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Apesar de estar em situação melhor em comparação a outros Estados na crise da Covid-19, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), se prepara para o pior. "Tenho um decreto pronto de lockdown (fechamento total de atividades) se a ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) chegar a 80%", disse Dino se referindo à medida radical prevista para ser tomada na região metropolitana de São Luís, capital maranhense.

Atualmente, 95% dos casos confirmados no Estado se concentram nesta área, com cerca de 1,5 milhão de habitantes. A região estava com 70% dos seus leitos de UTI ocupados até terça-feira (21), quando governo local alugou um hospital de 200 leitos para suprir a demanda. "A luta é todo dia. Já estou alugando outro hospital e contatando 200 leitos de hospital de campanha", disse o governador.

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Nessa região metropolitana, os moradores convivem atualmente com restrições brandas de isolamento social. Atividades essenciais funcionam e as demais estão paradas. No resto do Estado, a maioria das cidades não registra casos de novo coronavírus. Nessas localidades é de responsabilidade dos prefeitos aplicar ou não restrições de isolamento.

"Estou analisando todos os cenários possíveis e os indicadores para mim são óbitos e capacidade hospitalar. Como, até agora, a capacidade hospitalar está assegurada e tenho mais leitos para entregar, estou num sentido otimista. Apesar do crescimento de casos, acho que a gente dá conta de segurar a demanda", afirmou Dino.

A rede estadual básica de saúde do Maranhão tem 400 leitos de UTI, destes 132 exclusivos para o novo coronavírus. O governo também conseguiu ampliar a compra de respiradores. Foram 207 nas últimas semanas. "Dá para dobrar a capacidade que temos", disse o governador.

O custo mensal da rede de saúde maranhense é de R$ 150 milhões. Dino afirma que recebeu um repasse de R$ 27 milhões do Ministério da Saúde. "Ajuda a amenizar. Agora, estamos fazendo esforço próprio. O ministério repassou também pra municípios algo na casa de R$ 68 milhões", disse.

Na linha de frente do enfrentamento e com colegas já contaminados, o governador afirma que tenta se proteger contra o novo vírus. "Estou me cuidando e me agarrando a todos os santos. Só Nossa Senhora são oito aqui na minha sala", disse. Os governadores do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, e o do Pará, Helder Barbalho, foram infectados com a Covid-19.

"Essa é uma tendência. Um subproduto oculto da crise. As equipes de governo também vão ficando muito expostas. Você integra o serviço essencial e seu nível de exposição é alto", disse.

A ação do governador do Maranhão Flávio Dino para conseguir fazer chegar respiradores no Estado foi interpretada pela Receita Federal como ilegal. O governador rebateu através de uma rede social, nesta segunda-feira (20), as acusações e disse que não admite perseguição. 

Flávio Dino montou uma estratégia para evitar que 107 respiradores e 20 mil máscaras compradas na China em março fosse desviada ou retida pelo governo Bolsonaro, situação que ele afirma já ter acontecido e também desviada para os Estados Unidos como aconteceu com o governo federal e com outros países, por exemplo.

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A carga foi encaminhada para Etiópia, fugindo da Europa, e ao chegar no Brasil, em São Paulo, transferida para o Maranhão. Mas segundo a Receita Federal, a ação foi irregular e não teve licenciamento da Anvisa. 

“A retirada dos equipamentos do recinto aeroportuário não observou os requisitos legais para o regular desembaraço aduaneiro, tendo sido sua remoção realizada sem o prévio licenciamento da Anvisa e sem autorização da Inspetoria Receita Federal", diz o comunicado do órgão federal. A promessa da Receita Federal é de que não vai retirar os respiradores dos hospitais, mas promete agir judicialmente contra todos envolvidos.

Flávio Dino rebateu as acusações e disse não temer exigências do órgão: “Maranhão não praticou nenhuma ilegalidade na compra de respiradores. Mercadorias são legais, existem, estão salvando vidas. A Receita pode abrir o procedimento que quiser e atenderemos às suas exigências. Só não aceitamos ameaças nem perseguições sem sentido", pontuou.

Segundo o governador a 'ação espalhafatosa' da Receita é 'muito barulho por nada': ”a alíquota do imposto de importação é ZERO", rebateu. 

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O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), afirmou, nesta quinta-feira (16), que pediu ajuda do Governo Federal para comprar os 150 respiradores que desembarcaram na capital, São Luís, na terça-feira (14), mas não conseguiu. Para trazer os equipamentos, essenciais para o tratamento de pacientes com a Covid-19, a gestão maranhense fez uma rota hollywoodiana para driblar concorrentes como a Alemanha, os Estados Unidos e o próprio Governo Federal. 

Em publicação no Twitter, Dino detalhou que vários Estados estão passando pelos mesmos problemas e o avião presidencial poderia ser utilizado para transportar os respiradores e outros insumos médicos que estão sendo comprados na China e em outros países.

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“Vários estados estão com problemas similares. Pedimos ajuda de transporte ao governo federal e não conseguimos. Penso que até o avião presidencial deveria ser usado para buscar equipamentos de saúde comprados na China ou outro país. Nada é mais importante no momento”, afirmou Flávio Dino, deixando a entender que, mais uma vez, a disputa política falou mais alto na gestão federal.

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Para que os equipamentos chegassem ao Maranhão, segundo o jornal Folha de São Paulo, o secretário estadual de Indústria e Comércio, Simplício Araújo, coordenou cerca de 30 pessoas e decidiu enviar os respiradores para a Etiópia, na África, e teve o frete pago pela mineradora Vale para chegar até São Paulo.

Já no Brasil, os equipamentos foram carregados em um avião fretado da Azul e enviados para o Estado. A liberação da alfândega só foi feita no Maranhão.

Dino e o presidente Jair Bolsonaro já não se dão bem politicamente e não escondem isso de ninguém. O presidente chegou a chamar, no início do ano passado, de forma pejorativa os governadores do Nordeste de “paraíbas” e pontuou que o “pior deles” era o do Maranhão. Flávio Dino é apontado por setores da esquerda como um dos eventuais nomes para disputar o cargo de presidente da República em 2022. 

O chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, criticou, na manhã deste domingo (5), a atuação de governadores durante a pandemia do coronavírus. Em uma publicação na sua conta oficial do Twitter, Heleno atacou diretamente o governador do Maranhão, Flávio Dino.

"Flávio Dino, Gov do Maranhão, creditou ao Pres Bolsonaro os 300 óbitos do Covid 21. Sempre acreditei, pelo passado histórico, que comunistas são seres alienados, sonsos, insensíveis e insensatos. Atitudes como essa confirmam esse perfil", escreveu Heleno.

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Após cerca de duas horas da publicação, o comentário foi apagado da conta do ministro.

Na manhã desta sexta-feira (3), o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), teceu duras críticas à postura do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), no contingenciamento da covid-19 no Brasil. Além de chamar Bolsonaro de incompetente, o ex-juiz federal entende que a falta de atitude e a sua ‘indiferença’ torna-o desumano.

No último balanço do Ministério da Saúde, o Brasil já atingiu a marca de 299 mortes por covid-19. No entanto, o registro geralmente é defasado diante da demora para o resultado dos testes e da acelerada proliferação do vírus. Além fechar os olhos para gravidade da pandemia, classificando a crise epidemiológica mundial com um simples ‘resfriadinho’, Bolsonaro se contrapõe às recomendações do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e critica a suspensão do comércio feita pelos governadores, que seguem as instruções das autoridades sanitárias mundiais.

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“Bolsonaro tem hoje mais de TREZENTOS brasileiros mortos por coronavírus na sua porta. E nem isso é capaz de fazê-lo refletir”, declarou o governador, que continuou com uma comparação, “é como se dois aviões caíssem no Brasil, matando todos os passageiros, e ele seguisse indiferente. Além de incompetente, Bolsonaro é desumano”, disparou Dino.

Em constante desaprovação com as medidas do Governo Federal, o gestor maranhense é um dos principais opositores de Bolsonaro no contexto das unidades federativas. A relação distante atingiu seu ponto máximo após uma afirmação xenofóbica do presidente em setembro do ano passado. Ele que cochichou para Onyx Lorenzoni, então ministro da Casa Civil, que “daqueles governadores de... ‘paraíba’, o pior é o do Maranhão”. A declaração rendeu uma carta de repúdio assinada pelos governadores do Nordeste.

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O ex-presidente Lula (PT) e o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), se encontraram na reunião do Comitê Nacional Lula Livre neste sábado (18) em São Paulo. O encontro ocorre após entrevista de Lula que causou descontentamento no partido comunista.

“Orgulho em contar com o apoio e solidariedade de um homem do Direito que, de quebra, teve a coragem de abandonar a toga pra fazer política”, escreveu o ex-presidente em suas redes sociais neste sábado. O governador do Maranhão também comentou o encontrou. “Em São Paulo, boa conversa com o presidente Lula sobre a defesa do Brasil, da Constituição e dos direitos sociais”, assinalou Dino.

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Em entrevista à TV Trabalhador, na quarta-feira (15), Lula afirmou que seria difícil eleger alguém da esquerda sem o PT e o que o seu partido é muito grande se comparado ao PCdoB. Na mesma entrevista, o líder petista classificou Flávio Dino como “competente” e “companheiro da maior lealdade”

As críticas do ex-presidente, entretanto, não foram bem recebidas pelo deputado federal e ex-ministro Orlando Silva (PCdoB), que se manifestou por texto. “O presidente Lula considerar difícil a eleição de um comunista para presidente não surpreende, afinal, ele considerava impossível uma vitória para o governo do Maranhão. Flávio Dino foi eleito e reeleito governador sem seu apoio. Mas qual a utilidade de reforçar a retórica anticomunista?”, questionou Orlando Silva.

Nos primeiros dias de 2020, dois fatos lançaram o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), ao centro do debate político nacional. O primeiro foi a notícia de um encontro com o apresentador de TV e empresário Luciano Huck, apontado como possível candidato a presidente, que levou a especulações sobre uma chapa Huck/Dino em 2022. O segundo foi a reação do PT, por meio de um de seus vice-presidentes, o deputado Paulo Teixeira (SP), que usou as redes sociais para dizer que, "com Lula ou Haddad, Dino estará na nossa chapa presidencial".

Dias antes, o próprio Lula havia elogiado Dino durante uma feijoada na casa do ex-prefeito Fernando Haddad. Para o ex-presidente, o governador é, atualmente, um dos únicos líderes da esquerda que consegue falar para "fora da bolha".

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Tirar a esquerda do isolamento em que se meteu nos últimos anos tem sido o principal objetivo de Dino no plano nacional. Desde que tomou posse, em 2015, o governador mantém uma coligação de 16 partidos que vai do PCdoB ao DEM, incluiu líderes evangélicos no governo e construiu boas relações com setores distintos, como o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e a Federação das Indústrias do Maranhão.

Além disso, aprovou em velocidade recorde a reforma da previdência estadual, participou da criação de três consórcios regionais de governadores e abriu diálogo com nomes tão díspares como Lula e o também ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o presidenciável do PSOL em 2018, Guilherme Boulos, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Em junho do ano passado, fez uma visita ao arquirrival, o ex-presidente José Sarney (MDB).

"Flávio Dino é um interlocutor político nacional. A agenda com o Huck não foi um ponto fora da curva. Não tem fato novo nisso", disse o deputado federal Márcio Jerry, presidente do PCdoB maranhense, integrante da direção nacional do partido e homem forte do primeiro governo Dino.

O encontro ocorreu na casa do apresentador um dia depois de Dino participar de um seminário na Casa das Garças, 'think tank' que tem entre seus associados expoentes do liberalismo como o ex-ministro Pedro Malan, o ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco e o presidente do Novo, João Amoêdo, a convite do ex-governador do Espírito Santo Paulo Hartung, um dos articuladores do projeto político de Huck. Antes, os dois haviam conversado pelo menos meia dúzia de vezes por telefone. Não se falou em composição de chapa.

Segundo Hartung, o encontro faz parte de uma série de diálogos que Huck tem mantido com líderes políticos, sem motivações eleitorais. "Não estamos costurando uma frente ampla, mas o diálogo. É um movimento de aproximação de quem defende e valoriza as instituições e que pode evoluir para outros pontos como quem se incomoda com a desigualdade social", disse Hartung.

Reações

O encontro gerou críticas a Dino por parte da esquerda nas redes sociais e questionamentos internos de setores do PCdoB. A decisão de romper a "bolha", no entanto, está de acordo com a orientação partidária. "Os conceitos e valores do atual governo são perigosos, tem risco potencial de produzir danos à democracia. Nesse quadro há que se construir um campo de diálogo democrático. Assim deve ser lido esse tipo de conversa. E precisamos de um degelo, pra superar essa polarização estéril. Fazer a polêmica de mérito nos temas essenciais e exercitar a produção de convergências", afirmou o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), líder do partido na Câmara.

Alguns líderes do partido viram como "indelicadeza" a manifestação de Paulo Teixeira por, na avaliação deles, tratar um aliado histórico como força auxiliar. Mas o petista e o governador têm longa relação política estreitada por dramas pessoais em comum - os dois perderam filhos mais ou menos na mesma época. "Eu defendo que as disputas de 2020 e 2022 devem ser feitas com a unidade da esquerda", disse Teixeira.

Desde a eleição do presidente Jair Bolsonaro, Dino participa de tentativas para unificar uma ampla frente de oposição ao governo. No início do ano ele, Haddad, Boulos, a líder indígena Sonia Guajajara e o ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho (PSB) criaram o Unidade Progressista. Resistência de setores do PT fez o grupo perder força. A prisão de Coutinho por suspeita de corrupção sepultou de vez o projeto.

Ao mesmo tempo, aproveitando-se das características geográficas do Maranhão, Dino ajudou a criar o Consórcio do Nordeste, que reúne os nove Estados da região, e participou dos consórcios da Amazônia e do Brasil Central. Foram realizadas três reuniões em São Luís. Os consórcios servem para driblar a falta de recursos e dificuldades na relação com o governo federal e servem de foro para articulações entre os governadores. Dino ainda esteve em evento do "Direitos Já" que reuniu integrantes de 16 partidos no Tuca, em São Paulo, em oposição a Bolsonaro. Todas essas iniciativas esbarraram no "sectarismo" de setores da esquerda, em especial do PT.

Críticas

As constantes viagens a São Paulo e a Brasília levaram a oposição no Maranhão a acusar Dino de abandonar o Estado em nome de um projeto nacional. "O governador abandonou o Maranhão. Participa de mais eventos fora do Estado do que aqui. Faltam foco e articulação com o governo federal, que sempre mandou muitos recursos para o Estado. Hoje, seu foco é a campanha antecipada pelo Brasil e o contraponto ao presidente", disse o deputado estadual Adriano Sarney (PV), neto do ex-presidente e único integrante do clã, hoje, a ocupar cargo eletivo.

Aliados do governador rebatem dizendo que a agenda de viagens de Dino não sofreu oscilações nos últimos anos e que a maioria das ausências é por motivo de eventos oficiais.

A aproximação com os evangélicos também provocou reações negativas de setores do PT maranhense descontentes por terem sido excluídos da chapa majoritária em 2018 para dar espaço à senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), ligada a igrejas. Além disso, a criação de 36 cargos de capelães da Polícia Militar, a maioria entregue a pastores evangélicos, levou à abertura de processo na Justiça Eleitoral - por uso da máquina pública - ainda não julgado.

Dino também se tornou alvo de opositores por, segundo eles, fazer no Maranhão aquilo que critica em nível federal, ao aprovar uma reforma da previdência estadual de forma relâmpago. O governador foi ainda criticado pela esquerda por ter apoiado o acordo para entrega da base de Alcântara aos EUA firmado pelo governo federal.

A interlocutores, Dino tem dito que considera improvável uma chapa com Huck por motivos ideológicos e políticos, mas que não vai descartar a possibilidade de imediato. Nesta semana, ele estará em São Paulo para participar de um evento do Instituto Lula. Conversas com o ex-presidente sobre as eleições de 2020 e 2022 estão no radar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Potenciais adversários do presidente Jair Bolsonaro em 2022, os governadores de São Paulo, João Doria (PSDB), e do Rio, Wilson Witzel (PSC), terminaram 2019 descolados da bandeira bolsonarista que os levou à vitória na eleição e dispostos a trilhar estratégias que os tornem competitivos nacionalmente. Mas ambos enfrentam arranhões, justamente na área que os aproxima do presidente: a segurança pública. Ex-juiz, Witzel viu seu governo bater o recorde de mortes provocadas pela polícia e Doria fechou o ano obrigado a afastar policiais após o registro de nove mortes em um baile funk.

Ancorados na onda conservadora que marcou a disputa de 2018, ambos fizeram campanha endurecendo o discurso contra a criminalidade, mas, neste ano, apesar de reafirmarem suas políticas na área, tentaram moderar suas posturas na tentativa de se contrapor ao governo federal.

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Se têm estratégias em comum, os comandantes dos principais governos estaduais diferem nas prioridades de gestão e nas posições que ocupam dentro de seus partidos. Em seu segundo cargo executivo, Doria, que foi prefeito da capital paulista, governa com mais folga financeira e, por isso, pode projetar obras e ações de fôlego. Além disso, exerce influência dentro do PSDB, sigla que tem maior alcance nacionalmente, se comparada ao PSC. Nesse contexto, a situação melhoraria para Witzel se o projeto que ele tem encampado, de fusão entre PSL e PSC, saísse do papel, já que o antigo partido de Bolsonaro tem a maior fatia do fundo partidário e de tempo de TV.

"Doria tem não só São Paulo, mas bases em outros Estados. Ele está à frente nessa luta", aponta o cientista político Paulo Baía, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Outro fator favorece o tucano, segundo o também analista Rodrigo Prando, do Mackenzie. "Ele montou um secretariado ministerial."

Entre os projetos que o tucano planeja desenvolver neste ano estão obras prometidas por seu partido há anos, como a Linha 6-Laranja do Metrô e o trecho Norte do Rodoanel. Ambas estão paralisadas. Doria também deve iniciar um processo de privatização da Sabesp, a companhia de água e saneamento do Estado, e de revisão de contratos de concessão de rodovias estaduais, que devem render bilhões extras ao governo.

Situação diferente vive o Rio, que tenta sair de uma séria crise fiscal. Em 2020, com déficit orçamentário de R$ 10,7 bilhões, Witzel buscará a prorrogação do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que termina em setembro. O plano é prorrogá-lo por mais três anos. Já na área da segurança, a meta é, sem abandonar a política de enfrentamento, apostar em ações sociais nas favelas, com a retomada do projeto de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).

Antagonismo

No discurso político, além de tentar se contrapor a ideais que regem o governo Bolsonaro, Witzel alicerça seu antagonismo no método de governar. Chamou o presidente de "despreparado" e tem declarado que o Planalto não sabe dialogar com os governadores. "A pauta dele é muito mais ideológica do que concreta", disse em um café com a imprensa.

"Witzel tem uma estratégia dupla. Ele mantém o discurso que lhe deu a vitória para determinados grupos, uma base que o elegeu e que ele disputa com o Bolsonaro: a da segurança", diz Baía.

Enquanto Bolsonaro não tem um modelo de articulação definido com o Congresso, tanto o governador fluminense como o paulista souberam jogar com a política tradicional nas respectivas Assembleias, e alcançaram maioria. O balanço do ano, no entanto, dá a Witzel uma marca indigesta até mesmo para quem disse, na campanha, que a polícia tinha que "mirar na cabecinha": em sua gestão, as mortes por intervenção policial bateram recorde no Estado. Foram 1.686 até 30 de novembro, último número disponível no Instituto de Segurança Pública (ISP). Àquela altura, o número já havia sido o maior desde 1998, o início da série histórica.

Já Doria, que comemora queda nos índices de homicídio e latrocínio (mas não de estupro) em 2019, teve de lidar, no último mês do ano, com uma crise que o projetou nacionalmente, mas de forma negativa. Durante ação policial em Paraisópolis, a segunda maior favela da capital, nove jovens que participavam de um baile funk morreram asfixiados em vielas fugindo da polícia. A divulgação de imagens mostrando violência por parte dos agentes complicou mais a situação do tucano, que se viu obrigado a recuar de uma postura inicial de aprovação à conduta policial para ordenar o afastamento de 38 Pms.

Mas, no geral, segundo Prando, Doria teve mais pontos positivos que negativos. Entre eles, o analista destaca as movimentações no campo da economia e das relações internacionais. "É mais um recado que ele manda a Bolsonaro e ao governo federal."

Leite e Dino correm por fora

Dois governadores que atuam fora do eixo Rio-São Paulo, e em campos políticos opostos, também vêm surgindo como possíveis atores nas próximas eleições presidenciais. No fim do ano passado, o gaúcho Eduardo Leite (PSDB) se juntou à lista de governadores com pretensões de disputar o Planalto em 2022. Já o maranhense Flávio Dino (PCdoB) tem chamado a atenção de seu partido e, na semana passada, ainda recebeu uma sinalização de que pode compor a chapa presidencial petista, como eventual candidato a vice.

Principal nome da juventude tucana, Leite, de 34 anos, tem se dedicado a pautas reformistas para recuperar o caixa do Estado, e conseguiu aprovar a reforma da previdência estadual, o que, nos cálculos do governo, pode ajudar a alçar o governador a um posto de maior destaque na política. Leite, no entanto, tem um desafio extra para chegar ao posto de candidato à Presidência: terá de desbancar João Doria, hoje mais bem posicionado para ter o aval do PSDB para a disputa.

Principal nome da esquerda entre os governadores, Flávio Dino pode estrear na corrida presidencial como candidato ou vice. Na semana passada, o vice-presidente do PT, deputado Paulo Teixeira (SP), disse que ele será vice na chapa petista - Dino não respondeu.

No PT, no entanto, o nome de Rui Costa, governador da Bahia, não é descartado. Em discursos após deixar a prisão, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já citou mais de uma vez o nome de Costa como opção petista para a disputa de 2022. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O deputado federal e vice-presidente nacional do PT, Paulo Teixeira (SP), disse nesta quinta-feira, 2, em seu Twitter, que o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) "estará na nossa chapa nas próximas eleições presidenciais". O petista ainda citou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad como nomes do partido à Presidência da República.

O governador do Maranhão está sendo disputado politicamente com vistas às eleições presidenciais de 2022. Ontem, 1, o jornalista Ricardo Noblat publicou em seu blog que o apresentador Luciano Huck, da "TV Globo", tem conversado com Dino e teria lhe oferecido a vaga de vice-presidente em sua chapa. O texto de Noblat movimentou a rede social e gerou uma série de ataques ao apresentador, inclusive de deputados ligados ao presidente Jair Bolsonaro, que já sinalizou que vai tentar a reeleição.

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É neste contexto que o petista Paulo Teixeira tenta vincular Flávio Dino à candidatura do partido em 2022. Até o momento, no entanto, o governador maranhense não se pronunciou. A reportagem entrou em contato com a assessoria de Dino mas ainda não obteve resposta.

O senador do PT Jean Paul Prates (RN) publicou elogios ao governador maranhense Flávio Dino, do PCdoB, entrevistado desta segunda-feira, 23, no programa Roda Viva, da TV Cultura. O tuíte foi republicado pela conta oficial da liderança do PT no Senado, hoje exercida por Humberto Costa (PE).

Prates escreveu que Dino mostrou "qualidades 'presidenciáveis'" no programa. "Conhecimento legal, sensibilidade social, bom senso político e espírito conciliador - qualidades 'presidenciáveis', para o momento que o Brasil vive", escreveu.

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Apontado como possível candidato a presidente em 2022, Dino falou no programa em "união, unidade e diálogo" e diz ver, por parte de petistas, "disposição ampla para o diálogo".

"Não podemos impor que o PT abra mão do direito de lançar seus quadros. Por outro lado, nós temos que buscar que haja uma pluralização de porta-vozes desse campo nacional popular", afirmou. "O que sinto é uma disposição ampla do PT para o diálogo e temos que aproveitar isso para construir uma união. Então, eu acho sim possível (ascender uma liderança de esquerda que não seja petista). Não é um obstáculo tão pronunciado como alguns classificam."

Em 2018, Dino foi reeleito governador do Maranhão coligado com o PT, mas também com diversas siglas não alinhadas à esquerda, como DEM, PP e PRB. O jornal O Estado de S. Paulo mostrou que, neste ano, Dino foi um dos artífices do apoio do PCdoB à eleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) na presidência da Câmara.

O governador do Maranhão integra a Unidade Progressista, grupo criado neste ano para tentar reverter o racha da esquerda, marcada em 2018 pela decisão do terceiro colocado na eleição presidencial Ciro Gomes (PDT) de não apoiar o petista Fernando Haddad no 2º turno contra Jair Bolsonaro (PSL).

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), utilizou seu perfil oficial no Twitter nesta segunda-feira (9) para traçar uma análise a respeito do trabalho desenvolvido por presidentes de governos anteriores.

Em sua publicação, Dino afirmou que a esquerda não se negou a fazer alianças. “Em âmbito nacional, a esquerda jamais chegou ao poder sem alianças e tampouco conseguiu governar sem elas”, destacou o governador. 

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Dino, que ganhou os holofotes nacionais após o presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmar que ele era o pior dos governadores “de paraíba”, disse que o momento é de projetar ações para o futuro do país.

“Não é hora de retaliações quanto ao passado. E sim de fincar os pés na realidade presente e oferecer um projeto de futuro para a nossa Nação”, argumentou em resposta a um artigo publicado pelo site The Intercept.

O site do jornalista Glenn Greenwald publicou um material que aponta uma desunião de partidos da esquerda e a falta de alianças para um crescimento com força e ascensão desses grupos políticos.

“O trabalhismo e o lulismo merecem idêntico respeito. Sob a presidência de Vargas, Juscelino, João Goulart, Lula e Dilma, vivemos períodos de construção nacional, democracia política e avanços sociais. Todos os presidentes mencionados tiveram acertos e erros. Mas quem não os tem?”, questionou Dino.

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), afirmou nesta quinta-feira, 5, que as declarações do presidente da República, Jair Bolsonaro, atrapalham os investimentos no Brasil. "Espero que Bolsonaro tenha algum amigo sincero perto dele", disse a uma plateia de empresários, em evento em Brasília.

Dino defendeu ainda que "não é saudável" o presidente produzir crises todos os dias.

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"Quando houve a redemocratização do Brasil, Figueiredo era o presidente. E ele convivia, dentro do possível, com governadores de oposição", pontuou Dino, referindo-se ao ex-presidente da República João Baptista Figueiredo. "Então, acho que é preciso haver comparação com outros momentos da vida brasileira."

O governador afirmou ainda que não faz uma oposição de "vetos ideológicos" às propostas do governo Bolsonaro. "Ontem defendi a aprovação do acordo da base de Alcântara, que foi celebrado pelo governo federal", exemplificou. "Não temos vetos ideológicos."

Também presente ao evento, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), evitou falar diretamente sobre os efeitos das declarações de Bolsonaro sobre os investimentos no País. Leite afirmou que o período atual é difícil a ser administrado. "Um enorme desafio nos tempos atuais", falou, citando a interferência das redes sociais na política. Segundo ele, há uma "provocação diária pelos tuítes".

Os dois governadores participaram nesta quinta-feira da conferência "Agenda do Brasil para Crescimento Econômico e Desenvolvimento", promovida pelo Council of the Americas (COA), em Brasília.

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), mandou um recado aos procuradores da Lava Jato e disse que ainda há tempo deles pedirem desculpas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelas conversas que, de acordo com reportagem do UOL a partir de dados obtidos pelo The Intercept, apontam ironias por parte deles diante da morte da ex-primeira-dama Marisa Letícia e o do luto dele por perdas de parentes. 

“Apenas uma procuradora pediu desculpas pelas absurdas ironias com mortes trágicas na família do ex-presidente Lula, levando esposa, irmão, neto. Espero que a reflexão noturna traga senso de humanidade aos agressores. Ainda há tempo”, disse Flávio Dino no fim da noite dessa terça-feira (27), em publicação no Twitter.

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A fala do governador foi exposta depois que a procuradora da República, Jerusa Viecili, usou as redes sociais na noite de ontem para se desculpar após novas revelações da chamada Vaza Jato. 

Jerusa disse que tinha errado. "E minha consciência me leva a fazer o correto: pedir desculpas à pessoa diretamente afetada, o ex-presidente Lula”, pontuou. A atitude repercutiu como um reconhecimento de que as mensagens vazadas são verídicas. 

De acordo com reportagem do UOL dessa terça, entre as falas sobre Marisa Letícia, na véspera da confirmação da morte encefálica, 2 de fevereiro, a procuradora da República Luara Tessler diz que Lula faria uso político da perda da esposa. "Quem for fazer a próxima audiência do Lula, é bom que vá com uma dose extra de paciência para a sessão de vitimização", disse. E, no dia seguinte, com a morte anunciada oficialmente, Jerusa Viecili pergunta: "Querem que eu fique pro enterro?"

Segundo a matéria, os procuradores também  divergiram quanto aos pedidos de Lula, quando já estava preso, para ir ao enterro do irmão, Genival Inácio da Silva, e do neto, Arthur Araújo Lula da Silva.

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), defendeu nesta terça-feira, 27, durante a reunião com o presidente Jair Bolsonaro e outros governadores de Estados da Amazônia, que a soberania da região não deve ser afirmada retoricamente, mas sim, com o cumprimento de deveres. Ele também defendeu o diálogo com outros países e criticou a "satanização" das Organizações Não Governamentais (ONGs) que atuam na região.

"Não é necessário um discurso de terrorismo antiambiental, que pode ser nocivo ao povo brasileiro. (...) Se o Brasil se isola no cenário internacional, (isso) o expõe a sanções internacionais gravíssimas a seus produtores", disse.

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O governador, que é de um partido de oposição ao governo federal, afirmou que não é preciso alterar a legislação atual porque esta já trata do uso sustentável da Amazônia. "Não precisamos de qualquer mudança legislativa. Todos os instrumentos já foram aprovados por governos anteriores. Na Constituição está definido que a Amazônia é território nacional, indeclinável para todos. Soberania nacional não se afirma retoricamente, e sim, mediante deveres. É uma obrigação", afirmou.

O governador do Maranhão defendeu ainda que o Brasil aceite ajuda financeira internacional para combater desmatamento e incêndios na Amazônia. Dino também criticou uma retórica que tem sido bastante usada por Bolsonaro de que as ONGs atuam na região para atender a interesses externos e que teriam culpa na intensificação das queimadas.

"Não podemos dizer que as ONGs são inimigas. Não é tocando fogo nelas que vamos salvar a Amazônia. Tem que separar o joio do trigo. Não sou daqueles que sataniza as ONGs, isso é um equívoco. Temos organizações de imensa seriedade que atuam aqui", disse.

O governador também afirmou que o extremismo não é adequado na resolução de situações como essa. "O meio termo é a melhor receita porque quando se solta uma faísca em níveis mais altos, pode-se chegar a um incêndio na base. Não é com postura reativa que vamos sair dessa crise. É preciso ter moderação e diálogo", disse.

Em reação ao discurso de Dino, o presidente Jair Bolsonaro citou o número de pedidos para registro de novas terras quilombolas e indígenas na Amazônia Legal, destacando que o agronegócio pode ficar "inviabilizado" no Brasil.

Bolsonaro também destacou a fala do presidente francês, Emmanuel Macron, dizendo que ele "baixou o tom" hoje, mas que "seu objetivo é o mesmo", sem dar mais detalhes. Na sequência, leu publicação de apoio feita pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no Twitter. "Aqui não tem esquerda e direita, é soberania nacional", declarou.

Em entrevista ao UOL, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), afirmou que não acredita que as declarações do presidente Jair Bolsonaro (PSL) sobre o Nordeste tenham efeitos práticos para as relações institucionais.

Dino classificou as afirmações do presidente como “violência simbólica” e disse estar preocupado com as consequências que esse comportamento dele podem levar à sociedade brasileira.

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No último mês de julho, durante entrevista com jornalistas, um áudio de Bolsonaro foi captado em que ele diz que “dos governadores ‘de paraíba’, o pior é o do Maranhão”. Bolsonaro virou alvo de fortes críticas após o que foi dito, tanto por políticos, quanto pela população.

"Nenhum governante deve abrir mão de suas opiniões políticas para ter acesso àquilo que não é favor, é direito", avaliou Dino sobre a possibilidade de Bolsonaro condicionar o repasse de verbas para os estados nordestinos ao reconhecimento de seus representantes ao governo bolsonarista.

Dino ainda afirmou não se sentir ameaçado por Bolsonaro e que as falas dele não reverberam na prática dinâmica entre os governos. O governador do Maranhão alegou que o seu estado ainda não foi prejudicado pelo Governo Federal.

"Hoje ainda é visível um fosso entre aquilo que o presidente da República anuncia daquilo que nós reivindicamos na ação concreta do governo. Se me perguntarem hoje se houve alguma retaliação contra o governo do estado do Maranhão, eu diria que não, não houve nenhuma. Espero que continue assim", pontuou Dino.

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), concedeu uma entrevista à Rádio Guaíba nesta segunda-feira (5) e afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) não desliza em suas afirmações, mas sim mostra suas políticas de governo.

“Não se pode levar como brincadeirinha palavras que são obviamente preconceituosas, ainda mais vindas do presidente da República”, comentou Dino, complementando que a atuação de Bolsonaro é “uma política errada, de segregação, de violência simbólica”.

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Dino também comentou que não concorda com estigmas contra qualquer região do país. O governador do Maranhão virou assunto nacional neste mês de julho após viralizar um áudio vazado de Bolsonaro onde ele dizia que “dos governadores de ‘paraíba’, o pior é o do Maranhão”.

Por fim, Dino disse acreditar em uma política onde haja um olhar para todos por igual e que o gestor seja “um representante máximo da nação”. Flávio Dino garantiu que vai continuar com sua linha de trabalho e colaborando com o Governo Federal “dentro do possível”, mas pontuou que individualmente seguirá com sua postura de apresentar as falhas do presidente.

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), foi chamado, nessa quinta-feira (25), de “paraíba” por moradores da Asa Norte, em Brasília. Ele palestrava em um café na capital federal quando ouviu os gritos oriundos da janela de um prédio. A informação é do site Metrópoles. 

Dino, por sua vez, fez questão de parar a palestra e responder: “Obrigado, amigo. Sou ‘paraíba’ com muita honra”. O termo é usado pejorativamente para se referir a pessoas que são da região Nordeste do país. 

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Ainda de acordo com o site, o governador iniciou a palestra, inclusive, dizendo ter ganho “a maior honraria” de sua vida quando o presidente Jair Bolsonaro disse que ele era “o pior” dos “governadores de paraíba”. 

Na última sexta-feira (19), um áudio de Bolsonaro conversando com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), vazou na TV Brasil, antes de iniciar o tradicional café da manhã do presidente com jornalistas. Na conversa, Bolsonaro criticou os governadores nordestinos.  “Desses governadores de paraíba, o pior é o do Maranhão. Não tem que ter nada para esse cara”, disparou na ocasião. A fala rendeu críticas ao presidente e a Frente Parlamentar de Defesa do Nordeste entrou com uma ação contra ele, por racismo, na Procuradoria Geral da República (PGR). 

Após ganhar os holofotes da polícia nacional por ser criticado publicamente pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), comentou sobre a liberação feita pelo Governo Federal do FGTS.

Nesta quarta-feira (24), Dino afirmou que a quantia é pouca diante do elevado número de desempregados no país. “Liberação de pequena parcela do FGTS é muito pouco diante de uma economia paralisada e com 13 milhões de desempregados”, disse.

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Ainda segundo o governador, o presidente Bolsonaro precisa pensar nos que mais precisam. “É preciso ter coragem e sensibilidade social. E parar de pensar só nos Estados Unidos e nos mais ricos”, opinou.

Por fim, Flávio Dino listou medidas que o governo poderia tomar para melhorar a vida do trabalhador brasileiro. “Inflação abaixo do centro da meta permite corte de juros e mais crédito para empresas. É urgente a ampliação de obras públicas”, pontuou.

“E um programa emergencial de socorro a famílias endividadas, para melhorar demanda. Há caminhos. Mas é preciso ter foco no Brasil”, finalizou Dino, aproveitando para dar sugestões à equipe econômica do governo.

 

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) é um “insano” que quer difundir uma visão preconceituosa no país e tem agredido os políticos para esconder o mau governo que faz. 

Na última sexta-feira (19), a TV Brasil vazou o áudio de uma conversa entre  Bolsonaro e o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), e no momento disparou críticas contra os gestores da região Nordeste. Sobre Dino, ele foi claro: “Dentre os governadores de 'paraíba', o pior é o do Maranhão. Não tem que ter nada com esse cara.”

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Ao ser questionado sobre a fala, em entrevista ao jornal O Globo, Dino disse que “o presidente externou uma visão de preconceito, de ódio”.

“Foi a prova que tem um insano no comando do país. Há um método instalado no poder central. É um método de discriminação, de perseguição e de preconceito… Isso nada mais é que a repetição de tratamentos pejorativos para menosprezar uma região que concentra um terço da população brasileira”, observou o comunista.

Sobre o fato de ser mencionado como o pior governador da região, Flávio Dino disse que não ficou abalado. “Não é a opinião do presidente que baliza as minhas ações. Fui eleito duas vezes em primeiro turno, em 2014 e 2018. Isso confirma que temos apoio da maioria da sociedade no nosso Estado. Em uma semana, nosso governo teve mais resultados que o dele em 200 dias”, disparou. 

“Isso deriva da visão extremista e sectária que ele tem praticado. Um traço do discurso fascista é a identificação de inimigos para justificar suas próprias carências. As pesquisas mostram que o governo não consegue cuidar do que é fundamental, como o desemprego e a recessão. Para esconder este fato, o presidente pratica a política da agressão, da busca de inimigos. É para tentar esconder o mau governo que ele faz”, acrescentou.

Flávio Dino também classificou a fala do presidente como uma “agressão gratuita” e ponderou que ele e os demais gestores de partidos da oposição têm procurado “praticar a boa política republicana”. Além disso, ele ressaltou que não vai “recuar um milímetro”.

“Mais que um direito, considero que é um dever dizer o que penso. O país precisa de uma correção de rumos. Não há uma agenda sequer em que se identifique uma preocupação com o social”, declarou. 

“Se o intento dele foi me silenciar, será inútil. Não vou aceitar que um discurso de caráter autoritário determine minha atuação política. É um dever resistir a qualquer proposta de caráter ditatorial no Brasil. Não tenho medo de ditador nem de projeto de ditador”, emendou.

Para Dino, “não se trata apenas de algo tosco ou ridículo”, mas “é preciso compreender que a visão expressada pelo presidente da República é perigosa para o Brasil”.

O comunista disse ainda que Bolsonaro “está criando um ambiente de conflituosidade em que até coisas básicas, como a inauguração de uma obra, se tornam impraticáveis. Não é algo isolado contra o Flávio Dino. É uma coisa geral, que visa promover uma desorganização da política brasileira”, ao lembrar da inauguração, nesta terça-feira (23), do aeroporto de Vitória da Conquista, na Bahia.

O deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) usou o Twitter, nesta segunda-feira (22), para defender o presidente Jair Bolsonaro (PSL). Segundo o parlamentar, os “esquerdopatas” fazem “um carnaval por nada”. A postura de Feliciano foi em resposta às críticas que o presidente vem recebendo desde que chamou os governadores do Nordeste de ‘paraíbas’, termo pejorativo usado em Estados do Sul para se referir aos nordestinos. 

A fala de Bolsonaro foi vazada pela TV Brasil. Ele fez o comentário antes do café da manhã promoveu na sexta-feira com jornalistas no Palácio do Planalto, o presidente conversava com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), e no momento disparou: “Dentre os governadores de 'paraíba', o pior é o do Maranhão. Não tem que ter nada com esse cara.” O governador do Maranhão é Flávio Dino (PCdoB). 

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Após o vazamento, Dino disse que Bolsonaro foi racista nas declarações. Ao comentar o assunto no microblog, Marco Feliciano argumentou que, na realidade, quem praticou crime foi o comunista. 

“O comunista Flávio Dino mente quando acusa o presidente Jair Bolsonaro dos crimes de ameaça e racismo. Para a configuração desses crimes a lei exige o desejo de intimidar, ou a clara intenção de ofender ou tentar impedir o exercício de algum direito em razão da discriminação racial”, observou.

“O presidente Jair Bolsonaro apenas fez reservadamente um comentário político a respeito de um adversário. Logo, quem pratica crime de calúnia é Dino, ao imputar conduta criminosa ao presidente.  Dino, ex-juiz, devia lembrar que calúnia dá cadeia. Artigo 138 do Código Penal”, emendou Feliciano.

Em defesa do presidente, o deputado disse que o linguajar usado nos bastidores da Câmara dos Deputados sobre os adversários políticos é bem mais pesado e, os que criticam Bolsonaro, fazem um “carnaval por nada”. 

“Uma coisa é um pronunciamento público, outra bem diferente é uma conversa reservada. Esquerdopatas, sempre jogando contra o Brasil, fazem um carnaval por nada.  Garanto que no cafezinho da Câmara dos Deputados o linguajar a respeito de adversários políticos é bem mais pesado!”, salientou.

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