Tópicos | Olavo de Carvalho

Nesta segunda-feira (21), Heloisa de Carvalho, primogênita do guru bolsonarista Olavo de Carvalho, filiou-se ao PT. Ela deve concorrer ao cargo de deputada estadual por São Paulo. 

"Hoje virei tudo o que os 'bolsolavetes' odeiam: uma jacaroa petista", publicou Heloisa em sua conta do Twitter.

##RECOMENDA##

A filha de Olavo de Carvalho já revelou que não tem uma boa relação com o seu pai e acusa ter sido abandonada por ele. 

[@#video#@]

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) negou um novo recurso de Olavo de Carvalho contra a sentença que o condena a indenizar o cantor Caetano Veloso por ter publicado conteúdo ofensivo contra o artista. A decisão, que é passível de embargo, foi tomada pelo desembargador José Giordani, da 12° Câmara Cível do Tribunal.

A ação teve início em 2017, quando o ex-astrólogo bolsonarista publicou mensagens nas redes sociais chamando o cantor baiano de “pedófilo”. O resultado da publicação é uma multa de R$ 2,9 milhões, quantia que Carvalho se recusa a pagar, tendo apresentado recursos à Justiça outras duas vezes.

##RECOMENDA##

Este não é o primeiro episódio da troca de farpas entre ambos. No ano de 2019, durante o período eleitoral, Olavo de Carvalho registrou uma queixa-crime contra Caetano Veloso após um artigo publicado pelo músico na Folha de São Paulo, além de ter insinuado que Veloso afirma ter sido exilado pela ditadura militar "mas nunca mostrou um documento".

O escritor Olavo de Carvalho, de 73 anos, colocou aviso em sua conta no Twitter onde afirma ter sido internado com pneumonia, neste sábado (27). Um vídeo curto informa que guru de Bolsonaro está no hospital e que voltará a dar aulas na próxima semana.

O perfil de Olavo não deu detalhes sobre o seu estado de saúde. "Caros alunos, hoje não vai ter aula. Peguei uma pneumonia e estou no hospital. Desculpem a mancada. Volto na semana que vem. Abração", diz o comunicado.

##RECOMENDA##

Também no Twitter, Heloísa de Carvalho, filha que rompeu com o escritor, duvidou da internação. "Infelizmente você mente muito, a gente nunca sabe se é verdade ou golpe. Não me esqueço do que você falou do corte de 30cm, que depois falou que foi 50 cm, nas costas para tirar um tumor que virou cisto na traqueia", escreveu.

O escritor Olavo de Carvalho anunciou que vai sair do Twitter após a rede social apagar publicações em que ele divulgava "informações enganosas e potencialmente prejudiciais em relação à Covid-19". No Facebook, ele escreveu que estava "caindo fora" da plataforma, que definiu como a "Cracolândia da internet". A conta de Olavo no Twitter continua no ar, mas nada foi publicado desde a tarde da segunda-feira.

Em outra postagem no Facebook, o escritor mostrou que tinha recebido uma notificação de que o Twitter tinha limitado temporariamente algumas funções de sua conta no site.

##RECOMENDA##

De acordo com o aviso da plataforma, Olavo violou "a política de disseminação de informações enganosas e potencialmente prejudiciais relacionadas à Covid-19".

Desde maio do ano passado, o Twitter passou a adicionar alertas a tuítes que disseminavam dados enganosos ou questionáveis sobre o novo coronavírus, especificamente "conteúdos que vão diretamente contra orientações para Covid-19 advindas de fontes oficiais em saúde pública de todo o mundo". A plataforma deleta as publicações que entende que podem causar danos mais graves.

Sobre os tuítes de Olavo de Carvalho, a empresa comunicou que "o Twitter tem regras que determinam os conteúdos e comportamentos permitidos na plataforma, e violações a essas regras estão sujeitas às medidas cabíveis".

No sábado (16), um tuíte do Ministério da Saúde recebeu a marcação de "potencialmente prejudicial". A publicação estimulava a adoção de um "tratamento precoce" contra a Covid-19, mas não há respaldo científico para isso. Na véspera, um tuíte do presidente da República, Jair Bolsonaro, com conteúdo similar também recebeu um alerta na plataforma.

O 'guru' do bolsonarismo fez um apelo ao próprio presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o estimulou a largar a faixa presidencial, nesta quarta-feira (25). Olavo de Carvalho ainda comparou o mandatário aos ex-ditadores Hitler e Stalin, antes de sugerir que o momento é ideal para a renúncia.

“Bolsonaro: Se você não é capaz nem de defender a liberdade dos seus mais fiéis amigos, renuncie a vá para casa antes de perder o prestígio que em outras épocas soube merecer”, recomendou o professor de Filosofia. Em outra publicação, ele generalizou sua queixa: "o número de canalhas nas classes altas do Brasil é EXCESSIVO E INTOLERÁVEL"

##RECOMENDA##

Focado na privação da liberdade, o personagem alegórico da direita brasileira disse que o cartaz dado por Bolsonaro às obras públicas é uma atitude "porca" (sic). "Obras públicas até Hitler e Stalin faziam, e ninguém fez tantas quanto eles. Gabar-se de obras públicas enquanto se deixa a liberdade ser esmagada é a atitude MAIS PORCA que um governante pode tomar" (sic), disparou. 

Após a repercussão negativa, ele se retratou em outro post e criticou os seguidores. "Filhos da puia do Anta: Não pedi renuncia nenhuma, pus a coisa no condicional, mas vocês não sabem ler e não querem aprender", escreveu.

[@#video#@]

LeiaJá também:

--> Olavo de Carvalho volta atrás e desaprova Regina Duarte

--> Olavo de Carvalho: não me meto mais na política brasileira

--> Olavo de Carvalho diz que teve conta no Paypal fechada

O desembargador José Acir Lessa Giordani, da 12ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, negou pedido do escritor Olavo de Carvalho para suspender o pagamento de indenização de R$ 2,9 milhões ao cantor Caetano Veloso. O valor corresponde à multa imposta pela Justiça após o guru bolsonarista desobedecer uma liminar e manter no ar publicações que acusam o artista de pedofilia.

A ação foi movida em 2017 pelo cantor baiano, que cobrou indenização por danos morais por um post feito por Olavo de Carvalho. À época, o escritor acusou Caetano de pedofilia por causa de seu romance com a produtora Paula Lavigne - o relacionamento entre os dois começou quando Paula tinha 13 anos e Caetano, 40. O caso foi aceito pela Justiça, que condenou Olavo a excluir a publicação e pagar R$ 40 mil em indenizações.

##RECOMENDA##

Olavo, no entanto, não deletou os posts mesmo após ter sido pessoalmente intimado nos Estados Unidos, onde reside. A liminar havia previsto que, em caso de descumprimento, uma multa diária de R$ 10 mil seria fixada - por causa disso, a quantia chegou ao valor milionário atual.

Em outubro, a Justiça do Rio condenou Olavo a quitar em até quinze dias a multa, agora estimada em R$ 2,9 milhões, e fixou que, em caso de descumprimento, haverá um acrescimento de 10% do valor. Desde então, o escritor apresenta recursos para adiar ou suspender o pagamento.

Em caráter liminar, o pedido foi negado por ausência de requisitos legais que justificariam o pleito. O recurso agora deve ser apreciado pelo colegiado da 12ª Câmara Cível do Rio.

COM A PALAVRA, OLAVO DE CARVALHO

Até a publicação desta matéria, a reportagem buscou contato com a defesa de Olavo de Carvalho, mas sem sucesso. O espaço permanece aberto a manifestações.

A influência exercida pelo "guru" do bolsonarismo, Olavo de Carvalho, não é mais a mesma. O astrólogo da Virginia (EUA) comprou briga com governistas, perdeu espaço no Ministério da Educação, fez críticas ao presidente e, nos últimos meses, também passou a viver um ocaso financeiro. Ele é o principal alvo da nova etapa de campanha do Sleeping Giants, movimento que pressiona empresas a retirarem patrocínios de páginas com conteúdos que classifica como de ódio e desinformação. O grupo já conseguiu levar mais de 250 companhias a desassociarem suas marcas de conteúdos produzidos por Olavo.

O escritor, referência da extrema-direita brasileira, chegou a perder cerca de 30% dos alunos que pagavam para receber aulas de seu "seminário de filosofia" via PayPal, uma das companhias que o baniu. Agora, o Sleeping Giants direciona seus esforços para secar uma das principais fontes remanescentes de receita do escritor.

##RECOMENDA##

O movimento orienta seus quase 400 mil seguidores os caminhos para que bombardeiem com reclamações as caixas de mensagem de executivos da CPP Investments. A firma canadense é acionista da PagSeguro, empresa brasileira que não cedeu à pressão e mantém a conta pela qual Olavo arrecada com a venda de cursos. Até o início da semana passada, 10 mil pessoas haviam enviado mensagens, de acordo com o movimento.

A versão brasileira do Sleeping Giants se apresenta como um coletivo e não revela a identidade das pessoas que o conduzem. Ao Estadão, o grupo ressaltou que Olavo de Carvalho é, para eles, a figura que mais contribui para a radicalização da sociedade por conta do "conteúdo odioso" que propaga.

Olavo de Carvalho já usou seus canais e cursos para negar a existência do novo coronavírus, recomendar que as pessoas não vacinem seus filhos porque elas "matam ou endoidam", atacar religiões, minimizar caso de estupro, defender prisão "sem direito de falar" para ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e até recomendar que jornalistas sejam tratados "a ponta pé, como um cachorro".

Diante da ofensiva do Sleeping Giants, o escritor sentiu a pressão e pediu ajuda aos súditos. No fim de outubro, fez uma série de publicações com queixas contra as ações do site. Pediu para que seus alunos, leitores e amigos escrevam ao PayPal em protesto contra o bloqueio que lhe foi imposto e ao PagSeguro, com pedido para que a empresa não tome a mesma decisão.

Sobrou até para o chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência. "General Heleno, a sua querida Abin (Agência Brasileira de Inteligência) vai investigar as operações de boicote financeiro e intimidação realizadas por organizações comunoglobalistas contra aliados do governo? Vai nada".

Processo

A intensificação da campanha contra as receitas de Olavo coincide com a cobrança de uma dívida robusta. O "guru" foi processado pelo cantor Caetano Veloso, em 2017, por publicações que acusavam o artista de pedofilia. No mesmo ano, a Justiça do Rio determinou a remoção dos posts, sob pena de multa diária de R$ 10 mil. Olavo descumpriu a determinação e o valor alcançou, neste mês, R$ 2,9 milhões.

A decisão que o intimou a pagar a dívida é de 10 de outubro. O prazo vence nos próximos dias. Enquanto isso, ele aguarda o julgamento de recurso ao Tribunal de Justiça do Rio para rediscutir o valor. Caso perca a apelação e não faça o pagamento, poderá ter bens penhorados.

Paralelamente, empresários liderados por Luciano Hang, aliado do bolsonarismo, preparam uma "vaquinha" para socorrer o escritor. A oferta de amparo surgiu no contexto de um vídeo, de junho, no qual Olavo esbravejou contra o suposto desinteresse do presidente Jair Bolsonaro em defendê-lo. "Bolsonaro, o que ele fez para me defender? Bosta nenhuma! Chega lá, me dá uma condecoraçãozinha… enfia essa condecoração no seu c...", disse. "Essas multas que esses caras estão cobrando de mim vão me arruinar totalmente."

Desde a gestão de Ricardo Vélez na Educação, Olavo exercia forte influência na pasta. Após Milton Ribeiro assumir a função no lugar do também olavista Abraham Weintraub, duas pessoas que gozavam da plena simpatia do escritor foram demitidas: a secretária da educação básica, Ilona Becskeházy, e o assessor especial Sérgio Sant'Ana. A última demonstração de insatisfação de Olavo com o presidente foi no fim de setembro, quando ele usou as redes sociais para referir-se a Bolsonaro como "ingrato". O distanciamento entre ambos coincide com a consolidação da aliança do presidente com o bloco dos partidos do Centrão e setores que antes criticava.

A reportagem procurou Olavo de Carvalho mas não teve resposta. A canadense CPP Investments também não se manifestou, assim como a PagSeguro. 

O escritor Olavo de Carvalho foi condenado a pagar em até 15 dias R$ 2,9 milhões a Caetano Veloso, pela juíza Renata Gomes Casanova de Oliveira e Castro, da 50ª Vara Cível, do Rio de Janeiro. A multa se deve ao não cumprimento de uma liminar para que Carvalho removesse as acusações de pedofilia postadas em suas redes sociais contra o cantor, em 2017, e pelas quais acabou condenado.

Se não houver o pagamento voluntário, haverá acréscimo de multa de 10%, bem como protesto de título judicial, informou o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). A liminar para a remoção das postagens nas redes sociais foi deferida em novembro de 2017. A ordem deveria ser cumprida em 48 horas, sob pena de multa diária de R$ 10 mil. Mas, apesar de ter sido pessoalmente intimado em sua casa, nos Estados Unidos, em fevereiro do ano passado, o escritor não apagou as publicações.

##RECOMENDA##

A ação movida por Caetano Veloso foi julgada procedente em setembro do ano passado. O chamado "guru da direita brasileira", que ganhou maior notoriedade pela proximidade com a família do presidente Jair Bolsonaro, foi condenado a retirar as postagens ofensivas e a pagar, na época da sentença, R$ 40 mil por danos morais. A ação já transitou em julgado - não cabendo mais recursos quanto ao seu mérito.

O valor da ação referente à condenação pelos danos morais foi atualizado e depositado judicialmente em agosto, no valor de R$ 65.966,78. Mas Carvalho ainda tenta impugnar o valor da multa e interpôs um agravo de instrumento que será julgado pela 12ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, ainda sem data prevista.

Olavo de Carvalho, apontado por muitas pessoas como o guro do presidente Jair Bolsonaro, segue utilizando suas postagens no Facebook para expressar opiniões, muitas delas com cunho político. Nessa terça-feira (9), por exemplo, Carvalho criticou parte dos apoiadores de Bolsonaro e, em outro post, mencionou o ex-presidente Lula.

Na rede social, Olavo de Carvalho sugeriu coerência aos bolsonaristas e indicou que parte deles pertence a uma ala “psicótica”. “Pertenço à torcida do Bolsonaro, mas não à ala psicótica dessa torcida -- aquela que grita entusiasticamente que ele está revolucionando tudo, criando um novo Brasil, e ao mesmo tempo choraminga que ele é um coitadinho desprovido de todo poder, proibido até de dizer umas palavrinhas em favor de seus devotos apoiadores perseguidos, presos e humilhados. Um pouquinho de coerência não faz mal a ninguém”, opinou.

##RECOMENDA##

Sobre o líder petista, o professor escreveu: “Lamento informar, mas no tempo do Lula havia mais liberdade para os conservadores”. Após a opinião, um dos internautas comentou que algumas pessoas poderão pensar que Carvalho passará a apoiar Lula. Outro seguidor de Olavo postou que, na época da presidência lulista, “os conservadores estavam intimidados pelo politicamente correto, espiral do silêncio”.

LeiaJá também

--> Lula acusa Bolsonaro de 'cometer um crime de lesa-pátria'

Os enredos são desconcertantes. Nos Estados Unidos, uma adolescente de 14 anos – virgem, frisa a mensagem – teria engravidado após ser vacinada contra a gripe. Numa outra versão do relato, as meninas são mexicanas e têm entre 11 e 17 anos. Nesse caso, a culpa pela gravidez é atribuída à vacina contra o HPV.

Com variações, narrativas falsas como essas – sem nenhuma comprovação científica – se disseminam pelas redes, dando sustentação ao discurso do movimento antivacina. No entanto, um estudo que investigou as postagens sobre vacina com maior engajamento nas redes sociais mostra a predominância de vozes favoráveis aos imunizantes. Os resultados apontam que há majoritariamente uma disposição pró-vacina (87,6%) e um forte interesse em temas ligados à saúde, ao desenvolvimento científico e às políticas de saúde. As fake news representaram 13,5% dos links com maior engajamento, o que, segundo os pesquisadores, é um dado preocupante relativo à desinformação sobre as vacinas.

##RECOMENDA##

“As fake news em saúde são, atualmente, um problema extremamente grave, pois prestam um desserviço à população”, avalia a pesquisadora Luisa Massarani, da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), uma das autoras do estudo. “É necessário estar atento a esse tipo de conteúdo, uma vez que as redes sociais podem ser usadas para reverberar as vozes de movimentos antivacina”, adverte.

Publicados em agosto na revista Cadernos de Saúde Pública, os resultados foram obtidos a partir da análise dos links mais compartilhados, curtidos e comentados no Facebook, Twitter Pinterest e Reddit no intervalo de um ano a partir de maio de 2018. Das cem páginas identificadas por meio de uma ferramenta de monitoramento digital (BuzzSumo), 11 estavam fora do ar no momento da análise, o que reduziu a amostra válida para 89 links.

Ainda que os dados indiquem uma menor prevalência das notícias falsas nos posts de maior engajamento ao longo do período analisado, Massarani alerta que elas podem estar presentes de uma maneira mais ampla nas redes sociais e, por isso, merecem atenção. Além disso, observa a pesquisadora, o problema das fakes news parece ter se intensificado com a pandemia da Covid-19, conforme mostram outros estudos em andamento.  

“O movimento antivacina pode estar atuando prioritariamente em grupos fechados no Facebook e no WhatsApp, e não em espaços públicos do Twitter e do Facebook. Nesse sentido, é necessário direcionar novas pesquisas que levem em consideração esses outros espaços midiáticos”, pondera Massarani, que conduziu o estudo ao lado de Tatiane Leal e Igor Waltz. Os três pesquisadores fazem parte do Instituto Nacional de Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia (INCT-CPCT). 

Mesmo entre os links com viés favorável às vacinas, o estudo constatou a presença de notícias falsas. Enquanto que as fake news antivacina foram sustentadas pelo argumento da “gravidez vacinal”, as notícias falsas pró-vacinação traziam questões relacionadas a sociedade, ciência e saúde pública, como é o caso do artigo Cuba produz vacina contra o câncer - Mais de 4 mil pessoas já foram curadas por ela!, publicada no blog Papo Reto?. Apesar de o título falar na “cura” da doença, o corpo do texto indicava que, na verdade, o medicamento havia possibilitado a melhora de sintomas e o prolongamento do tempo de vida dos pacientes.  

Fact checking: preocupação com veracidade gera engajamento 

Outra evidência da circulação de notícias falsas nas redes sociais, aponta a pesquisa, é a consequente presença de conteúdos de fact checking, que desmentem informações equivocadas. A análise identificou sete matérias com esse perfil, publicadas por órgãos de imprensa, sites especializados em checagem de fatos, além de uma página institucional e outra de comentário político. De acordo com os autores do estudo, essa constatação mostra que a preocupação com a veracidade e a correção das informações também é um fator de engajamento nas redes sociais. 

“Compreender como esses temas circulam e quais geram maior engajamento por parte dos diferentes públicos pode contribuir na implementação de iniciativas de divulgação científica que sejam mais atraentes e eficazes para os distintos setores da sociedade”, observa Luisa Massarani, atual coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde da COC/Fiocruz e do INCT-CPCT . 

Anualmente, as vacinas são responsáveis por evitar de 2 a 3 milhões de mortes, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, segundo o Ministério da Saúde (MS), todas as vacinas destinadas a crianças menores de dois anos de idade têm apresentado queda na cobertura desde 2011. Dados de 2018 indicam que a cobertura vacinal contra a poliomielite, por exemplo, foi reduzida para 86,3%. O país, que já foi considerado livre do sarampo, perdeu o certificado de erradicação da doença em 2019. Uma das causas é a queda da cobertura vacinal em 20%, aponta o MS.  

Institutos de pesquisa: índices de interação baixo ou nulo

De acordo com o estudo, 42,7% (38) dos links sobre vacinas que despertaram mais interesse dos usuários estavam relacionados a temas de saúde e ciência. Nessa categoria, a abordagem destacou, principalmente, pesquisas para novos imunizantes, novos usos para aqueles já conhecidos e a segurança dessas preparações. Outro campo com presença significativa foi o das políticas de saúde, com 28,1% (25 links), incluindo debates sobre promoção e ampliação da cobertura vacinal e as preocupações em torno das metas de vacinação.  

Apesar do engajamento significativo dos usuários a temas relacionados à pesquisa científica em saúde, poucas interações foram atribuídas aos institutos de ciência e saúde, apontou o estudo. Em relação aos órgãos governamentais ligados às áreas de ciência e tecnologia, o resultado foi ainda pior: páginas de ministérios, agências reguladoras, secretarias municipais e estaduais e entidades de fomento à pesquisa não foram identificados entre os links mais curtidos, comentados e compartilhados.  

“Vacinas e o desenvolvimento de novos imunizantes despertam interesse dos usuários das redes sociais, mas as instituições acadêmico-científicas têm uma participação limitada em pautar estas conversações de maior engajamento”, afirma Massarani.  

Veículos jornalísticos geram maiores interações sobre vacinas nas redes

O predomínio de conteúdo produzido por veículos jornalísticos foi outra constatação do estudo. Os links analisados indicaram a presença de um total 63 veículos na web, dos quais 45 foram classificados como “profissionais”, isto é, aqueles que possuem uma política editorial clara e identificável, dentre outras características. Desses, mais da metade eram órgãos de imprensa. Apenas três links coletados apontavam para sites de instituições acadêmico-científicas: um da área médica e dois educacionais.  

Massarani avalia que a presença de institutos de pesquisa no debate sobre vacinas nas redes pode ser ampliada, embora seja necessário investir recursos financeiros e humanos para iniciativas de qualidade que permitam alto engajamento. “Os órgãos de ciência e saúde e instituições governamentais devem investir em iniciativas neste âmbito para ampliar a interação com o público, já que possuem um papel relevante nesse diálogo entre ciência e sociedade”, destaca.

Da Fiocruz

O aborto autorizado pela Justiça em uma vítima de estupro, de apenas 10 anos, acalorou o debate sobre a interrupção da gravidez. Olavo de Carvalho, o 'guru' da extrema direita, entrou na discussão e deu a entender que apoia os abusos sexuais ao afirmar que ter um bebê "é o sonho de toda menina", pois "já salta a etapa da boneca".

Em um vídeo que circula nas redes sociais, ao opinar sobre o aborto realizado sob protestos de fundamentalistas no Recife, o representante do bolsonarismo garantiu que "esse é o sonho de toda menina, ter um bebezinho. Por que elas brincam de boneca? Porque não dá pra ter um bebezinho. Se tiver o bebezinho direto, já salta a etapa da boneca. Tem que respeitar esse sentimento das crianças".

##RECOMENDA##

Olavo minimizou o estupro e disse que uma avó ou uma tia poderia ajudar a criar o bebê. Para fomentar seu entendimento, deu exemplo de uma suposta jovem índia, que foi estuprada aos nove anos, e atualmente "tá todo mundo feliz". 

Acompanhe

[@#video#@]

Os cursos online ministrados por Olavo de Carvalho não podem mais ser pagos por meio do Paypal, plataforma que atua na viabilização de pagamentos online. A informação foi divulgada pelo próprio Olavo em publicação nas redes sociais.

"Eis o tipo de debate democrático que os comunistas praticam: tanto se esforçaram, que conseguiram fechar a minha conta do Paypal.", escreveu o astrólogo em seu Facebook.

##RECOMENDA##

O anúncio feito por Olavo de Carvalho do fechamento de sua conta do Paypal ocorre após uma série de alertas feitos à empresa pelo Sleeping Giants Brasil, versão brasileira de um movimento que alerta empresas quando sua publicidade é veiculada em sites que veiculam desinformação ou conteúdo racista.

Nesta terça-feira, por exemplo, o perfil fez uma publicação no Twitter, na qual marcou os perfis do Paypal e da PagSeguro e pediu que as empresas "apliquem os seus termos de uso e parem de lucrar com fake news e discurso de ódio". Ao longo das últimas semanas, o perfil fez pelo menos sete publicações sobre este caso.

Questionado por um de seus seguidores se, mesmo assim, ele conseguiria receber pagamento pelos seus cursos por outros meios, Olavo respondeu que "sim, obrigado". No site de venda de seus cursos, ainda consta como possibilidade realizar pagamentos por meio da plataforma Pag Seguro.

Procurado pela reportagem, o Paypal afirmou ter o compromisso de "revisar diligentemente qualquer usuário" para garantir que os serviços da empresa sejam usados de acordo com "política de uso aceitável". A empresa, no entanto, não forneceu detalhes sobre o caso específico.

Leia a nota do Paypal:

Como sempre, temos o compromisso de revisar diligentemente qualquer usuário do PayPal para garantir que nossos serviços sejam utilizados de acordo com nossa política de uso aceitável. O PayPal avalia cada situação de forma independente e com base em nossos próprios processos de revisão e análise interna. Embora não possamos fornecer detalhes sobre contas de clientes de acordo com a política da empresa, se tomarmos conhecimento de atividades que violam a política, tomaremos as medidas apropriadas.

Ex-ministro da Secretaria de Governo de Jair Bolsonaro (sem partido), o general da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz acionou o Tribunal de Justiça do Distrito Federal contra o escritor Olavo de Carvalho. Santos Cruz pede indenização por ofensas expostas nas redes sociais. 

Entre as afirmativas contra o general publicadas por Olavo no Twitter, a ação trata diretamente sobre o momento em que o guru bolsonarista chamou o general de "bosta engomada", "bandidinho" e "gente sem caráter". "O Santos Cruz é a última esperança que os petistas têm de continuar mamando dinheiro do governo", chegou a escrever o filósofo.

##RECOMENDA##

Além de Olavo, outros dois bolsonaristas também são alvo da ação: Maria Tereza Zappi e Manoel Magalhães dos Santo Gontijo. Segundo o Uol, Maria Tereza disse que o general é um "louco", que "não consegue ser homem sem uma farda por trás lhe dirigindo". Já Gontijo chamou o general de "vagabundo" e de "figura grotesca do passado". O ex-ministro cobra um total de R$ 140 mil pelas ofensas.

Mais de duas toneladas de materiais de combate ao coronavírus foram doadas pelo embaixador chinês Yang Wanming ao Brasil, na última quinta-feira. A cerimônia online contou com a presença de parlamentares e assessores do governo. A ausência do chanceler Ernesto Araújo, porém, provocou incômodo, especialmente por se tratar de um parceiro comercial importante para o País. Essa postura do chanceler tem desagradado a políticos aliados e a integrantes do próprio governo, que buscam convencer Jair Bolsonaro a desmontar um dos últimos bunkers ideológicos da sua gestão como saída para melhorar a péssima imagem que o mundo tem hoje do seu governo.

O presidente da Frente Parlamentar Brasil-China, deputado Fausto Pinato (PP-SP), não perdoou a falta de Araújo no encontro organizado há dois meses. O chanceler foi representado pelo diretor da Agência Brasileira de Cooperação, embaixador Ruy Pereira. "Apareceram três diplomatas. Um representando o Itamaraty; outro, o Ministério da Saúde e um terceiro, a Vice-Presidência. O senhor Ernesto Araújo não foi", contou Pinato, que participou da videoconferência. "Esse cara vai quebrar o País. A Europa e até Israel já o criticaram. Estamos sendo mal vistos na questão do meio ambiente e ele não tenta ajudar. Tem que buscar investimentos fora, botar esses embaixadores para trabalhar, mas ele só fica preso na parte ideológica."

##RECOMENDA##

Em março, o chanceler já havia se envolvido em uma polêmica diplomática com o próprio Wanming, ao exigir retratação do embaixador, que publicou texto rebatendo declarações do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). O imbróglio ocorreu porque o filho do presidente acusou a China de ter omitido informações sobre a Covid-19. Wanming reagiu dizendo que Eduardo tinha contraído "vírus mental" ao voltar de Miami, nos Estados Unidos.

A falta de interlocução do Itamaraty com o parceiro chinês também ocorre com outro país asiático. Desde que recebeu as credenciais do presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto, em 6 de abril, o embaixador do Irã no Brasil, Hossein Gharibi, já teve videoconferências com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o vice-presidente, Hamilton Mourão. Ainda não pediu encontro com Ernesto Araújo, devido à sintonia do chanceler com o olavismo-trumpismo.

Não faltou oportunidade. No dia 7 de junho, por exemplo, ele organizou uma festa para comemorar 60 anos de abertura da embaixada, a primeira representação estrangeira a se instalar em Brasília. O evento foi prestigiado apenas por políticos locais.

Nos bastidores, Mourão e Tereza Cristina são vistos como chanceleres paralelos. Tanto é assim que a ministra da Agricultura procurou o embaixador chinês na quarta-feira, assumindo uma interlocução direta para resolver o problema de frigoríficos que tiveram a venda suspensa para a China.

A pressão para a substituição do chanceler não é de hoje, mas se intensificou com a demissão de Abraham Weintraub do Ministério da Educação. A avaliação de parlamentares e da ala mais moderada do governo, que vê seu trabalho prejudicado pelas ações do Itamaraty, é que seria o momento oportuno para Bolsonaro se livrar dos representantes do olavismo.

Prestação de contas

Após o Estadão revelar o movimento na última semana, o deputado bolsonarista Filipe Barros (PSL-PR) respondeu assim a um internauta que o censurou por compartilhar a notícia. "Se eu estou dando crédito é porque estou em Brasília e sei que a história é verdadeira. Simples assim." Ciente da ameaça ao seu cargo, o chanceler solicitou a todas as chefias do Itamaraty, em caráter de urgência, a prestação de contas de sua gestão.

O embaixador Paulo Roberto de Almeida publicou em um site na internet que a urgência em preparar o relatório mostra a preocupação do ministro em não ser defenestrado. Almeida afirmou que, entre as "realizações" do chanceler, está a promoção de uma "revolução hierárquica e gerencial" no Itamaraty, que afastou dos postos de chefia experientes embaixadores, colocados sob as ordens de ministros de segunda classe. Procurado pela reportagem, o Itamaraty não se pronunciou.

Por enquanto, Bolsonaro ainda resiste em trocar o auxiliar. A empresa AP Exata, que analisa as redes sociais, identificou que parte dos eleitores do presidente o acusa de abandonar a pauta ideológica. Os que o escolheram apenas por rejeitar o PT, porém, acham que Ernesto prejudica as exportações do País e deve ser substituído.

Palestras

O ministro tem aberto as portas do Itamaraty para blogueiros que hoje são investigados no Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito das fake news. Allan dos Santos e Bernardo Küster, além de outros 16 ícones do olavismo, passaram a ocupar as mesas de debate da Fundação Alexandre de Gusmão (Funag), vinculada ao Itamaraty. Antes, o espaço só recebia diplomatas, acadêmicos e observadores com larga experiência em relações internacionais.

Nas palestras, os blogueiros apresentam visões positivas sobre o conservadorismo, o nacionalismo e os Estados Unidos.

Um dos investigados pelo STF, o youtuber Bernardo Küster chegou a prever em sua palestra que, em breve, os brasileiros passariam a comer morcegos, cachorros, pombos, gatos e até ratazanas, segundo ele, por falta do que comer, uma consequência do "comunismo".

Nos bastidores do Itamaraty, diplomatas demonstram constrangimento com o nível das discussões, consideradas "medíocres". A palestra de Allan dos Santos fez corar funcionários experientes. Santos chamou a atenção para uma "contradição" entre medidas de combate à pandemia do novo coronavírus e a política de imigração. E comparou o grupo de blogueiros bolsonaristas aos jornais alternativos de resistência ao regime militar.

Os blogueiros não receberam cachê da Funag. Os eventos fazem parte de um ciclo de seminários e conferências intitulado "A conjuntura internacional no pós-coronavírus". Na prática, quase não há debate, mas, sim, concordância entre os participantes, sem pluralidade. Um seminário sobre "globalismo", com participação do chanceler, será transformado em livro, editado também em inglês.

3 perguntas para...

Bernardo Küster, jornalista e youtuber

1.O que o senhor acha sobre o espaço aberto na Funag para conservadores?

Finalmente a diplomacia brasileira está dando voz à maioria da população brasileira, que é conservadora.

2.O sr. tem formação ou desempenha atividade de relações internacionais?

Estudei política internacional na Universidade de Ferrara (Unife), na Itália, e, como jornalista, produzo análises para colegas no exterior, para meu canal no YouTube e para o jornal Brasil Sem Medo (site de notícias criado por Olavo de Carvalho).

3.O senhor é citado no inquérito do STF sobre fake news. Tem alguma consideração a fazer?

Não tive acesso à íntegra do processo, o que cria uma série de embaraços na defesa e não me permite concluir do que sou supostamente acusado. Minha assessoria jurídica reputa ilegal e inconstitucional o inquérito. 

Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, apelou a um grupo de empresários solicitando recursos para Olavo de Carvalho em um grupo de WhatsApp. Há dez dias, Hang foi um dos alvos de busca da Polícia Federal no âmbito do inquérito das Fake News, no qual é um dos investigados. "Temos que ajudá-lo financeiramente. Está chateado, precisa de mais ajuda para continuar lutando pelo Brasil", escreveu Hang.

Ele foi contestado. Uma pessoa respondeu: "Pede para ele vir ao Brasil, então. De longe, é fácil." Outra reagiu: "Deve estar ficando louco." "Ele vive de criar polêmica. Em cada uma criada, ele consegue vender cursos online para incautos. Vejo como má-fé", disse um terceiro participante do grupo.

##RECOMENDA##

O escritor Olavo de Carvalho, considerado "guru" do bolsonarismo, fez uma série de postagens das redes sociais na madrugada desse domingo com críticas ao presidente Jair Bolsonaro, de quem é aliado. Em vídeo, afirmou que Bolsonaro não é seu amigo, não o defende de uma suposta milícia digital e pode ser processado por prevaricação, já que presencia crimes e "não faz nada". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após repercussão das críticas de Olavo de Carvalho a Jair Bolsonaro em vídeo,  o escritor usou sua conta no Facebook para dizer que continua apoiando o presidente da República. “Ainda estou do lado do Bolsonaro”, escreveu o guru bolsonarista.

“Lutarei por ele com todas as minhas armas. Mas ele que não espere mais de mim palavras doces que só podem ajudá-lo a errar”, completou Olavo de Carvalho.

##RECOMENDA##

No vídeo, Olavo de Carvalho diz que Bolsonaro não foi seu amigo por não defendê-lo de um "gabinete do ódio contra Olavo", que existe, segundo o guru, há décadas. O influenciador da ala ideológica do governo também disse que Bolsonaro não combate os crimes que presencia.

"Você não está agindo contra os bandidos. Eles cometem o crime, você presencia em flagrante e não faz nada contra eles. Isso se chama prevaricação. Quer levar um processo de prevaricação de minha parte? Esse pessoal não consegue derrubar o seu governo, eu derrubo. Continue inativo, continue covarde... Eu derrubo essa m* do seu governo. Quantos crimes contra o Olavo você investigou, Seu Bolsonaro?”, questionou o escritor.

A fala de Olavo de Carvalho na madrugada virou um dos assuntos mais comentados do Twitter. "Quanto mais frágil o governo ficar, mais Bolsonaro será chantageado pelos comparsas. A prova é Olavo com esse discurso", disse o senador Eliseu Neto (Cidadania) no Twitter. O deputado federal e ator Alexandre Frota (PSDB) também comentou o vídeo. "Olavo cobrando ação do Bolsonaro está querendo incendiar as manifestações de hoje. O mito se deixa influenciar muito fácil", disse.

[@#video#@]

Um vídeo compartilhado nas redes sociais, neste domingo (7), revela críticas de Olavo de Carvalho a Jair Bolsonaro. Apontado como o "guru" do presidente, o professor também reclamou de processos judiciais contra ele e alegou que pode derrubar Bolsonaro do poder.

A fala de Olavo seria um comentário sobre uma aula. Ele é conhecido por ministrar conteúdos da sociologia e filosofia para alunos nos Estados Unidos. Em tom crítico, Olavo disse: “Nunca houve contra um cidadão particular um massacre jornalístico e judiciário desse tamanho. Nunca aconteceu, meu Deus do céu. Nem contra líderes revolucionários, nem contra narcotraficantes. Milícia, gabinete do ódio, existe há muito tempo. Foi inventado contra mim, não contra o Bolsonaro. E o Seu Bolsonaro, o que ele fez para me defender? Bosta nenhuma! Se você não é capaz de me defender contra essa gente toda, eu não quero a sua amizade”. O professor não deu detalhes sobre os responsáveis pelos processos judiciais.

##RECOMENDA##

O escritor continuou sua fala, desta vez com enfoque maior contra o presidente brasileiro: “Eu fui seu amigo, mas você nunca foi meu amigo. Você só tira proveito e devolve o quê? Só essas multas que os caras estão cobrando de mim, é para arruinar totalmente. Como vou sobreviver nos Estados Unidos sem um tostão furado? Se eu não posso remunerar meu trabalho, vou viver de quê?”. Olavo de Carvalho cobrou ajuda de Bolsonaro para responder aos processos, alegando que não reúne condições pessoais de se defender na Justiça.

Na continuação de sua fala, Olavo chegou a ameaçar que pode tirar o presidente do poder, além de o acusar de prevaricação. “Você não está agindo contra os bandidos. Eles cometem o crime, você presencia em flagrante e não faz nada contra eles. Isso se chama prevaricação. Quer levar um processo de prevaricação de minha parte? Esse pessoal não consegue derrubar o seu governo, eu derrubo. Continue inativo, continue covarde... Eu derrubo essa *m do seu governo. Quantos crimes contra o Olavo você investigou, Seu Bolsonaro?”, declarou o professor.

A fala na íntegra está no vídeo que circula nas redes sociais. Em alguns trechos, o material possui palavras chulas.

Nesse domingo (22), o escritor e filósofo Olavo de Carvalho, conhecido como 'o guru' do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), declarou que não existe morte ocasionada pela pandemia do coronarívus. Depois de dizer que a proliferação da doença é inverídica, ele foi duramente criticado na internet. O youtuber Felipe Neto usou o Twitter para rebater a fala de Olavo.

Na rede social, Felipe escreveu: "O lugar de Olavo de Carvalho é num manicômio. Ele informou aos seguidores de sua seita que não há nenhuma morte confirmada por coronavírus e que a epidemia é uma farsa. Esse é o guru do grupo bolsonarista no governo, o cara que influenciou tudo".

##RECOMENDA##

Usuários do microblog, que acompanham as postagens de Felipe Neto, concordaram com a posição dele sobre a declaração de Olavo de Carvalho. "Esse é um dos caras que manda no Brasil, para vocês compreenderem porque caminhamos para um desastre!", comentou um dos internautas.

[@#video#@]

O escritor Olavo de Carvalho, guru do bolsonarismo, deu informações falsas sobre o coronavírus durante transmissão ao vivo no YouTube, no domingo (22), para o canal Brasil Sem Medo. Durante a transmissão, ele diz que não há caso confirmado de morte por coronavírus no mundo, o que é uma mentira, e que a pandemia é "a mais vasta manipulação de opinião pública que já aconteceu na história humana."

O Brasil registra oficialmente, até o momento, 25 mortes pela Covid-19, sendo 1.546 casos confirmados da doença. Já foram contabilizadas mais de 15 mil mortes em decorrência da Covid-19.

##RECOMENDA##

"Você não tem um único caso confirmado de morte por coronavírus", mente no vídeo e acrescenta: "porque para confirmar você precisaria fazer o exame de cada órgão do falecido. Onde fizeram isso? Nunca fizeram nenhum."

Diz ainda o escritor: "O número de mortes dessa suposta epidemia não aumento em nem um único caso o número habitual de mortos por gripe no mundo. Nem um único caso, gente. Essa endemia simplesmente não existe."

O vídeo foi retirado do YouTube. "Este vídeo foi removido por violar as diretrizes da comunidade do Youtube", assinala a plataforma.

Enquanto o presidente Jair Bolsonaro era alvo de "panelaço" em várias cidades brasileiras, o guru do bolsonarismo, Olavo de Carvalho, foi à internet dizer que Bolsonaro comete "suicídio" ao "adaptar-se ao sistema". Morador da Vírgina, nos Estados Unidos, Olavo lamentou que "agora talvez seja tarde para reagir."

"Eleito para derrubar o sistema, o Bolsonaro, aconselhado por generais e políticos medrosos, preferiu adaptar-se a ele. Suicídio", escreveu o guru em seu perfil no Facebook.

##RECOMENDA##

Olavo disse também que, desde o início do governo, aconselhou Bolsonaro para que "desarmasse os inimigos antes de tentar resolver qualquer "problema nacional", mas ele preferiu fazer o contrário.

"Desde o início do seu mandato, aconselhei ao presidente que desarmasse os seus inimigos ANTES de tentar resolver qualquer problema nacional. Ele fez exatamente o oposto. Deu ouvidos a generais isentistas, dando tempo a que os inimigos se fortalecessem enquanto ele se desgastava em lacrações teatrais", escreveu. "Lamento. Agora talvez seja tarde para reagir", completou.

O guru disse que Bolsonaro nunca reagiu a seus adversários. "Que é que o Bolsonaro fez contra QUALQUER dos seus inimigos? NADA. NADA NUNCA. Só lhes deu umas agulhadinhas, irritando-os em vez de enfraquecê-los."

[@#video#@]

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando