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O britânico Richard Huckle, condenado à prisão perpétua no Reino Unido pelo estupro de inúmeras crianças na Malásia, morreu na prisão, disseram autoridades nesta segunda-feira (14). Segundo a imprensa, ele teria sido esfaqueado.

O homem de 33 anos, que se declarou culpado de 71 agressões sexuais e estupros, estava detido na prisão de segurança máxima de HMP Full Sutton, localizada em Yorkshire, no norte da Inglaterra.

"Richard Huckle morreu em 13 de outubro", afirmou o departamento de prisões do Ministério da Justiça em comunicado. "Uma investigação policial está em andamento", acrescentou o comunicado, sem mais detalhes. 

Segundo uma fonte citada pelo jornal The Sun, "aparentemente Huckle foi morto com uma faca caseira". 

A polícia suspeita que o homem teria cometido mais violações de crianças do que confessou, entre sua chegada à Malásia em 2006 e dezembro de 2014, quando foi preso no aeroporto de Londres Gatwick.

A investigação identificou 23 vítimas, a mais nova delas com seis meses de idade. A polícia também encontrou um registro detalhando os abusos cometidos em 191 vítimas, usando sua posição como voluntário em uma associação cristã.

Huckle se concentrou nas crianças pobres de Kuala Lumpur e preparou um guia para pedófilos. "Crianças pobres são mais fáceis de seduzir do que crianças da classe média ocidental", escreveu ele.

Um tribunal da Califórnia, nos Estados Unidos, condenou nesta sexta-feira à prisão perpétua o casal que manteve seus filhos presos dentro de casa e os torturou durante anos.

O juiz Bernard J. Schwartz declarou a sentença de David Turpin, de 57 anos, e Louise Turpin, de 50, durante uma audiência na qual estavam presentes dois de seus filhos biológicos, vítimas de abusos e maus-tratos, que leram depoimentos emocionados.

No dia 22 de fevereiro, o casal Turpin se declarou culpado de 14 delitos, incluindo tortura, abuso infantil e sequestro, e a prisão perpétua estava prevista na ação.

"Meus pais tiraram a minha vida, mas estou me recuperando", disse uma das filhas. "Tudo acontece por uma razão, e o que poderia ser muito ruim me fez mais forte", acrescentou.

"Não posso descrever em palavras o que passamos quando crescíamos", disse outro dos filhos.

"Às vezes tenho pesadelos com as coisas que passamos, meus irmãos sendo acorrentados, mas isso é passado e este é o presente".

"Amo os meus pais e os perdoo por todas as coisas que nos fizeram", continuou.

David Turpin e Louise, choravam enquanto ouviam os depoimentos.

O casal foi detido em janeiro de 2018 logo após uma das filhas, que tinha 17 anos na época, ter conseguido escapar da "casa do horror", localizada em Perris, na região sudeste de Los Angeles, e chamar a polícia.

Ambos poderão pedir liberdade condicional em 25 anos.

Os pais foram acusados de tortura, confinamento e abuso infantil de 12 de seus 13 filhos biológicos, que foram espancados e estrangulados, além de serem mantidos desnutridos, com direito a um banho por ano. O casal também nunca os levou ao médico ou dentista.

"Lamento muito pelo que fiz a meus filhos, eu os amo muito", disse Louise contendo as lágrimas numa declaração antes de ouvir a sentença.

"Nunca quis machucá-los", disse o pai, David. "Rezo para que se mantenham unidos e que cuidem um dos outros já que o papai e a mamãe não poderão estar aqui".

Os 13 irmãos estão sob cuidados do serviço de proteção de crianças e adultos do condado.

Os dois filhos mais velhos disseram que estão na universidade, vivem em um apartamente e podem se locomover de maneira independente, e que desfrutam de sua nova liberdade e dos amigos que fizeram.

O jovem disse que aprendeu a andar de bicicleta e que estuda engenharia de programas. "Aprendi a falar por mim mesmo, a nadar, a comer saudavelmente, a lidar com dinheiro".

O promotor disse que buscou a declaração de culpa dos Turpin para evitar que os 12 filhos tivessem que testemunhar contra os pais.

Já o juiz Schwartz afirmou ao casal que suas ações foram "egoístas, crueis e desumanas" e assegurou que não receberam uma sentença pior porque admitiram sua culpa.

Um motorista que matou seis pessoas em janeiro de 2017 em Melbourne foi condenado nesta sexta-feira (22) à prisão perpétua por um ato considerado um dos maiores assassinatos em massa na história da Austrália.

Na ocasião, várias testemunhas relataram que viram "corpos voando", enquanto os pedestres corriam para escapar do automóvel, que avançou em alta velocidade pelo centro de Melbourne, grande metrópole do sul do país.

James Gargasoulas, 29 anos, matou seis pessoas, incluindo um bebê de três meses e uma menina de 10 anos, e feriu dezenas de pedestres. A polícia descartou rapidamente qualquer vínculo com organizações terroristas.

A Suprema Corte do estado de Victoria anunciou nesta sexta-feira a pena de prisão perpétua, com período mínimo de 46 anos na prisão. O juiz Mark Weinberg considerou que James Gargasoulas era totalmente consciente de seus atos, embora estivesse sob efeito de metanfetamina.

"É um dos piores exemplos de assassinatos em massa da história da Austrália", afirmou o magistrado. O júri precisou de apenas uma hora para decidir em julho que o acusado era culpado. Gargasoulas pediu perdão durante o julgamento "do fundo do coração".

O juiz Weinberg considerou que o arrependimento do acusado não era sincero e destacou que o fato de não ter provocado mais mortes foi "puramente fortuito". "Você era plenamente consciente da probabilidade de matar, ou pelo menos de ferir gravemente, as pessoas que atingia ao dirigir o veículo entre a multidão como fez", disse o magistrado.

Um jardineiro canadense recebeu pena de prisão perpétua nesta sexta-feira (8) pelo assassinato e a mutilação sexual de oito homens da comunidade gay de Toronto, cujos cadáveres foram desmembrados e escondidos em vasos.

Bruce McArthur admitiu os assassinatos no mês passado e recebeu oito condenações simultâneas de 25 anos. Ele precisará cumprir 90 anos até ser elegível para liberdade condicional, mas o juiz do Tribunal Superior de Ontario, John McMahon, disse que provavelmente nunca seria posto em liberdade.

"Bruce McArthur se declarou culpado", disse o delegado de homicídios, David Dickinson, em 29 de janeiro, aos jornalistas no lado de fora do tribunal. "É o desfecho adequado".

Na sexta, o assassino de 67 anos ficou sentado em silêncio, com as mãos cruzadas no colo, enquanto uma fila de detetives da polícia, que descreveram esta como a maior investigação de Toronto, observaram diretamente atrás dele.

O juiz disse ter notado que McArthur não tinha mostrado nenhum remorso por ter se aproveitado de suas vítimas, homens vulneráveis, alguns deles lutando contra vícios em drogas.

Quando a polícia encontrou o assassino, em janeiro de 2018, encontrou um jovem amarrado a uma cama, mas ileso. Ele poderia se tornar a nona vítima, segundo o juiz.

A investigação, que escavou dezenas de propriedades onde McArthur trabalhava, comoveu todo o Canadá.

Partes dos corpos de sete das vítimas foram encontradas em grandes vasos que McArthur mantinha armazenados na casa de um cliente no centro de Toronto.

Os restos da oitava vítima foram encontrados mais tarde em um barranco atrás da propriedade.

As vítimas de McArthur foram um ex-amante, dois imigrantes afegãos, dois refugiados do Sri Lanka e outro do Irã, um cidadão turco e um trabalhador sexual sem-teto.

Eles desapareceram entre 2010 e 2017.

De acordo com o tribunal, McArthur estrangulou-os, e os assassinatos tiveram "natureza sexual".

Nahir Galarza, uma estudante de Direito de 19 anos, foi condenada nesta terça-feira (3) à prisão perpétua por um tribunal que a considerou culpada de assassinar com dois tiros o seu namorado de 20 anos na cidade argentina de Gualeguaychú (centro).

Galarza mantinha um relacionamento tempestuoso com o estudante morto, Fernando Pastorizzo. É o primeiro caso de sentença à prisão perpétua para uma mulher tão jovem, de acordo com a imprensa local.

O juiz Mauricio Derudi, presidente do tribunal, disse, ao ler a sentença, que se tratou de um "homicídio qualificado por ser de uma pessoa com quem manteve relação amorosa".

O crime ocorreu na madrugada de 29 de dezembro de 2017. Galarza disse no julgamento que os disparos foram acidentais durante uma discussão. A arma era de 9 milímetros do pai da menina, um policial da cidade, localizada a 230 quilômetros ao norte de Buenos Aires.

O primeiro disparo ocorreu quando os dois estavam em uma motocicleta dirigida por Pastorizzo. O segundo foi com o rapaz no chão, segundo as perícias judiciais.

"Eu conhecia o meu filho. Embora não se conheça os detalhes de um relacionamento, mais ainda de adolescentes, sabia que ele não era violento", afirmou Silvia Mantegazza, mãe de Pastorizzo. Galarza declarou ao tribunal que o jovem tinha feito ameaças e a espancava.

Testemunhas durante o julgamento afirmaram que a menina era violenta.

Os franceses Sabrina Kouider e Ouissem Medouni foram condenados nesta terça-feira (26) à prisão perpétua, com uma pena mínima de 30 anos, pelo assassinato, em Londres, da babá, também francesa, Sophie Lionnet.

As penas foram pronunciadas pela corte criminal de Old Bailey que, em 24 de maio, declarou o casal culpado pelo assassinato, em setembro de 2017, da jovem de 21 anos, que teve o corpo carbonizado encontrado no jardim da residência dos franceses.

"Por mais dura que seja, a sentença não pode refletir o valor da vida de Sophie Lionnet", afirmou o juiz Nicholas Hilliard, antes de completar que sua família "nunca se recuperará" da morte da jovem.

Kouider e Medouni também foram condenados a cinco anos e meio de prisão por obstrução da justiça, pela tentativa de ocultar o corpo de Sophie queimando o cadáver.

Antes de do anúncio da sentença, o magistrado levou em consideração os relatórios psiquiátricos do casal: os médicos concluíram que Sabrina Kouider sofria transtornos mentais e obsessões.

"Voltará imediatamente ao hospital", declarou o juiz.

Durante o julgamento, Medouni e Kouider se declararam inocentes da acusação de assassinato. Eles afirmaram que foi , afirmando que foi um acidente e assumindo a responsabilidade pelo outro, mas admitiram que queimaram o corpo da jovem, natural de Troyes, ao sudeste de Paris.

Segundo a acusação, o casal estava convencido de um complô criado por Sophie Lionnet com Mark Walton, um dos fundadores da boy band irlandesa Boyzone e pai de um dos filhos de Sabrina Kouider, para drogar e abusar sexualmente dos membros da família.

A conspiração era uma fantasia sem qualquer fundamento na qual os dois permaneceram presos, segundo o juiz.

O caso ressaltou a vulnerabilidade do trabalho das babás, geralmente mulheres jovens que, no caso do Reino Unido, chegam ao país para aprender inglês, enquanto cuidam de crianças em troca de comida e de um quarto, mas que muitas vezes se tornam vítimas de abusos.

Sophie Lionnet já havia expressado a sua mãe o desejo de voltar para a França um ano antes de ser assassinada.

"Se tivesse os recursos para comprar uma passagem e pegar um táxi, já teria feito", disse em uma mensagem.

O Tribunal Penal Central de Bagdá, no Iraque, condenou à prisão perpétua oito mulheres estrangeiras por se filiarem ao grupo terrorista Estado Islâmico. O anúncio  foi realizado pelo Conselho Supremo de Justiça Iraquiana.

Três das mulheres são da Turquia, outras três do Azerbaijão, uma do Uzbequistão e outra da Síria. Todas serão deportadas após cumprir a condenação que no país iraquiano corresponde a um período de 20 anos.

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 Em dezembro de 2017, o primeiro ministro Haidar Al Abadi anunciou o fim da guerra contra o grupo terrorista no país, que durou três anos depois que eles conquistaram quase a metade do território iraquiano. Centenas de membros do grupo ou suspeitos de colaborar com a organização foram presos, dos quais muitos foram condenados à prisão perpétua ou a pena de morte.

O governador do Texas, Greg Abbot, suspendeu a pena de morte do detento Thomas Whitaker faltando pouco mais de meia hora para a execução. Whitaker agora cumprirá a pena de prisão perpétua. 

O fato ocorreu na última quinta-feira (22). A decisão é considerada incomum no local. Segundo a agência de notícias Reuters, desde a restituição da pena de morte em 1976, foram executados 548 presos e apenas duas penas capitais foram comutadas.

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Durante os três anos de gestão de Abbot, foram permitidas 30 execuções sem que houvesse intervenção do governo. Whitaker tem 38 anos e foi condenado à morte pelos assassinatos de sua mãe e de seu irmão, além da tentativa de assassinato do pai em 2003.

Segundo a Reuters, o preso era um universitário de classe alta. Ele contratou um amigo para cometer os assassinatos. Foi o contratado quem também delatou o jovem e revelou seu paradeiro - ele havia fugido para o México.

Pai - Foi o próprio pai de Thomas, Kent Whitaker, quem lutou pela comutação da pena do filho. "Eu vou ser lançado em um sofrimento ainda mais profundo nas mãos do estado do Texas, em nome da justiça", ele, que é devoto cristão, disse em um encontro com o presidente do Conselho de Perdão e Condicional do Texas, em Austin.

A Itália removeu um dos empecilhos legais para a extradição de Cesare Battisti e se comprometeu a não colocá-lo em regime de prisão perpétua caso ele seja restituído às autoridades de Roma.

A confirmação veio do subsecretário (espécie de vice-ministro) do Ministério da Justiça, Cosimo Ferri, durante uma entrevista ao diário "Il Giornale", e pode servir de incentivo para o governo brasileiro determinar a extradição de Battisti.

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Segundo os tratados bilaterais entre os dois países, o Brasil só pode expulsar um condenado pela Itália caso a pena infligida a ela respeite os limites previstos por sua legislação, ou seja, 30 anos de prisão.

"A Itália se compromete, de modo formal, por meio do Ministério da Justiça, a fazer com que a norma brasileira seja respeitada. Se Battisti for extraditado, como desejamos, descontará 30 anos de prisão, e não a pena perpétua", disse Ferri.

De acordo com o subsecretário, o governo já enviou uma carta à Embaixada da Itália em Brasília dando garantias formais de que o limite de 30 anos será respeitado, uma vez que a prisão perpétua não é prevista pela legislação brasileira. "Essa decisão protegeria as razões de ambos os países", acrescentou.

Ex-membro da milícia de extrema esquerda Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), o italiano foi condenado em seu país à prisão perpétua por quatro assassinatos e envolvimento com o terrorismo na década de 1970, mas, alegando perseguição política, fugiu para não ir à cadeia.

Como foragido, Battisti passou por França e México, antes de chegar ao Brasil, onde quase foi extraditado por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, um decreto assinado por Luiz Inácio Lula da Silva no último dia de seu segundo mandato como presidente deu ao italiano a permissão para ficar no país.

Na semana passada, ele foi preso em Corumbá (MS), tentando entrar na Bolívia com o equivalente a R$ 23 mil em moeda estrangeira, e acabou acusado de evasão de divisas. Libertado dois dias depois, Battisti alega que o dinheiro não era só dele, mas também de dois amigos que o acompanhavam, e que seu objetivo no país vizinho era comprar roupas de couro, vinho e material de pesca.

Um tribunal da Áustria condenou à prisão perpétua um solicitante sírio de asilo por crimes de guerra cometidos em seu país de origem, onde ficou comprovado que ele matou pelo menos 20 soldados do governo feridos e desarmados na região de Homs, informou nesta quinta-feira (11) a rádio pública ORF.

De acordo com a decisão emitida ontem, o Tribunal Regional de Innsbruck explica a sentença na transcrição de um interrogatório de agentes antiterroristas austríacos, para quem o homem de 27 anos confessou os crimes. O acusado se retratou na primeira audiência realizada em fevereiro, e disse que houve um erro na tradução e que jamais matou alguém. Mas o júri o condenou em primeira instância por cinco votos a três, e aceitou o testemunho inicial como solicitado pela promotoria, que considerou as provas como esmagadoras.

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"Ele relatou que matou a tiros soldados feridos. Inclusive, voltei a perguntar e ele confirmou", afirmou o tradutor do acusado. O réu vivia na Síria em um campo de refugiados palestinos e fazia parte de milícias islamitas vinculadas ao Exército Livre da Síria, diz a agência de notícias austríaca APA.

Além disso, ele assegurou ao tribunal que o governo sírio matou seu irmão por ter participado dos primeiros protestos contra o presidente Bashar al-Assad, em 2011. "O regime matou meu irmão. Tinha uma arma para me defender e a minha família", afirmou o sírio.

O tribunal especial africano que julgou o ex-presidente Hissen Habre confirmou nesta quinta-feira (27) sua condenação à prisão perpétua ditada em 2016 por crimes contra a Humanidade e crimes de guerra pela repressão que comandou entre 1982 e 1990, deixando cerca de 40.000 mortos.

O tribunal especial foi criado no Senegal, onde Habre se refugiou em 1990 quando foi derrubado pelo atual presidente, Idriss Deby Itno.

É a primeira vez que um ex-chefe de Estado é sentenciado por uma instância de outro país por violações dos direitos humanos.

O ex-presidente chadiano cumprirá sua condenação no Senegal ou em outro país da União Africana (UA).

Matar como solução definitiva. Excluir da sociedade aqueles que representam perigo à coletividade. Para a maioria dos recifenses, estupradores merecem ser condenados com pena de morte. O dado foi divulgado, neste sábado (22), pela pesquisa do Instituto de Pesquisa UNINASSAU. O levantamento é uma parceria do LeiaJá com o Jornal do Commercio. 

Ao todo, 55,2% dos recifenses entrevistados enxergam na pena de morte a única satisfatória forma de justiça para casos do tipo. Outros 34,6% apontam a prisão perpétua como alternativa. No Brasil, a última pena de morte aplicada para crimes civis foi no ano de 1876. Desde 1889, a prática é abolida no país, com exceção para circunstâncias de guerra. 

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Fora situações específicas em tempos de guerra, a pena de morte no país é totalmente proibida. A Justiça e os direitos humanos a consideram uma violação à dignidade humana. 

Quando questionados sobre qual castigo merece uma pessoa que pratica assédio, a população do Recife, em sua maioria (53,4%), cita a prisão como melhor opção. A pena de morte aparece em segundo lugar, com 10,9%. Também são lembrados pelos recifenses medidas como castração, multas e tratamentos psicológicos. 

O levantamento foi realizado nos dias 17 e 18 de abril de 2017, através da aplicação de questionários para pessoas com 16 anos ou mais, residentes da capital pernambucana. O tamanho da amostra foi de 623 entrevistas. Com um nível de confiança de 95%, a pesquisa tem margem de erro estimada de quatro pontos percentuais. 

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--> Especial NE10: Raízes da Intolerância

Um professor de química da China, detido em 2015 por fabricar drogas, foi condenado à prisão perpétua por narcotráfico, informou nesta sexta-feira (14) a agência oficial Xinhua.

A sentença foi anunciada pelo Tribunal Popular Intermediário de Wuhan, centro do país, que determinou que o professor, de sobrenome Zhang, tinha construído um negócio ilegal de produção de drogas e vendia ao exterior, o que gerava 4 milhões de iuanes anuais (ou US$ 582 mil).

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No mesmo julgamento também foi anunciada a sentença contra o ajudante do professor, de sobrenome Yang, que foi condenado à morte, mas com uma suspensão de dois anos, pelo qual na prática será transformada em prisão perpétua se o réu mostrar boa conduta.

Zhang e Yang começaram em 2005 a fabricar em laboratório vários produtos químicos com fins comerciais, entre eles metilona.

O supremacista que executou o massacre em uma igreja da comunidade negra de Charleston, EUA, afirmou no encerramento do julgamento, nesta terça-feira, que não se arrepende de nada que fez.

"Ninguém me obrigou", disse Dylann Roof, falando em sua própria defesa no tribunal federal de Charleston, na Carolina do Sul. Este jovem de 22 anos aguarda a decisão dos jurados para saber se irá ser sentenciado à morte ou à prisão perpétua, após ser considerado culpado em dezembro pelas 33 acusações que pesavam sobre ele, entre elas crime de ódio.

O advogado da Procuradoria, Jay Richardson, recordou ao tribunal que Roof "executou cruelmente pessoas que descreveu em seus escritos como meros animais selvagens". "Sentenciem este acusado à morte, por matar Clementa Pinckney", disse, se referindo ao pastor da igreja. Depois repetiu a frase nomeando as outras oito vítimas.

Em sua defesa, Dylann disse que o ódio sentido contra ele pelas famílias das vítimas, pessoas em geral, e pelo procurador é similar ao sentimento que ele teve para com os fiéis. E acrescentou, em um discurso pouco coerente, que sua atitude foi um impulso natural. "Acredito que possamos dizer que ninguém em sã consciência quer ir a uma igreja matar pessoas", afirmou. "O que digo é que ninguém que odeie alguém tem uma boa razão para fazer isso".

Mas, em contrapartida, tentou buscar a compaixão do júri para obter prisão perpétua ao invés da sentença de morte. "Tenho o direito de pedir a vocês prisão perpétua, porém não sei de que forma isso serviria. Só um de vocês precisa estar em desacordo com o resto do júri".

Em dezembro, o tribunal viu o vídeo de confissão de Dylann Roof, um dia após o ataque. Nele, o jovem justificava suas ações como represália pelos supostos crimes cometidos pelos negros contra os brancos. "Alguém tinha que fazer isso porque os negros estão matando os brancos o tempo todo na rua e estão estuprando as mulheres brancas", dizia Roof, calmamente, ao oficial do FBI.

Referindo-se a este vídeo e a outras provas de seu intenso racismo mostradas durante o julgamento, o procurador Richardson disse aos membros do júri que Roof "passou anos alimentando este profundo ódio. Este ódio que cada um de nós quer pensar que não é possível que exista em ninguém".

Em 17 de junho de 2015, Dylann Roof se juntou a um grupo de estudos da Bíblia na Igreja Metodista Episcopal Africana Mãe Emanuel, um símbolo da luta contra a escravidão em Charleston. Porém, minutos depois, inciou um massacre no qual nove pessoas negras morreram.

O banqueiro britânico Rurik Jutting foi condenado nesta terça-feira (8) à prisão perpétua pelo assassinato de duas jovens indonésias em um apartamento de Hong Kong, um crime pelo qual pediu perdão às famílias das vítimas.

O ex-corretor da Bolsa de 31 anos, que trabalhava para o Bank of America Merrill Lynch, havia se declarado inocente da acusação de assassinato. Reconhecia dois homicídios culposos.

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Sumarti Ningsih, de 23 anos, e Seneng Mujiasih, de 26, apareceram mortas no dia 1º de novembro de 2014 no apartamento deste homem formado em Cambridge, em um edifício residencial de Wanchai.

"É provavelmente um dos casos de assassinato mais terríveis entre os que foram julgados em Hong Kong", considerou o juiz Michael Stuart-Moore.

O comportamento de Jutting é de uma "repugnância extrema", "supera o entendimento da gente normal. Vai passar sua vida na prisão", afirmou.

Após dez dias de julgamento, o júri o declarou culpado por unanimidade do assassinato das duas jovens.

Em uma carta lida ante a Alta Corte por seu advogado Tim Owen após o veredicto, o ex-corretor da bolsa pediu perdão. "Meus atos em relação à morte de Ningsih e Mujiasih, minhas ações anteriores a sua morte, foram atrozes". Afirma estar "atormentado" e acrescenta: sou "consciente da dor exacerbada que provoquei em seus entes queridos", "sinto muito, sinto para além do que posso expressar em palavras".

Segundo a acusação, Sumarti Ningsih foi torturada durante três dias antes de ser assassinada no chuveiro com uma faca.

Durante o julgamento, o júri viu imagens abomináveis das torturas gravadas pelo acusado com seu telefone celular. A polícia encontrou o corpo da mulher dentro de uma mala na varanda de Jutting. Antes havia achado na sala a outra mulher, Mujiasih, degolada.

Rurik Jutting propôs às jovens manter relações sexuais em troca de dinheiro.

A defesa alegava transtornos de personalidade narcisistas e sádicos, agravados por um vício em cocaína e álcool.

Nessa segunda-feira (14), Um tribunal da cidade de Ahmedabad, na Índia, condenou uma mulher à prisão perpétua por matar seu marido depois que ele se recusou a ter relações sexuais com ela.

Vimla Vaghela, de 54 anos, e seu marido Narsinh estavam sozinhos em sua casa durante uma tarde em 2 de Novembro de 2013, quando aconteceu o crime. Na ação movida contra a mulher, a promotoria afirmou que depois que seu marido se recusou a ter relações sexuais com ela, ela se enfureceu e brigou com ele.

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Ela duvidou da fidelidade do marido e acusou-o de ter um relacionamento extra-conjugal e em um acesso de raiva, pegou uma vara de madeira e começou a bater em seu marido na cabeça até ele morrer.

As informações são do The Indian Times

Duas adolescentes britânicas, reconhecidas culpadas de ter assassinado selvagemente uma mulher de 39 anos, depois de torturá-la por cinco horas, foram condenadas nesta quinta-feira à prisão perpétua, com 15 anos de cumprimento mínimo da pena.

As duas meninas, cujos nomes não foram divulgados por razões legais, tinham 13 e 14 anos quando atacaram Angela Wrightson em sua residência em Hartlepool, nordeste da Inglaterra, em dezembro de 2014.

Elas mataram a vítima usando pedaços de pau, um aparelho de tv e outros itens da casa. A vítima apresentava mais de cem ferimentos, 80 deles no rosto.

Durante o longo calvário de Angela Wrightson, que foi amarrada, as adolescentes posaram, sorridentes, para selfies que foram postadas em redes sociais.

Durante a agressão, uma das meninas, que falava com uma amiga pelo Facebook, que a ouviu dizer: "Anda. Esmaga a cabeça dela. Bate nela".

Cinco horas depois, elas chamaram a polícia para "conseguir uma carona para casa".

Dentro da patrulha, uma delas também postou uma foto no Snapchat com a mensagem: "Eu, no fundo, no camburão de novo".

"Em nossa sociedade, é difícil imaginar que duas meninas tão jovens sejam capazes de tanta violência", declarou Gerry Wareham, do serviço forense, ao falar à imprensa na saída do tribunal, definindo o crime como selvagem.

"Vendo a gravidade do ataque infligido à senhorita Wrightson, poderíamos ter esperado que as meninas expressassem seu remorso depois da morte. Ao contrário, riram e sorriram para selfies", acrescentou.

As duas adolescentes haviam ido várias vezes à casa de Wrightson para conseguir álcool e cigarros.

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O italiano Pasquale Scotti, 57 anos, preso no Recife no dia 26 de junho de 2015, foi extraditado à Itália na quarta-feira (9). Ele é condenado pela justiça italiana à prisão perpétua por fazer parte de uma máfia e cometer crimes de porte ilegal de armas de fogo, resistência, extorsão e 26 homicídios entre 1980 e 1983.

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Antes de vir para o Recife, Pasquale passou por vários estados do Brasil e estava usando o nome de Francisco de Castro Visconti. Ele foi sócio de uma boate em Boa Viagem, Zona Sul da capital, atuava nos ramos de fogos de artifício e importação de alimentos e estava no Brasil desde 1986, casando-se em 1995 com uma brasileira, com quem teve dois filhos.

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Pasquali é apontado como ex-líder da organização criminosa Camorra. O estrangeiro é acusado de 26 homicídios, incluindo o assassinato do banqueiro Roberto Calvi, conhecido como o “Banqueiro de Deus”. Calvi foi morto em Londres, em 1982, e inicialmente acreditava-se ter sido um caso de suicídio. Pasquali integrava uma lista de dez superprocurados pela Itália. Em 1991, ele teve a prisão decretada pela justiça italiana e foi condenado à prisão perpétua em 2005.

Segundo a Polícia Federal em Pernambuco (PF-PE), nem a mulher nem os filhos do acusado tinham conhecimento do seu histórico criminoso. Ele foi preso após deixar as crianças na escola, para evitar constrangimento. O italiano foi enviado a Brasília no dia 27 de junho de 2015. Ontem, ele saiu de Brasília por volta das 16h e foi entregue no Rio de Janeiro às 18h10 para policiais federais italianos. 

Um pastor canadense acusado de atividades subversivas foi condenado nesta quarta-feira (16) na Coreia do Norte à prisão perpétua com trabalhos forçados, o último de uma série de missionários estrangeiros detidos por se intrometer nos assuntos do país, segundo autoridades.

Hyeon Soo Lim, nascido na Coreia do Sul, atuava em Toronto como pastor da Igreja Presbiteriana Coreana da Luz.

"O acusado Lim reconheceu todas as acusações apresentadas contra ele, entre elas a difamação viciosa de nosso sistema e de nossa suprema dignidade, assim como conspirar para derrubar o nosso Estado", indicou a agência oficial norte-coreana, KCNA.

Segundo a agência, o promotor havia pedido à Suprema Corte que pronunciasse a pena de morte, alegando que os crimes do pastor mereciam "a punição mais severa". Finalmente, o tribunal rejeitou sua recomendação.

Lim foi detido pelas autoridades norte-coreanas em janeiro depois de chegar da China. Segundo sua igreja em Toronto, estava no país em missão humanitária e já o havia visitado em várias ocasiões para trabalhar em orfanatos e residências de idosos.

Em agosto, a Coreia do Norte publicou um vídeo no qual Lim aparecia em uma missa na igreja Pongsu de Pyongyang confessando seus crimes diante de uma pequena congregação na qual também havia estrangeiros. "Cometi o pior crime de todos, insultar e difamar a dignidade e a dirigência da república", dizia Lim no vídeo.

Os cidadãos estrangeiros detidos na Coreia do Norte são obrigados, em geral, a confessar publicamente seus crimes, seguindo um roteiro muito elaborado, para obter eventualmente sua liberdade.

"O julgamento demonstrou novamente o destino miserável que pessoas como Lim aguardam, seguidores dos regimes americano e sul-coreano, que sem cessar tentam aniquilar nosso sistema socialista e difamam a suprema dignidade de nossa república sagrada", acrescentou a agência KCNA.

A condenação de Lim também ocorre depois do fracasso de incomuns negociações de alto nível entre as duas Coreias, que tinham por objetivo melhorar a relação bilateral.

Desconfiança com religiosos

O regime comunista de Pyongyang encara com muita desconfiança os missionários estrangeiros, embora autorize alguns a trabalhar em missões humanitárias.

Nos últimos anos vários religiosos cristãos foram detidos, em sua maioria americanos de origem coreana. Alguns puderam retornar, graças à intervenção de políticos americanos de primeiro nível.

A liberdade religiosa está contemplada na Constituição norte-coreana, mas na prática é inexistente. As atividades religiosas estão estritamente reguladas e limitadas a organizações reconhecidas pelo governo.

Os religiosos estrangeiros detidos na Coreia do Norte se expõem a elevadas penas de prisão, ou podem servir também de moeda de troca para obter concessões ou a visita de algum importante representante estrangeiro.

Assim, em novembro de 2014, Kenneth Bae, um cidadão americano de origem coreana, assim como Lim, foi libertado depois de ser condenado a 15 anos de trabalhos forçados.

Este missionário evangélico foi condenado por conspirar contra o regime norte-coreano. Foi libertado junto a outro americano ao término de uma missão secreta efetuada em Pyongyang pelo chefe da inteligência americana, James Clapper.

Um missionário sul-coreano detido na Coreia do Norte em outubro de 2013, Kim Jeong-Wook, cumpre atualmente uma condenação de prisão perpétua a trabalhos forçados.

A Suprema Corte dos Estados Unidos discutiu nesta terça-feira (13) a possibilidade de voltar a julgar e, possivelmente, libertar réus condenados à prisão perpétua por um crime que cometeram quando eram menores de idade.

Atualmente, milhares de detentos nos Estados Unidos estão condenados a passar o resto de seus dias na prisão, apesar de serem adolescentes quando foram presos. Em 25 de junho de 2012, a Suprema Corte julgou que a prisão de uma pessoa menor de idade violava a Constituição e impôs que um adolescente autor de um crime seja tratado de forma diferente a um adulto.

Mas só puderam se beneficiar desta decisão histórica menores de idade condenados por assassinato a partir de então e, nesta terça-feira, a Suprema Corte pensou na possibilidade de aplicar uma retroatividade às condenações promulgadas anteriormente.

Assim, os nove juízes da alta corte abriram o caso de Henry Montgomery, que tinha 17 anos quando matou ao assessor de um comissário na Louisiana. Preso desde 1963, Montgomery tem atualmente 69 anos. Ele pede para voltar a ser julgado e se beneficiar da oitava emenda da Constituição, que proíbe "as penas cruéis e incomuns".

A Suprema Corte tomará uma decisão sobre a retroatividade antes do fim de junho de 2016. Esta discussão vem à tona no âmbito de um debate mais amplo nos Estados Unidos sobre as penas, consideradas de duração excessiva em um sistema judicial com superpopulação carcerária.

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