, mas no que diz respeito à participação feminina no futebol, considerado por ela como “muito machista”. Conduzir o Clássico das Multidões, inclusive, foi a realização de um sonho.

“Esse jogo para mim foi um marco. Era um sonho apitar um clássico. Os comentários positivos absorvi e os negativos deixei de lado. O ambiente do futebol ainda é muito machista, mas aos poucos vamos derrubar o preconceito. Isso vai fazendo a diferença. Considero minha atuação como positiva, principalmente pelo combate ao machismo. Tive todo respaldo da comissão de arbitragem, porque eu sei que não é fácil colocar uma mulher para apitar”, declarou Deborah, em entrevista ao LeiaJá.

Bem fisicamente e acompanhando os lances de ambas as equipes, Deborah precisou se impor em vários momentos do jogo. Apesar de um confronto que não traria muitas definições para Sport e Santa Cruz, a partida foi disputada. “A gente está lidando com o Clássico das Multidões. Não estou desmerecendo os outros, quero deixar isso bem claro. Se eu não tomo uma atitude mais rígida, o jogo não iria acabar. O espírito é de clássico, independente se são reservas ou titulares, é uma rivalidade entre eles. Se eu não chegasse junto, o jogo não iria acabar. Poderia sair briga e eu teria que expulsar”, comentou a árbitra.

Deborah é árbitra profissional há seis anos. Depois de conduzir o clássico, ela começa a traçar uma nova meta. “Meu próximo sonho é apitar o mundial. Vou me preparar como sempre, estudando, sem menosprezar jogo, aprendendo com os mais experientes. Tudo nós podemos e não desistam. Cheguei aqui e abri caminho para as próximas mulheres. Não tive medo nenhum, estava muito tranquila o jogo todo”, finalizou. No vídeo a seguir, assista mais relatos da árbitra:

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Antes da atuação de Deborah Cecília, a última mulher a apitar um clássico do Campeonato Pernambucano foi Maria Edilene, no dia 8 de novembro de 1992. Na ocasião, o jogo também foi entre Sport e Santa Cruz. 

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) chamou o presidente Michel Temer (PMDB) de “machista” e “misógino”. A crítica foi em referência ao discurso do peemedebista sobre o Dia Internacional da Mulher, vivenciado nessa quarta-feira (8). Na ocasião, Temer disse que tinha “convicção do que a mulher faz pela casa, pelo lar, pelos filhos" e destacou que na economia a participação feminina é importante porque “ninguém mais é capaz de indicar os desajustes de preços dos supermercados do que a mulher".

“Esse é o presidente da República que assumiu depois de um golpe e a gente viu o que fizeram contra a presidenta Dilma [Rousseff]. Machismo, sim; misoginia, sim. Montou um governo só de homens. E vai entrar para a história como o maior ataque da história aos direitos das mulheres, porque é isso que está na reforma da previdência”, disparou o senador petista. 

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Lindbergh lembrou que a reforma na Previdência proposta por Temer pode igualar as idades mínimas para a aposentadoria de homens e mulheres. Para o senador, o projeto não leva em conta a jornada dupla a que as mulheres são submetidas, em casa e no trabalho. “Não adianta esconderem, não adianta escamotearem, é o maior ataque aos direitos das mulheres brasileiras”, observou.

 

Entre os muitos pedidos das mulheres nesta quarta-feira (8), durante a Marcha das Mulheres, que ocorre no Centro do Recife, um dos mais simbólicos é, sem dúvida, o desejo por uma sociedade menos machista. Esse é um dos anseios da Organização Gestos, que realiza atividades de prevenção contra HIV e outros direitos.

A coordenadora da Gestos, Jô Menezes, e a também ativista Luciana Sa, ergueram placas ressaltando que o machismo mata. Elas são convictas ao dizer que é necessário mudar esse quadro.

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"A culpa do estupro é da cultura machista. Não é culpa das mulheres. O machismo mata e quando não mata, despreza, humilha e reprime", declarou Jô.

A coordenadora também destacou que a maioria das mulheres vítimas de HIV é de negras e que esse panorama também precisa ser mudado. Outro ponto que que Jô resaltou é a importância do direito das mulheres presidiárias. "Elas também precisam de assistência e de cuidados com a saúde", complementou Jô. 

A suavidade das vozes entoa a delicadeza de uma força que vai além das letras e da interpretação musical. Cantar, compor, criar e, acima de tudo, lutar pelos seus sonhos são algumas das ‘passagens’ escolhidas pelas cantoras Aninha Martins, Isadora Melo, Sofia Freire e Dani Carmesim, que despontam no cenário pernambucano, como as novas vozes.

São mulheres com estilos próprios e essência única, que exaltam em seus trabalhos a representação de uma conquista pessoal e profissional, em um cenário que ainda é considerado machista. Por meio de suas histórias e vivências, as artistas revelaram as principais dificuldades, reações, preconceito e suas conquistas.

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Nesta quarta-feira (8), data na qual se comemora o Dia Internacional da Mulher, o LeiaJa.com traz as vivências e o empoderamento de cada uma delas. Sem querer ser rotulada como uma cantora ‘fofinha’, Aninha Martins, de 29 anos, mostra sua força e encara o cenário musical como um terreno fértil para as mulheres, mas que precisa ser explorado e encarado com empoderamento. Com experiência nas áreas de dança e interpretação, Aninha ganha os palcos com uma sinergia única, envolvendo o público com as suas interpretações.

Para Martins, o cenário pernambucano, especificamente, é muito machista. Ela tem a sensação que para ingressar no meio musical é preciso que os homens ‘abram uma concessão para nós mulheres fazermos parte". Em entrevista ao LeiaJá.com, Aninha falou que começou a cantar de forma despretensiosa e só depois de anos percebeu que poderia cantar para outras pessoas. Confira a entrevista e a atuação da artista a seguir:

 

Com apenas 20 anos, a cantora Sofia Freire sabe exatamente o que quer. Mesmo com pouca idade, a jovem já coleciona prêmios. Entre eles, o Natura Musical, conquistado em 2016, e o Nova Jóias, em 2015. Segundo a artista, o interesse pela música começou quando ela tinha apenas 8 anos. “Sempre gostei de cantar. Na época, lembro que fazia algumas imitações e foi a partir daí que o meu pai perguntou se eu gostaria de fazer aulas de música”, lembra.

A partir daí, a cantora começou a ganhar o seu espaço. Fazendo uma mistura de sons psicodélicos, com o piano e voz, Sofia surpreende pelo seu estilo. Para ela, os seus trabalhos entoam a beleza e dá voz às parcerias com poetas e vários artistas. “É uma criação que é feita em conjunto e que vem ganhando força, nos últimos anos, a partir do meu entendimento profissional e principalmente pessoal”, diz.

Ainda em entrevista, Sofia Freire relata também que o cenário ainda é muito masculino. “Quando entramos no meio musical, percebemos que a maioria dos homens pensa que as mulheres não são capazes e, inclusive fazem comentários machistas, como por exemplo, perguntando se eu realmente consigo fazer tudo sozinha. Se fosse um homem, tenho certeza que seria diferente”, conta.

Para ela, essa realidade acontece em várias áreas da arte. “Na literatura, na música e em diversas áreas de atuação é assim. Uma mulher que tem um excelente trabalho é rotulada de mediana, porém, comparando com alguns trabalhos de alguns homens, tidos como extraordinários não são nem medianos. A realidade é que não há uma igualdade, sempre somos prejulgadas e até rotuladas por sermos mulher”, fala descontente. Conheça o trabalho da pernambucana no vídeo a seguir, que entrou na competição do projeto Natura Musical.

Quem também integra o novo cenário musical feminino e aborda o assunto é Dani Carmesim. A cantora que 'abraça' os estilo rock e pop diz que, além da luta pessoal e profissional, de conquistar o seu espaço, ela precisa provar seu talento. "Uma vez participei de uma seletiva para participar de um festival e quando a produção viu a minha ficha de inscrição, com a indicação do estilo musival, no caso o Rock, já rotulou e disse que eu não poderia tocar o estilo, por ser Rock. Detalhe, ele ainda nem tinha visto o meu trabalho", lamenta. "É exatamente assim, somos rotuladas, julgadas apenas pelo fato de sermos mulheres", complementa.

A artista, que atua de forma independente, confidencia também que além desse preconceito, ainda há a dificuldade do incentivo e da valorização. "Faço tudo na raça, com a ajuda do meu namorado, que me ajuda a gravar e editar todos os meus trabalhos, que são postados na internet. Porém, o que mais machuca o coração é estar cantando em um local e as pessoas ficarem do lado externo só para não pagar R$ 10", conta descontente. 

De forma tímida, a cantora Isadora Melo também é uma das vozes femininas que chama atenção, pela leveza. Essa sutileza contrapõe com a intensidade de interpretação que a cantora coloca em suas apresentações. Com suspiros e pausas calculadas, durante os shows, ela encanta o público com os versos cantados dos seus parceiros de trabalho, entre eles Juliano Holanda.

A artista leva a pausa, o suspiro e as entonações como elementos únicos que se costuram no seu primeiro trabalho, intitulado ‘Vestuário’.

Em relação ao machismo, Isadora apontou que as mulheres estão conquistando cada vez mais os seus espaços e essa temática está sendo bastante debatida. "Nós temos uma cena crescente de mulheres fazendo vários trabalhos, inclusive já tiveram inúmeras discussões sobre isso; como por exemplo, no Sonora PE que apresentou as mulheres em funções que, normalmente, são ocupadas por homens, como produtor e holder. Esse tipo de situação é algo que está crescente e é muito importante ressaltar", destaca.

 

Além disso, Isadora também abordou a questão do machismo no cenário artístico. “Eu enxergo, sim, o machismo no mundo musical! E, atualmente, a gente está em um movimento de desconstrução da cantora vista como a princesinha e a fofinha. Queremos exaltar outras coisas que sobrepõem a essas imagens que são rotuladas”, conclui. Confira a entrevista com a cantora a seguir:

O Dia Internacional da Mulher é comemorado nesta quarta-feira (8) com o propósito de conscientizar homens e a sociedade sobre igualdade de gênero em todos os âmbitos, bem como pregar mais respeito às mulheres.  

As agressões e assédios cometidas por homens às mulheres são consideradas crimes e, embora sejam combatidas, ainda existem no mundo vários casos que refletem o machismo. Na maioria dos casos, com esposas e namoradas, ocorridos em locais públicos ou até mesmo em casa. Somente no último ano, o Mapa de Violência de Mulheres no Brasil constatou que a cada cinco minutos uma mulher sofre agressão no Brasil.

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No mundo da fama, algumas celebridades masculinas também contribuem para essa estatística e escondem por trás de um sorriso amável a realidade de um ser machista, que desrespeita os direitos das mulheres e até a admiração e carinho de fãs.

A lista de homens famosos acusados de agredir e violentar mulheres por vezes passa despercebido, geralmente devido à fama dos envolvidos. O LeiaJá reuniu uma lista de alguns famosos que já agrediram ou assediaram mulheres e causaram polêmica, confira:

Chris Brown

O cantor já tem histórico recorrente de desrespeito e agressões a ex-namoradas.  A primeira vez ocorreu em 2009, com a cantora Rihanna, antes da festa de premiação do Grammy. Chris agrediu a estrela do pop, que divulgou uma imagem do seu rosto bastante machucado. Já no último mês, o astro americano de hip-hop foi proibido pela Justiça de se aproximar da modelo Karrueche Tran, depois que ela o acusou de tê-la agredido e ameaçado de morte.

Netinho de Paula

O cantor de pagode agrediu sua ex-mulher Sandra Mendes, com socos, por ela se recusar a assinar sem ler documentos em que ela concordava em desistir de seus direitos conjugais. O caso aconteceu em 2005, e o próprio artista admitiu ter batido na esposa alegando ter sido um “momento de fúria”.

Kadu Moliterno

O ator e surfista foi acusado de agressão por duas de suas companheiras. Brisa Ramos. A ex-namorada de Kadu chegou a afirmar ao Uol, em 2014, que foi agredida três vezes por ele, chamando-o de machista e ciumento. 
Em 2006, a ex-mulher dele, Ingrid Saldanha, divulgou na capa de uma revista semanal o rosto machucado pelo espancamento que sofreu pelo artista. Kadu chegou a comentar do assunto justificando-o como acidente, alegando que o prejudicou muito.

Dado Dodabella

O ator foi acusado duas vezes por suas ex-companheiras de agressão física. Em 2008, ele foi gravado pela câmera de segurança de uma boate empurrando a então namorada, Luana Piovani, que levou o caso à polícia. Na ocasião, uma camareira de teatro, amiga de Luana, também foi empurrada e teve de enfaixar os braços. Em 2010, Viviane Sarahyba, que tem um filho com o ator, também o acusou de agressão. Dado foi inocentado em 2012, depois que a Justiça aceitou o argumento de que ele teria apenas segurado o braço da ex-mulher para impedi-la de tirar o filho dos dois da casa dele.

MC Biel

Apesar de bastante jovem, Biel também já deu o que falar e assediou uma jornalista. Durante uma entrevista, o cantor teen disse a repórter "se te pego, te quebro no meio", a xingou de "cuzona" e depois lhe pediu um beijo. Biel persistiu no erro e disse em uma entrevista que a repórter que o acusou “prejudicou muito sua carreira”. 

Victor

O cantor da dupla Victor e Leo, foi acusado no último mês, pela sua esposa, Poliana Bagatine, de agressão física. Grávida do artista, ela disse ter sido jogada no chão e agredida com chutes por ele, mas dias depois, por meio de uma carta no Instagram, ela negou  a agressão e disse que o marido “nunca a machucaria”, alegando que a situação ocorreu devido a um "um grande desentendimento familiar" a abalou "profundamente" e que a discussão foi com a sogra. 

 

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-->Em carta, esposa de Victor diz: 'ele não me machucaria'

--> Victor nega agressão e diz querer preservar família

-->Justiça proíbe Chris Brown de se aproximar de ex-namorada

Nos Estados Unidos, Raquel se sente pressionada para sempre parecer uma "mulher perfeita". Na Índia, Ana tem dificuldades para encontrar preservativo e absorvente, pois a compra é feita praticamente de forma clandestina. Na África do Sul, Juliane não tinha coragem de sair à noite, mesmo que de carro. Já Luísa circulava sem problemas na Austrália, mas se incomodava se der considerada "exótica".

No Dia Internacional da Mulher, o Estado coletou depoimentos de 25 brasileiras que moram ou moraram em diferentes países, de todos os continentes, para contar como é a vida da mulher nesses locais. O que é permitido a uma mulher na Árábia Saudita? Como é a vida delas no Timor Leste? Qual o grau de liberdade têm na França? Nesta página estão cinco desses relatos, e os demais compõem o especial que pode ser acessar no estadao.com.

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Nesta quarta-feira (8) mulheres vão sair às ruas em pelo menos 30 cidades brasileiras e outras 150 em todo o mundo e prometem fazer ainda uma paralisação internacional sem precedentes. A Greve Internacional de Mulheres (GIM), também denominada Paro Internacional de Mujeres e International Women's Strike, não pertence a coletivo ou país em específico. É um movimento organizado por mulheres de mais de 40 países.

No Brasil, o movimento é chamado de 8M, sigla para 8 de março. Inspirado na Women's March, ocorrida nos Estados Unidos em janeiro, surgiu no País no mês passado.

Criadora do 8M em São Paulo, a cineasta e pesquisadora Marina Costin Fuser contou que aceitou o convite da militante feminista americana Angela Davis. Filósofa presente no ato norte-americano em janeiro, Angela leu uma carta pedindo a união de mulheres e convocando uma mobilização mundial. Há um mês, criou um grupo de discussão sobre o 8M no Facebook que, em dois dias, mobilizou 5 mil pessoas interessadas em organizar o ato desta quarta-feira em todo o Brasil.

'Primavera feminista'. "Estamos no auge da primavera feminista, com a juventude pautando. O feminismo está na ordem do dia. Portanto, no 8M, levantaremos bandeiras contra a violência doméstica, pela legalização do aborto, contra a pedofilia e a violência infantil e pela igualdade de gênero no local de trabalho", afirma a criadora do movimento em São Paulo.

De acordo com Marina, quem não puder interromper o trabalho desta quarta-feira fica o convite para suspender as atividades domésticas. Outra sugestão do 8M para esta quarta-feira é que as mulheres se reúnam para debater sobre desigualdades de gênero entre 12h30 e 13h30 (horário estabelecido pelo grupo no Brasil).

Natalia Corazza Padovani, pesquisadora do Núcleo de Estudos de Gênero da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), conta que o movimento feminista se fortaleceu em reação à uma guinada conservadora em andamento ao redor do mundo. Para ela, a opressão das mulheres se manifesta de diversas formas e em vários países e, por isso, acredita, o combate ao machismo ganha com a ação conjunta.

Estados Unidos: 'Aqui, não se está imune à violência'

"Enquanto mulher, lésbica, imigrante e latina morando na Baía de San Francisco, ser mulher perpassa várias dessas identidades. Durante a maior parte dos 10 anos que vivo aqui, tenho trabalhado no serviço doméstico, cuidando de crianças. Na maioria das vezes, é isso que cabe à mulher latina: participar na economia informal. Sinto-me livre ao andar pelas ruas segurando a mão da minha parceira ou ao ser afetuosa com minha ela em lugares públicos. Sinto-me livre quando decido adotar uma aparência masculina, pois sei que não serei alvo de chacota. Mas a mesma lógica de violência contra a mulher que existe no Brasil também existe nos Estados Unidos. Não estou imune. Não ando à noite sozinha em lugares que não conheço, procuro saber onde e quando beber e como lidar com o assédio sexual em festas, principalmente enquanto brasileira, que é frequentemente objetificada."

França: 'Há os clichês negativos com o Brasil'

"Ser mulher na França, para mim, é ser exotizada. Quando você fala para um francês que é brasileiro, o Brasil evoca muitas imagens positivas. Mas essas imagens positivas, muitas vezes, trazem clichês racistas, homofóbicos, transfóbicos e sexistas. Quando eu comecei a trabalhar na França, na minha primeira semana de trabalho, colegas mostraram vídeos de bailarinas brasileiras dançando nuas e perguntando se eu usava calcinha fio dental. Eles achavam que isso era uma forma de puxar assunto sobre o Brasil. Assim como já fui a uma festa - isso já me aconteceu algumas vezes - e alguém perguntou: "Você é brasileira? Você é uma mulher de verdade?". No momento em que a pessoa me perguntou isso pela primeira vez, não entendi o que era. Demorei para entender que era realmente um comentário transfóbico. Porque existe a fama das transexuais brasileiras na França. Muitas vezes todos esses clichês trazem tudo isso de negativo com as mulheres brasileiras."

Austrália: 'Perpetua-se o estereótipo de ser sexy'

"Ser mulher em um país como a Austrália me permitiu ter mais liberdade do que no Brasil. Eu me sentia mais segura para sair nas ruas, sem tanto medo de assédio ou violência. Tinha um grau de liberdade maior do que no Brasil, apesar de às vezes ser mais sexualizada. Alguns disseram que eu era exótica e outros perpetuavam o estereótipo de brasileira ser sexy. Sempre me permiti fazer o que quisesse no Brasil e até sofri por isso porque fui assaltada várias vezes e assediada, como as brasileiras são. Na Austrália, agia da mesma forma, me permitia fazer o que quisesse. Mas nesse período em que morei lá não tive nenhum incidente por ser mulher - exceto a hiperssexualização de alguns, por ser brasileira. Foram poucas as vezes em que precisei estar sozinha, mas não deixei de fazer coisas sozinha. Confesso que ser mulher significa sempre ter medo de andar na rua sozinha, no Brasil ou na Austrália. Mas talvez por ter nascido num país violento essa sensação me acompanha."

Angola: 'É comum ouvir cantadas nas ruas'

"Minha vida em Angola é parecida com a que tinha no Brasil. Trabalho de segunda a sexta, vou ao cinema, saio com os amigos, faço exercícios na Marginal de Luanda, vou à praia... Luanda é tão quente e úmida quanto o Rio, então uso basicamente as mesmas roupas. É claro que a sociedade aqui ainda é muito centrada no homem. É comum ouvir comentários machistas ou cantadas enquanto ando na rua. Mas como boa brasileira que sou, não me intimido. Respondo de volta e os caras logo param. Sendo mulher, me permito fazer quase tudo em Luanda. Moro no centro e faço muita coisa a pé: mercados, trabalho, restaurantes. Saio também para a balada sozinha sem problemas. Durante o dia, até me permito andar de candongas - os táxis azul e branco, parecidos com as vans do Rio -, mas procuro sentar próximo de outras mulheres ou do motorista. De noite, só uso os táxis de cooperativas com motoristas credenciados e rastreáveis. De resto, evito andar sozinha."

Arábia Saudita: 'Vive-se uma liberdade moderada'

"Sou brasileira-libanesa e sempre vivi no Brasil. Casei e meu marido trabalha na Arábia Saudita. Então, passamos a morar aqui. Em Jeddah, quase todos os restaurantes têm uma seção só para famílias e outra totalmente separada, onde entram só homens solteiros – e não mulheres solteiras. Sou muçulmana e para mim é natural cobrir o cabelo, usar o véu.Posso andar no shopping sozinha. Mulher não pode dirigir aqui. Quando não saio com meu marido de carro, pego Uber. Tive uma situação que passei que fiquei com um pouquinho de medo. Não usava véu, mas depois dessa situação preferi começar a usar. Porque os homens mexem. Não é que usar o véu vai me proteger, mas talvez na cabeça dos homens a mulher que usa o véu é mais reservada do que a mulher que não usa. É como se fosse no Brasil: mulher de minissaia na rua é comparável à mulher sem véu na Arábia Saudita. É liberdade moderada." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

De acordo com a ONU Mulheres Brasil, os espaços de grupos de apoio e organização sindical, apesar de significarem um importante centro de luta e empoderamento feminino pela dignidade trabalhista e econômica, ainda é, por vezes, inacessível a algumas mulheres. A falta de tempo e estrutura causadas pelo machismo, além da tripla jornada de trabalho das mulheres economicamente ativas, as afastam desses espaços de militância e reivindicação de direitos sociais no trabalho. 

O LeiaJa.com buscou histórias inspiradoras de mulheres pernambucanas que conseguiram passar por todas essas barreiras sociais impostas pelo gênero e não somente participam dos sindicatos de suas categorias de trabalho, como chegaram a postos de liderança como coordenação geral e presidência, ganhando reconhecimento e respeito. 

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“Não esperavam que uma mulher fizesse tanta transformação”

Dulcilene Morais é presidenta do Marreta (Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores da Construção Civil e Pesada de Pernambuco) e afirma que o machismo está presente no movimento sindical primeiramente por estar entranhado na sociedade brasileira: “O movimento sindical como a sociedade é machista, porque o machismo é cultural na questão do patriarcado, que prega que mulher tem que ficar em casa lavando prato e limpando menino”, opina Dulcilene. 

De acordo com ela, por volta de 1988, teve início a luta pela presença feminina no sindicato, que a levou ao pioneirismo como mulher ocupando a presidência. “Quando entrei no movimento sindical, começou o movimento da CUT para colocar as mulheres nas direções dos sindicatos, mas não esperavam que uma mulher fizesse tanta transformação. Implementamos café e almoço na obra, políticas de segurança nas construtoras que tratavam os trabalhadores como algo descartável e nós forçamos a aplicar normas a partir da patrulha sindical nas obras. Também implantamos sala de aula em obras a primeira do país. Foi uma série de questões que mostramos que se o trabalhador tem direito e as oligarquias perseguem nosso sindicato, pois não aceitamos ser tratados como resto de material da obra, temos que ser tratados com respeito”, conta a sindicalista. Outra conquista do Marreta diz respeito à equiparação salarial e equidade de gênero nos quadros profissionais das empresas de construção. Segundo Dulcineide, foi preciso recorrer ao Ministério Público para garantir que as engenheiras ganhassem os mesmos salários que os engenheiros homens.

Sobre questões como dupla jornada e necessidades estruturais que permitam às mulheres uma atuação forte nos sindicatos, Dulcineide afirma que patrões e maridos são barreiras muito presentes. “Elas têm o tabu em casa que às vezes o marido não quer deixar, às vezes a empresa não quer liberar a mulher, mas a gente garantiu que elas poderão participar nas mesas de comissão em igualdade de direitos em relação aos homens. Os sindicatos têm que ter estrutura de creche, por exemplo, para a mulher ficar tranquila tendo onde deixar seu filho para poder vir para a luta com mais vontade. Elas vêm até com mais vontade que os homens na minha avaliação, tomam consciência de que têm que lutar pelos seus direitos", diz. 

O setor da construção é, geralmente, visto como um segmento de trabalho para homens. Quando perguntada sobre como é presidir um sindicato desse ramo sendo mulher, Dulcineide afirma que o machismo é forte sim, mas que não é só em sua área de atuação que ele existe: “Temos outras mulheres em sindicatos de construção civil, mas o machismo também está presente em categorias tipicamente femininas que são presididos por homens e não mulheres, isso é um reflexo da realidade social”, finaliza a presidente do Marreta.

Pauta de luta trabalhista 

A Coordenadora Geral do Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere), Simone Fontana, afirma que a diretoria de seu sindicato tem maioria feminina como reflexo da categoria do ensino que é, em maioria, composta por mulheres. No entanto, ela reconhece as dificuldades que as mulheres enfrentam nos sindicatos.

“As dificuldades são muitas, pois mulheres têm trabalhos de cuidado com família, filhos, idosos”, explica Simone. Para ela, garantir que as mulheres estejam inseridas no contexto sindical deve ser uma pauta de luta trabalhista e é preciso que os próprios sindicatos tenham uma estrutura de acolhimento para possibilitar essa participação: “A atuação sindical é difícil para mulheres se a estrutura do sindicato não tem essa visão e não garante esse suporte. Nós somos importantes e não devemos ficar restritas nem na hora da luta e nem na organização familiar, pois os ataques atingem as mulheres, como reforma da previdência, restrição de pensões, aposentadoria especial e PEC dos gastos públicos", opina a integrante do Simpere. 

“Me disseram que sindicalista não tinha direito a licença maternidade” 

Suzineide Rodrigues é a presidenta do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, mas enfrentou diversas dificuldades até chegar a este posto. “Quando entrei no sindicato em 1991 senti na pele o que é ser mulher com filho pequeno num sindicato em que sua jornada não tem horário. Nenhuma outra mulher lá era mãe e quando precisei tirar licença, me disseram que sindicalista não tira licença maternidade”. Segundo ela, a situação só mudou quando outra sindicalista se tornou mãe e foi iniciado o debate para fazer valer a lei que confere às mulheres o direito de cuidar de seus filhos recém-nascidos.

Suzineide diz que foi difícil conseguir introduzir a pauta de discussão feminista dentro do sindicato e enfrentou muita resistência. "Em nossa trajetória houve muita luta para conseguir visibilidade e para ter uma mulher presidenta. Só com 79 anos de sindicato a gente conseguiu ter a primeira, teve um racha na diretoria e a presidenta venceu por dois votos de diferença apenas”. De acordo com Suzineide, o enfrentamento trouxe bons frutos para as bancárias. “Conseguimos auxílio creche em convenção coletiva, as mães bancárias recebem um valor para ajudar a pagar. No sindicato a gente flexibiliza o horário, paga hora extra de babá, bota creche quando tem curso, para ajudar pessoas que têm filhos. A gente também desbravou o debate sobre violência contra a mulher e sobre paridade”.

Até sua consolidação como presidente do Sindicato, Suzineide enfrentou resistências. “A ideia de ter mulheres vai bem na base, mas é difícil para nós subirmos aos postos de poder. Quando estamos nesse cargo, os homens não são tão diretamente machistas de dizer que não temos competência, mas se a gente não mostrar muito pulso de liderança no trabalho em equipe, dificulta", complementa. 

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Uma promoção lançada pela Livraria Saraiva em todo o Brasil tem sido alvo de polêmica entre as mulheres. Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta quarta-feira (8), a empresa está oferecendo 50% de desconto na compra de livros, exclusivamente, para o público feminino que efetuar o cadastro previamente na página oficial da empresa na internet. 

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Só que para a surpresa e insatisfação de muitas, a venda dos produtos limita-se apenas a algumas categorias, sem se estender a temas mais acadêmicos, científicos ou até mesmo históricos. Na página da Saraiva, o público pode optar apenas por temas como 'atitude’, ‘românticas’, ‘que se cuidam’, ‘fashionistas’, ‘religiosas’, ‘que gostam de dançar’, ‘organizadas’ ou ‘geeks’, dentre outras categorias.

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Nas redes sociais, a iniciativa tem sido vista como anacrônica por muitas. "Quero ser convidada a comprar os livros que EU, como leitora, cliente, e interessada, preferir: quero crônica, poesia, epistolografia (cartas), ensaio, memórias, (auto)biografia, filosofia, história, crítica literária, fotografia, artes, romance, et cetera. Aprendam a respeitar suas leitoras e leitores. Se querem fazer promoção, deixem o cliente levar o que gosta. Do contrário, parece queima de estoque com falsa homenagem como pretexto", escreveu uma internauta.

Já outra seguidora ressaltou estar decepcionada com a empresa: "Vcs criaram uma campanha em homenagem ao dia das mulheres dando descontos e para minha surpresa...Os livros abordados são padrão 'bela, recatada e do lar'. Por favor, sem entrar na questão de machismo ou feminismo porque eu nem debato esse tipo de coisa, mas foi ridículo essa promoção. Sou advogada e o meu acervo de livros os, quais 90% adquiriro com vcs, são profissionais. Então mulher não pode ser uma profissional? Vcs condicionaram a promoção à imagem antiga da mulher, imagem essa que hoje já é veemente rebatida. Enfim, me decepcionei e estou inclusive demonstrando essa decepção de forma aberta nas redes sociais e lógico nem de longe me surpreendi quando recebi muitas mensagens de mulheres profissionais como eu, com esse mesmo sentimento de decepção".

É isso mesmo - A assessoria da livraria Saraiva informou que o desconto "não é válido para as áreas de Contabilidade, Ciências Biológicas, Exatas, Curso de Idiomas, Didáticos, Direito, Engenharia, Tecnologia, Informática e Medicina". 

Mais tarde, após as 18h desta segunda (6), a assessoria da livraria voltou a entrar em contato com o LeiaJá e informou que mais de 200 mil títulos estarão incluídos na promoção. Entre as categorias, estarão Administração, Agropecuária, Artes, Autoajuda, Ciência Humanas e Sociais, Economia, Esoterismo, Espiritualismo, Esportes e Lazer, Gastronomia, Geografia e História, Linguística, Literatura Estrangeira, Literatura Infantojuvenil, Literatura Nacional, Psicologia, Religião e Turismo.

Além disso, a Saraiva ressaltou que a campanha só é válida no dia 08/03/2017, ou até o termino do estoque. Pelo e-commerce, a livraria informa que o desconto será válido para as clientes já cadastradas no site até 23h59 de 07/03/2017, desde que tenham autorizado o envio de e-mails, já que receberão um cupom de 50% de desconto pelo endereço eletrônico.

Após ter chamado atenção recentemente ao oferecer apoio e oportunidade a um estagiário demitido após ter publicado comentários machistas em seu Facebook, a empresa Alezzia teve seu site hackeado nesta segunda-feira, 13.

O grupo Anonymous assumiu a autoria da invasão, alegando que a empresa apresenta um posicionamento machista, e confiscando dados de pessoas ligadas à Alezzia: "Estamos em posse de todas as bases de dados, seus backups, e-mails, senhas e todos os dados de todos os seus 10 mil clientes, que estão sendo devidamente notificados nesse exato momento por e-mail, convidando-os a processar a Alezzia pela falha de segurança".

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Além de retirar o site original do ar, o grupo ainda alterou os produtos à venda para um DVD da escritora francesa - e feminista - Simone de Beauvoir, por apenas 'um real'.

"A Alezzia não é a primeira, e nem vai ser a última marca a capitalizar em cima de machismo descarado. Esperamos que um dia a qualidade de seus [produtos] baste para que a marca venda sem precisar apelar pra essa estratégia de marketing patética", dizia mensagem dos hackers, que ficou disponível no site da empresa por algum tempo.

Nesta tarde, a página da empresa está fora do ar, mas a íntegra da mensagem segue em seu Facebook.

A ONU Mulheres Brasil organizou uma campanha de combate ao machismo e violência de gênero na volta às aulas, chamada 'O valente não é violento'. A ideia é levar as discussões sobre gênero, machismo, violência contra a mulher, desconstrução de preconceitos e igualdade a jovens e adolescentes nos anos do Ensino Médio. 

Um currículo foi montado junto com seis planos de aula voltados para a conscientização de meninos e meninas sobre os direitos das mulheres de viver sem violência. Foi realizado também um concurso de vídeos de um minuto sobre como seria um mundo sem imposições sociais de gênero, voltado para estudantes do Ensino Médio e profissionais do audiovisual. 

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Confira o Inventário, o currículo e os planos de aula número um, dois, três, quatro, cinco e seis

Universidades

Sob a liderança da campanha em uma parceria com  grupos de estudos de gênero e raça de universidades brasileiras, coletivos feministas e a Diretoria de Mulheres da União Nacional dos Estudantes (UNE), há ainda outra iniciativa para combate da violência contra a mulher nas universidades. A rede colaborativa "Vozes Contra a Violência" apresenta um currículo não-formal para meninas e mulheres escoteiras-guias que atuam na prevenção da violência de gênero. 

Masculinidades e desconstrução de estereótipos

Há também um esforço no sentido de desenvolver oficinas e atividades culturais com caminhoneiros sobre masculinidades positivas e prevenção da violência contra mulheres e meninas, além da realização de um documentário sobre estereótipos de gênero e masculinidades.

Mais do que a derrota em campo do Lyon para o Lille no último sábado (28) por 2 a 1, o que chamou atenção no Stade des Lumieres foi o machismo exposto em faixas nas arquibancadas por parte da torcida mandante. Utilizando duas imagens, os torcedores do Lyon declaravam que o lugar de mulheres era na cozinha, enquanto o de homens era no estádio. A ação gerou grande repercussão após a TV francesa que fazia a cobertura do jogo focalizar nos dizeres.

Um dos posicionamentos contrários veio da ex-diretora da Federação Francesa de Futebol Dominique Crochu, que criticou a falta de controle de conteúdo nas bandeiras que entram no estádio. “Os banners não são verificados pelos comissários? O sexismo carregado como triunfo? Isso é possível em Parc Olympique? Triste”, escreveu em uma rede social.

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Em blog do jornal O Lance, o jornalista Marcelo Bechler destaca que essa não é a primeira vez que as faixas são exibidas no estádio, porém elas nunca tinham sido mostradas durante as transmissões de TV. As figuras representam, inclusive, o posicionamento de um dos diretores do Lyon, o ex-jogador Bernard Lacombe, que disse em dado momento, durante uma entrevista sobre o time de futebol feminino da equipe francesa, que o lugar das mulheres era na cozinha.

Apesar do preconceito contra as mulheres no futebol, o time feminino do Lyon é o maior campeão do campeonato francês, com dez títulos conquistados, e possui três títulos da Liga das Campeões, sendo, inclusive, as atuais vencedoras do torneio, com uma média de cinco gols por partida.

Historicamente, a mulher foi vista como a dona de casa, que ficava à espera da 'caça' feita pelo homem, para poder transformar o alimento em algo prazeroso. O que era considerado normal, culturalmente, mudou quando as mulheres ganharam seu espaço e lançaram-se no mundo do trabalho. Depois disso, o mercado ganhou novos horizontes. Porém, a percepção da sociedade parece resistir a evolução e às conquistas das mulheres.

Isso ficou muito claro na primeira edição do programa MaterChef Profissionais, que foi palco de várias cenas machistas. Durante a apresentação dos episódios, o comportamento de alguns participantes incomodou e abriu espaço para discussões sobre os atos que discriminam e recusam a ideia de igualdade de direitos entre homens e mulheres, principalmente na cozinha.

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No último episódio do reality show, que foi ao ar nesta terça-feira (20) e trouxe a ‘Lavagem de Roupa Suja’ dos participantes, não foi diferente. O machismo foi colocado ainda mais em evidência, deixando alguns participantes desconfortáveis. Na ocasião, a apresentadora Ana Paula Padrão confrontou os chefs, que foram rotulados como machistas, indagou as suas reações no programa e destacou o preconceito vivido pelas mulheres.

Mesmo com alguns profissionais tantando negar a existência do machismo na cozinha, o público pôde ouvir depoimentos surpreendentes, envolvendo a falta de respeito, submissão, constrangimento e até assédio. Os relatos que impressionaram os espectadores vão além da TV e é comum no dia a dia das chefs.

--> Dayse supera machismo e descrença no 'MasterChef'

Em entrevista ao Portal LeiaJá, quatro chefs pernambucanas confidenciaram as experiências vividas e a realidade do ambiente de trabalho que é apontada como machista e hostil.

A chef Sofia Mota, que tem 30 anos e atua na área há 10, falou que o preconceito existe e que os homens ainda não estão acostumados a ver as mulheres em cargos de liderança. “Enfrentei inúmeros problemas no início da profissão e no decorrer dela. Os homens não acreditavam que eu poderia ser uma boa chef e não aceitavam a minha liderança. Algumas vezes, cheguei a ser sabotada nos estabelecimentos”, conta Sofia.

Atuando em diversas cozinhas da capital pernambucana, a chef afirma que já presenciou várias cenas constrangedoras de assédio. Em entrevista, ela relatou como acontece e como ela lida com isso. Mesmo com a trajetória profissional difícil, ela carrega um sorriso largo e um amor à profissão que ultrapassa todos os desafios. Atualmente, ela trabalha como consultora no Parla Deli, Caponata, na criação da linha saudável de Porto Fino e, recentemente, lançou sua própria linha de pães sem glúten.

Sem 'papas na língua', a chef Cláudia Caldas, conhecida como Miau Caldas se apresenta como a cozinheira mais desbocada, sem 'rabo prezo' e rebelde. Filha de militar aviador, ela conta que sempre foi de encontro ao 'machismo careta' - maneira que ela define o comportamento de homens e mulheres na cozinha. "Eu sempre vivi muito o machismo, principalmente, por ser de família de militares. Por isso, achei que poderia me sair bem e lidar com qualquer forma de preconceito, porém não foi tão simples assim", relata.

De acordo com Miau, os dez anos de vivência profissional a levou conhecer bem o ambiente de trabalho, que ela mesma considera hostil, e a tentar lidar com ameaças, assédio e preconceito sofridos nesse período. Entretanto, para conseguir driblar tudo isso, se entender enquanto mulher, num ambiente que é masculino, ela precisou recorrer à terapia. Miau atuou em mais de 20 cozinhas e atualmente realiza consultorias em eventos e restaurantes. Além disso, a chef já integrou a equipe do Bake Off Brasil.

Formada na França há 11 anos, a professora e chef Luciana Sultanum compara a realidade da Europa e do Brasil. "Na França, o problema é bem maior! As cozinhas têm muito mais homens do que as do Brasil. Então como vi muito isso na Europa, aqui, senti de forma mais amena", relata Luciana.

Ainda em entrevista ao Portal LeiaJá, Luciana reforça: a cozinha profissional ainda é considerada lugar para homem. Além disso, ela relata que a atuação da mulher ainda é vista com limitação. "Muitos dos cozinheiros acreditam que as chefs são boas para fazer doces ou confeitaria e a justificativa é que nós somos mais habilidosas e delicadas para o manuseio. Essa percepção machista eu observo muito", disse.

Para a chef, nos últimos cinco anos o cenário mudou bastante devido ao mercado gastronômico que cresceu, mas ainda existe preconceito. "Observo que ultimamente as mulheres dominam nos cursos de gastronomia, no qual o número de homens vem reduzindo", conta. A cozinheira Luciana atualmente trabalha como consultora no Modigliani Bistrô, em Apipucos e no hotel em Porto de Galinhas Ecoporto. Além disso, ela é professora em uma universidade particular da capital pernambucana.

A chef Dani Britto, que deixou a empresa familiar na área açucareira, no interior da Paraíba; para seguir a carreira ade cozinheira, falou que nunca sofreu preconceito por ser mulher, mas por ter mudado de profissão e ter escolhido ser chef. "Quando decidi e fui fazer o curso, muitas pessoas criticaram e questionaram: 'mas você vai ser cozinheira?', como se essa atuação fosse menor do que qualquer outra ocupação", lamentou. 

"Hoje em dia eu me sinto feliz e realizada pela escolha que fiz", concluiu a chef que trabalha como consultora na Very - Drummond Ateliê de Culinária, dá aulas experimentais e cria cardápios personalizados para eventos particulares.

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E 2016 ainda tem margem para mais polêmicas neste final de ano. Desta vez, o alvo é a marca de móveis em aço inox, Alezzia, isto porque a empresa resolveu investir em uma campanha publicitária com teor machista, segundo os internautas. 

A divulgação dos produtos vinha acompanhada de mulheres de biquíni e maiô brancos. Um dos anúncios – presentes nas redes sociais e página da marca – apresenta uma mulher com pouca roupa, em uma das cadeiras Alezzia, acompanhada da legenda “Beleza interior são os nossos móveis na sua casa”.

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Diante das peças publicitárias anunciadas, clientes e seguidores da marca nas redes sociais criticaram a postura da empresa e a campanha feita por ela, sob a justificativa de que se tratava de uma objetivação da mulher. 

Mesmo em meio às acusações, a empresa não pareceu levar a sério as críticas e passou a responder os seus seguidores com ironia. Em resposta a uma internauta que escreveu “Direção péssima. As peças gráficas são horríveis. Século 21 nem cerveja se vende mais objetificando mulheres”, a Alezza respondeu: “Já que as cervejas mudaram cabe a nós manter a tradição”.

E a postura da empresa começou a ficar ainda pior depois que outra usuária postou sua reclamação e a marca rebateu com um desafio. Se a seguidora conseguisse baixar a nota da Alezza no Facebook para 1.1 até o próximo mês, ela ganharia um cupom de R$ 10 mil para gastar na loja virtual da empresa. Caso contrário, seria doado um cupom de R$ 5 mil para Associação de Apoio a Criança com Deficiência (AACD). Ainda foi dada outra possibilidade. Se a nota chegasse a quatro, a doação dobraria. Atualmente, a conta tem uma nota de 2.3. 

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