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A Escola Judiciária Eleitoral (EJE) do TRE Pernambuco promove, na próxima quinta-feira (1º), das 9h ao meio-dia, no plenário do tribunal, o 2º encontro do Ciclo de Estudos Mulheres na Política, uma iniciativa que visa debater os obstáculos a serem superados para uma maior participação feminina na política.

No evento, serão promovidos dois painéis: o primeiro deles será o “Participação das Mulheres na Política: Avanços e Novos Desafios” e, na sequência, haverá o painel “Mulheres Negras na Política”. O evento é presencial e aberto ao público mediante inscrição prévia através de um formulário on-line, com vagas limitadas. Para se inscrever, clique aqui.

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A ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Maria Cláudia Buchianeri será uma das participantes do evento. Ela será uma das expositoras do painel “Participação das Mulheres na Política: Avanços e Novos Desafios”, ao lado da desembargadora eleitoral do TRE-PE e diretora da EJE, Mariana Vargas, da também desembargadora eleitoral Iasmina Rocha e da advogada e vice-diretora da Escola Superior da Advocacia, Renata Berenguer.

O painel “Mulheres Negras na Política” terá como expositoras a juíza de direito Luciana Maranhão, a professora da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Yumara Vasconcelos, a diretora do coletivo Rede de Mulheres Negras, Mônica Oliveira, e a diretora-geral adjunta da OAB-PE, a advogada Manoela Alves.

Idealizadora e coordenadora do evento, a desembargadora eleitoral Mariana Vargas, primeira mulher a Dirigir a EJE, destaca a necessidade do debate sobre a participação feminina na política como uma das razões para a sua realização. “Apesar dos avanços na legislação e na jurisprudência, no Brasil, a participação das mulheres nos espaços da política ainda é muito tímida. No cenário mundial, o Brasil apresenta uma das piores performances, no que se refere à equidade de gênero na Politica. Por isso, precisamos intensificar o debate sobre esta pauta, que é fundamental para toda a sociedade”, afirma.

A EJE realizou, nos meses de julho e agosto, o 1º Ciclo de Estudos Mulheres na Política dirigido a integrantes da Rede de Mulheres Negras de Pernambuco e a representantes de partidos políticos, quando abordou, além da participação feminina na política, a capacitação sobre propaganda eleitoral e prestação de contas.

21 Dias de Ativismo

Este ciclo de estudos promovido pela EJE/TRE-PE está inserido no movimento “21 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra a Mulher”, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A campanha, que se inicia no dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra no país, traz reflexões sobre os variados cenários da violência de gênero contra meninas e mulheres, com a contextualização de suas vulnerabilidades.

O movimento criado pelo CNJ, que busca sensibilizar a sociedade para o tema, sobretudo no Judiciário, se inspira na ação mundial denominada 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a mulher, que se iniciou em 1991, intitulada “as mariposas”, em homenagem às irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa, assassinadas, em 1960, na República Dominicana. Submetidas às mais diversas situações de violência e tortura, dentre elas, o estupro, as irmãs foram silenciadas pelo regime ditatorial de Rafael Trujillo, no dia 25 de novembro de 1960.

Serviço

- 2º Encontro do Ciclo de Estudos Mulheres na Política

- Quando: 1/12, das 9h ao meio-dia, na modalidade presencial.

- Onde: Sala de sessões do TRE Pernambuco - Av. Governador Agamenon Magalhães, nº 1.160, Derby, Recife-PE - CEP 52010-904

- Aberto ao público mediante inscrição prévia on-line por meio deste link

- Vagas limitadas

- Informações: (81) 3194 9444

*Do TRE

O Grupo Mulheres do Brasil irá realizar no domingo (4), em Boa Viagem, a 5a edição da Caminhada pelo fim da violência contra mulheres e meninas. O objetivo é sensibilizar toda sociedade pela importância do combate e eliminação de todos os tipos de violência. A caminhada terá início às 9h, na Praça de Boa viagem, indo em direção ao Posto 7.

Dois trios elétricos irão acompanhar o percurso, com muita música e informação sobre o movimento, tudo sob o comando dos artistas. Almir Rouche, Bárbara Ayres, o sanfoneiro Ângelo Gabriel, Kelly Rosa e Cirlene Menezes. A organização pede que todos se vistam com o tom laranja, cor escolhida pela Organização das Nações Unidas - ONU para se criar uma visão simbólica de um mundo brilhante e positivo, o ideal de um mundo livre da violência contra mulheres e meninas. 

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 Segundo a ONU, uma em cada três mulheres em todo o mundo já experienciaram violência sexual ou física ao logo de sua vida. Em Pernambuco, em média, 110 mulheres sofrem violência por dia. São cinco casos registrados, a cada hora, no estado, como mostra levantamento da Secretaria de Defesa Social (SDS) presente no dossiê “Violência contra as mulheres em Pernambuco”. No mesmo estudo, observa-se que no primeiro semestre deste ano, a cada quatro dias e meio, uma mulher foi assassinada. 

  À frente do Comitê de Combate à Violência à Mulher, do Grupo Mulheres do Brasil em Pernambuco, Claudia Molinna enfatiza que é preciso a participação de todos nessa luta, “que é não apenas de mulheres, mas de toda sociedade”. Ela ressalta que não basta dizer que é contra a violência: “a gente precisa ter um posicionamento firme nesse assunto, entender do que se trata e da importância de falar sobre isso o tempo todo.”     

PERGUNTAS E RESPOSTAS FREQUENTES 

 QUAIS OS OBJETIVOS DA CAMINHADA?  A 5a edição da Caminhada pelo fim da violência contra mulheres e meninas realizada pelo Grupo Mulheres do Brasil tem como objetivo: sensibilizar de toda a sociedade ao esclarecer o que é violência, que não é somente a agressão física, e porque é importante reconhecer e denunciar, mudando a opinião pública e derrubando mitos e paradigmas; construir estratégias integradas, unindo esforços com quem já trabalha pelo tema, promovendo a integração de movimentos que lutam pela erradicação da violência contra mulheres e meninas e o poder público; e garantir ações de transformação e combate, uma assistência adequada às vítimas de violência, lutando por legislações favoráveis às vítimas e pela recuperação dos agressores.   

  COMO A SOCIEDADE PODE COLABORAR NESTA CAUSA? 

Os índices publicados no mapa da violência e as notícias comprovam um aumento do índice da violência contra mulheres e meninas em todo o mundo. A violência contra mulheres e meninas aumenta, e acreditamos que, se não fosse à subnotificação, os números seriam ainda maiores. Portanto, este é um assunto que afeta toda a sociedade. A sociedade pode colaborar metendo a colher, encorajando as denúncias, e exigindo que a Lei Maria da Penha seja cumprida. A violência traz um custo para sociedade: absenteísmo nas empresas, os órfãos da violência, dentre outros.   

COMO COMEÇOU O GRUPO MULHERES DO BRASIL?   

O Grupo Mulheres do Brasil foi criado em 2013 por 40 mulheres de diferentes segmentos com o intuito de engajar a sociedade civil na conquista de melhorias para o país. É presidido pela empresária Luiza Helena Trajano e tem mais de 98 mil participantes no Brasil e no exterior. Queremos ser o maior grupo político suprapartidário do país. Somos políticas, sim, mas a nossa única bandeira é a do Brasil.   

POR QUE O GRUPO MULHERES DO BRASIL ESTÁ ENVOLVIDO NESTA CAUSA? 

O Combate à violência contra mulheres e meninas é uma causa global do Grupo Mulheres do Brasil, isso porque para nós cada mulher conta, e isso significa que cada vida conta. Não há como nos silenciarmos diante dos números da violência contra mulheres e meninas. 

 POR QUE A CAMINHADA ACONTECERÁ NO DIA 4 DE DEZEMBRO? 

O Grupo Mulheres do Brasil participa todos os anos da Campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra Mulheres e Meninas” que é uma mobilização global da sociedade civil em torno desse tema, organizada pela ONU. No Brasil a campanha dura 21 dias, pois começa em 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, e se encerra em 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos – nos demais países, a campanha ocorre entre 25 de novembro, Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, e 10 de dezembro. Portanto, a data do dia 4 de dezembro, escolhida para a realização da 5a edição da Caminhada pelo fim da violência contra mulheres e meninas, esta dentro desse período em que intensificamos o ativismo 

 POR QUE TODOS SE VESTEM DE LARANJA? 

A cor laranja foi escolhida pela ONU para se criar uma visão simbólica de um mundo brilhante e positivo, o ideal de um mundo livre da violência contra mulheres e meninas.   

POR QUE OS HOMENS SÃO CHAMADOS A PARTICIPAR DESTA MOBILIZAÇÃO? 

Porque justamente essa causa é de toda a sociedade, mulheres e homens precisam andar lado a lado para mudar essa realidade.   

EM QUE LUGAR ACONTECERÁ A CAMINHADA 2022? 

A 5a edição da Caminhada pelo fim da violência contra mulheres e meninas realizada pelo Grupo Mulheres do Brasil, núcleo Recife, irá acontecer no dia 4 de dezembro a partir das 9h, com concentração na Praça de Boa Viagem, importante ponto turístico pernambucano, seguindo pela avenida até a padaria Boa Viagem, e em mais de 30 cidades do país e no exterior. Serão milhares de pessoas em sintonia para mudar essa triste realidade.

*Da assessoria 

Quinze mulheres afegãs protestaram por alguns minutos em Cabul para defender "seus direitos até o fim" nesta quinta-feira (24), véspera do Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres.

As manifestantes, a maioria com óculos escuros, véus e máscaras cirúrgicas, iniciaram a mobilização diante de uma mesquita no centro da capital afegã. Talibãs armados patrulhavam a área do protesto.

"Lutaremos por nossos direitos até o fim, não vamos nos render", afirmava um dos cartazes. "Estados Unidos e Ocidente traíram as mulheres afegãs", destacava outro.

"A horrível condição as mulheres afegãs é uma vergonha para a consciência do mundo", afirmava uma faixa em inglês.

Desde que os talibãs voltaram ao poder em agosto de 2021, após a retirada das tropas dos Estados Unidos depois de duas décadas de presença no país, as manifestações de mulheres, que poucas vezes reúnem mais de 40 pessoas, são muito perigosas. Muitas participantes foram detidas.

O Talibã impõe uma interpretação rigorosa do islã e adota medidas cada vez mais rígidas, em particular para restringir os direitos e liberdades das mulheres.

Depois de fechar as escolas do Ensino Médio para as meninas, excluir as mulheres da maioria dos empregos públicos e impor o uso do véu integral em público, entre outras medidas, os talibãs anunciaram em novembro que elas não podem frequentar os parques de Cabul.

De acordo com a ONU, que organiza na sexta-feira o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, este tipo de violência é a violação dos direitos humanos mais difundida no mundo. A organização calcula que afeta uma em cada três mulheres, número que praticamente não mudou na última década.

A Fórmula 1 anunciou nesta sexta-feira a criação da F1 Academy, categoria voltada exclusivamente para pilotos do sexo feminino. Com o novo campeonato, a F-1 pretende dar mais oportunidades para as mulheres chegarem em bom nível em outras categorias de base do automobilismo, como Fórmula 3 e Fórmula 2.

"Tenho o prazer de anunciar a F1 Academy, que dará às jovens pilotos a melhor chance de realizar suas ambições por meio de um programa abrangente que apoie suas carreiras de corrida e lhes dê tudo o que precisam para passar para a F-3 e, esperançosamente, para a F-2 e depois o auge da Fórmula 1. Quanto mais oportunidades houver, melhor e isso foi projetado para fornecer outro caminho para o sucesso dos pilotos", disse o presidente e CEO da Fórmula 1, Stefano Domenicali.

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A F1 Academy contará com cinco equipes, oriundas da F-2 e F-3, que usarão três carros cada. A temporada contará com sete etapas, nas quais serão realizadas três corridas cada, chegando a 21 provas ao longo do ano. O calendário completo será divulgado em breve.

"Todos devem ter a oportunidade de seguir seus sonhos e alcançar seu potencial, e a Fórmula 1 quer garantir que estamos fazendo todo o possível para criar maior diversidade e rotas para este esporte incrível", completou Domenicali.

CEO da Formula Motorsport Limited, Bruno Michel será o responsável pela nova categoria. "Estou muito animado para lançar a F1 Academy. A diversidade é extremamente importante no automobilismo e, com a F1 Academy, provaremos que as mulheres pilotos têm tudo para competir em alto nível. Estou absolutamente convencido de que, se as jovens tiverem a mesma experiência que qualquer outro motorista, elas poderão abrir caminho com sucesso na pirâmide", completou.

Ele ainda revelou as motivações que levaram à criação da categoria. "Nosso objetivo é ver pilotos do sexo feminino no grid da F-3 nos próximos dois a três anos, e que elas desafiem rapidamente por pontos e pódios. O objetivo é aumentar o alcance no futuro próximo, porque esperamos que esta categoria inspire mais jovens a competir no automobilismo ao mais alto nível", finalizou.

A F1 Academy é a segunda iniciativa do gênero nos últimos anos. A W Series também tem como foco as mulheres, mas teve que encerrar 2022 de forma precoce por falta de recursos. As três últimas corridas foram canceladas e Jamie Chadwick, única vencedora da competição, foi decretada campeã antecipadamente. A categoria não recebeu o dinheiro previsto do investidor, mas retornará em 2023.

"A Fórmula 1 quer garantir que as aspirantes a pilotos tenham as melhores oportunidades de atingir seu potencia. A W Series continua a proporcionar uma grande plataforma para os pilotos, e a F1 Academy pretende acrescentar uma rota extra para a próxima geração de jovens pilotos mulheres, que correrão em um ambiente que lhes permitirá ganhar uma experiência fundamental graças a uma grande quantidade de tempo de pista", diz o comunicado, que confirma que a F1 Academy terá sanção da Federação Internacional do Automobilismo (FIA).

Os pintores Jhonatan Correia Damasceno e William Oliveira Fonseca foram condenados pela Justiça do Rio de Janeiro a 76 anos, dois meses e 20 dias de prisão cada um pelos assassinatos de Martha Maria Lopes Pontes, de 77 anos, e da diarista Alice Fernandes de Silva, de 51. O crime ocorreu em 9 de junho, quando elas foram degoladas no apartamento da idosa, na Avenida Rui Barbosa, no Flamengo (zona sul do Rio).

O imóvel foi incendiado pelos criminosos. A sentença foi dada nesta quarta-feira, 16, pelo juiz Flavio Itabaiana de Oliveira Nicolau, da 27ª Vara Criminal do Rio.

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"Os condenados foram presos preventivamente, sendo certo que suas custódias cautelares hão de ser mantidas em virtude de se encontrarem presentes dois dos requisitos, previstos no art. 312 do Código de Processo Penal, que autorizam a decretação da prisão preventiva, quais sejam, a garantia da ordem pública e o asseguramento da aplicação da lei penal", escreveu o juiz.

E acrescentou: "Afinal, um dos delitos perpetrados pelos condenados foi o de latrocínio, que é um crime hediondo, o que evidencia a periculosidade dos condenados - esta, aliás, também pode ser evidenciada pela extrema violência e crueldade empregada no crime, o que deixa inequívoco que a liberdade dos condenados poderia gerar perigo para a sociedade -, não se podendo perder de vista, ainda, que os condenados, em liberdade, certamente encontrariam estímulos para a prática de outros delitos semelhantes. Destarte, a manutenção dos condenados no cárcere há de se dar para garantia da ordem pública."

Damasceno já havia trabalhado como pintor do apartamento da idosa e prestado serviços para outros moradores do prédio. No dia 9 de junho, ele e Fonseca foram ao prédio para tentar conseguir mais dinheiro com a vítima, e avisaram a um dos porteiros que iriam ao apartamento de Martha.

De acordo com a denúncia, eles ameaçaram as duas mulheres e obrigaram a idosa a assinar três cheques no valor de R$ 5 mil cada. Enquanto Fonseca mantinha as vítimas em cárcere privado, Damasceno foi a uma agência do Bradesco para descontar os cheques.

A caixa chegou a entrar em contato com a idosa para confirmar a transação. Em seu depoimento, a bancária contou que a idosa confirmou a emissão dos cheques e pediu que Damasceno assinasse e colocasse o número da sua identidade no verso de cada um. Os cheques foram fotografados a mando do gerente.

Ainda de acordo com a denúncia, Damasceno e Fonseca se acusaram mutuamente pelo planejamento do duplo assassinato.

Fonseca disse que Damasceno teve medo de ser reconhecido, pois tinha trabalhado como pintor para a idosa e no prédio.

Damasceno alegou que Fonseca também ficou com receio do reconhecimento pelas duas vítimas, por ter retirado a máscara.

Fonseca afirmou ter matado as duas mulheres por ordem de Damasceno, que foi responsável pelo incêndio no apartamento.

Além do dinheiro, foram roubados joias e celulares que estavam no imóvel. Os criminosos foram presos logo depois do crime.

A defesa dos réus não foi localizada.

Extremistas do grupo jihadista Boko Haram mataram 20 mulheres acusadas de praticarem bruxaria na Nigéria, após a morte repentina dos filhos de um comandante do grupo, informaram os parentes e uma sobrevivente à AFP.

As fontes disseram no domingo (13) que cerca de 40 mulheres foram presas na semana passada e mantidas na aldeia de Ahraza, perto da cidade de Gwoza, no estado de Borno, por ordem do líder jihadista Ali Guyile.

Guyile "disse que investigaria nosso envolvimento na morte de seus filhos e nos puniria apropriadamente se fossemos consideradas culpadas", disse Talkwe Linbe, sobrevivente que fugiu para Maiduguri, capital regional.

"Na quinta-feira [10] ele ordenou que matassem 14 de nós. Tive sorte de não ser uma delas e meu parceiro, que estava entre os homens que nos mantinham sob custódia, me ajudou a escapar naquela mesma noite", acrescentou a mulher de 67 anos.

Acusações de bruxaria são comuns na Nigéria, um país dividido entre o norte predominantemente muçulmano e o sul majoritariamente cristão.

Moradores informaram que outras 12 mulheres foram mortas no sábado, dia em que Linbe chegou a Maiduguri.

As forças de segurança nigerianas estão lutando contra o Boko Haram e outros jihadistas vinculados ao grupo Estado Islâmico, cuja insurgência matou mais de 40.000 pessoas e forçou mais de dois milhões de pessoas a deixarem suas casas desde 2009.

O Talibã proibiu as mulheres afegãs de entrar em parques e jardins de Cabul, um dos últimos espaços de liberdade que tinham diante das severas restrições impostas pelo regime fundamentalista islâmico.

No início da semana, os talibãs pediram aos administradores dos parques e jardins que fechassem as portas às mulheres, como constataram os jornalistas da AFP na capital.

Até agora haviam sido estabelecidos horários e dias diferentes para que homens e mulheres não se encontrassem.

"Em muitos lugares, as regras foram violadas", declarou à AFP na quarta-feira Mohammad Akif Sadeq Mohajir, porta-voz do Ministério para a Promoção da Virtude e Prevenção do Vício.

"Havia mistura e o hijab (o véu que cobre a cabeça e o pescoço) não estava sendo respeitado. Por isso esta decisão foi tomada", acrescentou.

Sentada em um restaurante em Cabul com vista para um parque da cidade, Wahida observa seus filhos brincarem através do vidro, mas não pode se juntar a eles.

"Não há escola, não há trabalho, deveríamos pelo menos ter um lugar para nos divertirmos", comentou a mãe à AFP, chateada depois que teve a entrada no parque negada.

Desde seu retorno ao poder em agosto de 2021, após 20 anos de guerra e a retirada das tropas americanas, os talibãs adotaram uma interpretação fundamentalista do Islã.

As autoridades não param de cercear as liberdades das mulheres: são obrigadas a usar um véu integral, não podem frequentar o Ensino Médio e são proibidas de viajar sozinhas para fora de sua localidade.

Os parques eram um dos últimos espaços de liberdade.

"Precisamos de um lugar para nos divertir, nossa saúde mental está em jogo. Já estamos fartos de ficar em casa o dia todo, estamos cansados de tudo isso", se desespera Wahida, sem emprego, como o marido.

Na mesa ao lado, Raihana, de 21 anos, compartilha a mesma tristeza. "Estávamos muito empolgadas com a ideia de vir ao parque. Estamos cansadas de ficar em casa", conta a jovem tomando um sorvete com as irmãs.

Estudante de Direito Islâmico, Raihana está confusa com essa nova medida. "Obviamente o Islã permite que você saia e visite parques", diz.

- "Muçulmanos precisam se divertir" -

A vários quilômetros de distância, na parte alta de Cabul, a roda-gigante do parque mais importante do Afeganistão está parada. Também os balanços, vagões e outras atrações de lazer do complexo.

Apenas alguns homens caminham pelas ruas silenciosas do Parque Zazai, criado há mais de seis anos.

Antes das restrições do Talibã, podia receber até 15.000 visitantes por dia nos fins de semana.

O seu co-administrador não compreende esta decisão, que o condena a encerrar o negócio em que investiu 11 milhões de dólares e que emprega cerca de 250 pessoas.

"Sem mulheres, as crianças não virão sozinhas", diz Habib Jan Zazai.

"Gostaria que o Talibã apresentasse razões convincentes", lamenta.

"No Islã você pode ser feliz. O Islã não permite que as pessoas sejam presas em casa", diz este homem na casa dos trinta anos.

"Com essas decisões, vão desencorajar os investidores. E sem empresários que paguem impostos, como vão governar?", questiona.

Mohammad Tamim, de 20 anos, professor de uma escola religiosa na cidade de Kandahar, reduto do Talibã, condena "essa má notícia" enquanto toma chá com amigos no parque.

"Todo ser humano precisa psicologicamente se divertir, estudar... Os muçulmanos precisam se divertir principalmente depois de 20 anos de guerra", defende.

Dados fornecidos pela rede social LinkedIn aponta um crescimento no empreendedorismo feminino de 41% no Brasil em 2020 se comparado ao ano de 2019. Já entre os homens, esse crescimento foi de 22%.

A pandemia pode ser apontada como um fator que fez com que muitas mulheres tivessem que conciliar o home office com as tarefas domésticas. Isso proporcionou mais flexibilidade para que tentassem algo novo, aponta o estudo. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quase metade dos lares brasileiros é sustentado por mulheres. E, com a pandemia, mais de 8,5 milhões delas perderam seus empregos, fato que também as levou a empreender.

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A consultora empresarial e mentora em empreendedorismo Luiza Castanho, uma das maiores autoridades no país em marketing de diferenciação e posicionamento de mercado, diz que não existe receita pronta para iniciar um negócio próprio.

Segundo ela, que já foi feirante e balconista quando jovem, o empreendedorismo está ligado à coragem. Agora, para que o negócio dê certo mesmo, é preciso ser criativo. Afinal, é essencial oferecer algo diferente ao consumidor. Muitas empresas quebram no país justamente por oferecerem mais do mesmo. E, claro, é necessário pensar em uma estratégia, que inclua uma boa comunicação com o cliente que deseja atingir. “Nesse sentido, quem não tem um site, um LinkedIn, um Instagram, por exemplo, praticamente não existe. Quem não é ‘ponto.com’, é nada”, diz ela.

Como exemplos de empreendedorismo feminino na era da pandemia, a mentora aponta a dona de casa que resolveu fazer bolos, marmitas ou churrasquinhos para vender na porta de casa. Ou, ainda, a professora que passou a dar aulas particulares e de reforço para crianças. Luiza, no entanto, destaca que não basta fazer um bolo delicioso para atrair a clientela e gerar um negócio duradouro. É preciso selecionar e saber comprar os ingredientes, além de precificar o produto.

A mentora explica também que existirão outras pessoas vendendo bolo. Assim, é importante criar estratégias para que o produto seja diferente em vários aspectos, como na apresentação ou embalagem, aumentando a percepção de valor do produto junto à clientela. “Um cupcake pode ser só um bolinho. Mas, quando vem em uma embalagem especial, é também um presente”, diz ela. Eis a importância de se pensar sempre em fazer algo novo.

Empreendedorismo Feminino em Números:

- O Brasil é o sétimo país com o maior número de mulheres empreendedoras. Dos 52 milhões de empreendedores, 30 milhões são mulheres, correspondendo a 57% desse contingente. Com relação às MEIs (Microempreendedoras individuais), as mulheres representam 48%, com preferência por categorias como beleza, moda e alimentação. Os dados são do GEM (Global Entrepreneurship Monitor 2020), principal levantamento sobre empreendedorismo no mundo;

- A pesquisa ainda mostra que as mulheres donas de negócios ganham menos que os homens: 61% delas recebem até um salário mínimo, contra 46% deles Com relação a mais de cinco salários mínimos, o índice é de 5% de mulheres e8% de homens;

De acordo com o Female Founders Report 2021, estudo promovido pela B2Mamy, Distrito e Endeavor, somente 4,7% das empresas brasileiras são lideradas por mulheres;

As empreendedoras são mais ágeis na hora de implementar inovações em seus negócios, de acordo com uma pesquisa, de 2020, do Sebrae, em conjunto com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ainda de acordo com esse levantamento, cerca de 71% usam redes sociais, apps e internet para vender produtos, contra 63% dos homens. Além disso, 11% afirmam ter inovado nos negócios durante momento de pandemia, enquanto apenas 7% dos homens acenaram nessa direção.

Segundo o Fórum Econômico Mundial (FMI), serão necessários 136 anos para que a igualdade entre homens e mulheres seja alcançada no mundo.

Quatro homens se declararam culpados em Cingapura por terem drogado suas respectivas esposas para que pudessem abusar delas em grupo. Após a sedação, as vítimas eram gravadas durante os abusos. Os crimes aconteceram entre 2010 e 2018.

Os réus foram identificados por letras, com o "K" e "M" sendo condenados a até 23 anos de prisão e 24 chibatadas em local público. "L" deve passar entre 11 e 16 anos preso, mas sem receber punição física. "N" ficará entre 17 e 21 anos atrás das grades e receberá 24 chibatadas. 

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Além dos quatro maridos, houveram outras três pessoas acusadas de participarem do crime. "P", que não tem esposa, foi condenado a três anos de prisão. O sexto participante, "J", está em fase de julgamento por envolvimento indireto no crime. E, por fim, o sétimo, denominado de "O", também foi acusado, mas se diz inocente.

As forças de segurança do Irã lançaram uma série de ataques contra estudantes universitários, prendendo dezenas de jovens. Segundo a União dos Estudantes e grupos de direitos humanos, os ataques às universidades se intensificaram nos últimos dias, após o fim do luto de 40 dias da morte de Mahsa Amini, assassinada sob custódia da polícia moral do Irã, em setembro. O caso desencadeou oito semanas de protestos contra o regime.

Repressão

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A União dos Estudantes do Irã documentou mais de 40 prisões de estudantes universitários e está coletando relatórios de detenções e invasões de universidades por forças de segurança em todo o país em seu canal Telegram.

A ONG Hengaw para os Direitos Humanos, com sede na Noruega, que monitora a situação em áreas curdas no Irã, disse que o destino de dezenas de jovens presos na semana passada e dezenas de outros detidos pelas forças de segurança por participar de protestos anteriores permanece desconhecido.

Em 30 de outubro, a ONG Human Rights Watch estimou que pelo menos 308 estudantes haviam sido detidos desde o início dos protestos.

Em 2020, foram estimados cerca de 2,3 milhões de novos casos de câncer de mama no mundo, o tipo que mais causa mortes entre as mulheres. Praticamente, um a cada quatro diagnósticos de câncer na população feminina é de mama. Em algumas regiões do planeta, como Ásia, África e América do Sul, essa prevalência vem aumentando à medida que se intensificam processos de migração que expõem a população a novos fatores sociais e ambientais.

“Acredita-se que essas diferenças internacionais e esse aumento da prevalência em determinados locais estejam relacionados mais a mudanças sociais que ocorreram durante o processo de industrialização. Os estudos sobre padrões migratórios são consistentes com a importância dessas mudanças, tanto culturais quanto ambientais”, disse a diretora do Departamento de Saúde Materno-Infantil da Secretaria de Atenção Primária do Ministério da Saúde, Lana de Lourdes Aguiar Lima, entrevistada do programa Brasil em Pauta neste domingo, que vai ao ar às 22h30 na TV Brasil.

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Fatores demográficos também estão por trás do aumento da incidência do câncer de mama, como a crescente população de mulheres com sobrepeso ou obesidade após a menopausa e o aumento do número de mulheres que decidem não engravidar ou que tem sua primeira gravidez em idade mais avançada. Além disso, o próprio aumento da expectativa de vida, bem como a incidência do alcoolismo e tabagismo entre as mulheres contribuem para a elevação do número de casos de câncer de mama.

No Brasil, não é diferente, o câncer de mama é o que mais mata. Por ano, são 11,84 óbitos a cada 100 mil mulheres no país - mais do que outros tipos de câncer que ocorrem na população feminina.

Outubro Rosa

Embora seja focado no combate ao câncer de mama, o Outubro Rosa é uma campanha que procura despertar para a importância da saúde ampla e integral da mulher, com ênfase nas ações de prevenção que conseguem diminuir o risco de doenças no público feminino: o controle do peso e da gordura corporal, terapias hormonais e o combate aos hábitos de vida negativos, como o alcoolismo, tabagismo e o sedentarismo. 

“Estudos observacionais sugerem que a atividade física está associada ao menor risco de câncer de mama. A redução do risco visto com a atividade física provavelmente não é mediada apenas pelo controle do peso. A atividade física pode diminuir o risco do câncer de mama através de influências hormonais e pode também reduzir a recidiva do câncer na população sobrevivente. Seguir um programa de atividade física regular, minimizar o consumo de álcool e abster-se de fumar são cuidados associados cientificamente à redução do risco e da melhor qualidade de vida dessa população”, disse Lana.

Há inclusive um programa do Ministério da Saúde que repassa recursos federais para adequar unidades de atenção primária à realização de atividades físicas. Esse incentivo pode ser usado tanto para contratação de profissionais de saúde e aquisição de materiais, como também para qualificar os ambientes onde serão oferecidas as atividades.

Uma ação importante da campanha Outubro Rosa é a realização da mamografia, um exame essencial para a detecção precoce do câncer de mama, o que aumenta muito as chances de cura das pacientes. Ele contribui para o rastreamento da doença em mulheres de 50 a 69 anos, e deve ser feito a cada dois anos, pelo menos. Na ausência da mamografia, seja no período entre um exame e outro, como também em mulheres mais jovens, a identificação de uma massa na mama é suficiente para diagnosticar o câncer e encaminhar a paciente para tratamento.

SUS

O Sistema Único de Saúde (SUS) atende gratuitamente mais de 190 milhões de pessoas no Brasil. Com total capilaridade, chega às regiões mais remotas do país, o que auxilia muito no diagnóstico e combate a doenças como o câncer de mama. A atenção primária à saúde é a porta de entrada para o cidadão que procura o SUS atrás de exames e diagnósticos, como explica a diretora.

“Na atenção primária são feitas ações de promoção, de prevenção e de detecção primária do câncer. Quando há suspeita de câncer de mama, essas mulheres devem ser encaminhadas à média complexidade, para complementar essa investigação iniciada na atenção primária”, disse Lana.

O total de mulheres trabalhando em empresas do agronegócio cresceu 13,3% no último ano, conforme aponta a segunda edição da Pesquisa Diversidade, Equidade e Inclusão nas Organizações, da Deloitte. Apesar do avanço, elas ainda são só 16,2% do contingente empregado pelo setor, conforme os resultados apresentados no 7.º Congresso Nacional de Mulheres do Agronegócio (CNMA), ontem, em São Paulo. O evento tem apoio da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) e o Estadão como parceiro de mídia.

A sucessão foi um dos fatores que contribuíram para o aumento do número de mulheres no agro. A pesquisa mostrou que, nas fazendas, as profissionais em cargos de liderança são 34% do total - mais do que no universo geral da economia, onde o total de mulheres no topo é de 27%. "Ficamos surpresas com o aumento da representatividade, mesmo ainda sendo muito pequena", diz Carolina Verginelli, sócia de consultoria da Deloitte.

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Mesmo assim, dentre todos os 21 setores pesquisados pelo Deloitte o agro é apenas o 19.º em representatividade feminina - o terceiro mais baixo, depois de indústrias extrativas e construção civil.

Questionamentos

O maior empecilho para a contratação de mulheres é cultural. Do total de 400 entrevistadas, 76% afirmaram que é preciso uma mudança cultural nas organizações agrícolas para que as mulheres tenham mais participação. No entanto, 41% das mulheres que já atuam no setor disseram sofrer questionamentos sobre sua capacidade no trabalho. E isso apesar de o índice de trabalhadoras com ensino superior no segmento ser de 9%, enquanto o de homens é de apenas 3%.

As mulheres ainda relataram que tiveram sua capacidade física de trabalhar no setor questionada. "Isso é um absurdo, porque nenhuma mulher do agro precisa empurrar trator. Com a tecnologia, o trabalho deixou de ser braçal", diz Angela Castro, líder do programa de diversidade e inclusão da Deloitte.

Além disso, as mulheres do agronegócio ganham menos do que os homens: um valor médio de R$ 1.606 por mês, ante R$ 1.950 dos homens. Outro relato é o alto índice de demissão nos 12 meses seguintes à licença-maternidade, que chega a 35%.

Para que esse cenário mude, é necessário aumentar a quantidade de mulheres em cargos de liderança no agro. Segundo a pesquisa, 35% das mulheres disseram que não se sentem ouvidas nas associações de classe. "Quando elas participam, os homens não dão crédito ao que elas dizem. Isso precisa mudar", afirma Carolina.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As mulheres representam metade da população chinesa, mas os altos escalões do poder são inacessíveis a elas: ficaram praticamente de fora das mudanças anunciadas no domingo (23) na liderança do Partido Comunista da China (PCC).

Assim, o Politburo, órgão decisório do PCC, não terá mulheres entre seus 24 membros, algo nunca visto em um quarto de século.

E a nova composição do Comitê Central, uma espécie de parlamento do partido com 205 membros, conta com apenas 11 mulheres, 4,9% do total contra 5,4% no comitê anterior.

No que diz respeito ao Comitê Permanente, nada muda. O grupo de sete pessoas que detém as rédeas do poder mantém sua composição apenas de homens.

"As mulheres ainda estão pouco representadas no topo da política chinesa", lamentou no domingo a nota informativa Neican China.

"É preciso lembrar que as mulheres representam 48,8% da população chinesa e 29,4% dos membros do Partido Comunista", diz.

Sun Chunlan, de 72 anos, a única mulher no Politburo anterior, aposentou-se e nenhuma outra representante feminina foi nomeada em seu lugar.

- "A metade do céu" -

Sun, como vice-primeira-ministra encarregada de políticas sanitárias, era enviada com frequência para inspecionar cidades com surtos de covid.

Ela era conhecida como "Dama de Ferro", devido às medidas estritas que ordenava ao passar pelas cidades.

Mas Sun Chunlan foi uma exceção na política chinesa, dominada por redes de camaradagem masculina e sexismo notável que muitas vezes asfixiaram carreiras promissoras, concordam vários analistas.

A realidade, portanto, está longe do lema proclamado na década de 1950 pelo fundador do regime, Mao Tsé Tung (1949-1976): "As mulheres carregam metade do céu".

"Não vejo como as mulheres podem 'carregar metade do céu' na China se nem podem fazer parte do Politburo", comentou no domingo Jacob Gunter, analista no Instituto Mercator de Estudos Chineses (Merics).

Para Minglu Chen, professora na Universidade de Sydney, "o compromisso do Partido Comunista Chinês com os direitos das mulheres tem apenas um caráter econômico" para que elas "ingressem no mundo do trabalho".

E ainda assim, nesta sociedade tão conservadora, "muitas mulheres têm dificuldades em conciliar seus papéis de boas mães, esposas e funcionárias", diz a professora.

Para progredir na política, carecem de momentos de socialização, como as refeições regadas a álcool, num ambiente fundamentalmente masculino.

- Discriminação -

O mesmo acontece em torno do presidente Xi Jinping.

"A maioria dos antigos colegas de Xi nas províncias de Zhejiang e Fujian agora fazem parte do Politburo", observa Victor Shih, professor de ciência política da Universidade da Califórnia, em San Diego.

"E nenhuma de suas colegas conseguiu entrar no Politburo, ou mesmo ocupar cargos de liderança em nível provincial", lamenta o professor.

É verdade que a China implementou um sistema de cotas em 2001, exigindo a presença de pelo menos uma mulher em todos os níveis de governo e partido, exceto no Politburo. Mas devido à falta de controle, o sistema não é realmente respeitado.

"Se um sistema de cotas melhor tivesse sido implementado e realmente aplicado, hoje começaríamos a ver os resultados", avalia Minglu Chen, para quem a situação atual também é produto da "dominação de um único partido".

Desde 1948, o Politburo do PCC admitiu apenas oito mulheres, das quais apenas três ocuparam um cargo de vice-primeira-ministra.

A França repatriou, nesta quinta-feira (20), 15 mulheres e 40 crianças que estavam detidas em campos de prisioneiros jihadistas no nordeste da Síria e acusou três das mulheres de "associação criminosa terrorista".

"Os menores de idade foram entregues aos serviços de ajuda à infância e receberão acompanhamento médico-social. Os adultos foram entregues às autoridades judiciais competentes", afirma um comunicado ministerial.

Esta é a maior operação de repatriação para a França do tipo em três meses. Entre os menores de idade estão sete órfãos ou crianças sem responsáveis, informou a Procuradoria Nacional Antiterrorista (Pnat).

As mulheres integram o grupo de francesas que viajaram voluntariamente aos territórios controlados pelos grupos extremistas na região entre o Iraque e a Síria e que foram capturadas após a queda do grupo Estado Islâmico (EI) em 2019

Algumas crianças nasceram na região.

Três das mulheres repatriadas, que já tinham um mandato de prisão, foram acusadas de "associação criminosa terrorista", e duas delas de "sequestro de crianças". Todas foram detidas, indicou uma fonte judicial.

Quase 300 menores de idade franceses que estiveram em áreas de operação de grupos extremistas retornaram para a França, 77 deles por meio da repatriação, informou no início de outubro o ministro da Justiça. Éric Dupond-Moretti.

Diante da rejeição da opinião pública, a França organizou durante muito tempo uma repatriação a conta-gotas, mas o Tribunal Europeu de Direitos Humanos (CEDH) condenou o país em setembro por não atender de maneira adequada as demandas das famílias.

O Coletivo de Famílias Unidas celebrou em um comunicado uma "excelente notícia, que parece confirmar o fim da política de 'caso por caso'" e pediu ao governo que prossiga "até o fim".

Em julho, as autoridades responsáveis pela luta antiterrorista afirmaram que mais de 100 mulheres e quase 250 crianças permaneciam nos campos sírios.

De acordo com uma pesquisa nacional, realizada pela Ipsos, em parceria com a Stella Artois, os maiores problemas enfrentados pelas empreendedoras brasileiras no mercado de gastronomia é falta de crédito, formação e visibilidade no mercado. Pensando nisso, a Ambev, em parceria com BEES Bank, divulga novo projeto “Juntas Na Mesa”, que disponibilizará empréstimos de até R$60 mil para mulheres no setor.  

Além de empréstimos, a ONG Gastromotiva vai oferecer cursos em todo o Brasil para profissionais da área. Ao todo, serão investidos R$10 milhões no projeto. Interessadas devem acessar a plataforma da Stella Artois

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“Fizemos a pesquisa para conhecer a fundo as dores e desafios dessas mulheres no mercado da gastronomia e vamos atuar para propor uma mudança a essa realidade por meio de investimentos em visibilidade, formação e crédito para as mulheres que atuam nesse segmento.”, destaca a diretora de marketing de Stella Artois, Mariana Porto.  

Na cidade do Recife, em Pernambuco, esses obstáculos são ainda maiores. Entre as entrevistadas da região Nordeste, 35% afirmaram que já pensaram em mudar de profissão por duvidarem se havia espaço para que mulheres crescessem na gastronomia; 44% disseram que sentem dificuldade em ser reconhecida profissionalmente em comparação com os colegas homens; 42% afirmaram que não conseguem crescer no ramo da gastronomia porque não se sentem ouvidas pelos chefes homens, sendo interrompidas e sem espaço para propor ideias; 48% concordam que muitas mulheres têm sua capacidade de cozinhar questionada só por serem mulheres.   

A pesquisa mostrou que muitas profissionais sonham em ter o próprio negócio, mas encontram dificuldade na obtenção de crédito: cerca de uma em cada três mulheres afirma que empreender no setor custa mais caro em comparação aos homens. 

Com aulas online permitindo a adesão a partir de qualquer lugar, os cursos vão abranger o aprimoramento de conhecimentos diversos, com disciplinas como Economia Doméstica, Reaproveitamento de Alimentos e Educação Financeira. As inscrições serão abertas ainda neste ano e as aulas deverão acontecer em 2023. 

Uncomfortable Food 

Stella ainda criou uma experiência gastronômica chamada Uncomfortable Food, na qual os desconfortos vividos pelas mulheres na profissão são traduzidos em um menu autoral assinado 100% por chefs mulheres. Cada prato é uma reflexão sobre o cenário atual e um convite à mudança. A experiência foi criada com o apoio de profissionais referência no segmento, como: Bela Gil, Kátia Barbosa, Andressa Cabral, Bel Coelho, Cafira Foz, Bruna Martins, Kalymaracaya Nogueira, Amanda Vasconcelos, Michele Crispim e Nara Amaral.   

Além delas, outras chefs de todo o país vão levar as releituras da pesquisa em formato de pratos para seus restaurantes, por meio de um circuito gastronômico. Com duração de um mês, cada estabelecimento terá uma data de início do novo prato no menu - para mais informações, basta consultar o site do projeto.  

O nome Uncomfortable Food foi criado em oposição à expressão “comfort food”, que é reconhecida na gastronomia para falar de comida aconchegante e de afeto. Esse tipo de comida normalmente é relacionado às mulheres, mas nas cozinhas profissionais, onde estão o lucro e a projeção de carreira, a figura do homem ainda prevalece. O projeto está em linha com o compromisso de Stella e Ambev, que trabalham pela equidade de gênero e no combate a questões como machismo, objetificação da mulher no universo cervejeiro, homofobia e racismo.   

Confira os dados completos da pesquisa: 

• 29% das entrevistadas já pensaram em mudar de profissão por duvidarem se havia espaço para que mulheres crescessem na gastronomia - na análise por região, o Nordeste é onde essa porcentagem se mostra mais alta (35%), acima da média nacional.  

• 35% concordam que muitas mulheres têm sua capacidade de cozinhar questionada só por serem mulheres - na análise por região, o Nordeste se destaca com uma porcentagem de 48% nesse indicador.                  

• 1/3 concordam que as mulheres não conseguem crescer na gastronomia porque não se sentem ouvidas pelos chefes homens, sendo interrompidas e sem espaço para propor ideias - o Nordeste lidera esse apontamento com 42%.                                 

• 31% das entrevistadas sentem mais dificuldade de ser reconhecida profissionalmente no ramo da gastronomia em comparação aos colegas homens - o Nordeste se posiciona acima da média nacional, com 44%.                                                      

• Os homens ocupam mais espaço que as mulheres no setor, mais ainda no Nordeste - enquanto na média nacional 23% das entrevistadas afirmam que a maioria das pessoas com quem trabalha na gastronomia são homens, em Recife e Salvador essa porcentagem foi de 38%.             

• 46% das entrevistadas concordam que o trabalho na cozinha é mais desafiador para mulheres, dificultando a conciliação da vida profissional e familiar – entre as que são mães, quase metade (49%) concordam ainda mais em comparação às mulheres que não têm filhos (40%); em Recife e Salvador, essa é a opinião de 54% das entrevistadas.  

• 36% das mulheres entrevistadas concordam que muitas chefs já sofreram assédio moral e/ou sexual ou foram expostas a situações constrangedoras na cozinha; as porcentagens para essa afirmação são maiores no Nordeste, com 42%, e nas regiões Sul e Norte/Centro-Oeste, ambas com 38%. 

• 24% concordam que a cozinha profissional é um ambiente onde há mais assédio do que em outras profissões - no Nordeste essa porcentagem é de 34%, dez pontos acima da média do país.  

• 35% das mulheres concordam total ou parcialmente que muitas mulheres já tiveram suas criações/autoria de pratos roubadas na cozinha - no Nordeste, 45% das mulheres concordaram com essa afirmação.

Com informações da assessoria

Em sua campanha eleitoral para à reeleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL), intensificou as estratégias políticas para ganhar o apoio do eleitorado feminino. No entanto, o chefe do executivo possui um extenso histórico de falas e atitudes polêmicas sobre as mulheres. A lista é composta por falas e ações agressivas contra as jornalistas, trechos polêmicos envolvendo estupro, entre outros.

Maria do Rosário

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Uma das falas de Bolsonaro que mais causou repercussão, foi quando ainda era deputado federal pelo Rio de Janeiro, em 2003, e que afirmou que não estupraria a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) porque ela não merecia.

O caso aconteceu durante entrevista ao portal à Rede TV, quando Maria do Rosário afirmou que, “O senhor promove a violência". Em seguida, o presidente rebate "Eu sou estuprador agora? Jamais iria estuprar você, porque você não merece". Além disso, ele a empurrou e xingou de "vagabunda".

Anos depois, em 2014 o candidato repetiu as ofensas contra a deputada, na câmara. No local Maria havia elogiado o trabalho da Comissão Nacional da Verdade. Mas quando chegou a vez do político falar, ao ver que ela deixava o plenário, ele a insultou:

“Não sai não, dona Maria Rosário, fica aí. Fica aí, Maria Rosário, fica. Há poucos dias você me chamou de estuprador, no Salão verde, e eu falei que não ia estuprar você porque você não merece. Fica aqui para ouvir”. 

Posteriormente, em 2019 a Justiça condenou Bolsonaro a pagar indenização de R$10 mil por danos morais a deputada. 

Fraquejada

Um ano antes das eleições de 2018, durante uma palestra feita na sede do Clube Hebraica no Rio de Janeiro, Bolsonaro disse ao se referir ao gênero dos filhos: “Eu tenho cinco filhos. Foram quatro homens, aí no quinto eu dei uma fraquejada e veio uma mulher”. 

Na época, seus filhos Carlos Bolsonaro (Republicanos) e Eduardo Bolsonaro (PL), afirmaram em suas redes sociais que a fala do pai não passou de uma brincadeira. Segundo o deputado federal de São Paulo, "Quando ele [Jair Bolsonaro] brinca, o pessoal do politicamente cai nele”. 

Turismo Sexual

Após assumir a presidência do Brasil, em 2019, Bolsonaro gerou polêmica ao se mostrar contrário à vinda de turistas do público LGBTQI+ para o Brasil, mas se mostrou favorável ao turismo sexual com mulheres. “Quem quiser vir aqui fazer sexo com uma mulher, fique à vontade”, afirmou. 

Na época, a fala foi considerada homofóbica e machista, o que fez vários estados brasileiros lançaram campanhas contra a exploração sexual.

Discriminação Salarial

Desde sua campanha eleitoral de 2018, o parlamentar mostrou-se contra às leis na direção da equidade de gênero no mercado de trabalho. Em 2021, durante uma live ele afirmou que se sancionasse o projeto de lei que aumenta a multa trabalhista para empregadores que pagam salários diferentes para homens e mulheres que exercem a mesma função, poderia tornar "quase impossível" a entrada de mulheres no mercado de trabalho .

“Qual a consequência disso vetado ou sancionado? Vetado, vou ser massacrado. Sancionado, você acha que as mulheres vão ter mais facilidade de arranjar emprego ou não no mercado de trabalho. Vamos ver se eu sancionar como vai ser o mercado de trabalho para a mulher no futuro. É difícil para todo mundo, para a mulher é um pouco mais difícil. (Vamos ver) Se o emprego vai ser quase impossível ou não”, disse o presidente.

Ataque às jornalistas

Durante seu mandato, o presidente se mostrou agressivo nas falas contra as jornalistas. Um dos episódios que mais causou repercussão, foi quando o chefe do executivo usou de ironia para responder às denúncias feitas pela jornalista Patrícia Campos Mello, sobre possíveis irregularidades na sua campanha eleitoral. 

Ele disse que a profissional “queria dar o furo”. “Ela [repórter] queria um furo. Ela queria dar o furo”, disse a apoiadores no cercadinho em frente ao Palácio da Alvorada. 

Durante o período da pandemia de Covid-19, em 2021 a repórter Laurene Santos da TV Vanguarda, perguntou ao presidente o motivo dele está sem máscara no local, tendo em vista que era uma exigência do estado de São Paulo. Após o questionamento, Bolsonaro não respondeu a pergunta e mandou ela calar a boca. 

Dias depois, a repórter da Rádio CBN, Victoria Abel, perguntou a Bolsonaro sobre o atraso das vacinas contra a Covid-19. No momento, ele falou para a profissional “voltar para a faculdade, para o ensino médio, depois para o jardim de infância e aí nascer de novo”.

Além disso, a jornalista Daniela Lima, da CNN Brasil, também já foi chamada de "quadrúpede" pelo chefe do Executivo.

Um ano após o Congresso aprovar lei assegurando a distribuição gratuita de absorventes para mulheres de baixa renda, o Ministério da Saúde admite que ainda não tem prazo para por o programa federal em funcionamento. Em documento enviado à Câmara dos Deputados, a pasta alega que agora está impedida de por a ação em prática por conta das vedações da lei eleitoral.

A resposta foi dada a requerimento de informação do deputado Gustavo Fruet (PDT-PR). O parlamentar questionou o Ministério da Saúde em agosto deste ano. O governo vinha resistindo em por em prática a medida desde a aprovação da lei no Congresso. O presidente Jair Bolsonaro (PL) vetou o projeto alegando falta de previsão orçamentária. Houve reação da bancada feminina, integrada até mesmo por parlamentares que apoiam o governo.

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Em março deste ano, Bolsonaro chegou a editar um decreto autorizando a entrega dos absorventes em programa do Ministério, antes de o veto ao projeto de lei ser apreciado pelo Legislativo. O plano do governo previa o atendimento de 2 milhões de mulheres. Já o projeto do Legislativo estimava que o público feminino beneficiado seria de 5 milhões. Por conta das limitações da proposta do Executivo, a bancada feminina atuou pela derrubada do veto.

O Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual deveria ter entrado em vigor em julho, o que não ocorreu. Nos documentos enviados ao deputado Fruet a área técnica do Ministério sustenta que até já elaborou uma minuta de portaria para por o programa em atividade, mas não soube informar quando ela será assinada.

"Para a implementação eficiente das políticas e programas, deve-se considerar cada etapa do processo até a efetiva implantação das ações e serviços, a distribuição dos absorventes, como medida de combate à precariedade menstrual. Logo, no momento, não é possível apontar data para a publicação da portaria em comento, em que pese estejam sendo empregados todos os esforços necessários para que isso ocorra com a maior brevidade possível", diz o ministério.

O Ministério da Saúde sustenta que por conta da legislação eleitoral está impedido de efetuar a distribuição dos absorventes. "Quanto à previsão de publicação da portaria, por se tratar de um programa novo, que envolve transferência de recursos, esbarra, neste momento, no defeso eleitoral", informa a pasta. Segundo o governo a lei eleitoral impede distribuição de recursos a estados e municípios para ações como a do programa destinado às mulheres.

A lei determina que estudantes dos ensinos fundamental e médio, mulheres em situação de vulnerabilidade e presidiárias recebam absorventes para sua higiene pessoal. Autor do requerimento de informação, Fruet discorda do argumento da vedação eleitoral e avalia que a legislação permite o andamento dos trâmites, sobretudo depois de aprovada a chamada "PEC Kamikaze". A emenda permitiu uma série de gastos durante a campanha.

"Colocaram na resposta que estão fazendo estudos, mas foi uma coisa semântica. Estamos vivendo um tempo em que o que deveria ser natural dá margem para questionamento e o que não poderia ser feito no período eleitoral acontece sem questionamento", protestou. O Ministério da Saúde foi procurado, mas não havia manifestado até a publicação desta matéria.

Deputadas e senadoras que apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PL) montaram nesta quinta-feira, 6, um "comitê de mulheres" para impulsionar a candidatura à reeleição do chefe do Executivo. O objetivo das parlamentares é virar votos em seus Estados a favor de Bolsonaro, que enfrenta alta rejeição no eleitorado feminino. Uma das líderes do grupo é a senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF), pastora e ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos.

As parlamentares se reuniram com Bolsonaro e a primeira-dama Michelle nesta quinta-feira no Palácio da Alvorada. "Esse é o presidente que levou água para as mulheres ribeirinhas, para o Nordeste, que dobrou o Bolsa Família, que perdoou o Prouni impagável. Como ele não cuida de mulheres pobres, periféricas, negras? É por esse presidente que nós vamos lutar todas unidas, o senhor pode ter certeza que nós faremos a diferença. Cada uma delas aqui será coordenadora do seu Estado", disse a deputada Celina Leão (PP), que foi eleita vice-governadora do DF na chapa de Ibaneis Rocha (MDB).

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O grupo também conta com as deputadas Carla Zambelli (PL-SP) e Bia Kicis (PL-DF), que se reelegeram, e a senadora eleita Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura, além de outras parlamentares bolsonaristas. A primeira-dama elogiou o "comitê de mulheres". "Com certeza será um grande jardim florido, presidente, que irá exalar um bom perfume no seu trabalho pelas cinco regiões do nosso Brasil. Contem com o meu apoio, estarei aqui com vocês lutando. Nós, como mulheres, temos esse dever", afirmou.

O número de mulheres que fazem apostas esportivas cresceu em 2022. Pelo menos é o que aponta levantamento de algumas das principais casas de apostas do Brasil. No galera.bet, quando as atividades da empresa começaram, em 2021, a média era parecida com a do restante do mercado, de 18%. Agora, levando em consideração quem realiza apostas no site da empresa, esse número é mais do que o dobro, de 38%.

Alguns motivos podem explicar essa tendência, segundo aponta o CMO da empresa, Ricardo Bianco Rosada. Entre eles, está a publicidade envolvendo artistas, jogadoras de futebol e, principalmente, o patrocínio às equipes de futebol feminino. Há também uma comunicação mais soft, sem promessas e respeitando conceitos de jogo responsável que ajuda a criar esse novo cenário.

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"O futebol feminino entrou em outro patamar nesses últimos anos e o investimento das marcas em equipes, como no nosso caso, que podemos falar com propriedade por causa da parceria com o Campeonato Brasileiro feminino e o time feminino do Corinthians, desperta um interesse maior", afirma o executivo da empresa.

Já no site de apostas Esportes da Sorte, que nesta temporada passou a patrocinar a influenciadora digital Deolane Bezerra, participante do programa Fazenda 14, da TV Record, a porcentagem atingida neste ano entre as apostadoras mulheres foi ainda maior, saltando para 43,8% - em 2021, a casa apresentou média de 36%.

Na plataforma do Esportes da Sorte, chama a atenção a divisão das faixas etárias predominantes, desde as mais jovens, entre 18 e 24 anos (34%), até com mais de 55 anos (5,2%). Entre 45 e 54 anos, a média é de 15%, e a maioria está na faixa entre 25 e 34 anos, com 45,3%.

"Entendemos que uma série de fatores levaram a esse aumento, entre eles, a chegada do PIX, que deu acesso instantâneo nas operações, uma quantidade significativa de influenciadoras mulheres e famosos fazendo parcerias com as plataformas de apostas, e a publicidade em televisão e redes sociais", argumenta Daniel Trajano, diretor comercial da Esportes da Sorte.

Rosada, do galera.bet, também entende que a expansão significativa da publicidade em torno das casas de apostas foi outro fator fundamental para esse aumento. "As propagandas de televisão em torno das casas de apostas cresceu assustadoramente nos últimos anos, e isso, de certa forma, chamou mais atenção daquelas mulheres que não conheciam apostas esportivas."

Segundo ele, ainda existe um terceiro motivo, que tem a ver com o período de pandemia. "Aliado a introdução do PIX, que facilitou as transações financeiras, as pessoas ficaram em casa por um longo período e tiveram a oportunidade de conhecer novas formas de entretenimento", complementa.

LEI

Motivo de grande debate pelo potencial de geração de receitas, as apostas esportivas estão legalizadas no Brasil desde 2018, por meio da lei federal 13.756. Ainda falta a regulamentação por parte do governo federal, e o prazo para que isso seja feito termina em dezembro deste ano. A lei permite que as empresas operem no Brasil, mas, por ainda não ser uma atividade regulamentada no País, têm de ter sede no exterior.

Esse setor já movimenta bilhões de reais no Brasil. Segundo estimativa feita pela consultoria Sports Value, os brasileiros movimentam algo em torno de R$ 4 bilhões em apostas esportivas por ano. O governo fez uma estimativa considerada conservadora de que pode arrecadar R$ 400 milhões a R$ 700 milhões em impostos com a regulamentação dos sites de apostas.

O ministro da Cidadania, Ronaldo Bento, negou que a criação de um 13º do Auxílio Brasil para mulheres chefes de família a partir de 2023, prometido pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, nesta terça-feira, tenha aspirações políticas. Segundo ele, a limitação do benefício a mulheres deve-se à constatação de que o público feminino é majoritário no esteio financeiro das famílias beneficiárias do benefício, com um porcentual de 80%. Bolsonaro tem desvantagem eleitoral com mulheres na disputa pelo Palácio do Planalto com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Bento argumentou que a novidade tem apoio em análises técnicas e que não faria sentido esperar o fim do período eleitoral para anunciar o benefício considerando que a população com fome tem pressa. A promessa de Bolsonaro, contudo, é para o pagamento do 13º em 2023. "Variável política nunca entrou na decisão do Auxílio Brasil. Identificamos disfunções no programa. Não poderíamos ficar parados limitados pelo período eleitoral. Por que não iríamos ajudar população pobre do País em período eleitoral? Estamos saindo da pandemia e em período de guerra. Quem tem fome e precisa de assistência social não pode esperar."

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Sobre o financiamento da medida em meio a uma previsão orçamentária apertada para 2023, que ainda não contempla a promessa de manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600 mensais, Bento tergiversou. O ministro disse apenas que o aumento do benefício para R$ 400 mensais não estava previsto na proposta orçamentária deste ano. "Não havia previsão no Ploa, mas conseguimos com respeito ao dinheiro público. Em vez de parar na mala de dinheiro está indo para a população brasileira."

Em relação ao pagamento do 13º do Auxílio Brasil, a presidente da Caixa, Daniella Marques, disse que não há dificuldade para Caixa e que seria automático a partir do momento em que a medida estivesse valendo.

Além do 13º do Auxílio Brasil, o governo também anunciou na segunda-feira a antecipação do pagamento do benefício neste mês, com repasses que vão terminar cinco dias antes do segundo turno das eleições (30), contra o dia 31 originalmente.

As medidas foram anunciadas após um resultado apertado no primeiro turno das eleições presidenciais, em que Bolsonaro ficou mais perto do ex-presidente Lula do que apontavam as pesquisas. Lula teve 48,43% dos votos contra 43,20% do atual presidente. Agora, o chefe do Planalto acena para públicos em que tem desvantagem ante o petista, como as classes mais baixas e as mulheres, na tentativa de virar o resultado na segunda etapa da disputa.

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