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Estudos realizados pela Deloitte, organização de serviços profissionais, mostram como a pandemia do novo coronavírus impactou as mulheres e profissionais Millennials e pertencentes à Geração Z. O primeiro levantamento, intitulado "Women @ Work", contou com a participação de 500 brasileiras. Já o segundo teve 500 entrevistados Millennials (25 a 40 anos) e 300 da Geração Z (até 24 anos).

Os dados apontados no estudo Women @ Work expõem que 46% das trabalhadoras brasileiras entrevistadas não se sentem otimistas em relação à vida profissional. Além disso, mostra-se que, durante pandemia, 19% das entrevistadas cogitaram deixar os postos de trabalho devido à sobrecarga, consequência da conciliação dos trabalhos domésticos e vida profissional. Ainda de acordo o levantamento, apenas 35% das profissionais alegaram ter apoio institucional na crise sanitária.

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Na pesquisa que envolve trabalhadores Millennials e pertencentes à Geração Z, se ressalta que a maioria dos participantes relata que está estressada na maior parte do tempo e tem como fatores o futuro financeiro, bem-estar familiar e a perspectivas no trabalho. Com relação às ações promovidas pelas empresas no período de panemia, as gerações alegaram que os empregadores fizeram um trabalho ruim para promover a boa saúde mental. Entretanto, o Millennials se sentem menos apoiados, comparando-se à Geração Z, no ambiente corporativo.

 

Levantamento realizado pela TutorMundi, plataforma de reforço escolar, aponta que a maioria dos estudantes brasileiros, dos ensinos fundamental II e médio, apresenta mais dificuldades nas disciplinas de matemática, física e química.

Na pesquisa, 32,5% dos discentes relataram dúvidas acerca dos conteúdos matemáticos. Já física e química aparecem, respectivamente, no segundo e terceiro lugares (19,7% e 13,6%). Os dados se referem ao segundo semestre de 2021 e foram colhidos a partir de dúvidas dos usuários da plataforma.

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Os assuntos indicados pelos entrevistados como sendo o de maior dificuldade são os seguintes: em matemática, equações elementares, conjuntos numéricos e análise combinatória; em física, cinemática, leis de Newton e dinâmica impulsiva; e em química, fisíca-química, química inorgânica e estequiometria. 

O estudo feito pela plataforma ainda mostra que outras disciplinas, presentes nos currículos escolares, também foram indicadas pelos entrevistados. Entre elas estão biologia (10,4%), redação (9,4%) e língua portuguesa (4,6). Confira o ranking completo

O deputado federal Marcelo Freixo (PSB) lidera a corrida ao governo do Rio de Janeiro nas eleições do ano que vem, com 27% das intenções de voto. É o que mostra o levantamento feito pela FSB Pesquisa.

O vice-presidente da República Hamilton Mourão (PRTB) aparece na segunda colocação, com 24% das intenções de voto do eleitorado fluminense. Em terceiro lugar está Cláudio Castro (PL), atual governador do Rio de Janeiro e candidato à reeleição.

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O ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves (PDT) e Felipe Santa Cruz (PSD), atual presidente da OAB, aparecem, respectivamente, com 8% e 2%. Brancos e nulos somam 6%. 

A participação de Mourão na disputa ainda não é certa. Por isso, o levantamento simulou ainda um cenário sem Mourão no páreo. Nesta condição, a candidatura de Freixo ganha ainda mais impulso e o deputado chega a 34%, contra 17% de Castro, 12% de Neves e 5% de Santa Cruz.

De acordo com o levantamento feito pela Quaest Consultoria e Pesquisa e pelo banco Genial Investimentos, divulgado nesta terça-feira (4), o ex-presidente Luiz inácio Lula da Silva (PT) tem grandes chances de vencer as eleições de 2022 ainda no primeiro turno. A sondagem entrevistou 1,5 mil pessoas e tem margem de erro de três pontos para mais ou menos.

Em um dos cenários projetados no levantamento, com Lula, Jair Bolsonaro (sem partido), Ciro Gomes (PDT) e João Doria (PSDB), o petista tem 44% frente os 44% dos três candidatos somados.

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Com isso, o ex-presidente só não vence no primeiro turno se ao invés de Doria, o candidato for o ex-juiz Sergio Moro (quando Lula teria 44% contra 46% dos demais, na margem de erro) ou o apresentador José Datena (Lula com 44% contra 47% da soma de Bolsonaro, Ciro e Datena).

A Quaest preparou ainda seis outros cenários possíveis:

1. Lula 46%, Bolsonaro, 29%; Ciro, 12%

2. Lula 44%; Bolsonaro, 27%; Ciro, 9%; Sergio Moro, 10%

3. Lula 44%; Bolsonaro, 27%; Ciro, 10%; Datena, 10%;

4. Lula 44%; Bolsonaro, 29%; Ciro, 10%; Doria, 5%;

5. Lula 45%; Bolsonaro, 29%; Ciro, 10%; Eduardo Leite, 4%;

6. Lula 45%; Bolsonaro, 29%; Ciro, 11%; Mandetta, 3%;

Já no segundo turno, Lula derrota todos os adversários recebendo entre 53% e 58% das intenções de voto.

A pesquisa demonstra também os motivos de o presidente Bolsonaro entregar uma fatia cada vez maior do comando político do governo ao Centrão: sem apoio dos aliados, a derrota em 2022 fica cada vez mais próxima.

Segundo o Quaest, a economia é outro ponto de atenção para os presidenciáveis. Mais da metade dos 1.500 entrevistados se disseram muito (19%) ou um pouco (31%) otimistas com a economia nos próximos doze meses. Em condições normais, essa seria uma boa notícia para o governo, mas ainda não é possível afirmar isso, já que o otimismo é compartilhado de maneira similar pelos eleitores de Bolsonaro (41%) e de Lula (38%), o que pode significar que parte da boa perspectiva é de eleitores que acham que Bolsonaro vai deixar o Planalto.

Ainda de acordo com o levantamento, 21% acham que a economia ficará como está e 24% que vai piorar. Na direção oposta, 47% da população acha que a economia piorou muito.

Perguntados sobre quais os maiores problemas do país, 23% dos eleitores disseram a pandemia, 16% o desemprego, 13% o atendimento de saúde, 13% economia e 11% a corrupção, todas agendas nas quais o governo está defasado.

Entre os entrevistados, não houve citações relevantes ao projeto de lei de impressão do voto, maior preocupação do atual presidente no último mês.

Três de quatro cenários divulgados, nesta quinta-feira (29), pelo Instituto Paraná Pesquisas, mostram o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-presidente Lula (PT) tecnicamente empatados na corrida presidencial de 2022. 

No quarto cenário, no estimulado entre Lula, Bolsonaro e Datena, o petista está um pouco à frente do atual chefe do Executivo, fora da margem de erro do levantamento, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. 

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A pesquisa foi contratada pelo PSL e testou o nome do apresentador José Luiz Datena. A "novidade" é a boa colocação do apresentador, que dos quatro cenários, aparece em terceiro lugar em três deles, desbancando o ex-ministro Ciro Gomes (PDT). O Instituto ouviu 2.010 eleitores entre os dias 24 e 28 de julho.

Confira os cenários levantados pelo Instituto Paraná Pesquisas para o primeiro turno

Cenário 1

Lula (PT): 33,7%

Bolsonaro (sem partido): 32,7%

Datena (PSL): 7%

Ciro Gomes (PDT): 6,8%

João Doria (PSDB): 3,9%

Mandetta (DEM): 1,8%

Simone Tebet (MDB): 0,7%

Rodrigo Pacheco (DEM): 0,6%

Nenhum/Branco/Nulo: 9,4%

Não sabe/Não respondeu: 3,3%

Cenário 2

Lula (PT): 33,8%

Bolsonaro (sem partido): 32,8%

Datena (PSL): 7%

Ciro Gomes (PDT): 6,9%

João Doria (PSDB): 4,3%

Mandetta (DEM): 2,1%

Nenhum/Branco/Nulo: 9,6%

Não sabe/Não respondeu: 3,4%

Cenário 3

Lula (PT): 33,9%

Bolsonaro (sem partido): 32,8%

Ciro Gomes (PDT): 7,3%

Datena (PSL): 7,2%

Eduardo Leite (PSDB): 2,7%

Mandetta (DEM): 2,6%

Nenhum/Branco/Nulo: 10%

Não sabe/Não respondeu: 3,5%

Cenário 4

Lula (PT): 39,5%

Bolsonaro (sem partido): 34,2%

Datena (PSL): 11,8%

Nenhum/Branco/Nulo: 11%

Não sabe/Não respondeu: 3,4%

Na pesquisa para o segundo turno foi perguntado em quem a pessoa votaria nos confrontos Lula x Bolsonaro, Bolsonaro x Datena e Lula x Datena. Confira:

Cenário 1

Lula (PT): 43,3%

Bolsonaro (sem partido): 38,2%

Nenhum/Branco/Nulo: 15%

Não sabe/Não respondeu: 3,4%

Cenário 2

Bolsonaro (sem partido): 38,4%

Datena (PSL): 35,5%

Nenhum/Branco/Nulo: 22,3%

Não sabe/Não respondeu: 3,8%

Cenário 3

Lula (PT): 43,1%

Datena (PSL): 31,5%

Nenhum/Branco/Nulo: 22,3%

Não sabe/Não respondeu: 3%

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-> Em pesquisa estimulada, Lula tem 33,8% e Bolsonaro 25,2%

O otimismo do empresariado pernambucano se mantém em bons níveis. É o que aponta o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), produzido pela Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE).

O crescimento na comparação de junho para julho de 2021 foi de quatro pontos, atingindo a marca de 61,7. O entendimento que se faz sobre os dados é que, mesmo com a instabilidade do cenário devido à pandemia do novo coronavírus, a perspectiva é de melhora econômica nos próximos meses.

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Cézar Andrade, economista da FIEPE, avalia os resultados alcançados como positivos, visto que desde o início da crise sanitária, em março de 2020, os números não eram tão positivos assim. “É tanto que o resultado deste mês se aproximou do patamar de antes da pandemia”, sinalizou Andrade.

Em fevereiro de 2020, o ICEI estava em 62,30. A evolução é perceptível no comparativo com outros meses. Enquanto que em julho de 2020 o índice no Estado estava em 52,7 pontos, junho de 2021 já havia passado desse patamar, com 57,7 pontos. De acordo com a pesquisa divulgada, quanto mais acima de 50 pontos, maior e mais disseminado é o índice de confiança. Isso tem como efeito o maior número de investimentos, além do aumento da necessidade de mão de obra contratada.

Segundo os resultados apontados pelo levantamento, o aumento do índice do ICEI se dá pela boa expectativa que os empresários têm para os próximos meses. O dado que aponta esse indicador apresentou um aumento de 4,1 pontos, alcançando 64,7. Ainda em comparação com os dados de 2020, os números estão 10,9 pontos acima, levando em consideração que em julho do ano passado os negócios estavam tentando uma recuperação após o freio compulsório desde março. No geral, apesar do decréscimo, a confiança em relação às condições correntes está acima da média histórica que é de 48,05 pontos.

Com informações da assessoria

Um levantamento realizado pela It’sSeg, corretoras de seguros do país especializada em gestão de benefícios, apontou que houve aumento de 17% no número de palestras realizadas sobre saúde e qualidade de vida nas empresas por ela atendidas, saltando de 211 eventos em 2019 para 248 no período entre julho de 2020 e junho de 2021.

Entre os temas, os mais procurados foram: saúde da mulher, saúde geral, saúde mental, saúde do homem, informações sobre a Covid-19 e como lidar com questões emocionais em casa e no teletrabalho.

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“Notamos um aumento significativo na demanda por esses eventos, tanto por parte dos clientes que já realizavam ações de boas práticas e qualidade de vida para seus colaboradores antes da pandemia, quanto por parte daqueles que não promoviam esses eventos e se interessaram a fazer visando uma aproximação com os funcionários em teletrabalho”, comenta Marcio Tosi, diretor da It’sSeg, segundo enviado da assessoria de imprensa.

Segundo o levantamento, houve também um aumento na interação de colaboradores nos eventos promovidos de julho de 2020 a junho de 2021 no formato online comparado às sessões realizadas presencialmente em 2019. A média que antes era de 30 a 40 pessoas por evento, passou a ser, de no mínimo, 60 a 70 participantes.

O diretor acredita que a flexibilidade de horários e a facilidade de realizar os eventos de forma remota contribuíram para o aumento na participação dos colaboradores: “O formato online acaba atraindo mais participantes por possibilitar aos colaboradores que não se desloquem até um auditório, por exemplo, para acompanhar uma palestra, além de permitir que os eventos aconteçam em horários flexíveis, dando mais liberdade aos funcionários para participarem”, acrescenta.

A pesquisa Datafolha realizada entre a quarta (7) e a quinta-feira (8) constatou que 59% do eleitorado garantiu que não vai escolher o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na eleição de 2022. Em relação aos concorrentes, ele é o candidato mais rejeitado.

Comparado ao resultado do último levantamento, foi verificado o aumento de 5 pontos percentuais na rejeição do presidente, que era de 54% em maio.

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A lista de desaprovação divulgada pelo Datafolha segue com o empate entre o ex-presidente Lula (PT) e o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), com 37% dos eleitores.

O estudo também apresentou resultados adquiridos por Ciro Gomes (PDT), com 31%, e pelo ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), com 23%.

Os dados apresentados pelo Datafolha foram obtidos em entrevista presencial com 2.074 votantes. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou menos, informa.

A mais recente pesquisa de intenção de voto divulgada pelo 'PoderData' mostra que o ex-presidente Lula (PT) venceria todos os seus prováveis adversários em um possível segundo turno, nas eleições presidenciais. Contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), seu principal adversário, o petista venceria por 55% a 32%, aponta a projeção.

No confronto com João Dória (PSDB), Lula teria 51% dos votos contra 17% do tucano. Na simulação com Ciro Gomes, o ex-presidente venceria com maior folga: 48% contra 15%. 

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Para que um candidato vença no primeiro turno é preciso ter mais da metade dos votos válidos, superando a soma de todos os seus adversários. E, segundo o PoderData, por pouco o petista - neste último levantamento - não conseguiu atingir esse patamar.

Os resultados desta rodada sobre o primeiro turno mostram que Lula tem 43% das intenções de votos. Os outros candidatos somados marcaram 44%. No entanto, considerando a margem de erro, o petista poderia ganhar no primeiro turno se as eleições fossem hoje. 

Esta pesquisa foi realizada entre os dias 5 e 7 de julho de 2021, sendo ouvidas 2.500 pessoas em 421 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou, nesta quinda-feira (8), os resultados da pesquisa "Resposta educacional à pandemia de Covid-19 no Brasil". Os dados foram obtidos por meio de questionários aplicados, durante a segunda etapa do Censo Escolar 2020, entre fevereiro e maio de 2021.

Os resultado do levantamento aportaram que 99,3% das escolas brasileiras suspenderam as aulas presenciais devido ao agravamento da pandemia do novo coronavírus. Além disso, o apontamento mostra que boa parte dos colégios, públicos e privados, teve que ajustar o calendário letivo. Ainda segundo o Censo Escolar, mesmo com a flexibilização e retomada das aulas, mais de 98% das instituições optaram por estratégias não presenciais de ensino.

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Adaptação de professores e alunos

Os números divulgados pelo Inep também se referem à adptação ao sistema remoto de alunos e profesores. De acordo com o órgão, reuniões virtuais de planejamento, coordenação e monitoramento das atividades foram as principais estratégias adotadas durante a suspensão das atividades presenciais.

Com relação aos discentes, o levantamento revela que os principais canais de comunicação com os docentes foram redes sociais, e-mail, telefone e aplicativo de mesnsagens.

Questionário

O objetivo do documento é realizar o levantamento de informações e estratégias adotas pelas instituições de ensino brasileiras para garantir o ano letivo durante todo ano de 2020. “A pesquisa permite compreender as estratégias adotadas pelas escolas para continuar ensinando e avaliando os estudantes da educação básica. Os resultados, de caráter censitário, podem auxiliar o Ministério de Educação (MEC) e os secretários estaduais e municipais de ensino na tomada assertiva de decisões. É este o papel do Inep: gerar informações relevantes para o planejamento de ações de enfrentamento e políticas educacionais”, ressalta o presidente do Inep, Danilo Dupas, através da assessoria do Instituto.

Há 15 meses atuando na linha de frente da covid-19, profissionais de saúde no Brasil ainda se sentem despreparados para lidar com a pandemia, mostra estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV). Entre as mulheres, 72,2% das entrevistadas disseram não ter informações suficientes para trabalhar. Essa condição atinge 61,1% dos homens. Para profissionais negras, o percentual é ainda maior e chega a 78,22%. Os pesquisadores destacam que os indicadores de sensação de despreparo refletem os dados sobre quem recebeu mais treinamento, orientações ou recursos.

“Essas desigualdades têm marcas de gênero e de raça. As mulheres estão em situação pior e essa diferença vem aumentando em relação aos homens ao longo do tempo [da pandemia]”, diz Gabriela Lotta, uma das pesquisadoras responsáveis pelo trabalho. O relatório foi produzido com dados de uma enquete online, com 1.829 profissionais de saúde, entre os dias 1º e 20 de março deste ano.

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Esta é a quarta rodada da pesquisa e faz parte de uma série realizada pelo Núcleo de Estudos da Burocracia (NEB-FGV), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Rede Covid-19 Humanidades. A proposta é compreender as percepções dos profissionais que atuam na linha de frente da pandemia sobre as condições de trabalho nesse período

Sobre o recebimento de equipamentos, treinamento e testagem, também observam-se disparidades. Enquanto 57,93% dos homens brancos disseram ter recebido equipamentos de forma contínua, o percentual cai para 38,12% entre os homens negros. Em relação ao treinamento, 43,9% dos homens brancos relataram ter recebido, e as mulheres negras foram as que menos receberam, com 20,94%. A testagem de forma contínua foi citada por 22,5% dos homens brancos e 11,5% das mulheres negras.

“A gente achava que ao longo do tempo essas desigualdades fossem amenizadas, mas, pelo contrário, elas foram se acentuando”, afirma a pesquisadora. Gabriela explica que a análise por gênero e raça se mostrou fundamental ao longo do trabalho. “Nas outras etapas ficou cada vez mais evidente que embora a pandemia afetasse a todas as pessoas, e especialmente os profissionais de saúde, ela atingia de maneira diferente mulheres e homens, especialmente as questões de raça.”

A desigualdade aparece também nas áreas de saúde mental e divisão do trabalho doméstico. Para 67,3% dos homens entrevistados, a saúde mental teve impacto durante a pandemia. Entre as mulheres, o índice chega a 83,7%. Mais da metade das profissionais de saúde disseram dedicar mais de 14 horas por semana às tarefas domésticas, contra 39% dos homens.

Em termos comparativos das etapas do levantamento Gabriela mostra que, no geral, os indicadores se mantiveram ruins. “O sentimento de despreparo diminuiu um pouco, o acesso a equipamentos de proteção individual aumentou, o acesso à testagem aumentou, o suporte e orientação aumentaram mas outros indicadores se mantiveram muito ruins o tempo inteiro.”

Gabriela chama atenção para o esgotamento dos profissionais de saúde. “Estamos com alto percentual de adoecimento, mortalidade muito alta também, especialmente antes da vacinação, profissionais que estão com a saúde mental abalada e precisam continuar cuidando dos pacientes. Eles não estão tendo descanso, não têm férias, não têm licença e estão no limite.”

A pesquisadora destaca a necessidade de políticas que observem as desigualdades estruturais. “Essas políticas deveriam ser para todos os profissionais, elas precisariam ter um olhar muito cuidadoso, pois o estudo revela os reflexos também dessa desigualdade estrutural de gênero na sociedade", diz. Para ela, as políticas sempre devem ter um olhar diferenciado para homens e mulheres, porque "se elas tratam todo mundo igual, a gente está só reproduzindo desigualdades.

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realizou um levantamento de dados e apontou um crescimento de 128% no número de desligamentos de profissionais da área de educação por mortes nos primeiros quatro meses de 2021, se comparado com o mesmo período do ano passado.

Conforme o levantamento, foram 1.479 desligamentos por morte entre janeiro e abril deste ano, e 650 no mesmo período de 2020. O balanço ainda aponta que o quantitativo de mortes entre os trabalhadores da Educação foi mais acentuado nos três estados com as maiores taxas de mortalidade por Covid-19: Rondônia, Amazonas e Mato Grosso.

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Entre os mais afetados da área estão os professores e coordenadores, que tiveram, em 2021, 612 vínculos encerrados por morte. Os servidores que ajudam nas atividades das instituições de ensino foram o segundo grupo mais afetado. Os dados revelam que 263 trabalhadores de serviços, como faxineiros, porteiros, zeladores e cozinheiros, foram desligados por motivo de morte este ano.

Fonte: Dieese

Professores com nível superior que ministram aulas para estudantes do ensino médio tiveram, entre os profissionais da educação, o maior aumento no número de desligamentos por morte. Segundo o levantamento, no início de 2021, essa quantidade mais que triplicou em relação a 2020. Os educadores com nível médio que atuam na educação infantil e fundamental também tiveram um grande aumento: 238% nos quatro primeiros meses de 2021.

Fonte: Dieese

O balanço revelou também que trabalhadores com menos de 30 anos foram menos afetados. Ainda assim, nos primeiros quatro meses de 2021, os desligamentos por morte entre pessoas com idade entre 25 e 29 mais que dobrou. Entre os profissionais na faixa etária entre 30 e 39 anos, o aumento foi de 148%.

Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) confirma que metade das cidades do Brasil está com a ocupação de leitos de UTI gerais e destinados à Covid-19 acima de 90%.

Já 15% afirmaram estar acima de 80%; 14% entre 60% e 80%; 8% abaixo de 60% de ocupação. O levantamento ocorreu entre os dias 21 e 24 de junho e ouviu 2.747 gestores municipais - o que corresponde a 49% dos 5.568.

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A CNM aponta ainda que o Sul e o Sudeste são as regiões com a situação mais crítica. O Estado do Mato Grosso do Sul, no entanto, no Centro-Oeste, é o que apresenta maior percentual de municípios com ocupação acima de 95%.

Em relação ao número de novos casos de Covid-19, 28% dos municípios apontaram aumento nesta semana; 39% afirmaram que se manteve estável; 30% queda; e 2% destacaram que não houve novos casos confirmados.

Quanto ao óbito pela doença, 1.043 Municípios (38%) afirmaram não ter ocorrido nenhum caso. Já 20% apontaram aumento; 29% estabilidade; e 12% queda. Medidas restritivas de circulação de pessoas ou de atividades econômicas se mantêm em 76% das cidades.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) registrou mais que o dobro de intenções de voto do que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na pesquisa do instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec), divulgada nesta sexta-feira (25). Disparados à frente dos demais candidatos, a dupla reforça a polarização política, que novamente deve ser levada às urnas em 2022.

O Ipec reafirmou a ascensão do petista conferida em outros estudos. Ainda que somem os resultados dos quatro principais adversários incluídos na estatística, Lula possui uma folga de 11 pontos percentuais.

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Ele lidera o material com 49% dos votos; Bolsonaro com 23%; Ciro Gomes (7%); João Doria (5%) e Luiz Henrique Mandetta (3%). Brancos e nulos representam 10% dos eleitores, enquanto 3% disse que não sabe ou não respondeu. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

'Tem meu voto garantido'

A entidade criada por ex-executivos do Ibope Inteligência questionou 2.002 pessoas de 141 municípios, entre os dias 17 e 21 de junho. O eleitorado também foi perguntado em quem votaria com certeza ou poderia votar e quem não votaria de jeito nenhum.

Nesse recorte, Lula volta a assumir os melhores índices com 61% dos votos 'certos'. Um aumento de 11% em comparação a fevereiro, quando marcou 50%. Bolsonaro obteve 33% dos votos. Antes, a marca era superior, com 38%.

'Não voto de jeito nenhum'

Em relação aos candidatos com maior rejeição, 62% garantiu que não votaria em Bolsonaro de jeito nenhum. Há quatro meses, ele era rechaçado por 56% do eleitorado.

Apesar de figurar como contraposição ao atual presidente, Lula recebeu a menor reprovação dos cinco candidatos. Conforme a pesquisa, 36% disse que não votaria nele. Anteriormente, a taxa era de 44%.

Avaliação da gestão Bolsonaro

A motivação para a derrocada do presidente Bolsonaro pode ser explicada pela baixa avaliação da sua gestão, exposta pela adesão em protestos por todo o país. Segundo o Ipec, só 24% considerou o Governo Federal ótimo ou bom - em fevereiro era 28%. Já 49% dos entrevistados afirmou que a atividade do chefe do Executivo é ruim ou péssima. Na pesquisa anterior o percentual era de 39%.

Ainda conforme o estudo do Ipec, 66% reprovou o governo Bolsonaro, contra 30% que aprova. Sobre a confiança no presidente, 68% dos entrevistados sugeriu que desconfia dele, enquanto 30% reafirmou que acredita em Bolsonaro.

Um levantamento realizado pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) e pelo Instituto Sprinkler Brasil apontou um aumento na procura por cursos no setor de segurança do incêndio (SCI). A oferta de especializações em SCI aumentou 168% no ano passado, indo de 6 em 2019 para 16 em 2020. "Neste ano a tendência se mantém elevada, com 13 cursos de Segurança Contra Incêndio ofertados.” afirma a pesquisa.

“Notamos um crescente interesse de profissionais pelo assunto, o que impacta diretamente no grande número de cursos ofertados nos últimos dois anos. Tem muita gente buscando qualificação nessa área e há uma carência enorme de especializações para esse segmento. Felizmente temos notado que há uma demanda reprimida e isso tem se revelado nessa grande oferta de cursos”, explica Marcelo Lima, diretor-geral do Instituto Sprinkler Brasil, de acordo com a assessoria de imprensa.

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O diretor ainda ressalva a importância da cautela na hora de escolher um curso: “As pessoas precisam tomar muito cuidado com a qualidade do curso oferecido. Recomendamos que fiquem de olho na programação do curso, no currículo dos profissionais apresentados e na instituição que oferece o curso. É a melhor maneira para evitar frustrações e possíveis ciladas”.

O tenente-coronel do Corpo de Bombeiros do Paraná e professor/coordenador da pós em Engenharia de Segurança Contra Incêndio e Pânico da PUCPR, Ivan Ricardo Fernandes, explica que o interesse por qualificação na área aumentou após a aprovação da Lei Kiss (que leva o nome da Boate Kiss, local de uma dos maiores tragédias incendiárias do País). “A aprovação da Lei Kiss foi um dos fatores que ajudou a ampliar o interesse pelo assunto. Ainda há muito espaço para oferta de cursos desse gênero no país. Tenho visto muita gente interessada no tema e buscando qualificação” afirma Fernandes, segundo informações da assessoria de imprensa.

Para a professora do curso de SCI pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Dayse Duarte, a procura é bastante positiva, uma vez que, além das ocorrências terem um alto volume, a qualificação nessa área pode ajudar a combater esse problema de frente e ser um caminho para diminuir o alto volume de casos. “Parece que as pessoas começam a entender que o incêndio é um problema grave e que precisa ser combatido com seriedade. Incêndios de grandes proporções e alto volume das ocorrências têm ajudado a despertar o interesse para essa problemática” comenta Dayse Duarte, de acordo com informações divulgados pela assessoria de imprensa.

A análise das coletas de 96 pacientes que testaram positivo para a Covid-19 em Pernambuco reforçou que a variante gama (P.1) do novo coronavírus é a linhagem prevalente do vírus no Estado. A cepa foi relatada primeiramente no Amazonas.

Os dados, divulgados nesta terça-feira (15), foram analisados pelo Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami (LIKA/UFPE), em pacientes residentes em municípios do Agreste e Zona da Mata de Pernambuco.

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O resultado apontou que mais da metade dos exames (56,25%) apresentaram a cepa P.1, seguido da B.1.1 (19%) e da B.1.1.406 (10%). A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) afirma que um novo sequenciamento genético já está programado para os próximos dias. 

Nos municípios do Agreste, do total de exames com a cepa P.1 identificada, 20% das amostras eram de pacientes residentes em Garanhuns; 15% de moradores de Caruaru; 6% do município de Cumaru; e 2% cada de pacientes residentes em Agrestina e Bom Jardim. Apenas o município de Cachoeirinha não teve a presença da P.1 detectada em suas amostras biológicas.

Já 7% dos genomas positivos para a P.1 foram de amostras biológicas de pacientes residentes no município de Paudalho, na Zona da Mata Norte de Pernambuco. A variante gama foi detectada no Estado pela primeira vez no mês de fevereiro em dois pacientes do Amazonas que vieram para Pernambuco dar continuidade no tratamento, em decorrência da crise sanitária que aquele estado vivia na época.

Já em abril, cinco amostras biológicas de pernambucanos confirmados para a Covid-19 apresentaram, em sequenciamento genético, a variante P.1 da doença. No início deste mês, o sequenciamento genético de 233 amostras, realizado pelo LIKA e pelo Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz PE), também detectou a presença da P.1 na maioria das coletas.

O presidente Jair Bolsonaro é o maior influenciador digital da cloroquina no Facebook. Em todo o mundo, nenhum usuário da plataforma provocou tanto engajamento ao citar o remédio - o resultado foi uma onda de desinformação sobre seu uso no tratamento de Covid-19. As postagens que ele publicou sobre o assunto geraram 11 milhões de interações e 1,7 milhão de compartilhamentos na rede social, aponta edição do Estadão desse domingo (6).

Do início da pandemia, em março de 2020, até o final de maio de 2021, considerando os 100 textos no Facebook com mais interações sobre cloroquina, em português e outras línguas, o presidente foi o autor de 42 - ou seja, quatro em cada dez.

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O medicamento, cuja bula indica utilização contra malária e doenças autoimunes, se transformou em símbolo da desinformação sobre a pandemia no Brasil por ter sido apresentado por Bolsonaro como elemento principal do que chamou de "tratamento precoce" - suposta cura contra a Covid-19. Estudos rigorosos, porém, não demonstraram eficácia contra os efeitos do coronavírus, e alguns indicaram risco de efeitos adversos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda "fortemente" que não seja utilizada contra Covid-19. Os alertas da ciência foram ignorados ou contestados por Bolsonaro, que, ao propagandear uma falsa cura, desprezar medidas de isolamento social e apostar na chamada "imunidade de rebanho", criou no país um ambiente propício ao aumento de contágios e de mortes.

No ranking global de engajamento sobre a cloroquina, Bolsonaro ficou à frente do ex-presidente americano Donald Trump (1,1 milhão de interações) e até da OMS (491 mil), segundo análise feita com a ferramenta CrowdTangle, que permite dimensionar o envolvimento dos usuários da plataforma com determinados conteúdos. A análise revela ainda que as mensagens de Bolsonaro que promoveram o chamado tratamento precoce foram bem recebidas por seu público: menos de 1% das reações foram negativas.

Diferentemente do que ocorre na maioria dos demais países, a desinformação sobre a pandemia ganhou no Brasil um caráter institucional. Nos últimos 15 meses, além do presidente, outras autoridades e aliados políticos do governo utilizaram redes sociais e a estrutura oficial de comunicação para boicotar sistematicamente orientações de especialistas sobre distanciamento social, medicamentos, uso de máscaras e até mesmo a importância das vacinas. Nesse contexto, o Brasil acabou entre os dez países do mundo com maior mortalidade per capita por Covid-19.

Corrente

As páginas de parlamentares brasileiros no Facebook publicaram quase 4,5 mil textos com os termos "cloroquina" e "hidroxicloroquina" (um derivado da droga) desde março de 2020, gerando nada menos que 43 milhões de interações. O predomínio dos bolsonaristas nesse debate foi avassalador. Entre os 100 posts mais populares da lista, apenas um era de um integrante da oposição e três de um deputado independente; os outros 96 provinham de governistas. Encabeçam o ranking a deputada federal Carla Zambelli (3,6 milhões de interações) e Eduardo e Flávio Bolsonaro (850 mil e 379 mil), filhos do presidente.

Bolsonaro foi também um dos políticos que geraram mais engajamento ao fazer postagens sobre outros medicamentos sem eficácia comprovada contra Covid-19: ivermectina (157 mil interações); azitromicina (750 mil) e nitazoxanida (231 mil).

A primeira postagem que o presidente fez sobre a cloroquina foi em 26 de março de 2020, quando anunciou a eliminação do imposto de importação do medicamento. A mensagem que obteve o maior alcance no Facebook foi publicada quando ele próprio estava com Covid-19, em julho de 2020. Na ocasião, ele escreveu: "Aos que torcem contra a hidroxicloroquina, mas não apresentam alternativas, lamento informar que estou muito bem com seu uso e, com a graça de Deus, viverei ainda por muito tempo". Foram 101 mil compartilhamentos. A maioria dos afetados por Covid-19 se recupera, tomando ou não medicamentos inócuos. Estima-se que a letalidade seja próxima de 2% do total de infectados.

Promoção

Bolsonaro fez propaganda da droga em diversas ocasiões. Recentemente, disse ter retomado o consumo de cloroquina, "antes mesmo de procurar o médico". "Olha só o exemplo que estou dando: tomei aquele remédio porque estava com sintoma", afirmou, em uma transmissão de vídeo pelo Facebook. "Tomei, fiz exame, não estava (doente). Mas, por precaução, tomei."

Apesar de ter se referido claramente à cloroquina, o presidente não disse o nome da droga. Isso se deve ao fato de o Facebook, no início de abril, ter apagado um vídeo em que Bolsonaro espalhou falsidades sobre a cloroquina - segundo a rede social, o conteúdo violou as normas da plataforma. "Não vou falar o nome para não cair a live. Aquele negócio que o pessoal usa para combater malária, usei lá atrás e no dia seguinte estava bom."

A Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado que investiga a resposta federal à pandemia está reunindo indícios sobre a existência de um "gabinete paralelo" que assessorou Bolsonaro durante a pandemia, formado por entusiastas da cloroquina e da tese da imunidade de rebanho.

A análise sobre o impacto de Bolsonaro no cenário de desinformação da pandemia foi feita pelo Estadão Verifica em conjunto com a LatamChequea, coalizão de agências de checagens de fatos da América Latina. 

O aumento do feminicídio e das concessões das medidas protetivas são fortes indicadores de subnotificação dos casos de violência contra as mulheres, além do próprio fenômeno da violência doméstica. Pesquisadoras da Universidade Federal do ABC (UFABC) e integrantes da Rede Brasileira de Mulheres Cientistas (RBMC) explicam que esses dados mostram a importância dos serviços de proteção à mulher, que foram descontinuados com a pandemia e poderiam interromper o ciclo da violência.

“Se a mulher não consegue relatar e obter respostas no primeiro ciclo da violência, nos primeiros níveis desse ciclo, a gente sabe que os quadros obviamente se agravam para feminicídio, que é o ponto final desse círculo”, disse a professora Alessandra Teixeira. De acordo com as pesquisadoras, em artigo divulgado pela Agência Bori, houve aumento de 1,9% dos feminicídios e de medidas protetivas em muitas delegacias e a diminuição de 9,9% de registros policiais de casos de violência contra a mulher, em relação a 2019.

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Em São Paulo, de janeiro a abril de 2019, foram registrados 55 casos de feminicídio no estado. No mesmo período de 2020, foram 71 registros. Em 2021, foram 53 assassinatos de mulheres em razão do gênero, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Em relação às medidas protetivas, foram mais quase 47 mil em 2019 e mais de 52 mil registros em 2020. Nos primeiros quatro meses de 2021, o total já ultrapassa 21 mil, a tendência, portanto, é de crescimento para este ano.

O aumento do desemprego com a crise econômica, o maior peso para as mulheres na divisão sexual do trabalho, o fechamento das escolas e o acesso a outras vivências são algumas das questões que impactam a dinâmica de vida das mulheres na pandemia e acabam por afastá-las das redes de proteção. “Já era deficitário e a pandemia provoca uma crise, um déficit ainda maior, aliado ao problema econômico. Com isso a gente vai ter, sem dúvida, um exacerbamento desse quadro [de violência]”, aponta Alessandra.

Desarticulação da rede de proteção

Carolina Gabas, também professora da UFABC, ressalta que a medida protetiva é fundamental, mas não garante que se está dando às mulheres a assistência integral necessária. “A medida [protetiva] não é a única oferta que tem que está ali. A mulher tem que ter os cuidados de saúde para a sua integridade física, às vezes precisa ver a situação das crianças, às vezes precisa do acolhimento sigiloso, às vezes precisa monitorar, por exemplo, uma medida que retire do agressor algum tipo de arma que ele porte”, exemplifica.

Ela destaca a necessidade de que as instituições atuem em rede para promover esse atendimento. “A gente diz que é o trabalho em rede, que envolve o sistema de Justiça, vários setores, uma política intersetorial também, no Poder Executivo e é muito importante que isso esteja articulado com os movimentos sociais”, propõe. A pesquisadora destaca que as ações nos territórios devem contar com o apoio do movimento de mulheres e outras organizações que conseguem alcançar essas questões de forma mais efetiva.

Carolina destaca ainda a necessidade de investimentos e a especialização do atendimento. Ela explica que não se trata necessariamente de um equipamento específico, mas de capacitações para que estruturas como os centros de referência em assistência social e mesmo delegacias possam atender essas mulheres sem que se criem novas vitimizações.

“É o investimento para as redes de serviços que já existem e estar muito atenta a esse aumento da violência, especialmente no contexto de pandemia. E, obviamente, o tipo de financiamento também. O financiamento não é só de campanhas, é um financiamento de atendimento, de você prestar esse serviço a essas mulheres”, defende.

A Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) de Pernambuco realiza pesquisa com jovens e adolescentes cumprindo medidas de privação de liberdade e semiliberdade no Estado. O levantamento busca compreender os interesses do público alvo sobre educação profissional, para que a instituição possa fornecer uma formação mais adequada, além de atualização de banco de dados.

A expectativa é ouvir cerca de 700 participantes. A Funase é vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude (SDSCJ) e fornece capacitação profissional para os jovens do sistema socioeducativo.

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O questionário é aplicado todos os anos, visando oferecer formações e oportunidades de maneira mais assertiva, e também para que seja feita uma avaliação de desempenho, comparando a pesquisas anteriores. Os socioeducandos conhecerão mais sobre algumas áreas, como informática, eletrônica, mecânica, construção, marcenaria, barbearia, jardinagem, moda e beleza, alimentação e artesanato. Eles serão apresentados aos cursos com informações básicas como carga horária e requisitos mínimos, além de refletir sobre possibilidades de trabalho e empreendedorismo nos setores.

Após o momento expositivo, eles serão questionados sobre suas opções de interesse, que ficarão registradas em ficha individual. O procedimento é realizado pela equipe do Eixo Profissionalização, Esporte, Cultura e Lazer da Funase.

A pesquisa já foi realizada em unidades de internação localizadas nos municípios de Recife, Cabo de Santo Agostinho, Jaboatão dos Guararapes, Timbaúba, Garanhuns e Arcoverde. Segundo o planejamento da Funase, a pesquisa deve se estender aos adolescentes e jovens em semiliberdade a partir de junho deste ano. Para Normando de Albuquerque, coordenador do Eixo Profissionalização, Esporte, Cultura e Lazer da Funase, é importante ofertar não apenas os cursos que eles escolheram, mas abrir o leque de opções. “O levantamento também busca medir o efeito das ações já realizadas. Temos exemplos na área de alimentação, que normalmente não é muito escolhida, mas, quando ofertada, sempre gera uma participação muito efetiva dos alunos, com praticamente nenhuma desistência. Então, buscamos experimentar temas diferentes dos que eles escolheram e produzir vivências que nem sempre eles esperavam ter”, afirmou, conforme informações da assessoria de imprensa da Funase.

Amazonas, Maranhão, Mato Grosso do Sul e Tocantins apresentaram tendência de crescimento nos casos e óbitos por covid-19 e na incidência de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) na semana de epidemiológica 18, de 2 a 8 de maio. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (13) no Boletim Infogripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que aponta que todo o país continua a registrar nível muito alto de SRAG.

Segundo o estudo, Amazonas, Tocantins e Mato Grosso do Sul têm mais de 75% de probabilidade de recrudescimento da pandemia na análise de curto prazo (últimas três semanas), e Amazonas e Maranhão apresentam essa tendência na análise de longo prazo (últimas seis semanas). Entre as capitais, três apresentam sinal de crescimento de casos e óbitos: Manaus, Porto Alegre e Palmas.

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Por outro lado, 16 estados apresentaram tendência de queda de casos e óbitos em uma das duas análises. Na de longo prazo, Ceará, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina têm mais de 95% de probabilidade de redução de casos e óbitos.

Os pesquisadores responsáveis pelo estudo alertam que muitos desses estados com queda nos números ainda estão com valores similares ou até mesmo superiores aos picos observados ao longo de 2020. Além disso, o boletim informa que foram observados indícios de interrupção da tendência de queda nos números no Amapá, Bahia, Mato Grosso, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul e Sergipe.

Para o coordenador do sistema Infogripe, Marcelo Gomes, a flexibilização das medidas de prevenção à covid-19 deve ser tratada com cautela, porque reaberturas precoces em um cenário de dados epidemiológicos ainda muito elevados podem agravar a situação.

O boletim divulgado hoje também alerta para o aumento no número de casos de vírus sincicial respiratório (VSR). Este aumento foi verificado em todas as regiões do pais, sendo que as regiões Sudeste e Centro-Oeste são as que apresentam a maior incidência acumulada até o momento.

 

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