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Uma mulher de 33 anos morreu de Covid-19 após receber nebulização de cloroquina no Instituto da Mulher e Maternidade Dona Lindu, em Manaus-AM. A "técnica experimental" foi aplicada pela ginecologista e obstetra Michelle Chechter e o marido Gustavo Maximiliano Dutra. O caso foi divugado pela Folha de S.Paulo.

Jucicleia de Sousa Lira estava com Covid-19 e havia dado à luz ao primeiro filho há menos de um mês. Após a nebulização, o quadro dela seguiu piorando. Ela faleceu em 2 de março de infecção generalizada em decorrência da Covid-19, segundo o hospital.

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O viúvo de Jucicleia, o auxiliar de produção Cleisson Oliveira da Silva, 30, diz que não foi consultado pela médica sobre a nebulização. Ele só soube que a esposa havia assinado uma autorização em 8 de abril. Ela concordou que fosse utilizada "a técnica experimental nebuhcq líquido, desenvolvida pelo dr. Zelenko", além de autorizar depoimento gravado na UTI e o relato do caso em revista científica. O documento não citava os possíveis efeitos adversos.

No vídeo gravado na UTI, Chechter induz Jucicleia a dizer que a nebulização está funcionando. A técnica foi criada pelo médico ucraniano-americano Vladimir Zelenko. Em abril de 2020, Zelenko passou a ser investigado por um procurador federal por ter mentido que seu estudo havia recebido respaldo da agência norte-americana que regula os medicamentos, a FDA.

Pelo menos outras três pacientes receberam a nebulização mesmo sem autorização, e todas morreram, segundo a Folha. Em um dos casos apurados, a médica teria entregado comprimidos de hidroxicloroquina a uma familiar de paciente em fevereiro e dito que o medicamento tinha o apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

A Secretaria Estadual de Saúde do Amazonas informou que o tratamento não faz parte dos protocolos terapêuticos da rede estadual e que "se tratou de um ato médico, de livre iniciativa da profissional, que não faz mais parte do quadro da maternidade, onde atuou por cinco dias." Segundo a secretaria, apenas duas pacientes receberam o experimento e ambas assinaram o termo de consentimento. A obstetra não se posicionou sobre o caso.

Um jovem, de 18 anos, matou o pai a facadas após brigarem por um corte de cabelo no bairro de Petrópolis, Zona Sul de Manaus, no Amazonas. A vítima, de 38 anos, foi assassinada na noite dessa segunda-feira (12), quando mandou o filho cortar o cabelo para se alistar no Exército.

Sem querer cortar o cabelo, João Marques da Silva e o pai, identificado como o ambulante José Maria Souza da Silva, trocaram empurrões, até o filho pegar uma faca e desferir três golpes no seu tórax e no braço.

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O filho mais velho, de 20, socorreu José Maria, que seguiu já sem vida para o Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto. "Meu irmão iria se alistar para o exército na semana que vem e estava questionando se seria necessário cortar o cabelo. Meu pai, com o jeito explosivo dele, acabou o ofendendo. Meu pai estava deitado na cama e instantes depois meu irmão abriu a porta e deu as facadas. Ele não esperava receber as facadas, a discussão já tinha acabado, mas meu pai ainda resmungava", explicou ao portal Em Tempo.

João tentou fugir, mas foi capturado e conduzido para a Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS). Ele teria chorado e pedido perdão ao irmão na delegacia, indica a publicação.

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para derrubar uma lei do Amazonas que obrigava escolas e bibliotecas públicas estaduais a manterem ao menos um exemplar da Bíblia em seus acervos.

O julgamento no plenário virtual, ferramenta que permite aos ministros analisarem as ações e incluírem os votos na plataforma digital sem necessidade de reunião física ou por videoconferência, termina na segunda-feira, 12.

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O assunto está sendo discutido em uma ação proposta ainda em 2015 pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que viu na lei amazonense ofensa ao princípios da laicidade estatal e ao direito à liberdade religiosa. Na ocasião, o chefe do Ministério Público Federal também questionou legislações semelhantes do Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e de Mato Grosso do Sul, mas os demais processos ainda aguardam julgamento no tribunal.

A argumentação da PGR foi endossada pela ministra Cármen Lúcia, relatora do processo, para quem o dispositivo dispensa 'tratamento desigual' às crenças ao 'facilitar' acesso apenas à Bíblia, 'desprestigiando' outras religiões e estudantes que não professam crença religiosa.

"Nas normas impugnadas, ao determinar-se a existência de exemplar da Bíblia nas escolas e bibliotecas públicas, institui-se comportamento, em espaço público estatal, de divulgação, estímulo e promoção de conjunto de crenças e dogmas nela presentes. Prejudicam-se outras, configurando-se ofensa ao princípio da laicidade estatal, da liberdade religiosa e da isonomia entre os cidadãos", diz trecho do voto da ministra.

As normas amazonenses conferem tratamento desigual entre os cidadãos. Assegura apenas aos adeptos de crenças inspiradas na Bíblia acesso facilitado em instituições públicas. Não há fundamento constitucional a justificar esta promoção específica de valores culturais", prossegue a relatora.

Até o momento, Cármen foi acompanhada pelos colegas Alexandre de Moraes, Marco Aurélio Mello, Edson Fachin, Rosa Weber, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.

Leonardo de Souza Cavalcante, de 23 anos, conhecido como a primeira pessoa sem braços a tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) no Amazonas disse que é perseguido pela Polícia Militar (PM). Ele foi preso na última quinta-feira (25) suspeito de participar de tentativa de assalto. As informações são do Uol.

O jovem foi preso com uma arma de fogo no carro que dirigia. Ele foi liberado após pagamento de fiança.

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"Eles têm raiva de mim, não sei se eles queriam ser eu", disse Leonardo. Ele não deu detalhes de por que seria perseguido por policiais, mas questionou o fato de os policiais não terem ido atrás dos outros suspeitos.

Leonardo conta que estava indo buscar a namorada quando dois rapazes pediram carona. "Eu disse que eles poderiam entrar e fomos. Não sabia que estavam armados", afirma. Os dois homens fugiram quando a polícia abordou o veículo. Leonardo disse conhecer os suspeitos "de vista" e por isso deu a carona.

Leonardo de Souza Cavalcante, de 23 anos, foi preso em Manaus-AM, na quinta-feira (25), por suspeita de participação em tentativa de assalto. Ele ficou famoso em 2017 por se tornar o primeiro habilitado sem braços do Amazonas. As informações são do Uol.

Segundo a Polícia Militar (PM), um homem que dirigia com os pés tentou fugir da viatura policial durante a ocorrência. O veículo foi alcançado e os ocupantes correram por becos nas proximidades.

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Leonardo foi preso com um revólver calibre 32 e duas munições intactas. Os outros suspeitos conseguiram fugir. 

O jovem protagonizou uma reportagem na TV Record em 2017 ao contar sua história como o primeiro habilitado sem braços do Amazonas. Ele havia comprado um veículo adaptado para pessoas com deficiência ao completar 18 anos.

O Amazonas recebeu neste fim de semana 18 pacientes infectados por Covid-19 que saíram do Acre e de Rondônia. A medida faz parte da Operação Gratidão, em que o Amazonas se dispôs a ajudar outros Estados que enfrentam fases mais duras da pandemia do novo coronavírus, com a oferta de remédios e 30 leitos.

Ao todo, são três pacientes do Acre, 15 de Rondônia, totalizando 10 homens e 8 mulheres. O Amazonas foi o primeiro Estado brasileiro a lidar com o recrudescimento da covid-19 e hoje, após medidas de contenção anunciadas, vê arrefecerem os índices epidemiológicos, o que libera recursos humanos, insumos e medicamentos para regiões mais afetadas pela doença.

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Um estudo coordenado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Amazônia constatou que a carga viral de pacientes contaminados pela cepa P.1 do novo coronavírus (SARS-CoV-2), uma variante provavelmente desenvolvida no Amazonas, é bem maior do que em pacientes com outras cepas que circulam no Amazonas. O SARS-CoV-2 é o vírus que causa a covid-19.

O artigo que divulga os dados da pesquisa, realizada entre março de 2020 e janeiro deste ano, foi assinado por 29 especialistas, mas ainda falta ser oficialmente publicado. O texto está disponível na plataforma Research Square, que permite que artigos sejam debatidos por especialistas antes da publicação em uma revista científica.

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De acordo com o estudo, a pessoa infectada com a P.1 pode ter até dez vezes mais vírus em seu organismo do que as contaminadas por outras variantes. E esse pode ter sido o motivo que levou a cepa de Manaus a se espalhar tão rápido pelo Amazonas.

A carga viral de P.1 não varia entre homens idosos e adultos de outras idades. Também não houve diferença na carga viral de homens e mulheres, por isso ela pode ser igualmente transmissível por qualquer pessoa acima de 18 anos. E isso é diferente do que acontece com as outras cepas, em que os homens idosos têm uma carga viral mais alta.

Segundo o pesquisador Felipe Naveca, o aumento da quantidade de vírus no nariz e na garganta amplia a possibilidade de transmissão. No entanto, ter uma maior carga viral não necessariamente piora a situação da covid-19 no paciente.

Evolução da cepa

A P.1 teria evoluído de uma outra cepa que circulava pelo Amazonas - a chamada B.1.1.28 - em novembro de 2020 e foi detectada pela primeira vez em Manaus em 4 de dezembro. Foi necessário um tempo inferior a dois meses para que a nova variante passasse a ser a causadora da maior parte dos casos de covid-19.

“O problema do vírus ficar circulando muito tempo, quando houve também uma queda do distanciamento social, favoreceu o surgimento da P.1”, explicou Naveca.

Quanto mais o vírus circula, maiores são as chances de ele sofrer novas mutações que podem ser, inclusive, resistentes às vacinas produzidas atualmente. Para Naveca, estudos ainda estão sendo feitos sobre a eficácia da vacina contra a variante P.1, mas ainda não há conclusão.

 

A juíza federal Jaíza Fraxe determinou que o governo do Amazonas use recursos do Fundo de Desenvolvimento do Turismo e Interior (FTI), hoje com cerca de R$ 150 milhões em caixa, para comprar vacinas contra a Covid-19. O pedido foi feito pelas Defensorias Públicas do Estado e da União logo após o governo federal negar prioridade na distribuição de doses.

A requisição das Defensorias tem o objetivo de garantir a vacinação de cerca de 70% da população amazonense a partir das cidades de Manaus, Manacapuru, Tefé, Iranduba, Itacoatiara, Parintins, Coari e Tabatinga.

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"Vários governadores estão pleiteando esse direito de comprar vacinas, que o STF já autorizou aos Estados, para acelerar a vacinação junto com o calendário do governo federal. Seria uma incoerência sem tamanho se o governador do Amazonas não acatar essa determinação, já que está com a faca e o queijo na mão: tem dinheiro em caixa para comprar as vacinas e autorização para comprá-las", destaca o defensor público Rafael Barbosa, titular da Defensoria Especializada em Atendimento de Interesse Coletivo. "Como o governo estadual está flexibilizando o isolamento a cada semana, o ideal é que a população seja vacinada o quanto antes".

"Em razão do grave estado de calamidade pública pelo que passa o Amazonas, (...) para evitar mais mortes decorrentes do contágio avassalador e o implacável transcurso de tempo e por considerar o juízo que já se perderam mais de cinco mil pessoas no Amazonas pela Covid-19 apenas em 2021, não há mais tempo a perder", escreve.

Em seu texto, a juíza sugere vantagens da vacina da Pfizer e da BioNTech, baseada no RNA mensageiro, contra a Covid-19. "A ideia é que o mRNA sintético dê as instruções ao organismo para a produção de proteínas encontradas na superfície do vírus. No ponto, a própria aquisição para o Amazonas é facilitada pela sua localização estratégica, podendo ser viabilizada e operacionalizada por meio do Estado da Flórida, cidade de Miami, com o custo reduzido".

Segundo estudo publicado pela revista científica The Lancet, uma dose da vacina da Pfizer/BioNTech fornece eficácia de 85% contra o novo coronavírus de duas a quatro semanas após a aplicação.

A ação das Defensorias recomenda que indivíduos menores de 50 anos e maiores de 17 anos de idade, que já tenham sido infectados pelo coronavírus, devidamente documentados, residentes na capital, e nos municípios de Manacapuru, Tefé, Iranduba, Parintins, Coari e Tabatinga, recebam apenas uma injeção. Nesta semana, contudo, a farmacêutica sinalizou que avalia uma terceira dose de reforço contra novas variantes.

O governo do Estado pode recorrer da decisão. A reportagem entrou em contato com a assessoria do governo, mas ainda não teve resposta. O espaço está aberto para manifestações.

A Defensoria Pública do Amazonas abriu procedimentos investigatórios sobre a denúncia, veiculada na segunda-feira, 22, pelo Jornal Nacional, da Rede Globo, de que pacientes agravados por covid-19, em Parintins, interior do Estado, estariam sendo amarrados para intubação. Em ofício enviado para o Hospital Municipal Jofre Cohen, três defensores do Pólo do Baixo Solimões, Enale Coutinho, Gabriel Herzog e Rafael Lutti, listam diversas questões, desde estoque de medicamentos a oxigênio e número de pacientes internados, com um prazo para serem respondidas até esta terça-feira, 23.

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES), o Estado tem sedativos e neurobloqueadores em estoque e enviou no sábado, 20, uma remessa a pedido do município de Parintins. "Neste mês, foram encaminhadas 45,2 mil unidades de medicamentos diversos para uso hospitalar, incluindo sedativos e neurobloquedores", afirma a nota.

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Ainda segundo a SES, nesta terça uma força-tarefa integrada pela SES, pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), pelo Ministério da Saúde e pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) estará em Parintins para "verificar o motivo da alta demanda de internações nos hospitais locais e para apoiar o município num plano de redução das internações e reorganização dos fluxos de assistência".

Também em nota, a prefeitura de Parintins informa que não houve falta de medicamentos sedativos em pacientes intubados no Hospital Municipal Jofre Cohen. "Mesmo com o estoque crítico de bloqueadores neuromusculares até o sábado, em momento algum os pacientes ficaram sem a sedação necessária para mantê-los em ventilação mecânica", diz a nota. "Quanto à denúncia sobre pacientes 'amarrados' nas macas, a contenção dos mesmos é necessária para mantê-los em segurança, ao iniciar a diminuição dos sedativos para a extubação, evitando acidentes com os mesmos em uma movimentação brusca ou qualquer agitação que possa ocorrer após um longo período intubado."

Segundo um dos parentes que encaminhou a denúncia ao Jornal Nacional e à Defensoria, que não quis se identificar, o que ocorreu é que a dose de medicamento para a intubação na última sexta-feira foi diminuída. De acordo com essa fonte, seu irmão foi amarrado para ser intubado e não para ser extubado. "É uma desumanidade o que está ocorrendo aqui, como não tem UTI, os pacientes estão sendo intubados em leitos comuns. Meu irmão está com marcas nas pernas e braços", disse.

O hospital em Parintins tem 135 leitos e, segundo a Prefeitura, hoje há 101 ocupados com pacientes de covid-19, com oito intubados em estado grave esperando para serem transferidos para Manaus. Como não há leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Parintins ou nenhum outro município do interior do Amazonas, os mais graves são intubados em leitos comuns. Além disso, há uma fila de 150 pacientes no interior amazonense, segundo levantamento da Defensoria, à espera de serem transferidos para Manaus ou outros Estados.

De acordo com o defensor público Rafael Barbosa, responsável pela Defensoria Especializada em Atendimento de Interesse Coletivo, a Defensoria vai recorrer da decisão do Tribunal de Justiça do Amazonas, que suspendeu todas as remoções de pacientes do interior para a capital alegando ser um "plano de contingência para garantir isonomia entre os municípios".

Para o defensor, como demonstra esta denúncia, o plano de contingência não está sendo satisfatório. "A situação epidêmica do interior é diferente, não há UTIs, a vulnerabilidade social e os Índices de Desenvolvimento Humano (IDHs) são drasticamente menores do que na capital, então o interior merece maior atenção do Estado senão a mortalidade não vai diminuir."

Atlas ODS

Os indicadores do Atlas ODS Amazonas para o monitoramento da covid-19 em Manaus e no Amazonas foram atualizados na segunda, com os dados da FVS e prefeituras até 21 de fevereiro. Embora tenha havido uma redução de 28% na média de novos casos, nesta última semana em relação a 14 dias atrás, essa média de mais de 1.570 casos por dia no Amazonas ainda é 2,4 vezes maior do que a da 1ª semana de dezembro, ou seja, de antes da escalada da segunda onda da pandemia no Estado.

O Atlas ODS Amazonas é um projeto da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) com apoio da Capes, do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE) e da empresa InLoco. Ainda no Atlas, é apontado que as internações caíram 51%, sendo a maior queda semanal desde o pico em 14 de janeiro.

Com cerca de 68 internações diárias em média no Amazonas, os dados desta última semana, contudo, ainda são 2,2 vezes maiores que os do início de dezembro.

Também os óbitos reduziram em 47%, na última semana, porém ainda são 4,8 vezes mais numerosos que no início de dezembro. Esses indicadores apontam que a velocidade de disseminação e de progressão da doença mesmo em queda ainda estão em níveis elevados no Estado como um todo. Elevada continua sendo também a letalidade hospitalar, que nesta última semana registrou o nível de 73%, 2,3 maior que o da 1ª semana de dezembro.

A Prefeitura de Fonte Boa, no Amazonas, está ofertando três processos seletivos que visam, juntos, contratar 605 profissionais com níveis fundamental, médio/ técnico ou superior. As inscrições deverão ser realizadas nos dias 25, 26 e 27 de fevereiro, das 8h às 12h e das 14h às 17h, presencialmente, na Escola Municipal Professor Valnei Correa de Souza, situada na rua Barnabé Gomes, nº 10, centro. Não será cobrada taxa de participação.

Há vagas para as funções de auxiliar administrativo, vigia, auxiliar de serviços gerais, pedagogo, nutricionista, educador físico, técnico em nutrição, técnico administrativo, médico cirurgião, médico anestesiologista, orientador social, entre outros. Ainda existem oportunidades para Pessoas com Deficiência (PcD).

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Como método de seleção, os candidatos passarão por uma análise curricular e de títulos. Ao serem efetivados, os profissionais trabalharão de 20 a 40 horas semanais e ganharão remunerações que variam de R$ 1.100 a R$ 20 mil, a depender do cargo. Confira mais detalhes através dos editais do processo seletivo.

Edital (n°001/2021)

Edital (n°002/2021)

Edital (n°003/2021)

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) prendeu, na manhã dessa quarta-feira (17), um idoso de 70 anos pelo crime de estupro de vulnerável. As vítimas foram as próprias netas dele, uma adolescente de 14 anos e uma de 20. O fato foi registrado em Paritins, a 369km da capital Manaus..

A delegada Alessandra Trigueiro, titular da DEP, relatou que a denúncia foi realizada no dia 5 de fevereiro deste ano, pela vítima de 20 anos, que informou que sua irmã estava sendo abusada sexualmente pelo próprio avô.

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“Iniciamos as investigações e constatamos que a adolescente sofria os abusos desde os sete anos de idade. A jovem que fez a denúncia também disse que sofreu os abusos, em razão dele fazer ameaças a elas e da dependência financeira que tinham dele”, acrescentou a delegada.

A autoridade policial ressaltou que solicitou à Justiça pelo mandado de prisão em nome do idoso; e a ordem judicial foi expedida pela juíza Juliana Arrais Mousinho, 1ª Vara da Comarca de Parintins. "Após tomar conhecimento da ordem judicial, fugiu para o estado do Pará e retornou para Parintins na terça-feira (16), e realizamos sua prisão nesta quarta-feira”, detalhou.

O idoso irá responder por estupro de vulnerável e permanecerá custodiado na carceragem da unidade policial, à disposição da Justiça.

Com informações da PC-AM

O governo federal, por meio da Advocacia Geral da União (AGU), negou nesta sexta-feira, 12 o pedido da Justiça Federal no Amazonas, com base em Ação Civil Pública (ACP) das Defensorias do Estado do Amazonas e da União, para priorizar com urgência a distribuição das vacinas contra a covid-19 para o Estado. A solicitação levou em conta os números recordes de casos e o colapso nos hospitais de Manaus, Manacapuru, Tefé, Iranduba, Itacoatiara, Parintins, Coari e Tabatinga.

Também nesta sexta a juíza Etelvina Braga, da 3ª Vara da Fazenda Pública de Manaus, atendendo à uma ACP da Defensoria Pública do Amazonas, deu prazo de 20 dias para que o governo do Amazonas e a prefeitura de Manaus comprem vacinas suficientes para atender a totalidade dos grupos prioritários de vacinação.

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A negativa do advogado geral da União Rodrigo Castanheira de Souza se apoiou no princípio constitucional da "igualdade". Em uma parte da peça jurídica, ele destacou que "outro detalhe que a parte autora esquece-se, é que não há que se falar em obrigar a União, no prazo de 30 (trinta) dias ou outro que Vossa Excelência entender razoável, A ADQUIRIR NOVAS DOSES DE VACINAS CONTRA A ENFERMIDADE COVID-19 (...) NÃO HÁ QUE SE FALAR EM OBRIGAR O ENTE FEDERAL A ADQUIRIR O QUE, "INFELIZMENTE", AINDA NÃO EXISTE.", em letras maiúsculas.

Segundo a decisão da juíza Etelvina, o governo estadual e a prefeitura de Manaus devem "adotar postura ativa no sentido de apresentarem, junto aos laboratórios já aprovados pela Anvisa, protocolos de intenções - e/ou - acordos com o Fundo Russo para aquisição da Sputnik V, com a Covaxin, da Índia e a Moderna (EUA), pois a mudança autorizada pela Anvisa vai permitir acesso a essas vacinas".

Ela destacou ainda que a assinatura desse protocolo de intenções é um passo prévio à aquisição dos imunizantes, e de extrema relevância principalmente neste momento de escassez. Cita que outros entes da federação, como os governos de Alagoas e da Bahia, e municípios do Rio Grande do Sul, já se anteciparam e assinaram protocolos de intenções de compra de vacinas.

"Neste ínterim, é evidente que o orçamento aprovado, no final de 2020, pela Assembleia Legislativa, fruto de emenda coletiva ao Projeto de Lei Orçamentária para 2021, no valor de R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais) para a compra de vacina contra o novo coronavírus deve ser utilizado para assinatura de protocolo de intenções para a aquisição de imunizantes quando efetivamente disponíveis", diz o texto da juíza.

Na decisão, a juíza observa que o direito à saúde é responsabilidade de todos os entes (União, Estados e municípios) e que está mais que comprovada a omissão dos entes públicos na questão; que não se pode falar em ofensa à violação dos poderes, pois, como é obrigação do Estado a prestação de saúde (conforme o artigo 196, da Constituição da República de 1988), o Judiciário apenas está cumprindo esta determinação, sem criar alguma política pública ou ferindo o acesso à universalidade da saúde.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta quinta-feira (11) que a nova variante do novo coronavírus encontrada em Manaus já está presente em outros estados. Acrescentando se tratar de um dado epidemiológico, ele afirmou que em 13 de janeiro o Ministério da Saúde (MS) identificou a disseminação da variante do vírus.

“Fizemos o alerta epidemiológico para o país e passamos a ver que essa cepa já estava no país. Senhores, a cepa está no Brasil como um todo. Isso é dado epidemiológico. Não existe a possibilidade de ser fazer uma redoma em Manaus e achar que se resolveu o problema”, disse o ministro no Senado.

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Pazuello participou de sessão de debates no plenário do Senado, onde respondeu perguntas de senadores em uma sessão de cinco horas de duração. Pazuello acrescentou que essa variante do vírus não foi importada do Reino Unido ou da África do Sul, onde também foram encontradas novas cepas, e afirmou que, apesar de estar espalhada pelo país, epidemiologistas dizem que não significa que ela será dominante. Isso dependerá, segundo ele, das características de cada estado e dos vírus lá presentes.

“Em Manaus, 95% dos exames para identificação do vírus identificam essa nova linhagem. Isso não quer dizer que só exista em Manaus ou que Manaus esteja distribuindo para o Brasil. A existência dessa linhagem não quer dizer que ela vai se tornar dominante naquele local. Não é uma cepa importada, ela já estava lá. Só foi ocupando espaço em relação às outras”, disse o ministro.

Debate

Pazuello foi convidado pelos senadores para explicar as medidas do ministério para combate à covid-19 no país. Durante toda a tarde e parte da noite, ele foi questionado sobre ações do ministério e foi alvo de críticas de vários senadores. Para eles, o governo demorou na adoção de estratégias eficazes para combater a pandemia e adotou discursos negacionistas em relação ao vírus.

“O que nós vimos nos últimos meses é a total falta de estratégia e mesmo de tática, para que pudéssemos vencer esta pandemia", disse a senadora Simone Tebet (MDB-MS). 

Em resposta, Pazuello defendeu as ações do ministério e a atuação do Sistema Único de Saúde (SUS) diante da pandemia, reconhecendo as possibilidades de falha nessa resposta. “A capilaridade desse sistema permitiu que a gente tivesse uma boa resposta. Talvez não a ideal, talvez não a perfeita, mas ela teve uma boa resposta. E essas ações sempre serão tripartites, sempre serão pactuadas entre governo federal, estadual, municipal, Conas [Congresso Nacional de Saúde], Conasems [Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde] e o ministério”.

Questionado, Pazuello negou que a política do ministério seja recomendar o uso de medicamentos para covid-19 ou para qualquer doença. “O Ministério da Saúde não faz protocolo para uso de medicamentos. As orientações que o ministério deu quanto a medicamentos, se deu quanto ao uso do medicamento, caso o médico prescreva; a atenção às doses, para não haver excesso. O Ministério da Saúde não indica medicamento para esta ou aquela doença”, disse.

O ministro afirmou que houve um erro em uma plataforma digital do ministério. Essa plataforma induziu o uso de medicamentos e, conforme explicou o ministro, a plataforma foi retirada do ar e o servidor responsável pelo erro foi afastado. “Se alguém do ministério coloca uma ideia fora da linha do ministério e isso chegar para mim, será tratado como manda o regulamento”.

O ministro também afirmou que o ministério pretende vacinar toda a população ainda em 2021. Além disso, vê o Brasil como um produtor de vacinas mais do que um comprador. Pazuello entende ser esse o “destino” do país após começar a produzir em solo nacional a CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac, e a vacina da Oxford/AstraZeneca.

 

O governo de São Paulo informou que suspendeu o envio de 50 mil doses da Coronavac ao Amazonas prometido pelo governador João Doria (PSDB) em janeiro em razão da crise no sistema de saúde do Estado. O motivo alegado para a suspensão foi a "falta de planejamento e controle" da campanha de vacinação. A gestão disse que agora aguarda a apresentação do cronograma estadual de imunização para enviar as doses prometidas.

A posição do governo ocorre após questionamento da Justiça Federal no Amazonas, que cobrou em despacho o governador João Doria sobre as doses previstas. A suspensão não havia sido informada à Fundação de Vigilância Sanitária (FVS) do Amazonas.

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As 50 mil doses integrariam um envio extra ao Estado em razão do momento de crise e foram anunciadas por Doria em 17 de janeiro. As remessas regulares do rateio entre todos os Estados, tanto da Coronavac quanto da vacina de Oxford/AstraZeneca, já chegaram ao Amazonas.

A FVS disse em nota que não tem informação sobre o porquê de as vacinas ainda não terem sido enviadas, mas acredita que "as 50 mil doses que serão destinadas ao Amazonas estão em fase de produção, após a chegada ao Brasil de um avião com 5,4 mil litros de insumos para a produção do imunizante pelo Instituto Butantan".

A juíza da 1ª Vara Federal do Amazonas, Jaiza Fraxe, já havia cobrado a FVS sobre o recebimento das vacinas. No fim de janeiro, a magistrada foi informada que as doses ainda não tinham chegado. A partir daí, uma carta precatória foi enviada a São Paulo, com pedido de esclarecimentos por parte do governador João Doria.

A aplicação da vacina no Amazonas começou marcada pela polêmica de aplicação em pessoas que supostamente não integravam os grupos prioritários. Em ação na Justiça, o Ministério Público chegou a pedir a prisão do prefeito de Manaus e da secretária de Saúde da capital por problemas na organização da aplicação, com suposto favorecimento ilegal. O caso está sob análise da Justiça Federal.

Faleceu, na madrugada deste sábado (6), um dos pacientes transferidos do Amazonas para o Estado e que estava internado do Hospital de Referência à Covid-19 - unidade Boa Viagem (antigo Alfa). O homem tinha 49 anos e chegou ao serviço na madrugada do dia 26 de janeiro.

Ele estava intubado, recebendo medicação e assistência da equipe multiprofissional da unidade. Todos os procedimentos legais para liberação e transporte do corpo ao Estado de origem estão sendo providenciados pelo Governo do Amazonas em parceria com o Ministério da Saúde.

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Este é o segundo óbito ocorrido na unidade hospitalar. Nesta semana, outros cinco pacientes do Amazonas receberam alta médica da unidade, sendo três (2 homens e 1 mulher) na última segunda-feira (01/02); e dois na última quinta-feira (04/02) (sendo 2 homens).

Seis pacientes (4 homens e 2 mulheres), com idades entre 37 e 55 anos, ainda permanecem internados na UTI do Hospital de Referência à Covid-19.

Todos continuam a receber o suporte da equipe multidisciplinar, com realização de avaliações contínuas que envolvem o monitoramento de qualquer alteração clínica ocasionada pelo vírus respiratório. A unidade recebeu um total de 13 pacientes do Amazonas.

Da assessoria

Duas sentenças seguidas de um juiz de Itacoatiara, cidade vizinha a Manaus, determinaram o bloqueio de R$ 500 mil dos cofres do Estado. O motivo é o descumprimento da decisão de transferir imediatamente pacientes de covid-19 para a capital ou para outros Estados. Segundo o magistrado, 16 pessoas naquele município corriam o risco de morrer se não fossem transferidas. Nas últimas semanas, o Amazonas tem vivido o colapso do seu sistema de saúde, com falta de leitos e insuficiência de oxigênio hospitalar. A alternativa para muitas famílias é buscar nos tribunais vagas em outros Estados, mas nem sempre a Justiça resolve o problema.

"Onze destas (pessoas hospitalizadas) precisam de leito de UTI, conforme sistema Sister. Os outros cinco precisam de transferência urgente para não precisarem de UTI, pois não há mais leitos em Itacoatiara. O Estado do Amazonas foi devidamente intimado para cumprimento da decisão e, até o momento, não se manifestou e não cumpriu o determinado", diz trecho da decisão do juiz Saulo Goes Pinto, da 1ª Vara da Comarca de Itacoatiara. Durante a semana, entre esta e a decisão anterior, quatro pacientes morreram à espera de transferência.

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UTIs lotadas em Manaus

Embora a maior parte dos casos de covid no Amazonas seja no interior, como mostram todos os boletins do governo estadual, os números mostram que a prioridade na transferência dos pacientes tem sido os da capital. Dos 479 pacientes de Covid enviados para tratamento em outros Estados até essa quinta-feira, 4, apenas 39 são do interior. E saíram de apenas três municípios: Tabatinga, Parintins e Iranduba. Dos 273.862 casos confirmados no Amazonas até quarta, 123.670 são de Manaus (45,16%) e 150.192 do interior do Estado (54,84%). A reportagem pediu à assessoria do governo do Estado explicação sobre essa predominância de Manaus nas transferências, mas não obteve resposta.

Na tentativa de conseguir atendimento adequado, muitos tentam alternativas por conta própria. A funcionária pública Carla Marques e seu marido estavam com os primeiros sintomas de covid quando estourou a crise da falta de oxigênio nos hospitais da capital, no dia 15. "Consultamos o médico para viajarmos em segurança e fomos para Salvador. Meu marido ficou no oxigênio por dias, mas só estamos vivos porque fomos rápidos e saímos daqui", disse Carla, que pagou as próprias passagens e estadia, mas o plano de saúde cobriu a internação hospitalar dela e do marido por mais de dez dias.

"Se não fosse a Defensoria, meu tio, Mario Uchôa, estaria morto. Imploramos por sua transferência nas redes sociais, na prefeitura, e ele foi transferido ontem (quinta) para Manaus", contou Mayse Garcia, que mora em Parintins. Mayse fez um apelo emocionado em rede social no dia 3 de fevereiro. "O mais triste é que há outras pessoas morrendo todo dia, entubados em leitos que nem são UTI."

A pedido do Estadão, a Defensoria Pública do Amazonas fez levantamento das solicitações para transporte de pacientes desde 15 de janeiro, o dia da crise da falta de oxigênio. Foram 13 ações civis públicas (ACPs), solicitando a transferência de mais de 20 doentes e em que, segundo estimativas, pelo menos metade já morreu esperando ou durante o voo. Na quinta, três embarcaram em Coari, no interior, e morreram na aeronave, durante a viagem, segundo fonte da prefeitura.

UTI

No polo de Coari, foram sete ações civis públicas para a remoção de pacientes. Cinco foram cumpridas e duas aguardam cumprimento. No polo do Médio Solimões, com sede em Tefé, foram três ações. Pelo menos três pacientes morreram antes da concessão da liminar. Já no polo de Maués, uma ação não foi cumprida por causa da morte do paciente. No polo do Médio Amazonas, apenas uma ação foi cumprida e era referente a uma criança, que não era paciente da covid-19.

Ação conjunta do Ministério da Saúde, do governo do Amazonas e da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares já conseguiu transferir daquele estado 506 pacientes com covid-19 para tratamento em outras unidades da Federação. O objetivo é desafogar os hospitais e reorganizar o sistema de saúde local, pressionado pelo aumento da curva de casos de covid-19.

Os pacientes transferidos estão sendo colocados em hospitais universitários e unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) de 16 estados brasileiros, além do Distrito Federal.

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Segundo o Ministério da Saúde, nesta quinta-feira (4), dois voos da Força Aérea Brasileira (FAB) levaram 34 pacientes com covid-19 para hospitais em Belém e no Rio de Janeiro. Desse total, 12 pacientes do município de Tefé, no Médio Solimões, e quatro de Manaus, seguiram para a capital do Pará. Os demais foram para o Rio de Janeiro.

De acordo com a pasta, o percentual de alta dos pacientes transferidos para outros estados já alcançou 32%. Houve ainda oito remoções para realização de cirurgia oncológica no Hospital do Câncer III, do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), localizado na capital fluminense.

Arrojo

O Ministério da Saúde anunciou ainda que, em parceria com o Ministério da Defesa, por meio da Força Aérea Brasileira, está preparando logística mais arrojada para o transporte de pacientes de covid-19 para outros estados. A iniciativa tem apoio de uma empresa aérea comercial, que já teria recebido capacitação para fazer esse tipo de voo. No momento, estão sendo organizados os fluxos, a identificação de locais de acolhimento e os perfis de pacientes que podem ser transferidos.

A meta é transportar 80 pacientes por voo, de modo a atingir com maior rapidez o número projetado pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, de remover 1,5 mil pacientes, com o objetivo de abrir vagas para aqueles que estão em estado mais grave e aguardam internação.

 

 

O Ministério da Saúde vai entregar usinas de oxigênio a sete municípios do Amazonas nos próximos dias. Os equipamentos foram doados pelo Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo, e pela Fundação Itaú.

Cada usina tem capacidade para gerar 26 metros cúbicos de oxigênio medicinal por hora.

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O Amazonas enfrenta uma crise na saúde com o aumento no número de mortes pelo coronavírus por falta de oxigênio nos hospitais.

De acordo com o ministério, 10 municípios do Amazonas passaram a ter usinas de oxigênio para tentar frear a falta de equipamentos.

A meta da pasta é instalar 64 usinas em todo o Estado. O Hospital Getúlio Vargas, um dos que mais sofrem com a falta de oxigênio para tratamento de pacientes de covid-19, vai receber uma das usinas disponíveis.

Na tarde desta quinta-feira, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, presta depoimento à Polícia Federal. O inquérito foi aberto e autorizado pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), e investiga se o ministro da Saúde foi omisso em relação ao colapso na saúde de Manaus.

A lotação dos hospitais do Amazonas, por causa do aumento do número de casos da covid-19 em janeiro, obrigou o governo local a transferir para outros estados 424 pacientes em tratamento contra a doença.

Segundo o governo estadual, desde o último dia 15, 389 pacientes foram levados de Manaus para 15 cidades: Belém (17); Brasília (15); Curitiba (35); Florianópolis (11); Goiânia (48); João Pessoa (15); Maceió (30); Natal (42); Palmas (17); Porto Alegre (17); Recife (26); São Luís (39); Teresina (23); Uberaba (18) e Vitória (36).

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Dos municípios de Tabatinga e Parintins, no interior do estado, 35 pessoas infectadas pelo novo coronavírus foram transferidas para as cidades de Curitiba (13), Natal (13), Belém (6) e Rio Branco (3).

Além dos pacientes de covid-19, oito pessoas que precisavam de tratamento contra câncer foram removidas para a cidade do Rio de Janeiro, onde passarão por cirurgias no Hospital de Câncer, do Instituto Nacional de Câncer (Inca).

Na semana passada, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que os governos federal e estadual estimavam ter que transferir cerca de 1,5 mil doentes do Amazonas para outras regiões. Segundo o ministro, a medida seria necessária para “equilibrar a demanda e a oferta por leitos”, sobretudo em Manaus, que concentra a metade da população e tem o maior número de hospitais do estado.

Parte dos pacientes transferidos tem retornado ao Amazonas pouco a pouco, curados da doença. Entre ontem (1º) à noite e o início da madrugada de hoje (2), mais 21 pacientes voltaram para casa. Com isso, chega a 126 o número de pessoas que foram transferidas para outros estados e, segundo o governo amazonense, recuperaram-se da covid-19 e regressaram ou estão prestes a voltar para casa.

No entanto, poucas horas antes da chegada de um grupo de 21 pacientes ao Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus, 18 partiram do Aeroporto Ponta Pelada, na zona sul de Manaus, com destino à capital paranaense, Curitiba.

De acordo com o governo do Amazonas, a continuidade das transferências “possibilita a melhoria do fluxo de atendimento na rede pública de saúde”. As remoções contam com o apoio do Ministério da Saúde e da Força Aérea Brasileira (FAB).

A Secretaria estadual de Saúde garante que todos os pacientes removidos para outros estados são avaliados por equipes médicas que atestam se estão com quadro clínico estável e em condições de suportar a viagem.

A Fundação de Vigilância em Saúde informou que, até ontem, o Amazonas totalizava 268.717 casos confirmados de covid-19 e 8.266 mortes em decorrência das complicações causadas pela doença. Além disso, 94% dos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) e 88% dos leitos clínicos destinados ao atendimento exclusivo de pacientes com a covid-19 estavam ocupados.

 

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que o atendimento básico em Manaus (AM) deve ser a prioridade no Estado. Durante cerimônia de recepção de profissionais do Programa Mais Médicos na capital amazonense, Pazuello afirmou que "a remoção (dos pacientes para outros Estados) é a única solução para diminuir o impacto da fila". "Sem a remoção de 1.500 pessoas, vão continuar morrendo 80 a 100 pessoas por dia", advertiu.

A ideia do ministério é desafogar o atendimento especializado na região para que não haja sobrecarga do sistema de saúde do Estado. Segundo o ministro, dos 350 pacientes transferidos para outras regiões do País nas últimas semanas, 80 já estão curados.

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Pazuello reafirmou também o compromisso com a continuidade da política de transferência dos pacientes.

Logística impraticável

Dentre os problemas listados pelo ministro que levaram ao colapso de saúde em Manaus, está a falta de oxigênio, leitos e recursos humanos na região. No entanto, Pazuello demonstrou tranquilidade e afirmou que "o oxigênio (em Manaus) está estável".

O ministro apontou o isolamento logístico e o clima do Estado como fatores que agravaram a situação em Manaus. De acordo com ele, a região tem uma "logística quase impraticável".

Não é momento para sorrisos e festa

Sem citar nomes, Pazuello fez críticas a quem está "de olho branquinho e cabelinho arrumado" durante a atual situação do País. Segundo o ministro, neste momento quem não está de "olho vermelho, barba mal feita e camisa desgrenhada" está errado.

Ao comentar sobre as ações realizadas no Estado, Pazuello também subiu o tom ao dizer que as ações não eram para "inglês ver" e que não queria propaganda política.

"Não é momento para inglês ver e tirar foto, nós não queremos foto. Nenhuma foto. Nem um banner, nem uma propagando política, nada. Nós queremos o atendimento básico", disse o ministro. "Não é momento de sorrisos, aplausos e festa. É momento de olhar duro, dedicação e foco na missão, 24 horas", acrescentou.

Vacinação

Sobre a vacinação, Pazuello disse que, com a liberação dos insumos da China na semana que vem, o País tem "tranquilidade na cronologia de fornecimento das vacinas". E voltou a garantir que Manaus é a prioridade de vacinação do País. "Nosso objetivo é ultrapassarmos a capacidade da prefeitura de vacinar", afirmou, propondo que o governo municipal "tem que se organizar para vacinar ainda mais".

Pazuello elogiou a atitude dos governadores de ceder 5% das doses das vacinas destinada a cada Estado para o Amazonas e ressaltou que a iniciativa é "uma grande demonstração de união no nosso país".

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