Tópicos | coletiva

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que "não sabe qual atitude, mas alguma atitude temos que tomar" para a destituição de Jair Bolsonaro. Em entrevista no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista, seu berço político, ele afirmou que se considera "radical", mas só porque gosta de "ir à raiz dos problemas do País". No discurso, o ex-presidente diz que governo deve existir para encontrar solução para as pessoas em crise durante a pandemia da covid-19.

Para Lula, o Brasil precisa obrigar o governo a "comprar vacina, pagar auxílio emergencial e fazer investimentos". Segundo o ex-presidente, o País não pode mais permitir que o presidente Jair Bolsonaro "continue governando".

##RECOMENDA##

Ao chamar a população para "lutar" contra o governo, pediu desculpas pelo longo discurso e afirmou que "faz cinco anos que não falo". No entanto, apesar da rejeição que aponta ter passado durante esse tempo, o petista considerou que "a Lava Jato desapareceu da minha vida; estou satisfeito com reconhecimento da minha inocência".

Lula agradeceu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin pela decisão que o tornou elegível, e disse que a "verdade" foi dita. "Tivemos 100% de êxito na decisão do Fachin; tinha 4 processos, de repente desapareceram". Segundo Lula, ele irá continuar a dar declarações e quer "conversar com classe política e com empresários".

Lula também afirmou que Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, estão "vendendo" o Brasil para o exterior. "Não é possível que preço do combustível siga cotação internacional se nós produzimos petróleo aqui", afirmou na entrevista.

O petista afirma que o governo está se "desfazendo de tecnologia do pré-sal em nome do deus mercado e do petróleo". No discurso, Lula questiona até quando o Brasil terá que pedir licença aos Estados Unidos e Europa para poderem exercer o direito no País. "Será que nós vamos ficar refém do mercado, não importa como?", questionou.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que quer tomar logo a vacina contra a Covid-19, independentemente de sua origem. Lula disse que vai pedir ao povo brasileiro para não seguir nenhuma "decisão imbecil" do presidente Jair Bolsonaro.

"Eu tenho 75 anos de idade. Eu falo brincando que tenho energia de 30 e tesão de 20. Eu acho que é por isso que não tomei vacina ainda, porque o pessoal não se é 30, se é 20 ou 75 [...] Na semana que vem, se Deus quiser, vou tomar a minha vacina. Não importa de que país, não importa se é duas ou uma só. Quero fazer propaganda para o povo brasileiro: não siga nenhuma decisão imbecil do presidente da República ou do Ministro da Saúde. Tome vacina", disparou.

##RECOMENDA##

As críticas ao governo de Jair Bolsonaro, principalmente no combate à covid-19, não pararam por aí.

"Se o Brasil tivesse um presidente que se respeitasse e respeitasse o povo brasileiro, a primeira coisa que teria feito em março do ano passado era criar um comitê de crise envolvendo seu ministro da saúde, secretário da saúde dos estados, cientistas e toda a semana orientar a sociedade brasileira do que fazer. Era preciso priorizar dinheiro e comprar as vacinas que pudessem comprar em qualquer lugar do planeta terra porque nós tivemos momentos que teve vacina que a gente se quer aceitou. A própria Pfizer tentou oferecer vacina e a gente não quis porque nós tínhamos um presidente que inventou uma tal de cloroquina, que falava que quem tem medo do Covid era maricas, que o Covid era uma gripezinha, que era coisa de covarde, que ele era ex-atleta e que, portanto, ele não ia pegar. Esse não é o papel no mundo civilizado de um presidente da República", disse Lula.

O ex-presidente ainda usou parte do tempo do pronunciamento para desqualificar a carreira de Bolsonaro.

"Ele não sabe o que é ser um presidente da República. Ele a vida inteira não foi nada. Ele não foi nem capitão. Ele era tenente e foi promovido porque se aposentou e, se aposentou porque queria explodir quartel porque ele virou um dirigente sindical de soldado, queria aumento de salário. Depois que se aposentou, ele nunca mais fez nada na vida. Ele foi vereador e deputado e, durante 32 anos exerceu o mandato e conseguiu passar para a sociedade a ideia de que ele não era político", criticou.

Da Redação, com Agência Estado

O volante Caetano, do Santa Cruz, deu entrevista coletiva nessa terça-feira (9) e falou sobre o sentimento de retornar ao clube e como está encarando a disputa por vaga no time titular.

O jogador de 23 anos estava emprestado ao Salgueiro desde o início de 2020 e teve sua volta solicitada para integrar o elenco tricolor para a temporada 2021.

##RECOMENDA##

“Me sinto mais experiente, mais maduro, pelo tanto tempo que fiquei fora, deu pra aprender bastante coisa. Volto com a cabeça melhor que antes”, disse.

Desde sua volta, Caetano já participou de quatro partidas. As últimas duas como titular da equipe tricolor.

“Ali você encosta em Paulinho, Didira, os caras mais experientes. Tu vai aprendendo ali, mas deixo com o professor. Quem ele colocar, vai dar conta do recado”, afirmou.

O Santa Cruz volta a campo nesta quinta-feira (11) contra o Salgueiro, as 18h, pela Copa do Nordeste. Os dois times perderam os dois jogos que fizeram na competição e buscam a recuperação.

O Palácio do Planalto confirmou neste domingo, 17, que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, dará entrevista coletiva, às 15h30, sobre a vacinação contra a covid-19. A entrevista será no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), no Rio de Janeiro, com transmissão pelos canais do governo federal nas redes sociais.

A fala de Pazuello ocorrerá após a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que está reunida neste domingo, 17, para decidir se permite ou não o uso emergencial da Coronavac e da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca. A reunião deve durar no máximo até as 15h. (Equipe AE)

##RECOMENDA##

Diante do período de férias, quando as praias do Litoral pernambucano devem receber um número maior de pessoas, o secretário estadual de Saúde, André Longo, confirma que, caso os protocolos de combate à Covid-19 não sejam seguidos pelas pessoas, o acesso às praias pode ser restringido no estado.

"Nós vamos continuar observando as cenas dos próximos finais de semana para, inclusive, vislumbrar a possibilidade de regressão do plano de convivência, com restrição do acesso às praias caso nós não tenhamos sucesso nas intervenções conjuntas, entre o governo do estado e as prefeituras", explica Longo. 

##RECOMENDA##

Na manhã desta quarta-feira (6), o governador Paulo Câmara se reuniu com os prefeitos dos municípios litorâneos para ressaltar as responsabilidades de cada cidade no enfrentamento ao novo coronavírus. O secretário de Saúde de Pernambuco ressalta que neste período de férias, tradicionalmente há muita atividade social nesses locais do Litoral do estado, especialmente em faixas de areia. 

"Os municípios precisam adotar maior rigor na fiscalização, além de um trabalho reforçado no controle e no ordenamento urbano, na conscientização de comerciantes e empresários, visando a importância do cumprimento das normas e dos protocolos que precisam ser cumpridos", assegura André Longo.

O Governo de Pernambuco, em coletiva realizada nesta quarta-feira (30), fez um apelo para que os jovens não participem de festas de fim de ano. O secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, destacou que as pessoas poderão ser responsabilizadas posteriormente, a partir da análise de publicações feitas nas redes sociais.

"Os jovens acham que são eternos, que são imortais, como se fossem 'He-mans'. Não são. Muitos deles poderão contrair a Síndrome Respiratória Aguda Grave e outros vão fazer papel de carrascos de suas próprias famílias", disse Pedro Eurico.

##RECOMENDA##

O secretário ressaltou que haverá fiscalização em todo o estado durante o fim de ano. Os municípios foram acionados para colaborar por meio das Guardas Civis e da Vigilância Sanitária. "Aqueles que forem alcançados no momento da festa serão autuados em flagrante por crimes contra a saúde pública. Não somente o responsável pela festa, mas também o proprietário da casa de eventos, hotel, todos serão responsabilizados.” Pedro Eurico afirmou que as responsabilizações poderão ocorrer após a data. “Vamos levantar fotos, o que está na internet, o que vai sair no Instagram, nas redes sociais e nós vamos atuar posteriormente." Além da esfera criminal, há multas que vão de R$ 1 mil a R$ 100 mil.

Segundo o secretário, as fiscalizações não vão ficar restritas às praias e ao litoral. Ele mencionou Aldeia, em Camaragibe, Região Metropolitana do Recife, onde, segundo ele, pessoas estariam tentando fazer festas em granjas. "As pessoas estão esgotadas, cansadas, mas a gente ainda vai ter um período até a vacina para pensar no futuro. E a gente não pode comprometer o futuro agora por causa de uma simples noite de Réveillon."

O secretário Estadual de Saúde, André Longo, também pediu que a população não participe de aglomerações e que ajude com denúncias. "Você pode, indo a uma festa dessa, se transformar em um agente de contaminação para uma pessoa que poderá evoluir muito negativamente, precisar do leito de UTI e morrer", comentou. Os telefones para denúncias são o 0800 282 1512, do Procon-PE, 0 3181-7000, do Núcleo de Contole da Covid-19 e que conta com WhatsApp, e o 190, da Polícia Militar.

No início do mês, o Governo de Pernambuco anunciou a proibição de festas de Natal e Ano Novo. Shows também foram proibidos, com ou sem cobrança de ingresso, independente do número de participantes.

O secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, informou durante coletiva online desta quinta-feira (5) que, na última quarta-feira (4), se reuniu com os representantes das unidades de saúde públicas de Pernambuco e confirmou que houve uma “pequena” elevação nas internações nesta última semana. “Mas esse aumento não tem sido motivado necessariamente pela Covid-19. São quadros de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), mas temos encontrado diagnósticos de diversas outras manifestações de repercussão respiratória", diz.

Sobre as taxas de ocupação dos leitos, Longo ressalta que, no decorrer dos últimos meses, com a desmobilização de alguns leitos por conta da baixa ocupação no estado, é possível que haja algumas variações. "Chegamos a contar com mais de 1.500 vagas de UTI no pico da pandemia, juntando com os leitos do governo e da Prefeitura do Recife. Hoje, são 786 (leitos), mesmo assim a ocupação se encontra num patamar de controle", analisa.

##RECOMENDA##

O secretário garantiu que o estado continua monitorando os indicadores hospitalares, fazendo reuniões com as unidades de saúde e unidades de pronto atendimento. Além disso, ele reforçou que o Plano de Contingência de Pernambuco prevê que se forem alcançadas taxas sustentadas superiores a 80% de ocupação, Pernambuco irá desbloquear leitos e alocá-los para o atendimento dos infectados pela Covid-19.

Contaminação e óbitos

Longo analisou que Pernambuco terminou o mês de outubro “melhor do que começou”. "Com uma queda de 9,1% nas notificações dos casos graves e 25,8% nos óbitos, isso quando comparamos com a semana 41 e 44", explicou.

O secretário disse que, mesmo com algumas "flutuações" percebidas, outubro registrou os menores índices da doença desde abril. "Quando comparamos a setembro, tivemos uma redução de 15,6% nos casos. Quando olhamos os casos graves confirmados [em outubro], houve queda de 14% em relação a setembro".

Em relação aos óbitos, André Longo garante que também houve uma queda nos números do estado. Ele salientou que os 533 óbitos por Covid-19 confirmados em outubro representam uma queda de 39,7% em relação a setembro.

O secretário afirmou que as variações dos casos confirmados da Covid-19 no estado estão dentro do esperado e, até este momento, estão em um patamar de estabilidade, sem uma tendência clara de aumento e sem grandes repercussões na análise por macrorregião e Gerência Regional de Saúde (GERE). 

"Para evitar um novo aumento nos índices de contaminação pela Covid-19, dependemos somente de nossas próprias atitudes. O vírus continua circulando e, para não termos mais mortes, aumento na ocupação dos hospitais, cada um precisa fazer a sua parte usando as máscaras, lavando as mãos, usando álcool e evitando as aglomerações", complementou o secretário de Saúde de Pernambuco.

Em coletiva online realizada nesta terça-feira (15), o candidato à Prefeitura do Recife, João Campos (PSB) respondeu que, mesmo sendo crítico à gestão Bolsonaro, a sua candidatura não fará oposição a ninguém. “ Vai ser uma candidatura para consolidar os avanços na cidade do Recife. Para que possamos discutir os desafios que existem na vida das pessoas”, diz.

O pessebista revela ainda que não terá dificuldade em pedir algo ao governo federal. “Não terei nenhuma dificuldade de ir à Brasília, dialogar com os ministérios e poder pleitear o que for melhor para a cidade do Recife. O exercício do diálogo faz parte da política e nós precisamos construir uma cidade cada vez mais sólida. Quem for contra o Recife, terá de nossa parte um enfrentamento representando as pessoas”, salienta.

##RECOMENDA##

A ex-vereadora Isabella de Roldão foi referendada pelo PDT para ser vice de João Campos. No entanto, nos últimos dias o que se viu foi um desgaste interno, de pedetistas que se dividem querendo uma candidatura própria, que seria do deputado federal Túlio Gadêlha, e outros que aprovam Isabella compondo a chapa majoritária do PSB.

Isabella, que deve compor a chapa majoritária, antes tecia comentários contra o PSB. Mas diante do jogo político, se colocou a favor da integração do seu partido em apoiar a continuidade do PSB na Prefeitura do Recife. 

Mesmo diante desses fatos, João agradeceu. É um apoio muito importante. A companheira Isabella tem uma história de vida que mostra o seu compromisso com as pessoas. Muito me honra ter Isabella compondo a nossa chapa majoritária, mas a vida não é muito diferente da política. Ao longo de uma caminhada, é natural ter discordância. Mas, eu aprendi a fazer política principalmente com o meu pai, unindo. A política precisa de gente construindo ponte, chega de muro e segregação”, esclarece. 

PT vs PSB

Em 2018, o PT ‘rifou’ Marília Arraes na disputa do Governo de Pernambuco e apoiou a reeleição de Paulo Câmara. Dessa vez, a história não se repetiu e Marília, que é prima de João Campos, já está confirmada para a disputa

“Não é novidade enfrentar o PT. Nós já enfrentamos o PT em 2012, 2016 e vamos enfrentar novamente nessas eleições”, salienta o pessebista.

Mesmo com pouca experiência política, estando no seu segundo ano como deputado federal, João se diz preparado. “Não vejo a juventude como problema, vejo como uma virtude. Nós temos uma disposição imensa, uma qualidade de trabalho, uma capacidade de unir as pessoas e de poder juntar os esforços para poder construir a cidade que a gente espera”, pontua. 

O PDT do Recife está com a convenção marcada para esta terça-feira (1º), mas os rumos do partido na disputa pelo comando da capital pernambucana ainda não foram fechados. Nesta segunda-feira (31), o presidente nacional da sigla, Carlos Lupi, está na cidade para conversar com as duas pré-candidaturas: a ex-vereadora Isabella de Roldão e o deputado federal Túlio Gadêlha. 

Além disso, também há informações de que Lupi também deve ir à mesa com o governador Paulo Câmara e o prefeito do Recife, Geraldo Julio, ambos do PSB - de quem o PDT é aliado. Os líderes pessebistas tentam convencer o partido a seguir na Frente Popular e apoiar o nome do deputado federal João Campos.

##RECOMENDA##

Após as tratativas, Lupi vai anunciar o posicionamento pedetista durante uma entrevista coletiva, agendada para às 10h de amanhã. Apesar da conversa de Lupi com Geraldo e Paulo, a direção municipal do PDT aprovou uma resolução endossando a candidatura própria no Recife. 

Inclusive, uma pesquisa encomendada pela legenda, feita pelo Datamétrica, reforça a tese, inclusive diante do nome de Túlio Gadêlha, que apresenta um desempenho maior do que o de Isabella de Roldão e atrelado ao ex-ministro Ciro Gomes aparece em terceiro lugar nas intenções de votos.

O comando da Organização Mundial de Saúde (OMS) foi questionado nesta terça-feira sobre o fato de que alguns cientistas têm pressionado a entidade a mudar suas diretrizes para enfatizar que existe o risco de transmissão por gotículas no ar da covid-19. Coordenadora da unidade global de prevenção de infecções da OMS, Benedetta Allegranzi afirmou que a questão é alvo de investigações em andamento, mas lembrou que a entidade já sugere cautela em vários de seus documentos com os riscos de transmissão em locais fechados.

Allegranzi disse que a OMS tem insistido na importância de medidas como o distanciamento físico e que se evitem aglomerações, especialmente em locais fechados, que devem ser sempre que possível ventilados. Além disso, ela afirmou que existe um debate sobre a transmissão pelo ar, mas ainda não com evidências sólidas para garantir que isso aconteça.

##RECOMENDA##

Também presente na coletiva, a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, lembrou sobre as etapas do trabalho científico, com produção de estudos, depois revisados pelos pares e publicados ou não. Como exemplo, ela lembrou que houve inicialmente uma publicação que relatava sucesso no tratamento com a hidroxicloroquina contra a covid-19, mas ela depois foi retirada, diante de inconsistências no estudo. Houve outras pesquisas depois disso sobre o medicamento, lembrou. "Há evidência suficiente para mostrar que ela não tem impacto na mortalidade em pacientes hospitalizados", afirmou Swaminathan sobre a hidroxicloroquina.

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou nesta terça-feira (7) para o fato de que a pandemia da covid-19 continua a acelerar pelo mundo. "O surto está acelerando e nós claramente ainda não atingimos o pico da pandemia", disse ele, no início de entrevista coletiva da entidade.

Ghebreyesus comentou que já houve até agora 11,4 milhões de casos reportados da doença, com mais de 535 mil mortes. Ele destacou que levou 12 semanas para que o mundo atingisse a marca de 400 mil casos no início do problema. Agora, apenas no último fim de semana foram registrados mais de 400 mil novos casos da covid-19, comparou.

##RECOMENDA##

O diretor-geral comentou que o número de mortes parece ter perdido fôlego e dado sinais de estabilização global. Segundo ele, alguns países "têm feito progresso significativo em reduzir o número de mortes, enquanto em outras nações as mortes continuam a subir". Ele lembrou que houve progresso em nações que implementaram medidas direcionadas para os grupos mais vulneráveis.

Ghebreyesus disse, ainda, que preparativos têm sido finalizados e que especialistas da OMS estão viajando à China no próximo voo disponível para preparar os planos científicos junto com especialistas chineses para identificar a "fonte zoonótica" da doença.

Os especialistas desenvolverão o escopo e os termos da missão internacional liderada pela OMS, afirmou. "O objetivo da missão é avançar no entendimento de animais hospedeiros para a covid-19 e estabelecer como a doença saltou entre animais para humanos", detalhou, dizendo que a OMS informará os avanços sobre o tema assim que eles surgirem.

Na coletiva, o diretor-geral ainda insistiu na necessidade de que exista união nacional e solidariedade global na luta contra a doença.

Em coletiva realizada na manhã desta quarta-feira (10), o prefeito do Recife, Geraldo Júlio, reforçou a necessidade de cautela da população na volta aos serviços, após lockdown. Com o calendário de reabertura de serviços na capital pernambucana iniciado, por conta da diminuição de casos da Covid-19 na cidade, muita gente pode acabar arranjando motivos para ir às ruas sem necessidade. 

"As pequenas reaberturas que estão sendo feitas em nossa cidade não podem representar uma mudança de atitude das pessoas de ficar em casa. Só deve sair de casa quem está indo trabalhar, quem está indo para esses segmentos que foram abertos ou quem está saindo para fazer compras para abastecer a sua família", afirma Geraldo Júlio. De acordo com o prefeito ainda há necessidade do isolamento para que, com o tempo, outros segmentos possam ser reabertos aos poucos.

##RECOMENDA##

"É muito importante que todos permaneçam em casa e que a gente consiga manter os índices de isolamento mudando somente por aqueles segmentos que foram abertos.  Não pode todo mundo mudar de comportamento e ir para a rua. Porque se isso acontecer a gente vai ter, certamente, um aumento de casos" disse. 

Indicadores positivos

Durante a coletiva o secretário de saúde do Recife, André Longo, também pediu cautela da população e forneceu dados que mostram a diminuição de chamados relacionados ao novo coronavírus, no sistema único de saúde (SUS). "Na primeira quinzena de maio a média de atendimento nas unidades básicas era de 500 atendimentos diários, na última semana essa média caiu para 300", afirma o titular da pasta. De acordo com Longo, o pico de atendimentos foi atingido em 11 de maio, com 706 chamados do aplicativo Atende em casa, em um único dia.

Ao falar sobre a solicitação das ambulâncias, para atender casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), o secretário foi otimista. "Esse número caiu de cerca de 60 ativações no início de maio para 30. Queda de 50% nos chamados de ambulâncias do Samu por síndrome respiratória aguda grave, no Recife". Segundo André Longo houve redução do número de casos e de óbitos o que assegura que, ao invés de continuar seu crescimento, a curva estaria conseguindo ser achatada.

A próxima etapa no combate à doença, anunciada pelo secretário, é a ampliação das testagens "Já são mais de 15 mil testes feitos por semana". "O estudo de amostragem de domicílio vai completar esse mosaico de informações necessárias" afirma. Sobre a reabertura dos templos religiosos, com requerimento aprovado pela Câmara Municipal, Longo é taxativo. "Todas as ações de reabertura são discutidas no ambiente técnico. Cada atividade é analisada para uma abertura gradual, no tempo certo e com os protocolos adequados, para que se possa buscar aí a segurança dos fiéis e da população em geral".

A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou nesta sexta-feira, 5, diretrizes atualizadas para o uso de máscaras não médicas, que podem ser feitas em casa, segundo a própria entidade. "Baseando-se em nova pesquisa, a OMS recomenda que as máscaras fabricadas devem consistir de ao menos três camadas, de diferente material", afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante entrevista coletiva.

A OMS diz que elas devem ser usadas em locais com muita transmissão da covid-19 e dificuldades para o distanciamento físico, sobretudo por pessoas com mais de 60 anos ou doenças pré-existentes. Segundo as diretrizes divulgadas hoje, as máscaras devem ter: uma camada externa, com material resistente à água; uma camada mais interna, que absorva a água; e uma intermediária, para agir como um filtro. No site da entidade, há um vídeo com mais explicações sobre o assunto.

##RECOMENDA##

As máscaras devem ainda necessariamente cobrir o nariz, a boca e o queixo. É preciso colocá-la com as mãos limpas e evitar tocá-las durante o uso. Caso toque nelas, o usuário deve limpar novamente as mãos, recomenda a OMS. Após o uso, o recomendado é retirar a máscara a partir das faixas laterais nas orelhas, sem tocar o centro dela, e de qualquer modo é preciso lavar novamente as mãos depois desse procedimento.

Além de atualizar diretrizes, a OMS recomenda agora que profissionais de saúde em áreas com casos de novo coronavírus usem máscaras durante o trabalho sempre, mesmo que não lidem diretamente com pacientes da covid-19.

De qualquer modo, o comando da OMS ressaltou na coletiva que o uso de máscaras não substitui outras medidas para conter a doença, como o distanciamento social e a higiene das mãos. "As máscaras em si não protegerão você da covid-19", disse Ghebreyesus e a OMS também lembrou que elas funcionam mais para evitar disseminar a doença do que para não pegá-la.

Caso uma pessoa doente e isolada tenha que deixar o confinamento, é crucial que ela use uma máscara médica. Além disso, pessoas que cuidam de um doente em casa devem usar uma máscara médica se estiverem no mesmo ambiente, afirmou Ghebreyesus.

O secretário de Saúde de São Paulo, José Henrique Germann informou nesta quinta-feira, 21, que o Estado registrou, desde o início da pandemia, 73.739 casos de contaminação pelo novo coronavírus. Nas últimas 24 horas foram contabilizados 4.080 novos casos, um aumento de 5,8%.

Segundo o secretário, 5.558 pessoas morreram no Estado por causa da doença desde o início da pandemia. Entre quarta-feira e hoje foram registradas 195 novas mortes, um aumento de 3,6%.

##RECOMENDA##

Durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, o secretário comunicou que a taxa de ocupação dos leitos de UTI é de 73% se considerado todo o Estado e de 89,6% na capital. Na quarta-feira os índices eram de 71,3% para o Estado e de 87,9% no município de São Paulo. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), elogiou o ministro interino da Saúde pela liberação de 1.806 leitos para o Estado e 600 respiradores.

O governo de São Paulo informou nesta sexta-feira (15) que, nas últimas 24 horas, foram confirmados no Estado 3.961 novos casos de covid-19 e 186 óbitos. Os números totalizam, agora, 58.247 infectados pelo novo coronavírus e 4.505 mortes desde o início da pandemia.

Em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, o governador João Doria (PSDB) anunciou a compra de 2 milhões de testes rápidos para covid-19, que estarão disponíveis no Instituto Butantan a partir deste sábado (16). A aquisição teve custo de R$ 114 milhões e a realização de testes começará pelas forças de segurança do Estado e dos municípios paulistas, passando depois para profissionais de saúde.

##RECOMENDA##

Doria afirmou ainda que lamenta a saída de Nelson Teich do Ministério da Saúde e disse que o oncologista "pagou com seu cargo" de ministro a sua defesa da saúde da família brasileira.

Na visão do tucano, Teich demonstrou, ao longo do curto tempo em que ocupou a posição, "compromisso com a ciência e respeito ao isolamento" e deixou a pasta por causa da "desordenação" do governo de Jair Bolsonaro.

"Espero que o sucessor do ministro Nelson Teich continue seguindo a orientação da Medicina e da saúde e não incorra no grave erro de seguir orientações ideológicas, partidárias, pessoais ou familiares", comentou Doria.

O presidente americano, Donald Trump, encerrou abruptamente nesta segunda-feira (11) a coletiva de imprensa diária sobre o enfrentamento do novo coronavírus no país, após se envolver em uma áspera discussão com uma repórter americana de origem asiática.

Weijia Jiang, repórter da CBS News, perguntou a Trump porque ele continuava a insistir em que os Estados Unidos estavam se saindo melhor do que outros países nas testagens do coronavírus.

"Por que isso importa?", perguntou a jornalista. "Por que isto é uma competição mundial quando, todos os dias, americanos ainda estão perdendo suas vidas?".

"Estão perdendo vidas em todas as partes do mundo", reagiu Trump. "E talvez esta seja uma pergunta que você deveria fazer à China. Não me pergunte, faça esta pergunta à China, OK?"

Jiang, que se identifica em seu perfil do Twitter como uma "oeste-virginiana nascida na China", retrucou. "Senhor, por que está dizendo isso a mim especificamente?", perguntou, sugerindo que se devia à sua raça.

"Estou dizendo a todo aquele que fizer uma pergunta maldosa como esta", respondeu Trump. Quando tentou passar para outro repórter, Jiang continuou a pressioná-lo por uma resposta.

Trump chamou outra jornalista, mas imediatamente se dirigiu a uma terceira. Quando as mulheres tentaram lhe fazer a pergunta da colega asiática, Trump abruptamente encerrou a coletiva e voltou para a Casa Branca.

As reações de apoio a Jiang apareceram rapidamente na Internet e a hashtag #StandWithWeijiaJiang (Apoie Weijia Jiang, em tradução livre) se tornou rapidamente um dos assuntos mais comentados no Twitter, recebendo a adesão de personalidades como o ator de 'Star Trek' e ativista asiático-americano George Takei.

Trump, que nunca omitiu a irritação com a imprensa, costuma ter atritos com jornalistas durante suas coletivas sobre o coronavírus.

Mais de 80.000 pessoas morreram nos Estados Unidos na pandemia do novo coronavírus, com mais de 1,3 milhão de infectados, segundo os números mais recentes desta segunda-feira (11) da Universidade Johns Hopkins.

O número de mortos nos Estados Unidos é, de longe, o maior de um único país por Covid-19 em todo o mundo.

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, foi questionado nesta quarta-feira (29), durante entrevista coletiva virtual, sobre declarações recentes do presidente Jair Bolsonaro sobre o coronavírus e sobre se o País deveria fazer algo distinto no combate ao problema. Em Genebra (Suíça), Ghebreyesus não respondeu diretamente à questão, dizendo apenas que não comentaria declarações do presidente brasileiro antes de verificá-las.

A autoridade da OMS ainda comentou que alguns jornais no Brasil teriam veiculado "uma coisa que nunca disse", alguns dias atrás, mas sem explicitar qual seria o erro nem as publicações.

##RECOMENDA##

No início da entrevista coletiva, Ghebreyesus fez uma defesa do trabalho da OMS desde o surgimento dos casos de coronavírus na China, listando as medidas que têm sido tomadas pela entidade desde então. As declarações são dadas no momento em que a OMS sofre críticas, sobretudo dos Estados Unidos, com o presidente Donald Trump anunciando o corte de verbas para a entidade sob a acusação de que ela seria muito "centrada na China".

'E daí?'

Na terça-feira (28), uma fala de Bolsonaro repercutiu após o presidente ser questionado sobre o número recorde de mortos pelo novo coronavírus registrado no País. Os mortos passaram de 5 mil e superaram os números da China. "E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre", respondeu o mandatário sobre os números.

Estado com maior número de casos do novo coronavírus no País, São Paulo registrou um recorde de mortes em 24 horas pela doença, com 224 óbitos, um aumento de 12% em relação ao número divulgado na segunda-feira (27). Com isso, São Paulo já contabiliza 2.049 mortes. A informação foi divulgada nesta terça-feira (28) em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes. "Como não temos uma fila de testes, isso significa que esses novos casos foram dos últimos dias", afirmou o secretário estadual da Saúde, José Henrique Germann.

Chefe do Centro de Contingência da Covid-19 no Estado, o infectologista Davi Uip afirmou que "o balanço de óbitos nas últimas 24h é o mais importante até então." O Estado tem 24.041 casos confirmados da doença, com 2.300 novos casos, um aumento de 11%.

##RECOMENDA##

De acordo com o balanço, 81% dos leitos de UTI na Grande São Paulo estão ocupados. No Estado, esse índice é de 61,7%. De acordo com Germann, 1.437 pessoas estão internadas em UTIs. Em enfermarias há 1.800 pacientes internados. A taxa de ocupação nesses leitos é de 44, % no Estado e 70% na região metropolitana.

Questionados sobre a possibilidade de flexibilização da quarentena em São Paulo, que é válida até o dia 10 de maio para os 645 municípios do Estado, tanto Germann quanto Uip afirmaram que essa flexibilização ainda está em análise.

"Não há possibilidade nenhuma de relaxamento antes do dia 10 e isso serve para todo o Estado", frisou Uip. "Estamos com quarentena até dia 10. O que manda (sobre a flexibilização) são os números e dados que vamos analisando a cada dia", complementou Germann.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou nesta segunda-feira, 27, que os casos de coronavírus estão subnotificados em várias regiões do planeta, incluindo a América Latina (AL) por conta da falta de testes disponíveis. "Continuamos a apoiar esses países com assistência técnica por meio de nossos escritórios regionais e com suprimentos", disse o dirigente durante entrevista coletiva em Genebra, na Suíça.

Questionado sobre as críticas do presidente Jair Bolsonaro às orientações da entidade, Tedros não citou o brasileiro, mas disse que cada país é soberano para tomar suas próprias decisões. Segundo ele, os governos que seguiram as recomendações do órgão internacional estão em posições melhores do que os restantes. "Não temos poder para forçar países a implementarem o que aconselhamos", destacou.

##RECOMENDA##

O líder da OMS lembrou que, quando decidiu declarar o coronavírus uma emergência pública global, no final de janeiro, havia apenas 82 casos da doença fora da China. "O mundo deveria ter nos ouvido de forma cuidadosa", afirmou.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), mostrou preocupação com a da taxa de isolamento social de 48% observada na capital paulista e na região metropolitana nesta quarta-feira (22). O número representa uma queda em relação à taxa de 57% computada na última terça-feira (21) pelo Sistema de Monitoramento Inteligente (SIMI) utilizado pelo governo para controlar o índice de isolamento social no Estado.

De acordo com Doria, o índice de ontem liga um "sinal de alerta" à população paulista. "Não podemos baixar de 50%", advertiu o governador nesta quinta-feira (23). O tucano ainda pediu: "não ajude a disseminar o vírus e colocar em risco sua vida e a de familiares".

##RECOMENDA##

O secretário de Saúde do Estado, José Henrique Germann, também alertou a população do risco de manter os níveis de isolamento abaixo dos 50%. Segundo ele, se esse cenário continuar e o índice não aumentar de forma consistente, a porcentagem de novos casos e mortes por Covid-19 em São Paulo "poderá passar para dígitos duplos". O secretário informou que, de ontem para hoje, houve um acréscimo de 3% no número de infectados e 4% dos óbitos pela doença.

Doações

De acordo com o governador de São Paulo, o grupo de empresários criado junto ao governo estadual já foi responsável por mais de R$ 500 milhões em doações ao Estado, cuja capital é o epicentro da pandemia do novo coronavírus no Brasil. Integram o grupo 118 entidades de diversos setores da economia.

Segundo informou a secretária do Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, 66% da quantia foi destinada às áreas de saúde e segurança pública do Estado, em especial para a compra de insumos e equipamentos de proteção individual (EPIs). Os 34% restantes foram repassados aos programas de auxílio social organizados pela Secretaria do Desenvolvimento Social, comandada por Célia Parnes.

Entre outros anúncios, Doria ainda disse que o governo do Estado irá publicar no Diário Oficial do Estado de amanhã um decreto que recomenda o uso de máscaras pela população em todos os municípios paulistas. Segundo ele, o "efeito protetor" das máscaras contra o coronavírus está comprovado e, por isso, é importante que os cidadãos do Estado sigam tal recomendação.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando