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Em ato com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, convocou os trabalhadores para manifestação em Brasília, na próxima segunda-feira (29), quando a presidente afastada, Dilma Rousseff, será ouvida no Senado, no julgamento do processo de impeachment.

"Vamos tomar Brasília de vermelho. Rumo à greve geral", afirmou Freitas, que participa de ato em frente ao estaleiro Eisa PetroUm, antigo Mauá, onde estão paradas as obras de construção de três navios contratados pela Transpetro, subsidiária da Petrobras.

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Assim como a maioria dos sindicalistas que discursaram, o presidente da CUT acusou a Operação Lava Jato, que investiga a corrupção na estatal petrolífera, de promover o desemprego no País. "A Lava Jato, a única coisa que lavou, foi o emprego do trabalhador. Porque os corruptos não estão sendo punidos, mas os trabalhadores perderam o seu emprego. Tem que punir as pessoas e não as empresas", disse o presidente da CUT.

Lula

O ato, marcado para as 8h, começou por volta das 10h. O ex-presidente Lula chegou por volta das 11h e não falou com a imprensa. O Congresso inicia nesta quinta-feira, 25, o julgamento do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.

Ao se aproximar do carro de som, o ex-presidente foi rodeado por dezenas de manifestantes, que tentavam tirar foto e manifestar apoio à liderança do PT.

Participam do ato deputados federais petistas, como Benedita da Silva, Luiz Sérgio Nóbrega de Oliveira e Edson Santos, candidato a vice-prefeito do município do Rio ao lado de Jandira Feghali (PCdoB-RJ).

Também presente, o líder do Movimento Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, discursou, antecipando o retorno de Lula à Presidência da República nas próximas eleições. "Vamos enfrentar um processo difícil nos próximos dois anos. Mas não esmoreceremos. A luta contra o golpe está só começando, para que, em 2018, a gente possa reconstruir esse projeto e colocar esse metalúrgico no Planalto", disse Stédile.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói e de Itaboraí (Simmmerj) estimou o público em 4,5 mil pessoas, mas o número de manifestantes não é suficiente para ocupar toda a praça à frente do estaleiro. A Federação Única dos Petroleiros (FUP) não quis estimar o número de participantes. "Os que vieram aqui, vieram no sufoco. Muitos não conseguiram porque não têm dinheiro da passagem", disse o presidente do sindicato, Edson Rocha.

Concorrendo ao comando da Prefeitura do Recife pela terceira vez, João Paulo Lima e Silva é o candidato da coligação Recife Pela Democracia [PT, PTB, PTdoB, PRB e PTN]. Formado em economia, o petista iniciou sua trajetória em 1978 quando ingressou no movimento sindical e militou na clandestinidade no Partido Comunista Revolucionário (PCR). Na área sindical, João foi presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco e o primeiro presidente da Central Única de Trabalhadores no Estado. 

Em 1979, João Paulo ajudou a criar o Partido dos Trabalhadores em Pernambuco e foi candidato pela primeira vez em 1986 a deputado estadual, mas não foi eleito por conta do coeficiente eleitoral da legenda, apesar de ter recebido 10 mil votos. Dois anos depois, ele disputou uma vaga na Câmara Municipal do Recife e foi eleito.

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Em 1990, o petista conquistou o mandato de deputado estadual, com 11 mil votos, onde cumpriu três mandatos consecutivos. Neste meio tempo, em 1992, ele disputou sua primeira eleição para o Executivo, candidatando-se a prefeito de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife. E em 1996, foi candidato a prefeito do Recife. Não obteve êxito em nenhum dos dois pleitos.

Nas eleições municipais de 2000, João Paulo foi eleito prefeito do Recife, no segundo turno, tendo como seu vice, o médico e atual vice-prefeito Luciano Siqueira (PCdoB). Em 2004, candidatou-se novamente e venceu no primeiro turno, com 56,11% dos votos válidos, sendo o primeiro prefeito reeleito da história da capital pernambucana.

Praticante da meditação transcendental há anos, em 2010 o ex-prefeito do Recife disputou uma vaga para Câmara dos Deputados, já em 2012, em meio a um imbróglio interno no PT entre ele e o seu sucessor, João da Costa, João Paulo foi candidato a vice-prefeito, ao lado do senador Humberto Costa, mas não conquistou êxito. 

A última eleição que disputou foi em 2014, quando concorreu a uma vaga no Senado Federal. Em 2015, assumiu o comando da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) onde ficou até o dia 12 de maio deste ano, quando entregou o cargo após a presidente Dilma Rousseff (PT) ser afastada da presidência, ao responder um processo de impeachment.   

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Trabalhadores de Pernambuco de diversas categorias se reuniram no fim da tarde desta terça-feira (16), data em que também se comemora o Dia de Luta pelos Direitos, para realizar um ato de defesa dos direitos trabalhistas dos servidores. A mobilização se concentrou na Praça do Diário, no Centro do Recife, e agregou representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), CUT, CTB, Conlutas, CGTB, Força Sindical, Intersindical, NCST, UGT, Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo.

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Entre as reivindicações, os líderes dos trabalhadores reforçaram a importância da unidade para a resistência contra a retirada de direitos. De acordo com Valéria Silva, membro do Sintepe e da executiva nacional da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), entre as principais reivindicações, as categorias lutam por menores jornadas de trabalho, contra os novos projetos de leis e emendas que seguem para aprovação de aumento das horas trabalhadas, além da defesa da função integral exercida pelo professor. “A lei da mordaça que quer atacar diretamente nosso plano na educação, é uma lei que quer privar o direito do professor de exercer sua função. O papel do professor é de discutir a realidade e cidadania. Estamos em busca de nossa democracia”.

As regras na mudança da aposentadoria, terceirização, projeto de lei que renegocia na dívida dos estados, bem como a PEC que define um teto de gastos para o governo federal, também postularam as razões do manifesto. Caso as medidas avancem no Congresso, as centrais prometem mais mobilizações em todo o País, além de uma possível greve. Outros encontros sindicais ainda não foram divulgados. 

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Há exatamente uma semana, o presidente da Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE), Carlos Veras, em manifestação que pedia “Fora Temer”, já alertava para outra mobilização que ocorre, nesta terça (16), em consequência de uma série de insatisfações, entre outras, contra o atual governo interino. Veras chegou a dizer que o último ato foi uma preparação para uma greve geral dos trabalhadores. O protesto de hoje acontece no Dia Nacional de Luta em Defesa do Emprego e dos Direitos Trabalhistas em diversos estados do país. No Recife, o principal ato será realizado, às 17h, no Centro da cidade.

As oito centrais sindicais, que representam os trabalhadores no país, protestam contra a "possível" jornada semanal de trabalho de oitenta horas, o aumento da idade mínima para as aposentadorias e reivindicam a garantia dos direitos trabalhistas. Veras vem reafirmando que “O Governo Temer não irá acabar com as conquistas porque se for preciso nós vamos parara o Brasil, de canto a canto, vamos à luta, mas os golpistas não passarão”. As centrais que participam da mobilização são CUT, CTB, CSP, CGTB, Força Sindical, Intersindical, NCST e UGT.

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O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, declarou que “os empresários financiaram o golpe de Estado e agora estão cobrando a conta. Acham que nós é que vamos pagar. Estão enganados. Esse pato não é nosso”.

Freitas também afirmou que a mobilização é um alerta ao governo e aos empresários. “Vamos resistir, vamos lutar para impedir o aumento da exploração e a retirada de direitos. Não é possível aceitar qualquer retrocesso nos direitos sociais. Uma das principais ameaças do momento é a tentativa de implantar o negociado sob o legislado”, avaliou.

Já confirmou presença no ato, candidata à Prefeitura do Recife Simone Fontana (PSTU). 

 

Na próxima terça-feira (16) será realizado o Dia Nacional de Luta. As mobilizações ocorrerão nas capitais sob o comando das seis maiores centrais sindicais brasileiras (CTB, CUT, CSB, Força Sindical, Nova Central e UGT). Na pauta de reivindicações está a defesa dos direitos trabalhistas e do emprego.  

O dirigente sindical e presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, avalia que as mudanças em curso, lideradas pelo ilegítimo governo de Michel Temer, “exigem” a mobilização. “Corremos sérios riscos de retrocesso e não podemos vacilar. O momento cobra unidade e foco na luta por um caminho que possibilite barrar a pauta regressiva que ataca, dia a dia, direitos sociais e trabalhistas históricos”, frisou.

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No texto de convocação do ato, as centrais também fazem críticas ao governo interno de Michel Temer (PMDB). O grupo afirma que as medidas que podem ser implementadas são "inaceitáveis e contrárias aos interesses mais elementares dos trabalhadores, dos aposentados e beneficiários do sistema previdenciário".

Apesar das divergências entre as centrais eles asseguram que "A luta que se deve travar requer organização e mobilização para resistir e combater ameaças ao regime de Previdência e Seguridade Social, às relações de trabalho e emprego e às tentativas de criminalizar os movimentos sociais".

 

Mobilização- O ato foi decidido na assembleia da classe trabalhadora que reuniu o movimento sindical no último dia 26 e deu origem a um documento que aponta saídas para a retomada do crescimento econômico e a geração de empregos e também faz duras críticas à reforma da Previdência, que prevê paridade na aposentadoria de homens e mulheres, imposição de uma idade mínima para obtenção do benefício e a desvinculação dos reajustes concedidos ao salário mínimo. 

* Com informações da assessoria 

Após percorrer onze cidades pernambucanas, a Frente Brasil Popular encerrou, nesta quarta-feira (13), as atividades da “Caravana Popular em Defesa da Democracia”, que visou defender o mandato da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) e os direitos dos trabalhadores, segundo eles, “usurpados” pelo presidente em exercício Michel Temer (PMDB). O ato de conclusão das mobilizações aconteceu na Avenida Rio Branco, no Recife Antigo, e contou com a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

Com a maioria vestidos de vermelhos e expondo cartazes que satirizavam a gestão atual e o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, militantes ovacionaram Lula e pediram “Fora Temer”. O evento, que iniciou por volta das 17h30, reuniu além de membros do PT, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Movimento Sem Terra (MST), a Fetape e outras entidades e movimentos populares. 

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Durante seu discurso, Lula fez mea-culpa diante de erros da gestão da afilhada política. “Dilma não se deu conta de que abrindo mão de impostos para favorecer os empresários e começou a faltar dinheiro nos cofres para vencer a economia. Depois das eleições, ela apresentou um programa de reajuste econômico que deixou muitos de nós descontentes”, observou. Além disso,  Lula também acusou os partidos que perderam as eleições de 2014 de fazerem um “conluio” contra a petista, disse ter cometido pedaladas fiscais durante seu governo e se defendeu de acusações que pesam contra ele na Lava Jato.

Ao lado do petista, o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, disse que a caravana da Frente Brasil Popular ecoa a “voz rouca das ruas” por “ nenhum direito a menos. “Eles levaram um susto quando colocamos milhões de jovens, trabalhadores e mulheres nas ruas. Eles nos provocaram e quando nos provocam nós vamos à luta. O que vai fazer esta direita golpista ficar de joelhos é a hora que os trabalhadores cruzarem os braços e fizerem uma greve geral. Vamos construí-la para dar uma lição nestes golpistas. Mexeu com os trabalhadores, o chicote estala”, cravou.

Já senador Humberto Costa (PT), classificou a caravana como uma “mobilização para denunciar o espírito antidemocrático e a postura autoritária das classes dominantes no país”. “Estamos aqui para denunciar um golpe parlamentar contra um governo que garantiu saúde, educação, moradia para o nosso povo. Para estas elites isto é inaceitável. Inventaram um pretexto, decretos que suplementação orçamentária, isso não é crime. Crime é ter conta na Suíça, receber propina dos impostos que o povo paga”, ressaltou. 

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Dirigente do MST em Pernambuco, Jayme Amorim, destacou que foram cumpridos os objetivos da mobilização estadual. “Na prática atingimos quase 100% de Pernambuco. De Petrolina até aqui viemos denunciando os golpistas. Lá eles gritavam Gonzaga Patriota, golpista. Fernando Filho, golpista. Mendonça Filho, golpista”, observou, sendo aplaudido pelos presentes. 

Representando o PCdoB, Laudijane Domingos defendeu que a presidente afastada retome o posto e faça um plebiscito para definir se devem ser realizadas eleições extraordinárias ou não. “Nós derrotaremos o golpe e restabeleceremos a ordem democrática no Brasil. Os 54 milhões de votos têm que ser respeitados. Defendemos que ela volte e convoque um plebiscito para que o povo decida se tem que ter novas eleições ou não”, argumentou.

Vice-presidente estadual do PT, a deputada Teresa Leitão criticou os ministros do pernambucanos que integram a gestão de Temer. "O primeiro deu um golpe na educação, o segundo ninguém ouve falar dele, Raul Jungmann, e o terceiro vai ser testemunha da mulher de Cunha, Bruno Araújo, o paneleiro do Congresso", disparou, deixando de mencionar apenas o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho (PSB).

A Caravana da Democracia que iniciou no último dia 4 passou pelas cidades de Petrolina, Ouricuri, Salgueiro, Petrolândia, Serra Talhada, Afogados da Ingazeira, Arcoverde, Garanhuns, Caruaru, Surubim e Palmares. Reunindo, de acordo com a organização, mais de 500 mil pessoas somando todos os atos. 

Presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Pernambuco, Carlos Veras (PT) fez um desafio ao presidente em exercício Michel Temer (PMDB), nesta quarta-feira (13). Em entrevista ao Portal LeiaJá, antes do ato de encerramento da Caravana Popular pela Democracia no Recife, ele disse que se Temer tem "vergonha" de ser vice de uma mulher, mas quer governar o País, que concorra o pleito em 2018 contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Ser presidente sem voto é muito fácil. Quero ver ele ser candidato em 2018 contra Lula e ganhar", disparou Veras. Lula vai participar do ato na capital pernambucana e já pontuou, em passagem por Petrolina, no Sertão, que se for provocado vai concorrer ao cargo de presidente na próxima eleição. 

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Avaliando a Caravana pela Democracia, o presidente estadual da CUT destacou acreditar que a mobilização deixou "bons  frutos". "Espero que os senadores reflitam, mudem de opinião e tenham a decência de não ficarem conhecidos como golpistas e usurpadores dos direitos trabalhistas", cravou. 

Segundo Veras, agora a CUT está empenhada em fazer paralizações nacionais e uma greve geral. "O retrocesso não passará", frisou. 

Milhares de militantes foram às ruas do Recife, nesta sexta-feira (10), para defender a volta da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) e pedir a saída do presidente em exercício Michel Temer (PMDB). O ato - intitulado 'Fora Temer, Não ao Golpe, Nenhum Direito a Menos' - foi o primeiro desde o afastamento da petista das atividades do mandato, no dia 12 de maio. A concentração iniciou por volta das 15h, na Praça do Derby, e a passeata ganhou as ruas às 17h30, seguindo pelas Avenidas Conde da Boa Vista, Guararapes e Dantas Barreto.

Predominantemente vestidos de vermelho, membros de partidos, centrais sindicais e movimentos sociais das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo ergueram cartazes com dizeres como “fora Temer”, “volta querida e “para não retroceder, fora Temer”. Além disso, os presentes foram embalados ao som de alfaias do Levante Popular entoavam gritos de guerra que diziam: “nossa luta é todo dia, não vai ter golpe, vai ter democracia”. 

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Pessoas de todas as idades podiam ser vistas na passeata. Aos 68 anos, a aposentada Raquel Brem disse ter ido à manifestação “defender a democracia” e os votos de todos que escolheram Dilma presidente. “Vim para todas as passeatas e fico muito feliz quando vejo esta juventude pedindo a volta da democracia, porque estamos vivendo um golpe. E agora, depois que Sérgio Machado divulgou aqueles áudios, o povo está se conscientizando”, frisou. 

À frente da organização do ato, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-PE), Carlos Veras, disse que a mobilização foi uma prévia para a possível greve nacional que as centrais sindicais pretendem fazer caso para “barrar o golpe”. “Não admitimos que ataquem os programas sociais. Estamos aqui, acima de tudo, pelo Fora Temer. Ele não tem autoridade e legitimidade para fazer a Reforma da Previdência, nefasta aos trabalhadores”, argumentou. “Sim, vamos paralisar o país. Hoje muitas categorias, bancários, professores, metalúrgicos e outros pararam. Aos poucos estamos conscientizando a classe trabalhadora para que estejamos juntos lutando pelas nossas conquistas”, acrescentou.

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Políticos defendem tese de “golpismo”

Aliados de Dilma Rousseff que participaram do ato endossaram a tese de que o processo de impeachment é resultado de um golpe, segundo eles, orquestrado por Michel Temer em parceria com o presidente da Câmara afastado Eduardo Cunha (PMDB). 

“O governo golpista recebe todo o nosso repúdio e está ajudando a gente a mostrar a verdadeira face do golpe com as medidas que estão sendo tomadas. É um governo temerário, golpista e que quer retirar direitos”, cravou a vice-presidente do PT em Pernambuco, deputada estadual Teresa Leitão. 

Na articulação nacional para reverter os votos dos senadores que votaram pela admissibilidade do impeachment, o senador Humberto Costa (PT) declarou acreditar na volta de Dilma ao comando do país. “Não há nada resolvido em relação ao impeachment. Esta correndo o processo e vamos provar que ela não cometeu crime. Acreditamos que podemos reverter a questão no Senado”, disse. “Temos mantido os 22 votos que tivemos e mais um grupo de 10 a 15 senadores que estamos discutindo e eles admitem votar contra o impedimento e se isso acontecer vamos ter os 27 votos necessários para que ela volte”, acrescentou.

Sobre a intenção de Dilma Rousseff de fazer um plebiscito, caso o impeachment não seja confirmado, para aferir se a população prefere a continuidade do mandato dela ou um nova eleição, o senador avaliou a ideia como “interessante”. “Seria uma boa forma de encontrarmos uma saída para esta crise”, disse. 

Corroborando, Leitão pontuou a ideia como “mais coerente”. “Ela está sendo muito sensível a divisão que está existindo no país e ao mesmo tempo com os movimentos que estão endossando as nossas idas às ruas. É mais coerente e sério do que estar chamando eleições gerais sem tempo de organização perfeita e com o Congresso que a gente tem. O grande mal deste país é o Congresso que a gente tem”, observou.

Além deles, os ex-prefeitos do Recife, João da Costa (PT) e João Paulo (PT); os vereadores Marília Arraes (PT) e Jurandir Liberal (PT); o deputado estadual Edilson Silva (PSOL); o vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira (PCdoB); e a deputada federal Luciana Santos (PCdoB) também participaram do ato.

Outras reivindicações

Além da pauta central, os militantes que participam da passeata organizada pelos movimentos, partidos e sindicatos que compõem as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo também abordaram outras temáticas ao longo do trajeto. Uma delas foi a suspensão de novas contratações do programa Minha Casa, Minha Vida organizado pelo Movimento Pela Moradia. Chamando o ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), de “almofadinha” o grupo pediu a exoneração do tucano e disse que ele pretende beneficiar os banqueiros com os recursos do programa. 

A ideologia de gênero também foi um dos temas abordados no Recife. O assunto foi lembrado durante um casamento símbolo entre as vereadoras Michele Collins (PP) e Aimee Carvalho (PSB).

As duas são contrárias à distribuição da cartilha do Ministério da Educação (MEC) que trata sobre o assunto e outros itens de educação sexual nas escolas da capital pernambucana. Membros da bancada evangélica na Câmara dos Vereadores do Recife, elas defendem que a temática seja tratada apenas pelas famílias.

"Elas são conservadoras e contra a ideologia de gênero. Queremos tocar as pessoas com isso, para que elas percebam que a luta contra o preconceito deve ser prioridade também. A falta deste assunto nas escolas incentiva a cultura de estupro. Não é apenas sexualidade", observou Richard Pasquale, membro do Comitê LGBT da Frente.

Caravana da Democracia

Após o ato desta sexta, uma caravana pretende percorrer em 12 dias 11 municípios. Petrolina, Salgueiro, Ouricuri, Serra Talhada, Petrolândia, Afogados da Ingazeira, Arcoverde, Caruaru, Garanhuns, Surubim e Palmares vão receber a mobilização organizada pelas Frentes. 

A intenção com a caravana, de acordo com Carlos Veras, é de instalar cerca de 500 comitês da democracia no estado e denunciar o golpe. “Vamos denunciar o golpe e os golpistas. Gonzaga, os Coelhos... Ela não cometeu nenhum crime. O impeachment não é solução para o país”, cravou. 

As mobilizações iniciam no próximo dia 27, com a presença do ex-presidente Lula em Petrolina, no Sertão, e encerram dia 8 de julho no Recife. 

Todas as atenções estão voltadas para a votação do Senado Federal, que decide acerca da aprovação ou não do impeachment da presidente Dilma Rousseff, nesta quarta-feira (11). Ao todo, 68 parlamentares estão reunidos e se posicionam antes da votação, que está prevista para acontecer a partir das 22h. Na área externa da Câmara milhares de brasileiros se concentram à espera do resultado.

O representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT), de Pernambuco, Carlos Veras relatou, em entrevista ao Portal LeiaJá, que em Brasília, a mobilização está intensa e que a classe trabalhadora vai continuar a lutar. “A repressão está intensa. A polícia está utilizando gás lacrimogêneo. Além disso, os ataques contra a democracia estão sendo constantes, mas nenhuma dessas atitudes vai intimidar”, falou.

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Segundo Veras, caso o impeachment seja aprovado, as paralisações vão ser intensificadas, conforme a agenda nacional. “Todos os trabalhadores vão cessar as atividades, a indústria, o serviço público e o setor privado vão aderir às paralisações nacionais. No Brasil, vamos parar várias rodovias e em Pernambuco, organizaremos mobilizações do Litoral ao Sertão", previu.  

De acordo com a assessoria nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), a expectativa é que a próxima Executiva e o Diretório Nacional aconteçam na próxima terça-feira (16) e quarta-feira (17), respectivamente. 

Às vésperas da votação que definirá se o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) será instaurado ou não, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Pernambuco, Carlos Veras (PT), afirmou que os movimentos que integram as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo não pretendem dar trégua a um eventual governo do vice-presidente Michel Temer (PMDB). 

"Apenas com as paralisações e greves gerais vamos conseguir barrar o golpe. Um governo golpista não terá trégua. Vamos fazer mobilizações, paralisações e uma pressão geral diante de uma gestão que quer retroceder diante dos direitos trabalhistas e das conquistas sociais”, argumentou o dirigente em conversa com o Portal LeiaJá.  “Por cima e com canetadas não vai resolver, tem muita gente corrupta”, acrescentou.

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De acordo com ele, um retrato disso foi visto durante a manhã de hoje, quando membros da CUT-PE, do Levante Popular da Juventude e do Movimento Sem Terra (MST), além de outras entidades, fecharam pontos na BR-101, em Goiana e em Jaboatão; na BR-232, na altura de Pesqueira e em Caruaru. 

Para finalizar o Dia Nacional de Mobilização contra o impeachment de Dilma, os grupos realizam um ato na Praça do Derby, área central do Recife, às 16h. No local, está montado o Acampamento Popular da Democracia desde o último dia 25. 

“Vamos reunir os trabalhadores da Compesa, da Chesf, dos bancos, das escolas, do Metrô e os movimentos. Todos eles fizeram uma paralisação durante o dia de hoje. Fomos às ruas para mostrar que não vamos permitir governo eleito a partir de um golpe”, observou Veras. Segundo o presidente da CUT, a previsão inicial é de que o ato se concentre apenas na Praça do Derby, já que o evento também marcará o encerramento das atividades no local. Os acampados devem desmontar as tendas fixadas na Praça ainda nesta terça.

Manifestantes interditam, nesta terça-feira (10), a BR-101, no Cabo de Santo Agostinho e Goiana, e a BR-232, na altura do município de Pesqueira. Os atos fazem parte do Dia Nacional de Luta em Defesa da Democracia e Contra o Golpe, de apoio a presidente Dilma Rousseff.

Segundo a Central Única dos Trabalhadores (CUT), vários municípios do Agreste e do Sertão devem se mobilizar e também outros trechos das vias. Um ato na Avenida Abdias de Carvalho, no Recife, também deve ser interditado ainda nesta manhã. 

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A Frente Brasil Popular de Pernambuco informa que o objetivo é concluir o dia de mobilizações com o grande ato de encerramento no Acampamento Popular Permanente em Defesa da Democracia, na Praça do Derby, centro do Recife, às 16 horas. A Polícia e o Corpo de Bombeiros acompanham os protestos. 

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) irá realizar um dia de atos públicos no Recife, nesta sexta-feira (6). Pela manhã, a categoria realiza um ato em frente à Secretaria de Administração, localizada no Pina. À tarde, os professores realizarão uma assembleia na Praça do Derby, no Centro do Recife, para discutir a possibilidade de entrada na mobilização que será promovida no dia 10 de maio pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), contra o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Segundo o presidente do Sintepe, Fernando Melo, a ação matinal tem o objetivo de convidar o secretário de administração, Milton Coelho, para a reunião da categoria que está marcada para o dia 10 deste mês. “Só teremos a participação do secretário de Educação [Frederico Amâncio] mas como se trata de questões financeiras, também queremos a participação do secretário de administração”, explicou Melo.

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A reunião entre Governo do Estado e Sintepe prevê a discussão sobre a avaliação do contexto atual da categoria. Segundo Fernando Melo, o principal objetivo é o diálogo sobre a Lei do Piso, que prevê reajustes anuais aos docentes. “Em 2015 e 2016, não houve o cumprimento dessa lei por parte do governo. Para o ano passado, estava previsto um reajuste de 13,01%, mas a gestão estadual, após estabelecimento de diálogos, ofereceu 7,01%. Para este ano, não houve nenhuma negociação, nenhum diálogo”, disse.

Durante a tarde, Fernando pontuou que as ações se referem à possibilidade de paralisação da categoria no dia 10 de maio. “O Sintepe decidiu, por meio de reunião e com quase unanimidade nos votos, a escolha por se posicionar em defesa da democracia e contra o impeachment, que se configura como golpe”, declarou.

Em nota, a Secretaria de Administração informou que os governos estadual e federal passam por dificuldades econômicas, devido ao momento de instabilidade financeira, porém que “não se afastará de sua obrigação e cumprirá mais uma vez a Lei que estabelece o reajuste do Piso para os professores com Magistério”. 

Confira a nota na íntegra:

"No período de janeiro de 2007 a dezembro de 2014, os professores da Rede Pública Estadual tiveram um incremento de 155,44% na remuneração média contra uma inflação de 55,24%, que importa um ganho real, no período, de 100,20% acima da inflação. Portanto, Pernambuco vinha com uma política definida de recuperação dos salários dos professores até que se abateu profunda crise econômica sobre o Brasil arrastando também o nosso Estado, que permanece sendo um dos poucos estados da Federação a pagar salários em dia.

Vale ressaltar que Pernambuco foi o primeiro Estado brasileiro a pagar o Piso Nacional de Salários dos professores do Magistério, e que durante todo esse tempo jamais deixou de cumprir essa obrigação imposta por Lei.

Como é de conhecimento da opinião pública mesmo diante das imensas dificuldades em 2015 foi cumprido o Piso, e concedido reajuste de 7,01% nos salários dos professores, sob a forma de progressões, que alcançou a todos os ativos e aposentados.

Para 2016, reafirmamos que o Governo não se afastará de sua obrigação e cumprirá mais uma vez a Lei que estabelece o reajuste do Piso para os professores com Magistério, tão pouco deixará de exercitar o salutar dialogo com o Sintepe, representante dos professores da Rede Pública Estadual, sobre outros aspectos que envolvam a carreira.

Para tanto, já está marcada para a próxima terça-feira, dia 10 de maio, reunião com o Secretario de Educação, Fred Amâncio, para que sejam discutidos os diversos temas apresentados pelo Sintepe ao Governo do Estado em longa pauta de reivindicações."

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Movimentos que integram a Frente Brasil Popular lançam, nesta quarta-feira (27), um novo “Acampamento Popular pela Democracia” em Pernambuco. Desta vez, membros do Movimento Sem Terra (MST), da Central Única dos Trabalhadores (CUT-PE) e de partidos como o PT, PSOL, PCdoB e PDT, vão acampar na Praça Dom Malan, em Petrolina, no Sertão. 

A abertura do acampamento acontece às 19h. O coordenador estadual do MST, Jayme Amorim, e o presidente da CUT-PE, Carlos Veras (PT), participam do ato. O movimento segue até o próximo domingo (1º), quando está previsto a realização de uma manifestação em defesa dos diretos trabalhistas e da democracia pelas ruas da cidade sertaneja. 

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Oficinas, debates, atos culturais e plenárias fazem parte da programação no local. “O movimento foca ações contra o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e reforça a importância da democracia no país como vetor essencial de liberdade e respeito à população”, frisa a organização.

No Recife, a Frente Brasil Popular está acampada na Praça do Derby, na área central, desde a última segunda-feira (25). 

O presidente Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, disse nesta segunda-feira (25) que o impeachment da presidenta Dilma Rousseff representa um ataque aos direitos trabalhistas. “Se tiver o golpe, automaticamente os direitos dos trabalhadores serão confiscados. Quem quer fazer o golpe são os mesmos empresários que querem tirar os direitos”, afirmou Freitas, durante encontro internacional de partidos e organizações de esquerda na capital paulista.

O sindicalista prevê, caso Dilma seja destituída, um movimento empresarial para acabar com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

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“O empresariado não suporta que o trabalhador brasileiro tenha leis consolidadas. Eles querem que não haja nenhuma legislação e que o empregador vá contratando da maneira que ele bem entenda, pagando da maneira que ele acha adequado, sem uma legislação que o obrigue a fazer isso.”

1º de Maio

Segundo ele, o ato de 1º de Maio da central sindical, que ocorrerá no próximo domingo, no Vale do Anhangabau  (centro paulistano), terá como prioridade esses dois pontos. “Os temas principais serão os direitos dos trabalhadores e não deixar que o golpe aconteça”, destacou Vagner Freitas.

A CUT espera contar com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma. “A presidenta Dilma é convidadíssima. Espero que ela venha para o Anhangabau falar com a população, defender e se comprometer com a pauta dos trabalhadores e denunciar o golpe para o mundo inteiro”, ressaltou o presidente da entidade.

Freitas acredita que seria importante que a presidenta se manifestasse mais publicamente contra o processo que vem sofrendo. “É importante que ela participe de todas as atividades públicas. Fez corretamente uma ida aos Estados Unidos e disse claramente que há um golpe ocorrendo no Brasil. Ela precisa fazer isso agora rodando o Brasil, conversando com os trabalhadores. Não tenho dúvida de que ela tem muito apoio na sociedade para impedir esse golpe”, concluiu o presidente da CUT.

As principais centrais sindicais do País ainda não definiram as próximas ações após a decisão do Congresso na noite de domingo, 17, mas algumas falam em questionar a legitimidade de um eventual governo Michel Temer. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) avalia em reuniões nestas terça e quarta, 19 e 20, com outros grupos contrários à saída da presidente Dilma Rousseff, como a Frente Brasil Popular e a Frente Povo sem Medo, medidas para pressionar o Senado a votar contra o impeachment.

Por enquanto, a entidade decidiu realizar um ato no dia 1º de Maio, na Avenida Paulista, com a presença de políticos e artistas chamado de Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora.

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"A ideia é fazer um grande 1º de Maio para derrubar a ponte e garantir o futuro do País", disse Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), aliada da CUT. Ele faz referência ao programa "Uma ponte para o futuro", do PMDB do vice-presidente Temer. "Vamos lutar muito para barrar o processo de impeachment", afirmou.

A Força Sindical, comandada pelo deputado do Solidariedade, Paulo Pereira da Silva, optou por não se posicionar contra ou a favor do impeachment porque seus filiados estão divididos. "Estamos preocupados com ações do meio empresarial junto a um possível novo governo com propostas contra os interesses dos trabalhadores", declarou João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da entidade.

A Força mantém a festa do 1º de Maio na Praça Campo de Bagatelle, zona Norte de São Paulo, no mesmo perfil de anos anteriores. A União Geral dos Trabalhadores (UGT) também não declarou apoio aberto contra ou a favor do afastamento de Dilma. O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, filiado à CUT, prepara ato para o 1º de Maio no Estádio Poliesportivo, em São Bernardo do Campo (SP), com o tema principal voltado à questão do emprego. Na segunda, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, ligado à Força, afirmou que não aceitará qualquer mudança na CLT.

Greve

 

Já os petroleiros estudam entrar em greve geral em reação à vitória do impeachment no Congresso. Lideranças da Federação Única dos Petroleiros (FUP) devem definir hoje um cronograma de mobilizações. "Com certeza teremos grande adesão. Nas áreas operacionais, o tema da privatização da empresa reúne toda a categoria contra um governo sem legitimidade", afirmou Deyvid Bacelar, diretor da FUP. "Se querem ver o que podemos fazer, não vão conseguir governar", reforçou.

Representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística, João Paulo Estausia disse que, numa eventual confirmação no Senado do afastamento de Dilma, o movimento sindical não reconhecerá um governo Temer. "Ele não tem legitimidade para assumir. Se isso ocorrer, vamos desestabilizar o novo governo", afirmou.

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O fim da noite deste histórico domingo (17) teve uma mistura de revolta e instigação de novas manifestações no Marco Zero do Recife. Após o evento contra o impeachment, grupos sindicais e movimentos sociais que apoiam a presidente Dilma Rousseff finalizaram o ato ao som de canções de matriz africana e afinaram gritos de ordem para o povo brigar nas ruas e clamar ao Senado para manter Dilma no poder.

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Presidente da Central Única dos Trabalhadores em Pernambuco (CUT-PE), Carlos Veras mais uma vez convocou a população para sair às ruas em prol da permanência da presidente. De acordo com ele, a continuação do processo de impeachment a partir das votações dos deputados na Câmara é um dos maiores erros políticos que a história brasileira já viu. “Não vai ter golpe! A luta quem faz é a gente nas ruas. Vamos sair pelo Brasil para combater o golpe e este Congresso fascista”, disse Veras, após a última apresentação cultural do ato em favor de Dilma.

Segundo balanço do presidente da CUT, cerca de 70 mil pessoas estiveram no Marco Zero para assistir à votação. Já nesta segunda-feira (18), a Central e outras frentes sindicais se reunirão para decidir as próximas atividades dos atos contra o impeachment.

Uma das militantes que deixou o clima de tristeza de lado pela derrota de Dilma na Câmara e procurou animar os outros manifestantes foi Beth Exu. Para a militante, Dilma foi eleita nas urnas pelo povo e ganhou de forma legítima o direito de conduzir o País e por isso deve permanecer no cargo. “Foi uma vitória do povo, do preto, do pobre. A elite golpista não aceita isso. O povo precisar sair pelas ruas e lutar contra o golpe”, declarou.

Assista no vídeo a movimentação em prol da permanência de Dilma na presidência:

A favor do impeachment - Já no Segundo Jardim da beira mar de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, o final da noite deste domingo foi de pouca movimentação, após o evento a favor do impeachment de Dilma. Os manifestantes, após comemorarem bastante a aprovação da continuação do processo de impedimento, voltaram para suas residências e o que restou do ato foram os trabalhadores que desmontavam o telão onde foi transmitida a votação e funcionários de limpeza que recolheram o lixo deixado no chão. 

Um dos últimos manifestantes que permaneceu no local foi o estudante Eduardo Neri. Em entrevista ao LeiaJá, ele justificou por que apoia o impeachment e ainda sugeriu qual seria o nome ideal para presidir o Brasil, segundo ele, Jair Bolsonaro. Confira no vídeo:

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Após a concentração e acampamento na Praça do Derby, desde a última quinta-feira (15), os integrantes dos movimentos sindicais e sociais pró-Dilma começam a chegar ao Marco Zero, área central do Recife. Os manifestantes estão sendo recebidos com a apresentação do grupo Coco de Amaro de Olinda, Região Metropolitana do Recife. Com muito coco e ciranda, os líderes e simpatizantes protestam contra a ação de impeachment que está em votação na Câmara dos Deputados Federais, em Brasília.

De acordo com o líder da Central única de Trabalhadores (CUT), Carlos Veras ação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, é um golpe. “Não vamos ficar aparados. Isso que está acontecendo com a presidente é um golpe e não vamos cruzar os braços. Caso haja o ‘impeachment’ as classe trabalhadora vai parar”, falou Veras. Ainda em entrevista ele reforçou que tudo o que foi conquistado durante os 12 anos de poder do PT será perdido. “Não podemos admitir que Cunha, suspeito de corrupção e desvio de verba coloque para frente esse golpe. Se isso acontecer, as classes menos favorecidas são as mais vão sofrer”, concluiu.

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O engenheiro Mauro Roberto, que estava assistindo a mobilização avaliou que com o impeachment ou sem ele, a situação do Brasil não mudará. “Temos que pensar que o problema é o sistema político do Brasil, que é partidário. Sempre há interesses pessoais e políticos que norteiam as articulações dos políticos que estão no poder e os que querem chegar lá. Sinceramente, para mim, com ou sem o PT no poder a situação será a mesma, um País com articulações políticas cíclicas”, argumentou Mauro.

A administradora de casa Rosa Maria da Silva relatou que é contra a saída de Dilma Rousselfs do poder e que este é o momento de ir para as ruas protestar e lutar contra o golpe. “Está claro que é um grande golpe. Como é possível o presidente da Câmara, acusado de tanta corrupção esteja à frente do impeachment?”, questionou e ainda afirmou, “Ainda não tem nada comprovado que Dilma é culpada ou está envolvida em desvio de verba pública”, disse.

Segundo Carlos Veras, da CUT, neste domingo (17) será difícil precisar a quantidade de manifestantes que estarão na rua, mas são esperados aproximadamente cinco mil pessoas.

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Os diretores da Central Única dos Trabalhadores (CUT) recorreram ao Supremo Tribunal Federal (STF) na noite dessa sexta-feira (15), na tentativa de conseguirem uma liberação de entrada no Congresso Nacional neste domingo (17), dia da votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff. O "salvo conduto" pede acesso a todos os setores da Câmara, especialmente às galerias do plenário.

Eles alegam na peça que o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é "assumidamente a favor" do impedimento da petista e impossibilita o ingresso da sociedade civil organizada na Casa. "É de conhecimento geral, também, que o Presidente da Câmara dos Deputados, Sr. Eduardo Cunha, vem sistematicamente proibindo a entrada da população nas instalações do Poder Legislativo Federal, em especial os manifestantes vinculados à Central Única dos Trabalhadores, que são contrários ao impeachment e que não puderam, durante toda a semana de 11 a 15 abril de 2016, entrar no Congresso Nacional para manifestar sua opinião, de forma democrática, aos parlamentares", escrevem os dirigentes da CUT na peça.

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Os sindicalistas reclamam da restrição de acesso à Câmara no período de impeachment. A presidência da Casa restringiu o acesso ao plenário a parlamentares, servidores e jornalistas credenciados. Alguns acessos normalmente utilizados serão fechados. Em comunicado, a Diretoria Geral informou que a determinação visa garantir a segurança e a proteção de pessoas e do patrimônio do prédio. A CUT alega ao STF que não recebeu uma apresentação de "qualquer forma de organização" da entrada de pessoas nas galerias do Congresso.

Com o arrefecer dos ânimos em Brasília, os petistas estão descentralizando as articulações pela conquista dos votos contra o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Apesar da contabilização real abaixo dos 172 votos necessários para arquivar o pedido, o presidente do PT em Pernambuco, Bruno Ribeiro, afirmou, nesta sexta-feira (15), que a legenda não cessará, até o último minuto, as conversas com os parlamentares da base e, até da oposição, para ampliar a adesão em favor da presidente. 

“O que está em jogo é o futuro da democracia. Este país está vivendo um absurdo. Temos um congresso cheio de réus julgando uma presidenta que não tem nenhum ato ilícito. Parecer de Tribunal é recomendação. Estamos confiantes de que teremos um número bem superior aos 172 deputados, porque nem todos são réus e nem todos seguem a um político corrupto como Eduardo Cunha”, frisou, ao participar da abertura do “Acampamento pela Democracia” na Praça do Derby, área central do Recife.

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Corroborando Ribeiro, a vice-presidente do PT-PE e deputada estadual, Teresa Leitão, afirmou que “a luta está dura, mas a expectativa é de vitória”. “Sabemos que eles estão jogando com todas as armas possíveis, republicanas ou não. Este processo tem características visíveis de um golpe. Cada vez que analisamos nossa defesa isso fica mais claro”, disse. “Até hoje eles não tem esses 342 votos, estão fazendo aquele efeito de ganhar no grito, manobrando processo de votação. O nordeste tem que reagir fortemente contra isso. Demos a vitória a Dilma com muito orgulho. A articulação permanece até o dia, a contabilidade é voto a voto”, acrescentou. 

Para o superintendente da Sudene e ex-prefeito do Recife, João Paulo, caso o impeachment passe estará sendo instaurado um “caos social” no país. “Os que estão arquitetando o golpe não tem legitimidade nem social nem internacional. A confirmação deste golpe seria levar o Brasil a um clima de instabilidade total. Uma coisa é você governar a partir de um regime democrático outra é a partir de um golpe. Isto pode levar a um conflito constante de classes”, previu. 

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Com o início da discussão para a votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na Câmara dos Deputados, militantes contra a saída da petista acampam a partir desta sexta-feira (15) na Praça do Derby, área central do Recife. A abertura do "acampamento pela democracia" aconteceu no fim da tarde, com apresentações musicais e a montagem das barracas.

Membros da Frente Brasil Popular - composta por centrais sindicais como a CUT e a Fetape -, da União Nacional dos Estudantes (UNE), de partidos como o PT, PSOL e PDT permanecem no local até a manhã do domingo (17), quando seguirão em passeata para o Marco Zero, onde um telão será montado na Avenida Rio Branco para assistirem a votação.

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Maior grupo acampado, o Movimento Sem Terra (MST) fincou varas de bambu na grama da Praça onde habitualmente só se vê frutas caídas. Famílias integrantes de assentamentos na Região Metropolitana, da Mata e do Agreste participam da mobilização. "Estaremos sempre aqui fazendo parte desta onda que se levanta contra o golpe. Estamos otimistas com a votação de domingo, estar na rua ajuda a pressionar os deputados", observou Paulo Mansan da coordenação do MST-PE.

Com um grupo de cerca de 50 pessoas, o representante do Movimento  Levante Popular, Tércio Andrade, convocou a população para ir as ruas em defesa da democracia. "Acreditamos que isso [o impeachment] é uma tentativa de golpe. E com isso a juventude será a que mais vai ser penalizada. Precisamos nos posicionar neste momento de polarização", frisou. O grupo também fará intervenções artísticas durante o período de acampamento.

Corroborando Andrade, a membro do Comlés, Vasti Maria, pontuou a necessidade de somar forças neste momento. "Precisamos engrossar o cordão com a sociedade civil, somando forças contra o golpe", afirmou, dizendo que junto com ela estavam pessoas de Gravatá, Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe e do Recife.

Além das barracas, tendas foram montadas na Praça do Derby. No palco, durante a noite de hoje e o dia deste sábado (15) os movimentos se revesam entre apresentações e discursos.

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Carta ao governador

As centrais sindicais e o PT entregaram uma carta ao governador Paulo Câmara (PSB) na noite de hoje, pedindo para que ele reveja a posição do PSB e respeite a história de Miguel Arraes. “A carta cobra responsabilidade do governador do estado, relembra a ele a história de tradição de Pernambuco e do PSB. O palácio do Campo das Princesas é um símbolo de resistência. Miguel Alencar resistiu ao golpe, pressionamos o governador para que ele não traia a história de Miguel Arraes. A carta pede que ele não envergonhe a história e o estado”, detalha o presidente da Central única dos Trabalhadores em Pernambuco, Carlos Veras.

Além dos movimentos da Frente Brasil Popular, políticos também participaram da abertura do acampamento, como o presidente do PT, Bruno Ribeiro, a vice-presidente e deputada estadual, Teresa Leitão, e o superintendente da Sudene, João Paulo. Apesar de compor o campo de oposição do governo Dilma, o PSOL tem endossado a campanha contra o impeachment da presidente e também está participando do acampamento. O deputado estadual Edilson Silva (PSOL) também esteve no acampamento.  

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