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Motoristas de ônibus da antiga rodoviária Pedrosa protestaram em frente à sede da empresa, na manhã desta terça (23), no bairro de Beberibe, na Zona Norte do Recife. A paralisação atrasou as 22 linhas atendidas pela empresa.

Sem previsão para normalizar o serviço, o Sindicato dos Rodoviários alega que o Consórcio Recife - empresa oriunda da junção da Pedrosa com a Transcol - atrasou o pagamento quinzenal dos trabalhadores.

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Segundo a categoria, a parcela deveria ter sido paga no dia 20, mas ainda não foi transferida. Dezenas de motoristas estão em frente à garagem para cobrar o pagamento e apontam que esses atrasos são recorrentes na empresa.

Confira as linhas afetadas:

330 - CASA AMARELA / CDU (AV. CAXANGÁ)
414 - TORRE 510 - NOVA DESCOBERTA / DERBY
511 - ALTO DO MANDU
513 - CÓRREGO DA AREIA - Atende ao Córrego do Joaquim
515 - NOVA DESCOBERTA (BACURAU)
516 - CASA AMARELA (NOVA TORRE)
517 - CÓRREGO DO INÁCIO
520 - MACAXEIRA / PARNAMIRIM 521 - ALTO SANTA ISABEL (CDE. BOA VISTA)
522 - DOIS IRMÃOS (RUI BARBOSA E PRÍNCIPE)
523 - DOIS IRMÃOS (BACURAU)
524 - SÍTIO DOS PINTOS (DOIS IRMÃOS)
532 - CASA AMARELA (CABUGÁ)
533 - CASA AMARELA (BACURAU)   
601 - PR BOLA NA REDE / TI MACAXEIRA
604 - ALTO BURITY / MACAXEIRA
621 - ALTO TREZE DE MAIO
624 - BREJO (CDE. BOA VISTA)
626 - BREJO (BACURAU)
630 - VASCO DA GAMA / DERBY
631 - NOVA DESCOBERTA (CABUGÁ)
632 - ALTO DO REFÚGIO
641 - TI MACAXEIRA / ENCRUZILHADA
645 - TI MACAXEIRA (AV. NORTE)
680 - VASCO DA GAMA / AFOGADOS
718 - CÓRREGO DO EUCLIDES / DERBY
901 - TI ABREU E LIMA / TI MACAXEIRA
902 - MIRUEIRA / MACAXEIRA
948 - ARTHUR LUNDGREN II / MACAXEIRA

Em resposta, o Consórcio Recife disse que foi surpreendido pelo protesto, considerado "ilegal e abusivo" pela empresa. Em nota, a empresa informou que o pagamento cobrado pelos funcionários se trata de um adiantamento e anunciou que ele deve ser feito até a quinta (25). Confira na íntegra:

"O Consórcio Recife foi surpreendido na madrugada desta terça-feira (23) por mais uma paralisação ilegal e abusiva promovida pelo Sindicato dos Rodoviários. O movimento contraria a Lei de Greve ao impedir que os trabalhadores que não desejam participar da paralisação exerçam as suas atividades, uma vez que as lideranças rodoviárias estão bloqueando o portão da garagem do consórcio e impedindo a circulação dos ônibus.

O Consórcio Recife informa ainda que contatou previamente o Sindicato do Rodoviários para avisar sobre a impossibilidade de realizar o pagamento do adiantamento salarial nesta segunda-feira, como é de costume no setor, e que o pagamento deve ser feito até a quinta-feira (25) desta semana. Importante destacar que a convenção coletiva da categoria não estabelece uma data para pagamento do adiantamento salarial, restando como prazo legal apenas o quinto dia útil do mês, o que vem sendo rigorosamente cumprido pelas empresas.

Por fim, o consórcio reforça que está envidando os esforços necessários para reestabelecer o serviço e normalizar a operação.” 

 

Cerca de nove quilos de cocaína, divididos em oito tabletes, foram apreendidos por equipes das Rondas Especiais (Rondesp) Norte com o passageiro de um ônibus intermunicipal que saiu do estado de São Paulo e seguia sentido a cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte (RN). Drogas encontradas na noite de quinta-feira (8) estavam escondidas dentro de caixas de som.

Conforme o comandante da unidade, major Edmildo Moreno Sobral, o nervosismo do homem levantou a suspeita dos passageiros. Assim que o ônibus fez uma parada em Juazeiro, a polícia foi acionada.

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“Nós chegamos e realizamos a varredura em todo o ônibus. Solicitamos que o criminoso abrisse a mochila que carregava e encontramos umas porções de cocaína, o que nos alertou para outros tabletes escondidos”, contou.

No compartimento de bagagens, o homem indicou que o resto dos tabletes estava escondido em duas caixas de som. As drogas foram encontradas e levadas, junto com o suspeito – que entregaria as drogas para outro criminoso, no destino final – para a Delegacia Territorial (DT) de Juazeiro.

Da assessoria.

Aeroporto e rodovias do Distrito Federal já vivem o aumento de fluxo comum nos últimos dias do ano, quando muitas pessoas pegam avião ou ônibus para encontrar seus entes ou amigos queridos. A expectativa é de que, apenas o Terminal Rodoviário Interestadual de Brasília, cerca de 10 mil pessoas embarquem para outros estados entre os dias 23 e 24 de dezembro, chegando a 34 mil passageiros até o dia 26. .

Já no Aeroporto de Brasília, a movimentação total projetada para dezembro supera 1,3 milhão de passageiros, fluxo 5% maior do que em 2021; porém 11% inferior ao registrado em 2019, antes de a pandemia chegar no país, conforme informado pela concessionária do aeroporto, Inframerica.

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O Aeroporto de Brasília é o segundo mais movimentado do Brasil, e um dos principais centros de conexão de voos, por auxiliar na interligação das capitais com o interior do país. Segundo a Inframerica, cerca de 40% dos passageiros usam o terminal para fazer conexões. Inclusive duas das principais companhias aéreas instalaram nele seus hubs, que são os centros de distribuição de passageiros.

No caso do terminal rodoviário, os principais destinos são Rio de Janeiro, Anápolis, Belo Horizonte, São Paulo, mas é também significativo o número de partidas para os estados das regiões Sul e Nordeste. Para dar conta dessa demanda, serão disponibilizados 120 ônibus extras. “Caso seja necessário, mais carros podem ser colocados em operação”, informa o Consórcio Novo Terminal referindo-se a uma das operações especiais adotadas pela gestão da rodoviária interestadual.

Dicas para uma viagem tranquila

Tanto a gestora da rodoviária como a concessionária aeroportuária apresentaram, à Agência Brasil, uma lista de recomendações para que os viajantes evitem surpresas desagradáveis em meio aos deslocamentos.

Deslocamento aéreo

- A Inframerica orienta os passageiros a chegarem no aeroporto com 2h de antecedência para voos domésticos e 2h30 para voos internacionais;

- Para agilizar o processo na fila de raio-x, o passageiro deve retirar todos os objetos metálicos que estiver carregando - cintos, relógios, chaves, moedas e celulares. Notebooks também devem ser retirados de malas e mochilas e depositados nas caixas plásticas para inspeção;

- Vale lembrar que alguns itens são proibidos na bagagem de mão, como objetos cortantes ou perfurantes. Para evitar o descarte dos objetos no canal de inspeção, transporte-os em sua bagagem despachada;

- Com relação a quantidade, volume e peso de bagagens de mão, vale confirmar com a sua companhia aérea as regras para não precisar despachar a bagagem quando estiver embarcando. Este processo pode atrasar o voo;

- Os horários de pousos e decolagens podem ser acompanhados pelos monitores espalhados pelo terminal, pelo site ou pelo aplicativo do aeroporto;

- No caso de viagem ao exterior, fique atento à validade do seu passaporte e aos vistos necessários para a viagem. Alguns países possuem regras de acesso específicas por causa da Covid-19;

- Para embarcar é necessário apresentar documento com foto. São aceitos: passaportes, carteiras de identidade, carteiras de motoristas e carteiras de trabalho. O documento digital também é aceito;

- Fique atento a documentação e a autorização para viajar com menores de 16 anos;

- Objetos esquecidos e perdidos no aeroporto são enviados ao Achados e Perdidos. No caso do Aeroporto de Brasília, a sala fica localizada próximo ao balcão de pagamento de estacionamento. O telefone de contato é o (61) 3214-6109. Objetos esquecidos dentro das aeronaves são de responsabilidade das companhias aéreas;

- Malas e bagagens de mão devem estar sempre acompanhadas de seus donos. Por motivos de segurança, não deixe seus pertences desacompanhados;

- O conteúdo das malas é de responsabilidade do passageiro. Fique atento, pois transportar objetos de terceiros pode ser um risco;

- Em caso de dúvidas, procure os funcionários da concessionária aeroportuária no balcão de informações;

- Ao optar por transporte por aplicativo ou táxi, preste atenção ao embarcar. O serviço de táxi possui uma área própria e credenciada para o serviço no aeroporto. Motoristas de aplicativo não abordam passageiros. As corridas devem ser feitas pelo sistema da empresa no celular. Confira a placa e o nome do condutor do veículo antes de embarcar. O embarque em transporte por aplicativo é feito em uma área especial para isso.

Deslocamento terrestre

- Para ter a garantia de que sua viagem não passará por nenhum imprevisto, opte pelo transporte rodoviário regular. Somente ao embarcar nos terminais rodoviários oficiais os passageiros viajam com total segurança, por meio de viações regulares que podem assegurar todos os direitos garantidos em lei, evitando, inclusive, riscos de cancelamento de viagem em cima da hora;

- Terminais regulares possuem postos da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), e por isso as linhas regulares passam por fiscalizações constantes. O passageiro ainda pode desfrutar de amplas áreas de espera e verdadeiros centros de conveniência com restaurantes, lojas,

serviços e várias outras comodidades;

- Caso não seja possível realizar a compra online, antes de se deslocar ao terminal rodoviário entre em contato com a empresa de ônibus que deseja contratar para checar a disponibilidade de passagens e opções de datas e horários;

- Caso apresente algum sintoma relacionado à Covid-19, entre em contato com a empresa e remarque a sua viagem. O passageiro rodoviário tem prazo de até um ano para remarcar a data da sua passagem;

- Todos os passageiros, até mesmo as crianças, devem apresentar documento de identificação original e com foto;

- O embarque de menores de 16 anos para viajarem desacompanhados ou com terceiros requer autorização. Para informações, acesse: www.tjdft.jus.br, em Informações / Infância e Juventude/ Autorização de Viagem;

- São permitidas bagagens de até 30 kg no bagageiro e até 5 kg de bagagem de mão, desde que não interfira no conforto dos demais passageiros. Recomendamos que identifique as bagagens com etiqueta contendo nome completo e telefone;

- É importante que o passageiro chegue ao terminal com pelo menos 30 minutos de antecedência em relação ao horário marcado na passagem;

- A remarcação e o reembolso da passagem são feitos com até 3 horas de antecedência, diretamente com a empresa de ônibus.

Na manhã desta sexta-feira (19), os ônibus da Metropolitana foram impedidos de circular devido ao protesto de ex-funcionários na garagem da empresa, em Jardim Uchôa, Zona Oeste do Recife. De acordo com o sindicato da categoria, 382 profissionais da rodoviária foram demitidos no início da pandemia e ainda não receberam a rescisão.

Com os contratos cancelados entre os dias 26 e 31 de março, o grupo afirma que não consegue retirar os valores da multa rescisória, 40% do saldo do FGTS e aviso prévio. "A empresa alega falência, tentando burlar os cofres públicos e fraudes trabalhistas. Não querem pagar o tempo de serviço correto", aponta Aldo Lima, presidente do Sindicato dos Rodoviários do Recife e Região Metropolitana.

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Sem emprego e com o direito negado, os profissionais relatam que estão passando por dificuldade financeira e não conseguem arcar com as despesas mensais. O presidente acrescenta que o Ministério da Economia percebeu a suposta fraude relacionada à falência e bloqueou o auxílio-desemprego, pois as demissões teriam sido ilegais, "com intuito de lucrar em cima dessa pandemia", finalizou.

Uma nova assembleia dos rodoviários está marcada para a manhã desta quinta-feira (5). Desta vez, o ato será na garagem da empresa Metropolitana, no Barro, bairro da Zona Oeste do Recife. A reunião ocorre um dia após o ato que impediu a circulação dos coletivos da Rodoviária Caxangá, na manhã desta quarta (4).

O sindicato pretende debater com os profissionais a jornada de dupla função imposta aos motoristas. Em algumas linhas, condutores já fazem o papel de cobrador e administram as tarifas dos passageiros.

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Procurado pelo LeiaJá, o Grande Recife Consórcio de Transporte não informou se haverá esquema especial para atender à população.

 

A partir deste sábado (15), a Estação Rodoviária do Metrô do Recife (TIP) passa a funcionar em esquema de integração temporal. Com a mudança, os 1750 passageiros diários só vão poder fazer a integração com o Vale Eletrônico Metropolitano (VEM).

Obedecendo a operação das seis integrações temporais do Grande Recife, o acesso sem pagar uma segunda tarifa é garantido por um período de duas horas. Das 36 estações da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), 15 compõem o sistema integrado.

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No TIP circulam as linhas: 49 - TI TIP / Moreno (BR-232); 219 - TI Jaboatão (Sancho) / TI TIP; 302 - TI TIP / Caxangá; 346 - TI TIP (Conde da Boa Vista); 347 - TI TIP (Derby); 348 - TI TIP / Curado V; 351 - Curado II / TI TIP; 361 - Curado IV - Rua 14 / TI TIP; 363 - Curado IV - Av. 01 / TI TIP; 370 - TI TIP / TI Aeroporto; e 2410 - Parque Capibaribe / TI TIP.

O Terminal Rodoviário Prefeito Antonio Farias (TIP), no Recife, deu início à operação especial de fim de ano. O equipamento espera registrar um aumento de 38% do fluxo se comparado ao movimento normal do local.

 De acordo com o TIP, a expectativa é que 85 mil passageiros passem pelo terminal até 2 de janeiro de 2020.

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 Empresas de ônibus que operam no TIP já confirmaram cerca de 60 viagens extras para o período, quantidade que pode aumentar caso haja maior demanda. No entorno do terminal, há aumento de equipes da Polícia Militar (PM) e da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU).

 Segundo o terminal, os destinos mais procurados em Pernambuco são Caruaru, Gravatá, Vitória e Garanhuns. Fora do estado, os locais mais buscados são Campina Grande-PB, João Pessoa-PB, Natal-RN, Fortaleza-CE e Maceió-AL.

Na manhã desta terça-feira (12), um homem perdeu o controle do veículo na BR-101 e bateu em um poste de iluminação, ficando preso às ferragens juntamente com uma mulher e um bebê (não foi confirmado a ligação familiar), de aproximadamente três meses de vida. A criança teve parada cardiorrespiratória, mas o subtenente do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv), identificado apenas como Rômulo, conseguiu reanimá-lo. 

Os nomes das pessoas envolvidas não foram divulgados. O casal foi socorrido pela viatura do Corpo de Bombeiros e levados para o Hospital Mendes Sampaio, no Cabo de Santo Agostinho, Grande Recife. A BPRv tinha finalizado uma instrução prática na Rodoviária PE-009 e, por isso, os estudantes ajudaram na ocorrência sinalizando, balizando o trânsito ou apoiando o socorro de urgência.

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O governo do Distrito Federal interditou parcialmente a Rodoviária do Plano Piloto após vistorias detectarem dilatação nas fissuras da estrutura que dá sustentação ao piso superior do local. A previsão do governo é de iniciar a obra em 15 dias, com duração de cerca de três meses a um custo de R$ 6 milhões. A instabilidade da plataforma levou as autoridades locais a alterarem o fluxo do trânsito nas proximidades.

Vistorias feitas pela Novacap (Companhia Urbanizadora da Nova Capital) detectaram uma dilatação de 0,4 centímetro para 1,5 centímetro nas fissuras da estrutura ao longo de três meses. O governo avaliou que o processo de licitação normal não seria o mais adequado, devido aos riscos e ao transtorno que uma obra demorada causaria para a população. A gestão tenta aprovar junto ao Tribunal de Contas a contratação emergencial da obra.

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O tráfego de carros e motocicletas será permitido apenas na pista que liga o Eixo L Sul ao Eixo L Norte, segundo explicou o governo. Por ali, condutores que se deslocam da Asa Sul para a Asa Norte poderão seguir na mesma via, porém, com apenas duas faixas de acesso liberadas. Já a terceira faixa será revertida para atender o fluxo dos motoristas que seguem em sentido contrário, da Asa Norte para a Asa Sul.

Nenhum veículo poderá atravessar a via que liga o shopping Conjunto Nacional ao Conic, no sentido Norte-Sul. Por ali o trânsito será totalmente interrompido e só será permitida a passagem de pedestres e ciclistas. Os estacionamentos da parte superior da rodoviária também serão temporariamente interditados, informou o governo.

Para atender aos usuários de ônibus que desciam na pista da plataforma superior entre o Conjunto Nacional e o Conic, uma parada provisória será instalada no paredão que fica ao lado do Buraco do Tatu. No sentido contrário, um novo ponto de embarque e desembarque de passageiros será criado para dar conta da demanda dos ônibus que acessavam a plataforma na via, sentido Sul-Norte.

"Sei do transtorno que uma medida emergencial como essa causará à vida da nossa população, mas precisamos, em primeiro lugar, pensar na segurança e na vida das pessoas que passam por ali todos os dias", disse o governador Ibaneis Rocha (MDB), segundo nota divulgada pela sua gestão.

"Como foi uma interdição abrupta, esperávamos que nesses primeiros dias pudesse haver alguma confusão. Vamos reforçar com cartazes nas plataformas superiores a informação de que os ônibus não vão passar mais naquele local, por enquanto, mostrando para as pessoas o lugar correto para onde eles terão que seguir", disse o secretário de Transporte e Mobilidade, Valter Casimiro. (COM INFORMAÇÕES DA AGÊNCIA BRASIL)

A Polícia Civil de Alagoas prendeu, na manhã desta quarta-feira (17), Nailson Davi Nascimento Santos, 28 anos, acusado de estuprar a prima de sua companheira. O homem foi surpreendido quando tentava fugir pela rodoviária de Maceió.

De acordo com a Polícia, o crime de estupro aconteceu no dia 9 de abril, na residência da mulher, após ela receber uma mensagem do criminoso perguntando se poderia levar um currículo para a mãe da vítima.

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Sem perceber nada de estranho, a mulher informou que sua mãe havia saído, mas que ela mesma poderia receber o documento. As investigações apontam que, quando Nailson chegou na casa da vítima, ele pediu para entrar, tomar água e depois para ir ao banheiro.

Foi neste momento que o acusado pegou uma faca peixeira e colocou no pescoço da mulher. Impedindo qualquer reação, a vítima foi levada para o quarto, onde foi abusada sexualmente.

A Polícia Civil aponta que Nailson teria levado o telefone celular da mulher e feito ameaças de morte. Ele já responde por estupro de vulnerável, tráfico de drogas, tentativa de homicídio e furto. O acusado foi ouvido pela polícia e será encaminhado para o sistema prisional.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu nesta terça-feira (9), cerca de 55 celulares avaliados em cerca de R$ 80 mil. Os aparelhos foram recolhidos após policiais abordarem dois veículos na BR-277, em Guarapuava, no Paraná.

Os aparelhos estavam escondidos na lateral e no painel de um Celta com placa de Chapecó, Santa Catarina. Outro carro, um Sentra, fazia o trabalho de batedor do transporte ilegal. Os motoristas dos veículos, um de 27 anos e outro de 24, foram presos.

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De acordo com as informações da Emissora Catve, os dois contrabandistas confessaram a compra dos aparelhos celulares no Paraguai e a entrega da mercadoria em Curitiba. A dupla foi presa e o material encaminhado a Polícia Federal de Guarapuava.

Por Waleska Andrade

 Apresentadora do ‘Hoje em Dia’, da Rede Record, Ticiane Pinheiro causou polêmica nesta segunda-feira (18) ao fazer um comentário ‘preconceituoso’ no Instagram. Ela comparou a fila do aeroporto com a de uma rodoviária e foi criticada pelos internautas.

Via stories, a apresentadora tirou uma foto da fila do aeroporto e na legenda escreveu: “Olha a fila para passar no detector de metais! Aeroporto virou rodoviária”. Rapidamente, o comentário repercutiu e os seguidores não deixaram passar.

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“Já comprou o jatinho? Ou ainda vai ter q ir viajar com os pobres?’’; “ 'Isso tá igual uma rodoviária' vocês são todos preconceituosos disfarçados. É o povo da rodoviária que ver a porcaria do programa que você apresenta.”; “Querida o que vc tem contra quem usa rodoviária? Não entendi! Que bosta em!!!!”, criticaram.

Após o impacto negativo da publicação, Ticiane excluiu o Stories e até a data desta publicação, não se pronunciou sobre o ocorrido.

Suspeita de tentar vender o filho de 12 anos em Santa Maria da Vitória, Oeste da Bahia, Maria Roque Rocha informou à Polícia que venderia o garoto por raiva, porque ele era fruto de um estupro. O homem suspeito de negociar a compra do adolescente foi preso na manhã desta terça-feira (15), na cidade de Botuporã, sudoeste da Estado.

Segundo informado pela polícia ao G1 Bahia, o suspeito, de 71 anos, já tinha passagem por tráfico de drogas e posse ilegal de arma de fogo. Não foi divulgado o nome do aliciador, nem muitos detalhes sobre a sua prisão.

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A mãe, Maria Roque, viajou na última sexta-feira (11) para Santa Maria da Vitória, com o intuito de vender o filho, dizendo que a criança seria levada para uma outra família brasileira que mora no Japão. Maria contou ainda que, com a venda do adolescente, receberia R$ 5 mil na rodoviária e outros R$ 65 mil quando o garoto chegasse no país asiático.

Essa história foi contestada pelo delegado do caso, Alexandre Haas, que alega que a história de levar o garoto para o Japão foi um pretexto que o aliciador inventou para iludir o adolescente, que é filho único e está agora na casa de um tio, sendo acompanhado pelo Conselho Tutelar.

A mãe foi presa após confessar que venderia o filho de 12 anos. Ela havia deixado o menor sozinho na rodoviária Santa Maria da Vitória, Bahia, mas os policiais encontraram o garoto chorando. Ele falou o nome e número de telefone da mãe, que foi contactada pelas autoridades.

Policiais de Santa Maria da Vitória, na Bahia, impediram que uma mulher vendesse seu filho de 12 anos na rodoviária. Segundo a polícia, a criança seria comercializada por R$ 5 mil.

A prisão da mãe ocorreu em Bom Jesus da Lapa após uma policial de Santa Maria visualizar um menino sozinho e chorando na rodoviária. "Ela se aproximou e conversou com o garoto. Ao tomar conhecimento do fato, acionou o conselho tutelar da cidade e conseguimos desdobrar o caso", explica o delegado Alexandre Pinheiro.

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A mãe foi identificada como Maria Rocha Roque. Ela foi presa ainda na rodoviária na sexta-feira (11). “Ela confessou que entregaria a criança a um homem e receberia R$ 5 mil. Continuamos com as investigações para chegar a esse possível comprador da criança”, acrescentou o delegado. O homem faria o pagamento não foi localizado.

Maria Rocha foi autuada por tráfico de pessoas e encaminhada para a cadeia pública de Santa Maria da Vitória. Os conselhos tutelares de Santa Maria da Vitória e de Bom Jesus da Lapa acompanham o garoto e já entraram em contato com outros familiares.

Com informações da assessoria

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu, em flagrante, um jovem de 22 anos suspeito de roubar os passageiros de um ônibus de linha que circulava pela BR-101, na altura do bairro de Jardim São Paulo, na Zona Oeste do Recife, na noite da última quarta (31). Os agentes recuperaram quatro celulares roubados, a quantia de R$ 120 em dinheiro e uma pistola falsa.

Os policiais faziam uma ronda pelo local quando avistaram o homem desembarcando do coletivo e correndo para a comunidade do Vietnã. A equipe considerou a atitude suspeita e iniciou uma busca para localizar o jovem, que foi encontrado dentro de uma residência invadida durante a fuga.

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O homem foi detido e encaminhado para a Central de Plantões da Capital, em Campo Grande, na Zona Norte do Recife. As vítimas do roubo foram ao local para recuperar os pertences e fazer o reconhecimento do suspeito, que já tem passagem na polícia por tráfico de drogas.

A Polícia Militar do Distrito Federal prendeu na última quarta-feira (12), um jovem, de 18 anos, suspeito de comercializar diplomas falsos do ensino médio, vendidos a R$ 350. O suspeito foi preso em flagrante, na Rodoviária do Plano Piloto, em Brasília, enquanto aguardava um casal para conclusão da venda.

Durante a ação, o rapaz ainda tentou jogar os envelopes para evitar o flagrante. Ao verificar o pacote, a polícia encontrou os diplomas falsos, que chamaram atenção dos militares por terem as mesmas notas em todas as matérias. Os certificados apresentavam nomes de instituições verídicas, que ainda não se pronunciaram sobre o caso.

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Na ocasião, um suposto comprador também foi detido. Os dois foram conduzidos para a 5ª Delegacia de Polícia, onde foram indiciados pelo crime de falsificação de documento, cuja pena varia entre dois a seis anos de reclusão.

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Na época do Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), no Agreste pernambucano, os hotéis e pousadas sobem o preço da diária. Nem todos que querem prestigiar o festival têm condições de arcar com tais custos, ou apenas entendem que não é preciso gastar tanto. Mesmo com o frio de 18ºC e a chuva incessante, muitos decidem se estabelecer na Rodoviária de Garanhuns.

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Nesta sexta-feira (21), dez barracas estavam instaladas na parte de trás da rodoviária. Há mais para chegar. Em uma área dentro do próprio local, grupos também transforma em seu local de dormir.

Um grupo de quatro jovens do Recife vieram para o FIG pela primeira vez este ano. "Eu queria ver Tom Zé, só que não vai ter mais. Também quero assistir a Baby do Brasil", diz o estudante Cícero da Silva, de 22 anos. Sua amiga, Marina Alexandre, conta que não veio prestigiar uma atração específica, mas aproveitar a experiência. 

Entre as barracas, uma chamava a atenção pela sua imponência. São dois quartos e uma sala. Quase um palácio para João Paulo, de 31 anos, que decidiu trazer sua família. Além dele, dividem o espaço sua esposa Cris Silva e os filhos Alef, de 10 anos, e Pammilli, 14. 

"É aqui onde fico relaxado, que minha mente descansa", diz João Paulo inspirando e expirando vagarosamente. É a quinta vez que ele vem com a esposa e a segunda vez que vem com os filhos. "Eu quero que meus filhos vivam essa experiência do camping", ele afirma.

Quem opta por dormir no terreno da rodoviária tem que se preparar para enfrentar algumas dificuldades. Marina Alexandre, por exemplo, estava com sua tenda toda molhada, porque não trouxe lona que protegesse da chuva. O grupo dela está tomando "banho de cuia" no banheiro da rodoviária, a contragosto dos funcionários de lá. 

João Paulo, mais experiente, diz conhecer um lugar com refeição barata. O banho quente lá custa R$ 3. "Eu gosto daqui", disse timidamente Pammilli, para a alegria do pai. 

Ponto de partida para muitos viajantes, destino final para outros, local de reencontros e também de desencontros, a Rodoviária do Recife, também conhecida como TIP (Terminal Interestadual de Passageiros) recebe mais de dez mil pessoas diariamente e registra cerca de 300 saídas e chegadas de ônibus para diversas rotas do Brasil. Apesar da efemeridade nas relações de alguns passageiros com o terminal, algumas pessoas fazem da rodoviária a sua morada, temporária ou permanente. Elas nem sempre estão à espera de um ônibus, mas de esperança por dias melhores e oportunidades.

Para entender os motivos da rodoviária servir de moradia para muitos, a reportagem do LeiaJa.com foi até o Terminal Interestadual de Passageiros da capital pernambucana e ouviu histórias da presença desses moradores do TIP. A estação fica localizada há 6 km do centro da capital, na BR-232, no bairro da Várzea.

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A rodoviária de Recife é integrada ao sistema de metrô local, pela Estação de Metrô Rodoviária. A ligação física é feita através de uma passarela com cerca de 300 metros. Em um trecho um pouco mais íngreme da estrutura de concreto, Daniel Nunes de Freitas, 51 anos, colocou seus poucos pertences e fez do espaço sua nova casa.

Do encarceramento às passarelas do TIP

A rodoviária não permite que as pessoas se deitem dentro da estação, mas Daniel garante que na passarela ele não é obrigado a se retirar pelos funcionários. Foto: Brenda Alcântara/LeiaJáImagens

Daniel, mais conhecido como 'Coroa' entre os funcionários do TIP, chegou ao local há 14 anos e se divide entre as ruas do Grande Recife e a passarela. Deitado em um colchão azul rasgado nas laterais e que já não tem tantas espumas para diminuir o impacto com o chão, o morador dorme ao lado de tudo que lhe restou: sua mochila, um cobertor e as mercadorias para garantia do seu sustento.

A rodoviária não permite que as pessoas se deitem dentro da estação, mas Daniel garante que na passarela ele não é obrigado a se retirar pelos funcionários. Apenas quando há chuva de vento, que molha o chão. Ele conta que procura por um local mais protegido por causa do frio. Coroa foi morar na rua desde a perda da mãe e do pai. Ele casou com uma moça moradora de Serra Talhada, município do Sertão de Pernambuco, e teve três filhos, mas ela o abandonou e levou as crianças.

“Sinto muita saudade dos meus três filhos, principalmente no Dia das Crianças. Já não tenho como entrar em contato com eles porque não sei onde moram e nem tenho telefone. Ela levou tudo e nem fotos me sobraram”, relembra. Daniel diz que também já prestou queixa no Departamento de Polícia da criança e do Adolescente (DPCA), mas há algum tempo perdeu as esperanças.

Apesar de ser um dos únicos que têm um colchão, Daniel conta que dormir não é uma tarefa fácil e só fecha os olhos quando o corpo já não aguenta. “Eu vivo aqui, mas enquanto estou dormindo estou morto, não vejo nada. Queria arrumar um cantinho entre quatro paredes longe do frio e protegido da chuva, tá ligado?”.

Em suas unhas, restou um fungo, adquirido quando ele trabalhava limpando as canaletas do esgoto de um cemitério. Foto: Brenda Alcântara/LeiaJáImagens

O chapéu é o companheiro inseparável de Daniel. Tem vergonha da falta de cabelos. Na mochila, ele carrega duas mudas de roupa que variam de acordo com o dia mais frio ou mais quente e seus documentos. Nas mãos, marcas de quem trabalhou intensamente durante um período da vida. Em suas unhas, restou um fungo, adquirido quando ele trabalhava limpando as canaletas do esgoto de um cemitério. O morador mostra uma pomada que recebeu do posto de saúde, mas o remédio não parece fazer efeito. 

Apesar de não se dizer uma pessoa triste, o Coroa nunca teve vida fácil. “Nunca fui santo”, afirma. Preso pela primeira vez aos 15 anos, não se recorda bem o motivo, mas acha que foi por uma confusão de rua. “Eu tinha fugido de casa porque a minha mãe de criação não acreditava no que eu falava”, diz. Trabalhando na rua desde muito novo, Daniel vendia picolé na Praça do Derby. Certo dia, um casal prometeu levá-lo embora, mas nunca voltaram. “Eu ia trabalhar todo dia e ficava chorando, esperando por eles porque eu não queria viver com a minha família”.

Aos 21 anos, diz ter escolhido o caminho mais fácil pela falta de perspectiva e entrou no mundo das drogas. Foi preso quando estava transportando maconha com um amigo. “A polícia chegou, ele pulou no rio e eu fiquei sozinho. Não sabia nadar”, fala. Na prisão, Coroa relembra que sua pena não era tão alta, mas ficou lá por nove anos porque se envolveu ainda mais com as drogas. Na pele, tatuagens desfiguradas e feitas de forma improvisada durante o período encarcerado. 

Por volta dos 30, ele saiu da prisão e as perspectivas de vida eram quase nenhuma. Abandonado pela família, ele encontrou na rua uma forma de sobreviver. “Tento conseguir alguma coisa pra mim, ando procurando emprego, mas ninguém me dá trabalho porque sou ex-presidiário. Eu me viro vendendo um saco de pipoca e água no ônibus. Já fui operado três vezes com hérnia e úlcera e estou na luta pelos meus direitos no INSS”, diz.

Morar na rua não é fácil. Durante a conversa, Daniel foi comprimentado várias vezes por funcionários do TIP, mas apesar de ser conhecido por muitas pessoas, ele diz se sentir invisível muitas vezes. “Às vezes me bate aquele desespero, fico pensando em fazer maldades comigo porque ando pra todo canto com documento e currículo mas nunca dá certo”.

Além dos pertences que restaram, Daniel também carrega o sonho de conseguir alugar uma casa para sair da rodoviária. “Meus irmãos de criação não me deixam voltar pra casa da minha mãe, mesmo eu tendo direitos. Me deixam entrar tomar banho, mas não posso dormir,  Me sinto abandonado, sabe?”, lamenta. Ele diz que já passou por tanta coisa na vida que atualmente não tem mais medo de nada. “Por mim tanto faz, como tanto fez. Minha vida é essa. Quem tem fé em Deus tem tudo. Eu acredito nisso. Meu sonho mesmo é voltar ao que eu era, eu andava como quem pisa em isopor. Hoje eu carrego bem dizer uns 200 quilos em cada pé porque tudo que eu planejo dá errado”.

O dia em que o operador parou as máquinas


Pai de cinco filhos e avô, ele diz não presenciar o crescimento dos seus descendentes e não tem perspectiva de sair da rodoviária. Foto: Brenda Alcântara/LeiaJáImagens

Do outro lado da rodoviária, na entrada do piso térreo, embaixo do ponto de ônibus que serve de desembarque dos coletivos municipais que chegam ao TIP, o lavador de carros Giovane Francisco, de 42 anos, diz estar com fome porque já se aproxima da hora do almoço e ele ainda não conseguiu nenhum dinheiro para se alimentar. Morador da estação há quatro anos e seis meses, ele diz que rua nunca foi e não será lugar para ninguém morar.

Pai de cinco filhos e avô, ele diz não presenciar o crescimento dos seus descendentes e não tem perspectiva de sair da rodoviária. “Já fui tratada muito mal, feito ladrão e maloqueiro. Eu sofro, não durmo direito, não como direito e sou muito descriminado. Eu lutei para ter meu espaço aqui, mas não foi fácil. Há seis meses queimaram todos os meus pertences e fiqueiapenas com a roupa do couro. A gente que vive na rua, tem muitos inimigos e a nossa aparência é o nosso documento principal”, disse.

Giovane era morador do bairro do Curado II, em Jaboatão dos Guararapes. Da rodoviária, ele aponta para o morro onde vivia com a família. “Era bem alí, moça”, diz. Fez cursos e aprendeu a operar máquinas de indústria. Na época, trabalhava como operador em um fábrica de papel em Jaboatão Velho. “Eu tinha uma vida muito boa, era casado, tinha uma casa excelente e uma família presente”, recorda. Ele se lembra exatamente o dia em que tudo mudou e a sensação que sentiu.

“Eu estava operando a máquina três e fui avisado que tinha uma ligação de urgência pra mim na recepção. Retirei os equipamentos e quando atendi o telefone. Disseram que o meu filho estava internado no Hospital Otávio de Freitas. Ele tinha dois anos”, conta. Aos 21 anos, Giovane perdeu seu primogênito. “Ele morreu por causa de uma pessoa que não gostava de mim e quis se vingar”. O morador da rodoviária não deixa claro como aconteceu a morte da criança, mas as consequências foram um divisor de águas em sua vida.

“Eu abandonei o emprego, fui parar no manicômio e surtei. Eu tinha 21 anos e isso me chocou”.  A rua foi o único lugar que ele conseguiu o amparo que precisava na época. Uma pausa na conversa. Giovane chora ao relembrar das feridas do passado. “Hoje em dia vivo na rua e sinto falta da minha mãe, dos meus outros filhos. Eu passo fome, dificuldade, mas tudo poderia ter sido diferente”, lamenta.

A rotina como morador da rodoviária é dura, apesar de ser melhor do que viver nas ruas. Giovane diz que há uma série de regras a serem seguidas para evitar problemas com os “homens de branco”, referindo-se aos funcionários da Socicam, empresa administradora do TIP. Eles também tiveram de se habituar a uma espécie de toque de recolher. Às quatro da manhã são obrigados a acordar e levantar do chão. Parar nos papelões que servem de apoio para não encostar no chão sujo, só é permitido a partir das 18h. 

Atualmente, o sonho dele é conseguir um emprego dentro da rodoviária porque ele já mora lá e conhece muito bem o local. Foto: Brenda Alcântara/LeiaJáImagens

O ex-operador de máquinas diz que ganha alguns trocados lavando carros dentro da rodoviária de forma escondida. “Eles não me deixam lavar na frente do TIP porque dizem ficar muita lama e uma nojeira. Muitas vezes, os clientes não deixam eu levar carro para longe porque não confiam em mim. Aí, eu sem ter como ganhar nenhum dinheiro, é muito triste”, lamenta.

Roubar ou furtar são pensamentos que já passaram na cabeça dele por alguns momentos por causa do desespero, mas é momentâneo e passa no instante em que ele olha a situação do Brasil. “Na situação da gente, se formos roubar e cair na cadeia, vai ser pior ainda. Vamos mofar lá”, conta. Em uma breve aula sobre a vida na rua, Giovane elenca três tipos de moradores de rua: “existe o ladrão, o morador de rua sujo que não toma banho, e o mangueador, esses somos nós. A gente não pede por pedir. Contamos histórias, e mesmo se ninguém quiser nos ajudar, desejamos o bem”, explica.

O dinheiro arrecadado nos bicos serve para se alimentar diariamente. “Os comerciantes daqui preferem jogar os restos da comida no lixo, numa coleta daqui. Agora, se a gente pedir às pessoas que estão comendo, alguns dão um trocado ou pagam um lanche”, fala. Para tomar banho, ele diz que a ficha na rodoviária custa três reais e raramente faz uso do banheiro lá porque a água é pouca e dura apenas um minuto. “Eu procuro um rio, riacho ou alguma bica perto daqui e me limpo”, diz.

Atualmente, o sonho dele é conseguir um emprego dentro da rodoviária porque ele já mora lá e conhece muito bem o local . “Eu sei que muitos moradores de rua roubam e não são de confiança. Mas eu sou uma pessoa boa e trabalhadora. Pelo tempo que estou aqui já poderia estar empregado ou fazendo qualquer bico como vigia. Mas eles não me querem simplesmente porque eu moro na rua e não tenho um CEP”, atesta.

A 48 horas do reencontro com a felicidade

Ao contrário dos que buscam a rodoviária do Recife como residência fixa, Ivan, de 43 anos, diz que sua estadia no local é apenas passageira. Natural de São Paulo, mas com família em Pernambuco, o programador de web desembarcou na capital pernambucana há mais de mais de dez anos. Ele morava em SP e conheceu a prima. Casaram e vieram morar em Caruaru. Ele relembra que trabalhou por muitos anos no Ibope. “Evoluí na empresa, saí da parte de coleta e ganhei espaço na área de programação. Tenho cursos de Java, Excel, também conserto computador e celular.

Ivan diz que morou na casa do pai durante um tempo após a separação, também se apaixonou de novo, mas a depressão, o vício e a falta de autoestima o levaram ao mesmo caminho. Foto: Brenda Alcântara/LeiaJáImagens

Quando ainda morava em São Paulo, Ivan já travava uma luta contra o vício nas drogas. Ele viu na prima caruaruense uma chance de recomeçar a vida em outro estado e buscar um tratamento para ficar limpo. Morando em Caruaru, a vida parecia traçar um rumo correto. Ele teve dois filhos com a prima e conta que sabia do risco de engravidar uma familiar de primeiro grau, mas o amor falou mais alto e eles tentaram arriscar.

A probabilidade dos nenéns nascerem com alguma doença congênita existia e o destino foi cruel. Os dois filhos foram diagnosticados ainda jovens com cistinose nefropática. Doença rara genética que afeta principalmente os rins, mas que pode afetar negativamente todo o corpo. O primeiro filho faleceu em 2007 com oito anos. A filha morreu aos 15. Para Ivan, com uma vida relativamente estruturada, o choque foi muito grande e o vício nas drogas e no álcool voltou a tona.

Morando há cinco dias na rodoviária, mas há um tempo na rua, o programador tem o entendimento racional do que o levou para a rua. “Muita gente acaba na rua por diversos fatores. Por causa de desilusão amorosa, perda de filho ou um choque grande.  A droga também é muito presente em nossas vidas. Às vezes a pessoa tem dinheiro, uma vida boa, estudo, mas em um determinado momento da vida, tomou uma pancada e não teve  o poder de reação para aquela situação. E aí a gente acaba sendo acolhido pela rua”, explica.

Ivan diz que morou na casa do pai durante um tempo após a separação, também se apaixonou de novo, mas a depressão, o vício e a falta de autoestima o levaram ao mesmo caminho. “Passei um tempo em Olinda, Pau Amarelo e fiz bicos como pedreiro, até que não aparecia mais nada. Eu não tinha opção. Sem endereço e sem telefone ninguém vai querer me contratar para nada”, diz.

Ivan mal havia chegado a rodoviária e enquanto dormia em um papelão emprestado foi furtado. Levaram todos os seus documentos. A ele restou apenas as roupas que veste e um exemplar do dia anterior de um jornal. “Gosto de ler os editoriais, meu pai é jornalista e sou interessado pela política do Brasil”. Durante a conversa, o Giovane, um de seus “vizinhos” da rodoviária, chega com um pote cheio de restos de comida que conseguiu com um dos restaurantes da rodoviária. “Vou dividir com meus amigos”.  

Ivan não sabe quanto tempo vai ficar morando nas instalações do TIP, mas faz de sua passagem um aprendizado diário. Foto: Brenda Alcântara/LeiaJáImagens

Ivan agora tenta conseguir algum dinheiro para retornar à São Paulo e colocar sua vida no eixo em sua terra natal. A sua felicidade está a 48 horas e depende do embarque no ônibus Itapemirim, que segue rumo à capital paulista. “Estou esperando o retorno de um assistente social. Ele ficou de vir aqui e me falar sobre um auxílio que estou esperando. Enquanto isso, a gente se ajuda aqui. É tipo uma família passageira. Quando a gente junta dois papelões e quatro maloqueiros juntos nos familiarizamos”, conta.

Para ele, uma das maiores dificuldades é dormir no chão. “No papelão até conseguimos cochilar, mas é muito duro. Tenho saudades de uma cama. É uma soma de diversos fatores e você acaba dando uma pirada. É um quadro de depressão grande", diz.

"Querem te levar pra um abrigo e lá não tem bebida nem drogas. E muitas vezes o álcool distrai a sua realidade porque se não você fica maturando aqueles problemas e a droga ameniza o sofrimento”, explica. Ivan não sabe quanto tempo vai ficar morando nas instalações do TIP, mas faz de sua passagem um aprendizado diário.

 O destino final sem volta

O colecionador de fotos já viajou o país inteiro e conheceu parte da América do Sul. Foto: Brenda Alcântara/LeiaJáImagens

Peço licença para sentar em seu papelão e ele logo cede todo o espaço para a minha acomodação. Nem o sono de uma noite mal dormida faz com que o aposentado Antônio Lisboa Cavalcanti, 76 anos, fique entusiasmado em contar sua história.

O pernambucano nato diz que o destino não colaborou e o tratou de mandar para as ruas de São Paulo há trinta anos. Apesar da situação de rua, Antônio cheira a alfazema, perfume muito utilizado por avós e avôs. As poucas roupas que carrega estão bem conservadas e nos pés, uma sandália de dedos feita com couro.

Atualmente, o idoso vive em um albergue na capital paulista, que são espécies de casa de acolhimento para moradores em situação de rua. Ele foi viver na rua após a sua esposa o trair com o seu melhor amigo.

“Não aguentei, eu era jovem e fiquei desiludido. Fui parar no mundo”, lembra. Antônio tinha uma vida boa. Se orgulha em dizer que sua profissão de metalúrgico é a mesma do Lula, ex-presidente do Brasil.

Ele chegou na rodoviária há vinte dias por não ter onde ficar no Recife. Antônio conta que viajou de São Paulo até a capital pernambucana para visitar os filhos e os netos. A missão foi cumprida e os filhos “doutores”, como ele mesmo define, não o acolheram bem. “Um é oficial de justiça  e o outro é advogado e vive viajando pelo mundo”, diz.

Antônio, então, decidiu retornar à São Paulo, mas não tinha mais dinheiro para comprar a passagem. “Eu não peço nada a ninguém, nunca fui de pedir. Eu conto a minha história e as pessoas me ajudam porque se emocionam”, diz. 

Foto: Brenda Alcântara/LeiaJáImagens

Para o aposentado, sua vida é um livro aberto de sofrimento. “No momento em que minha mãe morreu, eu nunca mais tive paz”, diz. Mulherengo, apaixonado por fotografia, e amante de viagens podem resumir 'Toninho', como gosta ser chamado. Ele também é batuqueiro de escola de samba, diz orgulhoso. “Eu sou apaixonado por forró, mas o samba também faz parte da minha vida”, conta.

Morando na rodoviária, o idoso conta que sofre com constantes dores nas costas por causa do chão duro e não vê a hora de voltar para São Paulo. O colecionador de fotos já viajou o país inteiro e conheceu parte da América do Sul.

“Agora estou esperando receber a minha aposentadoria para retornar ao meu lar comunitário em São Paulo e não quero voltar mais. Lá eu tenho amigos”, fala. Sem tomar café da manhã ou almoçar, o aposentado diz que passa por uma das maiores vergonhas da vida dele, mas que vai superar e faz da fé em Deus seu guia de voltar ao seu destino final.

Dois policiais militares foram assaltados na noite da quinta-feira (18) no Terminal Integrado de Passageiros (TIP), na Zona Oeste da Capital, segundo a assessoria da Polícia Militar. A dupla teve as armas roubadas por três suspeitos.

Os policiais estavam de folga e não usavam farda. O 12º Batalhão da Polícia Militar (BPM), responsável pela segurança da área, está realizando diligências em busca dos assaltantes.

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A ocorrência ficou registrada no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A Polícia Militar também abrirá um inquérito para apurar os fatos. 

Apesar da informação repassada pela assessoria da Polícia Militar de que o assalto ocorreu no TIP, a assessoria do terminal informou que a abordagem criminosa se deu em uma via do entorno que dá acesso à Empresa Lógica Ambiental. "Segundo policiais do posto de segurança do TIP que atenderam de imediato a ocorrência, as vítimas estavam em um carro de passeio estacionado nesta via, em uma área próxima a um matagal, que foi de onde saíram os meliantes", diz a nota.

Ao tentar embarcar em um ônibus da rodoviária Novo Rio, no Rio de Janeiro, uma mulher foi presa por tentar viajar com um menino de 11 anos escondido dentro da mala. De acordo com a Folha de São Paulo, o caso aconteceu na noite dessa segunda-feira (1).

Ao ser abordada pelos policiais, após denúncia, Natasha Vitorino alegou que a criança era moradora de rua e ela iria levá-la para criar em Curitiba (PR), para onde tentava embarcar. Ainda segundo o jornal, a mulher foi presa por subtração de menor e acabou levada à delegacia. Ela ainda alegou à polícia que conheceu o menino na última sexta-feira (29) em um semáforo, em Botafogo, na Zona Sul da cidade. 

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Uma pessoa transferiu aos policiais militares do Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas a informação de que havia visto uma mão pequena para fora da mala. Um vídeo foi feito por um dos policiais mostra o momento da condução da mulher à sala da PM. O caso foi registrado na 5º Delegacia de Polícia e a criança conduzida para o conselho tutelar.

Confira o vídeo:


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