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Hoje (9) é comemorado o Dia do Tenista. Algumas pessoas se enganam ao pensar que o tênis é um esporte pouco tradicional no Brasil. Apesar dos brasileiros terem alcançado a primeira posição no ranking da ATP com Gustavo Kuerten, antes dele, alguns atletas conquistaram vitórias e títulos que os fizeram deixar sua marca na história do esporte, capazes de marcar época. A época após a instituição do ranking da ATP é conhecida como Era Aberta. Confira a seguir: 

Carlos Kirmayr: Muito mais do que treinador da argentina Gabriela Sabatini, Kirmayr tem em seu currículo o 36º lugar no ranking da ATP, obtido no auge de sua carreira em 1981. O paulistano alcançou resultados interessantes como a classificação para as oitavas de final do Aberto da França em 1981, a terceira rodada em Wimbledon no mesmo ano e, em 1976, e a segunda rodada no US Open de 1983. 

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Fernando Meligeni: Conhecido como “Fininho”, o argentino de origem escolheu o Brasil para defender. Famoso por seu espírito de luta, Meligeni esteve por boa parte de sua carreira entre os melhores do mundo, atingindo em 1999, no ápice da carreira, a 25ª posição 

Jaime Oncins: Pouco antes do início da Era Guga, o Brasil depositava sua torcida no talento do paulistano Jaiminho. Mais precisamente nas Olimpíadas de Barcelona, em 1992, quando ele chegou a uma etapa da disputa pelo bronze. Jaime foi um dos grandes atletas do país na primeira metade dos anos 1990, chegando à 34ª colocação no ranking mundial em 1993. 

Marcos Hocevar: O tenista tem seu nome guardado na história do tênis brasileiro. Chegando a ocupar a 30ª posição no ranking da ATP em 1983, o atleta ficou marcado negativamente por sofrer o primeiro golden set da história quando perdeu por 6 a 0 para Bill Scanlon (1956-2021) no WCT Gold Coast Classic. Mesmo assim, ele foi um dos grandes atletas do país no início dos anos 1980. 

Niege Dias: Depois de Maria Esther Bueno (1939-2018), Niege pode ser considerada a tenista brasileira melhor sucedida entre as mulheres. Chegando a ocupar a 31ª posição no ranking em 1989, a atleta avançou até a terceira rodada de Roland Garros em 1989. 

Com a criação do Pix em novembro de 2020, mudanças comportamentais geradas pela pandemia de covid-19 e o aumento das transações com cartões, os brasileiros usam cada vez menos o dinheiro em espécie para fazer pagamentos do dia a dia. A avaliação é do estudo do Banco Central (BC) Evolução de Meios Digitais para a Realização de Transações de Pagamento no Brasil.

Em 2019, os saques de dinheiro em caixas eletrônicos e agências somaram R$ 3 trilhões. Em 2020, o total caiu para R$ 2,5 trilhões e para R$ 2,1 trilhões, em 2021 e 2022.

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Em 2020, as transações por meio do Pix somaram R$ 180 milhões. No ano seguinte, R$ 9,43 bilhões, e em 2022, R$ 24,05 bilhões.

Segundo o estudo, em relação ao valor médio das operações “há uso preponderante do Pix e dos cartões (especialmente o pré-pago) nas transações de valor mais baixo, indicando seu papel importante na inclusão financeira, deixando as transferências tradicionais como principais opções para transações corporativas, de valores substancialmente mais altos”.

“Nesse sentido, é razoável supor que o Pix e os cartões representaram importante papel na digitalização de camadas mais amplas da população”.

O BC também observou crescimento “expressivo da quantidade de transações com cartões de débito e pré-pago”, influenciado pela expansão de instituições financeiras. “Essas instituições vêm tendo papel relevante na inclusão financeira, ao proporcionar contas de pagamento a pessoas que anteriormente não tinham nenhum relacionamento com o sistema financeiro, sendo, por exemplo, as instituições em que muitos jovens iniciam seu relacionamento com o sistema financeiro”, destacou o estudo.

A mercadoria que garante o ganha-pão de Guilherme Nogueira fica todos os dias, de segunda a sexta-feira, espalhada pelo chão de uma calçada na rua Uruguaiana, no centro da cidade do Rio de Janeiro. O jovem, de 28 anos, tinha um emprego formal, com carteira assinada até 2020. 

Com a chegada da pandemia de Covid-19, ele foi demitido e, desde então, tem que se virar como pode, para garantir o seu sustento e o de seu filho. Atualmente, vende mochilas que ficam expostas em uma lona para pessoas que transitam pela movimentada rua carioca. 

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“Tem dia que vende, tem dia que não vende. Tem dia que vende cinco, oito mochilas. Em outros, vende duas. É difícil, os guardas [municipais] querem pegar [apreender] as mochilas”, lamenta Guilherme. 

A perda do emprego também o envolveu em uma situação que atinge hoje 66 milhões de brasileiros, segundo dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL): o jovem não consegue pagar suas contas. 

Sem uma fonte de renda estável, Guilherme não consegue saldar suas dívidas com o cartão de crédito. “Eu não tinha condições de pagar o banco. Fiz um cartão de crédito e não tinha dinheiro na hora pra pagar. Tenho dívidas com cartão de dois bancos”, conta. “Não tenho nenhum plano para conseguir pagar isso. Está difícil”. 

A inadimplência, ou seja, as contas ou dívidas em atraso, atinge, segundo o CNDL, quatro entre dez brasileiros adultos.  

O número de dívidas em atraso no Brasil, em abril deste ano, cresceu 18,42% em relação ao mesmo período do ano passado. A dívida com os bancos é, segundo o CNDL, o principal motivo da inadimplência: 63,8% do total. 

E, assim como Guilherme, em média os brasileiros inadimplentes devem a duas empresas. Quase metade dos brasileiros na faixa etária a qual pertence o vendedor ambulante (25 a 29 anos) estão na inadimplência. 

Mas não são apenas os jovens que enfrentam o problema, nem os bancos são a única fonte das dívidas difíceis de pagar. Seu José Raimundo, de 67 anos, também é autônomo. Trabalha há anos como engraxate, a poucos metros de onde Guilherme vende suas mochilas. 

E assim como o colega vendedor, foi muito impactado pela pandemia. Ainda sem conseguir contar com uma aposentadoria – ele deu entrada no Benefício Assistencial ao Idoso, mas ainda não recebeu o aval da Previdência Social para receber o dinheiro – ele perdeu grande parte da clientela que usava seus serviços antes da covid-19. 

“Só por causa da pandemia, fiquei quase dois anos em casa. Depois fiquei doente, sem poder fazer nada. Fiquei três anos e pouco sem trabalhar. E aí foi atrasando tudo. Minha mulher sozinha pagando tudo: água, luz, telefone. O que eu mais atrasei foi a conta de água. Na hora que sair o benefício [da Previdência], eu vou conversar com a concessionária e parcelar. Não quero ficar devendo nada a ninguém. Não tenho essa índole de mau pagador”, conta o engraxate que retomou recentemente seu ofício.

Três em quatro idosos com 65 a 84 anos estão com dívidas em atraso no país. Água e luz respondem por 11,1% das inadimplências, percentual parecido com o do comércio, que representa 11,6% das dívidas não pagas. 

E a inadimplência não poupa nem quem tem emprego formal. Alessandro Gonçalves tem 30 anos e trabalha como porteiro em um prédio comercial no centro da cidade do Rio. 

Todo mês, ele precisa fazer malabarismos para garantir que seu dinheiro supra suas necessidades diárias. E isso envolve atrasar o pagamento de algumas contas. “É aquela dificuldade rotineira. Você tem uma conta pra pagar e não consegue. Chega no final do mês, pega o dinheiro pra pagar a conta e não consegue. O salário nosso, a gente faz uma conta e, quando chega no final do mês, não dá pra pagar. E aí a gente tem que atrasar as contas”. 

Renda

Segundo Merula Borges, especialista em finanças da CNDL, a perda de renda é um dos motivos que levam as pessoas à inadimplência.  

“Na pesquisa, quando as pessoas foram perguntadas sobre o motivo de elas terem entrado na inadimplência, elas disseram que tiveram perda de renda ou de si próprios, ou de alguém da família”, afirma Merula. “Isso é natural já que, quando a renda é menor, o espaço que os itens básicos ocupam no orçamento familiar é maior e as pessoas têm menos possibilidade de lidar com algum imprevisto que aconteça”. 

Segundo a especialista, quem tem renda menor também precisa de mais disciplina financeira para evitar a inadimplência.

“Existe, sim, uma possibilidade de as pessoas se manterem adimplentes, apesar da renda mais baixa, mas é muito mais difícil. Então, o foco daquele que tem uma renda menor precisa ser em melhorar a qualificação, procurar cursos gratuitos, possibilidades de melhorar a própria renda para entrar em uma situação um pouco mais confortável”. 

Merula diz que são necessárias políticas públicas que ajudem os brasileiros a saírem dessa situação de inadimplência. O governo federal prepara um programa, chamado Desenrola, que pretende renegociar até R$ 50 bilhões em dívidas de 37 milhões de pessoas físicas. 

A política está sendo preparada pelo Ministério da Fazenda, que, em resposta à Agência Brasil, afirmou que “não se manifesta sobre medidas em elaboração”.

Quando deixou Araioses, no Maranhão, de ônibus e percorreu mais de 2 mil quilômetros até Brasília, em 2017, Maria de Fátima Santos, então com 18 anos de idade, sonhava engatar em uma profissão no comércio e voltar aos estudos. Aos 15 anos, Maria de Fátima tinha abandonado a escola, no quinto ano fundamental, para ajudar em casa.

Ela trabalhava no interior maranhense como diarista. Os livros não tinham espaço, nem eram prioridade na rotina da jovem. Hoje, em Brasília, a escola é só um sonho distante. Atualmente, perto dos 25 anos de idade, ela vive da coleta de objetos no lixo de condomínios para conseguir algum recurso, pagar o aluguel e mandar ao menos R$ 50 para a mãe, que ficou em Araioses.

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Da escola, Maria de Fátima diz que sente falta das aulas de matemática. “Eu gostava e iria me ajudar na minha vida hoje.”

Deixar a escola em plena juventude não é raro no Brasil, conforme aponta uma pesquisa realizada pelo Sesi/Senai (Serviço Social da Indústria/Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), em parceria com o Instituto FSB Pesquisa. Depois dos 16 anos, apenas 15% estão em salas de aula.

”Os dados são fortes. Só 15% da população atualmente estuda. É claro que, na idade escolar, o número sobe para 53%”, afirmou o diretor-geral do Senai e diretor-superintendente do Sesi, Rafael Lucchesi.

Das pessoas que não estudam, 57% disseram que abandonaram a sala de aula porque não tinham condições. A necessidade de trabalhar é o principal motivo (47%) para interrupção dos estudos. 

“Um número muito alto de pessoas deixa de estudar por falta de interesse na escola que, muitas vezes, não tem elementos de atratividade para os jovens e certamente esses números se agravaram durante a pandemia”, afirmou Lucchesi.

O levantamento mostrou que apenas 38% das pessoas com mais de 16 anos de idade que atualmente não estudam alcançaram a escolaridade que gostariam.

Para 18% dos jovens de 16 a 24 anos, a razão para deixar de estudar é a gravidez ou o nascimento de uma criança. A evasão escolar por gravidez ou pela chegada de um filho é maior entre mulheres (13%), moradores do Nordeste (14%) e das capitais (14%) – o dobro da média nacional, de 7%.

Preparo

O levantamento revela também que a maioria dos jovens acima dos 16 anos de idade considera que a maioria dos que têm ensino médio ou ensino superior considera-se pouco preparada ou despreparada para o mercado de trabalho.

O levantamento foi realizado com uma amostra de 2.007 cidadãos com idade a partir de 16 anos, nas 27 unidades da federação. As entrevistas foram feitas entre 8 e 12 de dezembro do ano passado.

Entre as pessoas que responderam a pesquisa, 23% disseram que a alfabetização deveria ser prioridade para o governo, seguida pela instituição de creches (16%) e pela ênfase no ensino médio (15%).

A educação pública é vista como boa ou ótima por 30% da população, índice que sobe para 50% quando se fala de educação privada.

Entre os fatores para aumentar a qualidade, os mais citados são o aumento do salário dos professores, mais capacitação deles e melhores condições das escolas.

Avaliação

Pelo menos 23% das pessoas ouvidas na pesquisa avaliaram a educação pública como ruim ou péssima e só 30% a consideraram ótima ou boa. A educação privada é avaliada como boa ou ótima por 50% dos entrevistados.

Para Rafael, Lucchesi, a pesquisa traz uma dura reflexão sobre a necessidade de aumentar a qualidade da educação e também a atratividade da escola e, “como resultado geral, melhorar a produtividade das pessoas na sociedade”.

Brasileiros podem entrar sem pedir visto em 170 destinos diferentes, segundo o levantamento de 2023 do Henley Passport Index, que usa como base os dados da Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA). O passaporte brasileiro é o 19º mais poderoso do mundo, de acordo com o ranking que compara 199 passaportes e 227 destinos de viagens diferentes.

Ao viajar aos países que não pedem visto, o cidadão brasileiro pode portar apenas o passaporte, ou, em alguns casos, apenas o RG, como é o caso de países do Mercosul. Na lista, há também destinos em que é possível obter um visto na chegada, uma permissão de visitante ou uma Autorização Eletrônica de Viagem (ETA).

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O número de destinos que não pedem visto a brasileiros ainda pode aumentar. O governo do México vai voltar a isentar viajantes brasileiros da exigência de visto. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, deu a informação nesta quarta-feira, dia 24, durante audiência pública na Câmara dos Deputados. No último dia 20, o Japão também anunciou que iria liberar turistas brasileiros do visto.

Confira os países que não exigem visto de brasileiros por região

Europa

- Albânia

- Andorra

- Áustria

- Bielorrússia

- Bélgica

- Bósnia e Herzegovina

- Bulgária

- Croácia

- Chipre

- República Checa

- Dinamarca

- Estônia

- Ilhas Faroe

- Finlândia

- França

- Geórgia

- Alemanha

- Gibraltar

- Grécia

- Groenlândia

- Hungria

- Islândia

- Irlanda

- Itália

- Kosovo

- Letônia

- Liechtenstein

- Lituânia

- Luxemburgo

- Malta

- Moldávia

- Mônaco

- Montenegro

- Holanda

- Macedônia do Norte

- Noruega

- Polônia

- Portugal

- Romênia

- Federação Russa

- San Marino

- Sérvia

- Eslováquia

- Eslovênia

- Espanha

- Suécia

- Suíça

- Turquia

- Ucrânia

- Reino Unido

- Vaticano

Américas

- Argentina

- Belize

- Bermudas

- Bolívia

- Chile

- Colômbia

- Costa Rica

- Equador

- El Salvador

- Ilhas Malvinas

- Guatemala

- Guiana

- Honduras

- Nicarágua

- Panamá

- Paraguai

- Peru

- Uruguai

- Venezuela

Caribe

- Anguila

- Antígua e Barbuda

- Aruba

- Bahamas

- Barbados

- Bonaire; Santo Eustáquio e Saba

- Ilhas Virgens Britânicas

- Ilhas Cayman

- Curaçao

- Dominica

- República Dominicana

- Índias Ocidentais Francesas

- Granada

- Haiti

- Jamaica

- Montserrat

- São Cristóvão e Nevis

- Santa Lúcia

- St. Maarten

- São Vicente e Granadinas

- Trindade e Tobago

- Ilhas Turcas e Caicos

Ásia

- Camboja *

- Hong Kong

- Indonésia *

- Cazaquistão

- Quirguistão *

- Laos *

- Macau

- Malásia

- Maldivas *

- Mongólia

- Nepal *

- Filipinas

- Cingapura

- Coreia do Sul **

- Sri Lanka **

- Tadjiquistão *

- Tailândia

- Timor-Leste *

- Uzbequistão

Oceania

- Ilhas Cook

- Fiji

- Polinésia Francesa

- Ilhas Marshall *

- Micronesia

- Nova Caledônia

- Nova Zelândia**

- Niue

- Ilhas Palau*

- Papua Nova Guiné*

- Samoa*

- Ilhas Solomon*

- Tonga*

- Tuvalu*

- Vanuatu

África

- Botsuana

- Burkina Faso *

- Burundi *

- Ilhas de Cabo Verde *

- Ilhas Comores *

- Egito *

- Eswatini

- Etiópia *

- Gabão *

- Guiné-Bissau *

- Madagáscar *

- Malauí *

- Mauritânia *

- Mauritius

- Maiote

- Marrocos

- Moçambique *

- Namíbia

- Reunião

- Ruanda *

- São Tomé e Príncipe

- Senegal

- Seicheles *

- Serra Leoa *

- Somália *

- África do Sul

- Santa Helena *

- Tanzânia *

- Togo *

- Tunísia

- Uganda *

- Zâmbia *

- Zimbábue *

Oriente médio

- Armênia

- Bahrein*

- Irã *

- Israel

- Jordânia*

- Líbano*

- Omã

- Palestina

- Catar

- Emirados Árabes

* Países que emitem o visto na chegada do viajante

** Países que pedem a Autorização Eletrônica de Viagem

O governo do México vai voltar a isentar viajantes brasileiros da exigência de visto. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, deu a informação nesta quarta-feira, dia 24, durante audiência pública na Câmara dos Deputados. O México será o segundo país, depois do Japão, a liberar turistas brasileiros do visto.

Mauro Vieira afirmou que conversou pessoalmente com os chanceleres do México e do Japão sobre o fim a exigência. A decisão dos países é favorável aos brasileiros, segundo o ministro. Os viajantes dos dois países terão isenção garantida, como contrapartida.

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"Estive no México há coisa de um mês, negociei com o ministro Marcelo Ebrard e pedi que examinasse a questão da renovação de nosso acordo anterior, senão teríamos que impor também vistos aos mexicanos. A reação foi muito positiva. Estamos em plena negociação. Vão ser suspensos também, sempre provocado pela exigência de reciprocidade, os vistos dos brasileiros que viajam ao México", afirmou Mauro Vieira.

No ano passado, o México decidiu unilateralmente cobrar os vistos de brasileiros que viajam a turismo ou negócios no país. Além de destino direto, brasileiros usam o país como rota para conexões internacionais na América do Norte, Central e Europa e relatavam problemas.

A cobrança de visto está em vigor desde de 18 de agosto de 2022, com necessidade de obter o documento em papel. O ministro não informou a data quem que a cobrança será dispensada pelo México.

Parlamentares mexicanos pediam ao governo Andrés Manuel Lopez Obrador que o visto passasse a ser eletrônico e diziam que a cobrança do documento físico impactará o turismo na região do Caribe, com redução da ordem de 60% no fluxo de brasileiros.

Pressionado a controlar o fluxo migratório para os Estados Unidos, o governo mexicano começou a exigir documentos em 2021, com a cobrança de uma autorização eletrônica de viagem. Depois, ampliou para o visto físico, justificando a medida como forma de combater o tráfico internacional de pessoas, que usam o país como plataforma para chegar aos EUA.

No fim de semana, o governo do Japão anunciou um acordo com o Brasil para dispensa de vistos de turistas com viagens de curta duração. A negociação foi concretizada durante visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Hiroshima, para a cúpula do G-7, e oficializada após um encontro bilateral com o primeiro-ministro Fumio Kishida.

Na Câmara, parlamentares questionaram o ministro sobre a decisão do governo Lula de revogar a isenção de vistos para turistas dos Estados Unidos, Canadá, Japão e Austrália. O benefício havia sido concedido, sem contrapartida, pelo governo Jair Bolsonaro.

O ministro defendeu que a política de vistos deve ser feita na base da reciprocidade. Segundo Vieira, não houve ainda avanços em relação aos demais países, embora os vistos cobrados pelo Brasil tenham processos mais simplificados, baratos e velozes.

"Lutar pela reciprocidade é muito importante", disse o chanceler de Lula. "A reciprocidade tem a ver com a dignidade dos brasileiros que viajam. Há países em que esperam um ano e se paga U$ 200".

O ministro ponderou que a isenção de visto não resultou em aumento significativo do fluxo de turistas ao País. O deputado Marcel Van Hatten (Novo-RS) rebateu e disse que teve acesso a números "robustos". Ele afirmou que a decisão de cobrar o visto preocupa o setor do turismo nacional. Os dados não foram citados pelo ministro, tampouco pelo parlamentar.

"Nosso visto não impacta em nada a vinda de turistas estrangeiros, os dados que tive acesso não indicam aumento considerável de vinda de turistas estrangeiros. O nosso visto é muito simples, é feito online, um formulário que os candidatos preenchem, com comprovante de passagem de ide e volta, documentos básicos. O visto é concedido entre 24 horas e 48 horas no máximo, e custa U$ 80", afirmou o ministro Mauro Vieira.

A Polícia de São Francisco, nos Estados Unidos, liberou os corpos do casal de brasileiros José Claudionor da Cruz, de 29 anos, e Andressa Pereira Cares, de 26, encontrados mortos no dia 8 de maio, no apartamento que alugaram, na cidade do Estado da Califórnia. Os corpos devem chegar ao Brasil na próxima semana e serão sepultados em Brasília. As causas das mortes ainda são desconhecidas. O caso está sob investigação da polícia norte-americana.

De acordo com o advogado da família, Alair Ferraz da Silva Filho, a previsão é de que o laudo, capaz de determinar o que causou a morte do casal, só fique pronto em 90 dias, contados a partir da liberação dos corpos.

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"O sistema nos Estados Unidos é diferente do nosso. O xerife, que é a autoridade policial do condado, pede o laudo e aguarda o trabalho dos peritos, que é minucioso, mas não têm a mesma rapidez que aqui. Infelizmente, vamos ter de aguardar para saber o que aconteceu."

Segundo ele, os familiares já prepararam o local de sepultamento e custearam o traslado dos corpos, por via aérea. No caso da jovem, uma vaquinha virtual contribuiu para custear as despesas, de US$ 20 mil (cerca de R$ 100 mil).

"A família está cuidando agora da burocracia que envolve o embarque e desembarque dos corpos, que devem ocorrer na próxima semana", disse o advogado. O Consulado-Geral do Brasil em São Francisco tem apoiado os familiares nos contatos com as autoridades locais.

Dono de um bar e restaurante no Setor Sul do Lago Paranoá, em Brasília, José Claudionor viajou para os Estados Unidos com a namorada Andressa em janeiro deste ano. Eles alugaram um apartamento em São Francisco. O casal estava junto havia dez anos e tinha planos de voltar para o Brasil em junho próximo. Eles falavam diariamente com os familiares, no Distrito Federal, mas deixaram repentinamente de dar notícias.

Os corpos foram encontrados no dia 8 de maio, no quarto do apartamento. Não havia sinais de violência aparente e o imóvel estava trancado, sem sinal de arrombamento. Para o acesso ao interior, foi usada a chave reserva que estava em poder da proprietária do imóvel. A hipótese inicial, de morte por inalação de gás, foi prontamente descartada, já que não havia esse tipo de instalação no apartamento.

Na ocasião, o Departamento de Polícia de São Francisco informou que os agentes encontraram os corpos no apartamento por volta das 7 horas da manhã do dia 8, uma segunda-feira. Uma equipe médica esteve no local e constatou a morte. Os corpos foram levados para o instituto de medicina legal da cidade. Segundo nota da polícia, não foram encontrados, no momento da investigação preliminar, sinais ou evidências de crime.

Conforme relato de familiares, José Claudionor e Andressa se conheceram no ensino médio e logo a amizade se transformou em amor. A jovem, natural de Goiânia (GO), já havia feito muitas viagens pelo Brasil e queria conhecer o exterior. Ela pretendia aperfeiçoar o inglês nos Estados Unidos. Claudionor decidiu acompanhá-la. Segundo as famílias, eles já preparavam a volta para casa quando aconteceu a fatalidade.

Quatro jovens brasileiros foram presos na França, no início deste mês, durante a escala de um cruzeiro a bordo de um navio de luxo na cidade de Marselha, na costa do Mediterrâneo. As três mulheres e um homem levavam 95 quilos de cocaína avaliadas em 5 milhões de euros, equivalentes a R$ 26,7 milhões, segundo as autoridades francesas.

Em depoimento, eles admitiram que tinham sido cooptados como "mulas" para o transporte da droga pela facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC).

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Os brasileiros, com idades entre 26 e 31 anos, que não tiveram os nomes divulgados, viajavam como turistas e influencers em redes sociais. Eles estavam a bordo do navio Costa Favolosa, que deixou o Brasil no dia 18 de abril.

A prisão aconteceu no dia 2 de maio, quando o navio fazia uma escala na cidade portuária do sul da França. Conforme a imprensa francesa, a polícia desconfiou do comportamento de um casal de brasileiros que se passavam por namorados.

Eles deixaram o navio com uma mala grande quando se depararam com policiais e voltaram para a embarcação. Uma hora depois, a jovem fez nova tentativa de desembarque levando apenas uma mochila. Ao ser abordada, jogou a mochila no mar.

Os policiais a recolheram e acharam 8,4 kg de cocaína. Na revista à cabine ocupada pela brasileira foi encontrado o recibo da reserva de um segundo quarto, onde os policiais localizaram o suposto namorado e malas com 86,4 kg de cocaína debaixo da cama.

A cabine estava em nome de outras duas brasileiras que já haviam desembarcado. A polícia esperou que retornassem ao navio e as prendeu. Após quatro dias de custódia, elas confessaram que tinham sido recrutadas em São Paulo, capital, para o transporte da droga, com todas as despesas pagas. Também disseram que duas malas tinham sido levadas para um apartamento alugado em Marselha, através da plataforma AirBnb.

A polícia francesa não encontrou essa droga e ainda tenta apurar quem teria retirado as malas do apartamento. O porto de Marselha é considerado porta de entrada de drogas procedentes da América do Sul, México e Estados Unidos e distribuídas na Europa e norte da África.

Nos últimos anos, as autoridades francesas reforçaram a vigilância, equipando a polícia portuária com sensores e cães treinados para farejar drogas.

Em abril do ano passado, um casal de Santa Catarina foi preso em Marselha ao desembarcar de um navio de cruzeiro com uma mala contendo 12 quilos de cocaína, avaliados em R$ 2,5 milhões. A dupla, procedente de Balneário Camboriú, litoral norte catarinense, tinha embarcado no Rio de Janeiro, no navio MSC Seaside. A droga foi descoberta por cães farejadores.

A Costa Cruzeiros não se manifestou. O Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty), por meio do Consulado-Geral em Marselha, informou ter conhecimento do caso e que permanece à disposição para prestar assistência consular aos brasileiros. Disse ainda que, em observância ao direito à privacidade, não pode fornecer dados específicos sobre a assistência a esses brasileiros.

Consumo excessivo de industrializados, bebidas alcoólicas, obesidade, tabagismo e não praticar exercícios físicos são fatores de risco para o desenvolvimento de câncer. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), são esperados 704 mil novos diagnósticos de cânceres a cada ano do triênio de 2023 a 2025 - uma soma que resultará em mais de 2 milhões de novos casos da doença ao longo desses 36 meses. O mais recente estudo do INCA levou em conta mais de 21 tipos de cânceres, considerando, pela primeira vez, também os tumores de pâncreas e fígado.

Entre os mais comuns no Brasil, o câncer de pele do tipo não melanoma fica na liderança. No topo do ranking de incidência no país, aparecem ainda os tumores de mama, próstata, pulmão e intestino, estes dois últimos com fatores de risco altamente evitáveis, ligados a hábitos de vida pouco saudáveis. Em Pernambuco, o ranking é parecido. Depois do câncer de pele não melanoma, o de próstata é o mais recorrente, sendo seguido por câncer de mama, pulmão e cólon e reto. 

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Apesar do cenário exigir atenção da população e dos órgãos de saúde, é preciso reforçar que o acompanhamento médico periódico e realização de exames de rotina para detecção precoce do câncer, aliados às novas frentes avançadas de tratamento da doença, são a chave para que os índices de incidência não levem também ao aumento das taxas de letalidade. “Precisamos estimular a conscientização da população em geral sobre a detecção precoce de tumores. Quanto mais cedo descoberta a doença, melhor o prognóstico, com resultados positivos às terapias e maiores chances de cura”, diz Carlos Gil Ferreira, diretor médico do Grupo Oncoclínicas e presidente do Instituto Oncoclínicas e da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).

Abaixo, confira as principais informações sobre os 5 tipos de câncer mais comuns no Brasil:

Pele não-melanoma

O principal sinal do câncer de pele não melanoma é o surgimento de marcas ou “lesões” na pele como, manchas que coçam, ardem, descamam ou sangram, além de feridas que não cicatrizam em até quatro semanas. Ao notar essas alterações, é importante passar por uma consulta com um médico para esta avaliação, de preferência um dermatologista. Além disso, existem sintomas de quando a doença está mais avançada. “Quando o tumor está com metástase, sinais como nódulos na pele, inchaço nos gânglios linfáticos, falta de ar ou tosse, dores abdominais e de cabeça podem aparecer”, afirma o oncologista Diogo Sales, da Multihemo Oncoclínicas.

Indivíduos de pele clara, cabelos claros ou ruivos, com sardas e olhos claros são mais propensos a desenvolver tumores de pele. A idade é um fator que também deve ser considerado, pois quanto mais tempo de exposição da pele ao sol, maiores os sinais da exposição crônica da pele, aumentando também a possibilidade de surgimento do câncer não-melanoma. Ainda assim, independente da cor de pele, idade e período do ano, a regra vale para toda a população: use sempre protetor solar, proteja o couro cabeludo com chapéus e use óculos de sol com proteção contra raios UV.

“A análise clínica da mudança nas características de possíveis alterações na pele é de extrema importância e o dermatologista tem o papel de orientar para uma proteção adequada e para avaliar os possíveis riscos que os raios solares podem causar na pele”, diz Rodrigo Perez Pereira, oncologista e líder da especialidade de tumores de pele do Grupo Oncoclínicas.

Uma vez diagnosticado o câncer de pele não melanoma, o médico especialista poderá considerar diferentes opções de tratamento, que serão discutidas e individualizadas para cada paciente. Na maioria dos casos, a cirurgia é a principal terapia recomendada e permite um controle adequado das lesões. Segundo o oncologista, o câncer de pele não melanoma apresenta alto percentual de cura se detectado e tratado precocemente. 

“Apesar dos baixos índices de letalidade pela doença, vale lembrar que o diagnóstico tardio pode levar a perdas funcionais, além de afetar amplamente a qualidade de vida do paciente. A melhor estratégia no combate ao câncer de pele não melanoma é atentar para os cuidados com a exposição contínua ao sol, sempre com a devida proteção. Não existe exposição ao sol 100% segura”, sintetiza. 

Mama

O câncer de mama pode apresentar sintomas que são percebidos no auto exame realizado pela própria mulher ou nas consultas de rotina com o médico ginecologista/mastologista. Na maioria dos casos, os sintomas observados são: nódulo ou caroço fixo e geralmente indolor (presente em cerca de 90% dos casos em que o câncer é percebido pela própria pessoa); vermelhidão na pele da mama acompanhada de retração e aparência de casca de laranja; alterações no mamilo, como retrações ou inversão;  pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço; e saída de líquido espontâneo e anormal dos mamilos, inclusive líquido sanguinolento.

É essencial lembrar, contudo, que na maioria dos casos os tumores começam a se desenvolver muito antes de se tornarem palpáveis ou apresentarem esses sinais - situação ideal para o diagnóstico. “Uma rotina de acompanhamento médico e realização de exames periódicos, em especial a mamografia anual em mulheres a partir dos 40 anos - exame de imagem na qual a mama é comprimida permite que sejam identificados tumores menores que 1 cm e lesões em início - são determinantes para a descoberta do câncer de mama logo no início. O diagnóstico precoce do câncer de mama, associado ao tratamento adequado”, explica Max Mano, oncologista e líder da especialidade de tumores de mama do Grupo Oncoclínicas.

O tratamento do câncer de mama depende da fase da doença (estadiamento), do tipo molecular do tumor e das condições clínicas do paciente (como idade, doenças preexistentes, se já passou pela menopausa - no caso de mulheres). Entre os procedimentos, pode ser recomendado cirurgia, radioterapia, quimioterapia, terapia de bloqueio hormonal, terapia biológica (ou terapia alvo) e  imunoterapia.

“As chances de cura chegam a 95% ou mais quando o tumor é descoberto no início, sendo o tratamento, em geral, menos agressivo que melhora, em muito, a qualidade de vida durante e após o tratamento da doença. Por isso, a principal recomendação é que as mulheres não deixem de realizar os exames de rastreamento periódico, essenciais para a identificação de possíveis tumores, e mantenham uma rotina de acompanhamento médico. A qualquer sinal de alteração nas mamas, não deixe de buscar orientação especializada”, frisa Max Mano.

Próstata

Na fase inicial da doença, pelo fato dos sintomas serem silenciosos, o câncer de próstata é de difícil diagnóstico. A maioria dos pacientes apresentam indícios apenas nas fases mais avançadas da doença.

Quando aparentes, os primeiros sintomas que são detectados no câncer de próstata podem ser semelhantes ao crescimento benigno da glândula como dificuldade para urinar seguida de dor ou ardor, gotejamento prolongado no final, frequência urinária aumentada durante o dia ou à noite. Em fases mais avançadas da doença, é possível a presença de sangue no sêmen e impotência sexual, além de sintomas decorrentes da disseminação para outros órgãos, tal como dor óssea nos casos de metástases ósseas.

“Por apresentar sintomas mais evidentes nas fases mais avançadas, é recomendável que homens a partir de 50 anos, ou 45 anos para quem tem histórico da doença na família, façam anualmente o exame clínico (toque retal) e a medição do antígeno prostático específico (PSA) para rastrear possíveis alterações que indiquem aparecimento da doença”, recomenda Denis Jardim, oncologista especialista em tumores urológicos do Grupo Oncoclínicas.

Quando há suspeita da doença, é indicada uma biópsia através de ultrassonografia transretal para a confirmação do diagnóstico. “E aqui vale mais um lembrete: casos familiares de pai ou irmão com câncer de próstata, antes dos 60 anos de idade, podem aumentar o risco em 3 a 10 vezes em relação à população em geral. Por isso, é preciso que os homens estejam alerta e não deixem de realizar os exames de rastreamento rotineiramente, conforme orientação médica”, alerta o médico.

O tipo de tratamento dependerá do estágio e da agressividade em que a doença se encontra. Cirurgia,  radioterapia associada ou não a bloqueio hormonal e a braquiterapia (também conhecida como radioterapia interna) podem ser realizadas com boas taxas de resposta positiva. Há ainda situações em que podem ser adotados quimioterapia, uso de medicamentos que controlam os hormônios por via oral e também uma nova classe de remédios que são conhecidas como radioisótopos - partículas que se ligam em locais que se encontram acometidos pela doença, emitindo doses pequenas de radiação nestes locais.

Quando feito o diagnóstico precoce, as chances de cura podem passar de 90%, além de permitir a adoção de tratamentos menos invasivos e evitar que o paciente tenha outros impactos à saúde em geral. “É importante ressaltar que nem todos os pacientes diagnosticados com câncer de próstata necessitam de tratamento. A vigilância ativa poupa os pacientes de possíveis efeitos colaterais do tratamento cirúrgico ou radioterápico, e é segura para pacientes bem selecionados”, reforça Denis Jardim.

Colorretal

O tumor colorretal se desenvolve no intestino grosso: no cólon ou em sua porção final, o reto. O principal tipo de tumor colorretal é o adenocarcinoma e, em 90% dos casos, ele se origina a partir de pólipos na região (lesões benignas que crescem na parede interna do intestino) que, se não identificados e tratados, podem sofrer alterações ao longo dos anos, podendo se tornar o câncer.

“Após os 50 anos de idade, a chance de apresentar pólipos aumenta, o que consequentemente representa um aumento no risco de tumores malignos decorrentes dessa condição. Como resultado, mais de 80% dos casos de câncer colorretal acontecem a partir dos 50 anos, o que explica este limite de idade como critério para início do rastreio ativo, por meio dos exames de colonoscopia, principal forma de diagnóstico e prevenção”, comenta Alexandre Jácome, oncologista e líder da especialidade de tumores gastrointestinais do Grupo Oncoclínicas.

O câncer colorretal pode ser uma doença silenciosa e não causar sintomas imediatos. Mas, quando presentes, podem incluir: alteração nos hábitos intestinais, como diarreia, constipação ou estreitamento das fezes, que perdura por alguns dias;  mesmo após a evacuação, não há sensação de alívio, parecendo que nem todo conteúdo fecal foi eliminado (sintoma especialmente sugestivo nos casos de câncer de reto); sangramento retal (o sangue costuma ser bem vermelho e brilhante); presença de sangue nas fezes, tornando a sua coloração marrom escuro ou preta; cólica ou dor abdominal; sensação de fadiga e fraqueza; e perda de peso sem motivo aparente.

“É importante ressaltar que muitos desses sintomas podem ser causados por outras condições que não sejam câncer colorretal, como infecção, hemorroida ou síndrome do Intestino Irritável. Por isso a importância de, ao primeiro sinal de anormalidade, buscar por uma avaliação médica”, aconselha o médico.

Ele destaca ainda que pessoas com histórico pessoal de pólipos ou de doença inflamatória intestinal, como retocolite ulcerativa e doença de Crohn, bem como registros familiares de câncer colorretal em um ou mais parentes de primeiro grau, principalmente se diagnosticado antes de 45 anos, devem ter atenção redobrada e realizar controles periódicos antes da idade base indicada para a população em geral.

Entre as alternativas de conduta para tratar o câncer colorretal estão cirurgia, radioterapia, quimioterapia, imunoterapia e/ou terapias-alvo, indicados de acordo com o estágio da doença. “Felizmente, o câncer colorretal conta com um arsenal importante de alternativas terapêuticas e possui altas chances de cura na grande maioria dos casos. No entanto, é muito importante que a doença seja diagnosticada o quanto antes através dos exames de rotina, o que se reflete diretamente nas taxas de sucesso do tratamento”, enfatiza Alexandre Jácome.

Pulmão

Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que o hábito de fumar está ligado a 90% dos casos de câncer de pulmão. Por isso, as pessoas que fumam ou fumaram durante longos períodos da vida possuem um risco aumentado para a doença. 

“De forma geral, a grande maioria dos pacientes com câncer de pulmão apresentam sintomas ligados ao aparelho respiratório. É importante ficar em alerta caso haja tosse, falta de ar e dor no peito. Outros sintomas também podem surgir, entre eles perda de peso e fraqueza, escarro com sangue, dor óssea, cefaléia, rouquidão, pneumonia recorrente ou bronquite; efusão pleural (acúmulo anormal de líquido na pleura); e alteração do ritmo habitual da tosse em fumantes, em que as crises acontecem em horários incomuns”, sintetiza Mariana Laloni, oncologista especialista em tumores torácicos do Grupo Oncoclínicas

A atenção a esses sintomas é essencial para que seja realizado o diagnóstico da doença o quanto antes, mas, importante reforçar, embora possam surgir no começo do desenvolvimento do tumor, os sintomas do câncer de pulmão geralmente não ocorrem até que a doença já tenha atingido um estágio avançado, o que reduz as chances de cura e compromete a qualidade de vida do paciente.

“Para os pacientes com suspeita de câncer de pulmão, o médico poderá solicitar alguns dos exames, como tomografia de tórax e biópsia. Se o câncer realmente for diagnosticado, o médico irá solicitar novos exames para determinar o estágio em que ele se encontra, o que será útil na escolha do tratamento. É essencial que cada caso seja avaliado individualmente, abrindo a possibilidade de se identificar tais particularidades”, diz a médica.

As terapêuticas recomendadas variam de acordo com cada caso, mas podem incluir cirurgia, quimioterapia, radioterapia e/ou imunoterapia. Atualmente, com o avanço das pesquisas científicas, já é possível também identificar mutações específicas responsáveis pelo crescimento do tumor, tornando viável a indicação de droga-alvo moleculares como alternativa para tratar a doença de forma ainda mais precisa sempre que possível.

Assim como outros tipos de câncer, se descoberto em fase inicial há chances amplas de cura. Como esse é , contudo, um tumor que avança silenciosamente, quando os primeiros sinais mencionados anteriormente surgem, a doença tende a estar já em estágio avançado. A grande maioria dos casos, em torno de 70%, são diagnosticados já em fase metastática, quando o câncer já avançou para outros órgãos, reduzindo as chances de cura para em torno de 5%.

“Por isso, o foco na conscientização para as formas de prevenção ao câncer de pulmão segue sendo a melhor alternativa. Para ajudar a reduzir o risco de desenvolvimento da doença, é primordial ressaltar uma medida simples: não começar a fumar ou, se já for fumante, parar o quanto antes”, recomenda Mariana Laloni.

Da assessoria

O congressista republicano de origem brasileira George Santos, cujas mentiras ocuparam as manchetes da imprensa desde sua eleição no ano passado, foi acusado pelo Departamento de Justiça, informaram os meios de comunicação americanos na terça-feira à noite.

A natureza exata das acusações federais contra o representante George Santos não foi divulgada. Procurado pela AFP, o Departamento de Justiça se recusou a comentar a notícia.

De acordo com a CNN, que cita três fontes próximas ao caso, o representante republicano de Nova York, de 34 anos, pode comparecer ao tribunal nesta quarta-feira (10).

Santos reconheceu que inventou boa parte de sua biografia, incluindo seu nome real, religião (ele falsamente alegou ser judeu), sua escolaridade e a experiência de trabalho ao disputar as eleições legislativas do ano passado em busca de uma cadeira na Câmara, como representante de áreas de Long Island, Nova York.

Ele também é acusado de desviar e falsificar recursos de campanha, assim como de assediar sexualmente um homem que supostamente recebeu uma oferta de emprego de seu escritório e de retratar-se quando este rejeitou seus avanços.

Santos descartou renunciar à cadeira na Câmara, apesar dos apelos de outros congressistas, tanto do Partido Republicano como do Democrata.

Em uma entrevista ao apresentador de televisão Piers Morgan no início do ano, ele admitiu que mentiu sobre sua biografia.

"Eu fui um mentiroso terrível em alguns temas", reconheceu. "Não era sobre enganar as pessoas, era para ser aceito pelo partido", acrescentou.

O presidente da Câmara de Representantes, o republicano Kevin McCarthy afirmou que "revisaria as acusações" antes de considerar se George Santos deve ou não ser afastado do Congresso.

Levantamento da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) mostra que 51,8% dos brasileiros pretendem comprar presentes para o Dia das Mães, celebrado no próximo dia 13 de maio. No mesmo período de 2022, 50% dos consumidores admitiram que iam às compras. O levantamento, com base em 1.663 entrevistados em âmbito nacional, mostra também que 30,2% não têm a intenção de fazer compras no período, enquanto outros 18% não sabem.

Segundo os dados, do grupo de entrevistados que planejam presentear suas mães, 41,2% pretendem gastar mais do que em 2022, com a grande maioria dos que pretendem gastar, 78,8%, dizendo que devem desembolsar entre R$ 50 e R$ 300. Enquanto 30% demonstram o contrário, índice menor do que em 2022.

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A maioria das compras deve ser feita em pequenos estabelecimentos e comércios (46,2%). Já a maioria pretende adquirir produtos de forma presencial, em lojas físicas (61%). A área de vestuário segue como um dos principais itens para presentear as mães, com 57,7%, percentual menor do que o da pré-pandemia (80%).

A pesquisa também indica que os presentes da área de beleza, além de joias e bijuterias, continuam sendo lembrados para as mães, e perfazem cerca de 61,5% das intenções de compras. Houve redução nas áreas de móveis e eletrodomésticos, além dos digitais, que juntos alcançam cerca de 36,2%, ante quase 73% registrados na pesquisa de 2022. Chocolates são mencionados por 15,7% das preferências.

O levantamento indica ainda que há importante diminuição da disposição a comprar de forma parcelada, em relação às intenção de 2022. Mas para a maioria dos itens continua observando-se a preferência pela utilização de dinheiro em espécie e cartões de débito, se comparado à modalidade PIX como forma de pagamento à vista.

"Essa importante mudança poderia estar associada ao retorno das atividades presenciais, reduzindo a prática do home office e a permanência no lar, e também poderia indicar a menor disposição a comprar itens mais caros, dado o menor crescimento da renda e o encarecimento do crédito. A baixa intenção de aquisição de viagens, por exemplo, também poderia estar associada à piora das condições financeiras enfrentada pelas famílias. Essa diminuição da intenção de parcelamento das compras poderia estar associada aos maiores juros, menores prazos de financiamento e menor disponibilidade de crédito para o consumo”, explica o economista da ACSP Ulisses Ruiz de Gamboa.

Pesquisadores brasileiros desenvolveram uma tecnologia para detectar a doença de Parkinson em diferentes estágios nesta semana. Trata-se de um sensor eletroquímico, manufaturado em impressora 3D, que pode antecipar o diagnóstico, permitindo o tratamento precoce e que funciona como modelo para a identificação de outras doenças.  

O estudo conduzido por pesquisadores das universidades Estadual de Campinas (Unicamp) e Federal de São Carlos (UFSCar) foi publicado na revista científica Sensors and Actuators B: Chemical. A pós-doutoranda no Instituto de Química da Unicamp (IQ-Unicamp), Cristiane Kalinke, pesquisadora visitante da Universidade Metropolitana de Manchester (Reino Unido) e a primeira autora do artigo explicou como o dispositivo pode auxiliar na detecção da doença. “O sensor indica rapidamente a concentração da proteína PARK7/DJ-1 no plasma sanguíneo humano e em fluido cerebrospinal sintético. A molécula está relacionada à doença de Parkinson em níveis abaixo de 40 microgramas por litro”.

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A pesquisadora reitera que a tecnologia tem a vantagem de poder ser impressa em diversos formatos e tamanhos, inclusive em miniatura, criando dispositivos realmente portáveis, que demandem uma quantidade muito pequena de amostra.   

Para construir o sensor, os pesquisadores utilizaram um filamento comercial composto basicamente associado a um material condutor e outros aditivos. Três eletrodos foram impressos em plástico com tecnologia 3D e passaram por um tratamento químico que os tornaram ainda mais condutores e estimularam em suas superfícies a formação de grupos funcionais que se ligam com anticorpos, segundo explicação dos pesquisadores à Agência Fapesp.

Os passos seguintes do trabalho, que contou com apoio da Fapesp, foram imobilizar anticorpos específicos e aplicar o sensor na detecção da proteína em níveis de concentração. Os autores acreditam que a plataforma possa abrir portas para o reconhecimento de outros diagnósticos de outras doenças como diabetes tipo 2, infertilidade, câncer, entre outros.  

“Dificilmente um paciente vai a uma consulta médica em busca de um exame de rotina para detectar Parkinson em estágio inicial”, ponderou Juliano Alves Bonacin, professor do Departamento de Química Inorgânica do Instituto de Química na Unicamp (IQ-Unicamp) e supervisor do estudo. Segundo ele, a ideia foi construir um dispositivo que permitisse o monitoramento ao longo do tempo e alertasse médicos e pacientes no caso de alterações nos níveis na proteína.

Pesquisa da AG Immigration – escritório de advocacia imigratória com sede em Washington – mostra que os brasileiros ocuparam o terceiro lugar no ranking dos que mais receberam vistos norte-americanos em 2022. Ao todo, foram 815.842 emissões de 80 tipos diferentes de permissões, alta de 618,8% em relação ao registrado no ano anterior (113.505). Em comparação com 2018 (640.998), nos níveis de antes da pandemia de Covid-19, o aumento foi de 26,4%.

O Brasil ficou atrás apenas do México (1,9 milhão) e da China (1 milhão), e bem à frente da Argentina, quarta colocada, com 259 mil vistos recebidos.

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O levantamento foi feito com base em dados oficiais do Departamento de Estado norte-americano, de janeiro a dezembro de 2022. Ainda segundo o relatório da AG Immigration, o Consulado dos EUA em São Paulo foi o terceiro posto diplomático que mais emitiu vistos em todo o mundo, atrás somente do de Monterrey e da embaixada da Cidade do México.

O consulado no Rio de Janeiro foi o décimo. O ranking de postos diplomáticos é referente ao ano fiscal americano, que compreende o período entre 1º de outubro de 2021 e 30 de setembro de 2022.

Outro dado que chama a atenção no estudo é referente ao visto de visitante B1/B2 – usado para viagens de negócio e turismo nos EUA, que somou mais de 748,5 mil emissões no ano passado, representando 91,76% do total. Trata-se de aumento de 944% sobre 2021, ano em que os consulados e a embaixada ficaram fechados ou com serviços limitados em razão da pandemia.

Essa é a maior quantidade de vistos B1/B2 emitidos para brasileiros desde 2015, quando mais de 873 mil autorizações de entrada desse tipo foram expedidas pelos órgãos consulares. “É, sem dúvida alguma, o visto mais buscado pelo brasileiro, que tem no B1/B2 a sua porta de entrada mais acessível para os EUA, podendo ficar até seis meses no país para conhecer atrações turísticas e realizar atividades diversas”, afirmou, em nota, o advogado de imigração Felipe Alexandre, sócio-fundador da AG Immigration.

Estudo e intercâmbio

Na lista de vistos americanos mais concedidos a brasileiros, a segunda e a terceira colocações são ocupadas por dois vistos de estudo e intercâmbio: o J-1 (13,1 mil emissões) e o F-1 (8,8 mil), respectivamente. Enquanto o primeiro registrou alta de 96% sobre o ano anterior, o segundo, por sua vez, caiu 10% no mesmo período.

Segundo o CEO da AG Immigration, Rodrigo Costa, o brasileiro que vai estudar ou fazer intercâmbio nos EUA é, em geral, recém-formado do ensino médio ou da graduação. Ele destacou que o visto de intercâmbio é bem amplo, com categorias inclusive para médicos e professores universitários que vão dar aulas nos Estados Unidos. O Brasil é hoje o oitavo país estrangeiro com mais alunos matriculados nas universidades americanas.

De acordo com Costa, a popularidade crescente dos vistos de estudante deve-se a dois grandes motivos. “Por um lado, há uma escassez global de mão de obra qualificada e, com isso, os EUA têm se aberto mais aos estudantes internacionais, principalmente os das áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Eles vão estudar nos EUA e, eventualmente, acabam ficando no país para contribuir com o desenvolvimento local”.

Rodrigo Costa lembrou que houve no Brasil expansão muito forte do acesso ao ensino superior nos últimos 20 anos. “Com isso, um volume maior de graduandos e graduados buscaram concluir ou complementar seus estudos no exterior. Os EUA, em razão das semelhanças culturais, facilidade com o idioma e qualidade das escolas, acaba sendo o principal destino desses brasileiros”.

Vistos imigratórios

A pesquisa da AG Immigration também revelou que os vistos mais autorizados a brasileiros em 2022 são aqueles que concedem ao portador o green card – documento que garante o direito de viver, trabalhar e viajar livremente nos EUA. O visto dessa categoria mais atribuído a brasileiros foi o EB-2, com 1.499 emissões – alta de 284% sobre as 390 autorizações de 2021. O EB-2 é destinado a profissionais de destaque, geralmente com mestrado, doutorado ou algum tipo de especialização única.

“Estamos falando de engenheiros, profissionais de TI, programadores, gerentes de RH, marketing e outras áreas corporativas, pilotos de avião, jornalistas, enfermeiros, fisioterapeutas, cabeleireiros e por aí vai. A lista é bem extensa. Se a pessoa tem uma carreira acima da média, ela pode ser elegível ao EB-2”, disse Felipe Alexandre.

Para o advogado, o aumento na procura pelo EB-2 por brasileiros indica um movimento de fuga de cérebros do Brasil. “É um número recorde. Vamos ver como as emissões vão se comportar neste ano”.

Na última quarta-feira (7) o comerciante Cícero Severiano Ribeiro, de 50 anos, parou na hora do almoço num trailer que vende salgados no terminal de ônibus da Vila Mariana, na zona sul de São Paulo. Pediu um salgado, um suco e gastou R$ 6. "Adoro comer essa coxa (creme) de frango."

Além de o comerciante ser atraído pelo sabor do salgado, ele conta que vem mudando os hábitos. Duas a três vezes na semana, almoça o tradicional prato feito, mas nos demais dias opta por um salgado e um suco. Antes da pandemia, ele comia arroz com feijão todo dia. A mudança ocorreu por causa da correria do dia a dia e, principalmente, para economizar. "Os tempos se tornaram mais difíceis."

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A conta de quanto Ribeiro economiza ao almoçar um salgado é simples. Um prato feito, com arroz, feijão e carne, por exemplo, não sai por menos de R$ 25 na região onde trabalha. Essa cifra equivale ao desembolso de três dias almoçando salgado e suco.

O comerciante é um entre os milhões de brasileiros que, depois da pandemia, trocaram o prato feito pelo salgado nas refeições fora de casa. Esse movimento foi detectado pela consultoria Kantar, que monitora o consumo fora de casa de alimentos e bebidas em sete regiões metropolitanas do País.

No ano passado, os brasileiros que vivem nessas regiões consumiram 170 milhões a mais de salgados prontos, como quibe, coxinha, pão de queijo, pastel, por exemplo, em relação a 2019, antes da pandemia. Em contrapartida, o consumo de refeições, com arroz, feijão, carne, por exemplo, diminuiu em 247 milhões de unidades na mesma base de comparação.

Para chegar ao número de unidades, que expurga o efeito da inflação, a consultoria monitorou diariamente, por meio de aplicativo, o consumo de alimentos e bebidas fora de casa de 4 mil adultos. Eles representam o comportamento de 48 milhões de pessoas que vivem nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio, Recife, Salvador, Fortaleza, Curitiba e Porto Alegre.

Por outra métrica, o estudo da Consumer Insights mostra que os salgados prontos respondiam em 2019 por 11% do total de unidades de alimentos e bebidas consumidas fora de casa. Em 2022, essa fatia subiu para 15%. Em igual período, a participação das refeições encolheu de 7% para 4%.

"O salgado pronto ganhou tanto destaque que se tornou no ano passado o segundo alimento mais consumido fora de casa e o alimento salgado mais consumido", afirma Hudson Romano, gerente sênior de Consumo Fora do Lar e responsável pela pesquisa.

Em 2019, o salgado ocupava a quarta posição entre os alimentos mais consumidos fora de casa, mas subiu para a segunda colocação em 2022, passando à frente de sanduíches e pizzas, perdendo apenas para os snacks doces que continuaram na liderança nos dois períodos analisados. O salgado pronto e o salgadinho de pacote foram os únicos alimentos fora de casa cujo consumo aumentou no período, com alta de 18% e 4% nos volumes respectivamente. A quantidade consumida de refeições caiu 43%.

O motivo do recuo e da troca da refeição pelo salgado foi, segundo Romano, a inflação. Enquanto o preço da refeição aumentou 21% entre 2019 e 2022, segundo pesquisa da consultoria, o valor do salgado teve alta de 10%.

"Como o salário médio não cresceu na mesma velocidade de outros custos da alimentação fora de casa, que foram muito fortes, o bolso ficou mais apertado", afirma o consultor. Uma das saída foi deixar de comer pratos com a mesma frequência e colocar os salgados como opção. "Isso não quer dizer que o brasileiro tenha abandonado o restaurante. Mas, se antes comia pratos (prontos) três vezes na semana, agora diminuiu para duas, porque o dinheiro não dá", explica.

Classes de menor renda foram as responsáveis pelo movimento

A troca da refeição pelo salgado foi puxada pelas classes de menor renda (C, D e E), que registram aumentos nos preços do prato feito por causa da alta das commodities, como arroz, feijão, carnes e óleo - ingredientes básicos dessas refeições. No período analisado, o preço médio da refeição fora de casa cresceu 36% para as classes D e E; 24% para classe C; e recuou para classes A e B, que geralmente inclui outros ingredientes, aponta o estudo.

Artur Almeida, de 24 anos, que ganha um salário mínimo trabalhando com a locação de equipamentos de gaseificação para bares e restaurantes, por exemplo, aponta o preço menor como o principal motivo da troca da refeição pelo salgado, além da economia de tempo. "Acho muito alto um prato de comida por R$ 25 e tem lugares que é bem mais que isso", afirmou ele, enquanto almoçava dois salgados por R$ 10 na última quarta-feira (7).

Almeida recebe R$ 26 por dia de vale refeição e usa o dinheiro nas compras de supermercado para preparar o jantar e a marmita. "Esta semana não tive tempo de preparar a marmita. Tive de trabalhar no fim de semana, porque o salário não está dando para pagar todas as despesas."

O presidente executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci, diz que os resultados da pesquisada Kantar têm aderência com os números constatados pela Abrasel. No ano passado, o setor cresceu 8% em faturamento, descontada a inflação, em relação a 2019. Isso foi um desempenho muito bom, segundo ele.

Solmucci explica que o crescimento foi sustentado pelas camadas de renda da base da pirâmide: as classes C, D e E, que ampliaram em 20% as vendas reais de lanchonetes, padarias, por exemplo, muito provavelmente na compra de salgados prontos e lanches.

Em contrapartida, os dados da entidade mostram que os restaurantes do dia a dia que servem refeições, registraram queda real de 10% na receita no período. Ele atribui essa retração também ao home office, adotado pela maioria das empresas em dois dias na semana. Isso teve reflexos no consumo. Já os restaurantes destinados ao público de maior renda "cresceram muito as vendas", diz o presidente da Abrasel, sem revelar os porcentuais.

Compartilhamento e informalidade

Um dado da pesquisa da Kantar que chamou atenção de Romano foi o aumento do compartilhamento do consumo de salgados prontos, muito provavelmente de combos. O consumo individual, que representa metade do mercado de salgados, ficou praticamente estável entre 2019 e 2022. Já o consumo compartilhado com três ou mais pessoas teve aumento de quatro pontos porcentuais no período. "Isso mostra que está crescendo a compra de salgados em grupo."

O aumento da preferência pelo salgado pronto e pelo consumo compartilhado do item têm transformando o mercado de alimentação fora de casa. Essa mudança também virou uma alternativa de renda para os trabalhadores informais. A pesquisa mostra que o canal de vendas de ambulantes cresceu 45% no pós pandemia e foi o que mais aumentou no período, por ter preços menores em relação ao comércio formal.

A faxineira Maria do Rosário Ramos Silva, de 57 anos, por exemplo, tem como segunda fonte de renda vender salgados que prepara para os vizinhos. Ela tira um salário mínimo com as limpezas e ganha um extra com os quitutes. A coxinha custa R$ 2, bolinha de queijo e bolinho de carne saem por R$ 1. "O pessoal passa na minha casa, compra e leva para comer no trabalho ou à noite em casa e no lugar de uma refeição", conta.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dois homens brasileiros, de 30 e 42 anos, foram presos na noite desta quarta-feira (8) em Turim, na Itália, por roubo e resistência a um agente público, informam as autoridades locais. O mais velho também responderá por agressão agravada.

Segundo as informações oficiais, os dois tinham sido contratados por um italiano de 30 anos para uma programa sexual e, após o fim da relação, foi agredido e teve sua carteira e celular roubados.

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Os dois fugiram do local, mas ao verem um carro da polícia que havia sido acionado pela vítima, tentaram correr em direções opostas. O mais novo foi bloqueado e detido ainda com o celular roubado nas mãos. Já o de 42 anos resistiu à prisão e agrediu com socos e cabeçadas os agentes que executaram a prisão.

Da Ansa

Os brasileiros ainda possuem algumas dificuldades para proteger seus dados na internet. É o que aponta uma pesquisa divulgada pela empresa de consultoria Kaspersky. Segundo o levantamento, 35% dos entrevistados não sabem como garantir a segurança de informações pessoais online. A ideia de “proteção de dados” constitui-se em um conjunto de práticas que devem ser tomadas para evitar os incidentes de vazamento de dados pessoais e dados sensíveis de pessoas físicas. 

De acordo com Walter Calza Neto, advogado especialista em direito digital, proteção de dados e propriedade intelectual, “a expressão “proteção de dados” se tornou relevante após a promulgação, em 2018, mais conhecida como LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). A Lei Geral de Proteção de Dados é fruto de um contexto internacional de Legislações de Proteção de Dados iniciado na Alemanha na década de 1970 e se popularizou em 2016 na União Europeia”. A exposição dos dados na internet e nos meios físicos, caso caiam nas mãos de criminosos ou esteja à venda na darkweb, poderá gerar inúmeras fraudes, entre as mais comuns, como a abertura de contas bancárias fraudulentas para recebimento de valores oriundos de outros crimes, contratação de financiamentos e realização de compras em nome daqueles que tiveram seus dados expostos. 

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Para se esperar uma boa proteção de dados em 2023, Walter afirma que todas as empresas e órgãos públicos já deveriam estar adequados a este tipo de proteção. “A não adequação pode resultar desde a aplicação de multas, como suspensão de uso das bases de dados. Caso ocorra um incidente com uma empresa não adequada, existe ainda o risco reputacional de ter que ir a público comunicar o vazamento de dados pessoais”, assegura o advogado.

Assim, 2023 parece ser um ano no qual a proteção de dados estará na ordem do dia da maioria das empresas e órgãos públicos. Existe um conjunto de hábitos que podem ser adotados tanto pelos funcionários e colaboradores das empresas, como pelos titulares dos dados que podem dificultar o vazamento e exposição dos dados.  

Confira a seguir, algumas sugestões do advogado Walter Calza, que são importantes para proteger os dados pessoais online: 

*Utilizar senhas forte e única para cada conta online;  

*Ativar a autenticação de dois fatores em suas contas, o que adiciona uma camada extra de segurança; 

*Evitar clicar em links suspeitos ou fornecer informações pessoais a sites desconhecidos; 

*Manter seus dispositivos e programas atualizados para garantir que eles estejam protegidos contra vulnerabilidades conhecidas; 

*Utilizar um software de segurança confiável em seus dispositivos para protegê-los contra vírus e outros tipos de malware; 

*Evitar conectar-se a redes Wi-Fi públicas desprotegidas. Se precisar usar uma, use uma VPN; 

*Ser cuidadoso com o que você compartilha nas redes sociais e nas comunicações online. 

A Polícia Federal prendeu nessa sexta-feira (27) três brasileiros, procurados internacionais, que chegaram em voo de deportados dos Estados Unidos.

Um deles era foragido da Justiça de Santa Catarina pela prática do crime de estupro de vulnerável, possuindo mandado de prisão expedido pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Criciúma/SC.

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Outro possui contra ele mandado de prisão pela prática do crime de tráfico de drogas expedido pela 2ª Vara Criminal de Guajará do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia.

Contra o último pesa mandado de prisão preventiva expedido pelo Juízo da 1ª Vara Criminal da Comarca de Governador Valadares pela prática do crime de homicídio qualificado e para o qual a Interpol publicou alerta internacional (Difusão Vermelha). Investigações apontaram que ele é o mandante da execução de um traficante rival por vingança, podendo a condenação chegar a 30 anos de reclusão.

Eles foram detidos em solo americano pela ICE, U.S. Immigration and Customs Enforcement, a autoridade de Imigração dos EUA, em cumprimento aos mandados de busca internacional da Interpol, e por estarem em desacordo com as normas migratórias daquele país.

Ao chegarem em território brasileiro os três foram presos, submetidos ao exame de corpo de delito e encaminhados ao sistema prisional.

Da assessoria

Praticamente seis em cada 10 norte-americanos e brasileiros desejam fazer uma viagem para a Itália em 2023, mostra uma pesquisa com quatro mil pessoas feitas pelo portal Vamonos Vacanze. Os entrevistados têm entre 18 e 65 anos e são de nações fora da Europa.

O levantamento mostrou que 60% dos norte-americanos disseram querer ir para o país europeu e 58% dos brasileiros também. A terceira colocação fica com os chineses (49%), seguido por indianos (45%), sul-coreanos (42%), japoneses (41%) e argentinos (35%).

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Quando incluídos os países europeus, os franceses são os que mais querem ir para a Itália (78%), seguidos por alemães (73%) e ingleses (66%).

"Apesar do aumento dos preços relacionados à crise energética e o conflito com a Ucrânia, há muitos turistas que escolhem ou seguirão escolhendo a Itália para suas férias", explicou a fundadora do portal, Emma Lenoci.

Para a especialista, "com suas cidades de arte, mas também com o mar e a natureza virgem, assim como suas impressionantes paisagens, as calorosas boas-vindas de seus habitantes e a excelência enogastronômica, a Itália se confirma como o destino mais querido para uma viagem prazerosa".

O pódio das cidades mais desejadas são Roma, Florença e Veneza, mas as regiões mais consideradas para o verão são Sicília, Puglia e Sardenha.

Da Ansa

O tênis brasileiro avançou à segunda rodada de duplas do Aberto da Austrália nesta sexta-feira (20). No feminino, a parceria da paulista Beatriz Haddad com a chinesa Shuai Zhang estreou com vitória de virada sobre a canadense Leylah Fernandez e a norte-americana Bethanie Mattek-Sands por 2 sets a 1, com parciais de 7/6, 6/4 e 6/3.

Quem também brilhou foi a campinense Luisa Stefani e o gaúcho Rafael Matos, nas duplas mistas. Em 50 minutos, eles aplicaram 2 sets a 0 (6/2 e 6/0) sobre os chineses Xinyun Han e Zhizhen Zhang.

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"Excelente jogo, fomos muito sólidos do começo ao fim. Vamos aproveitar até o final do torneio, da dupla mista, um jogo de cada vez. Me senti super bem, adoro jogar aqui e é muito bom essa dupla mista com o Rafa também", disse Stefani.

As duplas voltam a competir neste sábado (20), em horário a ser definido. Stefani e Matos enfrentarão Bethanie Mattek-Sands (Estados Unidos) que jogará em parceria com Mate Pavic (Croácia).

Já a dupla de Bia Haddad medirá forças com as tchecas Miriam Kolodziejová e Markéta Vondrousova.

A dupla do gaúcho Marcelo Demoliner com o italiano Andrea Vavassori voltam à quadra às 21h (horário de Brasília) contra o espanhol Marcel Granollers e o argentino Horacio Zeballos. Demoliner assegurou presença na segunda rodada após ganhar de virada na estreia os belgas  Joran Vliegen e Sander Gille por 2 sets a 1, com parciais de 6/7 (7-5), 7/6 (4-7) e 7/6 (10-4).

Uma pesquisa do instituto Datafolha apontou que 93% dos brasileiros condenam os atos antidemocráticos protagonizados no último domingo (8) por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O levantamento foi realizado ao longo desta semana e teve a participação de 1.214 pessoas de todo o país. As entrevistas foram feitas através de ligações para celulares. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou menos.

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Além da parcela que condenou a depredação dos prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto, 3% dos entrevistados opinaram que são favoráveis ao ataque, já 2% confirmaram que ficaram indiferentes ao ocorrido.

Em outro recorte da pesquisa, 55% dos participantes consideraram que o ex-mandatário teve responsabilidade pelos ataques às sedes dos Três Poderes.

Para 38% dos brasileiros que foram ouvidos, Bolsonaro teve muita responsabilidade pelo quebra-quebra em Brasília; já para 17%, o ex-presidente teve um pouco de culpa. Por outro lado, 39% disseram que ele não teve responsabilidade, e 6% não souberam responder.

A pesquisa também mostrou que 46% das pessoas ouvidas acham que todos os envolvidos na insurreição dos bolsonaristas mais radicais deveriam ser detidos, enquanto 15% considera que a maioria precisaria parar atrás das grades.

O ataque em Brasília causou inúmeros danos, pois os vândalos destruíram obras de arte, objetos históricos, móveis, vidraças e até roubaram armas. Ao todo, mais de mil pessoas foram detidas em função do caso.

Como consequência do episódio, o ministro do STF Alexandre de Moraes afastou por 90 dias o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e decretou a prisão de Anderson Torres, antigo secretário de Segurança do DF. 

Da Ansa

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