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Após a greve geral da última sexta-feira (28), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) quer mais. Nesta segunda-feira (1º), feriado do Dia do Trabalho, a central convocou movimentos sociais, centrais sindicais, Frente Povo Sem Medo e outras entidades que são contra o governo Temer, em especial, às reformas trabalhista e previdenciária que estão sendo encaminhadas no Congresso Nacional, para uma nova manifestação. A concentração para o ato inicia às 9h, na Praça Oswaldo Cruz, no bairro da Boa Vista, área central do Recife. 

Sobre mais um protesto, o presidente da CUT-PE, Carlos Veras, afirmou que será “um grande dia” celebrando a luta da classe trabalhadora. Em entrevista concedida ao LeiaJá, na semana passada, Veras chegou a dizer que não haverá nenhum momento de trégua ao presidente Michel Temer (PMDB). 

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“Está claro que querem retirar direitos dos trabalhadores para dar aos banqueiros. Os trabalhadores estão conscientes vai ter muito mais. Quanto mais o governo insistir, nós vamos fazer mais”, avisou. O sindicalista ainda declarou que as reformas em andamento não serão aprovadas. O texto que atualiza a legislação trabalhista já passou pela Câmara e agora segue ao Senado. Já o da Previdência ainda está em análise na primeira Casa.  

Também estarão presentes na manifestação de hoje o Movimento de Trabalhadores Cristãos (MTC) e o Fórum Dom Helder Câmara.

Em São Paulo, haverá uma manifestação na Avenida Paulista e shows de artistas na Praça da República promovida pela CUT, CTB e Intersindical. Na Praça Campo de Bagatelle, a Força Sindical também realiza um ato com shows e até sorteios de carros.

 

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), argumentou neste domingo (30), que o veto à Central Única dos Trabalhadores (CUT) de realizar o ato de 1º de Maio na Avenida Paulista não foi uma decisão da Prefeitura. Segundo ele, a gestão municipal só cumpriu uma determinação da Justiça assinada em Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) no governo Fernando Haddad.

Doria disse que apenas solicitou uma consulta sobre o assunto ao Tribunal de Justiça de São Paulo, que ratificou a decisão e ainda determinou o pagamento de uma multa de R$ 10 milhões caso haja descumprimento da decisão. "Espero que a CUT mostre que respeita as leis e tome uma decisão equilibrada de não entrar em confronto com a Justiça", disse em conversa com jornalistas após participar da cerimônia oficial de inauguração da Japan House, na Avenida Paulista, no centro da capital.

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Doria ainda disse que deu autorização prévia para a central sindical realizar seu evento tradicional do feriado do Dia do Trabalhador no Vale do Anhangabaú, também na região central de São Paulo, como fez no ano passado. "Lá tem espaço, tem acesso. Na Avenida Paulista, não pode por determinação ratificada por um desembargador de Justiça, não porque não queremos", reforçou.

Segundo ele, diferentemente das outras três centrais sindicais, a CUT não fez solicitação formal para realizar o evento na cidade. "A CUT apenas anunciou que faria na Avenida Paulista e na Paulista não pode."

Lula

Questionado sobre a declaração do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula do Silva, que disse em entrevista ao jornal SBT Brasil que Doria queria apenas cinco minutos de glória, o prefeito afirmou que dedicava a mesma frase que o marqueteiro João Santana dirigiu à ex-presidente Dilma Rousseff: "Estendo a frase de amnésia moral que João Santana disse à Dilma ao ex-presidente Lula."

Ciclovias

O prefeito foi alvo de manifestação por parte de ciclistas que estavam na Avenida Paulista, diante de notícias de que sua administração avalia transformar parte da atual malha cicloviária em ciclorotas. Em reposta, Doria afirmou não ser contrário aos ciclistas, mas disse que a secretária de Transportes da cidade de São Paulo está fazendo um amplo estudo de viabilidade das ciclofaixas, ciclovias e ciclorotas. "É importante ressaltar que eu apoio as ciclovias e gosto dos ciclistas", disse.

Japan House

Durante seu discurso na cerimônia de inauguração da Japan House, espaço criado para mostrar a cultura japonesa do século XXI, o prefeito paulistano exaltou a relação que São Paulo tem com o país asiático. "São Paulo é a maior cidade brasileira fora do Japão. Há uma história que nos une há mais de 100 anos. Quero registrar aqui em nome da população da cidade de São Paulo o orgulho que tem a nossa cidade com a inauguração da Japan House."

A Justiça de São Paulo determinou na noite deste sábado, 29, que a Central Única dos Trabalhadores (CUT) não poderá fazer o evento em comemoração do Dia do Trabalhador na Avenida Paulista, na segunda-feira (1º), como vinha divulgando. A ação foi protocolada pela Prefeitura de São Paulo na última quinta-feira.

Na decisão, o juiz Emanuel Brandão Filho afirma que a CUT não tem autorização prévia para realização do evento e que a determinação está por "zelar o cumprimento das normas municipais". Além disso, estabelece multa de R$ 10 milhões, se houver descumprimento da ordem judicial.

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"A realização em via pública de uma festa/celebração da magnitude que é a do 'Dia do Trabalho' (sic) (que, como se verifica do anúncio no sítio do réu, contará, como de costume, com shows de música) não prescinde da prévia autorização do Poder Público competente, inclusive para que organize, prepare o local (com banheiros químicos, postos para atendimento emergenciais de saúde, organização do trânsito, segurança, mínima que seja, aos frequentadores do evento, etc) e fiscalize", escreve o juiz.

A CUT afirmou, por meio de assessoria, que o evento foi autorizado e que irá recorrer da decisão. "O 1º de Maio já está convocado, não tem como desconvocar. O juiz não proibiu o lazer na Avenida Paulista, mas sim, o show. Se não tiver como reverter isso, evento será sem. Vai ter evento, com ou sem show", afirmou a assessoria da entidade.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE), Carlos Veras, reagiu aos comentários irônicos do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC), que divulgou um vídeo em seu Facebook de uma confusão no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, nessa sexta (28). Nas imagens, alguns homens envolvidos na briga aparecem com blusas vermelhas com a logomarca da Central. Sobre o assunto, Bolsonaro disparou. “A CUT usando seus métodos democráticos no aeroporto Santos Dumont. Essa é a mesma CUT que diz defender trabalhadores”. 

Em entrevista ao LeiaJá, neste sábado (29), Veras não mediu as palavras para falar sobre o parlamentar afirmando que, além de Bolsonaro ser um “péssimo parlamentar”, usufrui de polêmicas para se promover. “É um deputado que não comparece e não trabalha nas comissões, que não faz nada e que não tem atuação. Além de ser homofóbico, é um cara racista, covarde, metido a ditador, que quer ver o trabalhador sendo explorado”, cravou. 

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Carlos Veras também declarou que não será através da CUT que o deputado vai conseguir se promover. “Bolsonaro não tem respeito por ninguém. É uma pessoa extremamente insignificante, então não seremos nós que iremos dar ibope a essa tentativa de se promover desse que se diz parlamentar, mas que não faz o papel de um. O que vem de Bolsonaro não merece comentário”, acrescentou. 

O presidente da central ressaltou, ainda, que a greve de ontem foi a maior que ocorreu no Brasil desta geração. “Nós avisamos que íamos parar Pernambuco do sertão ao litoral. Foi o começo. Vai ter muita luta porque se Temer e seus aliados acham que os trabalhadores vão aceitar a retirada de cabeça para baixo sendo omisso não vamos não. Vai ter luta, vai ter resistência, vai ter greve, mas não vão retirar os nossos direitos”, garantiu. 

Veras ressaltou que a próxima segunda-feira (1), quando comemora-se o Dia do Trabalho, haverá mais protestos. O ato acontece na Praça Oswaldo Cruz, no bairro da Boa Vista. “Vamos realizar um grande primeiro de maio celebrando a luta em memória da classe trabalhadora”, destacou.

Nesta sexta-feira (28), dia de greve geral em todo o país, um grupo criou um evento no Facebook para ofertar e solicitar caronas até o público na Praça do Derby, às 14h. Com a adesão dos rodoviários à paralisação, mais de 700 pessoas estão se mobilizando na rede social para conseguir chegar ao centro do Recife. 

"Se a luta pelos direitos trabalhistas é de todos, temos que batalhar juntos. Criei este evento com a intenção de que as pessoas possam combinar entre si a partilha de um transporte privado ou o oferecimento de uma carona aqueles que desejam seguir rumo a praça do Derby dia 28/04, às 14h", diz o evento. 

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A manifestação deve deixar a Praça do Derby por volta das 15h e seguir em direção ao Marco Zero do Recife. Também nesta sexta, estão sendo realizados atos em mais de 30 municípios de Pernambuco. 

O líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT), vai acompanhar os protestos na capital pernambucana e deve chegar às 15h, no Derby. Participam da manifestação representantes das sindicais CUT, Intersindical, Conlutas, Força Sindical, além das frentes de mobilização do Povo Sem Medo e do Brasil Popular.

Se as eleições presidenciais fossem hoje, o ex-presidente Lula seria eleito em primeiro turno em todos os cenários pesquisados, mostra pesquisa CUT/Vox Populi, realizada entre os dias 6 e 10 de abril.

Lula tem de 44% a 45% dos votos válidos contra 32% a 35% da soma dos adversários nos três cenários da pesquisa estimulada. São os votos válidos, excluídos os nulos, em branco e abstenções, que valem para definir o resultado das eleições.

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Na comparação com Aécio (13% em dezembro e 9% em abril), Lula subiu de 37% em dezembro para 44% em abril. Jair Bolsonaro (PSC-RJ) subiu de 7% para 11% das intenções de voto. Marina se manteve com 10% e Ciro Gomes (PDT-CE) os mesmos 4%. A soma dos adversários é de 34% dos votos válidos, os únicos contabilizados pelo Tribunal Superior Eleitoral. 

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Na comparação com Alckmin (10% em dezembro e 6% em abril), Lula sobe para 45% contra 38% em dezembro. Bolsonaro subiu de 7% para 12%. Marina caiu de 12% para 11% e Ciro de 5% para 4%. A soma dos adversários é de 33% das intenções de votos.

Na comparação com Doria, Lula tem 45% das intenções de voto; Marina e Bolsonaro empatam com 11%; Ciro e Doria empatam com 5%; ninguém/ bancos/nulos têm 16%; não sabem/não responderam têm 7%. A soma dos adversários é de 32%.

Lula também vence no segundo turno

Nas simulações de segundo turno, Lula também vence todos os candidatos. Se as eleições fossem hoje, Lula venceria Aécio Neves (PSDB-MG) por 50% a 17% das intenções de voto; Geraldo Alckmin (PSDB-SP) por 51% a 17%; Marina Silva (Rede-AC) por 49% a 19%; e João Doria (PSDB-SP) por 53% a 16%. 

Lula é o mais citado espontaneamente

No voto espontâneo, quando os entrevistados não recebem as cartelas com os nomes dos candidatos, Lula também vence todos os possíveis candidatos. Lula tem 36% das intenções de voto – em dezembro eram 31%; Doria surgiu com 6% das intenções. Aécio, Marina e Alckmin registraram queda de intenção de votos em relação à pesquisa realizada em dezembro do ano passado. Aécio caiu de 5% para 3%; Marina, de 4% para 2%; FHC, de 3% para 1%; e, Alckmin, de 2% para 1% - 8% disseram que votariam em outros; ninguém/branco/nulo totalizou 14% e não sabe/não responderam 29%. 

Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, “quanto mais os brasileiros conhecem o presidente ilegítimo e golpista Michel Temer, mais avaliam seu desempenho como ruim e péssimo (65%) e mais sentem saudade do ex-presidente Lula”. 

Avaliação de Lula

Algumas perguntas feitas pela pesquisa CUT-VOX confirmam a tese do presidente da CUT. À pergunta quem é o melhor presidente que o Brasil já teve 50% responderam que é Lula (em dezembro eram 43%). O segundo colocado é FHC, que registrou queda na preferência do povo: 11% em abril contra 13% em dezembro/2016.

Segundo a pesquisa, Lula, para os brasileiros, é trabalhador (66%), um líder e um bom político (64%), bom administrador/competente (58%), é capaz de enfrentar uma crise (58%), entende e se preocupa com os problemas das pessoas (57%), é sincero/tem credibilidade (45%) e é honesto (32%).

Aumentou para 57% o percentual de brasileiros que acham que Lula tem mais qualidades que defeitos (35%). Em dezembro do ano passado, 52% achavam que ele tinha mais qualidade e 39% mais defeitos.

  

Também aumentou para 66% (em dezembro eram 58%), o percentual dos entrevistados que acham que Lula cometeu erros, mas fez muito mais coisas boas pelo povo e pelo Brasil. Já os que acham que ele errou muito mais do que acertou caiu de 34% em dezembro para 28% em abril. 

Já em relação aos que admiram Lula, apesar da perseguição cruel da Lava Jato, aumentou de 33% para 35% o percentual dos que admiram Lula. Em dezembro de 2016, 33% dos entrevistados admiravam/gostavam muito de Lula; em abril o percentual aumentou para 35%. Já o percentual dos que não admiram/nem gostam caiu de 37% no ano passado para 33% este ano. 

Para 58% dos brasileiros, a vida melhorou nos 12 anos de governos do PT, com Lula e Dilma. Apenas 13% disseram que piorou e 28% responderam que nem melhorou/nem piorou.

Dados - A pesquisa CUT-VOX POPULI entrevistou 2.000 pessoas, em 118 municípios brasileiros. A margem de erro é de 2,2 %, estimada em um intervalo de confiança de 95%. Foram ouvidas pessoas com mais de 16 anos, residentes em áreas urbanas e rurais, de todos os Estados e do Distrito Federal, em capitais, Regiões Metropolitanas e no interior.

Com informações do site da CUT

As reformas da Previdência e trabalhista devem ser o centro do debate na Câmara dos Deputados durante esta semana. Isto porque está prevista para amanhã a leitura do relatório da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016 que revisa as regras previdenciárias e para a próxima semana a votação do substitutivo sobre as normas trabalhistas. A discussão sobre os assuntos, entretanto, têm ultrapassado a Casa e será o tema 6º Grito de Terra que acontece em Pernambuco nesta segunda-feira (17). 

A partir das 14h, centrais sindicais de todo o estado vão sair em passeata da frente a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) até o Palácio do Campo das Princesas, para cobrar uma postura do governo do estado sobre o assunto e apresentar uma pauta de reivindicações. O Grito é organizado conjuntamente pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Federação dos Trabahadores Rurais de Pernambuco (Fetape), o Movimento Sem Terra (MST) e a Associação de Orientação às Cooperativas do Nordeste (Assocene). 

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As reformas também estão sendo discutidas na manhã de hoje em uma audiência pública na Alepe, com a participação, além dos sindicalistas, de deputados estaduais e do deputado federal Silvio Costa (PTdoB). 

Os atos, de acordo com o presidente da CUT em Pernambuco Carlos Veras, são para reforçar a greve geral prevista para o dia 28 de abril e uma mobilização nacional contra a leitura do relatório da reforma da Previdência marcada para amanhã (18). 

“Esses projetos vão acabar de vez com direitos historicamente conquistados pelos trabalhadores e trabalhadoras, especialmente os rurais, e não podemos permitir que este governo golpista acabe com eles. No dia 28 de abril, vamos parar o Brasil, com uma greve geral. As cidades paradas e vazias denunciarão, repudiarão e  condenarão o desmonte da Previdência e da legislação trabalhista”, pontuou Veras.

Cerca de 90 mil pessoas estão ocupando a avenida Paulista, região central de São Paulo, em manifestação contra a reforma previdenciária proposta pelo governo. Os protestos organizados pelas centrais sindicais tomaram ruas e avenidas da capital paulista na manhã dessa quarta-feira (15). O movimento foi batizado pelos sindicalistas como Dia Nacional de Luta e paralisou os transportes públicos da cidade nas primeiras horas de hoje. Entre meia-noite e 8h, ônibus não circularam, e o metrô começou a normalizar o funcionamento no meio da tarde, por volta das 16h.

Professores da rede pública de ensino, que teve as aulas suspensas em alguns pontos da cidade, também se reuniram e estão se dirigindo para o local dos protestos, em frente ao Museu de Artes de São Paulo. Metalúrgicos também devem se deslocar para a Paulista, a fim de acompanhar o discurso do ex-presidente Lula, que deverá falar aos manifestantes por volta das 19h.

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No início da manhã, manifestantes bloquearam rodovias e avenidas da cidade. Em um bloqueio na zona sul, manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) exibiram faixas pedindo a saída de Michel Temer do governo. Pessoas bloquearam o acesso à Rodovia Regis Bittencourt ateando fogo em pneus.

A pressão dos movimentos sociais e partidos de oposição contra a aprovação da reforma da Previdência, em tramitação no Congresso Nacional, tem sido uma constante nas últimas semanas. Na próxima quarta-feira (15), a postura ganhará um reforço. Isso porque eles pretendem sair às ruas do país em manifestação para refutar a atualização das regras previdenciárias. 

No Recife, o ato que integra o Dia Nacional de Paralisação Contra a Reforma da Previdência será às 9h, com concentração na Praça Oswaldo Cruz, no bairro da Boa Vista. De acordo com o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Pernambuco, Carlos Veras (PT), diversas categorias do setor público vão paralisar as atividades neste dia e os professores vão protagonizar uma greve nacional na capital pernambucana.

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Segundo Veras, a principal intenção dos grupos é combater o sucesso do que eles chamam de “reforma criminosa” e mostrar para a população as “articulações sórdidas” que o presidente Michel Temer (PMDB) têm feito com os parlamentares para a aprovação do texto no Congresso. “Ele tenta manipular as pessoas e criar um medo na população dizendo que as consequências da reprovação da reforma hoje serão drásticas no amanhã”, observou em entrevista ao LeiaJá.

Na análise do presidente da CUT-PE, os argumentos do Governo Federal para justificar o teor do texto da Proposta de Emenda à Constituição 287/2016 não são plausíveis. “Não tem necessidade de atacar o direito dos trabalhadores. Ele [Michel Temer] diz que o texto é baseado no aumento da estimativa de vida dos brasileiros, mas  isso se dá porque eles estão vivendo melhor, comendo melhor. Deveria ser comemorado. É por isso que classificamos a PEC como uma reforma criminosa, quer que as pessoas morram mais cedo, não vivam o desenvolvimento”, ponderou. 

A tese de que a reorganização das regras também vai reequilibrar as contas públicas também foi refutada por Veras. “É falsa e mentirosa essa argumentação do governo. Como vão aumentar os empregos, por exemplo, se as empresas vão fechar? Eles querem privatizar a previdência pública e reduzir o papel do estado. Ninguém consegue se aposentar com 65 anos de idade tendo que pagar 49 anos a previdência. Não é só a aposentadoria que vai ser atacada é um verdadeiro massacre para cima dos trabalhadores. Todos serão atingidos”, afirmou. 

Fazendo ainda um panorama da postura de diversos parlamentares, Carlos Veras acusou Michel Temer de usar o dinheiro público para “fazer jantares com os parlamentares e distribuir cargos para que eles votem em favor da proposta”. “Vamos mostrar o nome e a cara de cada deputado e deputada federal que se colocar favorável a esta proposta. Quem votar a favor terá uma situação difícil em 2018 [na eleição], pois a população já entendeu que esta reforma não reforma, deforma, retira direitos e não melhora em nada”, salientou. Para Veras, a melhor solução para a previdência no país e a cobrança da dívida das grandes empresas com o setor.

"Nenhum direito a menos". Sob este mote, diversas entidades sindicais definiram, após reunião na última segunda (13), um Dia Nacional de Paralisações, Mobilização e Luta Contra a Reforma da Previdência. A data estabelecida pelo movimento foi 15 de março, uma quarta-feira. 

Entre as instituições envolvidas no ato estão a Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central Sindical e a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB). Antes do dia da grande manifestação, membros das entidades farão atividades menores nas capitais federais. 

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Segundo o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, é urgente "alertar as pessoas sobre o real objetivo das mudanças que afetam toda a classe trabalhadora. Temos de unier o Brasil inteiro em uma luta diária e robusta contra todos que pretendem aprovar essa injustiça". 

Os movimentos criticam a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 287. Para eles, as mudanças previstas inviabilizam benefícios e significam, na prática, o fim da aposentadoria para milhões de brasileiros. 

Foi marcado para esta quinta-feira (12) um protesto em parceria com o Sindicato dos Bancários e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) em defesa das empresas públicas. O ato, com concentração em frente a agencia da Caixa Econômica Federal, na Avenida Conde da Boa Vista, área central do Recife, já reúne manifestantes desde as 12h. O fim do protesto está previsto para as 14h.

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O encontro visa realizar integração em relação à campanha "Se é público, é para todos". De acordo com o Sindicato, esta mobilização foi retomada “em virtude das medidas de desmonte das empresas públicas que vem sendo adotadas pelo governo ilegítimo do presidente Michel Temer”. Isto ainda é endossado pela entidade diante do processo de reestruturação feito pelo Banco do Brasil e com o fechamento de 402 agências no país. Além disso, é apontado que a Caixa também visa um conjunto de medidas a fim de cortar despesas. Na ocasião ainda será celebrado, com debates, os 156 anos da Caixa, único banco 100% público do país.

Programa de Demissão Voluntária (PDV) da Caixa

O Sindicato apresenta os detalhes da medida que será lançada pela instituição financeira. “O PDV que será lançado pela Caixa resultará no corte de cerca de 10 mil empregados e, consequentemente, haverá precarização dos serviços. A estatal também prevê fechar 100 agências em todo o país”. 

O órgão ressalta que essas reduções refletem nos serviços oferecidos pelo banco e destaca o fomento para programas como Minha Casa, Minha Vida, Bolsa Família, e é responsável pela gestão de recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) - financia obras de saneamento e infraestrutura. Além disso, o Sindicato denuncia que, silenciosamente, a presidência do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) também planeja sua reestruturação. 

Diversas centrais sindicais de Pernambuco se reuniram nesta quinta (24) e prometeram para a próxima sexta-feira (25) manifestações maiores que a do dia 11 de novembro. O dia 25 de novembro será mais um Dia Nacional de Paralisações e Greves. Os trabalhadores são contra o governo de Michel Temer, a PEC do Teto, as reformadas da Previdência e Trabalhista e a liberação total das terceirizações.

Estão previstos novos protestos, bloqueios de ruas, panfletagens e piquetes. Às 15h, na Praça do Derby, centro do Recife, começará a concentração para o grande ato que deve seguir pela Avenida Conde da Boa Vista, também no centro da capital. “Vai haver paralisações e atos do litoral ao Sertão”, ameaçou Carlos Veras, presidente da Central Única dos Trabalhadores em Pernambuco (CUT-PE). 

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Entre as categorias que prometem participar das manifestações estão os policiais civis, professores, petroleiros, operários da construção civil, bancários, servidores do Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco (Detran-PE), operários e trabalhadores da agricultura familiar. 

Além do Recife, haverá manifestações em vários pontos do estado, como nas estradas. Os movimentos evitaram detalhar os locais em que as ações vão ocorrer, mas adiantaram que vai haver atos em Petrolina e Serra Talhada, no Sertão. 

De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Civis  (Sinpol), Áureo Cisneiros, a categoria já está mobilizada para a paralisação. “Só vão ser feitos os flagrantes. Todos os outros serviços vão estar paralisados”, explicou. 

Os líderes das centrais sindicais também criticaram o posicionamento do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE), de que iriam garantir o pleno funcionamento dos ônibus e que solicitaram a segurança na circulação dos coletivos. O Sindicato dos Rodoviários, entretanto, já se adiantou dizendo que não vai participar das manifestações. 

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O presidente Michel Temer mobiliza a Força e a União Geral dos Trabalhadores (UGT) para tentar rachar o movimento sindical, reduzir a oposição às reformas da Previdência e trabalhista e esvaziar ações contra o governo planejadas pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), a maior central brasileira e ligada ao PT. Até o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, deverá conversar com sindicalistas aliados para barrar eventual impacto negativo das propostas entre os trabalhadores.

O governo espera que as duas centrais, que juntas superam a CUT em número de sindicatos filiados, ajudem ao menos a "embalar" o discurso sobre a necessidade das reformas. Em troca, o Planalto deverá ceder às reivindicações dos aliados e ampliar seus espaços na gestão.

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Após ser recebido em audiência privada de 40 minutos com Temer na quarta-feira, 9, o presidente da UGT, Ricardo Patah, saiu do encontro com o compromisso de levar Meirelles a uma plenária na sede da entidade em São Paulo. A exemplo do titular da Fazenda, Patah é filiado ao PSD de Gilberto Kassab, atual ministro de Ciência, Tecnologia e Comunicações.

"Faremos o encontro daqui a uns dez dias. Será uma reunião grande. O Michel gostou da ideia. Ele quer que o debate com a equipe econômica não se limite ao meio empresarial. A sociedade tem de participar", afirmou Patah ao Estadão.

"Vou chamar todos os presidentes estaduais para acompanhar a fala do ministro Meirelles. Vamos nesse diálogo superar as dúvidas sobre a retirada de direitos. Nossa relação com o governo é respeitosa. Não vamos ser contra apenas por sermos contra", disse Patah. A assessoria de Meirelles informou que o encontro com os sindicalistas ainda não foi marcado.

Patah disse também que Temer pretende enviar a reforma da Previdência ao Congresso Nacional no dia 3 de dezembro e a trabalhista no começo do próximo ano.

O primeiro triunfo da estratégia do presidente já foi obtido com o esvaziamento do chamado Dia Nacional de Greve, promovido pela CUT na sexta-feira. A UGT e a Força optaram por não participar. Em vez disso, marcaram uma manifestação para o próximo dia 25. "Nós falamos para a CUT que não iríamos, e a data era dia 25. Até porque a data de hoje (sexta-feira, 11) ia ter 'fora, Temer', e isso para a gente é coisa do passado", afirmou o deputado Paulinho da Força (SD-SP).

A manifestação do dia 25 vai tratar de dois temas que, na avaliação do Planalto, serão definidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF): a terceirização e a prevalência do acordado sobre o legislado em questões trabalhistas. A expectativa da equipe econômica é de que pelo menos metade da reforma trabalhista seja resolvida na Justiça, o que eliminaria dois problemas: livraria o governo Temer do desgaste e esvaziaria a oposição.

"Não há a possibilidade de se fazer greve geral. Iríamos ficar na rua falando de greve geral e o povo trabalhando. Para se fazer greve, você tem de ter motivo. E não temos", disse Paulinho.

Aliados

Juntas, a UGT e a Força têm 2.892 entidades, contra 2.319 da CUT, que reúne mais de 30% dos sindicalizados. Incentivadas pelo Planalto, Força e UGT cogitaram até uma fusão há alguns meses, mas a ideia, por enquanto, não avançou.

Segundo um interlocutor do governo no Congresso, a ideia é que as entidades cumpram na gestão Temer o mesmo papel que a CUT exerceu nos governos do PT: críticas pontuais combinadas com o apoio institucional e veto ao "fora, Temer".

"Estaremos em contato com as centrais sindicais para dirimir quaisquer arestas que tiverem na proposta de reforma trabalhista que o governo pretende encaminhar. E aí estão incluídas todas elas, até mesmo a CUT, se quiser conversar", disse ao Estadão o ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima.

Pressão

Enquanto recebe o apoio dessas duas centrais na base, Temer é pressionado a aumentar o espaço na administração federal dos partidos ligados à Força e à UGT.

Líder da Força, Paulinho quer que a Secretaria de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Agrário, atrelada à Casa Civil, volte a ter status de ministério. "Houve um compromisso do presidente Michel Temer de transformar em ministério. Ele nos pediu para aguardar um pouco e estamos aguardando que ele nos chame", disse.

Antes mesmo de o governo atender ao pedido de Paulinho e criar secretarias ligadas à Casa Civil para tratar de questões fundiárias, o presidente do Solidariedade já havia indicado ao Planalto os nomes para ocupar diversas posições no governo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os trabalhadores do setor de transportes de Guarulhos decidiram fazer uma greve nessa sexta-feira (11) que envolve as empresas que administram as linhas municipais e intermunicipais. O Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários no Transporte de Passageiros, Urbano, Suburbano, Metropolitano, Intermunicipal e Cargas Próprias de Guarulhos e Arujá em São Paulo (Sincoverg) tomou essa iniciativa na assembleia realizada na última terça-feira (8), em uma reunião com representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical e outras frentes sindicais de todo o país.

Com o intuito de protestar contra as medidas do governo Michel Temer, os sindicatos querem mobilizar os profissionais de transporte de cargas e passageiros do Brasil para o “Dia Nacional de Greve – Nenhum Direito a Menos”. Segundo a categoria, as reformas e propostas de cortes orçamentários representam um retrocesso e são prejudiciais. São citadas a Reforma de Estado, da Previdência, do Ensino Médio, as novas regras para terceirização, Reforma Trabalhista, a conduta da Polícia Militar com manifestantes e a PEC do Teto de gastos públicos.

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A paralisação dos transportes deve ocorrer entre as 4h e as 7h de amanhã, atingindo cerca de 500 mil pessoas no município. Dentro do estado, também está confirmada a paralisação dos trabalhadores do setor de transportes em Sorocaba. Os profissionais da Educação também foram convocados pelas centrais sindicais a participar das paralisações.

Cerca de 20 mil pessoas, entre professores das redes municipal e estadual de São Paulo e cidadãos convocados pelas centrais sindicais, participam de um ato nesta tarde na avenida Paulista, na altura do Museu de Artes de São Paulo (MASP). A assembleia é parte das manifestações pelo Dia Nacional de Paralisação e Mobilização das Categorias. Além de ressaltar a contrariedade às reformas trabalhista e previdenciária, propostas pelo atual governo, os manifestantes também querem a revisão do projeto de modificação da estrutura do ensino médio.

Está marcada para o dia 5 de outubro a paralisação nacional da categoria, que já conta com o apoio de diversas centrais sindicais e foi iniciada pelos movimentos Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo. Desde a manhã, estão ocorrendo manifestações similares nos estados de Alagoas, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Pará e Santa Catarina. Segundo a APEOESP (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), nove centrais sindicais de São Paulo participam da ação em frente ao prédio da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo.

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"Hoje tivemos a paralisação de várias categorias nacionais, como metalúrgicos, eletricitários, professores e funcionários públicos municipais. Agora à tarde, após a assembleia dos professores, eles estarão aqui na Paulista para um grande ato unificado contra a retirada de direitos e contra a PEC [proposta de emenda à Constituição] 241, que terceiriza a atividade-fim, e contra a reforma da Previdência", disse o presidente da Central Única dos Trabalhadores em São Paulo (CUT-SP), Douglas Izzo.

Por Wagner Silva

A Justiça Federal rejeitou o arquivamento da investigação sobre supostas ameaças ao juiz Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, ditas publicamente pelo presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, durante manifestação na Avenida Paulista. "Nós vamos nos livrar do Moro", disse Freitas, na ocasião.

O juiz Ali Mazloum, da 7ª Vara Criminal Federal, colega de Moro em São Paulo, indeferiu o arquivamento do procedimento do Ministério Público Federal. Sob argumento de que as palavras do sindicalista representam "liberdade de expressão exercida em meio a paixões políticas", a Procuradoria decidiu dar um fim na apuração.

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Mas o juiz não concordou com a medida e mandou enviar o caso para apreciação da Procuradoria-Geral da República, conforme prevê o artigo 28 do Código de Processo Penal.

O artigo prevê que se o procurador, em vez de apresentar denúncia, requerer o arquivamento da investigação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões apresentadas, enviará o inquérito ao chefe do Ministério Público, a quem caberá oferecer denúncia ou designar outro procurador para a missão, ou, ainda, poderá convalidar o arquivamento - neste caso, o magistrado estará obrigado a acatar.

A declaração contra Moro foi proferida pelo presidente da CUT em 18 de março. No palanque montado na Avenida Paulista também estavam o ex-presidente Lula e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT).

Dias antes, Lula havia sido alvo da Operação Aletheia, desdobramento da Lava Jato que interceptou conversas de Lula com a então presidente Dilma Rousseff, ministros, políticos e com o próprio líder da CUT.

"Um golpe, um juiz de toga acha que pode substituir o voto", disse Freitas. "Juiz é pra julgar, quem manda somos nós, que temos voto. Não podemos ter a ditadura do Poder Judiciário. Não podemos ter o que o Moro fez", afirmou Freitas. "Quero lhe dizer, presidente Lula, que o Moro não grampeou o Lula e a Dilma, o Moro grampeou a democracia. O Moro grampeou o estado de direito. O Moro grampeou o Brasil. E nós vamos nos livrar do Moro."

As declarações do sindicalista provocaram a abertura de um procedimento do Ministério Público Federal em São Paulo. O evento foi filmado e postado no canal de vídeos do YouTube.

Na promoção de arquivamento, a Procuradoria destacou que o crime de ameaça dependeria de "representação do ofendido", no caso, Moro, o que não ocorreu. "A manifestação em debate, conquanto grosseira, não constitui crime, sequer em tese, tratando-se de fato atípico", avaliou a procuradora da República Luciana Duarte.

"Não se pode pretender tornar a opinião e a liberdade de expressão como se atitude delituosa fosse, tanto mais, na hipótese muito especial sob exame, quando misturam-se paixões políticas, insufladas, como é notório, por líderes partidários, em um país conflagrado."

Mazloum escreveu. "Entendemos que a frase 'nós vamos nos livrar do Moro' não pode ser analisada em sua literalidade, nem de forma isolada de seu contexto, ou sem considerar as qualidades pessoais do autor do dito", anotou o juiz em sua decisão, de 12 de setembro.

'Coação'

Na ocasião, observa o magistrado, havia investigação em curso com interceptações telefônicas em mais de 30 linhas, "algumas relacionadas a Lula". "As escutas haviam sido autorizadas pelo juiz Sérgio Moro", ressalta. "A manifestação no ato público, tal como realizada e de acordo com o contexto, teve o propósito, em tese, de intimidar o magistrado responsável pela investigação, cujas decisões estavam sendo duramente questionadas e reprovadas."

Na avaliação do juiz federal de São Paulo, o delito não teria sido de ameaça, mas de "coação no curso do processo, cujo tipo penal prescinde de representação". Este crime está previsto no artigo 344 do Código Penal. O juiz ressalta que "as palavras não foram pronunciadas por pessoa simplória ou parva, mas propagadas por uma liderança expressiva, presidente da maior entidade de representação sindical brasileira". "Tal circunstância deve ser sopesada para aquilatar a potencialidade lesiva."

Defesa

Por meio da assessoria de imprensa da CUT, o sindicalista Vagner Freitas informou que não iria se manifestar sobre a decisão do juiz federal Ali Mazloum. Ainda segundo a assessoria, Freitas vai discutir o assunto com seu advogado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ato convocado pela Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo reúne várias pessoas neste domingo, 11, em frente ao vão do Masp, na Avenida Paulista. Manifestantes, partidos e organizações estudantis começaram a se concentrar durante a tarde, pedindo a saída de Michel Temer da Presidência e eleições diretas.

A manifestação está pacífica e conta com um carro de som e batucadas. "Desde dia 29, não param os protestos. E agora, conseguimos uma coisa diferente: a presença tanto de movimentos sociais quanto da sociedade. Tem famílias, jovens, idosos, todos pedindo o 'Fora Temer'", afirma Raimundo Bomfim, coordenador da Central de Movimentos Populares - que integra a Frente Brasil Popular. Até as 16 horas, não havia uma contagem do número de manifestantes, mas a expectativa é de 15 mil pessoas.

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O protesto começou às 14h, com a presença de bandeiras de movimentos sociais e organizações, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT). Quando gritavam, alguns transeuntes e ciclistas acompanhavam, espontaneamente, o coro do "Fora Temer". A expectativa é que o grupo siga pela Paulista e desça pela Av. Brigadeiro Luis Antônio até o Monumento dos Bandeirantes, no Ibirapuera.

Figuras políticas como a candidata à Prefeitura de São Paulo pelo PSOL, a deputada Luíza Erundina, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, o ex-senador Eduardo Suplicy (PT) e o prefeito e candidato à reeleição Fernando Haddad (PT) também passaram pela concentração. Segundo Erundina, é impossível desassociar a eleição municipal da pauta nacional. "(O impeachment) é a coisa principal da nossa luta. Nesta campanha não dá para separar as duas coisas, não dá para sair da rua enquanto não derrubado o último golpista. É em São Paulo que a gente vai fortalecer esta resistência", disse.

Durante a tarde, um carro da Polícia Militar tentou passar entre manifestantes e foi cercado por pessoas que pediam o fim da Polícia Militar. A organização do evento fez um cordão de isolamento para que o veículo conseguisse passar.

Manifestantes

Tarso Loreiro foi em todas as últimas manifestações e trouxe a família para o protesto deste domingo. Para "distrair" os quatro filhos, fez um boliche improvisado, em que os pinos levavam nomes do senador Aécio Neves (PSDB), do ministro de Relações Exteriores, José Serra, de Temer, da TV Globo e da revista Veja.

Professor de geografia no ensino médio em uma escola privada, ele disse que, cada vez mais, tem visto alunos seus nos protestos. "Tento nem falar em sala de aula sobre essas coisas para não ficar muito panfletário. Mas percebi que alunos que não vieram para defender Dilma do impeachment estão vindo no 'Fora Temer' lutar contra os retrocessos deste governo", observou.

Figura conhecida pelos partidários do 'Fora Temer', o rapper Jonatha, que trabalha aos domingos na Avenida Paulista, faz rimas de conscientização política e recebe o apoio de quem passa em frente à sua caixa de som. "O presidente é só um bode expiatório. Safado mesmo é o Congresso, são os deputados", reflete o músico. Vindo do bairro do Imirim, na zona norte de São Paulo, Jonatha trabalha na rua há dois anos, desde que perdeu o emprego, e faz questão de manter o teor político da sua música. "O rap é conscientização, não é apologia", analisa.

Diversos sindicados, o Movimento dos Sem Terra (MST) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) anunciaram apoio oficialmente a campanha do candidato a prefeito do Recife, João Paulo (PT). O petista é um dos fundadores e ex-presidente da CUT em Pernambuco. Para abranger a classe, o postulante inaugurou o Comitê Sindical e recebeu um documento com uma série de propostas do grupo no fim da noite dessa quinta-feira (8). 

Para João Paulo, o Comitê Sindical traz à sua campanha uma força política expressiva, que traduz os anseios dos trabalhadores e trabalhadoras, em especial num momento em que conquistas históricas da classe estão ameaçadas. 

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“O apoio do movimento sindical dá uma alavancada muito grande à nossa campanha e se soma também aos movimentos das ruas, onde o povo está mostrando a sua insatisfação com os rumos do país. Isso se reflete também no Recife, com a forma como se está governando a cidade, onde os trabalhadores não estão tendo vez e voz. E esse apoio dos sindicatos e trabalhadores à nossa campanha nos mostra isso”, observa.

As propostas da classe foram entregues pelo presidente estadual da CUT, Carlos Veras. No documento, segundo ele, estão sugestões sobre mobilidade, participação social, meio ambiente, educação, saúde e valorização do servidos público. “João Paulo é fruto da classe trabalhadora, faz parte disso, seja como presidente da CUT ou como dirigente sindical. E nós entregamos a ele por sabermos que há um compromisso dele com essas propostas, e também porque em sua gestão anterior ele também ajudou a fortalecer várias delas”, disse o sindicalista.

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O Sete de Setembro no Recife foi além das comemorações cívico-militares e levou milhares de pessoas as ruas para a 22ª edição do Grito dos Excluídos. O ato, neste ano, unificou o lema principal em crítica ao capitalismo – "Este Sistema é Insuportável: Exclui, Degrada, Mata" – ao pedido da saída do presidente Michel Temer (PMDB) do poder e a manutenção dos direitos da classe trabalhadora. De acordo com a organização, cerca de 20 mil pessoas participaram da mobilização. A Polícia Militar, que acompanhou todo o ato, não divulgou estimativa. 

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O Grito, organizado pelo Fórum Dom Hélder Câmara com 22 entidades sociais e religiosas, iniciou a concentração na Praça do Derby, área central da capital pernambucana, por volta das 9h e seguiu pela Avenida Conde da Boa Vista às 10h50. Com dois trios elétricos, bandas de movimentos sociais e batuques de alfaias o ato seguiu pacificamente até a Praça da Independência, na Avenida Dantas Barreto. 

Vestidos predominantemente de vermelho, os militantes erguiam cartazes que pediam, entre outras coisas, “fora Temer”, “nenhum direito a menos”, “respeito à democracia”, “fim das privatizações" e "contra o machismo”. Outros ainda classificavam o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) como “golpe” e expunham a imagem dos parlamentares que votaram pela destituição do mandato da petista com a taxação de “golpistas”. 

"Nós consideramos que não há impeachment, há golpe. E vamos combatê-lo nas ruas. É um governo que só espera um momento para acabar com a classe trabalhadora. Não vemos perspectiva de melhora com o governo Temer. Ao contrário, vamos perder direitos sociais", salientou a representante do Fórum, Sandra Gomes. 

Das janelas dos prédios na avenida muitas pessoas se manifestavam contra ou a favor do ato. Em algumas delas, foram expostas bandeiras vermelhas. Já em outras, cartazes improvisados acusavam os manifestantes de “vitimistas” e pedia o “fim do PT”. 

Eleições Gerais

Além do Fórum, integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), do Movimento Sem Terra (MST), do Levante Popular, da Frente Povo Sem Medo, do bloco carnavalesco "Eu Acho É Pouco" e de partidos como o PT e o PSOL também endossaram a manifestação. Estes setores clamavam ainda por outra pauta comum: novas eleições gerais. De acordo com os grupos, esta é a melhor maneira de restabelecer a democracia. 

“A solução é irmos novamente as urnas eleger, de forma democrática, uma presidenta ou presidente. Não podemos é deixar o poder nas mãos deste usurpador de direitos”, defendeu o líder do MST em Pernambuco, Jayme Amorim. 

Corroborando com Amorim, o presidente da CUT-PE, Carlos Veras (PT), disse que “não há independência a partir de um golpe”. “Vamos construir a greve geral, vai ter paralisação nacional no dia 22 de setembro, pois precisamos pressionar o Congresso Nacional a aprovar novas eleições", declarou.

Enterro da democracia

Antes da dispersão, que iniciou por volta das 13h20, os manifestantes também fizeram um enterro simbólico da democracia. O caixão que abria a mobilização, sendo levado por pessoas vestidas de preto, foi queimado e as cinzas expostas à população como o fim do regime democrático de direito. “Hoje sentimos uma mistura de alegria e dor. Este é o nosso estado de espírito. Mataram a democracia com o impeachment da presidente”, observou o Frei Luiz. 

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Em ato na porta do estaleiro Eisa PetroUm, em Niterói (RJ), o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que "hoje está começando a semana da vergonha nacional, com a tentativa de impeachment de Dilma (Rousseff, presidente afastada)". A uma plateia de trabalhadores do setor naval, Lula afirmou que o afastamento da presidente agride diretamente os seus eleitores e afeta o mercado de trabalho.

Segundo ele, "o único erro de Dilma foi ser honesta", prevalece no País o "complexo de vira-lata", referindo-se ao programa de privatização do governo Temer, que pretende repassar à iniciativa privada o controle de segmentos hoje operados pelo Estado.

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"O que está em jogo, na verdade, é o direito desse País de ser grande. (Querem) desmontar a Petrobras, que fez a maior descoberta do mundo. Caindo a Petrobras, quebram as siderúrgicas. Tem que discutir isso a fundo. Separar os problemas econômicos, o problema do desemprego", discursou Lula por meia hora, com a voz ainda mais rouca do que de costume.

Antes de começar a falar, o ex-presidente pediu a ajuda da plateia, porque recebeu recomendação médica de manter-se mudo, por causa de uma irritação na garganta. "Se tivesse juízo, não estaria aqui. Mas nesses tempos difíceis, a gente não pode deixar de falar."

Críticas

Logo nos primeiros minutos, o ex-presidente criticou antigos aliados que se posicionaram a favor do impeachment de Dilma. "Um companheiro como o Crivella (Marcelo, PRB-RJ), que apoiei tanto, que fala tanto em Deus, não pode cometer essa deslealdade (com a presidente afastada) de quem foi ministro. Como outros que foram ministros. Fiquei muito triste com o comportamento do prefeito do Rio (Eduardo Paes, PMDB) e com o filho do Sérgio Cabral (Marco Antônio Cabral, PMDB-RJ)", afirmou.

Segundo ele, políticos do PMDB estão descobrindo "um jeito de chegar ao poder sem disputar voto popular". Sobre o presidente em exercício, Michel Temer, Lula disse não ter "nada pessoal contra" e que "seria digno" ele dizer que vai disputar as eleições em 2018 para saber se vai ser eleito.

Volta

Questionado após o comício se voltará em 2018, Lula respondeu: "Vamos ver. Vamos ver". Mas, à plateia de trabalhadores, sinalizou que permanecerá no cenário político. "Se mexer (com o trabalhador), o Lulinha Paz e Amor desaparece e volta o Lula para brigar."

Com a aparência abatida, durante um discurso curto comparado aos que costuma fazer, Lula disse que tem "consciência de que a vida e a natureza podem acabar com qualquer um". Em seguida, incitou os manifestantes à militância, completando que "com as ideias eles não acabarão", referindo-se aos opositores políticos.

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