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Na última sexta (10), o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo proibiu que o governo Jair Bolsonaro anuncie em sites que promovam atividades ilegais ou não estejam alinhados com os interesses de seu público alvo. Em maio, em resposta a um pedido de acesso à informação da Folha de São Paulo, a Secom revelou que o governo destinava sua verba publicitária para sites que difundem notícias falsas, jogo do bicho e voltados para conteúdo infantil.

A Secom, à época chefiada pelo secretário Fabio Wajngarten, distribuía seus anúncios pela plataforma Google AdSense, em que é possível vetar veículos de comunicação e palavras-chave, bem como escolher o público-alvo. O montante pago pelo governo é divido entre o Google e os sites que veicularem a propaganda.

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Segundo as planilhas, entre os dias 6 de junho e 13 de julho de 2019 e 11 a 21 de agosto de 2019, 14 dos vinte canais no Youtube que mais veicularam anúncios do governo eram destinados a crianças. O site resultadosdobichotemporeal.com.br esteve entre os maiores veiculadores dos anúncios do governo Bolsonaro. O jogo é ilegal no país.

O relatório da CPI das Fake News que identificou mais de 2 milhões de anúncios do governo federal em páginas de conteúdo inadequado também mostrou que até mesmo um canal do YouTube do deputado Paulo Pimenta (PT-RS) recebeu verba pública. Segundo o documento, a publicidade veiculada foi da campanha em defesa da reforma Previdência. O parlamentar militou contra a mudança nas regras de aposentadoria, aprovada no ano passado no Congresso.

O documento, produzido por consultores legislativos, tem como base informações da própria Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) referente ao período de junho a julho do ano passado. Os dados foram obtidos via Lei de Acesso à Informação pela CPI e revelados pelo jornal O Globo.

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"Deve ser uma mistura de falta da controle com provocação. Pois um canal que publicamente trabalhou contra a reforma da Previdência ter um post de um vídeo de defesa da posição do governo é no mínimo estranho", disse Pimenta ao Estadão/Broadcast. O parlamentar era líder da bancada do PT na Câmara na época em que os anúncios oficiais foram exibidos em seu canal.

Segundo o documento da CPI, um vídeo de 10 segundos com a campanha da Nova Previdência foi exibido 26.778 vezes em seu canal. O parlamentar não soube informar quanto esses anúncios reverteram em dinheiro.

Entre os vídeos publicados na conta do parlamentar estão alguns que levam títulos como "A Reforma da Previdência é uma mentira!", "A Reforma da Previdência ataca os mais pobres" e "Nova Previdência ou Fim da Previdência?". A publicação que fez mais sucesso, com 46 mil visualizações, é um em que o deputado afirma haver compra de votos no Congresso para a aprovação da proposta do governo.

A consultoria legislativa que analisou os dados de publicidade oficial também identificou anúncios em canais de YouTube de outros parlamentares, mas mais alinhados ao governo. Na lista constam os deputados Marco Feliciano (Republianos-SP), Bia Kicis (PSL-DF) e até do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro. Todos eles, no entanto, com números bem mais baixos de impressões.

Procurada, a Secom não se manifestou até a publicação desta matéria.

Relatório produzido pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Fake News mostra que o governo federal investiu dinheiro público para vincular 2 milhões de anúncios publicitários em canais que apresentam "conteúdo inadequado". A lista inclui páginas que difundem fake news, que promovem jogos de azar e até sites pornográficos. Canais que promovem o presidente Jair Bolsonaro também receberam publicidade oficial.

O documento, produzido por consultores legislativos, tem como base informações da própria Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) referente ao período de junho a julho do ano passado. Os dados foram obtidos via Lei de Acesso à Informação pela CPI e revelados pelo jornal O Globo.

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Segundo o relatório, a maior parte dos anúncios está relacionada à campanha do governo para promover a reforma de Previdência, aprovada no ano passado no Congresso. A verba da Secom foi distribuída por meio do programa Google Adsense, que paga um valor ao site a cada vez que um usuário clica na publicidade ou apenas visualiza.

No topo da lista dos que mais receberam verba pública para divulgar a publicidade oficial está o site "Resultados Jogo do Bicho", com 319.082 impressões - a quantidade de vezes que o anúncio foi exibido aos usuários do site. O jogo do bicho é proibido no Brasil e sua prática é considerada uma contravenção.

Outra descoberta da CPI é que dos 20 canais no YouTube que mais veicularam anúncios da Nova Previdência (nome da campanha governo), 14 são primordialmente destinados ao público infanto-juvenil. Entre eles, até mesmo um que tem todo o seu conteúdo em russo.

"Juntos, esses 14 canais infanto-juvenis concentraram 2.392.556 das 12.026.980 impressões da campanha da Nova Previdência veiculadas no YouTube entre 06 de junho e 13 de julho de 2019 (19,89% de todos os anúncios veiculados no YouTube nesse período)", diz trecho do relatório.

Ao todo, a CPI identificou que os mais de 2 milhões de anúncios foram exibidos em 843 canais diferentes. Destes, 741 eram no YouTube, mas foram removidos após a página de vídeos apontar irregularidades, como conteúdo inadequado ou que desrespeita direito autoral.

Sites de notícias falsas também embolsaram uma boa fatia da verba pública destinada pelo governo. O relatório da CPI aponta como um dos campeões de veiculação de anúncios oficiais, com 66.431 impressões, o "Sempre Questione". "O portal traz 'matérias' sobre múmias alienígenas escondidas em pirâmides do Egito, colisores de átomos que abrem portais para o inferno e baleias encontradas em fazendas a centenas de quilômetros do litoral", aponta o levantamento da comissão.

Há também publicidade oficial em páginas de apoiadores e que promovem Bolsonaro. O relatório cita como exemplo o canal de YouTube "Bolsonaro TV" e os aplicativos para celular "Brazilian Trump", "Top Bolsonaro Wallpapers" e "Presidente Jair Bolsonaro".

A destinação de dinheiro público para este tipo de conteúdo pode gerar questionamentos legais ao governo com base no princípio constitucional da impessoalidade, pois, segundo a consultoria legislativa, "abre a possibilidade de se interpretar tal fato como utilização da publicidade oficial para promoção pessoal, conduta vedada pela Carta Magna."

O site "Terça Livre", do blogueiro Allan dos Santos, também aparece na lista dos que receberam dinheiro público por meio de anúncios da Nova Previdência. Santos é um dos alvos do inquérito das fake news no Supremo Tribunal Federal e teve documentos e equipamentos apreendidos na semana passada pela Polícia Federal. Ele nega irregularidades no conteúdo que propaga.

Procurada, a Secom não se manifestou até a publicação desta matéria.

Secom contrata Google para distribuir anúncios e recebe relatórios detalhados sobre a circulação do conteúdo. (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

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O Governo Bolsonaro destinou recursos para sites de fake news, jogos de azar, infantis e em canais do Youtube favoráveis ao presidente, para patrocinar peças publicitárias da reforma da previdência. É o que indicam as planilhas cedidas pela Secom após Controladoria Geral da União (CGU) à Folha de São Paulo, após pedido de acesso à informação feito pelo jornal.

A Secom contrata agências de publicidade, que se utilizam da plataforma Google AdSense para liberar espaço em sites, veículos de comunicação e canais no Youtube. Cabe ao anunciante escolher que tipo de público quer atingir, o tipo de site em que não deseja veicular seu conteúdo e as palavras-chave vetadas. A partir de então, o Google distribui o material para os sites que obedeçam ao perfil buscado pelo contratante.

A porcentagem retirada pelo Google do dinheiro pago pela Secom varia entre 20% e 40%, a depender de sua negociação com os sites. Ao final do processo, o anunciante recebe todas as informações sobre a veiculação do conteúdo, a exemplo de número de impressões e dos sites em que circulou.

Reação

Após a revelação das informações, o senador Alessandro Vieira (Cidadania), junto à bancada de seu partido, decidiram entrar com representação contra a Secom por improbidade administrativa. O grupo também convocará o secretário Fábio Wajngarten para prestar esclarecimentos.

A necessidade de ficar em casa e os percalços trazidos pela pandemia do coronavírus levaram a um aumento nos acessos a sites e serviços do governo federal.

De acordo com dados da Secretaria Nacional de Governo Digital, o número de acessos ao portal gov.br, que concentra as páginas da administração pública, saltou de 4,1 milhões em fevereiro para 6,7 milhões em março, 63% a mais. As entradas já chegam a 9,4 milhões na primeira quinzena de abril.

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Aumentou também o acesso ao login único do governo federal, pelo qual o brasileiro pode solicitar 809 serviços diferentes, desde pedidos de auxílio-doença até suspensão de contratos de trabalho. O número de entradas chegou a 54,5 milhões em março, incluindo sites e apps, 10,8% a mais do que em fevereiro. Até o dia 15 de abril, somaram 31,7 milhões.

"A maioria dos acessos nesse período são em busca de informações sobre a covid-19 e a serviços de atendimento e pesquisas vinculadas ao Ministério da Saúde. Também registramos muitas buscas pelo auxílio de R$ 600", afirma o secretário de Governo Digital, Luís Felipe Monteiro.

De janeiro a março, cerca de 10,8 milhões de pessoas fizeram o cadastro no login único. Na primeira quinzena de abril, já foram 2,4 milhões de cadastrados. Já são 58,5 milhões de CPFs cadastrados (mais que um quarto da população brasileira), um salto de 30 % em relação a 2019.

Com a pandemia, o governo acelerou a digitalização no último mês e colocou no ar 218 novos serviços, priorizando aqueles ligados ao combate da covid-19, como a solicitação de auxílio emergencial, registro de brasileiros com voos cancelados no exterior e cadastro de empresas fornecedoras de insumos como máscaras e álcool em gel. "Antes o atendimento presencial ainda era uma alternativa, agora não é. Não podemos deixar o cidadão aguardando sem atendimento, por isso aceleramos o processo digital", acrescenta Monteiro.

Críticas. O aumento da oferta, no entanto, nem sempre corresponde a uma boa prestação de serviços. Já na pandemia, serviços básicos não funcionaram adequadamente e foram criticados pela população.

No momento em que o governo anunciou que o auxílio emergencial seria pago para os inscritos no cadastro único, houve uma procura grande pelo serviço que tirou a página do ar.

Também foram relatadas dificuldades de acesso ao site da Receita Federal para regularização de CPFs e no serviço Meu INSS pedidos se acumulam sem respostas. "Estamos atuando diretamente em situações que fogem da qualidade que esperamos. O Cadastro Único demonstrou instabilidade no primeiro fim de semana porque não esperávamos um acesso tão grande, que chegou a 50 mil simultaneamente. Mas criamos em dois dias uma nova infraestrutura para o serviço e agora está respondendo normalmente", diz o secretário.

Para Monteiro, a digitalização, que já era uma tendência, ficará ainda mais forte após a pandemia. "Sem dúvida a pandemia mudará a forma como o governo se relaciona com as pessoas. O governo não será o mesmo, será muito mais próximo do cidadão", afirmou.

No último mês, também foi incluído no gov.br o cadastro do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que poderá ser feito pelo login único.

Em março, os recordistas de acesso foram os serviços Meu INSS, com 25,87 milhões de acessos pelo site e pelo aplicativo, a carteira de trabalho digital, com 4,6 milhões de acessos, a Redesim (site da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios), com 1,19 milhão e a carteira digital de trânsito, com 1,64 milhão.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os registros de uma doença respiratória ainda sem causa definida identificada nos Estados Unidos deflagraram um alerta entre médicos brasileiros. A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia divulgou um comunicado para que profissionais fiquem atentos caso recebam pacientes com náuseas, tosse, falta de ar e dor na região do tórax, sobretudo se forem usuários de cigarros eletrônicos.

Há indícios relacionando os mais de 450 casos já registrados nos Estados Unidos com o uso de tais aparelhos. A sociedade sugeriu que médicos brasileiros avisem os pacientes sobre os potenciais riscos desses utensílios.

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Diagnosticado com pneumonia no início do mês, o publicitário Pedro Ivo Brito, de 29 anos, teve o quadro agravado por fazer uso do dispositivo. Há um ano, o design sofisticado do cigarro atraiu sua curiosidade. "Quando eu disse que fazia uso do cigarro eletrônico no hospital, os médicos falaram que não era o único motivo, mas que agravou o meu quadro."

O publicitário ficou internado por cinco dias no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo, e teve de passar até por uma cirurgia torácica para drenar a água que estava nos pulmões.

Brito começou a fumar cigarro comum aos 15 anos. O eletrônico, conheceu há um ano, nos Estados Unidos. "Em Miami, é comum ver as pessoas fumando cigarro eletrônico até nas ruas. Nunca foi minha intenção substituir o cigarro comum pelo eletrônico. Só que comecei a fumar mais o eletrônico. Comprei o cigarro eletrônico e um kit com quatro pods - também conhecidos como cartuchos. Paguei US$ 80 (R$ 328) pelo cigarro e US$ 20 (R$ 82) pelos pods", conta. "O pod permite fazer misturas de substâncias e sabores, mas nunca fiz."

Para ele, o trauma foi o melhor tratamento para abandonar os dois tipos de cigarros. "É um novo momento na minha vida. Estou focado em esporte e alimentação. Já me desfiz do cigarro eletrônico. Dei para uma amiga que é artista plástica e vai fazer uma obra para simbolizar os riscos para a saúde. Não desejo a ninguém o que eu passei."

Estados Unidos

Não há até agora registros oficiais no Brasil ou casos suspeitos de doenças relacionadas ao uso do aparelho comunicados à Sociedade de Pneumologia e Tisiologia. Nos Estados Unidos, autoridades sanitárias e pesquisadores internacionais fizeram uma força-tarefa para tentar identificar o que levou, sobretudo jovens, a apresentar insuficiência respiratória grave. Por enquanto, um dos únicos pontos que ligam os pacientes são as "vaporadas" em cigarros eletrônicos. Parte deles relatou ter usado o aparelho para inalar THC, uma das substâncias presentes na maconha, adicionada a óleos, principalmente acetato de vitamina E. Essa substância, uma vez inalada, fica depositada no pulmão, obstruindo a passagem do oxigênio.

Parte dos usuários considera o alerta um exagero. "Se for esse realmente o problema, o uso do aparelho foi incorreto", conta o assistente técnico Rodrigo Anterio, que começou a usar cigarros eletrônicos há sete anos para substituir o cigarro comum. "O uso de THC nunca foi o objetivo desse aparelho." Especialistas também estudam o efeito do propilenoglicol, substância usada para produzir o efeito de fumaça.

Para o policial militar Daniel Montenegro, de 35 anos, ainda há poucos dados para assegurar que o aparelho está associado aos problemas de saúde identificados nos Estados Unidos. Montenegro lembra quando substituiu o cigarro pelo vape: outubro de 2016. "Fumava meio maço de cigarro. Ao fazer a migração, tive uma melhora no meu estado de saúde."

O entusiasmo dos usuários não é seguido pela comunidade médica. Ainda em junho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um documento afirmando que cigarros eletrônicos são, sem sombra de dúvida, prejudiciais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, convocou jornalistas para uma coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (8) para prestar esclarecimentos à população sobre a instabilidade que afetou alguns sites do Ministério da Educação (MEC) nos últimos dias. Segundo Weintraub, há indícios de sabotagem. A Polícia Federal já investiga o caso.

Sites como o do Programa Universidade para Todos (ProUni) e o do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que estão instáveis desde segunda (5), e o Sistema Presença, pré-requisito para o pagamento do Bolsa Família e que ficou indisponível de 1º a 5 de agosto, foram afetados, assim como o Simec (Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle do Ministério da Educação), site utilizado internamente no MEC.

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Polícia Federal já investiga o caso

"Os serviços estão caindo, alguns deles, de uma forma que a gente não consegue explicar tecnicamente. Há indícios de sabotagem, que nos levaram a chamar a Polícia Federal pra investigar e verificar se são prova ou não de algo criminoso que possa estar acontecendo aqui no MEC. O MEC não é polícia, não é Ministério Público. Não é nosso papel dizer se há crime ou não acontecendo", falou o ministro.

"Nossa preocupação é atender bem a população, que não vai ser prejudicada. Qualquer serviço que fique fora do ar, a gente vai estender o prazo desse serviço", disse o ministro, que saiu antes do fim da coletiva, alegando outros compromissos.

Para o secretário executivo do MEC, Antônio Paulo Vogel, há indícios robustos de sabotagem. "O contato com a Polícia Federal foi feito na segunda-feira. Daqui pra frente, será a Polícia Federal que conduzirá o trabalho", disse.

Sites ainda apresentam instabilidade

"Ainda não há prazo para o restabelcimento total", informou o diretor de Tecnologia da Informação do MEC, Daniel Miranda Rogério. A equipe trabalha para restabelecer o sistema, que ainda não voltou a funcionar plenamente.

Inscritos no Bolsa Família não serão prejudicados. Já as incrições para as bolsas remanescente do ProUni, que iriam até 16 de agosto, serão prorrogadas. A nova data  ainda não foi definida.

Muitos sites, sejam blogs ou veículos de notícias, têm em suas plataformas um plugin que permite “curtir” diretamente a postagem com uma conta do Facebook. Na briga por manter os dados de usuários e instituições protegidas a Suprema Corte da União Europeia decidiu, na última segunda-feira (29), que as empresas que usarem estes plugins ligados à rede social, serão corresponsáveis pela transferência dos dados dos visitantes.

Isso quer dizer que, em breve, quem transmitir dados sobre cidadãos europeus de volta ao Facebook ou outras redes sociais, utilizando plugins de curtida ou outros, deverão - primeiro - ter a permissão do usuário para isso. A permissão para compartilhamento deve ser explícita, de acordo com o estabelecido pelo GDPR (Regulamento Geral de Proteção de Dados da Europa, na tradução livre).

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A medida aparece para fortalecer as leis de privacidade do continente, que entraram em vigor no ano passado. A corte europeia estava analisando o caso da varejista alemã Fashion ID, que tinha o plugin do botão "curtir" instalado em seu website.  Dessa forma, os dados dos visitantes eram transferidos para o Facebook sem o conhecimento ou a permissão deles, inclusive sem que os usuários tivessem clicado no botão ou ainda, não fizessem parte da rede social.

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Bastou um pouco de saliva e nove dias de pesquisa genealógica para que Ryan Kramer descobrisse a identidade de seu pai biológico, embora esse homem nunca tivesse feito um teste de DNA e pensasse que nunca seria localizado.

Foi em 2005, quando começavam a aparecer os sites de análises de DNA. Ryan tinha 15 anos.

Treze anos depois, o auge dos testes particulares de DNA nos Estados Unidos permite que as pessoas nascidas de doações anônimas de gametas ou ovócitos identifiquem seu "doador" na maioria dos casos.

"É preciso ser ingênuo para acreditar que uma pessoa que doa esperma ou óvulos pode permanecer no anonimato nos Estados Unidos", diz à AFP CeCe Moore, pioneira em genealogia genética e criadora da página de Facebook DNADetectives.

"A divulgação ocorrerá, é uma consequência inevitável", disse à AFP Peter Schlegel, presidente da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva. Para este especialista, dentro de cinco anos isto será parte da "conversa padrão" com doadores ou candidatas para a reprodução medicamente assistida (RMA).

Os doadores são identificados indiretamente, por sua proximidade genética a um primo distante que fez um teste de DNA. Com ao menos 10 milhões de pessoas analisadas nos Estados Unidos, o simples jogo de probabilidades significa que quase toda a população está associada com um dos perfis registrados.

O site que vendeu seu kit de DNA para Ryan calculou que dois homens em sua base de perfis tinham um ancestral comum com ele no século XVII.

Supondo que o doador teria o mesmo sobrenome pouco comum que estes dois desconhecidos, Ryan e sua mãe solteira, Wendy, consultaram então o registro estatal de Los Angeles na data de nascimento do doador, o único dado biográfico dado pelo banco de esperma. Bingo: apenas um nome tinha o sobrenome estranho.

Ao ser contatado, o homem disse a Ryan que estava "encantado de ser (seu) pai genético". Agora estão em contato regularmente.

"Ele foi o primeiro a encontrar seu doador pelo DNA", diz Wendy Kramer, cujo site Donor Sibling Registry, criado em 2003 e que vincula filhos e doadores, hoje conta com 60.000 membros.

- Seguir a pista -

Os quatro sites que oferecem um serviço de testes e de coincidência de DNA (Ancestry, 23andMe, FamilyTreeDNA, MyHeritage, aos que se acrescenta o site de comparação aberto GEDmatch, usado pela polícia) atualmente têm tantos perfis que é raro não encontrar ao menos um primo distante lá.

A partir deste primo, as ferramentas de pesquisa genealógica (documentos civis públicos, obituários, censos, jornais, redes sociais...) ajudam a reconstruir a árvore genealógica de um ancestral comum e de lá ir descendo até o doador, cruzando por sexo, idade e lugar. Quanto mais informações, mais rápida é a pesquisa.

Ryan encontrou oito meios-irmãos desde 2017 através destes sites, incluindo cinco neste verão. No total, foram 16 desde 2005.

A grande mudança ocorreu entre 2015 e 2017. As vendas de kits aumentaram e permitiram que os sites alcançassem uma massa crítica de perfis.

Foi nessa época que Erin Jackson ficou sabendo, aos 35 anos, que foi concebida por doação de esperma: analisou imediatamente seu DNA e encontrou um meio-irmão. "A semelhança era assustadora!", afirmou. Depois, a partir de um primo de segundo grau, descobriu o nome de seu doador, que se recusou a estabelecer qualquer contato.

Jackson, que mora em San Diego e criou o site de apoio We Are Donor Conceived (somos concebidos por doadores, em tradução livre), espera que o desaparecimento do anonimato das doações obrigue os bancos de esperma a limitar o número de filhos nascidos do mesmo doador, na ausência de regulamentos.

No Reino Unido, há um limite de 10 famílias por doador. Na França, onde o debate sobre o anonimato das doações de gametas vem acompanhado do da abertura da reprodução medicamente assistida a todas as mulheres, os testes de DNA são proibidos.

Mas os franceses evadem a proibição de entrega de kits e, em teoria, seria suficiente ter algumas centenas de milhares de perfis para começar a obter resultados. Este é já o caso no Reino Unido e, em menor escala, na Holanda, de acordo com CeCe Moore.

A Apple anunciou nesta segunda-feira (4) funções projetadas para evitar que aplicativos e sites rastreiem os usuários através de "cookies". Um dos atingidos pela nova função será a rede social Facebook, envolvida em um escândalo de dados pessoais.

"Acreditamos que seus dados privados devem continuar sendo privados", disse Craig Federighi, diretor da Apple responsável pelos sistemas operacionais, na conferência anual de desenvolvedores em San José, ao sul de San Francisco.

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"Parece que (os cookies vinculados a)o botão de "Like" (...) pode ser utilizado para te rastrear (na internet)", disse. "Assim, neste ano lhe pusemos fim", acrescentou.

Os "cookies" são pequenos blocos de informação trocadas entre o dispositivo do usuário e o site para que este último receba informação sobre sua frequência, o que permite seguir o usuário de um site para outro.

Por exemplo, se um usuário clicar no ícone "Like" do Facebook colocado abaixo de um conteúdo (notícia, anúncio) postado em um site qualquer, o Facebook recebe informação sobre o usuário que clicou.

Os novos sistemas operacionais da Apple, nos iPhones e nos computadores, tornarão mais difícil que os aplicativos e os sites recopilem a informação sobre os tipos de dispositivos utilizados pelos usuários.

"Será muito mais difícil para as empresas de dados identificar o seu dispositivo e rastreá-lo", disse Federighi.

Duas semanas depois de iniciada a arrecadação virtual para as campanhas eleitorais, apenas parte do total de sites autorizados para as chamadas vaquinhas online (crowdfunding) já pode receber doações. A maioria das plataformas aprovadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda está em fase de adaptação e desenvolvimento. O Estado verificou que não há regularidade na transparência das informações disponíveis sobre as doações. Ao menos 18 sites funcionam como venda deste serviço para potenciais candidatos, sendo que uma plataforma apresenta postulantes fictícios.

Esta é a primeira vez que a modalidade de financiamento coletivo é utilizada oficialmente nas eleições. Pela nova legislação, pré-candidatos a qualquer um dos cargos em disputa poderão arrecadar, mas não gastar os recursos obtidos exclusivamente pela internet até o início da campanha, em 15 de agosto. Se a candidatura não for confirmada, o valor doado tem de ser devolvido ao doador.

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Em duas semanas, pelo menos 350 pré-candidatos no Brasil arrecadaram aproximadamente R$ 630 mil (valor contabilizado até o fim da tarde de ontem) por meio das vaquinhas online. O montante dobrou em relação à primeira semana. Dos potenciais candidatos, cerca de 840 já possuem campanhas de financiamento coletivo abertas nesses sites oficiais.

Responsável pela vaquinha online de Marcelo Freixo (PSOL) nas eleições municipais de 2016, o consultor de crowdfunding Felipe Caruso avalia como positivo o desempenho das contribuições até o momento.

"O financiamento coletivo é um novo espaço de participação política. Estamos num processo de construção. O movimento tende a crescer depois da Copa do Mundo. Acreditamos que a maior parte da arrecadação virá no período eleitoral", disse Caruso.

A concentração de candidatos em poucas plataformas de financiamento é uma tendência observada pelos especialistas. Até ontem, o site Vakinha agregava 66% dos candidatos com campanha de arrecadação online aberta. Segundo Caruso, os candidatos tendem a participar da mesma plataforma que os demais correligionários.

‘Fictícios’. Na análise do total de 41 sites autorizados pela Justiça Eleitoral, sete são plataformas destinadas a outros serviços como ofertas de soluções contábeis e até escritórios de projetos. Um dos endereços aprovados ainda está em construção.

O capytar.br apresenta pré-candidatos não existentes e registrava ontem um valor arrecadado de R$ 1,4 milhão. O Estado efetivou uma doação, no valor de R$ 25, para teste da plataforma.

Em contato com a Maxximu Locação e Serviços Ltda., administradora da capytar.br, a empresa afirmou que a plataforma é ainda um demonstrativo para viabilizar a comercialização do serviço para futuros candidatos. "Ainda estamos em fase de negociação, apresentando a plataforma para possíveis candidatos. Não iniciamos a captação efetivamente. São perfis de candidatos fictícios", disse Rubens Santana, gestor da capytar.br. Segundo ele, os valores de contribuição divulgados no site são apenas índices para demonstrar o seu funcionamento.

No dia seguinte, a capytar.br atualizou o site, informando aos usuários que tratam-se de candidatos fictícios e que não podem ser realizadas doações. O Estado recebeu um comunicado da empresa lamentando o "inconveniente" e informando que o valor da doação seria estornado. Em nota, o diretor financeiro da capytar.br, Roberto dos Santos, afirmou que seriam tomadas providências para que o "problema técnico não ocorra novamente".

Procedimentos. Consultado sobre a situação do sistema de arrecadação online, o TSE informou que "a análise de autorização é realizada sobre as informações e documentos cadastrais apresentados pelas empresas". O Tribunal ressaltou ainda que "a autorização para funcionamento não confere chancela quanto à idoneidade e adequação de procedimentos e sistemas utilizados pelas empresas na captação de doações para campanhas".

Ainda há 30 sites com os pedidos de autorização sob análise do TSE. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Confira a lista de 5 sites que facilitam o cotidianos dos profissionais do Direito:

Previdenciarista (http://previdenciarista.com/): Desenvolvida pelos advogados Renan Oliveira e Átila Abella, a plataforma é especializada no fornecimento de materiais sobre Direito Previdenciário para advogados que atuam na área. Disponibiliza mais de 1.900 modelos de petições que ganharam processos reais e com clientes reais, além de ferramentas rápidas que o advogado consulta todos os dias.

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Tributário (tributario.com.br/): rede colaborativa de conteúdo tributário e fiscal que disponibiliza informações da área.

Mídia Legal (www.midialegal.com): ferramenta digital para contratação de publicidade legal de atos societários, demonstrações financeiras e outros serviços.

ResolvJá (www.resolvja.net.br/): plataforma eletrônica que faz a comunicação entre câmaras, advogados, mediadores e árbitros, focada na resolução de conflitos com baixo custo.

Legaltech (http://legaltech.com.br/): oferece serviços exclusivamente nas áreas de perícia em informática, perícia eletrônica, perícia telemática, perícia em marketing e em telecomunicações.

Um novo relatório da empresa de segurança alemã Ghostery informa que 77,4% dos sites rastreiam seus visitantes. Ou seja, quase oito em cada dez deles coletam dados sobre você na internet. O estudo foi conduzido a partir de estatísticas anônimas de 850 mil usuários de 12 países, incluindo EUA, Canadá, França e Alemanha.

Segundo a empresa, este é o estudo mais abrangente já realizado, pois analisou mais de 144 milhões de sites durante a análise. Os dois principais rastreadores de dados são o Google e o Facebook, cujo principal negócio é a publicidade digital.

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Com a ajuda de cookies ou de impressões digitais, esses rastreadores registram cuidadosamente cada movimento do usuário. Nos casos mais benignos, esta informação é usada apenas para fins estatísticos e publicitários, informou a pesquisa.

Foram encontrados dez ou mais rastreadores que acumulam dados pessoais em 21,3% dos sites (domínios únicos) analisados ​​no estudo. De um modo geral, os usuários nunca têm qualquer indício de que alguém está observando o que eles fazem na internet.

A ferramenta de detecção de dados mais usada na internet é a do Google Analytics, capaz de mensurar o nível de audiência de serviços. Em segundo lugar, aparece o Facebook Connect, usado para captar informações e facilitar o compartilhamento de páginas na rede social.

"Os rastreadores podem obter acesso a informações altamente pessoais a partir das quais podem ser extraídas conclusões, não apenas sobre a situação financeira, interesses e planos de compras de um indivíduo, mas também sobre sua orientação sexual, saúde, opiniões políticas e crenças religiosas", diz a pesquisa.

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Encontrar uma vaga no mercado de trabalho tem sido uma tarefa difícil para muitos profissionais que estão desempregados. Entretanto, levando em conta as facilidades do mundo em conexão, cada vez mais aparecem recursos para facilitar a vida de pessoas que caçam oportunidades.  

Diferente de anos atrás, quando os candidatos precisavam sair de porta em porta entregando currículos, hoje alguns sites ajudam essa busca por um caminho simples, objetivo e prático. Há opções para todos os públicos, sejam elas pagas, gratuitas, ou com foco em uma determinada área. Confira alguns serviços online que podem ajudar você a dar o próximo passo na sua carreira: 

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Sine 

O Site Nacional de Empregos é uma plataforma online de classificados de empregos a nível nacional, e totalmente gratuita. Com ela, é possível filtrar as vagas por cidade, Estado e função, além de consultar a média salarial para cada cargo antes de se candidatar. Saiba mais.

Catho 

O site hospeda currículos e anuncia vagas em diversas áreas. Entre os recursos gratuitos estão a busca por empregos e o aviso de novas vagas por e-mail. Também é possível assinar a Catho por 7 dias sem pagar nada. A assinatura do serviço permite fazer cursos online e ter acesso ao contato dos recrutadores. Acesse o site da Catho. 

Talentix 

Site voltado para profissionais das áreas de engenharia e TI, a plataforma produz e hospeda videocurrículos dos candidatos, utilizados para entrevistas ou pré-entrevistas para os recrutadores. A plataforma disponibiliza duas modalidades de uso: uma versão simplificada e gratuita do serviço, ou um pacote pago, que oferece recursos mais elaborados. Confira o site da Talentix. 

Linkedin 

O LinkedIn é uma plataforma que mistura características de rede social, site de empregos e currículo online. É uma das opções mais populares para quem quer manter um perfil profissional visível e ampliar sua rede de contatos. Oferece um serviço de assinatura, que amplia as possibilidades de contato e dá maior visibilidade do seu currículo aos contratantes. Saiba mais.

Jooble 

Em uma soma das palavras "Job" (emprego, em inglês) e Google (site de pesquisa mais popular do mundo), o Jooble foi idealizado para tornar a busca por emprego mais precisa. Para isso, oferece um painel de filtros, localizado ao lado esquerdo da tela. Acesse o site do Jooble. 

VAGAS.com 

A plataforma é totalmente gratuita para o usuário, já que o modelo de negócios da empresa prevê que a receita venha apenas dos contratantes. Há mais de 3 mil empresas cadastradas. Os serviços ao candidato incluem a busca por emprego, alerta de vagas por e-mail, cadastro de currículo e materiais de apoio sobre o seu perfil comportamental. Confira site VAGAS.com. 

Manager 

Especializado em vagas nas carreiras gerenciais, com foco em Administração, Indústria, Comercial, Logística e Atendimento. O serviço é pago, com possibilidade de fazer um teste por sete dias sem custos. Saiba mais.

InfoJobs 

O site oferece ferramentas para que as empresas possam gerir processos seletivos e os candidatos anunciem seus currículos de forma gratuita. Há vagas para diversos setores e níveis hierárquicos. É possível fazer buscas de oportunidades por cargo/área e localidade. Segundo informações oficiais, a plataforma recebe 23 milhões de visitas por mês e conta com 16 milhões de profissionais cadastrados. Acesse o site da InfoJobs. 

Reachr 

Criada com base em algoritmos que investigam afinidades entre empregadores e candidatos, a plataforma Reachr, criada em 2016, tem um funcionamento semelhante ao  Tinder. Gratuito para a busca de vagas, o aplicativo reúne oportunidades de empresas como  Colgate, Natura e Decathlon. Confira o site da Reachr.

Curriculum 

O site oferece cadastro gratuito e envia por e-mail as últimas oportunidades de emprego na área de interesse. O currículo virtual fica armazenado na plataforma, enquanto as oportunidades vão aparecendo no perfil do profissional. Saiba mais.

Indeed 

O Indeed é um agregador de vagas, ou seja: é uma ferramenta capaz de buscar vagas para o perfil solicitado em diferentes sites de emprego ao mesmo tempo. É totalmente gratuito para candidatos. Acesse o site do Indeed.

Marketplace - Fora esses modelos, há outros sites de emprego que não são os profissionais que se candidatam às vagas. Na plataforma de recrutamento digital Relevo, os candidatos passam por um processo seletivo na plataforma, e os aprovados ficam disponíveis em um marketplace online para as empresas assinantes. O objetivo da Revelo é transformar o mercado de recrutamento e seleção, oferecendo a melhor experiência para os melhores talentos encontrarem seu emprego ideal. 

Dá para procurar emprego em época de festas de fim de ano? 

Segundo afirma Fernando Medina, Diretor de Operações da Luandre, uma consultoria de Recursos Humanos brasileira, sim. Para ele, "Quem deixa para procurar recolocação apenas depois das festas de final de ano, perde tempo e muitas oportunidades", já que o período pode ser uma excelente chance para encontrar uma colocação, em razão da baixa procura e elevada desistência de candidatos chamados para entrevistas. 

A Luandre tem em aberto, atualmente, cerca de 4 mil vagas, sendo aproximadamente 1600 efetivas e 2400 temporárias. Os interessados em participar dos processos seletivos da empresa devem cadastrar o currículo no site da consultoria.  

Para conferir outras oportunidades de emprego, acesse a nossa página de oportunidades.  

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A Ucrânia adotou nesta terça-feira (16) novas sanções contra a Rússia, que acusa de apoiar os rebeldes separatistas do leste ucraniano, e bloqueou o acesso e seu território a vários sites e serviços de internet populares de empresas russas.

As medidas decretadas por Kiev afetam a rede social VKontatke (VK), chamada de "Facebook russo", que tem mais de 15 milhões de usuários ucranianos, assim como a rede Odnoklassniki e o portal Mail.ru. As três empresas são controladas pelo magnata russo Alisher Usmanov.

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O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, denunciou "uma nova manifestação da política hostil e intolerante em relação à Rússia, uma nova decisão depois tantas outras que violam o direito dos ucranianos de obter informação". Ele não descartou medidas de represália.

Em um comunicado, o Mail.ru afirma que lamenta uma decisão "com motivos políticos", que "afetará, em primeiro lugar, os usuários (dos serviços), os cidadão ucranianos", quase 25 milhões de pessoas.

Mas o bloqueio não deve ter consequências financeiras para o grupo, porque a parte da Ucrânia em sua arrecadação "não é significativa", completa a nota.

Sanções apontam também contra o grupo Yandex, que tem cotação na Bolsa de Nova York, proprietário de uma famosa ferramenta de buscas e que desenvolveu vários serviços (agregador de textos da imprensa, cartografia).

O acesso aos serviços estão bloqueados, seus ativos na Ucrânia foram congelados e as operações comerciais e financeiras limitadas.

As medidas adotadas pelo presidente Petro Poroshenko, que também afetam a empresa de segurança cibernética Kaspersky Lab, ampliam as que foram adotadas contra Moscou desde a anexação da Crimeia em março de 2014, prelúdio de um conflito no leste do país que deixou mais de 10.000 mortos em três anos.

Neste sentido, as autoridades ucranianas proibiram certos bens, filmes ou livros russos, além da restrição da atividade de filiais de bancos russos ou o veto a seu espaço aéreo às companhias russas.

Os decretos de terça-feira aumentam de 682 a 1.228 o número de russos ou supostos apoiadores do Kremlin proibidos de residir na Ucrânia.

Quem acessou diversos endereços hospedados no servidor UOL encontrou um conteúdo diferente na manhã desta sexta-feira (6). Os sites do jornal Folha de S. Paulo, Rede TV, NE10 e Olhar Digital estão sendo redirecionados para a página de vídeos pornográficos Red Tube.

Nas redes sociais, termos ligados ao ataque ganharam repercussão. No Twitter, as citações "RedTub" e "Folha e UOL" ocupavam as primeiras posições do Trending Topics. Muitos internautas comentavam o fato.

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Até o momento não se tem informações sobre a autoria do ataque. Na última terça-feira (3) o Google também ficou fora ar. Quem acessava o endereço dava de cara com uma ilustração japonesa e uma mensagem misteriosa. "É um ótimo momento para morrer", exibia a página.

Atualmente, a maior preocupação dos usuários da internet é a segurança de dados e arquivos que são compartilhados e armazenados na rede.  Navegar com privacidade na web tem sido cada vez mais difícil. Então, como é possível garantir a segurança de dados dos usuários dentro da Internet?

Para o coordenador do curso de Ciência da Computação da Universidade da Amazônia (Unama), professor Rômulo Pinheiro, acessar sites de empresas conhecidas é uma boa maneira de ter seus dados preservados. “O primeiro passo é sempre utilizar sites seguros e confiáveis; navegar em sites conhecidos, de empresas famosas, como Google e Facebook; e sempre colocar senhas seguras em e-mail e em celular”, contou.

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Segundo Rômulo Pinheiro, acessar sites desconhecidos ou de segurança duvidosa pode resultar em diversos problemas para os usuários, como, por exemplo, ter os dados roubados. “Os riscos são enormes. A gente pode ter os dados roubados ao trafegar por estes sites não seguros. Até por uma compra, ou por um site não conhecido e receber um produto errado. Tivemos um caso recente de uma moça que comprou um Iphone e recebeu um tijolo em casa”, revelou o professor.

O coordenador do curso de Ciência da Computação da Universidade da Amazônia também atenta para o cuidado ao baixar programas e aplicativos. “Qualquer aplicativo, de celular inclusive, pode conter vírus. As pessoas precisam ter muito cuidado ao baixar um aplicativo para celular, de uma empresa não confiável ou desconhecida, porque ele pode conter código malicioso e roubar todos os seus dados.”

O selo de segurança na internet é uma das formas do usuários saber se o site é confiável ou não. Uma das empresas mais conhecidas e prestigiadas no país em selo de segurança na internet é a Certisign – Certificadora Digital, que realiza a autenticação e criptografia das informações de sites de compra da web. O professor Rômulo Pinheiro explica que esse selo aparece principalmente em sites de compras. “Geralmente os sites, principalmente os de compra, têm um selo de segurança, que é dado por uma empresa de segurança da Internet, especializado nisso.”

Rômulo também atentou para o acesso das crianças à internet. Ele explicou que existem diversas maneiras dos pais controlar e limitar o acesso dos filhos. “Os pais devem sempre estar monitorando o acesso das crianças. A maioria dos computadores já vem com 'Controle de Pais', basta configurar. É possível monitorar pelo histórico do navegador todo o site que a criança acessa. Pelo celular, é possível colocar senhas em aplicativos diferentes, evitando que a criança acesse programas que os pais considerem impróprios”, explicou.

O "Controle dos Pais" é um programa que realiza a filtragem de conteúdo da web e o registro de atividades na rede. Sua principal função é impedir que crianças naveguem em sites que tenham material impróprio ou de conteúdo adulto. 

Por Gabriel Rodrigues.

 

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicou nesta segunda-feira (14) no Diário Oficial da União (DOU) regras no intuito de dar mais segurança ao consumidor que decidir contratar um plano de saúde por meio de plataformas digitais, como portais na internet ou aplicativos disponíveis em smartphones.

A partir de agora, as operadoras, administradoras de benefícios e corretoras que optarem por oferecer esse tipo de comercialização devem seguir o mesmo padrão quanto à divulgação de informações sobre os produtos disponíveis para venda e aos documentos necessários para a transação.

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Os prazos para conclusão do processo de compra e para a realização de perícia ou entrevista qualificada – se necessárias – também estão determinados na norma. “É importante destacar que a venda online é facultativa e não substitui a presencial, ficando a critério do consumidor a melhor forma de contratar um plano de saúde”, informou a ANS.

Principais determinações

Confira as principais determinações da resolução publicada pela agência:

- Antes de finalizada a contratação por meio eletrônico, as operadoras devem apresentar as informações do contrato, entre as quais se destacam: nome comercial e número de registro do plano; tipo de contratação e suas peculiaridades; segmentação assistencial do plano de saúde; área geográfica de abrangência do plano de saúde; área de atuação do plano de saúde; padrão de acomodação em internação; formação do preço; e serviços e coberturas adicionais.

- Todos os guias e manuais obrigatórios na contratação presencial devem estar disponíveis para impressão ou download e assinatura pelo interessado.

- Uma vez encerrada a pesquisa e escolhido o plano de saúde mais indicado ao seu perfil, o consumidor deverá preencher todas as informações necessárias e enviar a documentação solicitada. O sistema eletrônico deverá gerar automaticamente número de protocolo de visualização imediata, que também será encaminhado para o e-mail cadastrado pelo interessado, esclarecendo as etapas de contratação.

- Tanto para a contratação de planos individuais quanto de coletivos (por adesão ou empresariais), a operadora deverá, no prazo máximo de 25 dias corridos (contados a partir da data de envio das informações necessárias), concluir o processo de contratação e disponibilizar as opções de pagamento. Caso seja necessária a realização de perícia ou de entrevista qualificada, a operadora deverá oferecer ao consumidor no mínimo três opções de data e horário, dentro do prazo de 25 dias corridos.

- A data de início de vigência dos contratos individuais fechados por meio eletrônico será o dia efetivo de pagamento da primeira mensalidade feito pelo beneficiário. Mas o consumidor deve estar atento: a disponibilização do pagamento somente poderá ocorrer ao final do processo de contratação, após o contratante assinar sua ciência e concordância com os termos do contrato. Os documentos poderão ser assinados das seguintes formas: certificação digital, login e senha após cadastro, identificação biométrica ou assinatura eletrônica certificada.

- Em consonância com o Código de Defesa do Consumidor, a regra estipulada pela ANS prevê que o contratante poderá exercer seu direito de arrependimento e rescindir o contrato unilateralmente no prazo de sete dias a partir da data de vigência do contrato.

As mudanças que tornaram a legislação eleitoral brasileira mais rígida abriram espaço para o crescimento das plataformas digitais de doação de campanha. Na eleição deste ano, um número maior de candidatos deverá usar as ferramentas desenvolvidas para receber dinheiro de pessoas físicas pela internet e não depender somente do Fundo Partidário. Os sites deste tipo, inclusive, já começaram o corpo a corpo com os pré-candidatos para garantir contratos. Políticos e especialistas, no entanto, são céticos quanto ao real potencial desse tipo de arrecadação.

As doações eleitorais online no Brasil são permitidas desde o pleito de 2010, mas sempre tiveram um impacto tímido. A reforma política aprovada em 2015 criou um novo cenário ao acabar com o financiamento empresarial e endurecer as regras da contabilidade de campanha. O objetivo dos portais para doação é justamente oferecer um ambiente próprio para que candidatos captem recursos de pessoas físicas seguindo as diretrizes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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Recentemente, o TSE decidiu que as doações de campanha não podem ser feitas por plataformas de financiamento coletivo (crowdfunding), as chamadas "vaquinhas virtuais". Este foi o mecanismo que permitiu à presidente afastada, Dilma Rousseff, captar recursos para viajar pelo Brasil durante a tramitação do processo de impeachment, depois que o governo federal restringiu o uso dos aviões da Força Aérea Brasileira (FAB). Uma campanha no site Catarse criada por duas amigas de Dilma levantou R$ 795 mil em 16 dias em doações de simpatizantes da causa, acima dos R$ 500 mil esperados inicialmente.

Apesar de a legislação eleitoral autorizar que as pessoas físicas façam aportes em dinheiro mediante transferência que pode ter origem em sítios na internet, o TSE não reconhece as "vaquinhas virtuais" como sendo uma ferramenta válida de doação na campanha. A proibição do crowdfunding fortalece a atuação das plataformas digitais construídas em conformidade com as normas estabelecidas pelo TSE. Ao contrário dos sites de financiamento coletivo, aqueles que são voltados exclusivamente a doações eleitorais não oferecem recompensa aos doadores e não estabelecem metas de valores, por exemplo. Além disso, fazem o controle necessário para que só doadores habilitados possam contribuir.

Os sites desenvolvidos para explorar este novo nicho de mercado no marketing político também oferecem integração com redes sociais, inserção de vídeos e até troca de mensagens com eleitores. Tudo para ser mais um canal de engajamento do cidadão com o candidato. Mas o tema está cercado de incertezas. A campanha deste ano será um teste.

O presidente do PT de São Paulo, Emidio de Souza, acredita que as doações eleitorais pela internet devem crescer, seguindo uma tendência mundial. Para ele, o Brasil está muito atrasado nessa forma de arrecadação, "mais transparente, moderna e sem influência do poder econômico". Souza disse que o PT vai utilizar as plataformas digitais nas campanhas municipais, mas que a captação ficará mais centralizada no Diretório Nacional. "No momento em que o doador for identificado, se definirá para qual cidade direcionar os recursos", afirmou, acrescentando que não está descartado que municípios grandes tenham plataformas de doação direta aos candidatos.

Julio Semeghini, coordenador da campanha do pré-candidato João Doria (PSDB) à Prefeitura de São Paulo, diz que o partido deverá utilizar a internet para arrecadar, mas admite ter dúvidas sobre a eficácia dessa estratégia. "Todo mundo vai buscar todas as alternativas porque está muito difícil a arrecadação", disse. "Esse tipo de ação é mais para que as pessoas se sintam participantes, porque historicamente não é por aí que vai se resolver o problema da doação."

Já José Yunes, presidente do diretório municipal do PMDB paulistano e coordenador da campanha da senadora Marta Suplicy (PMDB) à Prefeitura de São Paulo, é totalmente descrente sobre o alcance da arrecadação por meio de plataformas digitais. Ele lembra que o Brasil não tem uma "cultura" de doação eleitoral, como ocorre nos Estados Unidos. Além disso, Yunes acredita que o afastamento entre os eleitores e a classe política vai dificultar o engajamento. "Nós já tentamos essa forma de arrecadação na campanha do (Gabriel) Chalita (candidato a prefeito pelo PMDB em 2012) e foi um resultado tão pífio que nem lembro qual foi valor arrecadado. Esse ano não deve ser diferente", falou.

Em Porto Alegre, os pré-candidatos à Prefeitura se dizem favoráveis ao uso das plataformas digitais para conseguir doações, mas também reconhecem que o potencial dessas ferramentas ainda é limitado. "Os americanos estão acostumados a doar, aqui não há esse hábito. Os valores são pequenos e o número de pessoas que doam é pequeno também. Não tenho grandes expectativas com isso. Acho que ainda é uma coisa incipiente", disse Luciana Genro, do PSOL, que lidera as pesquisas na capital gaúcha.

Para o consultor em marketing político e professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) de São Paulo, Gabriel Rossi, o financiamento de pessoas físicas deveria, teoricamente, ganhar força com o fim dos aportes de empresas. No entanto, na visão do especialista, a insatisfação da população com os políticos torna difícil qualquer tipo de iniciativa de captação de recursos, inclusive por meio da internet. "Mas tudo depende do perfil de cada candidato e da avaliação que o eleitor terá sobre o impacto na sua vida caso ele seja eleito", explicou.

Quando se fala em doação online para campanhas políticas, a maior referência é a sociedade norte-americana. Os Estados Unidos se preparam este ano para as eleições presidenciais mais caras da história, com gastos que podem bater em US$ 5 bilhões, praticamente tudo financiado pelo setor privado. Os candidatos têm apelado diariamente para doações, que, nos EUA, passaram a ser permitidas até por SMS. Mas é a internet que tem ganhado ainda mais destaque na corrida para a Casa Branca, sobretudo com o inesperado sucesso do senador democrata Bernie Sanders na fase das primárias.

Sanders pediu em diversos momentos para seus apoiadores fazerem doações pela internet. "Quero começar uma captação de recursos aqui e agora", disse em um comício em fevereiro. O sucesso foi imediato. Dois dias depois, ele tinha arrecadado US$ 8 milhões, com cada pessoa doando em média US$ 27, bem abaixo do máximo estipulado pela legislação dos EUA para o financiamento feito por pessoa física diretamente para o candidato, que é de US$ 2,7 mil. Foram cerca de quatro milhões de contribuintes.

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Arrecadar recursos pela internet começou a ganhar força nos EUA nas eleições de 2008, quando o então candidato Barack Obama fez uso crescente das redes sociais para chegar a seus potenciais eleitores. A estratégia deu certo e o democrata arrecadou um recorde de US$ 500 milhões pela internet. Foram membros dessa campanha de Obama que criaram a Revolution Messaging, empresa que cuidou agora da estratégia de Sanders.

Tanto a democrata Hillary Clinton como o republicano Donald Trump têm apelado por doações pela internet ou por mensagem de textos. Mas, ao contrário de Sanders, a campanha deles ainda é majoritariamente financiada por doações dos banqueiros de Wall Street, dos empresários do petróleo do Texas ou das gigantes de tecnologia do Vale do Silício. Pelas regras, empresas e sindicatos são proibidos de doar recursos diretamente ao candidato ou partido, mas podem fazer aportes nos chamados Comitês de Ação Política (PACs, na sigla em inglês).

Os PACs também não podem fazer doações diretas para os candidatos, mas podem fazer campanha - inclusive com anúncios em TVs - para os políticos que defendem e também sobre temas que acham relevantes, como porte de armas ou aborto. Os chamados Super PACs não têm, desde 2010, limites para receber recursos e não precisam revelar a origem do dinheiro, o que tem gerado críticas dos analistas políticos e da imprensa dos EUA desde as eleições de 2012, por conta da influência do poder econômico nas urnas.

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