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Um levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que a demora dos estados em adotar medidas de restrição no início da segunda onda da Covid-19 impulsionou o aumento de casos e óbitos. Segundo o autor do estudo, o técnico de planejamento e pesquisa Rodrigo Fracalossi de Moraes, os governos agiram sobretudo de forma reativa em relação à segunda onda, ao contrário da postura preventiva observada anteriormente.

"Ao contrário do ocorrido tanto antes como durante a primeira onda da pandemia da Covid-19, a introdução de medidas rígidas de distanciamento por ocasião da segunda onda aconteceu – na maior parte do país – apenas após decorridos vários dias de sua manifestação e, em alguns casos, nem mesmo quando os números de óbitos cresciam de maneira acelerada", diz o pesquisador em nota técnica publicada pelo Ipea.

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Segundo Moraes, as medidas passaram a ser enrijecidas de maneira mais sólida a partir de fevereiro de 2021, "cerca de três meses após o número de novos óbitos voltar a crescer de forma consistente no país." O pesquisador destaca que, apesar da maior gravidade da segunda onda, as medidas ainda se mantêm menos rígidas do que as adotadas antes e durante grande parte da primeira onda. 

Ao Uol, o técnico do Ipea diz que os decretos tardios ajudaram na alta de mortes. "Claro que isso é uma coisa probabilística, não determinística. Mas, se a gente compara as medidas que foram tomadas na primeira e na segunda ondas e compara o número de pessoas que morreram nas duas, podemos chegar a essa conclusão", afirma.

O estudo cita quatro estados que são exceção e agiram de forma relativamente rápida: Acre, Ceará e Espírito Santo. Outros estados optaram por não endurecer as medidas ou até relaxaram, como é o caso de Mato Grosso, Rondônia e Tocantins. 

"Nota-se que o rigor das medidas foi cerca de 25% menor em março de 2021 ao se considerar dados agregados para o Brasil, tendo se reduzido em 22 das 27 UFs, ainda que o número de óbitos tenha sido bastante mais elevado no segundo período em todas as UFs e onze vezes superior ao se observar dados agregados para o Brasil", diz nota técnica do Ipea.

Moraes acredita que as medidas rígidas de distanciamento são vistas pelos governos como último recurso, quando os sistemas de saúde já estão em situação crítica e não se vislumbra opções adicionais para resolver a situação. "Ademais, em função de longos períodos prévios de isolamento, é possível que grande parte da população esteja experimentando uma 'fadiga', o que diminui sua adesão a normas de distanciamento, ainda que a pandemia se manifeste substancialmente mais grave durante a segunda onda", assinala na nota técnica.

Ao final do estudo, o Ipea oferece duas recomendações: governos devem considerar com urgência a adoção de medidas de distanciamento mais rígidas devido à gravidade da segunda onda e da menor disposição da população em aderir o distanciamento social; e os estados que não possuem planos organizados de distanciamento devem adotá-los com urgência. 

O Boletim do Observatório Fiocruz Covid-19 referente às semanas epidemiológicas 14 e 15, período de 4 a 17 de abril, constata que a doença tem infectado cada vez mais pessoas jovens, processo chamado pela Fiocruz de rejuvenescimento da pandemia.

A análise divulgada hoje (23) aponta que a faixa etária dos mais jovens, de 20 a 29 anos, foi a que registrou maior aumento no número de mortes por Covid-19: 1.081,82%. Já nas idades de 40 a 49 anos, houve o maior crescimento do número de casos: 1.173,75%.

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Nas semanas epidemiológicas 14 e 15, a quase totalidade dos estados apresentou estabilidade dos indicadores, com exceção de Roraima, onde foi verificada nova alta tanto no número de casos quanto de óbitos. No Amapá, houve pequena redução no número de casos.

Rio de Janeiro (8,3%), Paraná (6,2%), Distrito Federal (5,3%), Goiás (5,2%) e São Paulo (5,1%) apresentaram as maiores taxas de letalidade. De acordo com os pesquisadores, os valores elevados de letalidade revelam graves falhas no sistema de atenção e vigilância em saúde nesses estados, como a insuficiência de testes de diagnóstico, identificação de grupos vulneráveis e encaminhamento de doentes graves.

Taxas de mortalidade elevadas também foram verificadas nos estados de Rondônia, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Esse padrão mantém essas regiões como críticas para as próximas semanas, o que pode ser agravado pela saturação do sistema de saúde nesses estados.

As maiores taxas de incidência de covid-19 foram observadas nos estados de Rondônia, Amapá, Tocantins, Ceará, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, e no Distrito Federal.

UTI

Segundo a Fiocruz, as taxas de ocupação de leitos de unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no SUS por pacientes adultos com covid-19 em diversos estados se mantêm, em geral, em níveis muito elevados. Dados de 19 de abril, em comparação aos do último dia 12, indicam a saída do Amapá de zona de alerta crítico para zona de alerta intermediário, na qual já se encontravam Amazonas, Maranhão e Paraíba. Exceto por Roraima, fora de zona de alerta, os demais estados e o Distrito Federal permaneceram em zona de alerta crítico.

Catorze estados e o Distrito Federal encontram-se com taxas de ocupação superiores a 90%: Rondônia (94%), Acre (94%), Tocantins (93%), Piauí (94%), Ceará (98%), Rio Grande do Norte (93%), Pernambuco (97%), Sergipe (97%), Espírito Santo (91%), Paraná (94%), Santa Catarina (97%), Mato Grosso do Sul (100%), Mato Grosso (96%), Goiás (90%) e Distrito Federal (98%).

SRAG

A análise constata que as incidências de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG), outro indicador estratégico, se encontram em níveis de estabilidade em muitos estados ou em redução. No entanto, ainda estão em níveis muito altos. Cerca de 90% dos casos de SRAG são devido a infecções por Sars-CoV-2. De acordo com o estudo, os estados com níveis altos e estáveis de SRAG são principalmente das regiões Sul e Nordeste.

 

Uma em cada quatro cidades brasileiras consultadas tem pessoas com covid-19 em estado grave esperando por um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM) aponta 768 cidades nessa situação – o equivalente a 24,2% das 3,1 mil prefeituras que responderam o estudo.

Entre os ouvidos, 2.350 contaram não ter filas de espera de pacientes infectados pelo novo coronavírus esperando por um leito de UTI. Há ainda 51 municípios que não responderam a essa questão, o correspondente a 1,6%.

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As informações são da nova edição do Observatório Covid-19 da CNM. O levantamento ouviu mais de 50% dos municípios de todo o país.

Kit intubação

Segundo a pesquisa, 1.207 municípios relataram o risco de desabastecimento de medicamentos usados para intubar pacientes que evoluíram para condições graves em função da covid-19, o chamado “kit intubação”. O número equivale a 38,1% das autoridades locais entrevistadas. Além disso, 7% não responderam e outros 54,9% não relataram o problema.

Oxigênio

O risco de faltar oxigênio foi apontado por 589 prefeituras, o equivalente a 18,7%. Na comparação com a semana anterior, quando o índice foi de 23,4%, houve queda no risco de desabastecimento.

Entre as prefeituras consultadas, 107 não responderam sobre este tema (3,4%), e outras 2.473 afirmaram não estar passando por essa situação (78%).

Vacinas

De acordo com o levantamento, 3.059 cidades ouvidas relataram ter recebido vacinas. O número compreende 96,2% da amostra investigada pela equipe da Confederação Nacional dos Municípios.

Entre os participantes do estudo, 1.139 responderam ter recebido vacinas pelo menos uma vez na última semana, o correspondente a 37,4%. Outros 1.788 municípios receberam imunizantes pelo menos duas vezes na semana anterior, o que representa 58,6% da amostra investigada.

Medidas de restrição

O estudo da CNM avaliou também a implantação de medidas de distanciamento para combater a circulação do vírus. Entre os ouvidos, 819 disseram ter implementado o fechamento de atividades não essenciais, o equivalente a 25,8%. Há ainda 2.308 prefeituras que não optaram pelo lockdown (72,8%).

Já o toque de recolher foi implantado por 2.379 cidades (75,1). Em 764 municípios (24,1%), a medida não foi adotada.

A restrição de atividades aos finais de semana foi colocada em prática por 2.531 prefeituras (79,9%). Outros 596 municípios não fizeram uso deste recurso (18,8%).

Aulas

A paralisação das aulas presenciais ocorreu em 2.761 cidades, 87,1% das prefeituras consultadas. Em 378 municípios, não houve suspensão das atividades educacionais, o equivalente a 11,9% dos participantes do levantamento.

 

A maioria dos recifenses apoia o fechamento dos setores de alimentação e educação, e das áreas públicas como praias e parques. De acordo com levantamento apresentado pelo Instituto de Pesquisas UNINASSAU nesta quarta-feira (31), o agravamento dos índices da Covid-19 ainda preocupa a capital pernambucana e confere apoio às medidas restritivas instituídas pelo Governo de Pernambuco. 

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Com o total de 87 mil casos confirmados e 3.355 mortes, indicadas pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) nessa terça (30), 78% dos entrevistados respondeu que apoia o fechamento dos bares do Recife; 21% são contrários. Em relação aos restaurantes, o alinhamento com a quarentena cai para 66%, enquanto 33% não concordam com a medida.

Impedido duas vezes de abrir as portas em cerca de um ano, o setor de alimentação precisou se desdobrar em pontos de entrega e atendimentos delivery para evitar mais perdas. O Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-PE) foi atuante na fiscalização e chegou a interditar estabelecimentos que descumpriam as medidas sanitárias.

Para 69% do entrevistados, parques e praias devem permanecer bloqueados à população, e 39% sugeriu que as atividades físicas individuais ao ar livre devem ser impedidas. Nos dois casos, o número de entrevistados contrários às medidas ficou em 31% e 59%, respectivamente.

Já a retomada das aulas em escolas e universidades deve ser adiada para 67% dos entrevistados, enquanto 29% optam pela reabertura.

A lista é seguida por salões de beleza e templos religiosos, que contam com apoio de 60% e 57% para a proibição. Apesar de movimentar os demais setores, a restrição do comércio tem adesão de 54%.

Apontado como principal vetor do vírus, o transporte público teve os indicativos mais baixos. Tanto o funcionamento do metrô, quanto do ônibus, deve ser suspenso apenas para 26% dos avaliadores.

Reprodução

As entrevistas foram realizadas no período de 23 a 27 de março, por telefone, com 600 participantes. Os entrevistados tinham acima dos 18 anos e resultado final oferece 95% de confiabilidade, com margem de erro estimada em quatro pontos percentuais.

A alta do preço do gás de cozinha no início de março nas refinarias da Petrobras fez o produto ficar em média 2,3% mais caro para o consumidor final (R$ 83,34), segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) feito na semana de 7 a 13 de março, comparado à semana anterior.

O botijão de 13 Kg de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) já é encontrado a R$ 113,00 na região Norte, o mais caro, e a R$ 55,99 na região Sudeste, o mais barato.

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O corte dos tributos federais incidentes no gás de cozinha - PIS/Pasep/Cofins, que representam 3% do preço final na refinaria - não tiveram o efeito esperado pelo governo para anular o aumento concedido no dia 1 de março pela Petrobras, de R$ 1,90 por botijão.

Segundo os revendedores, a redução tributária ajudou a recompor a margem de venda, apertada nos últimos meses pelo aumento sucessivo do preço do produto, e não foi repassada ao consumidor.

"Muitas companhias já avisaram que, analisando a planilha de custos, não poderão repassar a queda do imposto, ou seja, a medida só vai ajudar a aumentar a lucratividade das distribuidoras", informou o presidente da Associação Brasileira dos Revendedores de Gás Liquefeito de Petróleo (Asmirg), Alexandre Borjaili, em entrevista recente ao Broadcast.

Ele estimou que a queda dos impostos federais vai resultar em uma queda de R$ 2,18 no preço do gás de cozinha (botijão de 13 Kg de GLP).

Segundo pesquisa da Exame/Ideia, divulgados na manhã dessa sexta-feira (12), Jair Bolsonaro (sem partido) seria reeleito mesmo em cenários contra Lula (PT), Ciro Gomes (PDT), Doria (PSDB) ou Luciano Huck.

A pesquisa é a primeira realizada pela parceria EXAME/IDEIA desde que o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou as condenações do ex-presidente Lula na Lava Jato.

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No primeiro turno, segundo a pesquisa Exame/Idea aponta os seguintes números:

33% Jair Bolsonaro

18% Lula (PT)

11% Sérgio Moro

9% Ciro Gomes (PDT)

7% João Dória (PSDB)

6% Luciano Huck

5% Guilherme Boulos (PSOL)

3% João Amoedo (Novo)

2% Luiz Henrique Mandetta (DEM)

Segundo turno

Em sentido contrário à pesquisa Atlas, que apontou vitória de Ciro ou Lula diante de Bolsonaro em um segundo turno, o levantamento da Exame/Ideia apontou vitória do atual presidente em quatro cenários.

Bolsonaro venceria Lula por 44% a 37% e Ciro Gomes por 45% a 34%. A reeleição também viria, segundo a pesquisa, diante de Doria, por 47% a 26%, e Luciano Huck, por 46% a 37%.

Quantas pessoas foram ouvidas?

Segundo a Exame/Ideia, o levantamento foi realizado entre os dias 10 e 11 de março e ouviu 1.000 pessoas, por telefone. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

A maioria dos baianos é favorável ao 'lockdown' no estado para conter o impacto da pandemia da Covid-19, segundo pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas promovida pelo Bahia Notícias. O levantamento aponta que 59,4% dos baianos aprovam a medida restritiva. 

Outros 37,7% dos baianos são contra a quarentena. Ainda 2,9% não souberam ou não opinaram.

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O Governo da Bahia ampliou as medidas restritivas no estado das 17h da última sexta-feira (26) até as 5h desta quarta-feira (3). A Região Metropolitana de Salvador decidiu prorrogar e segue com restrições às atividades não essenciais até o próximo domingo (8).

A pesquisa ouviu 2020 habitantes de 16 anos ou mais em 190 municípios da Bahia. As entrevistas ocorreram entre 25 de fevereiro e 1º de março. A margem de erro é de 2% para mais ou para menos.

 O estudo Global Student Survey, divulgado nesta sexta-feira (26), organizado pela Chegg.org, mostrou o Brasil liderando o ranking de alunos mais afetados com o ensino a distância na pandemia. Enquanto isso, uma pesquisa liderada pela NBC News e pela organização Challenge Success mostrou, a nível global, que estudantes de ensino a distância (EAD) têm mais propensão a apresentarem danos na saúde mental comparados aos alunos de aulas presenciais.

A pandemia do novo coronavírus resultou em medidas e alterações nas rotinas de vários setores. Na educação não foi diferente. Com o ensino a distância como principal solução adotada pelas instituições para manter as aulas, o número de estudantes que sentiram o efeito na mudança de rotina é crescente.

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O estudo liderado pela NBC News e pela organização Challenge Success "utilizou as respostas de mais de dez mil estudantes espalhados por doze escolas estadunidenses em todo os Estados Unidos. A constatação da pesquisa com essa amostragem foi que 2020 foi o ano em que os alunos mais tiveram estresse na escola. A taxa saiu de 78% para 84% de alunos com insônia, dores de cabeça e exaustão. Os pesquisados afirmam que a modalidade EAD é mais desafiadora, pois não há contato com professores e colegas diretamente.

Brasil

A pesquisa organizada pela Global Student Survey ouviu 16,7 mil estudantes de 18 a 21 anos de 21 países. No Brasil, sete a cada 10 universitários (76%) apresentou uma mudança no quadro mental. O estudo publicado nesta sexta-feira (26) apontou ainda que 87% dos alunos se sentem estressados, mas apenas 21% buscaram ajuda. Há ainda uma taxa de 17% que afirmaram ter pensamentos suicidas.

Foi observado que a insegurança atual e a incerteza sobre o futuro podem estar ligadas ao estresse e ansiedade apontados pelos jovens universitários.  Dos estudantes, 61% afirmaram ter dificuldades para pagar as contas. Já 40% dos entrevistados estavam com dificuldade de pagar contas básicas como luz, água, alimentação e contas médicas.

Em torno de 39% dos entrevistados afirmaram que o Brasil é um bom local para viver, enquanto 48% acreditam que o país está pior do que nos últimos cinco anos. A pesquisa ainda ressaltou que: "os três principais desafios que a geração irá enfrentar são o aumento da desigualdade (34%), a dificuldade de ter acesso a empregos de qualidade (24%) e garantir educação a todas as crianças (14%)."

As doenças do coração têm atingido muitos brasileiros, principalmente após a pandemia do Covid-19. Mas, o infarto agudo do miocárdio (IAM) está entre as patologias do coração que tem chamado a atenção de muitos especialistas por ser uma emergência médica que leva muitas pessoas à óbito. 

De acordo com dados do Departamento de Informática do SUS (DATASUS), o IAM é primeira causa de mortes no Brasil, registrando cerca de 100 mil óbitos anuais devidos à doença. “A maior ocorrência de infarto mostra-se mais prevalente na faixa etária de 60 anos, podendo variar de 10 anos a mais ou a menos”, explica o cardiologista e hemodinamicista, Dr. Heitor Albanez de Medeiros. 

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Quando a obstrução é total, o infarto tende a comprometer toda a espessura do músculo cardíaco, gerando alterações visíveis no exame de eletrocardiograma, chamadas de infarto com supradesnível do segmento ST ("IAM com supra-ST").

Quanto mais precocemente for realizada a abertura da artéria, maior a porção do músculo cardíaco que será salva. Ainda de acordo com o Dr. Heitor, o controle de certas condições que aumentam o risco para doença coronariana é fundamental para diminuir a ocorrência de infarto. Essas condições podem ser divididas em não modificáveis e as modificáveis. 

As não modificáveis se referem a fatores como idade, raça, sexo e histórico familiar. Já as modificáveis - aquelas em que as medidas de saúde podem atuar -, se referem à alimentação desequilibrada rica em gorduras, carboidratos, sal e alimentos processados, uso de álcool, de cigarro e de outras drogas, situações recorrentes de estresse e sedentarismo.

“A principal causa do infarto é a aterosclerose, doença em que placas de gordura se acumulam no interior das artérias coronárias, chegando a obstrui-las. Por isso, manter uma vida saudável que inclui alimentação balanceada e a prática de exercícios, faz toda diferença com o passar dos anos”, alerta, acrescentando que as consultas com um cardiologista devem ser feitas periodicamente. 

*Da assessoria 

Com um caso registrado a cada três horas, São Paulo interrompeu uma sequência de sete anos de queda e viu o número de homicídios voltar a subir em 2020. Os dados consolidados do último ano foram divulgados pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) nesta segunda-feira (25). Também segundo a pasta, os indicadores de estupro, latrocínio (o roubo seguido de morte), assalto e de mortes cometidas pelas polícias recuaram no Estado.

De acordo a SSP, os homicídios dolosos, quando há intenção de matar, subiram 4,1% - passando de 2.778 para 2.893 ocorrências no Estado, na comparação entre 2019 e 2020. O aumento anual de assassinatos aconteceu apesar da queda registrada em dezembro. Foram 279 casos no mês passado, ante 294 no mesmo período do ano anterior. Com isso, o Estado chegou à taxa de 6,48 homicídios por 100 mil habitantes.

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Desde o início da série histórica, em 2001, esta foi a terceira vez que São Paulo registrou mais assassinatos na comparação com o ano anterior. Pelos dados oficiais, os últimos aumentos haviam sido em 2012 (de 4.193 para 4.836) e 2009 (de 4.432 para 4.564), ocasiões em que o patamar de homicídios no Estado era ainda maior do que o atual.

Essa estatística só considera o total de boletins de ocorrência registrados como "homicídio doloso", mas que podem ter mais de uma vítima por ocorrência ou contabilizar até chacinas como um caso só. Para o número de pessoas assassinadas no Estado, também informado pela SSP, o aumento foi ligeiramente maior: 4,5%. Foram 3.038 mortos em 2020, contra 2.906 no ano anterior.

Com 659 registros no ano passado, a capital paulista também viu o índice subir, mas de forma menos acentuada. A alta foi de 1,3%, segundo a SSP. Em 2019, haviam sido registrados 650 homicídios na cidade. Em relação às vítimas, a estatística aumentou de 685 para 709 - ou 3,5% a mais.

O professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) Rafael Alcadipani diz que o aumento nos homicídios "preocupa bastante". "As parciais do ano passado já desenhavam que isso poderia acontecer. Acende uma luz amarela para o governo João Doria porque aumentos como esses historicamente são raros", explica.

Ele acredita que o governo deve analisar a fundo os dados para entender as variações por cada região. "Os números precisam ser estudados com maior clareza. O que parece é que a atual política de segurança se preocupa muito com viatura e arma e pouco com inteligência. O sucateamento da polícia de investigação afeta os esclarecimentos de homicídio", reforça.

Em contrapartida, o índice de feminicídios, assassinato cometido contra mulheres por motivação de gênero, recuou de 184 para 179 ocorrências no Estado, de acordo com a pasta. O índice representa queda de 2,7%.

Registros de estupro também interromperam uma sequência de quatro anos com aumento e fecharam 2020 com menos registros (10,9%). Um total de 11.023 casos foram informados pela SSP no ano passado, ante 12.374 em 2019. Especialistas, no entanto, alertam que o confinamento provocado pela pandemia de coronavírus pode ter dificultado que mulheres, as principais vítimas do delito, conseguissem registrar o BO de crime sexual.

Já os latrocínios caíram 6,7%, passando de 192 ocorrências para 179 no Estado. Na capital, foram 46 casos em 2020, contra 64 em 2019.

Por sua vez, roubos e furtos, em geral, recuaram 14,3% e 24,8%, respectivamente. Para o primeiro, foram registros 218.839 ao todo. Para o segundo, 392.311. Entre as modalidade, houve aumento de roubo a bancos - de 21 para 29 casos.

Sobre a variação nos roubos, Alcadipani diz que a gestão estadual deve observar os efeitos econômicos associados à criminalidade, como o fim do auxílio emergencial. "O que vai ser feito é colocar policiamento nos locais de maior incidência de crime. Mas é preciso também mapear as áreas de maior vulnerabilidade social e domínio do crime organizado para agir nessas regiões, observando a questão social", diz.

Letalidade policial tem queda em 2020

Após bater recorde negativo de mortes em supostos confrontos no 1º semestre, as polícias de São Paulo conseguiram reduzir a letalidade das suas ações em 2020, de acordo com a pasta. Foram 814 mortes decorrentes de intervenção policial no ano passado - 6,1% a menos do que em 2019, quando foram registrados 867 casos do tipo.

Do total, 659 pessoas morreram em confrontos com policiais militares em serviço e 121, de folga. Já a morte de outros 21 suspeitos envolveram policiais civis em serviço e 13, de folga.

A queda na letalidade policial aconteceu mesmo após a PM atingir patamar recorde mortes nos seis primeiros meses do ano, mesmo em meio à quarentena e à queda de crimes patrimoniais.

Diante de uma sequência de denúncias de violência policial, o governador João Doria (PSDB) chegou anunciar um programa para submeter todos os agentes a novo treinamento. Recentemente, também anunciou a compra de câmeras corporais para filmar as ações.

Pelas estatísticas divulgadas, o comportamento do último trimestre, período entre outubro e dezembro, teria sido responsável por inverter o cenário. Foram 138 casos de letalidade, de acordo com a pasta, ante 241 na mesma época de 2019 - uma queda de 42,7%.

SP desenvolve ações contra o crime e mantém menor taxa do País, diz coronel

O secretário executivo da Polícia Militar, coronel Alvaro Camilo, destacou que a taxa de homicídios por 100 mil habitantes em São Paulo permanece como a mais baixa do País, "uma das melhores do mundo". "São Paulo está brigando contra os próprios números", diz, lembrando da redução histórica dos casos no Estado.

Camilo diz que o governo está tentando entender melhor o que causou o aumento. "O que identificamos é que a maioria dos crimes foi por conflitos interpessoais. A situação foi agravada pelo confinamento das pessoas causado pela pandemia", declara.

Os conflitos interpessoais se diferenciam dos outros tipos de assassinato por não ser cometido com característica de execução, típica do crime organizado. As mortes nesses casos são causadas por brigas entre pessoas conhecidas ou ocasionadas por disputas pontuais, como desentendimentos.

A atuação da Secretaria da Segurança contra esse tipo de crime, diz o coronel, ocorre de forma indireta com ações contra o tráfico de drogas, contra o alcoolismo e contra o uso de armas de fogo, fatores que ele aponta como relacionados aos assassinatos. "O trabalho continua muito forte", reforça.

Entre os meses de janeiro e março de 2021, espera-se uma oferta de 42.800 vagas de estágio, o que significa uma redução de 4,04% nas oportunidades quando comparadas à mesma época de 2020. Levantados pelo Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), os números indicam o impacto da crise oriunda da Covid-19.

"Uma parte das admissões hoje são para atuação remota, no modelo home office. Então, estudantes de todo o País, por vezes, podem concorrer para o mesmo processo seletivo”, assegura o presidente do Nube, Seme Arone Júnior, conforme informações da assessoria de imprensa da entidade.

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Para o nível superior, deverão ser oferecidas em torno de 36.500 vagas, o que significa uma queda de 3,9% quando comparado ao começo do ano passado. Já a oferta de oportunidades para o ensino médio será de 6,3 mil, uma redução de 4,5%. “O fluxo é maior depois do réveillon justamente porque muitos universitários e alunos do nível médio pegam seus diplomas e partem para novos desafios acadêmicos e profissionais. Justamente por isso, companhias de todos os setores passam por essa renovação para selecionarem os melhores candidatos”, explica Seme Arone Júnior.

Segundo o presidente do Nube, a economia vem passando por desafios, mas ele também ressalta como a força dos estagiários pode agregar na hora de enfrentar os obstáculos. “No ano passado, tivemos um crescimento de 14% na abertura de vagas em relação a 2019 e já estávamos superando outra crise. Muitas empresas estão percebendo como é importante contar com a potência de quem está estudando para compor seu time”, conta Arone Júnior.

“No estágio, é possível unir o conteúdo atualizado aplicado em sala de aula com a prática corporativa. Assim, os talentos em potencial contribuem com novas ideias, muita disposição, criatividade e garra”, assegura o presidente.

O gestor do Nube ainda ressalta outros pontos fundamentais para quem atua como estagiário. “É possível desenvolver modelos de comportamento e gestão, trabalho em equipe, comunicação interpessoal, além de ter a oportunidade de apresentar suas ideias para o público corporativo, desenvolver foco no resultado das atividades, mostrar responsabilidade e pontualidade com prazos”, explica. 

“O Brasil tem uma grande resiliência e, certamente, conseguirá sair de qualquer dificuldade. Por isso, contar com os estagiários e preparar o seu capital humano para perpetuar os negócios será, sempre, a melhor investida”, finaliza o presidente do Nube.

O número de mortos por Covid-19 no Brasil pode ser superior a 220 mil pessoas. É o que aponta levantamento realizado pela organização Vital Strategies, formada por pesquisadores e especialistas, que diz atuar no desenvolvimento de programas de saúde em mais de 70 países.

Oficialmente, o Brasil ultrapassou na última quinta-feira (25) a marca de 7,4 milhões de casos confirmados e 190 mil mortes pelo novo coronavírus. Os dados são da plataforma de monitoramento do Ministério da Saúde.

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Cientistas da Vital Strategies, no entanto, calculam que as perdas na pandemia podem ser ainda maiores. Conforme publicou o jornal Folha de S.Paulo, a estimativa da organização é de que quase 33 mil óbitos, registrados até meados de novembro, ficaram de fora das estatísticas oficiais.

Para fazer o levantamento, os pesquisadores fizeram cruzamento de dados oficiais coletados no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep Gripe). A plataforma é do próprio Ministério da Saúde.

Inicialmente, foram identificados 68.631 pacientes vítimas de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) que não tiveram a causa específica descoberta. A síndrome pode ser provocada por diferentes vírus respiratórios, a exemplo do influenza ou do Sars-CoV-2, este último causador da covid.

Destes, 32.923 pacientes apresentaram ao menos três sintomas clínicos da doença -- o que, segundo os pesquisadores, seria suficiente para tratá-los como prováveis mortes por covid. Segundo o levantamento, os sintomas mais comuns foram dispneia, saturação de oxigênio no sangue abaixo de 95% e tosse.

"Os municípios e Estados estão tão sobrecarregados que não tem perna para investigar os casos", diz a epidemiologista Fatima Marinho, consultora-sênior da Vital Strategies, responsável pelo levantamento.

Entre especialistas, é consenso que o Brasil lidou com subnotificação da doença e problema para realizar testagem em massa durante a pandemia. Para Fatima, o cenário dificulta a situação do País.

"Só com a real dimensão do impacto sobre a população é que, de fato, é possível fazer um enfrentamento da pandemia. Ou você vai estar sempre correndo atrás do vírus", afirma. "Isso permite captar melhor o cenário e fazer projeções para antecipar as medidas. Hoje, a gente espera pipocar uma alta de casos para agir."

O prefeito Bruno Covas (PSDB) termina o primeiro mandato com o índice oficial de 68% de cumprimento de seu Plano de Metas. De acordo com balanço da gestão, 48 dos 71 compromissos assumidos pelo tucano em janeiro de 2019 - oito meses após tornar-se prefeito - foram realizados. Mas essa taxa positiva, maior do que a de governos anteriores, só foi alcançada mediante dados inflados em diversas áreas, além de resultados subjetivos, de difícil checagem. Desde fevereiro, a Prefeitura tirou do ar o site Planeja Sampa, que possibilitava o acompanhamento público das metas.

Levantamento feito pelo Estadão mostra, por exemplo, que a meta de entregar 9,4 km de novos corredores de ônibus na cidade foi considerada atingida após a Prefeitura somar quilômetros de corredores e de faixas exclusivas, sempre à direita e sem necessidade de obras. O próprio relatório final do governo diz que foram implantados 4,78 km de corredores. A justificativa é que "ambas as medidas beneficiam a população".

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Outras duas somas consideradas inadequadas por especialistas ouvidos pelo Estadão foram feitas pela Secretaria de Habitação. A pasta considera cumprida, por exemplo, a meta de entregar 21 mil moradias, apesar de admitir ter finalizado 10.718 unidades.

A gestão chega ao índice porque inclui na conta unidades classificadas como "mercado popular" - destinadas pelas construtoras também à classe média. O relatório não especifica onde as obras foram feitas nem as famílias atendidas.

"Antigamente, a Prefeitura tinha uma ferramenta chamada HabitaSampa, onde era possível checar esses dados de forma online. Mas tiraram o site do ar e nos deixaram no escuro. É preciso mais transparência", disse a arquiteta e urbanista Lucila Lacreta, diretora executiva do Movimento Defenda São Paulo.

Do mesmo modo, a secretaria diz ter beneficiado quase 300 mil famílias com ações de regularização fundiária. Neste caso, a conta inclui licenciamento automático de cômodos, por exemplo, e não a entrega de títulos de propriedade, medida que caracteriza esse tipo de política.

Em nota, a gestão diz que soma moradias feitas pela Prefeitura e pela iniciativa privada porque são "formas distintas de prover habitação para a população, mas que atingem o mesmo fim" e que "a regularização das edificações é uma das etapas da regularização fundiária".

Já no caso da meta 32.1, que prevê a implantação de dez projetos de desestatização, a gestão Covas desmembrou dois projetos ofertados ao mercado como únicos. Foi o caso da concessão do Parque do Ibirapuera, que incluiu outros cinco parques em um mesmo edital, mas que entrou no balanço como seis projetos diferentes.

O relatório da Prefeitura ainda afirma que cinco áreas foram "liberadas" do comércio irregular, como o Brás, na região central. As ruas específicas não são informadas, assim como o critério para atestar que a meta de reduzir em 80% o número de usuários de drogas em logradouros públicos, incluindo a Cracolândia, no centro, foi alcançada.

O governo afirma que neste mês registraram-se 309 usuários em média na Cracolândia e que em agosto de 2018 (primeiro mês da série histórica), foram 1.853. A comparação, diz a Prefeitura, é feita por meio de fotos tiradas diariamente. Não se sabe, no entanto, se as pessoas abrigadas em barracas são levadas em conta. E por que o "sucesso da meta" é atribuído só à Cracolândia, já que a proposta incluía toda a cidade.

Para a Rede Nossa São Paulo, entidade responsável pela criação da lei que instituiu a obrigatoriedade de prefeitos da capital apresentarem um Plano de Metas, houve uma flexibilidade questionável para que o resultado fosse positivo.

"Não é disso que se trata o plano. Ele nasceu de um conceito que visa a melhora da qualidade de vida das pessoas e um controle maior da sociedade sobre as ações desenvolvidas ao longo do mandato", disse Carolina Guimarães, coordenadora da entidade, que considera 40 metas, e não 48, concluídas. "Não adianta ampliar critérios para dizer que cumpriu a meta se os números não mostram isso." Questionada se considerava os dados inflados, a gestão Covas não respondeu.

Pesquisa Sindicato de Mantenedoras dos Estabelecimentos de Ensino Superior (Semesp), mostra que, após a conclusão do ensino superior, os alunos egressos têm um aumento de renda mensal da ordem de 182%, levando em conta aqueles que já trabalhavam durante a graduação. O levantamento, divulgado hoje (3), foi feito pelo Instituto Semesp e pela Symplicity.

A pesquisa contou com a participação gratuita e facultativa de 9.228 egressos e alunos da educação superior, entre os dias 13 de outubro a 16 novembro de 2020, por meio virtual. 

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Segundo o levantamento, apenas 2,5% dos entrevistados recebiam mensalmente um valor acima de R$ 5 mil antes de concluir o ensino superior. Já após o término, esse percentual salta para 31,5%. Entre os que responderam a pesquisa, 38,9% recebia até mil reais antes de se formar. Já 27,1% dos egressos de curso superior disseram que passaram a receber de cinco mil a dez mil reais após a conclusão do curso.

A pesquisa mostra também que há uma diferença significativa entre a renda mensal dos homens e das mulheres egressos do ensino superior: 17,4% dos homens, nessa condição, recebem mais de R$ 10 mil, enquanto apenas 6,1% das mulheres apresentam rendimento nessa faixa.

Na atividade principal, 58% dos egressos afirmaram trabalhar com carteira assinada, vínculo mais citado pelos participantes. Em segundo lugar (16,2%), aparecem os funcionários públicos. Os demais 25,8% citaram trabalhar com vínculos empregatícios como autônomos, com contrato temporário, sem carteira assinada, freelancer, serem empresários, ou outros.

Financiamento estudantil

De acordo com o levantamento, seis a cada 10 egressos entrevistados pagavam mensalidade durante a graduação, a maioria com o auxílio de bolsa ou financiamento estudantil. O restante (40%) estudou em uma instituição pública. Para 59% dos egressos dos cursos privados não seria possível concluir o curso de ensino superior se não tivessem bolsa ou financiamento para auxiliar no custeio das mensalidades. Na rede pública, esse percentual foi menor (46,1%), apesar de muitos estudantes citarem a necessidade de auxílios como moradia, alimentação, e transporte

A Prefeitura do Ipojuca anunciou que só voltará às aulas presenciais em 2021. A decisão do município foi tomada, junto ao Comitê Contra o Coronavírus, após uma pesquisa com os pais dos alunos, em que 74,2% dos entrevistados disseram “não se sentir seguros com a volta às aulas”.

Ao total, 2.914 pessoas responderam ao questionário. Desse montante, 64,3% não concordava com a volta parcial das aulas presenciais. Além disso, outros 61,6% responderam que não iriam permitir que o estudante voltasse à escola, caso a gestão municipal decidisse pelo retorno das aulas presenciais.

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De acordo com a Prefeitura, os participantes ainda foram questionados sobre o sentimento em relação à pandeia. "54,7% responderam estar preocupados pelo contágio; 25,2% admitiram ter medo do retorno à escola; e, 20% estavam confiante no retorno das aulas. Sobre ajudar os estudantes durante as aulas remotas, 74,4% disseram que ajudavam; 18,2% informaram que às vezes davam assistência; e 7,4% alegaram que não ajudavam".

“Não podemos arriscar, são vidas. Até lá estamos investindo nas aulas remotas, entregando os cadernos de atividades para todos os alunos, teremos a reposição das horas/aulas que faltaram em 2020 para o calendário de 2021, conforme parecer do Conselho Nacional de Educação. Com isso, garantimos o direito de aprendizagem dos nossos estudantes”, explicou o secretarário de Educação, Francisco Amorim.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou novos dados do Censo da Educação Superior 2019. Eles mostram que entre 2018 e 2019, o número de matrículas em cursos tecnológicos cresceu 11,5%, o maior índice entre os graus acadêmicos, incluindo licenciatura e bacharelado. O levantamento ainda revela que com esse aumento de matrículas, os cursos tecnológicos concentram 14,2% do total de estudantes matriculados na graduação.

Ainda de acordo com o Censo, a maioria, (58,1%) cursa a graduação tecnológica por ensino a distância (EaD). Isso significa numericamente que 710.827 alunos usam o EaD como modalidade de estudo. Por outro lado, 41,9% dos alunos de cursos tecnológicos (513.024) optaram pelo ensino presencial, em 2019, entre os cerca de 1,2 milhão de estudantes desse grau acadêmico.

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De acordo com o Inep, os números mostram uma tendência de crescimento do enisno a distância. A pesquisa mostra também que, entre as 16.425.302 vagas disponíveis para a graduação, em 2019, 63,2% (10.395.600) foram ofertadas na modalidade a distância.

Dos matriculados nos cursos tecnológicos, 85,9% frequentam a rede privada, na qual 66% cursam a graduação na modalidade EaD. Apenas 14,1% do total de estudantes de cursos tecnológicos são de instituições públicas de ensino, assim, a maioria dos estudantes das redes públicas de ensino superior cursa graduação presencialmente. . Em relação às categorias administrativas das instituições de ensino, a rede estadual se destaca com mais da metade (91.462) das mais de 173 mil matrículas na rede pública.

Já quando se trata das áreas dos cursos com maior número de alunos matriculados, considerando todas as redes de ensino, o censo revelou uma concentração na área de negócios, administração e direito (55,8%), seguida por computação e tecnologias de informação e comunicação (16%) e serviços (12,9%).

Segundo a pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (19), Marília Arraes está em primeiro lugar nas intenções de voto com 41%; João Campos tem 34% das intenções de voto no Recife. O levantamento, encomendado pela TV Globo e Folha de São Paulo, foi feito nos dias 17 e 18 de novembro e tem margem de erro de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.

A pesquisa Datafolha confirma o que foi divulgado pelo levantamento feito pelo Ibope na quarta-feira (18), onde a petista aparece com 45% das intenções de voto e o pessebista com 39%. Claro que, se comparado as duas pesquisas, o percentual de votos é diferente.

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No entanto, Marília oscilou dentro da margem de erro, que é de 3 pontos percentuais nas duas pesquisas. João também oscilou negativamente, mas bem mais do que a petista, 'perdendo' 5 pontos percentuais - o que é mais do que a margem de erro.

A primeira pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira (18), mostra a candidata Marília Arraes (PT) em primeiro lugar, com 45% das intenções de voto dos recifenses; João Campos aparece em segundo (PSB) com 39%.

No entanto, apesar da petista está numericamente à frente do pessebista, ela e João estão tecnicamente empatados, no limite da margem de erro - que é de 3 pontos percentuais. O levantamento foi realizado entre a última segunda-feira (16) e quarta-feira (18). A pesquisa foi contratada pela TV Globo e Jornal do Commercio.

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Marília festejou pelo primeiro lugar no levantamento e afirma que a tendência é de crescimento. "A campanha tá bonita, tá mobilizando o Recife, e tenham certeza, vamos crescer muito mais”, pontua. Até a publicação desta matéria, o candidato João Campos não havia se manifestado nas suas redes sociais sobre a pesquisa.

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com a Associação Brasileira de Franchising (ABF) e a Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED), realizou uma pesquisa sobre impactos da Covid-19 nas empresas de educação. Além disso, o levantamento também apresenta caminhos para romper as barreiras causadas pela pandemia. 

O estudo revela que garantir a renovação das matrículas para 2021 para a retomada e sobrevivência dos negócios é a maior preocupação para 76% dos representantes da Educação Infantil pesquisados, para 57% dos gestores de Curso Livre e 49% das outras modalidades de ensino. A evasão escolar ocupa o segundo lugar na lista de conflitos causados pelo coronavírus. 

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“O setor de Educação é um dos mais impactados pela crise e os empresários têm que responder aos desafios do presente, como a retomada das aulas presenciais e adoção de protocolos de saúde, e do futuro, como a adoção e intensificação do uso de tecnologias educacionais. O Sebrae tem disponibilizado orientações e atuado para preparar os pequenos negócios do setor para enfrentar estes obstáculos”, explica do presidente do Sebrae, Carlos Melles, segundo assessoria de imprensa.

Ainda de acordo com a nota do Sebrae, o presidente da ABF, André Friedheim, diz que pandemia evidenciou a resistência e adaptabilidade do setor de educação. “O segmento de Serviços Educacionais, que é pioneiro no franchising brasileiro, tem demonstrado grande resiliência e capacidade de reação nessa crise. Os desafios para as empresas em geral têm sido enormes, daí a importância dessa pesquisa capitaneada pelo Sebrae, com a participação da ABF e da ABED, lançar luz sobre os reais impactos da pandemia nesse setor tão essencial para nós, como pessoas e profissionais”, diz.

O levantamento foi realizado entre 27 de agosto e 14 de setembro. On-line, a pesquisa apontou que 75% dos negócios estavam localizados em municípios em processo de reabertura ou abertos à circulação de pessoas. O estudo ainda constatou que 61% das empresas de educação respondentes estavam funcionando e 35% com atividades interrompidas temporariamente.

Pertencer a uma rede de franquias reduziu o impacto da pandemia no negócio, ainda de acordo com o levantamento. Cerca de 86% dos franqueados tiveram diminuição de  receita, enquanto 97% dos negócios independentes apresentaram essa redução. Apesar da pandemia, 7% constataram aumento do faturamento –, e houve redução entre 83% dos franqueadores pesquisados.

Ainda fruto da pandemia, o ensino híbrido ganhou mais espaço nos modelos educacionais. O ensino remoto adotado durante a pandemia será permanente para 68% dos respondentes de Curso Livre, seguida da Presença digital (56%). Já entre as unidades de Ensino Infantil, predominam Adoção de protocolos de saúde (63%) e Maior Rigor na gestão financeira (59%).

"O comprometimento e adaptação de alunos e pais foi apontado como um dos maiores desafios para implantação do ensino remoto em 65% das escolas de Educação Infantil e em 56% das unidades de Curso Livre", diz a nota do Sebrae.

Para Sylvia de Moraes Barros, coordenadora da Comissão de Educação da ABF, “o setor educacional demonstrou grande capacidade de se reinventar nessa pandemia. Ele conseguiu se adaptar a essa nova realidade numa velocidade que muitos imaginavam que não fosse possível. O uso das tecnologias tem sido feito de tal modo que, no caso dos estudantes infanto-juvenis, os pais demonstram confiança na metodologia de ensino online”, afirma, segundo informações da assessoria de imprensa.

De acordo com o levantamento, 39% dos negócios pesquisados estão em salas de rua, 28% em outros locais e 21% na própria casa do professor. 

O estudo indicou que as classificadas na modalidade “Outros” contavam com maior número de pessoas ocupadas, em relação a empregabilidade das empresas de educação, 13,4, seguida de Educação Infantil, com 12,5. A pesquisa apurou, ainda, em quanto tempo os respondentes estimavam que a situação econômica voltaria à normalidade. Para os gestores de Educação Infantil, demorará 14,6 meses, para os de Curso Livre, 12,7, e “Outros”, 12,5.

O Ministério da Educação (MEC), junto com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), divulgou, nesta quarta-feira (4), em um webinário, os resultados amostrais do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) 2019. Os dados revelam os níveis de proficiência dos alunos do segundo ano em língua portuguesa e matemática, e o desempenho dos estudantes do nono ano do ensino fundamental em Ciências Humanas e da Natureza.

De acordo com o Inep, o Saeb 2019 contou com a participação de 5.660.208 (80,99%) dos 6.989.131 estudantes previstos para a avaliação. Ao todo, 72.506 escolas participaram. Dessas instituições, 62.769 tiveram os resultados divulgados. A avaliação é realizada com foco no ensino público, mas 2.117 escolas particulares participaram desta edição. 

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Resultado do segundo ano

O levantamento aponta que cerca de 55% dos estudantes do segundo ano do ensino fundamental encontram-se nos níveis 5 a 8 de proficiência em língua portuguesa. Os dados ainda revelam que nos níveis da escala de proficiência de língua portuguesa do segundo ano do ensino fundamental, a maior parte dos estudantes (21,55%) concentra-se no nível 5. Por outro lado, 4,62% dos alunos estão abaixo do nível 1, o que indica a provável falta de domínio no conjunto das habilidades que compuseram o teste por parte desses participantes.

Em contraponto, 5,04% dos estudantes estão no nível 8, indicando um domínio da maioria nas habilidades testadas. Quando se trata de matemática, cerca de 50% dos alunos do segundo ano também se encontram entre os níveis 5 e 8 de proficiência. Entretanto, a maior parte dos alunos (19,83%) concentra-se no nível 4.

Ainda no que diz respeito ao domínio das habilidades matemáticas no teste, 2,82% dos participantes estão abaixo do nível 1, enquanto 6,99% encontram-se no nível 8. Em relação às zonas rural e urbana, o Saeb 2019 revela uma desigualdade, quando são observadas as distribuições nos níveis da escala de proficiência, tanto em língua portuguesa quanto em matemática na etapa de alfabetização.

Conforme os resultados, no caso da língua portuguesa, a zona urbana apresenta uma distribuição similar à nacional. Por outro lado, a zona rural possui percentual maior nos níveis mais baixos da escala de proficiência. Nas áreas rurais, observa-se uma maior concentração no nível 4, em que se encontram 19,45% dos alunos dessas regiões. Desses estudantes, 8,33% estão abaixo do nível 1.

Já quando se trata do domínio das habilidades em matemática, a zona urbana também apresenta distribuição similar à nacional, e a zona rural apresenta percentual maior nos níveis mais baixos. Cerca de 15% dos estudantes de escolas de zona urbana estão concentrados nos três primeiros níveis de proficiência em matemática.

Em contraponto, estudantes de escolas de zona rural correspondem a cerca de 25% dos três níveis mais baixos nessa área do conhecimento. Com relação às regiões e os estados, os dados revelam um desempenho um pouco melhor de alunos que estudam em capitais do que estudantes de outros municípios do país.

O Saeb também aponta uma concentração de melhores resultados, analisando os números por regiões do País. Dez unidades da Federação apresentaram proficiência média acima da proficiência média nacional em língua portuguesa no segundo ano do ensino fundamental. Destacam-se Centro-Oeste, Sudeste e Sul (Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul). O Estado do Ceará figura como exceção e possui a maior proficiência média.

A diferença entre os índices dos alunos cearenses e dos estudantes do Amapá é de 52,76 pontos. O Estado do Norte possui a menor proficiência média em língua portuguesa. Centro-Oeste, Sudeste e Sul também predominam entre os melhores desempenhos de matemática no segundo ano do ensino fundamental.

Em relação a essa área do conhecimento, assim como em língua portuguesa, dez unidades da Federação apresentaram proficiência média acima da proficiência média nacional. Nesse caso, Ceará e Pernambuco também se destacam. Além dos Estados nordestinos, estão entre os melhores níveis Distrito Federal, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. A exemplo do que acontece em língua portuguesa, Ceará e Amapá são os Estados com maior e menor proficiência média, respectivamente. Em matemática, a diferença entre o Estado nordestino e o nortista é de 44,2 pontos.

Resultado do nono ano

O MEC e o Inep apresentaram também os resultados do nono ano em Ciências Humanas e da Natureza. Quanto à distribuição nos níveis da escala de proficiência da primeira área do conhecimento, o Saeb 2019 revela que a maior parte dos estudantes (18,6%) está concentrada no nível 2. Vale destacar que os quatro primeiros níveis apresentam, aproximadamente, o mesmo percentual, cada um.

Ainda de acordo com a avaliação, cerca de 30% dos estudantes encontram-se nos níveis 4 a 9 em relação às Ciências Humanas. Do total, 0,14% dos alunos estão no nível 9, indicando um domínio da maioria das habilidades testadas; já outros 16,97% estão abaixo do nível 1.

Quando se trata de Ciências da Natureza, cerca de 31,49% dos alunos do nono ano encontram-se entre os níveis 4 a 9 de proficiência. Apesar de a maior parte dos alunos (17,98%) concentrar-se no nível 2, os quatro primeiros níveis apresentam, aproximadamente, o mesmo percentual em cada um, a exemplo do que é notado em Ciências Humanas.

Em relação às Ciências da Natureza, 0,5% dos participantes estão no nível 8 ou acima e 17,73% encontram-se abaixo do nível 1. O Saeb 2019 também indica uma desigualdade no que diz respeito às distribuições nos níveis da escala de proficiência, tanto em Ciências Humanas quanto da Natureza. No caso das Ciências Humanas, a zona urbana apresenta uma distribuição similar à nacional.

Nas áreas rurais, observa-se uma maior concentração abaixo do nível 1, no qual se encontram 24,99% dos alunos dessas regiões. Quando se trata de Ciências da Natureza, a zona urbana também apresenta uma distribuição similar à nacional; a zona rural, mais uma vez, mostra um percentual maior nos níveis mais baixos, com uma concentração de 28,30% dos estudantes no nível 1.

Conforme os resultados, o desempenho dos alunos do nono ano do ensino fundamental também é um pouco melhor entre os que estudam nas capitais, em relação aos alunos de escolas localizadas em outros municípios. A análise se aplica tanto às Ciências Humanas quanto às da natureza. A avaliação ainda mostra uma concentração de melhores resultados nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, assim como acontece com alunos da etapa de alfabetização, quando avaliada a disciplina de Ciências Humanas.

Nove unidades da Federação apresentaram proficiência média acima da proficiência média nacional. São elas: Distrito Federal, Goiás, Espírito Santo, São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Ceará. O Estado catarinense se destaca com a maior proficiência média em Ciências Humanas. A diferença para Roraima, estado de menor proficiência média na disciplina, é de 28,91 pontos. Centro-Oeste, Sudeste e Sul também predominam entre os melhores desempenhos de ciências da natureza.

No caso dessa área de conhecimento, 11 unidades da Federação apresentaram proficiência média acima da proficiência média nacional. São elas: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Rondônia. Distrito Federal e Maranhão são as unidades da Federação com maior e menor proficiência média, respectivamente. Em Ciências da Natureza, a diferença entre elas é de 40,27 pontos. Confira mais detalhes sobre os resultados do Saeb 2019 no site das instituições.

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