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Após 16 anos, a Justiça Federal encerrou o processo contra o deputado federal José Guimarães (PT-CE) por suspeita envolvimento no episódio em que um assessor dele, José Adalberto Vieira, foi preso no embarque do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, com US$ 100 mil escondidos na cueca e mais R$ 209 mil em uma mala de mão.

O juiz Danilo Fontenele Sampaio, da 11ª Vara Federal do Ceará, reconheceu a prescrição do caso tanto para o parlamentar quanto para o assessor, determinando a extinção de possibilidade de qualquer punição criminal por falta de provas.

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"Assiste razão ao Ministério Público Federal acerca da ocorrência da prescrição, uma vez que, contando o lapso temporal decorrido desde o último ato indicado como parte das ações tidas como delituosas perpetradas, verifica-se o decurso de mais de 16 (dezesseis) anos sem que tenha sobrevindo qualquer causa interruptiva da prescrição", diz um trecho da decisão.

O caso foi parar na Justiça Federal do Ceará depois que o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, declarou a incompetência da Corte para processar e julgar a ação.

O episódio, que ficou conhecido como "caso dos dólares na cueca", aconteceu no dia 8 de julho de 2005, em meio aos desdobramentos do escândalo do mensalão, e precipitou o afastamento do então deputado José Genoíno da presidência do PT.

Irmão de Guimarães, Genoíno era alvo de investigação da CPI dos Correios e cogitava deixar o comando do partido. Ele acabou renunciando ao cargo dois dias depois da prisão do assessor parlamentar de seu irmão, que na época era deputado estadual e presidente do PT no Ceará.

Em julho, o próprio Ministério Público Federal reconheceu a prescrição do caso. A Procuradoria chegou a apresentar uma denúncia atribuindo o dinheiro a propina obtida a partir de contratos do consórcio Sistema de Transmissão do Nordeste e do Banco do Nordeste do Brasil.

COM A PALAVRA, O ADVOGADO MARCELO LEAL, QUE REPRESENTA O DEPUTADO JOSÉ GUIMARÃES.

"Depois de 16 anos o Estado não conseguiu comprovar nenhuma participação de José Guimarães, que já havia sido inocentado anteriormente em decisão de mérito de ação de improbidade perante o Superior Tribunal de Justiça(STJ). Esta decisão vem colocar fim a 16 anos de angústias e injusta condenação pública de alguém que sempre se mostrou inocente."

O assessor especial do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), sargento Max Guilherme, publicou um vídeo em sua conta do Instagram dando a entender que alguns atletas que subiram no pódio das Olimpíadas de Tóquio e bateram continência estavam homenageando o chefe do Executivo.

Na publicação o sargento escreveu que "a mídia não mostra, mas nós mostramos. 'TMJ', capitão". Max também parabenizou os medalhistas. "Parabéns, vocês nos representam. Nossa Pátria em primeiro lugar".

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O ato de bater continência já é comum entre os atletas ligados às Forças Armadas brasileira e foi, frequentemente, feito nas Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, mas alguns bolsonaristas tentam politizar o ato como se fosse uma forma de apoio ao presidente Bolsonaro.

confira o vídeo

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Em um áudio que circula na internet desde a sexta-feira (21), o advogado José Roberto Feltrin, ex-assessor do deputado bolsonarista José Medeiros (Podemos-MT), responsabiliza o presidente Jair Bolsonaro e o próprio parlamentar para o qual trabalhava pelo avanço da Covid-19. Feltrin morreu na última terça-feira (18), na cidade de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá (MT), após complicações decorrentes do novo coronavírus.

O ex-assessor tinha atuado também no Senado e, durante a gravação, transparece uma intensa dificuldade para respirar. “Eu acho que não vou aguentar. Eu tô mal pra caramba. Tá feio, cara, estou mal. A culpa é desse capitão bunda suja que não providenciou vacina. Minha saturação despencou de ontem para hoje, acho que estou com Covid”, disse.

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Ainda durante o áudio, supostamente enviado pelo advogado para um amigo, ele afirma estar saindo de casa para ir ao hospital. “Eu vou no médico agora, mas estou com medo cara. É como se um filme tivesse passado na minha cabeça. Esse tal de (deputado José) Medeiros é responsável por tudo isso que está acontecendo com o povo brasileiro. Esses caras vêm apoiando esse governo genocida. Esses caras vêm sabotando a vacina desde o início… E ninguém faz nada na desgraça desse país maldito”, desabafou.

Em nota, o deputado José Medeiros lamentou a morte do assessor, além de descrevê-lo como “um grande amigo” e alguém de “inteligência rara”.

Ouça o áudio gravado por José Roberto Feltrin abaixo (o conteúdo não é recomendado para pessoas sensíveis).

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A cantora Wanessa Camargo usou as redes sociais para prestar homenagem a um amigo. Ela lamentou em uma postagem a morte do assessor artístico Aguiberto Santos, vítima da Covid-19. "Você foi e continuará sendo tudo pra mim. Impossível descrever em palavras. Te amo muito! Descanse em paz! #Luto", escreveu. Segundo informações do jornal Extra, Aguiberto estava internado em um hospital da Grande São Paulo por conta do avanço da doença.

Famosas como Sandy, Adriane Galisteu, Sarah Oliveira, Márcia Goldschmidt, Priscila Fantin, Mônica Salgado e Mariana Belém deixaram comentários confortando Wanessa. Luciano Camargo também fez uma publicação especial para Aguiberto, com quem já trabalhou. No Instagram, o irmão de Zezé Di Camargo compartilhou um texto emocionante.

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"Meu amigo, meu primeiro e melhor secretário, você que sempre teve as palavras sensatas em muitos momentos insensatos meus. [...] Meu amigo, agora com a sua partida, ficarão as lembranças. E que bom que, entre a gente, só tivemos momentos bons. Descanse em paz, meu querido Aguiberto", declarou. Além de ter prestado serviço para a família Camargo, Aguiberto Santos já trabalhou com o cantor Ney Matogrosso.

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Como você acompanhou, um trágico acidente ocorreu na fazenda do cantor Leonardo em Jussara, Goiás, e tirou a vida de Milton Rodrigues, também conhecido como Passim - amigo próximo e assessor de imprensa do artista. Leonardo, que ainda não havia se pronunciado sobre o ocorrido, realizou uma publicação em seu Instagram em homenagem ao amigo.

"Perdi meu primo-irmão, amigo, companheiro e parceiro de todas as horas, Passim, minha segunda voz da vida! O cara mais adorado e amado que conheço, estamos sem chão, uma dor que pensava nunca mais sentir na vida. Deus, meu Pai, nos ajude a aceitar seu propósito e abençoe nossa família e amigos, a esposa Vânia e os filhos Hugo e Igor que ele tanto amava, os irmãos, ajude todos que não estão conseguindo acreditar nessa terrível tragédia."

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De acordo com a TV Anhanguera, a morte do assessor aconteceu por volta das duas horas da madrugada de quinta-feira, dia 4, mas o corpo só foi encontrado por volta do meio-dia e meia. A morte foi inicialmente noticiada como possível suicídio. Após as primeiras investigações, a polícia descartou essa hipótese e informou que provavelmente, foram tiros acidentais:

"Chegamos à conclusão preliminar que a morte, infelizmente ocorrida, decorreu de um manuseio incorreto e imprudente de arma de fogo", contou o delegado Kléber Toledo, responsável pelo caso. O jornal afirmou ainda que as outras três pessoas que estavam na casa prestarão depoimento formal, após serem ouvidas no local.

A Polícia Civil informou ainda que Passim estava sozinho numa suíte no momento dos disparos, e foi ao banheiro para tentar estancar o sangramento. Ele não resistiu à hemorragia e morreu dentro do cômodo.

Após demitir um assessor que teria tratado da articulação de um futuro impeachment do presidente Jair Bolsonaro, o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou, nesta sexta-feira (29), que a situação foi "lamentável" e que gerou "um ruído desnecessário". Ainda na quinta (28), Mourão exonerou Ricardo Roesch Morato Filho depois de o site O Antagonista revelar supostas conversas do assessor e um chefe de gabinete de um deputado. O vice-presidente reforçou ser contra um processo de impeachment e disse prezar pelo "princípio da lealdade".

"Foi uma situação lamentável. Em primeiro lugar, porque não concordo com o processo de impeachment, não apoio isso aí, como já falei várias vezes. Segundo lugar, não é a forma como eu trabalho", disse em conversa com jornalistas na chegada ao Palácio do Planalto.

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Ricardo Roesch, então chefe de assessoria parlamentar de Mourão, teria enviado mensagens convidando um chefe de gabinete no Congresso para um café e mencionado conversas com "os assessores de deputados mais próximos". "É bom sempre estarmos preparados", escreveu.

Na troca de mensagens, ele sugere a perda de força do general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência. Segundo ele, Mourão teria dividido a ala militar do governo. Ele diz ainda: "capitão está errando muito na pandemia - Gal. Mourão é mais preparado e político você sabe disso".

Na quinta-feira, em nota, a vice-presidência repudiou a "inverdade de toda a narrativa" e negou que alguém da equipe de Mourão teria comportamento como o revelado inicialmente pelo site O Antagonista. Entretanto, a demissão do assessor foi mencionada pelo vice-presidente ainda ontem e confirmada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).

"Uma troca de mensagens imprudente, gera um ruído totalmente desnecessário no momento que a gente está vivendo. A partir daí a pessoa que tinha um cargo de confiança perde a confiança para exercer esse cargo. Lamento isso", afirmou Mourão.

Ele disse não ter conversado sobre o assunto com Bolsonaro por se tratar de uma "questão interna" da sua equipe. Ele declarou ainda que o assunto está "resolvido e encerrado". "Eu prezo por demais o princípio da lealdade", disse. "A lealdade é uma estrada de mão dupla, ela é minha com meus subordinados, vamos falar assim, e deles comigo. No momento que isso é rompido, se rompe um elo e não dá mais para trabalhar junto", acrescentou.

O assessor sênior da Casa Branca do presidente eleito, Joe Biden, o congressista Cedric Richmond, testou positivo para Covid-19 após "interações" ao ar livre com Biden, informou a equipe de transição nesta quinta-feira (17).

Richmond viajou de forma independente para o estado da Geórgia para fazer campanha com Biden, na terça-feira (15), pelos dois democratas que concorrem ao Senado em um segundo turno apertado contra senadores republicanos em exercício.

"As interações de Richmond com o presidente eleito aconteceram ao ar livre, foram usando máscara e totalizaram menos de 15 minutos consecutivos, o prazo do CDC para contato próximo", disse a porta-voz da transição Kate Bedingfield em comunicado, referindo-se às diretrizes estabelecidas pelo Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.

Ela disse que o parlamentar, que atuará como diretor do Escritório de Engajamento Público da Casa Branca, "não manteve contato próximo, conforme definido pelo CDC, com o presidente eleito" ou com os candidatos democratas Jon Ossoff e Raphael Warnock. Biden, 78 anos, apresentou resultado negativo para Covid-19 em teste nesta quinta-feira, afirmou sua equipe.

Richmond, 47 anos, desenvolveu sintomas na quarta-feira (16) e fez um teste rápido, que deu positivo, de acordo com Bedingfield. Um segundo teste também deu positivo e Richmond entrou em quarentena de 14 dias.

Dezenas de pessoas na órbita do presidente Donald Trump contraíram o vírus, que causou pelo menos 310 mil mortes nos Estados Unidos. O mais recente a adoecer de Covid-19 foi o secretário do Interior, David Bernhardt, que supostamente testou positivo na quarta-feira, antes de uma reunião de gabinete com Trump, à qual, por esse motivo, não compareceu.

A investigação que apura o esquema de rachadinhas da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) indica que um ex-assessor da família Bolsonaro, o cabelereiro Márcio Gerbatim, fez movimentações bancárias atípicas e sacou todo o salário que recebeu em dois anos. No gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) entre abril de 2008 e abril de 2010, e nomeado pelo então deputado Flávio Bolsonaro (Republicanos) entre 2010 e 2011, o ex-assessor foi casado com Márcia Aguiar, atual companheira de Fabrício Queiroz.

Além da quebra de sigilo bancário do então deputado estadual Flávio Bolsonaro (Republicanos), o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) teve acesso às contas de ex-assessores, como Gerbatim, que migrou do gabinete do vereador para o de Flávio em 2010, onde ficou até 2011. Carlos também é investigado por supostas rachadinhas e nomeações fantasmas, um de seus assessores morava em Minas Gerais, de acordo com O Globo.

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Enquanto esteve com Carlos na Câmara dos Vereadores, Gerbatim recebeu R$ 89.143,64 pelo Banco do Brasil. Durante o período, o total de créditos na conta foi de R$ 93.422,91 e o registro de saques somam R$ 90.028,96 em espécie. De acordo com o Estadão, o cabelereiro nem chegou a ter crachá de identificação enquanto assessorou o vereador.

Gerbatim recebia o salário no dia 5 de cada mês e se apressava para retirar o dinheiro do banco. No dia 1º de maio de 2008, o ex-assessor recebeu R$ 3.014,59 e, já no dia seguinte, fez dois saques de R$ 400 e R$ 500. No terceiro dia, retirou mais R$ 2.070.

A movimentação estranha se repete em julho, quando recebeu R$ 4.210 e, no mesmo dia, sacou todo o valor. Em agosto, ganhou R$ 3.077 e retirou no mesmo dia até mais que o recebido, R$ 3.099. Em fevereiro de 2009, recebeu R$ 3.318 e sacou R$ 3.169 em espécie. 

O próprio presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chegou a depositar R$ 10 mil para Gerbatim, em 9 de junho de 2010. Após dois dias, o nomeado efetuou um pagamento de R$ 10 mil na Real Veículos Comércio e Serviços. Questionada, a empresa não soube informar sobre a compra. No dia 30 de outubro de 2008, Bolsonaro já lhe havia transferido R$ 100.

Em dezembro de 2018, o ex-assessor parlamentar afirmou que trabalhou como motorista de Flávio, mas negou a entrega de parte dos salários que caracteriza a rachadinha.

Mensagens colhidas do celular de Márcia Aguiar, esposa de Fabrício Queiroz, mostram que a mulher estava emocionalmente abalada com toda a operação que envolve o seu marido, que é ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos). "A nossa família está desmoronando", disse Márcia. Além disso, a esposa do Queiroz, que também é investigada no esquema de "rachadinha" da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), alegou que não está aguentando mais a situação gerada pelas investigações.

“Só que eu não estou aguentando, você está entendendo? Não estou aguentando. Está muito difícil, amiga, está muito difícil. Só Deus sabe. Só Deus para me ajudar a seguir porque não tenho vontade de fazer nada", disse Márcia em mensagens trocadas com a advogada Ana Flávia Rigamonti que, segundo a revista Veja, foi contratada por Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro e quem escondeu Queiroz em um dos seus imóveis localizado no Atibaia, São Paulo. 

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Márcia diz em uma dessas mensagens que Queiroz era obrigado a viver escondido e insinua que o marido era coagido a se manter longe dos holofotes, das explicações e dos esclarecimentos necessários. Esses áudios divulgados pela Veja, foram colhidas do celular de Márcia, que sofreu uma busca e apreensão em dezembro do ano passado.

A esposa do Queiroz também aponta que "Anjo" era quem ditava as regras sobre o que a sua família poderia ou não fazer. O Ministério Público do Rio de Janeiro acredita que esse "Anjo" seja Wassef, que neja. 

"A gente não é foragido. Isso está acabando comigo, amiga, acabando. De boa mesmo. Está acabando. Está me destruindo por dentro. Eu estou aqui me desabafando, porque não consigo passar isso para ele. Porque se eu passar o estado emocional que estou, como estou falando com você, para o Queiroz, ele vai ficar desesperado porque a força dele é em mim", destaca a mulher.

“Eu sei que ele não está bem. Igual você falou: ele tenta mostrar que ele está bem e tudo. Mas a gente sabe que ele está preocupado. E não é para menos, né? Ele se distrai aqui, cozinhando, arrumando a casa, essas coisas. (…) Ele mesmo falou para o Anjo: ‘Olha, eu não estou aguentando mais. Quero ir para minha casa’”, responde Ana Flávia Rigamonti, advogada que acompanhava Queiroz em Atibaia.

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A primeira-dama Michelle Bolsonaro recebeu R$ 72 mil, divididos em 21 cheques, do ex-assessor do enteado e senador Flávio Bolsonaro (Republicanos), Fabrício Queiroz. A informação é da revista Crusoé. A quebra de sigilo bancário do ex-policial militar contradiz a posição do presidente Jair Bolsonaro, que havia garantido que os repasses não ultrapassaram R$ 40 mil.

A reportagem aponta que as transferências iniciaram em 2011 e seguiram até 2018. Em defesa da esposa, Bolsonaro havia afirmado que o dinheiro enviado à Michelle era referente ao pagamento de um empréstimo de R$ 40 mil concedido a Queiroz.

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Em 2011, a primeira-dama recebeu três cheques de R$ 3 mil. Em 2012, foram mais seis cheques com o mesmo valor. Após uma parada, Queiroz retomou os repasses em 2016, quando realizou nove depósitos que totalizam R$ 36 mil, expõe a quebra de sigilo.

No período em que as transferências foram realizadas, a conta de Queiroz não registrou cheque ou depósito de Jair Bolsonaro, nem dos R$ 40 mil que o presidente diz ter emprestado.

As investigações apontam que o ex-assessor de Flávio Bolsonaro movimentou, pelo menos, R$ 6,2 milhões entre 2007 e 2018. Para o Ministério Público do Rio de Janeiro, os valores são incompatíveis com seus rendimentos, visto que apenas R$ 1,6 milhão são identificados como rendimentos efetivos do salário da Polícia Militar e do cargo que exercia na Alerj. Outros R$ 2 milhões são fruto de 483 depósitos feitos por outros assessores de Flávio, enquanto R$ 900 mil foram enviados em dinheiro, sem identificação do depositante.

Após acumular 12 questionamentos na Justiça em torno de normas que editou envolvendo armas e munições, o governo decidiu contratar um expert no assunto para evitar novos reveses. O coronel da reserva Valdir Campoi Junior, instrutor de armamento e tiro credenciado pela Polícia Federal com quase 30 anos de experiência, foi nomeado em 27 de maio como assessor na Secretaria-Geral da Presidência. Considerado por militares e atiradores uma autoridade no assunto por sua atuação dentro e fora no quartel, ele vai auxiliar o ministro Jorge Oliveira nessa área.

No Palácio do Planalto, caberá a Campoi a tarefa de avançar nas pautas de flexibilização de armas e munições. Segundo a Secretaria-Geral, as principais funções dele são "revisar os atos normativos, especialmente aqueles referentes à posse e porte de armas de fogo pelos cidadãos, e revisar as normas referentes aos CACs" (sigla do grupo que reúne colecionadores de armas, atiradores desportivos e caçadores).

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"Recentemente convidei um CAC específico para trabalhar conosco na Secretaria-Geral, justamente para entender do tema de maneira mais efetiva e dar continuidade a essa pauta", disse o ministro Jorge Oliveira, em entrevista ao deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), divulgada no dia 11 de julho no canal do YouTube do filho do presidente. Na ocasião, o ministro não divulgou o nome do coronel.

O ministro detalhou que a missão do novo assessor é dialogar a partir da Presidência com o Ministério da Defesa, o Comando do Exército, o Ministério da Justiça e a Polícia Federal para avançar na regulamentação. E pontuou que o "Comando do Exército também tem se sensibilizado com as pautas do presidente".

Antes de ir para a Secretaria-Geral, em 27 de maio, o coronel estava lotado desde 2019 no Gabinete de Segurança Institucional (GSI), onde atuava como coordenador de segurança do Palácio do Planalto, que tem como um das atribuições controlar a entrada e saída dos visitantes.

Formado na Academia Militar das Agulhas Negras em 1988, Campoi atuou como instrutor de tiro no Exército entre 1999 e 2013. Entre 2017 e início de 2019, atuou no Conselho Consultivo do Sistema de Fiscalização de Produtos Controlados do Exército. Aficionado pela prática de tiro, ele registra participação em clube de tiros desde 1992. Como aluno, frequentou mais de 20 cursos na área. Tem dois livros publicados e atuou como juiz de tiros nos Jogos Pan-Americanos do Rio, em 2007.

O governo Bolsonaro já editou oito decretos e 11 portarias sobre o tema. Uma das normas possibilitou que atiradores possam ter até 60 armas, sendo 30 de uso permitido e outras 30 de uso restrito. 

O ex-assessor do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), Luciano Querido, foi oficializado presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte) nesta segunda-feira (13). Querido estava comandando o órgão interinamente desde maio.

A nomeação foi assinada pelo ministro chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto, e publicada no Diário Oficial da União. Querido é formado em direito e técnico em tecnologia da informação.

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O novo presidente da Funarte é casado com Luciana Alves Miranda Barbosa, que foi lotada no gabinete de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados. Ele é padrasto de Allan e Isabella Alves Miranda Bastos, também empregados nos gabinetes Jair e Carlos Bolsonaro, respectivamente.

Querido foi nomeado em maio para a diretoria executiva da Funarte, quando o maestro Dante Mantovani foi reconduzido para a presidência. Jair Bolsonaro, entretanto, recuou da decisão e Querido passou a presidir interinamente. 

No currículo publicado em rede social, Querido destaca ter trabalhado de 2002 a 2017 no gabinete de Carlos, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Ele cuidava de "toda a parte de informática, como designer gráfico, web designer e banco de dados e mídias sociais."

No início de julho, o Ministério Público Federal (MPF) solicitou à Justiça que a nomeação do ex-assessor seja suspensa. O MPF argumenta que Querido não possui formação específica nem experiência profissional exigida por lei para ocupar o cargo de chefia.

O assessor comercial da Casa Branca disse neste domingo (12) esperar que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tome medidas firmes contra os aplicativos chineses TikTok e WeChat, em meio a tensões entre Washington e Pequim.

Peter Navarro disse à Fox News esperar uma "ação forte" do presidente contra os dois aplicativos que, segundo ele, enviam todos os dados "a servidores na China, diretamente aos militares chineses, ao Partido Comunista Chinês e às agências (oficiais), que querem roubar nossa propriedade intelectual".

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O TikTok, que pertence ao grupo chinês ByteDance, tem quase um bilhão de usuários em todo o mundo. Já o WeChat é o aplicativo de mensagens líder na China, com mais de um bilhão de usuários.

Trump disse na terça-feira (7) que estava estudando a possibilidade de proibir o TikTok nos Estados Unidos.

Na sexta-feira, a gigante americana de distribuição online Amazon enviou uma nota a seus funcionários, pedindo-lhes que apagassem o TikTok de seus telefones celulares.

Horas depois, o grupo explicou que esta mensagem havia sido transmitida por engano.

"Anuciaram e recuaram, o que demonstra o poder do Partido Comunista Chinês sobre as empresas americanas e este é o problema", afirmou Navarro.

O banco americano Wells Fargo também pediu a seus funcionários que instalaram o aplicativo em seus celulares de trabalho que o apaguem.

O Partido Democrata pediu o mesmo a seus funcionários que trabalham para a campanha presidencial.

O TikTok tem tido que se defender com frequência de supostos vínculos com a China, onde sua sede tem um aplicativo similar com outro nome.

O grupo sempre negou compartilhar dados com as autoridades chinesas.

Em decisão liminar, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio Noronha, concedeu a prisão domiciliar para Fabrício Queiroz. O ex-assessor de Flávio Bolsonaro está preso desde o dia 19 de junho, depois que foi encontrado na casa do advogado da família Bolsonaro, no presídio de Bangu, no Rio de Janeiro.

A informação foi publicada pelo Radar e a decisão também vale para Márcia Aguiar, esposa de Queiroz, que está foragida. O mérito do caso para saber se o ex-assessor de Flávio ficará realmente em prisão domiciliar é do ministro Felix Fischer, relator no STJ do caso das "rachadinhas".

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Através de nota enviada à imprensa, o Superior Tribunal de Justiça (STJ), deu detalhes sobre a decisão liminar do ministro João Otávio de Noronha, presidente do órgão, que converteu a prisão preventiva de Fabrício Queiroz para prisão domiciliar. Segundo ele, foram levadas em consideração as “condições pessoais de saúde” do ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro em em face da “situação extraordinária da pandemia”.





 

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) suspeita da origem de R$ 261 mil pagos em dinheiro em mensalidades escolares e planos de saúde das filhas de Flávio Bolsonaro (Republicanos). Segundo o pedido do MPRJ que levou à prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio, foram 116 boletos quitados em espécie. As informações são do G1.

 Ao menos dois boletos, referentes a mensalidades de colégio no Rio, foram comprovadamente pagos por Queiroz, de acordo com o Ministério Público. Queiroz quitou duas mensalidades, de R$ 3.382,77 e R$ 3.560,28, em 1º de outubro de 2018, conforme fotos e dados presentes no processo.

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 Cruzando os dados com as imagens das câmeras de segurança de agência bancária dentro da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), o MPRJ verificou que Queiroz efetuou os pagamentos.

 O ex-assessor foi preso preventivamente, na quinta-feira (18), por suspeita de envolvimento em esquema de "rachadinha". O pagamento das mensalidades seria mais um indício de que o salário dos servidores voltava para o parlamentar. Os investigadores acreditam que Queiroz era um operador financeiro de Flávio Bolsonaro, que liderava a organização criminosa.

Fabrício Queiroz foi preso na manhã desta quinta-feira (18), em Atibaia, no interior de São Paulo. O ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) é acusado de ser o articulador financeiro de um suposto esquema de ‘rachadinha’ no antigo gabinete do parlamentar. Ele foi encontrado em uma casa do advogado de Flávio.

A investigação se estende ao Rio de Janeiro, onde ocorreram buscas em um imóvel que seria do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), localizado em Bento Ribeiro, na Zona Norte. Os mandados de busca e apreensão e de prisão contra o ex-motorista de Flávio foram cumpridos pela Polícia Civil junto ao Ministério Público de São Paulo.

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Na conta bancária de Queiroz, a movimentação ‘atípica’ de R$ 1,2 milhão levantou a suspeita do Conselho de Atividades Financeira (Coaf). O relatório ainda destacou operações bancárias suspeitas de 74 servidores e ex-servidores da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

No esquema investigado, os assessores devolviam parte do salário, pago com recurso público, aos próprios deputados. Queiroz seria responsável por recolher, depositar e sacar os valores.

Seguidor das ideias do escritor Olavo de Carvalho e autor do manifesto do Aliança Pelo Brasil, o assessor Felipe Cruz Pedri foi nomeado pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) em seu gabinete no Senado, cinco dias após ser exonerado da Casa Civil do governo. A exoneração de Pedri, publicada no dia 15 deste mês, foi assinada pelo ministro Walter Braga Netto, que coordena o comitê de crise montado pelo Planalto para organizar o combate ao coronavírus no País.

Pedri, ativo no Twitter, onde tem mais de 26 mil seguidores, já comparou o isolamento social ao Ato Institucional nº 5, medida mais radical da ditadura militar brasileira. O AI-5, entre outras arbitrariedades, cassou mandatos de parlamentares e censurou a imprensa.

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"O 'ficaemcasa' é o AI-5 da nossa época. Mais agressivo e com foco nos comuns, nem no pior dos extremismos imaginávamos pessoas sendo presas por quererem se sustentar", escreveu o novo assessor do filho '01' do presidente Jair Bolsonaro. Ele também já chamou a preocupação com a covid-19 de "histeria" e alegou, sem provas, que o "vírus chinês" foi criado em laboratório.

No gabinete de Flávio, Pedri está com o cargo de assessor parlamentar SF02, o de maior remuneração dentre os comissionados - o salário bruto é de R$ 17,3 mil. Foi nomeado no dia 20 de abril, menos de uma semana após ser dispensado por Braga Netto.

O assessor, crítico da esquerda e do que chama de "globalismo", estava na Casa Civil por iniciativa do ex-ministro da pasta Onyx Lorenzoni, que hoje comanda o Ministério da Cidadania.

Antes de Bolsonaro assumir o Planalto, Pedri já havia trabalhado para Lorenzoni na Câmara dos Deputados, entre novembro de 2016 e novembro de 2018. A remuneração, porém, era bem inferior à que receberá do gabinete de Flávio: cerca de R$ 5,9 mil. Um mês antes de começar a trabalhar para o deputado, ele deu baixa num pequeno negócio de roupas, que mantinha desde 2002 em Porto Alegre.

Autor do manifesto do Aliança Pelo Brasil, partido que a família Bolsonaro e seus aliados pretendem criar, Pedri escreveu, por exemplo, que "a relação entre esta Nação e Cristo é intrínseca, fundante e inseparável".

Procurado, o senador Flávio Bolsonaro não respondeu até a publicação deste texto.

Por meio de sua conta no Twitter, o Assessor Especial do Presidente Jair Bolsonaro, Arthur Weintraub, chamou o educador e filósofo Paulo Freire de Carranca. "Por um momento achei que tinham jogado a carranca do Paulo Freire na caçamba", publicou Arthur. O tuíte do assessor foi feito na manhã desta sexta-feira (20).

No último dia 16 deste mês, o presidente Jair Bolsonaro já havia chamado Paulo Freire, que é patrono da educação brasileira, de "Energúmeno". Já o próprio ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse que Freire era o "símbolo do fracasso na educação".

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Horas após o presidente Jair Bolsonaro (PSL) pedir desculpas por uma postagem em sua conta no Twitter em que aparece como um leão duelando com hienas, o seu assessor para assuntos internacionais, Filipe Martins, ligado à ala ideológica do governo, fez nesta terça-feira, 29, novas comparações com os animais selvagens.

Segundo Martins, o "establishment" (grupo que detém poder) é um "punhado de hienas" que ataca quem ameaça seus privilégios. Para o assessor de Bolsonaro, este cenário só mudará "quando o Brasil se tornar uma nação de leões".

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"O establishment não gosta de se ver retratado, mas ele é o que ele é: um punhado de hienas que ataca qualquer um que ameace o esquema de poder que lhe garante benefícios e privilégios às custas do povo brasileiro. Isso só mudará quando o Brasil se tornar uma nação de leões", escreveu Martins no Twitter.

Mais cedo, presidente Bolsonaro disse em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo que a publicação do vídeo em sua conta no Twitter foi um "erro". Na montagem, divulgado na segunda-feira, 28, as hienas que ameaçam o leão levam o símbolo de instituições, como o Supremo Tribunal Federal (STF), a Organização das Nações Unidas (ONU), o seu partido, PSL, e siglas de oposição - entre as quais o PT e o PCdoB -, além da imprensa.

A postagem inflamou a briga interna no PSL e foi criticada pelo ministro Celso de Mello, do Supremo. O vídeo foi apagado cerca de duas horas depois diante de forte repercussão negativa.

"Me desculpo publicamente ao STF, a quem porventura ficou ofendido. Foi uma injustiça, sim, corrigimos e vamos publicar uma matéria que leva para esse lado das desculpas. Erramos e haverá retratação", disse o presidente durante viagem à Arábia Saudita.

Martins integra núcleo de assessores de Bolsonaro conhecido como "gabinete do ódio". O grupo defende pauta de costumes, conservadoras, tem forte presença nas redes sociais e produz relatórios para orientar o presidente sobre fatos do Brasil e do mundo. O assessor para assuntos internacionais também é um dos nomes do Palácio do Planalto convocados para prestar depoimento à CPI mista das Fake News instaurada no Congresso Nacional.

No filme postado na segunda, 28, o animal que simboliza Bolsonaro se alia a outro leão, chamado "conservador patriota", parte para o contra-ataque e vence seus inimigos. Bolsonaro disse ao Estado que o vídeo foi publicado em sua conta sem o devido cuidado e que orientou sua equipe a evitar este tipo de conteúdo. "O vídeo não é meu, esse vídeo apareceu, foi dada uma olhada e ninguém percebeu com atenção que tinham alguns símbolos que apareciam por frações de segundos. Depois, percebemos que estávamos sendo injustos, retiramos e falei que o foco (nas redes sociais) são as nossas viagens."

Um dos assessores do deputado estadual do Ceará André Fernandes (PSL) publicou um vídeo atirando em uma foto do ex-presidente Lula para 'aconselhar' o ex-PGR Rodrigo Janot. A atitude tomada pelo Inspetor Alberto, nesse domingo (29), pode ser compreendida como incitação ao crime.

Após efetuar disparos de pistola contra a fotografia, o servidor da Assembleia Legislativa cearense recomenda: "A gente faz assim para não tirar a vida de ninguém. Bota uma foto e descarrega. 'Ba bau', sai toda a raiva". O recado foi feito diretamente para Rodrigo Janot, que nessa semana confessou o desejo de assassinar o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes.

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Segundo o Art. 286 do código penal brasileiro, incitar -publicamente- a prática de crime pode resultar em uma prisão de três a seis meses, ou multa.

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