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Os investigadores que apuram a morte do cacique Emyra Waiãpi no Amapá decidiram exumar o corpo do indígena, com autorização de lideranças das aldeias. Na próxima sexta-feira, um helicóptero disponibilizado pelo governo do Estado irá à terra indígena buscar o corpo, onde está enterrado, e transportá-lo a Macapá para exames com objetivo de identificar a causa da morte.

As circunstâncias ainda não foram esclarecidas, embora os indígenas acusem um ataque de garimpeiros ilegais. Em buscas preliminares, policiais militares do Bope e policiais federais estiveram no território indígena, mas não encontraram evidências da presença de invasores.

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O Ministério Público Federal (MPF) no Amapá afirmou nesta segunda-feira, 29, que a Polícia Federal (PF) não achou vestígios de que a Terra Indígena Waiãpi, no oeste do Amapá, tenha sido invadida por garimpeiros. No final de semana, dois funcionários do governo do Amapá e outras duas lideranças indígenas afirmaram ao Estado que o cacique Emyra Waiãpi foi morto com sinais de facadas. Políticos locais atribuíram a morte à invasão de garimpeiros.

No sábado, a própria Fundação Nacional do Índio (Funai), órgão ligado ao Ministério da Justiça, relatou, em memorando interno, que um grupo de cerca de 15 invasores armados ocupou as imediações da aldeia Yvytotõ. Os moradores da região tiveram que se abrigar em outra aldeia vizinha, chamada Mariry. "Com base nas informações coletadas pela equipe em campo, podemos concluir que a presença de invasores é real e que o clima de tensão e exaltação na região é alto", diz o documento. Procurada, a assessoria do órgão afirmou que as informações eram preliminares.

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De acordo com o procurador Rodolfo Lopes, porém, uma equipe da PF visitou a área acompanhada por líderes dos Waiãpi e não teria encontrado vestígios que poderiam caracterizar a passagem dos invasores como pegadas, sinais de fogueira ou acampamento.

"Não se confirma, por ora, a informação que houve invasão", afirmou o procurador em entrevista em Macapá, capital do Estado. Ele disse também não ser possível concluir ainda se a morte do cacique foi homicídio, já que há "várias hipóteses" em apuração.

Em nota, o Conselho das Aldeias Waiãpi (Apina) disse que os policiais que fizeram as buscas se recusaram a entrar na mata em busca dos invasores.

Garimpo

O presidente Jair Bolsonaro também colocou dúvidas sobre o episódio. Ele voltou a afirmar que pretende legalizar o garimpo no País, o que inclui a liberação da atividade em terras indígenas. "Usam o índio como massa de manobra, para demarcar cada vez mais terras, dizer que estão sendo maltratados. Não tem nenhum indício forte que esse índio foi assassinado lá. Chegaram várias possibilidades, a PF está lá, quem nós pudemos mandar já mandamos. Buscarei desvendar o caso e mostrar a verdade sobre isso aí." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, pediu esforços para garantir a segurança dos índios Waiãpi, no oeste do Amapá, após a invasão das terras por garimpeiros, denunciada no último sábado (27). O cacique Emyra Waiãpi foi encontrado morto, e as lideranças locais afirmam ter se tratado de um assassinato. O Exército, a Polícia Federal e a Fundação Nacional do Índio (Funai) estão na região investigando o caso, em parceria com a Polícia Militar do estado e o Ministério Público.

Por meio de rede social, Davi afirmou que as terras dos Waiãpi são alvo frequente de invasões por serem ricas em minério. O fato de a região ser afastada e de difícil acesso contribui para a ocorrência de conflitos. Ele considera de extrema importância a intervenção das forças de segurança diante da gravidade da situação.

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“Os esforços devem ser concentrados em garantir a segurança e o direito dos povos indígenas, que sempre viveram nessa região, direito garantido constitucionalmente”, disse o presidente.

O líder da oposição, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), acompanha a situação e chegou a gravar um vídeo, no dia da denúncia, criticando a demora por parte da Funai e da Polícia Federal em reagirem à situação. Segundo ele, havia a possibilidade de uma tragédia.

Randolfe disse, ainda, que a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização dos Estados Americanos (OEA) preparam uma notificação dirigida ao governo brasileiro a respeito do caso. Os ministérios da Justiça e do Meio Ambiente serão interpelados pelos órgãos internacionais, informou o senador.

“O documento irá questionar a necessidade de intervenção de forças internacionais para o episódio ocorrido no último final de semana e seus desdobramentos, uma vez que ambas as organizações não aprovam o tipo de administração que está sendo adotada pelo governo”.

O senador Fabiano Contarato (Rede-AP), presidente da Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado, manifestou solidariedade aos Waiãpi e aproveitou para criticar a proposta do governo federal de liberar as atividades de mineração em terras indígenas.

“A pretexto de fomentar o desenvolvimento econômico, o projeto coloca em risco as populações locais e significa o desmonte de conquistas ambientais. Impor aos povos indígenas que aceitem garimpos nas terras em que vivem subverte a estrutura social dessas comunidades por meio da exploração de suas riquezas mineiras. Isso é mais que inaceitável, é um crime contra a humanidade”, denunciou.

Outros senadores da oposição também chamaram atenção para o acontecimento em suas redes sociais:

Eliziane Gama (Cidadania-MA)

“É inaceitável o que ocorre no território do povo Waiãpi no Amapá, relatos absurdos de invasão das terras por garimpeiros e assassinato de líderes Waiãpi. É necessária uma ação rápida do poder público. Não podemos aceitar agressões, não podemos aceitar a barbárie”.

Humberto Costa (PT-PE)

“O povo Waiãpi não era vítima de violência há mais de 20 anos. Se hoje assassinos se sentem autorizados a matar indígenas, é porque têm o respaldo e o estímulo do presidente da República”.

Paulo Paim (PT-RS)

“O assassinato do líder indígena Emyra Waiãpi, por garimpeiros, no Amapá, é uma tragédia anunciada. É preciso identificar os culpados e puni-los, conforme a lei. O aumento da violência contra os indígenas é uma constante: nos últimos 3 anos, mais de 200 foram mortos”.

 

*Da Agência Senado

 

O ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) disse nesta segunda-feira, 29, que as circunstâncias do assassinato a facadas do cacique Emyra e da invasão na Terra Indígena Wajãpi, localizada em Pedra Branca do Amapari, a 189 km de Macapá, "serão devida e completamente apuradas pela Polícia Federal".

Em sua conta no Twitter, Moro destaca que a PF já abriu inquérito sobre o fato e "está no local". "Lamenta-se, desde logo, o ocorrido", ele postou.

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De acordo com a equipe da Funai na região, a invasão começou na última terça-feira, 23, quando foi confirmada a morte do cacique. Um grupo de cerca de 15 invasores estaria armado e teria ocupado as imediações da aldeia Yvytotõ, fazendo com que os moradores da região se abrigassem em uma aldeia vizinha.

Segundo Moro, "assim que houve a notícia da possível invasão à Terra Indígena Waiãpi, foi mobilizada a Polícia Federal, Bope e Funai para as providências necessárias".

"Já estão no local desde ontem e a informação é que a situação está controlada", afirma Moro.

O presidente Jair Bolsonaro voltou a afirmar que pretende legalizar o garimpo no País, o que inclui a liberação da atividade em terras indígenas. A declaração ocorre após indígenas relatarem invasão de garimpeiros em reserva da etnia Waiãpi, no Amapá. O presidente também disse que não há indícios fortes de que o cacique Emyra Wajãpi, encontrado morto na semana passada com sinais de facada, tenha sido assassinado.

"Usam o índio como massa de manobra, para demarcar cada vez mais terras, dizer que estão sendo maltratados. Esse caso agora aqui... Não tem nenhum indício forte que esse índio foi assassinado lá. Chegaram várias possibilidades, a PF (Polícia Federal) está lá, quem nós pudemos mandar já mandamos. Buscarei desvendar o caso e mostrar a verdade sobre isso aí", disse o presidente ao deixar o Palácio da Alvorada.

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Bolsonaro questionou o fato de que as terras indígenas demarcadas no Brasil ficam em áreas "riquíssimas". Ele também disse que Organizações Não Governamentais (ONGs) estrangeiras são contra a exploração de garimpo nessas propriedades porque querem que os índios continuem "presos num zoológico animal" e querem "ter para si a soberania da Amazônia".

"Esses territórios que estão nas mãos dos índios, mais de 90% nem sabem o que tem lá e mais cedo ou mais tarde vão se transformar em outros países. Está na cara que isso vai acontecer, a terra é riquíssima. Por que não legalizaram indígena em cima de terra pobre? Não existe. Há um interesse enorme de outros países de ganhar, de ter para si a soberania da Amazônia", disse o presidente.

Ele falou, ainda, que índio não faz lobby e não tem dinheiro. Na sequência, indagou: "Qual poder eles têm para demarcar uma terra deste tamanho? Poder de fora, será que não consegue enxergar isso? São milhares de ONG's na Amazônia", declarou. Bolsonaro citou como exemplo a terra indígena Yanomami, homologada pelo ex-presidente Fernando Collor.

A suposta invasão de garimpeiros em terras indígenas da etnia Waiãpi no Amapá e a morte de um cacique estão sendo investigadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal.

De acordo com a equipe da Funai na região, a invasão teria começado na última terça-feira, 23, quando foi confirmada a morte do cacique, encontrado com sinais de facada dentro de um rio na região. Segundo relatos, o grupo de cerca de 15 invasores estava armado e ocupou as imediações da aldeia Yvytotõ. Os moradores da região tiveram que se abrigar em outra aldeia vizinha, chamada Mariry. Também há relatos de ameaças contra outros moradores nos últimos dias.

A invasão de garimpeiros em terras indígenas da etnia Waiãpi no Amapá e a morte de um cacique estão sendo investigadas pela Polícia Federal. Segundo a Fundação Nacional do Índio (Funai), a PF abriu inquérito hoje após chegar ao local acompanhada de equipe do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) da Polícia Militar. A área fica no município de Pedra Branca do Amapari, 189 km da capital Macapá.

A invasão teve início há cerca de cinco dias, mas o acompanhamento in loco das autoridades só começou após lideranças indígenas e moradores pedirem ajuda através de mensagens de celular, que repercutiram entre políticos e artistas nas redes sociais. No início da semana, o cacique Emyra Wajãpi foi encontrado morto com sinais de facadas.

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De acordo com a equipe da Funai na região, a invasão começou na última terça-feira, quando foi confirmada a morte do cacique. O grupo de cerca de 15 invasores está armado e ocupou as imediações da aldeia Yvytotõ. Os moradores da região tiveram que se abrigar em outra aldeia vizinha, chamada Mariry. Também há relatos de ameaças contra outros moradores nos últimos dias.

"Com base nas informações coletadas pela equipe em campo, podemos concluir que a presença de invasores é real e que o clima de tensão e exaltação na região é alto. Nesse caso, solicitamos articulação da Presidência da Fundação Nacional do Índio e da Diretoria de proteção Territorial (DPT) junto ao Departamento de Polícia Federal (DPF) e/ou Exército Brasileiro, para planejamento e execução de ação emergencial para apurar denúncias tratadas neste processo", diz o memorando.

Apesar do memorando da coordenadoria regional ter sido publicado ontem, a assessoria de imprensa da Funai na esfera federal divulgou uma nota no mesmo dia falando em "suposta invasão". Questionada, a assessoria informou que, naquele momento, ainda não havia confirmação da PF se realmente havia ocorrido uma invasão.

"A Coordenação Regional da Fundação Nacional do Índio no Amapá encaminhou para a presidência do órgão nesse sábado (27) memorando informando sobre um possível ataque à Terra Indígena Waiãpi. Por se tratar de um local de difícil acesso, a Funai alertou os órgãos de segurança da área para se certificar da veracidade das informações", diz nota da Funai neste domingo, 28.

"Neste domingo, após a chegada de servidores da Fundação, da Polícia Federal e do BOPE, foi aberto inquérito pela PF para apuração da morte de um cacique que foi a óbito na semana passada. Servidores da Funai encontram-se no local e acompanham o trabalho da polícia. Assim que tivermos informações oficiais sobre o caso, atualizaremos", afirma outro trecho do texto divulgado pela Funai hoje.

O desembargador Manoel de Jesus Ferreira de Brito, do Tribunal de Justiça do Amapá, alvo de buscas nesta quarta-feira, 10, da Operação Serviço Sério, da Polícia Federal, é o magistrado que presidia, em 2018, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Estado, quando a Corte barrou a candidatura do casal Capiberibe (PSB) - Janete ao Senado e João ao governo do Estado.

A operação da PF busca provas, bens e oitivas simultâneas relacionadas a supostos crimes cometidos por agentes públicos e privados em decisões junto ao Tribunal de Justiça do Estado do Amapá.

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Manoel de Jesus Brito foi professor de educação física antes de ingressar na magistratura. Delegado de polícia, chefe da divisão de polícia do interior, técnico judiciário nas comarcas de Amapá e Oiapoque, ele tornou-se promotor de Justiça, no primeiro concurso público do Estado, em 1991.

No dia 2 de junho de 1992, ascendeu ao cargo de procurador de Justiça e foi nomeado, logo depois, procurador-geral de Justiça, para o biênio 1993-1995, e reconduzido para o biênio 1995-1997.

A suspeita da Operação Serviço Sério é de que "intermediários" do desembargador faziam contatos com acusados em ações sob sua tutela supostamente para pedir vantagens ilícitas.

Os mandados foram expedidos pela ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça, Corte que detém competência para processar e julgar desembargadores, detentores de foro privilegiado.

Os agentes federais fizeram buscas no apartamento de Manoel de Jesus Brito, em um condomínio no bairro Santa Rita. Os policiais apreenderam documentos e mídias. O gabinete do desembargador, no Tribunal, também foi alvo da inspeção.

Nancy Andrighi determinou a intimação dos envolvidos e a proibição de que mantenham contato entre si, 'sob pena de substituição da medida e imposição de outra em cumulação, ou decretação da prisão preventiva, em caso de descumprimento'.

Eleição de 2018

Segundo a assessoria do casal Capiberibe, o desembargador foi o responsável pelo indeferimento às vésperas das eleições da coligação PSB-PT no Amapá, que fez com que os votos destinados ao partido fossem computados como nulos nas eleições naquele pleito.

Embora o fato causador da decisão atingisse o PT, que tinha o vice na chapa, o TRE-AP decidiu pela nulidade dos votos de toda a chapa e da candidatura ao Senado, que tinha um filiado petista como suplente.

A decisão, posteriormente revertida pelo Tribunal Superior Eleitoral, foi decisiva. Janete Capiberibe, então candidata ao Senado, estava em segundo lugar - eleição de duas vagas - na corrida para o Senado, de acordo com o Ibope, mas perdeu por uma diferença de 0,4% para o terceiro colocado.

João Capiberibe, que estava em primeiro lugar de acordo com o Ibope na corrida ao governo do Amapá, chegou ao segundo turno em segundo lugar e passou dez dias fora da disputa até que decisão de instância superior revertesse a decisão do TRE do Amapá.

Na época, segundo divulgou a Agência Senado, João Capiberibe criticou o Tribunal Regional Eleitoral do Amapá por agir com "dois pesos e duas medidas". Ele lamentou a decisão, que já havia sido derrubada pelo Tribunal Superior Eleitoral, de impugnar sua candidatura a governador, assim como a de sua mulher, Janete, que concorria ao Senado. Ressaltou que ambos lideravam as pesquisas.

O TSE posteriormente confirmou sua candidatura, "mas a confusão entre o eleitorado já estava estabelecida". Capiberibe foi ao segundo turno e Janete perdeu a eleição.

A confusão criada pelo TRE teria levado os eleitores a pensar que a chapa inteira estava fora da disputa, disse Capiberibe, na época. Ele destacou que a decisão foi "especialmente danosa à candidatura de Janete, que perdeu a disputa para o Senado por 3.300 votos".

"O eleitor não sabia se nós éramos candidatos", disse João Capiberibe, no dia 10 de outubro, segundo informou a Agência Senado. "É muito comum encontrar as pessoas passando mensagem, declarando que não votaram nem em mim, nem em Janete, porque achavam que nós estávamos fora do pleito."

A dois dias da eleição, ressaltou o senador, o TSE derrubou a decisão do TRE do Amapá, que considerava nulos os votos que fossem computados na chapa.

O Tribunal Superior Eleitoral endossou apenas a decisão do TRE de excluir da eleição - e, portanto, de sua chapa - o PT, pela não prestação de contas dos gastos do Fundo Partidário. Na opinião do senador, que criticou os candidatos que tentam ganhar no "tapetão", o TRE de seu Estado usou "dois pesos e duas medidas" em relação a outros partidos, que segundo ele também não prestaram contas ao Fundo Partidário.

Despedida do TRE

Em 27 de fevereiro deste ano, o desembargador Manoel de Jesus Brito despediu-se da presidência do Tribunal Regional Eleitoral, ao conduzir a última sessão ordinária de sua gestão.

Ao encerrar a sessão, segundo informou o site da Corte eleitoral, o desembargador "optou por não fazer um balanço de sua gestão, priorizando os agradecimentos a todos os membros, servidores, e prestadores de serviços, por toda a dedicação que tiveram, e pelas conquistas alcançadas nesses dois anos de trabalho".

O magistrado destacou "importantes marcas de sua administração, com ênfase para a realização das eleições 2018, com segurança e transparência; a aproximação do eleitor junto à Justiça Eleitoral; a contratação de novos servidores aprovados em concursos anteriores; os investimentos na infraestrutura do Tribunal, e a implantação de uma gestão voltada à valorização do servidor e a prestação de serviços ao eleitor através de ferramentas tecnológicas implantadas durante o biênio".

O desembargador enalteceu o trabalho desenvolvido pela sua equipe de trabalho, e disse que "embora todas as adversidades enfrentadas, sua administração reafirmou mais uma vez, assim como em outros órgãos por onde passou, a dedicação e o compromisso com o fortalecimento da democracia do país. Quando uma equipe se propõe a fazer um trabalho conjunto, os resultados são positivos", afirmou.

Defesa

A reportagem entrou em contato com a Assessoria de Imprensa do Tribunal de Justiça do Amapá. O espaço está aberto para manifestações.

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (29) no Amapá, a segunda fase da Operação Ex Tunc, para desarticular um grupo que fraudava a concessão de auxílios-reclusão no Estado. Estima-se que o esquema causou um dano de R$ 38 milhões aos cofres públicos.

O auxílio-reclusão é um benefício concedido aos dependentes do preso que seja segurado do INSS somente durante o período de sua detenção. Agentes cumprem 150 mandados judiciais em Macapá, Santana e Ferreira Gomes. São 30 ordens de prisão e 120 de busca e apreensão.

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A 4ª Vara da Justiça Federal no Amapá determinou ainda o sequestro e indisponibilidade de valores e bens móveis e imóveis.

As atividades são um desdobramento da operação Ex Tunc, deflagrada em junho de 2016, para apurar fraudes em documentos para a obtenção de auxílio-reclusão e pensão por morte junto ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).

A investigação indicou que nos processos de concessão dos benefícios havia datas alteradas, falsa situação prisional, inexistência de vínculo entre instituidor e o dependente e ausência de contribuição ao INSS.

O esquema contava com a participação de servidores públicos, advogados, presos e ex-presidiários, segundo a PF.

Levantamentos preliminares da Coordenação Geral de Inteligência Previdenciária (COINP) indicam que, apenas em relação a uma amostragem dos benefícios investigados, que foram pagos de forma retroativa, houve um prejuízo de mais de R$ 12,5 milhões.

A Polícia Federal estima que o dano aos cofres públicos ultrapassa R$ 38 milhões.

Os investigados podem responder pelos crimes de estelionato contra o INSS, falsificação e organização criminosa. Se condenados, poderão cumprir pena de até 21 anos de reclusão.

A ação é decorrente do trabalho da PF em conjunto com o Ministério Público Federal, a Coordenação Geral de Inteligência Previdenciária (COINP) e o Batalhão de Operações Especiais no Estado (BOPE/AP).

O senador pelo estado do Amapá, Randolfe Rodrigues (Sustentabilidade), criticou ferrenhamente o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e os últimos acontecimentos envolvendo a política brasileira.

 Nesta terça-feira (14), através de seu perfil oficial no Twitter, o parlamentar falou sobre desemprego e sobre os recentes cortes. “Estamos indo ladeira a baixo! Enquanto isso, além do desemprego, o que cresce são os cortes nos investimentos e a ligação do presidente e sua família com escândalos. É oficial: temos um desgoverno à frente do País!”, exclamou.

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 Randolfe aproveitou para falar das últimas medidas tomadas pela Presidência. “Bolsonaro anunciou a redução de 90% das normas de segurança e saúde do trabalho, colocando em risco a vida do trabalhador! Aliada à essa proposta insana de Reforma da Previdência, essa medida ainda submeterá os trabalhadores aos riscos por mais tempo”, alertou.

 O parlamentar também lembrou da evento da ONU que aconteceria em Salvador. “Bolsonaro segue envergonhando o Brasil, dessa vez cancelando evento da ONU sobre o clima que seria realizado em Salvador/BA. Reflexo da política de inimigos imaginários tocada pelo governo que culpa o ‘marxismo cultural’ pelo aquecimento global”, finalizou.

De volta a seu Estado pela primeira vez desde que assumiu a presidência do Senado, no início de fevereiro, Davi Alcolumbre (DEM) chegou ao Amapá na sexta-feira da semana passada (1º) acompanhado de um time de oito servidores.

Enquanto quatro policiais legislativos fazem a sua segurança, duas assessoras de imprensa e duas cerimonialistas o acompanham nos compromissos, que incluíram, até agora, encontros com prefeitos, posse de integrantes do Ministério Público e até a presença em blocos de carnaval.

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Só com diárias, os gastos com a viagem dos servidores são estimados em pelo menos R$ 53,3 mil. Despesas com passagens e estadia não foram informadas pelo Senado. A previsão de despesas da Casa com diárias a servidores em viagens nacionais neste ano é de R$ 1,26 milhão. Para missões no exterior, o gasto previsto é de R$ 420 mil.

Mais jovem senador a assumir a presidência da Casa, Davi foi eleito com o discurso de alternativa à chamada velha política, ao desbancar Renan Calheiros (MDB-AL).

Em seu discurso como candidato, disse que o atual momento do País "clama por austeridade no uso dos recursos que pertencem ao povo" e que sua gestão tomará "as medidas necessárias para a redução e a racionalidade das despesas do Senado".

O número de assessores levados por Davi, no entanto, destoa da prática adotada por antecessores na presidência do Senado. O ex-senador Eunício Oliveira (MDB-CE) e Renan viajavam para seus Estados apenas escoltados por policiais legislativos.

O tour pelo Amapá feito por Davi incluiu pelo menos três cidades. Além dos assessores, levou a tiracolo deputados da bancada amapaense da Câmara e o senador aliado Randolfe Rodrigues (Rede-AP), com quem também aproveitou bloquinhos de rua em Macapá.

Ele participou de pelo menos quatro, como A Banda, um dos mais tradicionais do Amapá, e Pica-Pau Boleiro.

Com o cacife político de quem vai comandar o Senado nos próximos dois anos, Davi conseguiu arrastar para o seu Estado dois ministros - o da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e o de Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto. Lá, intermediou encontro dos dois com prefeitos, que aproveitaram para pedir recursos do governo federal para sua cidades.

As visitas foram noticiadas pela imprensa local e nas redes sociais do presidente do Senado. Nas manchetes, destaques para a atuação de Davi na destinação de verbas para hospitais, projetos para prefeituras, entre outros.

A agenda de Davi inclui ainda uma ida a Oiapoque. Na cidade, localizada no extremo norte do Estado, pretende anunciar a entrega de equipamentos para a população indígena local. Desta vez, levará com ele o presidente da Funai, general Franklimberg de Freitas.

Procurada, a Secretaria de Comunicação do Senado não respondeu aos questionamentos da reportagem. Davi viajou em avião da FAB. Não foi informado como estão sendo feitos os deslocamentos dentro do Estado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um gatinho sem raça definida virou a sensação entre os funcionários da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Amapá. Leon, como ficou conhecido o bichano, foi adotado pela equipe e até ganhou crachá pela sua insistência em ficar na recepção do local. A história foi compartilhada no Facebook pelo vice-presidente da OAB no Amapá neste sábado (16) e rapidamente viralizou na internet.

"Esse rapazinho chegou tímido aqui pela OAB, fugindo das fortes chuvas, com fome e frio. Recebeu alguns cuidados iniciais, foi alimentado e ganhou um cantinho lá nos fundos. Mas ele gostava mesmo era de ficar pela recepção fazendo os apressados e desatentos humanos tropeçarem e se assustarem com aquela minúscula presença", contou o vice-presidente da OAB no Amapá, Auriney Brito.

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Segundo conta Auriney em seu post no Facebook, a diretoria do local resolveu adotar o animal e contratá-lo como funcionário simbólico. "Agora ele não é mais um desconhecido da rua, é o Leon, que crescerá limpo e forte como nossa instituição", escreveu. A postagem fez sucesso e já conta, até a publicação desta reportagem, com mais de 60 mil curtidas no Facebook.

As inscrições para o concurso público da Agência de Fomento do Amapá seguem abertas até o dia 15 de janeiro. As oportunidades são para os níveis médio e superior, todos com carga horária de 6h diárias. Os salários podem chegar a 3,3 mil, mais benefícios. A taxa é de R$ 85 e R$ 100, dependendo da escolaridade.

Para participar da seleção é preciso fazer o cadastro no site da Fundação Carlos Chagas, responsável pelo certame. Existem vagas também para cadastro de reserva. Grande parte dessas vagas é para Macapá, mas também existem cargos disponíveis para Santana, Laranjal do Jari e Oiapoque.

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Existem vagas para advogado, contador e profissional de tecnologia da informação e economista, todos eles irão ocupar funções de analista de fomento, além de assistente administrativo e agente de fomento externo, esses últimos para profissionais com ensino médio.

As provas devem ser aplicadas dia 17 de fevereiro, na capital amapaense e trarão questões de português, conhecimentos gerais e específicos, além de redação. O resultado final do concurso deve ser conhecido dia 15 de maio de 2019.

Conheça o edital

A Universidade do Estado do Amapá (UEPA) está com inscrições abertas para seu curso de licenciatura em música. Ao todo, são 30 vagas para candidatos que realizaram o Enem em 2017 ou 2018. Conforme consta no Edital, as oportunidades são para o campus de Macapá.

O processo avaliativo contará com três etapas. A primeira etapa será a avaliação da nota do Enem. Posteriormente, os candidatos passarão por prova de teoria e percepção musical e prova instrumental ou de canto. No momento da inscrição, o estudante poderá escolher o instrumento com o qual deseja realizar o teste. Se a opção for por canto, o candidato deve informar o nome do profissional instrumentista que fará o acompanhamento.

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Os interessados devem realizar inscrição até o dia 18 de janeiro, pelo site da Universidade, por meio de formulário eletrônico. O resultado final do certame está previsto para o dia 1ºde março de 2019.

Na expectativa de reforçar o caixa dos estados a partir de 2019, governadores eleitos ou reeleitos do Nordeste estão reunidos nesta terça-feira (4), em Brasília. Desta vez, os novos governadores da região Norte também foram convidados, mas só o do Amapá, Waldez Goes, que foi reeleito, compareceu.

Segundo o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), a ideia do encontro é pressionar para que temas considerados fundamentais que estão no Congresso avancem.

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Na Câmara, o grupo vai acompanhar a votação do Projeto de Lei Complementar (PLP 459), que trata da securitização da dívida ativa.

O texto autoriza a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios a cederem, com ônus, os direitos originados de créditos tributários e não tributários, inclusive inscritos na dívida ativa.

“Trata-se de uma carteira de recebíveis que os estados têm, já aprovada no Senado, que coloca uma forma moderna de cobrança. Isso ajuda no combate à sonegação e no melhoramento da capacidade de investimentos para o fundo de previdência dos estados”, explicou Dias.

O outro projeto que está no radar dos governadores é que da cessão onerosa. Primeiro item na Ordem do Dia do Plenário do Senado, o texto que autoriza a Petrobras a entregar a empresas privadas nacionais ou estrangeiras até 70% dos direitos de exploração do pré-sal (PLC 78/2018) só será votado se houver um acordo para divisão dos recursos arrecadados (estimados em R$ 100 bilhões) com estados e municípios.

O impasse sobre a divisão da receita com estados e municípios, discutido há semanas, ainda não foi resolvido.

A dificuldade para se chegar a um acordo na chamada cessão onerosa vem de uma interpretação do Ministério da Fazenda de que o repasse dos recursos extrapola o teto dos gastos.

“Estamos tratando de receitas que são de interesse dos estados, de todas as regiões, mas de modo especial porque nós estamos falando de receitas do fundo de participação como regra, há um interesse maior de governadores do Norte e Nordeste e de todos os municípios do Brasil. Essa é uma receita nova. Quem é governador, quem vai ser num próximo mandato, a expectativa que se tem de uma nova receita no Brasil é essa. Ou tratamos de garantir o cumprimento da Constituição ou perdemos uma receita que é fundamental para o equilíbrio das contas e para investimentos e previdência”, disse Dias.

Próxima reunião será dia 12

Na quarta-feira (12), governadores de todos os estados voltam a reunir em Brasília. Desta vez, o encontro terá como tema principal a segurança pública.

Além da presença do atual ministro da Segurança, Raul Jungmann, que vai falar sobre a implementação do Sistema Único de Segurança (Susp), o futuro ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Sergio Moro, também deverá dizer aos governadores como pretende atuar.

Participam da reunião de hoje, Wellington Dias (PI), Fátima Bezerra (RN), Renan Filho (AL) , Wladez Goes (AP), Rui Costa ( BA), João Azevedo (PB), Paulo Câmara (PE), Camilo Santana (CE) e o vice-governador eleito do Maranhão Carlos Brandão.

Um avião de pequeno porte desapareceu no Amapá no começo da tarde do domingo (2). A aeronave, de prefixo PT-RDZ, estaria com o piloto e pelo menos sete indígenas. O último contato feito pelo piloto foi às 12h06, informando que houve pane no sistema. O avião fazia um trajeto entre a aldeia Mataware, no Parque do Tumucumaque, e o município de Laranjal do Jari, no Oeste do estado.

A Fundação Nacional do Índio (Funai) confirmou o desaparecimento. Ainda não se sabe se o avião caiu ou realizou um pouso de emergência no meio da mata, que é de difícil acesso. A aeronave havia sido fretada por uma família de indígenas Tiriyó.

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“Aparentemente, a viagem de ida teria ocorrido normalmente. No retorno o piloto entrou em contato com sua central relatando alguma pane no sistema, que o obrigaria a realizar um pouso forçado. Desde então não há mais informações”, disse a Funai, por meio de nota enviada à Força Aérea Brasileira (FAB). Segundo a FAB, uma aeronave C-130 coordenada pelo Salvaero de Manaus, no Amazonas, está fazendo buscas.

No Macapá, capital do Amapá, uma rede de prostituição que funcionava pelo WhatsApp está sendo investigada pela Polícia Civil da região. O primeiro caso dessa rede chegou até a polícia após um empresário, que não teve o nome revelado, pagar R$ 750 para uma adolescente de 14 anos se relacionar com ele.

A garota foi levada até o extremo norte do Estado, o município de Oiapoque, que faz fronteira com a Guiana Francesa, país do empresário que agora é considerado foragido da justiça brasileira. Em entrevista à Rede Amazônica, o delegado Charles Corrêa informou que as investigações acontecem desde o fim de agosto.

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A desconfiança contra o empresário começou quando o tio da adolescente, que também teve o nome preservado, suspeitou que ela foi levada para o Oiapoque para ter realações sexuais com o suspeito. A polícia conseguiu chegar até o hotel onde a adolescente e o homem estavam hospedados, dirigindo-os para a delegacia, onde prestaram depoimento.

Os agentes informaram à Rede que na atuação apreenderam o telefone do empresário, em que foram encontradas conversas sobre contratação de prostitutas por meio de grupos de WhatsApp. A adolescente negou, a princípio, estar envolvida nesse esquema e que era namorada do suspeito; por conta disso o homem foi liberado.

Depois da pressão dos familiares, a garota assumiu participar do grupo de prostituição e que havia recebido R$ 750 reais para viajar do Macapá até o Oiapoque e, na cidade, se encontrar com o homem. Nesse momento o empresário da Guiana Francesa já havia voltado para o seu país.

A prisão preventiva do suspeito foi decretada no dia 12 de setembro, mas até última atualização da matéria o empresário não havia sido preso. O delegado confirmou à Rede Amazônica que o homem costumava ir até o Macapá, através de grupos clandestinos, para conseguir contratar adolescentes que são agenciadas por cafetões.

A polícia confirma que trabalha para a desarticulação dessa rede on-line de prostituição, procurando o administrador do grupo. A ação é em conjunto com o Conselho Tutelar.

Atravessando o país, artesãos como Cleiton da Cerâmica, 49 anos, e Beti do Tururi, 64 anos, são os exemplos que podem ser encontrados na 19ª Fenearte, de pessoas que rodam o Brasil para expor as suas obras e, assim, ganhar reconhecimento e o sustento do lar. Vindos do Amapá, Norte do Brasil, para que os seus produtos chegassem no Centro de Convenções, Olinda, Região Metropolitana do Recife, foi preciso três dias de transporte através de balsa e três dias de estrada. "Nossa cidade só tem estrada até Belém (Pará), e pra sair de lá a gente só consegue de avião ou navio. Por conta disso a gente não conseguia trazer todos os produtos pra essa exposição", informa Beti do Tururi 

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No entanto, agora com a ajuda do governo no Amapá, eles conseguiram trazer para a 19ª Fenearte outros produtos que eram impossibilitados de transportar em avião, como as mesas de árvores caídas na ilha. "Pela primeira vez nós conseguimos trazer as peças grandes. Mas anteriormente sempre participávamos com as nossas cerâmicas, vime, cestaria, as fibras e sementes dos frutos", confirma Beti 

Ainda ao Norte do país, Rodney Paiva, vindo do Acre, estava no evento oferecendo para o público produtos já premiados. Denominados de "biojóias", feitos de sementes e das madeiras caídas – que possibilitaram a Rodney o prêmio "Top 100 Sebrae", no ano de 2016, além do selo de excelência dado pela UNESCO na Escola de Arte de Montevidéu, no Uruguai, sendo a única mulher em 2012 a ganhar esse prêmio – com a peça chamada "Cores da Mata".  "Eu comecei como artesã quando o meu esposo teve que sair do Amazonas para trabalhar em Rio Branco, Acre, e eu tive que ir com ele. Lá, conheci uma instituição e comecei a participar dos cursos no ano de 2004", lembra Roney Paiva.

 

Hoje, a artesã Rodney conta com o sucesso de seus produtos na Fenearte. Tendo já vendido boa parte de toda a sua obra. "No início não foi fácil. Mas hoje em dia eu tenho cliente até em São Paulo. Para você ter ideia, eu trouxe 52 peças do 'Cores da Mata' no primeiro dia de feira e vendi tudo para os próprios lojistas daqui", informa Rodney. Agora, o esposo que era mecânico acabou se tornando o funcionário da artesã que sonha em ser mais reconhecida pela sua arte. 

Vindo de África 

 

Engana-se quem pensa que só o Brasil está reunido nessa feira. Serigne Touba Gueye, veio diretamente do Senegal, no Continente Africano, para expor e vender as suas peças. Há 4 anos, o senegalês mostra a sua arte africana para o público que vai prestigiar a Fenearte. "Aqui no Brasil eu importo todo esse material de minha família e o que não dá para trazer eu mesmo faço na hora. Quando comecei a expor na Fenearte o governo do meu país apoiou. Agora que eu já me estabeleci a oportunidade vai para outro", ratifica Serigne 

 Mesmo falando pouco o português, o artista consegue rodar por outras feiras em São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo. Levando as suas obras primas e integrando com o que se consegue ser produzido por ele no Brasil. Mas, para o senegalês, "sem dúvidas que Pernambuco é melhor", finaliza.


Um policial civil se matou após atirar por engano em dois jovens na noite da sexta-feira (6) no Macapá. Segundo a polícia, o homem teria confundido os homens com assaltantes e, ao perceber o engano, atirou na própria cabeça. Uma mulher também ficou ferida. O crime aconteceu na Avenida Padre Manoel de Nóbrega, no bairro Jesus de Nazaré.

De acordo com a Polícia Militar, informações preliminares apontam que Jorge Henrique Banha passava na frente de um mercadinho quando viu dois jovens, que são primos, e achou que eles estivessem assaltando o local. “Os rapazes estavam comprando bebida. Ainda não sabemos a motivação, mas a suspeita é que o policial passou em frente ao comércio e imaginou que se tratava de assalto. Ele começou a disparar a esmo. Foram mais de 10 disparos de uma pistola institucional”, informou a capitã Danúbia Murici em entrevista ao portal G1. 

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Ainda segundo a polícia, Jorge Henrique era vizinho dos envolvidos. Um dos jovens, inclusive, é filho de outro policial civil. Ele foi levado para o Hospital de Emergências (HE), onde passou por cirurgia. Não se sabe o estado de saúde dele. A Polícia Militar acredita que o policial teria decidido se matar após ter reconhecido esse rapaz. O outro jovem foi identificado como Ronald William de Oliveira, de 21 anos. Ele morreu no local. Segundo a polícia, a mulher que ficou ferida foi atingida de raspão no abdômen.

Mesmo tendo chegado ao fim da greve dos caminhoneiros, moradores do Amapá, região Norte do Brasil, estão passando por racionamento dos alimentos chamados de "primeira necessidade", como carnes, arroz, feijão. Vários supermercados e distribuidoras estão limitando a compra de certos produtos que são buscados pelos clientes. 

Segundo apurado pela Rede Amazônica, a manifestação local não afetou o mercado interno; o problema maior foi ocasionado por conta das paralisações nos grandes centros urbanos. Cerca de 90% do que o Estado consome, vem de outras regiões. Há relatos de consumidores que estão sendo acompanhados por funcionários de uma distribuidora, que certificam-se do volume da compra dos clientes. A expectativa é que a normalização aconteça na próxima semana, com previsões de abastecimentos já para a segunda-feira (4) e quarta-feira (6). 

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Entenda

A greve dos caminhoneiros rendeu onze dias de paralisação total de suas atividades, o que acabou reverberando na falta da chegada de cargas com carnes, frutas, verduras, e gerando caos em milhares de brasileiros que buscavam, desesperadamente - também - por combustíveis. 

O Ministério Público do Trabalho PA/AP ajuizou, na última sexta-feira (18), uma ação civil pública contra o Estado do Amapá, requerendo a concessão de liminar que obrigue o Governo do Estado a corrigir, imediatamente, as condições degradantes que afetam o meio ambiente do trabalho nas unidades de saúde de todo Amapá. De acordo com a ação, o Estado deverá cumprir essencialmente o disposto nas Normas Regulamentares 7, 8, 10, 17, 23 e 32 do Ministério do Trabalho, em Resoluções da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), além de observar normas do Conselho Federal de Medicina.

Desde 2008, tramitam, no 3º ofício da Procuradoria do Trabalho em Macapá, diversos procedimentos que investigam as condições de saúde e segurança no meio ambiente do trabalho das unidades de saúde do Estado: Hospital de Emergência de Macapá (Pronto Socorro Osvaldo Cruz), Hospital de Clínicas Dr. Alberto Lima – Hospital Geral de Macapá; Hospital da Criança e do Adolescente; Hospital da Mulher Mãe Luzia; e Hospital Estadual de Santana.

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Em 2013, foram realizadas inspeções em tais unidades e posteriormente expedidas, ao Estado do Amapá (Secretaria do Estado de Saúde com cópia para a Procuradoria Geral do Estado) e aos municípios de Macapá e Santana (com cópia às suas respectivas Procuradorias Gerais) notificações recomendatórias, as quais não foram atendidas.

Mais recentemente, relatórios de inspeção confirmaram as irregularidades encontradas em 2013, bem como identificaram o agravamento das condições ambientais em todos os hospitais públicos de Macapá e Santana. Essa documentação contempla: relatórios de fiscalização do Conselho Regional de Enfermagem do Amapá; relatórios de fiscalização do Conselho Regional de Medicina do Amapá; relatórios de auditoria do Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde - DENASUS; diversos relatórios de inspeção elaborados pela Promotoria da Saúde do Ministério Público do Estado do Amapá; es registros fotográficos de inspeções em diversas unidades de saúde de Macapá, realizadas pelos membros da Promotoria da Saúde do Ministério Público do Amapá, entre os anos de 2016 e 2017; relatório de inspeção do Ministério do Trabalho.

Além das unidades já referidas, também constam nos relatórios recentes irregularidades no Hospital do Oiapoque e na Unidade de Saúde de Mazagão.

 Condições Precárias       

Nas unidades de saúde investigadas foram encontradas diversas situações que sujeitam os trabalhadores a riscos biológicos e físicos, além da exposição desprotegida à radiação. Nas unidades, é frequente a presença de sacos de lixo transbordando com material contaminado e perfurocortante, o que aumenta os riscos de contaminação dos auxiliares de serviços gerais durante a manipulação, além das chances de acidentes com agulhas, lâminas etc.

Dos trabalhadores entrevistados, a maioria não sabia exatamente como proceder e a quem recorrer em caso de exposição à contaminação, tampouco haviam sido capacitados quanto aos princípios de higiene, risco biológico, risco químico, sinalização, rotulagem e equipamentos de proteção individual (EPI), os quais, inclusive, não haviam sido fornecidos adequadamente.

Quanto à radiação, foi constatado que, nas unidades, os indivíduos que circulam ou trabalham no setor de RX e tomografia estariam sob risco de exposição excessiva a radiação ionizante. No Hospital Alberto Lima, por exemplo, foi constatado, em 2013, que a câmara escura para revelação de RX encontrava-se em estado precário, a iluminação funcionava apenas eventualmente e a sala apresentava piso irregular, predispondo à queda dos trabalhadores.

O sistema de exaustão também não funcionava e a temperatura da sala seria elevada, não conferindo conforto térmico ao trabalhador. Também não havia equipamentos de proteção individual para a preparação das soluções tóxicas de fixador e revelador, utilizadas no processamento radiográfico (gorro, máscara com filtro químico, luvas, avental).

  Pedidos da Ação

 Na ação de autoria do Ministério Público do Trabalho, são requeridos o cumprimento imediato de 144 medidas pelo Governo do Amapá que abranjam todas as unidades de saúde do Estado. Dentre elas estão: elaborar e observar os Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO das unidades de saúde pública ligadas à Secretaria de Saúde do Estado do Amapá, bem como mantê-los em funcionamento e atualizados; realizar exames admissionais; submeter os trabalhadores à avaliação médica periódica e a exames demissionais; elaborar os Programas de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA e igualmente mantê-los em funcionamento e atualizados; manter programa de controle de animais sinantrópicos (como roedores e insetos); dotar o local de trabalho de equipamentos de proteção coletiva (EPCs) e fornecer, gratuitamente, aos trabalhadores, equipamentos de proteção individual; desentupir banheiros; substituir mobiliário; e corrigir o problema do subdimensionamento do corpo de profissionais da saúde em relação ao grande volume de atendimentos diários.

Em caso de descumprimento de cada uma das obrigações requeridas em caráter liminar, o MPT pede que seja imposta multa diária no valor de R$ 50.000,00. Como pedido definitivo da ação, o autor requer a confirmação dos requerimentos feitos liminarmente.

Da assessoria do MPT.

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