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Um adolescente de 17 anos foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros após cair em um poço de cerca de dez metros em Vitória de Santo Antão, na Mata Sul de Pernambuco. O resgate ocorreu no último sábado (4).

Duas viaturas dos bombeiros foram enviadas ao local. Segundo a corporação, as equipes utilizaram técnicas específicas de resgate para esse tipo de situação.

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O jovem apresentava um leve ferimento no crânio e em um dedo. Ele foi encaminhado consciente e orientado ao Hospital João Murilo, no mesmo município.

O adolescente Matheus Farias, de 16 anos, foi morto a tiros na noite da quarta-feira (24), um dia antes de realizar o transplante de medula óssea para o próprio pai. Segundo a irmã da vítima, o jovem foi morto por engano. As informações são do Uol.

O caso ocorreu no município de Almirante Tamandaré, no Paraná. A irmã de Matheus, Grazielle Luz, relatou que ele foi confundido com outro irmão, que tem passagens pela polícia.

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"Ele tinha saído para comprar bolacha para a minha sobrinha e foi morto por engano, já que acharam que era o nosso outro irmão, de 23 anos. Matheus nunca mexeu com algo errado", contou Grazielle.

O pai de Matheus está internado há cerca de três meses com leucemia. O procedimento de transplante estava marcado para esta quinta-feira (25).

O jovem foi baleado perto de casa por suspeitos em um carro. Até o momento os criminosos não foram localizados. A Polícia Civil do Paraná informou que está investigando o caso.

Após fugir da Polícia, um adolescente foi apreendido com uma nota de R$ 420 na manhã dessa terça-feira (23), em Nova Venécia, no Espírito Santo. A cédula estampava folhas de maconha e um bicho-preguiça. 

O menor foi encaminhado à delegacia do município, onde prestou esclarecimentos e foi liberado. "Não há nem o que se falar em falsificação de moeda. De tão bizarra que é, não se enquadraria em crime de moeda falsa", descreveu o delegado Willian Dobrovosk. 

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Em patrulhamento no bairro Ascensão, os policiais militares viram dois indivíduos suspeitos empurrando uma moto. A dupla percebeu que seria abordado e fugiu.

LeiaJá também: Homem é preso após repassar nota falsa de R$ 420 a idoso

Antes de ser alcançado, o adolescente arremessou um revólver calibre 32 municiado no telhado de uma casa. A arma foi recolhida e ele atuado pelo porte ilegal.

O delegado explicou que o infrator só teria cometido crime se tivesse colocado a nota em circulação. "Na verdade, isso é uma brincadeira, porque tem um bicho-preguiça e uma folha de maconha. O R$ 420 faz referência ao 4h20, também relacionado ao entorpecente. Eventualmente, se ele tivesse usado a nota e alguém recebido poderíamos falar em crime de estelionato. Como ele não usou, ele não cometeu crime nenhuma com essa nota", esclareceu.

O procedimento será encaminhado ao Ministério Público do Espírito Santo. "Com inexistente grave ameaça ou violência, ele foi liberado em seguida. Contudo, esse precedente pode influenciar em eventual aplicação de medida socioeducativa em razão de reiteração em crime grave", concluiu Dobrovosk.

Um homem foi preso e um adolescente apreendido após um roubo em um restaurante no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, na noite da terça-feira (16). Um cliente foi atingido de raspão durante o crime.

Segundo a Polícia Militar (PM), os dois suspeitos foram localizados nas proximidades do local. Um deles conseguiu fugir, mas foi apreendido posteriormente.

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Com os suspeitos, a polícia apreendeu um revólver calibre 38, com quatro munições intactas e uma deflagrada, além de celulares e cartões de crédito.

A ocorrência foi encaminhada ao Departamento de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), na Zona Oeste da capital. O cliente foi atingido de raspão na região da barriga e da perna, mas passa bem.

Uma menina grávida de 15 anos foi submetida a um ultrassom no palco durante um protesto contra o direito ao aborto neste domingo (3) na Cidade do México, onde cerca de 10 mil manifestantes fizeram orações e gritaram palavras de ordem em meio ao espetáculo.

A “Marcha a Favor da Mulher e da Vida”, que foi do Paseo de la Reforma até o icônico monumento do Anjo da Independência da cidade, era composta principalmente por grupos católicos que se opõem à decisão da Suprema Corte no mês passado que descriminalizaria o aborto no México.

"O governo (...) está elevando o direito ao aborto como um direito de matar", declarou a manifestante Alma Bello, de 56 anos, à AFP. "Isso nos preocupa muito, porque não é o sentimento da maioria dos mexicanos."

Uma maca foi colocada no palco do protesto para que o ginecologista Fernando Urquiza fizesse um exame de ultrassom em Ana, de 15 anos, que está com 38 semanas de gestação.

Imagens do interior do útero da adolescente foram transmitidas em telas enormes em ambos os lados do palco, acompanhadas por gritos e aplausos da multidão.

“Tudo certo, pronto para nascer”, afirmou o médico, que se disse “muito animado” por fazer parte do ato. Quando questionada sobre como se sentia durante o exame, Ana respondeu apenas que estava "bem".

Alison Gonzalez, ativista católica e líder do Passos pela Vida, o grupo que organizou a passeata, afirmou que não se tratava de uma resposta a qualquer evento em particular - como a decisão da Suprema Corte - mas sim uma demonstração de "apoio nacional às mulheres".

“Precisamos de políticas que reconciliem o profissional com o materno, que garantam que possamos voltar para casa com segurança, que nos ajudem a seguir em frente diante de uma gravidez indesejada”, argumentou Gonzalez, de 26 anos, à AFP.

Em uma mobilização altamenta organizada, grupos chegaram em ônibus de cidades distantes com participantes carregando centenas de faixas, cartazes e placas na cor azul claro característica do movimento internacional “pró-vida”.

Uma jovem de 18 anos de Contagem-BH descobriu um novo asteroide durante pesquisa para a Nasa. Laysa Peixoto Sena Lage analisava o sistema solar em imagens de telescópio pelo computador de casa. 

A estudante batizou o asteroide de LPS 033, suas iniciais. Ela participou da ação após encontrar no site da Nasa um anúncio de uma campanha de "caça asteroides". O projeto é realizado em parceria com a The International Astronomical Search Collaboration. 

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"Eu vejo as imagens pelo telescópio e estudei o sistema solar do instituto no Havaí. Analiso pixel por pixel da imagem, percebo algumas características e valores. Aí fui enviando relatório para eles. Depois de um tempo, eles comprovaram que era um asteroide mesmo e, por enquanto, ele terá as iniciais do meu nome", disse a jovem ao G1.

Laysa está no 2º período de física da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ela sempre estudou em escola pública.

 

Um motorista de aplicativo, de 29 anos, foi assassinado a tiros no bairro de Candeias, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife (RMR), na última sexta-feira (24). A companheira do motorista, uma adolescente de 17 anos, ficou ferida.

Segundo testemunhas, as vítimas estavam sentadas em frente à residência de uma delas. Três homens, usando máscaras, teriam chegado ao local e efetuado disparos contra elas.

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O motorista de aplicativo morreu no local. A adolescente foi levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Barra de Jangada, em Jaboatão dos Guararapes. A Polícia Civil investiga o caso. Ninguém foi preso pelo crime até o momento.

No último dia 1º de setembro, 16 jovens saíram juntos e sem algemas da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) de Arcoverde, no Sertão de Pernambuco. Nunca tantos internos haviam deixado aquela unidade de uma única vez. Não se tratava de fuga, motim ou algo do tipo. 

O grupo seguia para o Centro de Ensino Superior de Arcoverde (Aesa), a menos de dez minutos dali. No local haveria um evento de lançamento de livro e sessão de autógrafos. Era o livro escrito por eles. Era o autógrafo deles que as pessoas presentes esperavam.

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O livro "Diário da Tranca", editado pela Editora Cartonera, surgiu de um projeto desenvolvido pela pedagoga do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case/Cenip) de Arcoverde, Jedivam Conceição. São 49 textos escritos pelos internos entre setembro de 2020 e o último mês de julho. Os próprios adolescentes participaram da confecção das edições. A ideia nasceu a partir de uma sugestão do Judiciário, que propôs um projeto que se assemelhasse à remição pela leitura do sistema prisional, que reduz a pena do reeducando a partir da confirmação de leitura de obras. Jedivam Conceição queria algo adaptado para as particularidades dos jovens e que abarcasse até mesmo os que não sabiam ler.

A pedagoga estava presente na cerimônia de 1º de setembro. Enquanto acompanhava o evento, também transmitido ao vivo no canal da Funase do YouTube, Jedivam olhava para os garotos com um sentimento de orgulho. Perguntada sobre o que passava na cabeça dela naquele momento, diz que havia uma sensação de poder fazer a diferença. “É a sensação de transgressão. É a sensação de que a gente pode mudar esse sistema desde que não compactue com muitas práticas que ele reproduz”, conta.

Jedivam lembra da primeira vez que entrou no sistema. Era junho de 2013. Subiu as escadas e se deparou com as grades de ferro, de pintura desgastada em verde. Entre os espaços daquelas grades, várias mãos amontoadas, muitos olhares curiosos. “Quem é você?”, “Com quanto tempo estou?” e “Quando vai sair meu relatório?” foram algumas perguntas que ela ouviu ao cruzar aquele corredor. 

“Eu não tinha nenhuma noção do que era ser pedagoga em uma instituição dessa. Eu vim nessa expectativa de que seria difícil, só não sabia que seria tanto”, recorda. A dificuldade encarada por Jedivam não diminui a empolgação com a qual vai trabalhar. Mora em um apartamento localizado na mesma avenida do Case/Cenip. Levanta às 7h, se arruma, vai a pé e chega às 8h no local de trabalho. “Eu não sei viver nada sem meu coração estar ali inteiro. Eu nunca tive esse lugar de obrigação, eu não tenho esse sentimento, essas reclamações. Eu sempre digo que a pedagogia é minha paixão. Eu sou fascinada, tenho um tesão muito grande por aquilo que faço”, afirma.

A pedagoga desenvolveu o "Diário da Tranca" durante a pandemia de Covid-19, que em alguns momentos resultou na suspensão de visitas na Funase de Arcoverde. “Foi muito difícil ver aqueles meninos viverem o isolamento do isolamento. Sem que as famílias pudessem ver, sem que a equipe pudesse ir até eles”, conta Jedivam. As aulas também ficaram suspensas devido à crise sanitária e as atividades externas foram quase nulas. 

“Meu objetivo é que esses meninos sejam vistos. O projeto é feito pelos meninos. Não é feito com os meninos, é feito por eles. A gente não pode dizer o que é bom para o outro, a gente precisa construir com o outro”, completa a educadora. A obra foi desenvolvida no âmbito do projeto intitulado Clube Castelar, que montou uma sala de leitura dentro de um contêiner na unidade socioeducativa. No Clube Castelar, os adolescentes são estimulados a ler e escrever e conversar sobre os temas trabalhados nos livros. Essa participação resulta em relatórios técnicos que são incorporados aos processos dos internos, tendo peso positivo na avaliação da Vara Regional da Infância e Juventude. O termo ‘castelar’, muito usado pelos jovens no sistema, significa “refletir”, “pensar”.

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M.H., de 17 anos, castelava enquanto encarava a grade do seu cubículo na manhã de 28 de junho. Pensava na mãe. Resolveu escrever sobre isso. “(...) era pra eu estar na rua fazendo a coisa certa, mas estou aqui longe da minha família, sabendo que posso não amanhecer vivo. Mas com fé em Deus vou sair desse lugar e viver em paz, sem matar, sem roubar”, afirma em uma das páginas do livro.

M.H. está há sete meses na unidade. Responde por ato infracional análogo à tentativa de latrocínio. Diz que durante uma briga levou pedradas de três homens. Resolveu revidar dias depois, acertando um tiro nas costas de um deles.

O jovem sonha concluir os estudos e um dia se tornar médico cardiologista - objetivo que almeja desde o dia que a avó morreu de um problema no coração, quando ele tinha uns dez anos. M.H. parou de estudar no sétimo ano. “Não queria mais estudar. Só queria fazer corre, ficar traficando”, relata em uma conversa por telefone. M.H. está envolvido com o tráfico de drogas desde os 14 anos.

“Estou decidido a não me envolver mais, quero mais essa vida não”, acrescenta. "Se eu sair daqui, vou ver se faço uma faculdade ou um curso. Não quero mais voltar para cá. Vou fazer de tudo para não fazer nada errado", diz. 

Na biblioteca da unidade, M.H. teve acesso a livros diversos. A obra que mais gostou diz se chamar "Beijo Francês". "É que é tudo misturado, tem romance, aventura, tudo junto. É como se ela encontrasse o amor verdadeiro, amor eterno, não só passageiro", analisa.

Fora da Funase, não costumava ler. “Nas ruas a gente não vê oportunidade. Muita gente julga você pela aparência, pelo jeito do cara andar. Não sabe que você tem coração puro, aí você tem a oportunidade de entrar na vida do crime”, comenta. M.H. diz que nas oficinas de leitura é diferente, que todos os jovens são iguais. “Tem gente que acredita na gente, sabe o que nós somos de verdade.”

Jedivam afirma que M.H. é um jovem de grande potencial. “Ele é extremamente dedicado e comprometido com as atividades que faz. Se ele tiver oportunidades para fazer aquilo que ele deseja fazer, vai muito longe.”

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R.V., de 17 anos, foi um dos que mais escreveu textos para o "Diário da Tranca". Sete ao todo. Nos escritos, tece análises sobre os livros que lia na unidade. Inicialmente, classificou 'O Senhor dos Anéis', de J.R.R. Tolkien, como sem graça. “Eu leio e não saio do canto.” Mas a opinião foi mudando com o avançar da história. “Mesmo sem saber o final da história, eu já estou gostando dela, pois até sonhar com a história do livro eu sonhei”, assinalou. Também aprovou 'As crônicas de Nárnia', de C.S. Lewis. “Ótimo livro que me fez pensar muito. Chegando no final, você se emociona como se fosse real aquela história.”

Não foi apenas crítico de obras, também escreveu sobre saudade e solidão". “Acordei com vontade de chorar, mas eu não queria que os outros colegas de cela me vissem triste por não ter conseguido ver minha mãe antes de ser sentenciado a seis meses”, escreveu em sua primeira contribuição, em 23 de setembro de 2020. “Eu abraçava minha mãe, mas sabia que seriam algumas horas só, que iria acabar e eu passaria mais 15 dias sem ver ela”, conta o jovem à reportagem.

A mãe de R.V. temia muito a ida do filho para a Funase, pois ele tinha o hábito de se cortar. A automutilação não se repetiu dentro do Case/Cenip e Jedivam acredita que o Clube Castelar teve um papel nisso. “Eu só pensava em me cortar, só vinha esse pensamento. Mas, eu percebia que eu devia apreciar a passagem ou a paisagem natural. Ver o pôr do Sol, ver o céu azul, as estrelas, a Lua, ver a cidade de cima e poder saber que o mundo é grande e eu preciso explorar o mundo todo”, declarou R.V. entre as páginas 14 e 15 do livro.

Desde que deixou a Funase, ele tem trabalhado ajudando o tio, que é pintor. Também está constantemente desenhando, seu passatempo preferido. Pensa em concluir o ensino médio e lembra com carinho da participação no diário. “Foi uma coisa maravilhosa, eu não sabia que ia se tornar um livro. Se eu pudesse fazer de novo, gostaria muito de fazer outro”, diz.

Segundo R.V., o livro evidencia que o sistema socioeducativo não é só violência. “As pessoas que não sabem o que nós passamos lá dentro vão ter a oportunidade de saber como é”, ressalta ele, que considera ter sido transformado pelo Clube Castelar. “Eu estava pensando em fazer coisa errada, mas quando cheguei no Clube Castelar, fui mudando o pensamento. Decidi sair e virar trabalhador. Estou nessa até hoje, fazendo de tudo para não voltar a fazer coisa errada.” O adolescente teve a maior nota na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2020 entre todos os garotos do sistema socioeducativo de Pernambuco que fizeram as provas.

"Ele é aquele menino que sempre teve vários sonhos e não teve a oportunidade de vivenciá-los, é de uma família sem muitos recursos, tem uma mãe com vários filhos. Ele queria muito ir para a academia, mas não consegue e faz uns pesos em casa; quer muito aprender violão, mas não tem condições de pagar um curso", detalha Jedivam. "Uma das coisas mais felizes que vivenciei com ele é que quando ele ganha livros, é como se ganhasse na loteria. A gente já deu livros e ele ficou fascinado.”

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Paula Cibelle, coordenadora-geral do Case/Cenip Arcoverde, diz que se emocionou com a cerimônia de lançamento de "Diário da Tranca". “A gente via a alegria de cada um. Eles agradecem pela oportunidade de serem ouvidos - não ouvidos pela equipe, pelo juiz, mas pela sociedade”, destaca. “Ninguém viu ali um adolescente da Funase. Era um grupo de adolescentes que estava lançando um livro”, ela completa.

A coordenadora está no cargo desde fevereiro de 2019 e garante que de lá para cá tem obtido “saltos excepcionais”. Conta que na noite do evento um representante do batalhão da Polícia Militar (PM) local agradeceu por estar no recinto como convidado e não para dar apoio em uma ocorrência. “Ele disse ‘são dois anos praticamente que a Funase de Arcoverde não nos pede ajuda’”, lembra Paula. 

Tanto Paula quanto Jedivam destacam o quanto a unidade é pequena. Com capacidade para 26 adolescentes, era uma antiga cadeia pública. “Há poucos espaços para atividades. Mas, contamos com funcionários que fazem oficina, como de aplicação de gesso, feltro e jardinagem”, diz a coordenadora. 

Paula elogia o trabalho feito pela pedagoga Jedivam e atribui também a ela os “saltos excepcionais”. “Eu falo ‘lá vem tu com tuas loucuras, mas pode fazer. Me diga o que você precisa’.”

Uma das ‘loucuras’ feitas por Jedivam foi pedir que não houvesse agente socioeducativo dentro da sala de leitura. “Uma das coisas que na instituição é regra é que sempre tem que ter um agente socioeducativo junto do adolescente em qualquer atividade, fora ou dentro da instituição", diz Jedivam. "E uma das coisas que estabeleci desde o começo foi ‘eu não quero nenhum agente comigo, eu dou conta. Me deem o rádio e se precisar eu chamo’”. 

Ela costuma levar grupos de dez adolescentes para o Clube Castelar. Traz uma garrafa de café, uns biscoitos. “Faz toda a diferença. Uma coisa é um atendimento em que estou de um lado da mesa, eles do outro e um agente na porta. Outra coisa é um espaço de leitura, onde podem ler o que quiserem, comem biscoito, brincam, conversam e estabelecem relações.”

Era à sala de leitura que J.V., de 17 anos, ia para atenuar a saudade do único filho, que tinha poucos meses de nascido. Harry Potter e Bella Swan fizeram companhia para o jovem, que respondia ao ato infracional análogo ao crime de furto. Ele não assumiu a autoria, mas foi apreendido em flagrante e passou sete meses na unidade.

As visitas na Funase de Arcoverde ocorriam a cada 15 dias, por causa da pandemia. Mãe e esposa do jovem intercalavam as visitas. O bebê não podia visitar o pai por causa dos protocolos sanitários. “E eu tinha medo de alguém da família ir me visitar e pegar a doença”, lembra o adolescente.

J.V. escreveu um único texto para o livro. Foi no dia que o filho completou quatro meses de nascido. “Hoje eu acordei muito triste por não estar presente com meu filho. Ele está completando quatro meses e não estou com ele. (...) Quando sair, quero trabalhar e ajudar meu filho”, declarou na obra.

Ele saiu e conseguiu um emprego. Mora com a esposa e o filho, agora com um ano e dois meses, em uma casa modesta, de R$ 150 de aluguel. Começou a trabalhar de ajudante de pedreiro com um tio e recebeu R$ 200 pelo serviço realizado na última semana.

“Eu vou trabalhar com o que aparecer para ganhar dinheiro. Com um filho, tenho que trabalhar no que vier”, diz. J.V. espera no futuro ter tempo para concluir os estudos à noite. Quer um dia sair da casa de aluguel. Avalia que aquela sala de leitura na Funase de Arcoverde é capaz de mudar a visão de mundo e dar esperança aos adolescentes. “Participar das atividades muda a pessoa, faz querer sair dali para construir sua vida.”

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Paula Cibelle, a coordenadora-geral do Case/Cenip Arcoverde, comemora o baixo número de reincidentes, ou seja, de jovens que voltam para a Funase após conseguir a liberdade. De 2019 para cá, ela calcula que três ou quatro voltaram à unidade e, em alguns desses casos, por causa de descumprimento da liberdade assistida. 

“A gente oferece sim a ressocialização. Mesmo dentro de todas as peculiaridades, a gente consegue oferecer”, afirma ela. “Eu acredito muito no nosso trabalho, sou apaixonada pelo meu trabalho.”

A pedagoga Jedivam Conceição não acredita na capacidade de ressocialização das unidades prisionais e socioeducativas. Defensora do abolicionismo penal, ela sustenta que a sociedade é que deveria se educar para receber esses adolescentes.

"É como se o menino não tivesse sido socializado, é negar muito a história. O Estado foi negligente com esse jovem todo o período até os 12 anos. A partir dos 12 anos pode punir, então agora o Estado vai punir", ela critica.

"A Funase é uma lixeira social em que se coloca aquilo que não é bonito", continua a pedagoga. "Eu digo aos meninos todos os dias: 'vocês não estão na Funase só pelo ato infracional, estão porque são pobres, pretos, de periferia, porque estavam evadidos da escola ou não são escolarizados'. O filho de rico quando quer usar droga e não tem dinheiro rouba dos pais, o pobre vai para a rua roubar."

Jedivam sonha em ampliar o projeto do diário. Quer levar a ideia para as escolas públicas e comunidades. "Um lugar que eu sempre quis estar é com esses meninos que saem. Se já eram vulneráveis antes de entrar na instituição, continuam muito mais porque saem com o estigma de que estavam privados de liberdade. R.V. e outros confidenciaram que queriam continuar no projeto, continuar lendo os livros que estavam lendo, só que não têm acesso", explica a pedagoga.   

Em determinada ocasião durante a pandemia, um dos socioeducandos ofereceu o benefício de R$ 50 que recebia por mês para comprar álcool em gel para Jedivam. “Você não pode adoecer”, dizia, profundamente preocupado. Durante o telefonema com a reportagem, o adolescente M.H. classificou a pedagoga como uma pessoa especial, muito boa e guerreira. “Para onde ela vai, ela sempre leva a gente no coração”, afirmou. “O que M.H. disse para você sobre mim é maior do que qualquer prêmio que eu possa receber”, diz ela.

Por meio de editoras independentes, "Diário da Tranca" tem circulado no País e já foi levado para Portugal, Chile e Peru. Projetos semelhantes estão sendo planejados para unidades da Funase no Recife e em Jaboatão dos Guararapes. A obra estará disponível na próxima Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, que será realizada de 1 a 12 de outubro no Recife.

Menos de uma semana após ter recomendado a suspensão da imunização contra a Covid-19 em adolescentes sem comorbidade, o Ministério da Saúde recuou da decisão na noite desta quarta-feira (22). A pasta afirmou que a restrição foi imposta de "forma cautelar" e que, após apuração de todos os riscos e benefícios, a medida está suspensa e a nova recomendação é para que esse público seja vacinado.

Na última quinta-feira (16), a pasta tinha alegado que um dos motivos para suspender a vacinação nessa faixa etária seria o caso de uma adolescente de 16 anos, em São Bernardo do Campo, região metropolitana de São Paulo, que morreu uma semana após ser imunizada com a Pfizer.

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No dia seguinte, porém, um diagnóstico assinado por 70 especialistas concluiu que a jovem era portadora de uma doença autoimune, grave e rara, conhecida como Púrpura Trombótica Trombocitopênica (PTT), e que não havia qualquer "relação causal" entre o óbito e a vacina. A análise recebeu o aval da Anvisa na segunda-feira, que classificou os dados como "consistentes e bem documentados".

Mesmo com a recomendação do ministério, Estados e municípios continuaram imunizando adolescentes e ignorando a decisão da pasta, como mostrou o Estadão.

Segundo o Ministério da Saúde, a pasta agiu com "prudência" ao suspender a imunização em adolescentes e, nos últimos dias, montou uma força-tarefa para estudar os efeitos adversos nesse público. A conclusão foi a mesma emitida em nota pela Anvisa na semana passada, de que os eventuais riscos não superam os benefícios da vacinação nesse público.

De acordo com o secretário-executivo Rodrigo Cruz, não houve "precipitação" do Ministério da Saúde ao orientar a suspensão, uma vez que o óbito é considerado "efeito adverso grave" e a pasta preferiu agir com cautela. Ele ainda citou que a mesma medida foi tomada quando houve o óbito de uma gestante recém-imunizada com a AstraZeneca.

A pasta também recomendou que os Estados sigam acompanhando casos de adolescentes vacinados para a monitoração de efeitos adversos.

Representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) receberam informações do Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo que negam a relação entre a morte de uma adolescente no estado e sua vacinação contra Covid-19. Segundo a Anvisa, os dados apresentados foram considerados “consistentes e bem documentados”.

Uma adolescente de São Paulo morreu sete dias depois de ter tomado vacina contra a Covid-19. A causa provável, segundo a Secretaria de Estado da Saúde, foi atribuída ao diagnóstico de doença autoimune, denominada púrpura trombótica trombocitopênica (PPT), identificada com base no quadro clínico e em exames complementares.

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“O relatório de investigação elaborado pelo Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo foi recebido pela agência na noite deste domingo, 19 de setembro, contendo detalhes de todo o processo de avaliação que concluiu não ser possível atribuir diretamente o óbito à vacinação”, informou a Anvisa em nota.

A agência notificará a Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre as investigações para avaliação quanto a qualquer possível sinal de segurança. Por fim, a Anvisa afirmou manter sua posição acerca dos benefícios das vacinas e de sua importância no combate à pandemia.

“Até o momento, os achados apontam para a manutenção da relação benefício versus risco para todas as vacinas autorizadas no Brasil, ou seja, os benefícios da vacinação excedem significativamente os seus potenciais riscos”.

A causa provável, segundo a secretaria, foi atribuída ao diagnóstico de doença autoimune, denominada "Púrpura Trombótica Trombocitopênica" (PPT) e identificada com base no quadro clínico e em exames complementares.

“A PTT é uma doença autoimune, rara e grave, normalmente sem uma causa conhecida capaz de desencadeá-la, e não há como atribuir relação causal entre PTT e a vacina contra covid-19 de RNA mensageiro, como é o caso da Pfizer”, disse a pasta, em nota.

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A análise foi feita de forma conjunta por 70 profissionais reunidos pela Coordenadoria de Controle de Doenças e do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE). Participaram especialistas em Hematologia, Cardiologia, infectologia e outros atuantes nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIEs) do estado.

Além disso, houve contribuição de representantes dos municípios de São Bernardo do Campo, Santo André e São Paulo, além dos Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) estadual.

“As vacinas em uso no país são seguras, mas eventos adversos pós-vacinação podem acontecer. Na maioria das vezes, são coincidentes, sem relação causal com a vacinação. Quando acontecem, precisam ser cuidadosamente avaliados”, explicou o infectologista do CVE, Eder Gatti, que coordenou a investigação e que atua também no Instituto Emílio Ribas. 

Vacinação contra a covid-19

A morte da adolescente foi divulgada ontem pelo Ministério da Saúde em coletiva de imprensa. A secretaria de Saúde de SP informou que os resultados da análise serão submetidos à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A jovem morreu no último dia 2 e havia sido imunizada sete dias antes com a vacina da Pfizer, a única que tem autorização da Anvisa para jovens de 12 a 17 anos.

“Os eventos adversos graves, principalmente aqueles que evoluem para óbito, são discutidos com uma comissão de especialistas para se ter uma decisão mais precisa sobre a relação com a vacina. Quando um caso vem à tona sem que este trabalho esteja finalizado, cresce o risco de desorientação, temor, de rejeição a uma vacina sem qualquer fundamento, prejudicando esta importante estratégia de saúde pública que é a campanha de vacinação”, acrescentou Gatti.

A secretaria informou que pessoas com histórico de doenças autoimunes podem receber as vacinas contra covid-19 disponíveis no país, e devem consultar o médico em caso de dúvida. “A rede de saúde está orientada quanto à conduta de imunização de todos os públicos por meio de Documento Técnico do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE)”, disse, em nota.

Anvisa

A Anvisa divulgou uma nota na noite desta sexta informando que se reuniu com a Pfizer para tratar da suspeira de reação adversa grave ao imunizante da farmacêutica. Segundo a agência, na reunião não foram apresentadas "novas informações sobre o caso".

Segundo a agência, mesmo com a Nota Informativa pelo Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo, que conclui não ser possível atribuir diretamente o óbito à vacinação, a Anvisa vai participar de uma ação de campo nos próximos dias em conjunto com autoridades locais de saúde para obter mais informações sobre a investigação do caso.

"Até o momento, os achados apontam para a manutenção da relação benefício versus o risco para todas as vacinas autorizadas no Brasil, ou seja, os benefícios da vacinação excedem significativamente os seus potenciais riscos", diz a nota da Anvisa.

 

Uma adolescente de 16 anos morreu sete dias após ser imunizada com a vacina da Pfizer contra a Covid-19 em São Bernardo do Campo. No entanto, a Secretaria de Saúde de São Paulo concluiu nesta sexta-feira (17), que a vacina não foi a causa provável do óbito, mas sim uma doença autoimune do garoto.

Por meio de nota, a pasta revela que "as análises técnicas indicam que a doença identificada com base no quadro clínico e em exames complementares, denominada Púrpura Trombótica Trombocitopênica (PPT)". A secretaria afirma que se trata de uma doença rara e grave e não há nenhum relato técnico até o momento que aponte o quadro como evento adverso pós-vacinação com o imunizante da Pfizer.

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Na última quinta-feira (16), a morte desta adolescente fortaleceu para que o Ministério da Saúde recuasse e suspendesse a imunização de adolescentes entre 12 e 17 anos sem comorbidades. Em Pernambuco, a Secretaria de Saúde não está seguindo essa recomendação de suspensão do ministério e vai continuar imunizando os adolescentes até que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emita uma nota técnica.

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Um adolescente de 15 anos precisou passar por uma cirurgia de emergência após introduzir um cabo USB no pênis para medir o órgão. De acordo com a revista médica Urology Case Reports, ele foi socorrido após urinar sangue.

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Residente em Londres, o jovem - que não teve a identidade revelada - já havia tentado remover o fio sozinho, mas após urinar uma grande quantidade de sangue, a família o socorreu a uma unidade de saúde.

O primeiro atendimento não obteve êxito, mesmo com o uso de ferramentas especiais. O menino foi transferido com urgência para um hospital universitário, onde passou por uma nova avaliação.

Na unidade especializada, ele pediu para ser examinado sem a presença da mãe e revelou aos profissionais de saúde que inseriu o cabo USB para medir seu pênis.

Um raio-x indicou a posição e o tamanho do cabo que estava introduzido em seu genital e o adolescente foi submetido a uma cirurgia. Para o procedimento de remoção, os cirurgiões tiveram que cortar os músculos ao redor do pênis e do escroto.

A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) seguiu o entendimento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e defende que a vacinação contra a Covid-19 para adolescentes sem comorbidades seja mantida. A posição foi apresentada em comunicado nesta sexta-feira (17).

"A Sociedade Brasileira de Infectologia recomenda que a vacinação de adolescentes seja retomada, sem que haja prejuízo de outros grupos prioritários, como idosos, indivíduos com doenças crônicas e imunossuprimidos", concluiu a entidade em um trecho da nota. Secretarias Estaduais também compartilham do entendimento.

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Para rebater a decisão do Ministério da Saúde, que pediu a suspensão das aplicações à faixa etária, a SBI se embasou em seis argumentos:

1. A eficácia vacina da Pfizer foi aprovada pela Anvisa para o público devido aos bons resultados clínicos;

2. O Brasil contabilizou 1.545 eventos adversos entre 3.538.052 adolescentes vacinados. Não houve divulgação da gravidade e ainda não se pode afirmar que os efeitos foram causados pela vacina;

3. A morte do adolescente de 16 anos que recebeu dose da Pfizer segue em investigação e ainda não pode ser considerada uma eventual relação com a substância;

4. Os benefícios da imunização ao público são bem maiores que os riscos;

5. Outros países já vacinam seus adolescentes com o imunizante e em nenhum local houve recomendação de suspensão;

6. A redução de novos casos e mortes por Covid-19 nos últimos três meses deve-se ao avanço da vacinação.

A partir deste sábado (4), adolescentes acima dos 16 anos poderão se vacinar em Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR). O agendamento para receber a dose será liberado ao novo público às 16h desta sexta (3).

Para receber o imunizante, o jovem precisa se cadastrar no aplicativo Cidadão Digital ou no site da Prefeitura. No dia da imunização é preciso apresentar documento com foto e comprovante de residência.

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"É muito importante que todos os jovens, todos os adolescentes que já podem ser vacinados, se cadastrem, agendem e recebam a vacina. Só assim vamos mandar esse vírus embora e retomar a nossa vida normal. Muitos adolescentes não estão se vacinando. A procura precisa ser maior, para o bem de todos e do nosso município”, disse o prefeito Yves Ribeiro.

Por conta do feriado de 7 de setembro, a campanha de vacinação no município será suspensa na próxima terça.

Confira os 15 polos de vacinação disponíveis para o sábado (04), das 9h às 16h:

- Escola Municipal Maria das Neves , Rua Quarenta e sete, S/N.

- Sesi de Paratibe - Rua São Pedro, Paratibe;

- Drive Thru - Parque Aurora, Centro do Paulista;

- Clube Municipal do Nobre - Rua do Nobre, s/n;

- Colégio Municipal Gelda Amorim - Av. Lindolfo Collor, Paratibe;

- Paulista North Way Shopping - Centro de Paulista;

- Litoral Recepções - Avenida Doutor Cláudio José Gueiros Leite, Janga;

- Faculdade de Saúde de Paulista, Av. Dr. Cláudio José Gueiros Leite, 3580, no Janga;

- Colégio Anita Gonçalves - Rua Cristóvão Colombo, n° 131 - Vila Torres Galvão;

- Escola Aquarela - Rua Araxá, 260, Loteamento Nossa Sra da Conceição;

- Escola Manoel Gonçalves - Rua 126, Maranguape I;

- Atacadão, no centro de Paulista;

- Shopping Norte - Janga;

- Drive Thru PE -22 - Antigo Núcleo BPRV, próximo ao trevo que dá acesso a Maria Farinha;

- Escola Heinz Hering - Rua Cento e Quarenta e Nove, 44 - Jd Paulista Alto;

 

Confira os 8 polos disponíveis para a segunda-feira (06), das 9h às 16h:

- Drive Thru - Parque Aurora, Centro do Paulista;

- Clube Municipal do Nobre - Rua do Nobre, s/n;

- Paulista North Way Shopping - Centro de Paulista;

- Faculdade de Saúde de Paulista, Av. Dr. Cláudio José Gueiros Leite, 3580, no Janga;

- Atacadão, no centro de Paulista;

- Shopping Norte - Janga;

- Drive Thru PE -22 - Antigo Núcleo BPRV, próximo ao trevo que dá acesso a Maria Farinha;

- Paróquia Nossa Senhora do Ó, Av. Dr. Cláudio José Gueiros Leite, 7113 - Nossa Sra. do Ó.

Um adolescente de 15 anos injetou mercúrio nas veias na tentativa 'de se tornar' o Wolverine, personagem do filme X-men. O caso, que aconteceu na Índia, foi relatado por médicos ao Centro Nacional de Informação sobre Biotecnologia (NCBI, na sigla em inglês).

O garoto, que não foi identificado, chegou ao hospital com várias feridas não cicatrizadas no antebraço esquerdo, com o trauma indicando inserção do objeto pontiagudo.

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Um documento da instituição mostra que a equipe médica suspeitou de início abuso de substância ilícita pelo jovem. No entanto, um exame psiquiátrico mostrou que houve uma injeção subcutânea intencional de mercúrio, por pelo menos três vezes no antebraço esquerdo. 

Além disso, o texto mostra que o mercúrio teria sido obtido após a quebra de um termômetro e de um medidor de pressão. O adolescente admitiu a inspiração no Wolverine, que tem o esqueleto revestido por uma liga de metal indestrutível.

Um professor, identificado como Wallace Santana, quase foi executado em um bar, localizado na cidade de Guaratinga, Bahia. Ele só não foi morto com três tiros na cabeça porque a arma de fogo falhou as três vezes que o suspeito apertou. 

O caso aconteceu na noite do último domingo (15), mas só ganhou visibilidade nesta última terça-feira (17), dia em que a vítima e sua noiva foram ouvidos pela Polícia Civil da Bahia, que iniciou uma busca e apreensão na casa do jovem para encontrar a arma. 

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Uma confusão que aconteceu em 2018 entre Wallace e o seu aluno, que na época tinha 12 anos, pode ter sido a motivação da tentativa do crime pelo menor. Na ocasião, o professor teria reclamado do mau cheiro das axilas do adolescente.

Segundo informações do Aratu On, a mãe do menor chegou a registrar um Boletim de Ocorrência contra Wallace, o que permitiu que o jovem fosse identificado após a tentativa de homicídio. O adolescente pode receber uma medida disciplinar por ato infracional análogo ao crime de tentativa de homicídio.

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O Ministério Público de Goiás denunciou à Justiça três homens com idades entre 21 e 23 anos pelo estupro coletivo e assassinato de uma adolescente de 16 anos em Aparecida de Goiânia, na região metropolitana do Estado, em abril deste ano.

O crime aconteceu durante uma festa na casa de um dos denunciados no Setor Garavelo. De acordo com a investigação, a vítima combinou de levar amigas para conhecerem os rapazes, mas apareceu sozinha. Os três homens teriam consumido drogas e bebidas alcoólicas antes de praticarem o abuso sexual contra a adolescente.

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Após o estupro, eles estrangularam a jovem até a morte. Segundo o MP, com o objetivo de dificultar a investigação, um deles levou o corpo da jovem até a Serra das Areias e ateou fogo no cadáver.

Caso a Justiça aceite a denúncia, eles vão responder por estupro coletivo, homicídio triplamente qualificado e destruição de cadáver.

Os três homens estão presos temporariamente, mas o promotor de Justiça Milton Marcolino dos Santos Júnior, titular da 5ª Promotoria de Aparecida de Goiânia e responsável pelo caso, pediu a conversão da prisão em preventiva, que não tem prazo para acabar.

Mais uma fuga de internos foi registrada na unidade socioeducativa Case/Cenip Garanhuns, no Agreste de Pernambuco, nesta terça-feira (10). É a quarta fuga ocorrida em agosto na unidade, que tem novo gestor desde a última sexta-feira (6).

Segundo a Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), seis adolescentes escalaram o muro da unidade. A Polícia Militar (PM) foi acionada, mas não houve recaptura até o momento. "Não houve tumulto nem a participação de outros adolescentes", diz a instituição em nota.

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A Funase declarou que a nova gestão está avaliando cenários e tomando medidas para impedir as fugas. "Está sendo providenciada, por exemplo, a substituição do coordenador operacional do Case/Cenip Garanhuns, responsável pelo comando do efetivo de agentes socioeducativos", informou. Também está em andamento a elaboração de um projeto arquitetônico, que reforçaria a estrutura física e a segurança das instalações. 

No momento da fuga desta terça, o Case/Cenip Garanhuns, que tem 101 vagas, atendia 77 socioeducandos. Já o efetivo total é de 101 agentes socioeducativos divididos por plantões, número que atende a proporção de segurança definida na lei do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), ressalta a Funase.

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Na madrugada desta terça-feira (10), seis casas foram atingidas por um deslizamento de barreira no Brejo da Guabiraba, Zona Norte do Recife, próximo à fábrica de Kinitos. Duas pessoas da mesma família foram resgatadas por vizinhos e uma adolescente, de 16 anos, foi retirada de um local de difícil acesso pelo Corpo de Bombeiros.

O socorro para a Rua Cabo Germito Sá foi acionado por volta das 3h10. Quatro viaturas dos bombeiros se dirigiram à ocorrência, que contou com a participação de cães de resgate.

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Uma mulher de 40 anos e outra vítima, que não teve informações pessoais reveladas, foram salvas por populares antes da chegada das equipes de resgate. Ambas não apresentavam ferimentos graves.

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Ela chegou a ser atendida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e seguiu para o Hospital da Restauração (HR), na área Central do Recife.

Já a jovem de 16 anos ficou presa em um local de difícil acesso e só foi removida pelos bombeiros por volta das 6h. Ela também foi salva sem lesões severas, passou pelo SAMU e foi encaminhada à mesma unidade de saúde.

Estado de Atenção

A Agência Pernambucana de Águas e Climas (Apac) já havia renovado o alerta de estado de atenção para esta terça (10). A entidade indica a presença de chuvas com intensidade moderada a forte na Região Metropolitana do Recife (RMR) e nas Matas Norte e Sul de Pernambuco.

O monitoramento da Apac mostra que as chuvas se dividiram entre as áreas de capital. Nas últimas 24h, o bairro do Pina, na Zona Sul, acumulou 96,55mm de água; seguida pela Campina do Barreto, na Zona Norte, que registrou 95,88mm. De acordo com a Defesa Civil do município, a média histórica para agosto é de 213mm.

Entre a noite da segunda (9) e a madrugada, a Defesa Civil recebeu 12 chamados da população, entre pedidos de vistorias e solicitações de lonas plásticas durante.

O órgão pode ser acionado pelo telefone 0800.081.3400.

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