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Ativistas sírios afirmaram que pelo menos 17 civis foram mortos em uma série de ataques aéreos quando tentavam cruzar o rio Eufrates no leste da Síria. Omar Abou Leila, do grupo de monitoramento DeirEzzor 24, disse que jatos russos atacaram as balsas que aguardavam para transportar passageiros para o outro lado do rio na cidade de Al Baloul, controlada pelo Estado Islâmico, 27 quilômetros a leste da cidade disputada de Deir el-Zour.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, com sede no Reino Unido, estimou 21 civis mortos. O observatório diz que a força aérea russa foi responsável pelos ataques. Não foi possível confirmar de forma independente a alegação.

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As forças do governo apoiadas pela Rússia e as forças não-governamentais apoiadas pelos Estados Unidos estão em uma corrida para retomar o vale do rio Eufrates das mãos do Estado Islâmico. Fonte: Associated Press.

Um advogado de direitos humanos, Jiang Tianyong, desapareceu na China em novembro do ano passado, depois de ter se reunido com o relator especial da ONU sobre pobreza, Philip Alston. Mantido por seis meses em uma prisão e isolado dos demais detentos, Jiang foi denunciado pelo regime por "subversão".

Ao ser julgado no mês passado, o ativista supostamente "confessou" que havia sido incentivado a derrubar o governo de Pequim depois de ter participado de eventos fora do país.

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Ele não é o único a viver essa situação. Uma investigação conduzida pela entidade Human Rights Watch constatou que o governo de Pequim tem proliferado ações para reprimir ativistas de direitos humanos, silenciando seus questionamentos em fóruns internacionais e principalmente na ONU.

De acordo com a entidade, o governo chinês tem feito uma ofensiva contra dissidentes que tentam usar a ONU para denunciar o regime ou testemunhar nos diferentes organismos da entidade. Para a Human Rights Watch (HRW), a ONU tem fechado os olhos para essa atitude da China.

Para impedir que viajem até Genebra ou Nova Iorque, Pequim tem impedido que essas pessoas deixem o país. Outra estratégia tem sido a de fotografar ou filmar esses dissidentes entrando na ONU.

"A China está sistematicamente tentando minar a habilidade da ONU em defender os direitos humanos, na China e no mundo", denunciou Kenneth Roth, diretor executivo da HRW.

Em sua avaliação, tal comportamento tem sido um sintoma do pior momento de repressão na China desde 1989, marcado pelos incidentes da Praça Tiananmen. "Há muito o que esconder", denunciou.

Na avaliação da entidade, a ONU é um dos últimos canais de denúncias para ativistas de direitos humanos na China e uma rara oportunidade que tem de expressar seu ponto de vista. Mas, baseado em 55 entrevistas com ativistas e advogados, a HRW constatou que Pequim tem feito tudo o que pode para fechar esses canais de comunicação.

"A repressão da China não vai parar em suas fronteiras", denunciou Roth. De acordo com o informe publicado nesta terça-feira em Genebra, Pequim vem "reduzindo os espaços seguros" para os ativistas, por meio de prisões arbitrárias, intimidação e um sistema legal controlado pelo partido.

A nova onda de repressão teria começado em 2015. Aqueles ativistas que atacaram publicamente a China em reuniões da ONU ou que simplesmente aceitaram falar com os investigadores da entidade foram punidos ao retornar ao país. Outros tiveram seus passaportes retidos ou foram presos, antes mesmo de deixar o país.

Em janeiro deste ano, o presidente chinês, Xi Jinping, fez um pronunciamento na ONU. Mas o encontro, para 2 mil diplomatas e oficiais, ocorreu sem a presença da imprensa, que foi obrigada a assistir ao evento em telões fora da sala. Enquanto isso, os assentos reservados para a imprensa dentro do local estavam vazios.

A ONU também impediu a entrada na sala de qualquer ONG, inclusive aquelas com status oficial nas Nações Unidas.

O temor era de que, durante o discurso considerado como fundamental para a política externa do país, Xi fosse surpreendido por algum cartaz contrário ao seu regime.

Quatro meses depois, o ativista chinês Dolkun Isa foi retirado de um evento na ONU, em Nova Iorque, pelos próprios seguranças da entidade. De acordo com a HRW, isso ocorreu sem qualquer tipo de explicação, apesar de a ONU ter concedido uma credencial ao dissidente.

Aproximadamente 400 ativistas pela paz saíram da periferia de Berlim, em direção à destruída cidade síria de Aleppo, na noite de segunda-feira (26), em solidariedade à população, vítima da guerra que ocorre há mais de cinco anos neste país do Oriente Médio.

A "marcha civil por Aleppo", foi proposta por Anna Alboth, jornalista polonesa residente em Berlim. A intenção do ato consiste em exercer pressão política para ajudar civis que são vítimas do conflito existente na Síria.

Para percorrer os 3.000 quilômetros que separam as duas cidades, será necessário caminhar por três meses e meio. Os participantes pretendem fazer de 15 a 20 km de deslocamento diário, movendo-se no sentido inverso ao do itinerário dos imigrantes que chegam à Europa, passando por Turquia, Grécia, e pela "rota dos Bálcãs".

Anna, 30 anos, afirma que "o objetivo dessa marcha é que os civis sírios tenham acesso à ajuda humanitária", relatou esta blogueira, que pretende atrair para a sua causa um público mais amplo.

Ainda assim, Alboth não acredita que a marcha consiga chegar até a cidade síria, retomada pelo governo na última semana, declarou à imprensa. Ela acredita que possam ser impedidos de completar o trajeto ainda em território turco.

No dia 20 de dezembro, a idealizadora da marcha publicou em seu Facebook: "se pudéssemos mudar as coisas com uma multidão de europeus e ocidentais marchando até Aleppo, vocês viriam comigo?". A ideia teve aceitação positiva, e então, a iniciativa se concretizou.

Desde 2012 dividida em um setor sob controle do regime sírio de Bashar al Assad (oeste) e outro sob domínio dos rebeldes (leste), a antiga capital econômica e a segunda maior cidade do país foi reconquistada pelo exército sírio, com apoio da Rússia e do Irã.

Duas ativistas em defesa dos animais invadiram o câmpus da Universidade de São Paulo (USP) em Pirassununga, no interior, na madrugada de quarta-feira, 16, e resgataram dez frangos que eram utilizados em um projeto de pesquisa da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos. As aves eram usadas para avaliação da conversão alimentar do "Projeto Frango", desenvolvido pelos alunos. O furto, com rompimento da tela do viveiro, foi constatado na manhã seguinte. A Polícia Civil abriu inquérito para apurar a subtração das aves.

O resgate foi noticiado em sites ligados ao movimento vegano e de proteção aos animais. De acordo com os ativistas, os pintinhos são entregues aos grupos de alunos com objetivos diferentes. "Alguns precisam engordar os animais o máximo possível gastando pouco, ou seja, utilizando insumos baratos. Outros precisam manter os animais vivos gastando o mínimo possível. Após dois meses, os animais são mortos e suas carcaças avaliadas pelos professores", informa o site.

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Conforme a publicação, o experimento seria completamente dispensável, pois já existe uma vasta literatura a respeito de nutrição animal. "Embora seja uma matéria obrigatória, nos últimos anos muitos alunos se recusaram a fazer o experimento e, por isso, foi criado um projeto paralelo para quem não quer participar da experiência."

As ativistas encaminharam os dez frangos para um santuário localizado a 400 km da capital. "Os animais que não puderam ser resgatados foram alimentados, impedindo assim o seu abate por poucas horas, já que eles precisam estar em jejum para que suas carcaças sejam avaliadas", informaram. O site pede ainda que os defensores de animais enviem pedidos à USP para suspender o "Projeto Frango". A universidade informou que registrou boletim de ocorrência por furto qualificado e que a atividade desenvolvida pelos alunos é optativa.

Movimentos que atuaram a favor e contra o impeachment da ex-presidente Dilma Roussef (PT) elegeram ao menos 13 candidatos em todo o País nas eleições municipais desse domingo, 2. Os resultados mais expressivos foram conseguidos pelo Movimento Brasil Livre (MBL), que liderou os protestos pela saída de Dilma e elegeu oito dos 45 candidatos que lançou - um prefeito e sete vereadores. Dos movimentos contra o impeachment saíram 19 candidatos e cinco foram eleitos.

Apoiado pelos partidos que se opunham ao PT, o MBL tinha como proposta inicial ser um movimento apartidário, mas em 2015 optou por apoiar integrantes que se candidatassem a cargos eletivos. O único candidato a prefeito, José Pocai Junior (PPS), venceu concorrentes do PROS e do PSDB e vai assumir a prefeitura de Monte Sião (MG).

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Em São Paulo, o MBL teve a vitória mais expressiva, com a eleição de Fernando Silva Bispo, o Fernando Holliday (DEM) para a Câmara de Vereadores da capital com 48.055 votos. Holliday fará parte da base de apoio ao prefeito eleito João Dória (PSDB), para quem trabalhou na campanha.

Em Porto Alegre, o MBL lançou dois candidatos a vereador e elegeu Ramiro Rosário (PSDB), com 4.676 votos. No interior gaúcho, foi eleito Leonardo Braga (PSDB) em Sapiranga. No Paraná, o movimento elegeu os vereadores Filipe Barros (PRB), em Londrina, e Homero Marchese (PV), em Maringá.

No interior São Paulo, Carol Gomes (PSDB) foi eleita em Rio Claro e Marschelo Meche (PSDB) para a Câmara de Americana. O maior revés do MBL foi a derrota de Rubens Nunes, o Rubinho Nunes, do PMDB, candidato a vice-prefeito de Vinhedo (SP). Fundador e uma das principais lideranças do movimento, Rubinho foi vice na chapa de Dario Pacheco, do PTB, derrotado pelo atual prefeito, reeleito, Jaime Cruz (PSDB).

Contra

O Movimento dos Sem-Terra (MST), que lutou contra o impeachment de Dilma e não reconhece o governo de Temer, não lançou candidatos, mas pelo menos 14 postulantes concorreram usando a sigla do movimento. Dois deles se elegeram vereadores pelo PT: Nildo da Silva Souza, o Nildo do MST, em Igrapiúna (BA), e José Francisco Corrêa Neto, o Neto do MST, em Boa Vista do Tupim (BA).

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) que também esteve à frente de movimentos contra o impeachment, elegeu Sidney Marcos Ramos, o Marcão da CUT, do PT, para a Câmara de Itamaraju (BA). A CUT e o MST reelegeram o prefeito e militante Luciano Duque, em Serra Talhada (PE).

A presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral (PCdoB) concorreu à prefeitura de Santos (SP) com a bandeira contra o impeachment, mas ficou em segundo lugar no pleito, vencido no primeiro turno pelo tucano Paulo Alexandre Barbosa.

Representante da Bancada Ativista, Sâmia Bomfim (PSOL) fez parte do Movimento Passe Livre (MPL) e se elegeu vereadora em São Paulo com 12.464 votos, em 55º lugar.

O famoso Canecão localizado em Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro, já foi palco de grandes artistas como Elis Regina, Tom Jobim e Maysa. Após dez anos de abandono, o espaço voltou a ter música e arte há duas semanas. “Desocupar o canecão que estava ocupado de entulhos, para ocupar com cultura”. Essa é a proposta do movimento Ocupa MinC.

“Esse é um movimento horizontal, suprapartidário de resistência. A nossa pauta é o Fora Temer”. Afirma Ana Karenina, uma das responsáveis pela comunicação do Ocupa. Por ser uma ocupação cultural, o movimento se preocupa com a estética e conta com um calendário de programações diversificadas.

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Artistas e grupos de diferentes gêneros musicais e culturais, já deram sua contribuição, como o cantor e compositor Chico Buarque. Na percepção dos representantes do movimento, a cultura vem para mostrar não só para o Rio de Janeiro, mas para o Brasil todo, que ela pode ser sim uma bandeira importante na luta pela democracia, na luta por direitos para todas as minorias.

Visibilidade mundial

“A mídia internacional se informa através dos nossos veículos hegemônicos. E isso faz com que a gente precise ter uma contranarrativa para a mídia do exterior”, explicou Ana Karenina, ao dizer que o Ocupa MinC enxerga os Jogos como uma possibilidade de mostrar à mídia internacional o que está acontecendo no país.

Com um evento de grande porte como as Olimpíadas, os militantes fazem duras críticas à organização. Para eles, o evento significa que “o Rio de Janeiro é o maior responsável pelo golpe no Brasil. Então ele tem que ser o maior responsável pela luta contra o golpe”, afirmou a arte-educadora Verônica Santos.

Atualmente, cerca de 60 pessoas ocupam o local em tempo integral. Quem conheceu a casa de shows em seus tempos áureos, lamenta o abandono atual e apoia a ocupação. “A cultura tem que sair dos muros, a cultura é de todos”, afirmou a psicóloga Rochelle Lobo que acompanha o movimento desde o começo.

Quem visita a ocupação pela primeira vez, se surpreende com a pluralidade cultural oferecida. Foi o caso do professor de educação física Zairo Oliveira, que opinou também sobre a importância de haver essa resistência durante as Olimpíadas.

“Não sou contra as Olimpíadas, só acho que o momento não é agora. Até porque muitas outras coisas estão acontecendo no país e o pessoal só está preocupado com a Olimpíada. É igual carnaval”. Ele afirmou acreditar ainda, que a cidade foi “maquiada” para receber os jogos, a fim e passar uma imagem de tranquilidade, enquanto a saúde e a segurança continuam “um caos”.

Nesta quarta-feira (29), a divulgação de um vídeo nas redes sociais tem causado polêmica no Recife. Os secretários Pedro Eurico, da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, e Marcelino Granja, à frente da Secretaria de Cultura do Estado, aparecem agredindo verbalmente um militante durante ato público.

O desentendimento entre os militantes e os gestores aconteceu na terça-feira (28), durante o evento de inauguração do busto do Padre Antônio Henrique Pereira da Silva Neto, torturado e assassinado durante a Ditadura Militar. Os dois gestores chamam o autor do vídeo, o militante e publicitário Sérgio Urt, de "filho da p***".

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Procurada pela reportagem do Portal LeiaJá, a assessoria de comunicação do secretario de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, informou que o gestor estava em uma pauta externa e que ainda não havia um posicionamento oficial. Já a assessoria de Marcelino Granja informou que ainda não havia nenhuma nota de esclarecimento sobre o comportamento do gestor filmado pelo ativista.

No vídeo, o ativista chama os secretários de golpistas e faz uma série de críticas, como "secretário boca suja" e "secretário descontrolado". Confira:

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"Essa gestão apoiou o golpe contra Dilma e não pode ter legitimidade moral para lançar uma homenagem a um padre que foi torturado na ditadura", afirmou Urt, ao revelar que um grupo com cerca de 40 ativistas estavam na inauguração para protestar contra a presença de políticos. O prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), compareceu ao evento, mas não permaneceu por muito tempo por causa do tumulto.

Sérgio Urt critica veemente o comportamento de Marcelino Granja. "Ele partiu para cima de mim, sem eu ter feito nada, além do meu direito de protestar. Nunca tive problemas com esses gestores. Foi uma cena ridícula por parte dos secretários alí presentes na solenidade ilegítima", cravou Urt.

Na Legislação brasileira, agredir verbalmente pode ser considerado crime. De acordo com o Art. 138, "caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime" e rende detenção de seis meses a dois anos, além de multa. O autor da agressão verbal também pode ser indiciado pelo crime de Difamação. Caso condenado, a detenção varia de três meses a um ano.

História

Padre Antônio Henrique Pereira Neto foi ordenado sacerdote, no dia 25 de dezembro de 1965, aos 25 anos de idade, pelo então arcebispo de Olinda e Recife, Dom Helder Câmara. Logo após a ordenação, foi convidado para assessorar Dom Helder e trabalhar na Pastoral da Juventude, sendo orientador espiritual de jovens universitários e secundaristas. Ele esteve ao lado do então arcebispo durante os embates travados pela igreja contra o regime militar. 

Em 25 de maio de 1969, Padre Henrique foi encontrado morto em um terreno baldio no Recife. De acordo com o laudo da época, a morte foi ocasionada por um crime comum, supostamente cometido por toxicômanos, sem motivação política. Já segundo apurações da Comissão da Verdade, “o assassinato do Padre Antônio Henrique foi, eminentemente, um crime político”.

Nesta terça-feira (31), ativistas do Fórum Nacional de Proteção de Defesa Animal realizaram um protesto em frente ao restaurante Burger King, na Avenida Faria Lima, em São Paulo, contra a prática de seus fornecedores em manter galinhas e porcas em gaiolas consideradas pequenas. No local, o grupo instalou um porco inflável de três metros de altura. A rede de fast food já cessou esse tipo de política em vários países, mas não no Brasil.

Durante a manifestação, um dos ativistas representou, com uma máscara do bilionário Jorge Paulo Lemann - um dos donos do Burger King -, o ato de libertar uma ave enclausurada. Lemann é o homem mais rico do Brasil de acordo com a revista Forbes e um dos donos da 3G Capital, fundo de investimentos que controla o Burger King em nível global. Um banner foi estendido com o pedido: “Lemann, acabe com a tortura de animais no Burger King”

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Em outubro do ano passado, o Fórum Animal lançou uma petição online junto a oito ONGs latino-americanas pedindo à rede que essa barbárie seja eliminada de sua cadeia em todo o continente. A empresa anunciou que vai extinguir gaiolas para galinhas no mundo todo, mas só estabeleceu data para os EUA, Canadá e México. Nos EUA, se comprometeu a eliminar as gaiolas dos porcos até 2022.

Defesa animal - Na América Latina, a maioria das porcas reprodutoras e galinhas poedeiras mantidas em sistemas industriais é confinada em gaiolas. Um número crescente de empresas vem atendendo a essa demanda. A Arcos Dorados, maior operadora de restaurantes do McDonald’s na América Latina, se comprometeu a eliminar o uso de gaiolas de gestação até 2022.

Esforços do Fórum Animal fizeram com que os três maiores produtores de suínos do Brasil - BRF, JBS e Aurora - se comprometessem a eliminar o uso contínuo de gaiolas nos próximos dez anos. No setor de ovos, a Unilever, dona das maioneses Hellmann’s e Arisco, afirmou que deve eliminar as gaiolas em bateria de sua cadeia até 2020 globalmente, incluindo no Brasil. O Grupo Bimbo - dono de grandes marcas no Brasil como Ana Maria e Pullmann - também prometeu eliminar as gaiolas para galinhas até 2025.

Em vídeo postado no youtube, o deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) fez críticas aos artistas que lutam contra a extinção do ministério da cultura. Em recado debochado, o religioso disse para os "incomodados procurarem o que fazer".

O deputado parabenizou Michel Temer e disse que confia plenamente nos ministros que foram indicados, mas fez uma ressalva. "Eu to preocupado, porque algumas que o senhor indicou para os ministérios não tem coragem. Parece que falta a eles força de encarar ativistas, de encarar movimentos sociais, de encarar artistas e intelectuais que até ontem foram contrários à vossa excelência", disse.

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Depois, Feliciano deu o recado debochado aos artistas. "Vocês estão tristes com o fechamento do ministério da cultura, vão procurar o ministério do trabalho. Vão procurar o que fazer. Parem de ficar sugando nas tetas do governo e vamos fazer o nosso país caminhar", afirmou.

Mulheres - O Pastor ainda tocou polêmico tema da falta de mulheres entre seus ministros. "Essa história pode ser questionada. O PT com essa ideologia de gênero desconstruiu a figura da mulher e do homem. É ensinado nas escolas hoje que o sexo não é definido por aquilo que as pessoas tem entre as suas pernas, ou seja, tem mulheres que mesmo não tendo pênis são chamadas de homens e tem homens que mesmo não tendo vagina são chamados de mulheres. O gênero neutro pregado pelo PT e pelos seus pensadores transformou a gente nisso. Será que entre os seus ministros não tem alguém assim?", questionou. Confira abaixo o vídeo na íntegra:

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Reação - O músico pernambucano Ayrton Montarroyos, que ficou famoso após sua participação no programa The Voice, respondeu ao vídeo de Marco Feliciano. O cantor criticou duramente o deputado do PSC. Veja abaixo:

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Dois militantes da comunidade gay de Bangladesh, um deles funcionário da embaixada americana, foram mortos nesta segunda-feira a golpes de facão em um apartamento, informou um porta-voz de um grupo de defesa dos direitos dos homossexuais à AFP.

Recentemente também tem ocorrido uma série de ataques contra militantes e professores laicos neste país localizado no sul da Índia. "Agressores não identificados entraram em um apartamento e, com golpes de facão, mataram duas pessoas. Outra pessoa ficou ferida", informou o porta-voz da polícia de Daca, Maruf Hussein Sorder.

Os agressores gritaram 'Alá akbar!' (deus é grande), segundo testemunhas interrogadas pela emissora de televisão local Jamma. Embora a polícia não tenha divulgado as identidades dos mortos, um porta-voz do grupo gay "Boys of Bangladesh" informou em uma mensagem de texto enviada à AFP que o editor da revista Roopbaan, Xulhaz Mannan, estava entre as vítimas. Mannan trabalhava na embaixada dos Estados Unidos.

O outro assassinado seria, segundo a fonte, Mahdub Tonoy, também ativista gay e membro do comitê executivo da revista. Mannan foi o fundador e o organização da "Reunião do Arco íris", um encontro anual da comunidade, criado em 2014 e que é celebrado todo 14 de abril em coincidência com o ano novo bengalês.

No entanto, este ano, a realização do encontro tinha sido suspensa pela polícia por motivos de segurança, depois que os organizadores foram ameaçados por grupos islamitas. A comunidade homossexual é muito discriminada e perseguida em Bangladesh, país de maioria muçulmana.

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A chegada de 2016 teve um tom de luta pelo direito à cidade. Essa foi a proposta do Reveillita, que reuniu integrantes do Movimento Ocupe Estelita com o objetivo de promover uma festa da virada independente. A Avenida Cais José Estelita – área central do Recife -, localizada em frente aos armazéns que se tornaram pilares da luta do Movimento, foi o palco da celebração. E como em grandes eventos, é comum que, após as comemorações, muito lixo fique concentrado nas vias públicas. Porém, a partir de uma atitude que confirma os ideais em prol de uma “cidade de todos”, integrantes do grupo resolveram “arregaçar as mangas” e deixar as vias públicas sem sujeira.

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Na manhã desta sexta-feira (1º), após a festa da virada, simpatizantes e integrantes do Movimento Ocupe Estelita se juntaram e recolheram o lixo deixado na Avenida pelo público. Segundo alguns ativistas, o ato também contou com a ajuda de garis da Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb).

A iniciativa dos integrantes foi bastante elogiada pelos internautas que compartilham imagens da limpeza nas redes sociais. “Às 9h da manhã do dia primeiro de janeiro de 2016, galpões, pista e Cais do Estelita já estava assim, limpeza total. Ativistas e garis da Emlurb recolheram o lixo de recicláveis, de uma população que ainda precisa aprender a não jogar embalagens de vidro e plástico no chão, e de uma prefeitura que disponibilize lixeiras e banheiros. Lembrando que o Reveilita foi realizado sem apoio público, nem privado”, postou um dos internautas que apoiou o ato.   

Polos oficiais - Segundo a Prefeitura do Recife, nos polos oficiais do Réveillon local, foram removidas 48 toneladas de lixo durante a limpeza dos espaços de shows. O trabalho teve a participação de 544 profissionais, que atuaram na Praia de Boa Viagem, Pina, Morro da Conceição, Lagoa do Araçá e Ibura. No ano passado, 53 toneladas foram recolhidas das vias públicas.  

 

As forças de segurança francesas usaram gás lacrimogêneo neste domingo (29) em Paris para conter centenas de manifestantes, muitos deles mascarados, que jogaram sapatos e garrafas contra os agentes, durante manifestações contra o aquecimento global, na véspera do início da reunião mundial sobre o clima.

O protesto foi convocado em Paris contra a proibilão de manifestar-se, à margem da COP21. Os manifestantes se reuniram perto da Praça da República, convocados por pequenos grupos "AntiCop21", contrários à conferência do clima da ONU em Paris.

Aos gritos de "Ouçam nossas vozes! Estamos aqui!" e "Estado de emergência, Estado policial, não vão tirar nosso direito de manifestação", os ativistas "AntiCOP21" seguiram para a Praça da República, centro da capital.

Alguns jogaram sapatos e garrafas contra as forças de segurança. Outros chegaram a jogar uma barreira de metal contra a polícia, que reagiu com gás lacrimogêneo e avançou contra os manifestantes.

Paris se encontra em estado de emergência desde os atentados jihadistas de 13 de novembro, que deixaram 130 mortos. As manifestações foram proibidas na cidade.

Ao mesmo tempo, mobilizações em todo o mundo e uma corrente humana em Paris, perto dos locais dos atentados do 13 de novembro, exigiram neste domingo a adoção de um acordo contra o aquecimento global por parte dos 195 países que participam das negociações da COP21.

Milhares de pessoas de todas as idades deram as mãos ao longo de 2 km na avenida Voltaire, na zona leste de Paris, deixando um espaço de 100 metros diante da casa de espetáculos Bataclan. O estabelecimento sofreu o mais letal dos ataques que deixaram 130 mortos na fatídica sexta-feira 13. "Por um clima de paz!", pediam vários cartazes perto do Bataclan.

As manifestações em Paris aconteceram sob um rígido esquema de vigilância policial e, apesar da proibição, atualmente em vigor, da realização de atos públicos na região de Paris.

Quase 10.000 homens das forças de segurança foram enviados para a capital para proteger a cidade durante a Conferência da ONU sobre o Clima. Desse efetivo, 2.800 agentes ficarão na sede da COP21, organizada no parque de exposições aeronáuticas Le Bourget.

Para simbolizar a grande marcha que não pôde acontecer, os ativistas deixaram milhares de sapatos na Praça da República e fizeram um cerco à estátua central para tentar evitar que manifestantes mais radicais usassem velas e outros objetos em homenagem às vítimas como "projéteis".

Segundo os organizadores, quase quatro toneladas de sapatos foram deixados no local, que se transformou em um memorial das vítimas.

As mobilizações pelo clima vão da Austrália, onde milhares de pessoas saíram às ruas, até o México, incluindo várias cidades de todos os continentes.

O objetivo é exigir medidas que impeçam transformações irreversíveis, como secas devastadoras e a elevação do nível dos oceanos. Segundo os estudos de referência, essas mudanças vão ocorrer ao longo deste século, inevitavelmente, se as emissões de gases causadores do efeito estufa se mantiverem em seu nível atual.

COP21 começa na segunda-feira

A partir desta segunda-feira, 30 de novembro, 147 chefes de Estado e de Governo vão participar da cúpula do clima em Le Bourget, ao norte de Paris. O evento reunirá pelo menos 40.000 participantes, entre eles 10.000 delegados de 195 países, além de cientistas, observadores, jornalistas e visitantes.

Barack Obama (Estados Unidos), Xi Jinping (China), Angela Merkel (Alemanha), Dilma Rousseff e Enrique Peña Nieto (México) estão entre os líderes esperados. O objetivo da conferência é limitar o aquecimento a 2ºC em relação à era pré-industrial, reduzindo as emissões poluentes que causam a mudança climática.

Sinal de que o tempo urge para alcançar um acordo antes do fim da conferência em 11 de dezembro, o ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, convocou os delegados a se reunirem a partir de domingo, um dia antes do previsto, para começar a preparar as negociações.

Um grupo de ativistas de proteção aos animais está se mobilizando para resgatar os porcos que ficaram feridos em um acidente com a carreta que os transportavam, no trecho oeste do Rodoanel, quilômetro 14.

A carreta tombou na madrugada desta terça-feira (25) e, desde a manhã, funcionários da concessionária CCR Rodoanel, que administra o trecho, fazem o transbordo dos animais. Os ativistas querem remover os porcos do local e evitar que sejam levados ao matadouro, em Carapicuíba, na região metropolitana de São Paulo. Segundo eles, há cerca de cem porcos no local. A empresa responsável pelos suínos, o frigorífico Raja, não quis se manifestar sobre o caso.

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A apresentadora e ativista do direito dos animais Luísa Mell usou as redes sociais para pedir ajuda. "Veterinários (incluindo os do Instituto Luisa Mell) já estão a caminho para prestar socorros e os ativistas estão negociando com o frigorífico para poder tratar dos animais muito machucados e não entregá-los para o abate", disse a ativista no Facebook.

De acordo com Luísa, "os ativistas estão negociando com o frigorífico para poder tratar dos animais muito machucados e não entregá-los para o abate". Uma vaquinha online foi criada para auxiliar nos custos com o transporte e, até as 16h30, já acumulava mais de R$ 16 mil. O objetivo, segundo a organização, é atingir R$ 50 mil.

De acordo com a CCR Rodoanel, o veículo saiu de Minas Gerais e seguia para Carapicuíba, na sede do frigorífico Raja. A CCR confirma que alguns porcos ficaram feridos. O caminhão segue tombado, mas duas pistas estão liberadas desde às 11h, segundo a concessionária.

O acidente

De acordo com informações da Polícia Militar Rodoviária, o motorista entraria em uma praça de pedágio e resolveu, de última hora, seguir para outra. Esse teria sido o motivo do tombamento.

Cinquenta advogados chineses pró-direitos humanos foram detidos ou perseguidos pela polícia nos últimos dias, indicaram neste sábado ativistas e ONGs, em uma campanha que mostra um endurecimento da repressão de Pequim contra as vozes críticas.

Um escritório jurídico de Pequim, Beijing Fengrui, especializado na defesa dos direitos civis, foi o primeiro a chamar a atenção, depois que ao menos cinco de seus funcionários foram detidos.

Wang Yu, uma de suas experientes juristas, desapareceu na quinta-feira, depois de ter enviado uma mensagem aos seus amigos para avisá-los que indivíduos tentavam entrar em sua casa. "Desde então, não tivemos notícias dela", declarou William Nee, um investigador instalado em Hong Kong, que trabalha para a ONG Anistia Internacional (AI).

Um dia depois, três policiais detiveram outro famoso advogado do Fengrui, Zhou Shifeng, em um hotel de Pequim, e o levaram preso depois de cobrir sua cabeça, contou uma testemunha.

Sua prisão ocorreu após uma colaboradora chinesa da revista alemã Die Zeit, que havia sido defendida por Zhou no outono (boreal), ter sido libertada depois de nove meses de detenção. "Ao menos cinco funcionários do Fengrui foram detidos (...) com o pretexto de uma 'investigação', mas não foram acusados", explicou à AFP o advogado Zhang Qingfang, amigo dos presos.

"A repressão se estendeu muito" e atingiu muitas personalidades emblemáticas da luta pelos direitos humanos na China, disse Nee.

Intimidação

Segundo a AI, 50 advogados e ativistas foram vítimas desta vasta campanha de intimidação em todo o país. "Em muitas cidades pessoas foram detidas interrogadas, desapareceram ou viram sua liberdade de movimento ser limitada", afirmou Nee.

Apenas a metade delas voltou para casa na noite de sábado, enquanto as outras seguiam provavelmente presas, acrescentou a AI.

Uma ONG chinesa, Weiquanwang (Rede de Defesa dos direitos), confirmava a amplitude desta campanha contra os advogados em todo o país, estimando em 57 o número de pessoas perseguidas pela polícia nas últimas 48 horas.

As forças de segurança detiveram na sexta-feira o famoso ativista Li Heping, depois de vasculhar sua casa e apreender seus computadores, segundo o jornal americano The New York Times. Ele se tornou conhecido em casos de expropriações abusivas e havia defendido dissidentes como Chen Guangcheng, o ativista cego que conseguiu fugir aos Estados Unidos.

Liu Xiaoyuan, advogado do artista chinês Ai Weiwei e do intelectual uigur Ilham Tohti (condenado à prisão perpétua por suas ideias "separatistas"), também está entre os presos.

Por sua vez, Sui Muqing, reconhecido defensor dos direitos humanos na província meridional de Guangdong, foi preso na sexta-feira e acusado de "fomentar distúrbios e atiçar discórdias", uma vaga acusação utilizada pelas autoridades para calar as vozes críticas ao regime, segundo a mesma ONG.

Várias ONGs e especialistas denunciaram um endurecimento da repressão de Pequim contra os dissidentes, sob a presidência de Xi Jinping.

Como forma de protesto, duas pessoas se acorrentaram a um navio de apoio das operações de perfuração de petróleo da Royal Dutch Shell, na baía de Bellingham, ao norte de Seattle, nos Estados Unidos, neste sábado (23).

De acordo com um porta-voz dos ativistas, eles estão protestando contra o plano da Shell para a perfuração no Ártico. Segundo ele, o navio é uma embarcação de resgate, utilizada no caso de um vazamento de óleo, o que levanta dúvidas sobre a eficácia da empresa na prevenção de desastres ambientais como a explosão da plataforma Deepwater Horizon, no Golfo do México.

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A guarda costeira local afirmou que não tem intenção de retirar a força os ativistas da embarcação.

Na semana passada, centenas de ativistas em caiaques invadiram Elliott Bay para protestar contra os planos da Shell. Esses ativistas também expressaram preocupação sobre o risco de um derramamento de óleo nas remotas águas árticas e as consequências das operações no aquecimento global.

No início deste mês, o governo dos Estados Unidos aprovou com condições um plano da Royal Dutch Shell para explorar neste verão [boreal] petróleo e gás natural no Oceano Ártico. A empresa planeja investir US$ 1 bilhão em seu projeto no Ártico neste ano, somando isso aos US$ 6 bilhões que ela já gasta com exploração offshore no Alasca nos últimos oito anos. Fonte: Associated Press.

O desembargador Siro Darlan, da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, concedeu na noite desta segunda-feira, 18, uma liminar suspendendo o processo que corre no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro contra 23 ativistas que participaram das manifestações em 2013 e 2014. Eles respondem por associação criminosa e atos violentos durante os protestos. O processo foi suspenso por uma acusação adicional de corrupção de menores que figura nas alegações finais do Ministério Público do Rio, responsável pela acusação.

"Acrescem que a presença de adolescente em suposta associação criminosa não se confunde com o tipo legal de corrupção de menores.

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Entendem os impetrantes, portanto, a ocorrência de cerceamento de defesa e ausência de correlação entre a acusação e sentença, inclusive porque não se adotou o procedimento previsto no artigo 384 do Código Processual Penal", escreveu o desembargador em sua decisão.

Com a liminar, o processo fica suspenso até a 7ª Câmara Criminal julgar a acusação de corrupção de menores presente. A decisão, entretanto, não revoga a ordem de prisão contra Elisa Quadros Pinto Sanzi, conhecida como Sininho, Karlayne Moraes Pinheiro, a Moa, e Igor Mendes da Silva. Silva é o único dos ativistas que ainda está preso - Sininho e Moa estão foragidas e os demais acusados respondem ao processo em liberdade. Os três tiveram um habeas corpus negado pelo Tribunal de Justiça do Rio em dezembro de 2014.

A defesa espera agora que um habeas corpus pedido ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ) em fevereiro deste ano em favor de Sininho, Moa e Igor Mendes da Silva possa ser julgado antes da decisão da 7ª Câmara Criminal.

"Elogio a coragem e a independência da decisão dele (do desembargador Siro Darlan). Ela não deixa o processo ir para a frente para não piorar a coisa. Vendo esse risco, suspendeu o processo até que a Câmara (a 7ª Câmara Criminal) decida sobre essa questão", afirmou o advogado de defesa dos ativistas, Marino D'Icarahy. "Paralelamente, está andando em Brasília um habeas corpus dos três ativistas (Igor Mendes, Sininho e Moa). Lá em Brasília, nós estávamos muito preocupados, porque o andamento está sendo devagar."

Para o advogado, uma possível soltura antes da sentença pode facilitar que, em caso de condenação, os três ativistas recorram em liberdade. "Abre uma possibilidade", avaliou D'Icarahy, que deve entregar as alegações finais da defesa nesta semana.

Já o Ministério Público do Estado do Rio, até as 12h desta terça-feira, 19, não tinha um posicionamento sobre a suspensão do processo.

Os integrantes do movimento Ocupe Estelita que estavam acampados em frente ao prédio do prefeito do Recife Geral Julio, na Rua Neto Campelo, Torre, tiveram que deixar o local na manhã deste sábado (9). A determinação foi do Tribunal de Justiça, após negociação com o gestor municipal. O mandado deveria ter sido cumprido ontem (8), mas o prazo para desmontarem as barracas foi prorrogado para o meio-dia de hoje.

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Os ativistas fazem reivindicações contra o Plano Específico do Cais José Estelita, Santa Rita e Cabanga, que autoriza a construção do Projeto Novo Recife, e querem mesa de negociação com a administração municipal. Eles estavam acampados desde quinta-feira (7), por volta das 18h, na rua que mora Geraldo Julio. Os manifestos continuaram pelas ruas do bairro da Torre e, segundo integrantes do movimento, vão continuar resistindo por tempo indeterminado. 

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Aprovação – Na terça-feira (5) a sanção da lei pelo chefe Executivo Municipal deu carta branca para o início da construção do Projeto Novo Recife, que abrange 13 prédios residenciais e comerciais com até 38 andares. O projeto é criticado pelos ativistas por ser uma área localizada no centro histórico da cidade.

Está programado para a próxima quinta (7), o segundo ato "Salve o Estelita", movimento criado por ativistas contrários ao projeto Novo Recife, que prentender remodelar o Cais José Estelita. A concentração está marcada para as 16h no coreto da Praça do Derby, região central do Recife. Cerca de 1.000 pessoas confirmaram presença pelas redes sociais até às 11h20 desta quarta (6).

Integrantes do Movimento Ocupe Estelita começaram a se concentrar, por volta das 16h desta terça-feira (5), na Praça do Quartel General, próximo da Câmara dos Vereadores, no Centro do Recife. A manifestação foi organizada após o prefeito Geraldo Julio sancionar o Projeto de Lei do Plano Específico do Cais José Estelita, Santa Rita e Cabanga. Os manifestantes percorreram várias ruas da cidade e chegaram a fazer um protesto no Shopping Rio Mar, na zona sul da capital pernambucana.

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Nesta terça-feira, a Prefeitura do Recife divulgou uma nota sobre o Projeto de Lei. No documento a gestão municipal afirma que a aprovação “por unanimidade na Câmara Municipal do Recife, instituindo Plano Específico para o Cais de Santa Rita, Cais José Estelita e Cabanga, encerra um processo de amplo debate com os diferentes segmentos da sociedade”.

Segundo a organização do movimento, mais de 3 mil participaram do ato. No entanto, a PM estimou em 500 o número de manifestantes. "O Ministério Público havia recomendado ao Prefeito Geraldo Julio que retirasse a PL 008/2015 da Câmara e retornasse ao Conselho das Cidades, entendendo as muitas irregularidades que conduziram o processo. Exigimos o cumprimento da recomendação do MPPE pelo prefeito e o estabelecimento de uma mesa de negociação entre o Movimento, a Câmara dos Vereadores, o MPPE e a prefeitura para a anulação da votação e da sanção do Projeto de Lei do Cais José Estelita", diz a descrição do ato em uma página do Facebook.

O estudante e servidor da Universidade de São Paulo (USP), Fabio Hideki, apareceu nesta segunda-feira, 11, em público pela primeira vez desde que saiu da prisão, na quinta-feira passada. Ele foi à assembleia de funcionários da instituição, no vão livre do prédio do curso de História da USP.

No evento, os funcionários discutiam os pontos de continuação da greve contra a falta de reajuste de salários para professores e funcionários da USP. Hideki foi recepcionado com fogos e aplausos. Os funcionários da universidade gritavam "Hideki é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo".

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O estudante agradeceu às pessoas que o ajudaram no período em que esteve preso e disse que o apoio foi fundamental para a soltura dele. Disse ainda que não poderia citar todos os nomes, para não ser injusto. E agradeceu especialmente aos advogados que o ajudaram em sua soltura e que estão trabalhando para a soltura de outros manifestantes ainda presos.

Receoso, Hideki disse que teria "cuidado" em seu primeiro discurso público. No ato, ainda deu a entender que havia policiais à paisana, em busca de informações sobre ele. "Vocês sabem que, se deixar, eu falo muito, mas eu vou tomar cuidado, pois eu sei que isso aqui é uma declaração pública. Antes de mais nada, eu queria dar um tchau para os P2 (policiais do setor de inteligência da Polícia Militar)", disse. "Os P2 estão doidos para anotar o que eu estou falando."

Liberdade

Hideki foi libertado na quinta-feira, após 45 dias de prisão. Ele e o professor de inglês Rafael Lusvarghi, de 29 anos, foram detidos no dia 23 de junho em uma manifestação na Avenida Paulista, no centro, sob a acusação de "porte de explosivos, associação criminosa e incitação à depredação do patrimônio público". No entanto, laudos do Instituto de Criminalística e do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) mostraram que os artefatos achados pela Polícia Civil com os dois não eram explosivos.

Na quinta, o juiz Marcelo Matias Pereira, da 10ª Vara Criminal do Fórum da Barra Funda, entendeu que a falta de comprovação de que eles portavam explosivos "fragilizou" a necessidade de manter a dupla encarcerada e eles foram libertados.

Greve

Na assembleia, os funcionários votaram pela continuação da greve na universidade. Eles afirmaram que terão uma reunião na próxima quarta-feira com o reitor da USP, Marco Antonio Zago, para negociar a devolução dos salários cortados pelos dias de paralisação. Eles agendaram ainda um ato público, na quinta-feira, que deve ir da Cidade Universitária, no Butantã, na zona oeste, até o Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi, zona sul.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Laudos do Instituto de Criminalística (IC) e do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) mostram que artefatos encontrados pela Polícia Civil com dois manifestantes detidos em um ato contra a Copa do Mundo em 23 de junho, em São Paulo, não eram explosivos. O estudante Fabio Hideki Harano, de 26 anos, e o professor de inglês Rafael Lusvarghi, de 29, estão presos há 43 dias, acusados de porte de explosivos, associação criminosa e incitação à depredação do patrimônio público.

O porte de explosivos foi usado pela polícia em inquérito para justificar os pedidos de prisão. Mas, segundo o IC e o Gate, o material não tinha nem sequer poder incendiário. O IC revelou que o material apreendido com os jovens era "inerte", com partículas de substâncias como potássio e composto de carbono. Depois, peritos do Gate assinalaram que os artefatos não provocariam "ofensa à integridade física nem tinham capacidade explosiva".

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Os relatórios do IC e do Gate foram encaminhados ontem à Polícia Civil. Cópias foram enviadas aos advogados dos presos. Os dois acusados declararam em depoimento que não eram "black blocs" e que tinham sido humilhados pela Polícia Civil após a prisão.

O porte de explosivos pode resultar em prisão de até seis anos, em regime fechado.

As defesas devem apresentar hoje novo pedido de liberdade dos réus. Harano, funcionário da farmácia do Centro de Saúde Escola Butantã e estudante de Comunicação da USP, disse ter sido agredido por policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Os agentes também teriam machucado o manifestante na viatura que o levou da Avenida Paulista, local do protesto, à delegacia. Harano está preso na Penitenciária de Tremembé.

Sub judice

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que "os fatos estão sub judice e foram objeto de denúncias oferecidas pelo Ministério Público Estadual ao Poder Judiciário, que manteve as prisões preventivas" dos dois. "As denúncias, que não se baseiam apenas em objetos encontrados com ambos, se converteram em processos judiciais, nos quais Harano e Lusvarghi figuram como réus."

Sobre a acusação de agressão ao manifestante, a SSP havia afirmado, na semana passada, que não tinha registro do caso.

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