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A proporção do mercado financeiro que avalia positivamente o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saltou de 2% em maio para 20% em julho, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (12). No período, a avaliação negativa sobre o governo caiu de 86% para 44%, e a avaliação regular subiu de 12% para 36%.

A mudança foi mais evidente na avaliação positiva sobre o trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que disparou de 26% em maio para 65% em julho. A proporção dos que consideram o trabalho de Haddad negativo passou de 37% para 11%, enquanto os que dão avaliação regular ao ministro diminuíram de 37% para 24%.

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Para 23% dos entrevistados, o fortalecimento de Haddad é o principal fator por trás da última rodada de melhora dos ativos domésticos - atrás apenas do movimento dos mercados internacionais, citado por 32%. Mais 20% mencionaram a atuação do Congresso e outros 20%, a atuação do Banco Central. Apenas 3% citaram medidas do governo Lula como razão para o desempenho.

A proporção dos que avaliam que o governo está preocupado com o controle da inflação avançou de 20% em maio para 34% em julho, enquanto a parcela dos que não veem essa preocupação recuou de 80% para 66%.

A pesquisa fez 94 entrevistas com fundos de investimento sediados nos Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro entre os dias 6 e 10 de julho. A amostra considerou 47% de gestores, 31% de economistas, 14% de traders, 5% de analistas e 3% de pessoas com outros cargos.

Trabalhadores que concluem cursos técnicos têm, em média, um salário 32% acima dos que possuem apenas o ensino médio tradicional. Além disso, a chance de se conseguir um emprego após terminar o ensino técnico também aumenta. Isso se confirma pela taxa de desemprego entre essa parcela de profissionais, que é de 7,2%, em média, contra 10,2% da parcela com ensino médio de currículo normal.

Esses dados constam na pesquisa “Potenciais efeitos macroeconômicos com expansão da oferta pública de ensino médio técnico no Brasil”, do Itaú Educação e Trabalho. O estudo gera debate sobre a formulação de programas e políticas públicas com a finalidade de se oferecer vagas à população.

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“A gente tem que parar de gostar só do jovem que sai de uma situação precária e vai para a Universidade de Harvard ou outro lugar de prestígio. A gente tem que valorizar a juventude inteira”, defende a superintendente do Itaú Educação e Trabalho, Ana Inoue, durante o evento de lançamento do relatório à imprensa, nessa segunda-feira (10).

A pesquisa mostra também que triplicar as vagas do ensino médio técnico traria como consequência um incremento de 2,32% no Produto Interno Bruto (PIB), gerado pela expansão de postos de trabalho e renda dos trabalhadores. Os autores da pesquisa averiguaram, ainda, que facilitar o acesso a esse tipo de formação é uma possibilidade de reduzir a desigualdade de rendimentos entre os mais pobres e os mais ricos, o que se pode mensurar por meio do Índice de Gini, que passaria de 0,58 para 0,55.

Outro ponto em destaque é que, entre países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a Educação Profissional e Tecnológica (EPT) forma um terço (32%) dos alunos do ensino médio. No Brasil, tal diploma é obtido por apenas 8% dos estudantes desse nível de escolaridade.

Evasão escolar

Um dos principais motivos para que os brasileiros deixem de frequentar a escola é a necessidade de trabalhar, de acordo com dado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da seção sobre educação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada em julho de 2020. O que se averiguou foi que essa é razão para 39,1% dos jovens com idade entre 14 e 29 anos.

Outro dado do IBGE, esse de 2017, revela que, em 2014, mais de 40 milhões de pessoas gostariam de fazer algum curso de qualificação profissional, categoria que engloba o curso superior de tecnologia e o técnico de nível médio. Contudo, o contingente com 15 anos de idade ou mais que os frequentava era de apenas 2,2% (3,4 milhões de pessoas). Outros 15,6%, correspondentes a 24,7 milhões de pessoas, já os tinham frequentado anteriormente. A maioria (94,5%) cursou presencialmente.

Uma nova pesquisa científica desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical da UFPE deu origem a dois artigos que trazem informações importantes sobre pessoas idosas diagnosticadas com HIV.

O estudo foi conduzido pela médica auditora e preceptora da Residência Médica em Geriatria do Hospital das Clínicas (HC) da UFPE, Isaura Romero Peixoto, e constatou um processo de envelhecimento precoce nesses indivíduos, que pôde ser identificado por meio de uma estimativa de idade biológica utilizando inteligência artificial, bem como a baixa contagem de linfócitos T CD4+, disglicemia (pré-diabetes e diabetes) e uso de cannabis como fatores associados ao problema.

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Além de Isaura, a professora Heloísa Ramos Lacerda e a doutoranda Ladjane Santos Wolmer de Melo também participaram do desenvolvimento da pesquisa.

Os artigos são “Factors associated with early biological aging in older people with HIV (Fatores associados ao envelhecimento biológico precoce de idosos com HIV)” e “Older people living with HIV and antiretroviral therapy: The prevalence of dysglycemia and risk factors (Idosos vivendo com HIV e antiretroviral: a prevalência de disglicemia e fatores de risco)”. 

Eles foram apresentados nos congressos Advanced Cardiology & Cardiovascular Research (Reino Unido), Advances in Clinical Research & Trials (Reino Unido) e Future of Preventive Medicine & Public Health (Espanha), renomados eventos internacionais ocorridos em março deste ano.

O estudo ainda envolveu a análise de dados de uma amostra de pessoas vivendo com HIV/aids e estão em tratamento com Terapia Antirretroviral (TARV), que são atendidos em ambulatórios especializados do Hospital Universitário Oswaldo Cruz da Universidade de Pernambuco (UPE) e do Hospital das Clínicas da UFPE, uma unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

O Boletim Epidemiológico HIV/Aids publicado pelo Ministério da Saúde, em dezembro de 2022, reforça o aumento da infecção entre a população envelhecida. Mesmo com a pandemia da covid-19, foram registrados 1.517 casos de HIV entre os brasileiros mais velhos em 2021, representando um aumento em relação ao ano anterior (2020), quando mais de 1.200 pessoas idosas foram diagnosticadas com a infecção.

“Estudos apontam como causas para esse evento a falta de informação por parte das pessoas idosas, decorrente do fato dos profissionais de saúde acharem que as pessoas idosas são assexuadas”, diz a médica Isaura.

A pesquisadora, por sua vez, ainda ressalta que a falta de uso de preservativo por pessoas idosas é uma das causas da infecção pelo HIV, assim como a persistente crença de que o vírus afeta exclusivamente pessoas homossexuais, destacando a utilização de uma abordagem mais abrangente para esse público.

“Estudos como esses alertam para a necessidade de campanhas de prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) que envolvam pessoas com 60 anos ou mais. Precisamos dar visibilidade à pessoa idosa”, acrescenta.

Da assessoria da UFPE

Nove em cada dez empresas brasileiras têm motivação para se engajar em uma jornada de descarbonização e conseguem calcular parte de suas emissões de carbono. O maior desafio nesse processo é a falta de regulamentação clara sobre o assunto. É o que mostra estudo realizado pelo Conselho Empresarial Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável (Cebds) e pelo Boston Consulting Group (BCG) com 53 grandes empresas de setores como agronegócio, transporte, saneamento, mineração e energia.

"Essa percepção é de grandes empresas. Ter 92% motivados com jornada net zero (compromisso de reduzir as emissões de gases de efeito estufa) é um número grande. Atribuo muito ao fato de as altas lideranças perceberem as implicações das vantagens que têm em estar no Brasil, com matriz limpa e alta diversidade. O mundo inteiro tem, e aqui não é diferente, a pressão de investidores. Mas além da pressão dos investidores há a percepção de que no Brasil isso é muito interessante", afirma a presidente do Cebds, Marina Grossi.

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O principal fator de pressão para o engajamento no assunto vem de dentro: em 75% das empresas, são os maiores líderes que cobram o envolvimento em uma jornada de descarbonização e 64% relatam que há pressão dos investidores pelo mesmo movimento.

"O primeiro ponto importante do estudo é ter um mapeamento objetivo do setor privado para chegar ao net zero. Parece trivial, mas não é. A surpresa positiva é esse crescimento grande das empresas que passam a ter compromissos ambientais, mas ainda há um caminho a percorrer", afirma Arthur Ramos, diretor executivo e sócio do BCG.

"Algo que ouvimos bastante dos executivos que entrevistamos: a venda interna na empresa costuma ser mais fácil quando você embala uma iniciativa de sustentabilidade no viés de oportunidade. Tem espaço a avançar mas já é uma realidade", afirma Jonas Kulakauskas, do Cebds.

A oportunidade identificada nas empresas é mais relevante do que o risco para engajamento na jornada. A primeira é apontada como fator considerado por 62% das companhias. A segunda, por 40%.

O número de empresas brasileiras comprometidas com a metodologia criada pelo SBTi (Science-Based Targets initiative), que monitora metas ou compromissos de redução de emissões aprovados, cresceu 16 vezes entre 2019 e 2022, colocando o Brasil entre os cinco países com maior quantidade de reportes do setor privado no mundo. No entanto, só 24% das emissões nacionais têm emissão reconhecida por empresas e, segundo os compromissos assumidos no SBTi, menos de 0,1% das emissões serão reduzidas até 2030.

DESAFIOS. No levantamento do Cebds e do BCG, as empresas respondem que políticas públicas têm alta importância para aumentar a atratividade de investimentos verdes e 97% dizem que o mais importante é a regulação econômica, com relação ao mercado de carbono, por exemplo. Também dizem (92%) que faltam marcos setoriais, incentivos fiscais (88%) e falta de controle governamental, como políticas contra desmatamento (88%).

O segundo maior desafio é a dificuldade de engajar a cadeia de fornecedores, segundo 49% das empresas. Está aí o obstáculo para medir as emissões de carbono. Só 20% dos que responderam ao trabalho conseguem engajar a cadeia de valor de forma abrangente.

As chamadas emissões do escopo 3, aquelas pelas quais as empresas são indiretamente responsáveis, são as mais difíceis de apurar, segundo os consultados.

As informações são do Estado de S. Paulo

Um estudo realizado pela plataforma Onlinecurrículo, com 700 brasileiros, sobre o avanço da inteligência artificial (IA) e o futuro das profissões, mostra que sete a cada dez pessoas, o equivalente a 75% dos entrevistados, esperam que algum tipo de profissão seja substituída por IA.

A pesquisa revelou que 16,8% não acreditam que essa substituição do trabalhador pela máquina pode acontecer, enquanto 47,3% acreditam que essa mudança será em apenas algumas profissões. Já 27,8% dos entrevistados defendem que a mudança será para várias áreas.

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“Sempre que uma nova tecnologia emerge no cenário mundial, é natural questionar seus efeitos no mundo do trabalho. Aconteceu a mesma coisa quando a internet chegou ao grande público, algumas décadas atrás”, explicou Amanda Augustine, especialista em carreiras da plataforma, segundo informações da assessoria de imprensa.

Os participantes também responderam quais as profissões mais prováveis de serem substituídas. Advogados, jornalistas, médicos e engenheiros tiveram menos de 10% das respostas, aparecendo como profissões menos ameaçadas pela inteligência artificial no momento.

Para a maioria das pessoas, o equivalente a 69%, a inteligência artificial irá afetar mais o trabalho de operadores de telemarketing. A profissão de caixa de supermercado e atendente de call center também foi bastante levantada, por 68% e 65% das pessoas, especificamente.

“É verdade que a IA tem capacidade de assumir algumas atividades, embora essa escala não seja tão definida no cenário atual. Talvez seja melhor pensar em como a tecnologia disponível tem condições de fazer com que as diversas profissões se aperfeiçoem”, defendeu Amanda.

No pensamento de ter a IA como aliada e não como ameaça, a plataforma também procurou saber o que os entrevistados gostariam de ter como suporte ou ajuda para melhorar seu desempenho no trabalho. Cerca de 41% das pessoas optaram por uma ferramenta que simplifica as tarefas para aumentar a produtividade.

Já 30% das pessoas responderam que gostariam de ter dispositivos à mão para resolver problemas diários do trabalho. Uma outra parcela, 39%, optou por dispositivos que ajudem a criar conteúdos de qualidade, como textos, por exemplo.

“Se a adoção da Inteligência Artificial resolver necessidades como essas, presentes nas empresas e na vida dos profissionais, então ela terá menos esse papel de substituição e mais de colaboração”, declara a especialista da Onlinecurrículo.

A plataforma Onlinecurrículo ouviu 700 pessoas de diferentes segmentos produtivos, diferentes faixas etárias, classes sociais e regiões do país. A pesquisa aconteceu entre os dias 14 e 21 de junho deste ano. A margem de erro da pesquisa é de 3.7 pontos percentuais.

A Associação Mensa Brasil, representante brasileira da global Mensa Internacional, a entidade voltada para o alto Quociente de Inteligência (QI) do mundo, divulgou uma nova pesquisa que mostra que o Brasil ultrapassou a marca de 500 crianças e adolescentes super inteligentes identificados.

Dados da organização mostram que os 534 jovens identificados estão, em sua maioria, em São Paulo, com 199 superinteligentes. O Rio de Janeiro fica em segundo lugar com 64 crianças e adolescentes, enquanto Minas Gerais fica em terceiro com 59.

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A região Norte possui 14 menores de idade com altas capacidades intelectuais, o Centro-Oeste possui 43 e o Nordeste tem 47. Já o Sul possui 90. O Sudeste lidera o ranking com o total de 337 jovens superinteligentes identificados.

No total de identificados de todas as idades, o Brasil já possui mais de 2,6 mil pessoas com alto QI. Um dos mais novos identificados pela Mensa Brasil tem apenas 3 anos de idade. Uma pessoa pode ser associada da organização após realizar laudos de  testes de inteligência, feitos por profissionais credenciados.

“Temos uma das maiores populações do planeta. Cerca de 2% dos habitantes do Brasil podem apresentar sinais de altas habilidades, com um QI muito acima da média. Porém, ainda não há um mapeamento abrangente destes indivíduos”, afirma Rodrigo Sauaia, presidente da Mensa Brasil.

Alguns sinais de QI alto nas crianças e adolescentes são, segundo a Mensa Brasil:

- Raciocínio rápido para resolver problemas.

- Boa memória de longo prazo; capta as informações e as recupera com facilidade quando necessário.

- Boa memória operacional; capta e processa diferentes tipos de informações ao mesmo tempo.

- Capacidade de diferenciar sons e visualizar detalhes em imagens com muita facilidade.

- Rápida curva de aprendizado; apresentando habilidades avançadas para a sua idade cronológica.

- Vocabulário avançado para a sua idade;

- Alfabetização precoce;

- Excelente desempenho em uma ou mais disciplinas em comparação a seus pares;

- Grande interesse por um assunto e especial dedicação a ele;

- Alto grau de curiosidade;

- Criatividade;

- Habilidade para adaptar ou modificar ideias;

- Facilidade em fazer observações perspicazes;

- Persistência ao buscar um objetivo;

- Comportamento que requer pouca orientação do professor;

- Liderança e autoconfiança.

O índice de obesidade entre jovens brasileiros de 18 a 24 anos cresceu cerca de 90% em apenas um ano. Dados de um estudo feito pela Universidade Federal de Pelotas (Ufpel) e pela organização global Vital Strategies, divulgados nesta quinta-feira, 29, mostram que, entre 2022 e 2023, o índice de jovens obesos saltou de 9% para 17,1% no país. Em números absolutos, no ano passado, 1,56 milhão de jovens entre 18 e 24 anos eram obesos, já em 2023, são 2,97 milhões.

A pesquisa indica uma série de fatores que podem ter contribuído para o quadro, como o baixo consumo de frutas e verduras, pouca prática de atividade física e tempo exagerado de uso de telas, como celulares e televisão. Para classificar uma pessoa como "obesa", o estudo, chamado Covitel, levou em consideração o Índice de Massa Corporal (IMC) maior ou igual a 30. O levantamento ouviu 9 mil pessoas maiores de 18 anos entre janeiro e abril de 2023. Os contatos foram feitos por telefone com moradores das capitais e do interior nas cinco regiões do país.

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O cenário desenhado pelos dados, segundo pesquisadores responsáveis, indica que a população brasileira ainda vive os reflexos da pandemia de covid. "O excesso de peso vem numa tendência de crescimento há muitos anos. Mas estamos saindo de uma pandemia, e essa população que hoje está com 18 anos, há três anos estava em plena adolescência, que é a época em que socialização é super importante, e ficou todo mundo dentro de casa, sem fazer atividade física, a saúde mental foi super agravada", explica Luciana Vasconcelos Sardinha, uma das coordenadoras da pesquisa e gerente sênior de Doenças Crônicas Não Transmissíveis da Vital Strategies.

Segundo o Covitel, 63,1% dos jovens de 18 a 24 anos não praticam atividade física de acordo com recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), ou seja, durante pelo menos 150 minutos por semana. Somado a isso, há a alimentação de baixa qualidade: entre a população dessa faixa etária, 66,5% não consomem frutas, e 60,8% não comem verduras e legumes com frequência - ou seja, cinco vezes na semana ou mais. As pessoas nessa idade também são as que gastam mais tempo diante de telas em comparação com todas as outras faixas etárias: 76,1% usam celulares, computadores, tablets ou TV por mais de três horas ao dia para lazer.

Saúde mental abalada

Os maus hábitos têm reflexos imediatos em outros indicadores analisados, como a qualidade do sono e a saúde mental. Entre os jovens, 42,8% relatam não dormir bem. Esse público também apresenta alta incidência de diagnósticos psiquiátricos: 2,4 milhões (14,1%) estão com depressão e 5,5 milhões (31,6%) com ansiedade. O panorama acendeu alerta de especialistas, que consideram urgente uma abordagem multifatorial para combater o problema.

"A gente não pode só culpabilizar a população, tem que ter políticas públicas que deem oportunidades de melhores escolhas. Há uma discussão no âmbito da reforma tributária que está pensando em um imposto seletivo para consumos de alimentos que fazem mal à saúde, por exemplo. A gente sabe que se aumentar o preço, diminui o consumo, o acesso", analisa a pesquisadora. "Seria importante ensinar sobre alimentação desde o início, inibir venda de ultraprocessados e refrigerantes na escola. No caso da merenda escolar, há uma legislação que determina a compra de parte dela da agricultura familiar e isso não é cumprido."

Em abril, o governo federal firmou um termo interministerial para garantir a compra de 30% da merenda escolar da agricultura familiar. De acordo com a legislação, pelo menos 75% dos recursos usados no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) devem ser utilizados na aquisição de alimentos in natura ou minimamente processados. Somente 20% desse dinheiro podem ser gastos em alimentos processados e ultraprocessados e os 5% restantes em itens culinários.

Além de implementar políticas para melhorar a alimentação da população desde a infância, medidas relacionadas à infraestrutura das cidades, como existência de praças e quadras poliesportivas, e à segurança, como iluminação pública, também fazem parte do conjunto de ações para minimizar o problema. Essas medidas podem, por exemplo, criar condições para que a população mude de perspectiva em relação à prática de atividades físicas ao ar livre.

"A Saúde por si nunca vai dar conta, por isso tem que juntar com outras pastas, como Educação, Infraestrutura, Segurança, para que todos olhem para esse problema e consigam resolvê-lo", finaliza a pesquisadora.

A alegria das tradições da cultura popular nordestina arrastou uma multidão de pernambucanos e turistas para curtir o São João neste ano. No Estado, foram mais de 1,2 milhão de pessoas.

A festa esse ano não foi só bonita, foi agradável também. O resultado positivo se traduz nos números da pesquisa sobre o período assinada pela Secretaria de Turismo e Lazer de Pernambuco e a Empetur.

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Dos visitantes, cerca de 96,89% recomendam o São João de Caruaru e 93,78% pensam em retornar ao evento. Dos que vieram pela primeira vez, 58,49% afirmaram que a festa superou as expectativas e 32,16% afirmou que correspondeu ao esperado.

Considerada uma das expressões mais fortes da cultura popular de Pernambuco, a festa junina na Capital do Forró se estende até o dia 1° de julho e atraiu milhares de turistas do Brasil e do exterior. Os investimentos do Governo do Estado chegam a R$4 milhões, sendo o maior investimento da história no São João de Caruaru.

Para este ano, a receita turística do Estado ficou em torno de R$ 551 milhões, enquanto no ano passado esse dado foi de R$ 444 milhões, registrando um aumento de 23,86%.

Em 2023, destaca-se um aumento no fluxo global de visitantes no São João, sendo considerado um crescimento de 38,5% no número de excursionistas e de 2,2% no número de turistas em relação ao ano passado. Em números totais: 541.069 turistas e 711.003 excursionistas.

A taxa de ocupação de hospedagem nos principais polos ficou em torno de 95,50%, tendo alguns municípios batido 100% de ocupação, como foi o caso de Caruaru, Bezerros, Limoeiro e Santa Cruz do Capibaribe. Nestas viagens, os turistas ficaram em média 2,5 dias acomodados.

Perfil

Dos visitantes de origem nacional que vieram ao Estado, 68,90% eram turistas e 31,10% eram excursionistas. Os principais Estados emissores de viajantes para curtir o São João foram a Paraíba e a Bahia. O meio de transporte mais comum utilizado para chegar ao local do evento foram automóveis (44,98%), seguidos de aplicativos de transporte (20,33%), ônibus fretado (13,16%), ônibus de linha (9,33%), táxi ou moto-táxi (6,22%), moto (3,10%), a pé (1,44%), e por último, van fretada (1,44%).

O gasto médio, individual e diário do excursionista ficou em torno de R$230. Já os turistas, com permanência média de 4,6 dias, a estimativa é que o gasto médio individual e diário foi de R$189,41. Aos turistas hospedados em hotéis, com menos dias de permanência (3,8 dias), estima-se que tenha sido gasto R$294,02 por dia.

Segundo o levantamento, o que mais agradou os turistas foram as atrações (30,62%), em segundo lugar a festa (10,03%) e em terceiro a organização (7,59%).

*Da assessoria de imprensa

Tirar cochilos durante o dia pode ajudar a preservar a saúde do cérebro e evitar quadros de demência, sugeriram pesquisadores britânicos e uruguaios, em estudo publicado na revista científica Sleep Health. Eles encontraram uma "ligação causal modesta" entre as sonecas e um maior volume cerebral.

Para chegar a esse resultado, os estudiosos da University College London (UCL) e da University of the Republic, do Uruguai, analisaram dados de mais de 378 mil pessoas, de 40 a 69 anos, do estudo UK Biobank. Eles compararam as medidas de saúde do cérebro e cognição de indivíduos "geneticamente programados" para tirar sonecas com aqueles que não tinham as variantes genéticas que marcam o hábito.

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Ao portal da UCL, a principal autora da pesquisa, a doutoranda Valentina Paz, disse que essa é a primeira pesquisa "a tentar desvendar a relação causal entre cochilo diurno habitual e resultados cognitivos e estruturais do cérebro". "Espero que estudos como este, mostrando os benefícios para a saúde de cochilos curtos, possam ajudar a reduzir qualquer estigma que ainda exista em relação a eles", afirmou Victoria Garfield, autora sênior.

No artigo, os pesquisadores explicam o declínio no volume do cérebro conforme envelhecemos. Uma metanálise anterior mostrou que, em pessoas saudáveis, após os 35 anos, o encolhimento é constante, a taxas de 2% ao ano, que aceleram aos 60. Assumindo esse declínio linear, os pesquisadores encontraram diferenças entre 2,6 e 6,5 anos entre quem estava geneticamente programado para cochilar e os que não.

ANOS ECONOMIZADOS

Esses "anos economizados", escreveram, podem equivaler à diferença entre um volume do cérebro de alguém com função cognitiva normal e comprometimento cognitivo leve. "Compreender essa diferença tem implicações clínicas importantes para a prevenção de prejuízos cognitivos relacionados ao envelhecimento, especialmente se generalizáveis para toda a população", diz o artigo. Uma das limitações do novo estudo é que é uma amostra com apenas pessoas de ascendência europeia e branca.

Nesse sentido, os estudiosos explicam que medidas de volume cerebral têm sido usadas como indicadores de neurodegeneração. O encolhimento do cérebro é mais acelerado em pessoas com declínio cognitivo e doenças neurodegenerativas. Outras pesquisas já abordaram como problemas no sono podem afetar negativamente essas mudanças estruturais. "De acordo com esses estudos, encontramos uma associação entre cochilos diurnos habituais e maior volume cerebral total, o que pode sugerir que cochilar regularmente fornece alguma proteção contra a neurodegeneração ao compensar o sono ruim", escreveram.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Google alterou o significado da palavra “madrasta” no resultado principal de sua pesquisa. Anteriormente, o resultado principal mostrava, como definição em sentido figurado da palavra, a descrição “aquilo de que provêm vexames e dissabores em vez de proteção e carinho”. Além disso, outro significado atribuído ao termo, “mulher má, incapaz de sentimentos afetuosos e amigáveis”, deixou de aparecer imediatamente. 

Ainda é possível ver essas descrições buscando por outras definições e traduções do termo, mas trata-se de uma etapa secundária, com mais resultados on-line. A alteração aconteceu após uma campanha virtual, organizada pelo movimento “Somos Madrastas”, que defende que dicionários acompanhem mudanças sociais e façam alterações de acordo com as exigências contemporâneas. 

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A ativista Mariana Camardelli, autora do livro “Madrasta também educa?”, criadora do perfil @somos.madrastas no Instagram, e do podcast com mesmo nome, foi pioneira na luta para que a Oxford Languages (parceira do Google Brasil para dicionários) e a Melhoramentos (editora do dicionário Michaelis) mudem as definições de madrastas em seus dicionários. O grupo organizou um abaixo assinado com mais de 70 mil apoiadores nas redes sociais.  

A partir de agora, aparecerá uma designação semelhante à da palavra padrasto: “mulher em relação aos filhos anteriores da pessoa com quem passa a constituir sociedade conjugal”. 

Os brasileiros estão divididos sobre o resultado do julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), iniciado nesta quinta-feira (22), que poderá tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível por oito anos. Segundo levantamento da Genial/Quaest, de junho, 47% dos brasileiros defendem a condenação do ex-chefe do Executivo, enquanto 43% desaprovam.

A pesquisa ainda questionou quem Bolsonaro deveria apoiar nas urnas, caso seja impedido de disputar as eleições. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), aparece no topo da lista com 21% dos votos; seguido da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro (PL), com 15% e do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), com 11%.

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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho e articulador político do ex-presidente, aparece na quarta posição, com 4%. Uma parcela de 27% diz que nenhum deles deve ter o apoio de Bolsonaro. Outros 21% não souberam responder e 1% defendeu que o ex-chefe do Executivo deveria apoiar outros nomes.

A pesquisa da Genial/Quaest entrevistou 2.029 pessoas com idade de 16 anos ou mais, de forma presencial, entre os dias 15 e 18 de junho, em 120 municípios. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais, para mais ou para menos.

Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, 21, aponta que 55% do eleitorado desaprova a indicação de Cristiano Zanin para o Supremo Tribunal Federal (STF). Os que aprovam a escolha do advogado pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Corte são 22%. Zanin é sabatinado hoje pelo Senado. 23% não souberam responder.

Levando em consideração o voto na eleição passada, a indicação é desaprovada por 78% dos eleitores de Jair Bolsonaro. Entre os que votaram no petista em 2022, 43% aprovam e 32% são contra a indicação.

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Ainda segundo o levantamento, a maioria (59%) dos brasileiros acha que o presidente não deveria ter o poder de indicar quem ele quiser para o STF.

O levantamento mostrou ainda que a aprovação popular do presidente voltou para 56%, mesmo patamar de fevereiro, após cair para 51% na medição feita em abril. A recuperação é atribuída à melhora da percepção sobre a economia, já que para 32% dos eleitores a situação econômica melhorou nos últimos 12 meses.

A pesquisa entrevistou, presencialmente, 2.029 eleitores com idade superior a 16 anos entre os dias 15 e 18 de junho. A margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais.

A aprovação popular do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou para 56% na terceira rodada da pesquisa Genial/Quaest, após cair para 51% na medição feita em abril. A recuperação, que devolve a aprovação de Lula ao nível de fevereiro, quando foi feita a primeira pesquisa, é atribuída à melhora da percepção sobre a economia, já que para 32% dos eleitores a situação econômica melhorou nos últimos 12 meses. Na rodada anterior, essa sensação era manifestada por 23% dos entrevistados.

A sondagem foi realizada entre os dias 15 e 18 de junho. Foram entrevistados, face a face, 2.029 eleitores com idade superior a 16 anos. A margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais. A pesquisa mostra que, desde abril, a reprovação do governo oscilou dentro dessa margem: de 42% para 40%.

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Entre os eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno da eleição de outubro, a aprovação do trabalho de Lula subiu de 14% para 22%.

O ponto de alerta trazido pela pesquisa ao presidente é que a parcela dos eleitores que consideram o governo atual melhor do que os dois anteriores de Lula caiu de 53%, na primeira medição, feita em fevereiro, para 35%. Já o porcentual dos que apontam piora subiu de 25% para 33%. Também houve redução substancial, de 60% para 49%, no porcentual de eleitores que consideram o governo Lula superior ao de Bolsonaro.

A percepção de que a economia melhorou nos últimos 12 meses, manifestada por 32%, superou pela primeira vez na pesquisa da Genial/Quaest a avaliação de piora, expressa agora por 26% dos eleitores. Para 56%, o desempenho da economia deve continuar melhorando, mais do que os 51% que tinham essa expectativa em abril. Já a avaliação de que a economia vai piorar caiu de 29% para 25% na mesma comparação.

A expectativa de 32% é de que o desemprego diminua - ante 29% da rodada anterior -, e 29% acreditam que a inflação vai cair, contra 19% da pesquisa realizada em abril.

A relação com o Congresso é apontada pelos eleitores como um obstáculo importante para Lula. Para pouco mais da metade dos eleitores (51%), o presidente tem mais dificuldade do que seu antecessor para conseguir apoio a projetos encaminhados ao Legislativo.

A pesquisa mostra ainda apoio de 76% dos eleitores aos descontos patrocinados pelo governo no preço dos carros. Também há aprovação expressiva, de 61%, à mudança na política de preços da Petrobras. A volta das relações diplomáticas com a Venezuela, por outro lado, é rechaçada por 64% dos eleitores.

O Brasil tem entre suas principais características a diversidade no modo de falar. Os sotaques de cada região e estado se destacam por suas peculiaridades, além da entonação e o modo como soa aos ouvidos. Uma plataforma de idiomas, Preply, realizou e publicou, no último dia 10, uma pesquisa feita em todo o território nacional, e apontou quais são os sotaques mais charmosos, inconfundíveis, cativantes, e qual jeito de falar mais sonhado pelos brasileiros.

Mineiros campeões

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De acordo com a pesquisa, o sotaque mineiro é considerado o mais charmoso e cativante entre os brasileiros. O modo de falar dos nativos de Minas Gerais ainda é considerado por muitos um dos mais inconfundíveis, e também apareceu no top 3 sotaques que as pessoas gostariam de ter.

Entre as classificações, outros sotaques também tiveram destaque, como o baiano, o fluminense, o cearense e o gaúcho. O sotaque dos naturais do estado do Rio de Janeiro é o que mais pessoas teriam, se pudessem escolher, além de ter sido escolhido como o mais marcante entre os brasileiros entrevistados. Confira as classificações completas:

Fonte: Preply

A pesquisa

A Preply, plataforma responsável pelo levantamento, entrevistou 700 brasileiros de todas as regiões do país. As pontuações foram calculadas a partir das respostas dos participantes, dividindo cada escolha por categoria. A escala de pontuação foi criada em relação à porcentagem de cada resposta.

Segundo a plataforma, a pesquisa é interessante para entender as diferentes formas de falar no Brasil, principalmente para que estrangeiros entendam as complexidades da língua portuguesa. “Às regras gramaticais aprendidas em sala de aula, somam-se uma série de gírias e jargões específicos de certos locais, bem como pronúncias variadas em cada região — fatores que tanto reforçam a identidade e senso de pertencimento dos brasileiros quanto chamam atenção de quem os ouve de fora”, diz o texto de apresentação da pesquisa.

A proporção de funcionários que se consideram engajados no seu emprego em todo o mundo atingiu o recorde de 23% em 2022, segundo a pesquisa Estado do Ambiente de Trabalho Global, do Gallup. Estar engajado significa que o funcionário considera que seu trabalho tem significado, e ele se sente conectado aos seus colegas, ao seu líder e a seu patrão.

Eles também se sentem orgulhosos do trabalho que estão fazendo e não se importam de "ir além" por seus clientes e equipe.

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Entre 2021 e 2022, houve uma alta de 11 pontos porcentuais no nível de engajamento, de 12% para 23% dos funcionários em tempo integral e parcial.

Isso representa um aumento de mais de 250 milhões no número de funcionários considerados engajados em todo o mundo.

Estresse

A pesquisa Gallup também mostrou que o estresse nas empresas de todo o mundo continua em níveis recordes desde a pandemia de covid-19. Isso reduz a produtividade. Em 2022, 44% dos funcionários se declararam estressados. Em 2020, eram 43%; em 2021, bateu em 44% também. Em 2019, antes da covid, os estressados eram 38%.

O estresse é maior globalmente entre os trabalhadores jovens e aqueles em locais de trabalho exclusivamente remotos ou híbridos.

Embora funcionários exclusivamente remotos e em regime híbrido relatem maior engajamento, eles também falam em maior estresse, talvez causado por uma vida profissional menos previsível ou estruturada, observa o relatório.

Porém, o engajamento dos funcionários tem 3,8 vezes mais influência no estresse do que o local de trabalho. Em outras palavras: o que as pessoas estão vivenciando em seu trabalho diário, o seu envolvimento e entusiasmo, seria mais importante para reduzir o estresse do que onde estão realizando seu trabalho.

"Esse aumento no estresse enfatiza a importância de as organizações abordarem simultaneamente o engajamento e o bem-estar dos funcionários na força de trabalho atual e futura", diz o Gallup.

Entre questões que incomodam funcionários, a pesquisa cita a necessidade de melhorar remuneração, benefícios e bem-estar.

Ásia e na América Latina

O aumento global no engajamento se destaca no sul da Ásia e na América Latina e no Caribe. Os níveis de engajamento nos EUA e no Canadá diminuíram recentemente, de acordo com o relatório.

A pesquisa ouviu 2,2 milhões de funcionários desde 2009, aproximadamente 160 mil por ano.

Segundo o Gallup, o engajamento está diretamente relacionado a resultados de desempenho, incluindo a fidelidade do cliente, a retenção de funcionários e a produtividade.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A popularidade dos feitos do presidente Lula, no primeiro ano do seu terceiro mandato no país, chegaram à barra de pesquisa do Google. Usuários buscam os termos “Lula baixou” na plataforma de busca na internet, e as sugestões dadas pelo site para completar a oração são ligadas a preços de produtos e serviços que foram reduzidos, como o valor do gás de cozinha e da picanha.

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Imagem: Rachel Andrade/LeiaJá Imagens

A observação foi feita pelo prefeito do Recife João Campos (PSB), em discurso feito nesta quarta-feira (7), na reinauguração do Programa Farmácia Popular, no Compaz Eduardo Campos, no bairro de San Martin, zona oeste da capital pernambucana, que teve a presença do chefe do executivo nacional.

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Sob aplausos ao presidente, Campos leu algumas das sugestões que aparecem após digitar os termos. “Lula baixou o gás, o imposto, o preço da carne, o dólar, a gasolina, o preço do carro”, listou. Ele ainda finalizou comentando que se aparecer “‘Lula baixou o preço do remédio’ é mentira, sabe por que? Ele não baixou não, ele zerou. É de graça”.

Concebidos para fiscalizar a atuação de agentes do sistema de Justiça, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) têm alterado normas e se desviado de suas finalidades originais, em prol de interesses corporativos. As manobras foram identificadas por pesquisadores da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP), que publicaram nesta segunda-feira (5) um artigo na Revista Brasileira de Ciências Sociais.

A equipe de pesquisadores constatou que, ao mexerem em resoluções, ambos os órgãos assumiram para si atribuições que não lhes cabem. No caso do CNMP, algo que chama a atenção são duas resoluções do ano de 2017, que autorizaram membros a firmar acordos em casos de improbidade administrativa e em matéria penal. A inspiração, segundo os autores do artigo, veio da Justiça estadunidense.

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Tanto o CNJ como o CNMP têm, ainda, moldado as regras relativas ao concurso público, o que impacta a configuração do quadro funcional, em termos de diversidade e desigualdade, já que alteram a forma de ingresso de magistrados, promotores e procuradores. Ao todo, foram promovidas quatro mudanças nesse sentido, no CNJ, e 13 no CNMP. A emenda constitucional que criou os dois conselhos estabelece que se tenha, no mínimo, três anos de experiência com atividade jurídica, para que se possa exercer tais funções. Contudo, os conselhos passaram a levar em conta a titulação do candidato, incluindo a conclusão de cursos de especialização, na contagem do tempo de experiência, o que poderia favorecer a parcela que consegue custeá-los.

Outro aspecto que entrou no radar dos pesquisadores, e também em questionamento, é a reserva de vagas para negros. O CNJ, ressaltam os cientistas, respeita a autodeclaração assegurada pelo Estatuto da Igualdade Racial, instituído pela Lei nº 12.288/2010. O CNMP, porém, exige que o candidato que se declare preto ou pardo seja submetido a validação de uma comissão, que confirma o fenótipo e, por conseguinte, o pertencimento à população negra.

Para Rafael Viegas, um dos pesquisadores que assinam o artigo, tais resoluções são positivas, na medida que regulamentam as etapas que compõem o processo de seleção, mas, por outro lado, beneficiam candidatos com determinadas características. Como se sabe, por meio do Perfil Sociodemográfico dos Magistrados 2018, do CNJ, a maioria dos juízes do país é do gênero masculino, branca, casada e católica.

"Essas resoluções foram, ao longo do tempo, deturpando discussões que foram realizadas durante a tramitação da emenda, prevendo a possibilidade de que cursos e pós, inclusive oferecidas por cursinhos preparatórios para essas carreiras, que ao final exigiam a entrega de uma monografia, contem como atividade jurídica. Isso pode estar relacionado a uma tendência de uma elitização ainda maior dessas carreiras. Isso demanda mais estudos para analisar o perfil dos integrantes da magistratura do Ministério Público, mas cabe destacar que CNJ e CNMP foram criados considerando o histórico déficit de accountability de magistratura no Ministério Público, no Brasil.", diz Viegas, que é cientista político especializado em temáticas como burocracia e o funcionamento do Ministério Público.

Os pesquisadores analisaram as 303 resoluções do CNJ e as 206 do CNMP publicadas entre 2005 e 2019, com o auxílio de um software. O que se observou foi que os órgãos editaram, respectivamente, 97 e 88 resoluções, com o objetivo de modificar o teor de normas que vigoravam anteriormente.

Agência Brasil procurou o CNJ e o CNMP, mas não teve resposta.

Mais de 70% dos brasileiros estão muito preocupados com a quantidade de notícias falsas divulgadas nas redes sociais. Esse é um dos dados mostrados na pesquisa Redes Sociais e Notícias Falsas, que acaba de ser divulgada pelo DataSenado. Feito em parceria com o gabinete do Senador Angelo Coronel (PSD-BA), o levantamento ouviu a opinião dos brasileiros a respeito de notícias falsas veiculadas nas plataformas digitais.  Foram ouvidas na pesquisa 2.068 pessoas de 16 anos ou mais.

O levantamento foi feito com amostra representativa da população brasileira, por telefone, nos dias 9 e 10 de maio, quando estava em discussão na Câmara a urgência para o projeto que trata das fake news (PL 2630/2020, aprovado em 2020 pelo Senado e ainda em análise na Câmara). A urgência acabou sendo rejeitada poucos dias depois. 

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O resultado da pesquisa mostra um percentual de 72% dos brasileiros muito preocupados com o avanço das notícias falsas nas redes sociais. Os que se mostram pouco preocupados somam 20 %, enquanto 7% dizem não ter essa preocupação.  O levantamento mostrou que 9 em cada 10 brasileiros (91%) concordam que as redes sociais influenciam muito a opinião das pessoas.

O percentual de concordância foi o mesmo para a afirmação de que notícias falsas trazem risco para a sociedade. Para 82% dos entrevistados, nas redes sociais as notícias falsas ganham mais visibilidade do que as notícias verdadeiras. 

Em relação ao papel da legislação, 80% dos entrevistados acreditam que a criação de uma lei específica de combate às notícias falsas contribui para diminuir a quantidade de notícias falsas nas redes sociais. Para o senador Angelo Coronel, que foi o relator do PL das fake news no Senado, o resultado da pesquisa é amplamente favorável à aprovação do projeto, que é uma ferramenta de proteção da sociedade. 

“Se a gente não banir das redes sociais informações falsas e também postagens feitas por anônimos, não teremos condições nem ferramentas para combater as fake news. Por isso é importante a aprovação desse projeto: para vedar contas anônimas e para que tenhamos regulação para tirar do ar, de imediato, postagem que venha a prejudicar a imagem de alguém”, concluiu o senador. 

*Da Agência Senado

Quando deixou Araioses, no Maranhão, de ônibus e percorreu mais de 2 mil quilômetros até Brasília, em 2017, Maria de Fátima Santos, então com 18 anos de idade, sonhava engatar em uma profissão no comércio e voltar aos estudos. Aos 15 anos, Maria de Fátima tinha abandonado a escola, no quinto ano fundamental, para ajudar em casa.

Ela trabalhava no interior maranhense como diarista. Os livros não tinham espaço, nem eram prioridade na rotina da jovem. Hoje, em Brasília, a escola é só um sonho distante. Atualmente, perto dos 25 anos de idade, ela vive da coleta de objetos no lixo de condomínios para conseguir algum recurso, pagar o aluguel e mandar ao menos R$ 50 para a mãe, que ficou em Araioses.

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Da escola, Maria de Fátima diz que sente falta das aulas de matemática. “Eu gostava e iria me ajudar na minha vida hoje.”

Deixar a escola em plena juventude não é raro no Brasil, conforme aponta uma pesquisa realizada pelo Sesi/Senai (Serviço Social da Indústria/Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), em parceria com o Instituto FSB Pesquisa. Depois dos 16 anos, apenas 15% estão em salas de aula.

”Os dados são fortes. Só 15% da população atualmente estuda. É claro que, na idade escolar, o número sobe para 53%”, afirmou o diretor-geral do Senai e diretor-superintendente do Sesi, Rafael Lucchesi.

Das pessoas que não estudam, 57% disseram que abandonaram a sala de aula porque não tinham condições. A necessidade de trabalhar é o principal motivo (47%) para interrupção dos estudos. 

“Um número muito alto de pessoas deixa de estudar por falta de interesse na escola que, muitas vezes, não tem elementos de atratividade para os jovens e certamente esses números se agravaram durante a pandemia”, afirmou Lucchesi.

O levantamento mostrou que apenas 38% das pessoas com mais de 16 anos de idade que atualmente não estudam alcançaram a escolaridade que gostariam.

Para 18% dos jovens de 16 a 24 anos, a razão para deixar de estudar é a gravidez ou o nascimento de uma criança. A evasão escolar por gravidez ou pela chegada de um filho é maior entre mulheres (13%), moradores do Nordeste (14%) e das capitais (14%) – o dobro da média nacional, de 7%.

Preparo

O levantamento revela também que a maioria dos jovens acima dos 16 anos de idade considera que a maioria dos que têm ensino médio ou ensino superior considera-se pouco preparada ou despreparada para o mercado de trabalho.

O levantamento foi realizado com uma amostra de 2.007 cidadãos com idade a partir de 16 anos, nas 27 unidades da federação. As entrevistas foram feitas entre 8 e 12 de dezembro do ano passado.

Entre as pessoas que responderam a pesquisa, 23% disseram que a alfabetização deveria ser prioridade para o governo, seguida pela instituição de creches (16%) e pela ênfase no ensino médio (15%).

A educação pública é vista como boa ou ótima por 30% da população, índice que sobe para 50% quando se fala de educação privada.

Entre os fatores para aumentar a qualidade, os mais citados são o aumento do salário dos professores, mais capacitação deles e melhores condições das escolas.

Avaliação

Pelo menos 23% das pessoas ouvidas na pesquisa avaliaram a educação pública como ruim ou péssima e só 30% a consideraram ótima ou boa. A educação privada é avaliada como boa ou ótima por 50% dos entrevistados.

Para Rafael, Lucchesi, a pesquisa traz uma dura reflexão sobre a necessidade de aumentar a qualidade da educação e também a atratividade da escola e, “como resultado geral, melhorar a produtividade das pessoas na sociedade”.

Estudo realizado por pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) revela que há menos internações hospitalares por doenças respiratórias em municípios com mais áreas verdes. A pesquisa, que envolveu ciência de dados, usou bases de informações públicas como o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (Datasus), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Secretaria Nacional de Trânsito e o Instituto Água e Terra (IAT) do Paraná.

O objetivo do trabalho era avaliar como a infraestrutura verde urbana (IVU), composta por praças, parques, jardins planejados, fragmentos florestais, reservas florestais urbanas, bosques e arborização, impacta na saúde da população.

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“Combinamos várias informações e fizemos um estudo que envolve aplicação de ciências de dados, realizando, primeiro, uma análise multivariada de tais dados e, depois, análise de padrão. E chegamos à conclusão com base nesses estudos”, disse à Agência Brasil a engenheira civil Luciene Pimentel, professora do Programa de Pós-Graduação em Gestão Urbana da PUCPR e uma das autoras da pesquisa.

A pesquisa usou também dados censitários, porque o estudo, que envolvia somente a questão das internações por doenças respiratórias, analisou também indicadores de pobreza. “Encontramos resultados interessantes nesse sentido. Na verdade, os municípios que têm índices de pobreza mais altos também apresentam mais internações hospitalares na comparação com municípios em que os índices são menores.”

A pesquisa envolveu 397 dos 399 municípios paranaenses, porque dois apresentavam falhas de dados. As informações foram coletadas em 2021 e 2022, sendo os resultados divulgados agora. Artigo referente ao estudo, intitulado Ecosystems services and green infrastructure for respiratory health protection: A data science approach for Paraná, Brazil (Serviços ecossistêmicos e infraestrutura verde para a proteção da saúde respiratória: Uma abordagem de ciência de dados para o Paraná, Brasil, em tradução livre), foi publicado na liga internacional de revistas científicas MDPI e pode ser acessado na íntegra neste link.

O estudo é assinado por Luciene Pimentel e pelos professores Edilberto Nunes de Moura e Fábio Teodoro de Souza, da PUCPR, e pelo doutorando da mesma universidade Murilo Noli da Fonseca.

Importância

Luciene salientou a importância do resultado, porque a Organização Mundial da Saúde (OMS) reporta 4 milhões de mortes anuais por doenças respiratórias, das quais 40% são por doenças pulmonares obstrutivas crônicas. “O mundo inteiro está muito preocupado com essa situação.”

Ainda de acordo com a OMS, 99% da população mundial respiram ar que excede os limites de qualidade recomendados. Além de inúmeros problemas de saúde, a poluição atmosférica causa 7 milhões de mortes anuais em todo o mundo.

Luciene ressaltou a existência de uma dúvida na literatura científica sobre até que ponto a vegetação realmente contribui para diminuir a poluição do ar, tendo em vista que as doenças respiratórias são fortemente conectadas com esse problema nas áreas urbanas, ou se a forma como se dispõe a vegetação urbana pode até piorar a saúde respiratória pela dispersão de pólen.

A professora disse acreditar que os resultados do estudo podem subsidiar políticas públicas voltadas para a sustentabilidade ambiental e a gestão da saúde urbana. A redução das taxas de internações por doenças respiratórias traz acoplada a redução dos custos com hospitalizações por agravos de saúde e outras infecções, podendo contribuir ainda para a queda das faltas ao trabalho e à escola.

Continuidade

A equipe de pesquisadores pretende dar continuidade agora ao estudo envolvendo a capital paranaense, Curitiba, em escala intraurbana, e não mais municipal, com participação da rede de pesquisa Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação, financiada pela Fundação Araucária, no âmbito de emergências climáticas. Será medida, por exemplo, a distribuição de pólen na cidade. De acordo com Luciene, as medições serão usadas para analisar dados em uma escala mais detalhada.

“O que estamos querendo fazer agora é começar a olhar por tipologia de doenças respiratórias, como a asma, por exemplo, que tem aumentado muito no mundo. A asma é uma doença que preocupa. Na faixa de crianças, que interessa à nossa pesquisa, a doença vai comprometer a vida adulta. Asma não tem cura, é doença crônica. A pessoa vai depender de remédios o tempo todo. Enquanto crianças, faltam à escola por causa da doença; os pais faltam ao trabalho”, disse Luciene.

As doenças respiratórias têm sinais diferentes. Daí a razão de o estudo continuar, no sentido de esmiuçar os detalhes. O objetivo dos pesquisadores, mais adiante, é estender a pesquisa para outros estados do país. “A ideia é termos uma pesquisa nacional.”

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