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Forças de segurança de Pernambuco se reuniram em uma passeata, nesta quinta-feira (26), para reivindicar melhores condições de trabalho, incluindo aumento de salário para os servidores. Entre as categorias presentes estiveram o Sindicato dos Policiais Penais de Pernambuco (Sinpolpen), o Sindicado dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol), peritos criminais, além de representantes de concurseiros da polícia militar e da polícia penal. A caminhada saiu no final da tarde da praça do Derby, área central do Recife, em direção ao Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual, no bairro de Santo Antônio, no centro da cidade. As corporações buscam dialogar com a governadora Raquel Lyra (PSDB) para ter as demandas atendidas. 

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Diretor de articulação e comunicação do Sinpolpen, João Carvalho, afirma que a caminhada visa a abertura de diálogo com o Executivo estadual, mas não descarta a possibilidade de um início de operação padrão (mecanismo para fornecer apenas o serviço mínimo obrigatório), em todas as corporações. “Infelizmente, apesar das pautas entregues, este governo não está se mantendo em diálogo para trazer soluções de valorização dos profissionais de segurança pública”, disse Carvalho. 

“Se o governo, em cinco dias, não se posicionar, provavelmente as categorias farão uma assembleia geral para fazer uma operação padrão, para corrigir a ilegalidade, e aí sim pode travar muitas coisas no sistema público de segurança”, declarou. 

João Carvalho, diretor de articulação do Sinpolpen. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá 

Rafael Cavalcante, atual presidente do Sinpol, se manifestou na passeata para demonstrar a situação preocupante da segurança pública no estado. “Nós, que temos como função servir à segurança pública da população, não temos condição alguma para fazer isso. Já faz tempo que a gente informa, e temos dados técnicos que apontam que Pernambuco, não só para a polícia civil, mas para a segurança pública como um todo, é o 24º estado que nos últimos 12 anos, menos investe em segurança, menos destina recursos para a área”, observou Cavalcante. 

Ele ainda apontou a situação atual da segurança pública no estado, e questionou a destinação de novos investimentos recebidos para o setor. “Presídios caindo aos pedaços, falta de efetivo nas delegacias, batalhões também com estruturas péssimas, o efetivo de todas as corporações muito abaixo da metade do ideal, e os piores salários do país. Então, essa conjuntura de fatores, e a governadora assumiu compromisso de que solucionaria isso, e teria um diálogo franco e perene com as categorias, até hoje não vimos nada disso”, listou. 

“Provavelmente a gente vai sair com uma assembleia conjunta para deliberar os próximos passos, possivelmente a começar uma operação padrão em todas as corporações. Greve não é algo que a gente gosta nem algo que a gente pense, mas que não pode sair do nosso farol porque quem vai dizer se vamos chegar a esse ponto ou não é o governo do estado”, declarou. 

Rafael Cavalcante, presidente do Sinpol. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá 

‘Reparação histórica’ 

A categoria também foi representada pelo presidente eleito, Áureo Cisneiros, que deverá assumir o cargo em breve. “A gente vai em busca da valorização. A gente tem o pior salário do Brasil. Não dá mais para continuar assim, a gente tá com uma falta de efetivo, cerca de 60%. Sobrecarregados, policiais adoecendo, mal remunerados, não dá pra continuar. A gente espera que a governadora se sensibilize e faça essa reparação histórica”, afirmou Cisneiros. 

Áureo Cisneiros. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá 

Representando a Comissão de Segurança Pública e Defesa Social da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o deputado estadual Joel da Harpa (PL) também esteve presente para dar apoio às corporações que buscam diálogo com o poder Executivo. “O profissional mais valorizado, melhor equipado, e recebendo melhor, com certeza vai fazer um serviço melhor”, afirmou o parlamentar. 

O deputado ponderou as dificuldades que o estado vem passando, mas se manteve positivo de que a situação orçamentária seja melhor a partir de 2024, como o aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). “Nós sabemos as dificuldades que o estado passa, mas entendemos que a partir do ano que vem a governadora terá maiores recursos, como R$ 3 bilhões de empréstimo, dentro desses R$ 3 bi, R$ 1 bi para a segurança pública. A governadora terá também o aumento do ICMS, que isso também vai somar dentro do orçamento do estado, e as categorias não podem ficar de fora desses valores financeiros que entrarão no estado a partir do ano que vem”, disse. 

Deputado estadual Joel da Harpa (PL). Foto: Júlio Gomes/LeiaJá 

Concursados também esperam respostas 

Além dos oficiais do efetivo das forças de segurança do estado, a passeata também teve espaço para os que aguardam para entrar nas corporações, como os aprovados e concluintes do curso de formação do último concurso para policiais penais, que tiveram a lista de classificação divulgada no Diário Oficial nesta quinta-feira (26). Agora resta apenas a www.leiaja.com/politica/2023/10/11/policiais-penais-formados-cobram-de-r...">https://www.leiaja.com/politica/2023/10/11/policiais-penais-formados-cob...">nomeação dos oficiais, etapa feita pela governadora do estado. 

Concursados da Polícia Penal recentemente classificados esperam ser nomeados. Foto: Rachel Andrade/LeiaJá 

Os policiais penais também pedem pela retirada imeditada dos agentes da www.leiaja.com/noticias/2023/10/23/policiais-penais-denunciam-ma-gestao-...">https://www.leiaja.com/noticias/2023/10/23/policiais-penais-denunciam-ma...">Força Tarefa de Intervenção Penitenciária (Ftip) dos presídios do estado. A instalação das equipes foi recebida pelo governo para dar conta do déficit de pessoal no sistema penitenciário. Agentes instalados em Itaquitinga 2 chegaram a ser denunciados e acusados de assédio moral, sofrido por agentes penais do estado.

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), deu novos detalhes sobre o concurso da Segurança, através das redes sociais, nesta quinta-feira (26). Na publicação, Lyra reafirma que o edital do certame, de responsabilidade do Instituto AOCP, está previsto para novembro. Na mesma postagem, ela ressalta que foi publicado o 'Termo de Referência' para a construção desse edital. 

De acordo com a gestora estadual, o concurso público da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros contará "com provas objetivas e discursivas, de forma descentralizada, no Recife e em Caruaru e Petrolina, além de exames médicos e de aptidão física, tudo em caráter eliminatório", escreveu a governadora. 

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Além disso, segundo Raquel Lyra, as provas objetivas terão 70 questões para oficiais e 60 para praças "abrangendo conhecimentos básicos e específicos. Agora é com vocês, intensifiquem os estudos enquanto aguardam a publicação do edital", finalizou a gestora estadual. 

Confira a publicação:

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Uma mulher foi presa em flagrante neste sábado (21) em Niterói, no Rio de Janeiro, após furtar uma loja e cometer racismo contra o segurança do estabelecimento. O caso foi filmado e compartilhado nas redes sociais.

As imagens divulgadas mostram a mulher falando para o segurança: “é macaco”; ela não para com as ofensas e chega a dizer: “vai voltar pra senzala”.

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Ela não se intimida por estar sendo filmada. O segurança do estabelecimento ainda alerta que o crime de racismo é inafiançável. Além de ofensas racistas, ela ainda proferiu palavras homofobicas para a pessoa que tava filmando, chamando de “viado”.

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Os agentes do Segurança Presente foram acionados, porém também foram alvo de ofensas. A mulher foi detida pelos crimes de injúria racial, furto e desacato, e foi encaminhada para 76ª DP. Segundo o Segurança Presente, a acusada já tem outros antecedentes criminais, por furto, desacato e lesão corporal. Segundo a polícia civil a mulher será encaminhada para o sistema penitenciário.

As provas do concurso público da segurança, Polícia Militar e Bombeiros,  estão previstas para a segunda quinzena de janeiro. Já o processo seletivo da Polícia Civil será em fevereiro de 2024. A informação foi compartilhada, através das redes sociais, pela governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), no último domingo (15).

Por meio de vídeo, Lyra reafirmou que o edital do certame deve ser publicado no dia 13 de novembro e as aprovas serão aplicadas de forma regionalizada no Recife, Caruaru e Petrolina (apenas para os cargos de Praça da PM e bombeiro). De acordo com informações preliminares, as vagas serão divididas em: 2.400 para Praça da PM, 600 vagas para Praça dos Bombeiros, 300 para Oficial da PM e 60 para Oficial dos Bombeiros. O Instituto AOCP foi escolhido como banca organizadora.

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"Concurseiros, mulheres e homens dispostos a transformar a segurança pública de Pernambuco, caprichem no estudo, viu? Anote: a previsão para o edital é dia 13 de novembro, e as provas vão acontecer de forma regionalizada no Recife, Caruaru e Petrolina. Para a PMPE e CBMPE, na segunda quinzena de janeiro, e para a Polícia Civil, em fevereiro", afirmou a governadora. 

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Mais de 30 mil câmeras corporais estão em uso por policiais e guardas municipais de todo o país, segundo levantamento feito pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Os equipamentos são usados em fardas dos agentes das forças de segurança para gravar ações e proteger tanto os cidadãos quanto os próprios policiais.

O levantamento é parte de um diagnóstico feito pelo MJSP, em parceria com universidades, para traçar um quadro sobre o cenário atual do uso das câmeras (também conhecidas pelo nome em inglês, bodycams) no país. De acordo com o ministério, até agosto, 26 unidades da federação já estavam usando o equipamento ou se preparando para começar sua utilização.

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Três estados estão com o uso mais difundido, segundo o MJSP: São Paulo, Santa Catarina e Rio de Janeiro. Além desses, em outros quatro estados, o processo de implementação já começou: Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Roraima e Rondônia. Minas, por exemplo, está em uma fase de projeto-piloto, com o uso experimental de mil câmeras.

Apenas Mato Grosso ainda não planeja adquirir os equipamentos. Prefeituras, como a de Curitiba, já estão usando as câmeras em suas guardas municipais. A capital paranaense tem cerca de 500 equipamentos em uso.

O ministério deve divulgar, em novembro, uma diretriz nacional para o uso dessas câmeras. O documento deve trazer informações sobre processos como tempo de gravação, rotinas, quem pode acessar as imagens e como essas gravações podem ser guardadas e compartilhadas.

As diretrizes não serão obrigatórias para estados e municípios, já que eles continuarão tendo autonomia para criar suas próprias regras para o uso das câmeras, mas servirão como parâmetro para as forças federais e para financiamentos à compra desses equipamentos com recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP).

Além das diretrizes para o uso das câmeras, o MJSP está elaborando uma normal de padronização e certificação para esses equipamentos, com critérios técnicos para auxiliar estados e municípios em seus processos de aquisição das câmeras. Também serão oferecidos treinamentos para a operação dessa tecnologia e avaliações do impacto de sua adoção no país.

Juntas, essas ações fazem parte de um projeto nacional de câmeras corporais do governo federal. “A ideia é melhorar a legitimidade e a confiança das pessoas nas polícias. É fazer com que as polícias sejam vistas de uma outra forma. E isso só será possível por meio da melhoria da qualidade do trabalho”, afirma o coordenador-geral de Governança e Gestão do Sistema Único de Segurança Pública, Márcio Mattos.

Segurança de dados

Um dos pontos que constarão na diretriz nacional é a segurança da custódia das imagens, a fim de que possa ser garantida sua integridade e posterior uso em processos judiciais.

“Como é que eu compartilho os dados das câmeras corporais com outras instituições como Ministério Público, Poder Judiciário, defensorias garantindo a integridade das evidências? Porque, se eu perco a integridade dessas evidências, seu valor como prova num processo judicial deixa de existir”, afirma Mattos.

Pedro Saliba, coordenador da Data Privacy Brasil, organização que tem pesquisado o uso dos dados das câmeras corporais, afirma que é preciso demonstrar tecnicamente que as imagens originais estão preservadas.

“Você tem que salvar essas imagens de forma que você consiga demonstrar tecnicamente que essas imagens não foram editadas ou adulteradas de alguma forma. Para isso, a gente precisa de requisitos técnicos específicos”, explica.

Saliba destaca o caso recente de um policial que tentou usar as imagens das câmeras corporais para se defender de um processo judicial. As provas, no entanto, não foram aceitas pela Justiça porque havia indícios de que as imagens tinham sido manipuladas.

O coordenador também que é preciso definir critérios como a possibilidade de registrar a localização de onde as imagens foram gravadas e o controle remoto desses vídeos, por meio de sistemas como transmissão ao vivo.

Na Operação Maré, iniciada na última segunda-feira (9) no estado do Rio de Janeiro, por exemplo, vários policiais usavam as câmeras corporais. As imagens eram transmitidas ao vivo para o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), onde eram acompanhadas por outros agentes e autoridades.

“A gente tem que pensar na privacidade dos agentes policiais também. Que parâmetros serão estabelecidos para acionar as imagens remotamente? A gente se questiona também como está sendo feita a proteção desses dados do GPS. Porque potencialmente há um risco. Algum incidente de segurança pode, por exemplo, expor a estratégia de inteligência da Polícia Militar. Ou pode haver alguma perseguição política com relação a um agente policial específico”, explica Saliba.

O Instituto Sou da Paz é outra organização que estuda a implantação de câmeras corporais no país. Recentemente, publicou uma nota técnica sobre o uso desses equipamentos.

Para a diretora executiva do instituto, Carolina Ricardo, é preciso haver um controle sobre quem acessa as imagens. Isso é importante para garantir tanto a privacidade dos policiais quanto a integridade desses vídeos como provas.

“Essa imagem não é pública. Ela é uma imagem que, a princípio, está no banco de dados da Polícia Militar. Existem órgãos que podem acessar, que são órgãos do sistema de Justiça. [E para esses órgãos] vale a mesma coisa em termos de rastreamento. Quem usou, quem acessou, quando", destaca.

"Você precisa ter a dificuldade de baixar a imagem. Essas imagens não são facilmente baixadas, elas são acessíveis no sistema. Ter um sistema de segurança é muito importante na hora de armazenar. E aí você garante que essas imagens vão ser acessadas por, enfim, órgãos jurisdicionais que têm atribuição legal para isso”, completa Carolina.

Direitos dos cidadãos

Outro ponto que precisa ser discutido, na avaliação dos especialistas, é o uso que será feito dessas imagens, uma vez que são gravadas e armazenadas. Pedro Saliba destaca, por exemplo, que há uma discussão sobre se imagens gravadas em uma situação poderiam ser usadas em processos não relacionados à ocorrência que motivou aquela gravação.

Ele explica que nos Estados Unidos houve o caso de imagens capturadas durante o atendimento a uma ocorrência de violência doméstica que foram usadas posteriormente em um processo de tráfico de drogas contra o irmão da vítima.

Saliba também ressalta que o uso dessas imagens pela imprensa deve ser discutido. “Se a imprensa quiser ter acesso às imagens de câmeras corporais por conta de um fato relevante de interesse público, a gente tem que pensar como essas imagens podem ou não ser disponibilizadas. A gente tem que pensar também que as imagens dessas câmeras corporais não podem servir para a espetacularização da violência. A gente vê muito nas plataformas digitais imagens de violência gerando engajamento e principalmente gerando recursos financeiros.”

Já Carolina Ricardo destaca que é preciso tomar cuidado com tecnologias cujos usos na segurança pública geram debates e polêmicas, como o reconhecimento facial e a criação de bancos de imagens de suspeitos (para reconhecimento por vítimas de crimes).

“A gente precisa ter muito cuidado e é preciso que a gente pare a discussão e nem avance. Acho que a gente não tem maturidade nem para avançar mesmo na tecnologia de câmera para monitorar placas de carro. A gente precisa avançar muito na implantação das câmeras como elas são hoje. Elas ainda estão numa grande fase de testes”, disse a diretora do Sou da Paz.

Paulo Cruz Terra, professor de história da Universidade Federal Fluminense (UFF), pesquisa a reação de movimentos sociais a tecnologias de inteligência aplicada à segurança pública, como o reconhecimento facial. Segundo ele, historicamente, governos e sociedades costumam acreditar que a tecnologia pode resolver todos os problemas.

“Existe uma visão da sociedade, de forma geral, que costuma atribuir sentido quase mágico à tecnologia. Ela é apresentada por parte do poder público como capaz de solucionar os problemas”, explica Terra.

No entanto, há sempre uma preocupação com o uso incorreto que pode ser feito com essa tecnologia.

“É importante relacionar à própria história que a polícia tem no nosso país. É interessante perceber como os ativistas relacionam, por exemplo, a tecnologia de reconhecimento facial com o racismo presente na história.”

Mesmo com a necessidade de discutir regras e procedimentos para garantir a segurança de dados e seu uso correto, tanto Saliba quanto Carolina acreditam que as câmeras são importantes para proteger os cidadãos de abusos da polícia quanto para defender o próprio policial de falsas denúncias.

“Nesse momento, o grande prejuízo à população é não ter a câmera. Agora você tem como comprovar fatos que antes você só tinha a palavra da polícia da própria polícia. Você tem uma testemunha eletrônica desses fatos”, afirma Saliba.

A governadora de Pernambuco Raquel Lyra, afirmou, nesta quarta-feira (11), que as investigações sobre a chacina de Tabatinga, no município de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife, estão sendo realizadas com “muita cautela”. A afirmação foi dada durante evento de anúncio de investimentos do governo federal para segurança pública no estado e municípios.  

Segundo Lyra, a inteligência da Polícia Civil está à frente do caso. “[As investigações estão em] andamento desde o primeiro momento, com a inteligência da Polícia Civil atuando, como fazem em todos os assassinatos. A gente tem tido muita cautela nas duas investigações, em respeito à morte, obviamente, dos policiais, e também a morte das vítimas que foram, durante a noite, assassinadas”, declarou a gestora. 

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Medidas para combater a violência policial 

Pernambuco recebeu, nesta quarta-feira (11), um aporte de R$ 160 milhões do governo federal, por meio do Plano de Ação pela Segurança (PAS) e do Programa Nacional de Segurança Pública e Cidadania (Pronasci). Apesar de não haver discriminado na lista dos investimentos, a governadora confirmou que os esforços também caem em cima da questão da violência policial. “Está sendo um investimento de poder garantir cada vez mais sensibilização, qualificação. Sempre que houver um caso [de violência policial], a gente vai apurar e com o rigor da lei, poder fazer a aplicação da penalidade cabível”, disse. 

Relembre o caso 

No dia 14 de setembro, dois policiais militares foram mortos em serviço, ao abordarem Alex Silva, morador do bairro de Tabatinga, em Camaragibe. Durante a troca de tiros, uma mulher grávida e um adolescente ficaram feridos. Na madrugada após a morte dos policiais, os três irmãos de Alex foram assassinados, e sua mãe e sua companheira foram encontradas mortas em um matagal no município de Paudalho, na zona da Mata Norte, na manhã do dia 15. No mesmo dia, Alex foi capturado e morto, mas ainda conseguiu deixar outros dois policiais feridos na ação, totalizando oito mortos, sendo seis da mesma família, e quatro feridos, em menos de 24 horas, e sobre o mesmo caso. 

Segundo a Secretaria de Defesa Social (SDS), o suspeito não possuia antecedentes criminais, e seu porte de arma era regulamentado, com classificação de licença para colecionadores, atiradores desportivos e caçadores (CAC).

Uma mulher denuncia a Gol Linhas Aéreas após ter sido retirada de um voo com a filha que sofre de escoliose e não possui braços e pernas. Maria Vitória, de oito anos, estava no colo da mãe Naíde Sales, mas funcionárias da empresa teriam informado que ela precisava ocupar outro assento ou teria que desembacar da aeronave.

A família é natural de Reriutaba, no Interior do Ceará, e estava em São Paulo para o tratamento da menina. A mãe explicou que costuma viajar com Vitória nos braços, pois ela não consegue sentar.

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Elas já estavam acomodadas na aeronave depois de passar pelo check-in e pelo raio-x, no Aeroporto de Congonhas, quando duas funcionárias da companhia foram até o assento e pediram para elas descerem, já que a criança não poderia viajar no colo da mãe.

A avó da menina estava presente e as três deixaram o avião. A família só conseguiu voltar para Fortaleza porque outra companhia cedeu assentos. De acordo com o G1, Vitória retornou, como de costume, nos braços da mãe. A família vai ingressar na Justiça com uma ação por danos morais.

Em nota, a Gol alegou questões de segurança e citou as normas do Regulamento Brasileiro da Aviação Civil (RBAC) sobre a proibição de crianças viajarem no colo. Confira o comunicado:

"A Gol informa que na sexta-feira (06/10), durante procedimento de embarque do voo G3 1576, entre Congonhas (CGH) e Fortaleza (FOR), uma criança de 8 anos, com necessidade de atendimento especial, e sua mãe não puderam seguir viagem, pois, infelizmente, não foi possível que a criança usasse o cinto de maneira que sua Segurança durante todo o voo estivesse garantida.

Conforme o que rege o Regulamento Brasileiro da Aviação Civil (RBAC) em seu artigo 121, também não é permitido que crianças com dois anos completos ou mais viajem no colo de um adulto. Durante um voo, numa ocorrência de turbulência mais severa ou numa desaceleração, por exemplo, o uso do cinto de segurança é a forma mais eficaz para se evitar graves acidentes a bordo.

A Companhia lamenta o inconveniente e reforça que as suas equipes de aeroportos e tripulação não mediram esforços para atender às necessidades das Clientes e tomaram as decisões sobre os procedimentos com base no nosso valor número 1: a segurança"

Em uma escola na região de Santa Ana, no norte da Jamaica, 60 alunos foram hospitalizados após comerem bombons contendo 100mg de THC, princípio ativo presente na maconha. A ministra da Educação do país, Fayval Williams, falou do ocorrido, na última segunda-feira (2), nas redes sociais, alertando dos perigos do fácil acesso aos alucinógenos. 

“Os médicos e enfermeiros estão a fazer tudo o que podem para garantir que os estudantes se recuperem. Vários estavam com medicação intravenosa. Mamães e papais estão presentes. Um menino disse que só tinha [comido] um docinho. Este produto é potente. PERIGO!”, alertou a ministra, em sua publicação.  

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“Pais, professores e adultos, por favor, tenham cuidado e falem com as crianças sobre este produto sério e perigoso”, ainda disse Williams.

Uma das imagens compartilhada pela ministra, mostra o pacote do bombom, que informa que o produto “não deve ser consumido por pessoas com menos de 21 anos de idade”. Ainda nas informações no pacote do doce, é explicitado que deve “ser mantido longe do alcance de crianças e animais”. 

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Na manhã desta terça-feira (3), a ministra e outras autoridades se reuniram com pais e responsáveis em outra escola na região para conversar e “reforçar o regime de proteção e segurança para combater a venda inconcebível de produtos infundidos de marijuana a crianças”. 

Desde 2015, a Jamaica aprovou uma medida que permite o porte de até 56 gramas de maconha por pessoa, para fins religiosos, medicinais e científicos. Uma agência de licenciamento para a produção e comercialização de produtos derivados da erva atua no país para regularizar o uso e porte.

O governo federal vai lançar na segunda-feira, 2, um plano que prevê quase R$ 900 milhões para o combate a organizações criminosas. Nas últimas semanas, a crise na segurança pública da Bahia, onde operações policiais deixaram mais de 60 mortos só em setembro, e vídeos que mostram o domínio das facções no Rio de Janeiro elevaram a pressão sobre o Ministério da Justiça e Segurança Pública, que tem Flávio Dino (PSB) à frente.

O Programa Nacional de Enfrentamento a Organizações Criminosas (Enfoc) terá cinco eixos principais: integração institucional e informacional; eficiência dos órgãos policiais; portos, aeroportos, fronteiras e divisas; eficiência da justiça criminal; e cooperação entre União, Estados e municípios e com órgãos estrangeiros.

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A portaria de criação do programa dará 60 dias para detalhar metas, investimentos e estratégias. O plano é elaborado pela pasta desde março, mas foi acelerado para responder à escalada da crise das últimas semanas.

Nesta semana, integrantes do ministério foram à Bahia e o governador Jerônimo Rodrigues (PT) se encontrou com Dino. O Estado do Nordeste vê, nos últimos anos, avanço da disputa das facções associada à alta da letalidade policial - a PM baiana mata mais do que a fluminense. O antecessor de Rodrigues por quase oito anos foi Rui Costa (PT), hoje ministro da Casa Civil do governo Lula.

Ontem, 29, o secretário executivo da pasta, Ricardo Cappelli, se reuniu com o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), após a divulgação de vídeos de um treinamento de guerrilha de bandidos no Complexo da Maré, zona norte carioca.

A segurança é a área temática do governo federal, com pior avaliação entre os eleitores, segundo pesquisa do instituto Atlas feita de 20 a 25 de setembro. Embora o setor seja de competência prioritariamente dos Estados, especialistas defendem articulação e investimentos por parte da União para dar conta do problema.

Neste mês, outro problema enfrentado por Dino foi a morte de Heloísa, de 3 anos. Ela foi baleada por um agente da Polícia Rodoviária Federal na Baixada Fluminense. Apesar das críticas, Dino pode deixar a pasta rumo ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é apontado como um dos favoritos para ocupar a vaga da ministra Rosa Weber, que se aposenta por completar 75 anos.

O que prevê o plano?

O eixo "Integração institucional e informacional", inclui criar um Centro Nacional de Enfrentamento das Organizações Criminosas, que funcionará em Brasília para integrar as redes de informações produzidas pelas autoridades locais e federais. A ideia é melhorar o compartilhamento de informação entre as esferas de atuação, para aumentar a efetividade das operações policiais.

A medida se articula com o eixo "cooperação entre os entes" que prevê melhorar o diálogo entre municípios, Estados, União, e também a cooperação internacional. No âmbito local, por exemplo, a cooperação visa a acelerar a obtenção de materiais (como imagens de câmeras de segurança) que auxiliem investigações ou fiscalizações.

"Um dos problemas é exatamente a fragmentação informacional. Cada Estado tem sua informação e não compartilha. Às vezes, dentro do próprio Estado, a Polícia Militar tem uma informação e a Civil. outra. Não conversam", disse ao Estadão Tadeu Alencar, secretário nacional de Segurança Pública, que lidera o programa.

No eixo da eficiência dos órgãos policiais, o Enfoc quer aumentar a capacidade das polícias e das corregedorias, com o objetivo de monitorar a ação policial e coibir a captura de agentes de segurança pelo crime organizado.

Monitorar portos será outro foco. A avaliação da pasta é de que os terminais marítimos ainda têm fiscalização deficiente no que diz respeito ao tráfico de drogas. O Porto de Santos, por exemplo, funciona como um dos principais canais de escoamento de drogas pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) para o exterior.

Há negociação com o Ministério de Portos e Aeroportos para definir medidas de mais controle. O governo pretende, por exemplo, usar equipamentos de alta tecnologia para detectar drogas entre as cargas.

"Há um grau de controle de patrulhamento nos aeroportos, mas nos portos não. O que apreendemos de drogas nos aeroportos são quilos. Nos portos são toneladas. É um terreno absolutamente permeável à ação criminosa devido a sua vastidão, pela falta de controle, de investimento em tecnologia e, em equipamentos que no mundo todo são implantados nos portos para ver o que está entrando e saindo do país", disse Alencar.

O governo quer ainda propor a cooperação entre o Judiciário e o Ministério Público para melhorar a punição dos criminosos que fazem parte de facções e as investigações desses grupos. O governo também inclui proposta de alteração da legislação penal por meio do Congresso para evitar que haja "brechas" na legislação que favoreçam a impunidade desses grupos.

Além da punição dos criminosos, o governo quer fortalecer as unidades de recuperação de ativos das Polícias Civis que atuam na apreensão de bens do crime organizado, como aviões e veículos.

A medida é uma das estratégias para desidratar o poderio econômico da criminalidade e identificar os canais para lavagem de dinheiro usados para camuflar a origem ilícita do dinheiro. A desidratação financeira do crime organizado também era uma das principais bandeiras de Sergio Moro quando esteve à frente da pasta da Justiça e Segurança - hoje ele é senador pelo Podemos do Paraná.

Atualmente, o governo federal coordena a Operação Paz, que ocorre em 12 Estados com o objetivo de reduzir a violência. Além de Rio e Bahia, a operação ocorre em Amazonas, Roraima, Pará, Amapá, Maranhão, Tocantins, Goiás, Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco. A iniciativa tem como objetivo ampliar o efetivo policial em cidades com altos índices de criminalidade na tentativa de coibir a violência e impulsionar investigações.

A pasta utiliza R$ 150 milhões para o pagamento de diárias aos agentes para atuarem nesses municípios. A estimativa é de que cerca de 3,4 mil policiais estejam envolvidos nas operações, que vão durar até 31 de dezembro.

"Na medida em que se apertou o cerco em Estados como Rio e São Paulo há alguns anos, as organizações criminosas se expandiram para o Norte e o Nordeste, para todo o País. Não tem nenhum território hoje que possa dizer que está imune à ação de grupos organizados", afirmou Alencar. "O problema da Bahia, do Rio, de Pernambuco, de qualquer Estado, não é individual desses Estados, é um problema nacional, aliás global."

Um levantamento feito pelo NordPass, site gerenciador de senhas, divulgou uma lista em que aponta quais são as mais utilizadas pelos brasileiros em sites e em contas nas redes sociais. Curiosamente, vários nomes de times do futebol nacional, como Cruzeiro e Santos, são os mais escolhidos pelos usuários.

Segundo divulgou a coluna Tecno Lógica, da GloboNews, o primeiro clube a aparecer na listagem de senhas mais comuns é o Flamengo, que ficou em 19º lugar. O Santos aparece em 51° e o Palmeiras em 53°. "Tricolor", também é uma palavra bastante usada, aparecendo no 43° lugar na lista, e que é usada pelos torcedores do Bahia, Grêmio, São Paulo, Fluminense e Fortaleza, para se referirem aos clubes.

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O site, especializado em segurança de senhas de internet, levou em consideração os vazamentos mais recentes dos aplicativos em violação de senhas na internet, que teve mais de 3 terabytes de dados analisados.

Alerta

Os torcedores que gostam de utilizar o nome do clube do coração como senha, precisam ter alguns cuidados, pois os sistemas automatizados de violação de senhas encontram as palavras já existentes de forma mais rápida, podendo descobrir facilmente. A recomendação é que a escolha de senhas sejam mais longas e, se possível, geradas por aplicativos especializados em formar palavras-passe.

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), garantiu a realização de concurso público da segurança em janeiro de 2024. Através de publicação nas redes sociais, nesta sexta-feira (29), Lyra afirmou que está "trabalhando para que a seleção das 3.805 vagas aconteça já agora, em janeiro de 2024".

Ainda de acordo com a governadora, nesta semana foi autorizada a contratação da empresa que será responsável pelo processo seletivo para as Polícias Militar e Civil e Corpo de Bombeiros. "Pernambuco pediu, a gente ouviu e estamos colocando em ação. Simbora!", finalizou a gestora estadual.

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O concurso da segurança pública não é uma demanda nova. No final de julho, durante o lançamento do Programa Juntos Pela Segurança, Raquel Lyra anunciou a possibilidade de abertura do certame ainda em 2023. Na ocasião, ela pontuou que para Polícia Militar serão 2.700 vagas, sendo 2.400 para soldado, que devem ser de nível médio, e 300 para oficial, que exige curso superior em direito.

Já para o Corpo de Bombeiros serão 660 vagas, sendo 600 de soldado e 60 de oficial. No certame da Polícia Civil, 445 vagas devem estar disponíveis, divididas em 45 para delegado, exigindo nível superior em direito, 250 para agente, também com exigência de nível superior, e 150 para escrivão, pedindo nível médio como requisito.

Um segurança da Riachuelo do Shopping RioMar, no bairro do Pina, na Zona Sul do Recife, foi preso após acusar um cliente negro de furtar a loja. Tratado como criminoso, o homem de 49 anos apresentou a nota fiscal dos produtos e chamou os policiais após ser abordado pelo funcionário.

O caso ocorreu na tarde do último dia 6 e o segurança, de 33, foi encaminhado à Delegacia de Boa Viagem, próximo ao centro comercial. De acordo com a Polícia Civil, a vítima relatou que havia comprado meias e, ao sair da loja, teria sido abordado e constrangido pelo funcionário.

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O segurança foi autuado pelo crime inafiançável de racismo e ficou à disposição da Justiça após os procedimentos na delegacia.

Em nota, a Riachuelo repudiou a postura discriminatória e informou que vem contribuindo com as autoridades.

"A Riachuelo repudia todo e qualquer ato discriminatório, e reforça que prestou todo apoio ao caso e que se mantém à disposição para continuar colaborando com as autoridades competentes", resumiu no comunicado.

A morte de três policiais militares, na noite dessa quinta (15), evidenciou a gravidade da violência na Região Metropolitana do Recife (RMR). Em Camaragibe, dois morreram em uma troca de tiros. Em Igarassu, a terceira vítima morreu em um latrocínio após ser identificada como um policial do Rio Grande do Norte.

O soldado Eduardo Roque e o cabo Rodolfo Silva, de  33 e 38 anos, lotados no 20º Batalhão da PM, foram mortos a tiros quando realizavam uma abordagem no bairro de Tabatinga, em Camaragibe.

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De acordo com a Secretaria de Defesa Social (SDS), eles chegaram a ser socorridos para um hospital local, mas não resistiram. Uma grávida e um adolescente, que não tiveram as identidades reveladas, também foram baleados.

Em Igarassu, o policial militar do Rio Grande do Norte, Adyniel Ulisses da Silva, de 35 anos, foi morto a tiros próximo ao Atacadão. Quatro pessoas foram detidos e uma delas deu entrada no Hospital Getúlio Vargas, no Cordeiro, na Zona Oeste.

A SDS explicou que, a princípio, policiais do 26º BPM realizaram diligências na BR-101, em Goiana, mas não encontram os suspeitos. Posteriormente, foi repassada a informação de que um deles havia dado entrada no Hospital Getúlio Vargas. O criminoso confessou participação no latrocínio e apontou as características do carro usado na fuga pelo outro suspeito.

A equipe tomou conhecimento de um veículo semelhante que havia sido interceptado em Carpina, na Mata Norte. Os ocupantes disseram que receberam um valor do motorista para atear fogo no carro e, em seguida, ele fugiu com outro veículo no sentido Igarassu.

Com as informações, o efetivo montou campana no bairro Agamenon Magalhães e descobriu que a casa em que o suspeito estava escondido era um depósito de carros roubados. Foram apreendidos uma Hilux SW4, um Renault Kwid, um Toyota SW4 e uma Saveiro com restrição de roubo, todos clonados, além de 10 placas de veículos e equipamentos usados na adulteração.

O suspeito informou que dois revólveres calibre 38 usados no latrocínio foram deixados com outros dois comparsas em Camaragibe. Os quatro envolvidos e todo o material apreendido foram encaminhados ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa para adoção de medidas cabíveis.

A Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar do Rio Grande do Norte (ACSPMRN) lamentou a morte. "Neste momento de dor e consternação, expressamos nossas mais profundas condolências à família, amigos e colegas do Sd PM Ulisses. Que sua memória permaneça viva como um exemplo de bravura e compromisso com o serviço público e que os responsáveis sejam punidos", se posicionou em um comunicado.

Em nota, o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE) criticou o governo do estado pela falta de segurança aos servidores e à população.

“Mais uma vez, é com indignação que observamos a crescente violência que assola a todos em Pernambuco. Este triste episódio reforça a urgência de ações efetivas para conter a onda de criminalidade que assombra a população. Infelizmente, não temos visto o Estado construindo um caminho consistente que comece a diminuir essa curva de violência”, apontou.

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Para acompanhar de perto o desfile cívico-militar do Dia da Independência e a participação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no evento em Brasília, a população teve de se cadastrar previamente na internet e levar consigo o QR Code gerado nesse processo para ser conferido pelo governo.

Segundo os servidores que gerenciaram a entrada do público, a prática foi adotada para que o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) pudesse fazer uma análise do perfil das pessoas que desejavam prestigiar o desfile cívico.

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Muitos tiveram de ficar do lado de fora aguardando por liberação. Não foi possível fazer a solicitação nesta quinta-feira, 7.

Os últimos textos de divulgação publicados pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) sobre a organização do 7 de Setembro não informavam sobre a necessidade de efetuar cadastro prévio para acessar as arquibancadas, onde é possível assistir o evento de perto.

Quem não conseguiu acessar o local acompanhou o desfile por telões instalados ao longo da Esplanada dos Ministérios.

Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo, o Palácio do Planalto emitiu a ordem para que todos os Ministérios do governo mobilizassem seus servidores para comparecer ao desfile.

Integrantes do governo queriam evitar vaias e garantir aplausos durante a sua passagem em carro aberto.

O que aconteceu, na prática, foram poucos aplausos durante a passagem de Lula. As vaias foram ainda menores.

Boa parte do público das arquibancadas não reagiu à presença do presidente.

Segurança

Após apresentar o código virtual, as pessoas que compareceram ao evento ainda tiveram que passar por detectores de metais, além de serem submetidas a revista nas mochilas e bolsas.

Quem entrou com garrafa de água, por exemplo, teve que a descartar no chão.

Nas vias de acesso à Esplanada, a Polícia Militar do Distrito Federal também fez revistas.

No ano passado, quando foi comemorado o Bicentenário da Independência naquele que foi o último desfile sob a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), quem quis acompanhar a cerimônia precisou passar apenas pelas barreiras policiais.

A organização distribuiu bonés com logo do Banco do Brasil e do governo federal, além de bandeiras com o slogan "Democracia, Soberania e União".

Oito meses após as invasões golpistas às sedes dos Três Poderes, em Brasília, o governo do Distrito Federal prepara um esquema de segurança de grandes proporções para o primeiro desfile cívico-militar do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A Secretaria de Segurança Pública da capital federal não quer arriscar uma reedição do levante de 8 de Janeiro e, para isso, mobilizará tropas equiparáveis ao contingente empregado na posse presidencial do início deste ano. O aparato será reforçado mesmo com a Inteligência da Polícia Militar do DF (PMDF) apontando para a ausência de risco no feriado de 7 de Setembro.

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Se por um lado o governo do DF recebe informações de que não há risco de violência, o ministro da Justiça, Flávio Dino, diz ter identificado a convocação de atos de protesto contrários ao desfile organizado por Lula, o que ligou o alerta no Palácio do Planalto. O ministro relatou as preocupações à governadora em exercício, Celina Leão (PP), que, em resposta, solicitou a participação da Força Nacional na segurança do desfile de 7 de Setembro.

O grupamento federal atuará conjuntamente com a PMDF e com o as Forças Armadas por meio "Gabinete de Mobilização Institucional", criado pelo governo do DF para definir a atuação integrada de todas as instituições envolvidas na operação.

As tratativas entre o governo Lula e o governo de Ibaneis Rocha (MDB) para a realização dos desfiles de 7 de Setembro na Esplanada vêm desde o mês de junho. Nas reuniões conjuntas ficou acertado, por exemplo, que a PMDF montará barreiras de revista das pessoas que comparecerem ao local do evento. O Plano de Ações Integradas (PAI) ainda prevê o fechamento de vias para organizar o evento e a presença de batalhões especializados para lidar com eventuais situações de conflito, como a Tropa de Choque.

"A gente está trabalhando com a mentalidade de não poupar esforços e o efetivo será bastante considerável para dar segurança às autoridades presentes e à população", disse ao Estadão o secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar. "Estamos tomando todos os cuidados para que tenha um efetivo bastante considerável", completou.

O esquema montado pela Secretaria é tratado como "preventivo". Avelar argumentou que há "tranquilidade" no governo distrital em relação a possíveis manifestações ou atos violentos, mas que o pensamento da equipe de segurança é orientado no sentido de "sempre evitar riscos".

"Há um grande serviço de inteligência sendo realizado, monitorando as redes sociais e eventuais movimentações para que, assim, a gente tenha essa tranquilidade. Até o momento a gente não tem detectado nenhuma grande manifestação que possa representar um risco, mas estamos atentos e trabalhamos com o efetivo de modo a garantir que nada aconteça", disse Avelar.

As expectativas do governo Lula acerca do desfile de 7 de Setembro também se refletem no Palácio do Buriti, de onde despacha o governador Ibaneis. O feriado da Independência será o primeiro evento de grandes proporções em Brasília após a destruição dos principais prédios públicos do País no dia 8 de Janeiro. O evento ocorrido no início deste ano resultou no afastamento de Ibaneis por 90 dias do cargo e, a posteriori, na prisão de sete integrantes do alto escalão da PMDF, dentre eles o comandante da corporação, por omissão durante as invasões aos prédios do Congresso, Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF).

No Planalto, por sua vez, reside a apreensão de que ocorram incidentes e o temor de que o evento seja esvaziado. Parlamentares de oposição têm feito campanha nas redes para que as famílias não comparecem aos desfile cívico-militar organizado por Lula. O presidente, porém, gastou R$ 3 milhões somente com a estrutura e a organização das comemorações na expectativa de atrair público e desvincular o feriado de 7 de Setembro do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que é acusado na Justiça Eleitoral de ter instrumentalizado a data.

Messi continua revolucionando o mundo de futebol dos Estados Unidos. Com dezenas de celebridades nos estádios por onde passa, o camisa 10 também atrai o interesse dos torcedores. Neste fim de semana, um destes chegou a poucos centímetros do jogador, mas foi impedido pelo segurança particular do argentino, "escalado" por David Beckham, um dos donos do Inter Miami, para sua defesa pessoal.

Yassine Cheuko, um ex-soldado americano, que esteve no front nas guerras no Iraque e Afeganistão, impediu que o atacante fosse incomodado por um torcedor que acompanhava a partida entre Los Angeles FC e Inter Miami. Quando a partida estava paralisada, um homem com a camisa do Barcelona partiu das arquibancadas em direção ao craque argentino, mas foi parado pelo segurança particular de Messi.

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Cheuko correu mais do que o torcedor, impossibilitando que ele encostasse em Messi. O atacante permaneceu parado durante toda a ação. Após ser imobilizado, o torcedor, que não teve sua identidade revelada, foi levado para fora do campo pelos seguranças do estádio.

O segurança de Messi é um especialista em várias artes marciais, mas não é apenas um praticante de lutas de defesa. Ele costuma competir. De acordo com o jornal Miami Diario, o segurança luta tae kwon do, boxe e MMA. Quem entra em suas redes sociais não encontra nenhuma menção a Messi, apenas vídeos e fotos de lutas e treinamentos.

A atividade do lutador junto a Messi não se limita aos jogos de futebol. Ele acompanha a maioria dos afazeres do argentino fora de sua casa, como compras, passeios e afins. Antes das partidas, é o primeiro a descer do ônibus para fazer uma varredura no caminho que o craque percorrerá até o vestiário e, em seguida, ao gramado.

O governo do Distrito Federal reforçou o esquema de segurança devido ao risco de um ataque de um "lobo solitário" durante o desfile do Dia da Independência na próxima quinta-feira (7).

A governadora em exercício Celina Leão afirmou neste domingo (3) que não tem receio de protestos violentos semelhantes aos ocorridos em 8 de janeiro, mas está preocupada com a possibilidade de um ataque "lobo solitário".

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Ela criou o Gabinete de Mobilização Institucional e anunciou o destacamento de 2.080 agentes da Polícia Militar e 500 da Polícia Civil do DF, além de solicitar apoio da Guarda Nacional e da Polícia Federal. O Exército também pode participar do esquema de segurança.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública entregou um dossiê ao governo distrital contendo vídeos e postagens com ameaças de grupos de extrema direita que apoiam o ex-presidente Jair Bolsonaro.

"Há preocupações sobre a segurança do evento" disse o governador licenciado Ibaneis Rocha, que lembrou o histórico de atos políticos ocorridos no Dia da Independência durante o governo Bolsonaro.

Da Ansa

O general do Exército Carlos Alberto Mansur foi exonerado do cargo de secretário de Segurança Pública do Amazonas, na noite desta terça-feira (29), após ser um dos alvos de uma operação da Polícia Federal e do Ministério Público do Amazonas (MP-AM) que investiga crimes de corrupção ativa, peculato e lavagem de dinheiro na alta cúpula da segurança do Amazonas.

De acordo com investigadores, integrantes da pasta aproveitavam informações privilegiadas para extorquir membros de organizações criminosas com atuação no Amazonas. A operação desta terça-feira cumpriu mandados de busca e apreensão na sede da SSP-AM, em Manaus, e nas cidades de Apuí (AM) e São Paulo (SP).

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Em nota, o governo do Amazonas informou que a exoneração do secretário tem o objetivo de evitar "qualquer tipo de interferência nas investigações". A gestão estadual confirmou ainda que servidores efetivos que estão entre os investigados foram afastados das funções. Já os comissionados que também são alvo da PF foram exonerados.

"O governo reforça que está auxiliando nas investigações, prestando todas as informações necessárias e que não compactua com quaisquer irregularidades ou atos ilícitos cometidos por servidores públicos", finaliza a manifestação.

Deflagrada na manhã desta terça-feira, a Operação Comboio ganhou esse nome porque, segundo os investigadores, membros da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas utilizavam viaturas da pasta durante as diligências para a prática dos crimes. Os veículos seguiam organizados em comboios, sob a guarda de uma escolta.

"Esse é o contexto, de uma organização criminosa que atuava para angariar, por meio de ilícitos, dinheiro, e também ter a garantia de que não fossem encontrados", disse o promotor Igor Starling durante coletiva de imprensa. Ele coordena o Centro de Apoio Operacional de Inteligência, Investigação e de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público.

O promotor confirmou ainda que houve a prisão em flagrante de um servidor público por porte ilegal de arma de fogo. Embora não tenha citado nomes, nos bastidores, o próprio general e agora ex-secretário de Segurança Pública é apontado como a pessoa presa na ocasião. O Estadão solicitou nota da SSP-AM e aguarda retorno.

Histórico

Alberto Mansur assumiu a Secretaria de Segurança Pública em agosto de 2021, em substituição ao coronel da Polícia Militar do Amazonas Louismar Bonates, que pediu demissão no fim de julho daquele ano, alegando questões de saúde. Dias antes, a SSP-AM havia sido alvo de outra operação do Ministério Público e da Polícia Federal.

Nomeada Garimpo Urbano, a investigação identificou que agentes da Secretaria Adjunta de Inteligência (SEAI) da SSP-AM desviaram cerca de 60 quilos de ouro apreendidos em operações policiais, o equivalente a R$ 18 milhões. O delegado Samir Freire, que chefiava a SEAI à época, chegou a ser preso.

General de divisão do Exército, Alberto Mansur iniciou a vida militar em 1977, quando entrou na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, sediada em Campinas (SP). Anos depois, se formou bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras, onde também já atuou como docente.

As investigações da Polícia Federal (PF) sobre os conteúdos presentes no celular do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, revelou que membros do Exército Brasileiro compartilhavam mensagens de teor golpista em um grupo de WhatsApp. Um dos seus participantes era o tenente-coronel André Luís Cruz Correia, que atuava no Gabinete de Segurança Institucional (GSI), órgão responsável pela segurança pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e que foi exonerado no último dia 10 de agosto.

No grupo virtual, militares da ativa defendiam um golpe de Estado e faziam ameaças ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A participação de Correia foi confirmada pela PF ao Estadão, que explicou que o tenente-coronel não é investigado no inquérito que apura atos antidemocráticos, e que isso se dará se for comprovada uma "efetiva participação" do militar no compartilhamento de mensagens com teor golpista.

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Segundo o portal G1, os investigadores da PF acreditam que Correia teria pedido ajuda para Mauro Cid, que também participava do grupo, para conseguir uma vaga em Brasília. A sua transferência para a capital federal aconteceu em 30 de março, quando ele foi nomeado para uma vaga no GSI. De acordo com o Portal da Transparência, o seu salário mensal era de R$ 26.148,15.

A portaria que o dispensou do órgão foi protocolada pelo secretário-executivo do GSI, Ivan de Sousa Corrêa Filho. Também partiu de Ivan a assinatura que o promoveu para atuar como diretor-adjunto na segurança pessoal do chefe do Executivo, no dia 4 de julho.

Por conta da importância do seu novo cargo na salvaguarda de Lula, uma portaria publicada em 7 de julho concedeu um passaporte diplomático para Correia, que passou a viajar junto ao presidente da República em comitivas no exterior. O documento tem validade até o dia 30 de junho de 2027. O Estadão procurou o GSI para questionar se o tenente-coronel ainda terá direito ao passe, mas ainda não conseguiu um retorno do órgão.

Tenente-coronel foi realocado para o Comando do Exército

Dois dias antes da portaria que exonerou o tenente-coronel do GSI ser publicada, o Comandante do Exército, Tomás Paiva, realocou Correia para trabalhar como oficial no seu gabinete, no Quartel-General do Exército em Brasília. Ao Estadão, a assessoria do Exército Brasileiro informou que a nomeação do tenente-coronel ocorreu devido a uma "permuta de servidores", já que o GSI havia solicitado um militar que atuava na Comunicação da Força.

O tenente-coronel André Luis Cruz Correia, ex-segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), estava em um grupo de WhatsApp com militares da ativa que defendiam um golpe de Estado, faziam ameaças ao ministro do Supremo Alexandre de Moraes, e que apoiaram as invasões do 8 de Janeiro. No grupo estava também o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid.

O militar foi demitido do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República no último dia 10 de agosto, após suspeitas de que ele integrava o grupo. A informação foi adiantada pelo portal Metrópoles à época. Correia era assessor militar na Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial e chegou a viajar ao lado do mandatário. 

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A orientação para demiti-lo saiu da Polícia Federal (PF), que teria apresentado as evidências em um relatório enviado ao Planalto, de acordo com a colunista Andréia Sadi. A PF, que costumava fazer a segurança de Lula, deixou a atividade após o presidente optar por elencar de volta o GSI, evitando um desgaste junto aos militares.  

 O ministro do GSI, general Marcos, diz que desconhecia a participação de Correia no grupo. 

 

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