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O 'I Torneio de Xadrez Online' do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) está com inscrições abertas até 15 de maio. O evento tem o intuito de instigar a prática de xadrez e a interação virtual entre servidores e alunos do IFPE neste momento de isolamento social.

O evento será realizado de 18 a 31 de maio. Podem participar estudantes e servidores de todas as unidades do IFPE; para isso, o competidor precisa criar antecipadamente uma conta na plataforma onde serão realizadas as partidas da competição. O torneio contará com sete rodadas no sistema suíço e cada partida tem que ser jogada on-line em um período de até 48 horas.

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Será criado um grupo de WhatsApp com os partícipes da competição em que será enviada a tabela com as partidas de cada competidor. Ao término do torneio, receberão medalhas o campeão, o vice-campeão-geral e os melhores competidores nas categorias estudante, servidor, feminino, veterano e sub-18. 

Quem tiver dúvidas pode enviar e-mail para o seguinte endereço eletrônico: xadrezifpe@gmail.com. Ao término da competição, será feito o primeiro ranking de jogadores de xadrez da instituição, que englobará todos os competidores do evento. Confira o regulamento.

A estratégia do presidente Jair Bolsonaro para formar uma base de sustentação parlamentar passa pela eleição para o comando da Câmara, hoje nas mãos de Rodrigo Maia (DEM-RJ), seu desafeto. Ao tentar atrair o Centrão com a oferta de cargos - que vão de diretorias do Banco do Nordeste a secretarias em ministérios -, Bolsonaro também procura construir uma candidatura à sucessão de Maia.

Nos bastidores, o presidente se movimenta para impulsionar a campanha do deputado Marcos Pereira (SP) nessa disputa, marcada para fevereiro de 2021. Vice-presidente da Câmara, Pereira comanda o Republicanos, partido que recentemente abrigou o senador Flávio Bolsonaro e o vereador Carlos Bolsonaro, ambos do Rio. Os dois se filiaram temporariamente, enquanto o Aliança pelo Brasil não consegue as assinaturas suficientes para sair do papel.

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Pastor licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, Pereira é um dos postulantes do Centrão ao comando da Câmara. A bancada evangélica leva hoje o título de principal avalista de Bolsonaro no Congresso. Outro candidato que conta com a simpatia do presidente é o deputado Arthur Lira (AL), líder do PP e réu em processo por corrupção passiva. A ideia de Bolsonaro é observar, mais adiante, qual dos dois será fiel a seu projeto e terá mais viabilidade.

Maia e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), não poderão concorrer à reeleição, se não houver mudanças de regras. Motivo: a Constituição impede que os presidentes da Câmara e do Senado sejam reconduzidos aos cargos na mesma legislatura. Antes da crise do coronavírus, no entanto, havia uma articulação nesse sentido, principalmente por parte de Alcolumbre, que encomendou até parecer jurídico. Bolsonaro, por sua vez, está convencido de que precisa construir uma alternativa a Maia. Cabe ao presidente da Câmara autorizar ou não a tramitação de qualquer pedido de impeachment na Casa.

Cargos

Em outra frente para buscar apoio, o Planalto decidiu apressar a entrega de cargos a partidos do Centrão, como mostrou o Estado. Bolsonaro impôs, porém, um filtro: os indicados não podem ter trabalhado em administrações do PT. Além disso, o Planalto vai monitorar as redes sociais de todos.

O DEM perderá o comando da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e da Parnaíba (Codevasf), que deve ser entregue ao PP de Lira e do senador Ciro Nogueira (PI). Pelo acerto dos últimos dias, o PL de Valdemar Costa Neto ficará com o Banco do Nordeste. O governo também prometeu ao partido de Valdemar a Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária, cargo que formula estratégias de combate ao coronavírus. O Republicanos, por sua vez, poderá ocupar uma secretaria no Ministério do Desenvolvimento Regional. Pereira foi ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços na gestão de Michel Temer.

Bolsonaro fará nova rodada de conversas nos próximos dias. Nesta quarta-feira, ele receberá o deputado Baleia Rossi (SP), presidente do MDB. Amanhã a audiência será com o prefeito de Salvador, ACM Neto, que dirige o DEM.

No domingo, porém, ao participar de manifestação que defendia o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal, o presidente atacou o que chamou de velha política. "Nós não queremos negociar nada. Nós queremos ação pelo Brasil", disse ele, em cima da caçamba de uma caminhonete, diante do Quartel-General do Exército.

Para o deputado Efraim Filho (PB), líder do DEM na Câmara, as divergências devem ser arquivadas neste momento. "Falar em intervenção militar, por um lado, e impeachment, por outro, é um desserviço para o Brasil. Já temos crise de saúde, crise econômica e uma nova crise política não seria bem-vinda", afirmou. "Precisamos de um pacto de união nacional para enfrentar a Covid-19. Não é hora de disputa política nem de discursos agressivos", avaliou Baleia.

Nesta quinta-feira (09), o cientista político Adriano Oliveira expõe em seu podcast os conflitos gerados pela pandemia do novo coronavírus entre as narrativas adotadas pelo Presidente Jair Bolsonaro e os Governadores dos estados brasileiros. Os líderes estaduais defendem o isolamento social, que é a atual medida recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para o combate contra a Covid-19. Bolsonaro, por sua vez, prega que a economia não pode parar e acredita que aqueles que não pertencem ao grupo de risco devem voltar aos seus trabalhos. 

Para Adriano, ambos os posicionamentos assumem riscos e fortes consequências futuras. Resta saber qual opinião trará menos danos à nossa sociedade e, por isso, o cientista põe em cheque: as narrativas do presidente Bolsonaro e dos governadores, quem vencerá?

O podcast de Adriano Oliveira tem duas edições, nas segundas e nas sextas-feiras. Além disso, também é apresentado em formato de vídeo, toda terça-feira, a partir das 15h, na fanpage do LeiaJá.

Confira mais uma análise a seguir:

A temporada 2020 do futsal pernambucano vai iniciar com a Copa Tronadon. A quinta edição do torneio organizado pela Federação Pernambucana de Futsal começa nesta terça-feira (10). São cinco cidades sedes: Bezerros, Carpina, Cortês, Joaquim Nabuco e Recife. 

O torneio, além da categoria adulto, conta com atletas do sub-15. As 22 mequipes integrantes da competição estão divididas em 14 times no adulto e oito no sub-15. 

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As equipes do adulto estão dividas em três grupos. O grupo A com cinco equipes tem sede em Recife e Carpina; o grupo B, com quatro times, terá jogos em Bezerros, o grupo C será em Cortês e em Joaquim Nabuco, e também conta com quatro equipes.

Nas quartas de final, os confrontos serão da seguinte maneira: 1º A x 3º B; 1º B x 3º A, 1º C x 2º A e 2º C x 2º B. Os duelos ocorrerão em confrontos únicos, assim como nas semifinais e na final marcada para o dia 24 de março.

1ª Rodada da Copa Tronadon Adulto - Terça-feira (10/03)

Grupo A

ADC-Carpina x Ceará Unidos - Ginásio do Santos Dumont (Recife) - 20h

Império Condado x LBO Futsal - Ginásio do Santos Dumon (Recife) - 21h

Grupo B

Aliança Futsal x Mila Camocim - Colégio Radar (Bezerros) - 20h

Palmeiras x Tio Sam - Colégio Radar (Bezerros) - 21h

Grupo C

Lendas x Unacity/Água Preta - Ginásio Municipal de Joaquim Nabuco - 20h

Cortês Futsal x Gameleira Futsal - Ginásio Municipal de Cortês – 20h

Com informações da assessoria

Há 8 anos exercendo o cargo de vereador da cidade do Recife, André Régis (PSDB) anunciou na tarde desta terça-feira (4), que não irá tentar a reeleição neste ano. “Acredito que é o cumprimento da missão. Fizemos um trabalho exemplar, defendendo o contribuinte, o bolso do contribuinte, as políticas públicas sempre no campo da oposição construtivo para a cidade”, explica Régis.

Mesmo afirmando que não irá tentar a reeleição para o cargo, o vereador não descarta participar na disputa para o executivo, seja como candidato a prefeito ou vice-prefeito do Recife. “Não estou saindo da política. Como eu não sai da política, acredito que temos condição de participar o processo eleitoral”, afirma André em entrevista à CBN Recife. 

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O vereador aponta o seu desejo de tirar o PSB da cadeira da prefeitura e, para isso, diz estar disposto a se unir com algum candidato que da oposição que já tenha “marchado” junto com ele. “Eu estou totalmente à disposição para que a gente possa contribuir com uma virada de página na cidade do Recife, substituindo o PSB da prefeitura. Acredito que oito anos na Câmara me habilita a conhecer bem e profundamente todos os problemas  da cidade do Recife”, pontua. 

Com a aproximação da corrida eleitoral, a presença massiva de candidaturas femininas em Pernambuco está sendo uma militância da deputada Teresa Leitão (PT), que também é membro do diretório nacional do Partido dos Trabalhadores. Além dessa militância pelas mulheres, Teresa afirma que está à disposição do partido para disputar a Prefeitura de Olinda pela segunda vez consecutiva. “Olinda está indefinido sobre candidatura própria, mas independente de eu ser ou não candidata em Olinda, quero me dedicar a essa pauta de 2020”, explica Leitão.

A deputada já tentou ser a prefeita de Olinda, cidade da Região Metropolitana do Recife, em 2016, mas acabou ficando em 5º lugar com 11.800 mil votos. “Foi uma eleição muito difícil, no meio da eleição veio um golpe contra Dilma e tivemos que parar, mas agora as coisas estão melhores. Mas o PT ainda não decidiu, começou agora o processo e a tendência é mais para aliança do quê por candidatura própria - diferente de 2016, onde minha candidatura foi unânime”, aponta Teresa.

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Prefeitura do Recife

Mesmo com o ex-presidente Lula apontando que o PT deve retomar o protagonismo nas disputas de 2020, ainda não há nada definido se a candidatura da deputada Marília Arraes para a Prefeitura do Recife vai realmente se consolidar dentro do partido. Teresa Leitão é uma das que defende que a deputada dispute o cargo. 

Na semana passada, em São Paulo, Marília se reuniu com Lula e com os presidentes do diretório nacional e de Pernambuco. “Dessa discussão se arrematou de fato um procedimento e eu acho que isso pode ser exitoso para a candidatura de Marília e nós vamos estar presentes e queremos debater isso”, salienta Leitão.

Humberto x Marília

Dentro do PT, o senador Humberto Costa é um dos que se opõem à candidatura de Marília Arraes. Para o senador, o melhor para o PT seria manter a aliança e, assim, os cargos dentro do governo pessebista, tanto na prefeitura quanto no Governo de Pernambuco. No entanto, Teresa endossa a vontade do ex-presidente e afirma que o PT deve mostrar a cara. 

"Em 2012, o PT estava sentado na cadeira da prefeitura. Teve um monte de confusão e o PSB disse: ‘nessa confusão eu não fico, vou sair e lançar o meu candidato’. Então porque é que o PT também não pode pensar primeiro em si e depois nos outros?”, avalia a deputada.

Para Leitão, não há nada que prenda o PT ao PSB. “A manifestação da unidade pode se dar de várias maneiras. Você pode ter várias candidaturas de um campo anti-Bolsonaro, que vão se ajudar mutuamente nesse processo”, pontua Teresa Leitão. 

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Um casal se enfrentará nas próximas eleições da Irlanda, que irão acontecer no próximo dia 8 de fevereiro, destaca matéria do jornal The Guardian. Holly Cairns e Christopher O'Sullivan são de partidos diferentes: ela é filiada ao social-democrata, um pequeno partido de esquerda, e ele vem das fileiras do Fianna Fáil - Partido Republicano, de centro.

Ambos já exercem papéis na vida pública. Holly Cairns foi eleita conselheira do condado de Cork no ano passado e O'Sullivan, na mesma votação, se tornou prefeito do conselho.

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A decisão de concorrer às cadeiras não foi tomada pelo casal. Ambos foram escolhidos por seus partidos para a disputa de vagas no Dáil, a Câmara Baixa do Parlamento Irlandês. Como existem três cadeiras livres, os dois podem vencer. (Com agências internacionais).

Para celebrar a filiação do ex-prefeito de Paulista, cidade da Região Metropolitana do Recife, Yves Ribeiro ao MDB, foi realizado um ato nesta terça-feira (21), no Colégio Anita Gonçalves. A filiação contou com a presença do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) e o deputado federal Raul Henry (MDB).

Confiante na vitória de Yves, Fernando diz que quer o MDB presente em todas as regiões do Estado. "Quero trabalhar a favor do futuro prefeito Yves Ribeiro, pois o Brasil está voltando a crescer", salienta o senador.

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Presidente regional do partido, Raul Henry se disse impressionado com a quantidade de pessoas presentes no evento. Em seu discurso, ele justificou a ausência do senador Jarbas Vasconcelos, que se encontra em viagem internacional.

Yves Ribeiro, que já foi prefeito de Itapissuma, Igarassu e Paulista por duas vezes em cada cidade, fez questão de dizer que está preparado para comandar Paulista mais uma vez. "Hoje, neste momento importante, agradeço a cada um que acredita em minha história, porque ela é construída por cada um de vocês. Volto ao MDB, onde comecei, e vim para trabalhar, porque Paulista não tem dono”, pontua.

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O núcleo de uma das mais tradicionais famílias da política brasileira vive uma briga fratricida. Os atritos superaram o terreno privado do clã Campos-Arraes e a lavação de roupa suja se tornou pública. Antigas diferenças políticas se converteram em um fogo cruzado que é influenciado pela polarização nacional e se volta até mesmo contra o legado do seu quadro mais proeminente, o ex-governador Eduardo Campos, morto em acidente aéreo na campanha presidencial de 2014.

As divergências alcançaram outro patamar depois que o deputado federal João Campos (PSB-PE), filho de Eduardo, atacou o tio, o advogado Antônio Campos, o Tonca, em dezembro passado, na Câmara dos Deputados. Em reunião da Comissão de Educação, o ministro da área, Abraham Weintraub, lembrou ao parlamentar que Antônio contribui com o governo que ele critica porque é presidente da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). "Eu nem relação tenho com ele, ministro. Ele é um sujeito pior que você", retrucou o deputado, em referência ao tio.

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Tão duro quanto o tom foi a forma. Em Pernambuco, "sujeito" pode não significar meramente uma pessoa indeterminada, mas alguém desqualificado socialmente. Nos bastidores, políticos da região disseram que essa expressão pesou mais do que qualquer coisa porque chamar alguém de sujeito, naquele Estado, equivale quase a um palavrão.

Mãe de Eduardo Campos, a ministra do Tribunal de Contas da União (TCU) Ana Arraes comprou a briga do filho e repreendeu o neto publicamente, numa rara entrevista concedida ao jornalista Magno Martins, na Rede Nordeste de Rádios, no início do mês. Disse ter ficado "entristecida" e "indignada" com a "má educação" e com a "prepotência" do neto, com quem parou de falar.

O presidente do TCU, José Múcio Monteiro, interferiu na tentativa de atuar como uma espécie de bombeiro. Amigo de Ana Arraes e também pernambucano, Múcio disse a Antonio e a João Campos, em conversas separadas, que era melhor serenar os ânimos porque em briga de família não há vencedores. Todos perdem, concluiu. Os conselhos, porém, não adiantaram. No rodízio do tribunal, Ana substituirá Múcio na presidência da Corte, no próximo ano.

Antes mesmo de a mãe tomar partido no conflito, Antônio Campos havia soltado uma nota por meio da qual acusava o sobrinho de ter sido "nutrido na mamadeira da empresa Odebrecht". Antônio disse, ainda, que Pernambuco precisava conhecer o "lado obscuro" do sobrinho e da viúva de Eduardo, Renata Campos. João é considerado um representante da "nova política", ao lado dos deputados Tabata Amaral (PDT-SP) e Felipe Rigoni (PSB-ES).

'Nova namorada'

Ao Estado, Antônio admitiu que a confusão não é boa para a família, mas continuou com as críticas e provocou o sobrinho. "Ele quis se mostrar para a sua nova namorada, a deputada Tabata Amaral", disse o tio. "Foi um ataque gratuito porque estava fora do contexto. Fui o homem que mais defendeu o pai dele, inclusive no complexo caso dos precatórios, em que Eduardo teve denúncia rejeitada pelo Supremo Tribunal Federal. E, hoje, eu o vejo abraçado e defendendo vários que chamavam o pai dele de ladrão. Não consigo entender."

O PSB de João Campos atua no espectro da esquerda. Antônio, por sua vez, é crítico dos petistas e de alianças com o partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Vejo o governo Bolsonaro saneando muita coisa errada feita na era PT. O Brasil precisava virar essa página, que a coragem de Bolsonaro tem realizado. Tenho mais convergências do que divergências com o presidente", disse o advogado.

Políticos próximos de João Campos admitem que os dois lados da família saem perdendo com a briga, mas contam que as divergências são antigas. Tonca não tem boa relação com o núcleo de Eduardo desde antes de 2014. Mas, como o ex-governador emprestava sua habilidade política para apaziguar os ânimos, o clã permanecia unido.

O que não era tão ruim piorou em 2016, quando Antônio quis disputar a prefeitura de Olinda. Perdeu no segundo turno e se queixou da falta de apoio do PSB, além da suposta influência da viúva Renata contra ele. Na avaliação do irmão de Eduardo Campos, o seu crescimento político não interessava a uma parte da família e, por essa razão, ele teria sido alvo de isolamento e de perseguições.

Após a morte de Eduardo, o clã entrou em disputa pelo espólio eleitoral dele e do avô paterno, o ex-governador Miguel Arraes, o "Pai Arraia", como o patriarca da família era conhecido na Zona da Mata. O PSB tratou de capitalizar, fazendo um esforço robusto para lançar João Campos e, mais do que isso, dar ao filho de Eduardo uma votação expressiva. Na eleição de outubro, por exemplo, ele é o favorito do grupo para suceder Geraldo Júlio (PSB) na prefeitura do Recife.

"A seção pernambucana é, sem dúvida, a mais forte do nosso partido. Por isso, penso que a situação do PSB em Pernambuco é muito boa e tem o candidato mais competitivo à prefeitura da capital, o deputado João Campos", disse o presidente nacional do partido, Carlos Siqueira. "No tocante a eventuais problemas familiares, não me compete falar. Eles devem ser separados da política e tratados no âmbito apropriado."

Outros integrantes da família, no entanto, também se veem no direito de recorrer à memória de Eduardo e de Miguel Arraes. No Recife, a também deputada federal Marília Arraes, do PT, prima de João em segundo grau, quer entrar na corrida eleitoral deste ano. Além disso, a própria Ana Arraes não descarta abrir mão da cadeira no TCU para disputar o governo de Pernambuco, em 2022. Procurados, Ana, João e Renata Campos não se manifestaram. Marília Arraes, por sua vez, enviou nota na qual disse que a briga pública dos parentes é algo que não lhe diz respeito. 

O abacate está se tornando a mais nova frente de conflito entre cartéis mexicanos. Segundo estudo da consultoria britânica Verisk Maplecroft, publicado nessa segunda-feira (30) pelo jornal The Guardian, o "ouro verde" é responsável pela morte de 19 pessoas mutiladas na cidade de Uruapan, no Estado de Michoacán, em agosto.

Nove corpos estavam pendurados seminus em uma ponte. Inicialmente, havia a suspeita de que os assassinatos tinham ocorrido em razão de uma disputa de gangues de drogas. No entanto, a chacina, promovida pelo cartel Jalisco Nueva Generación, ocorreu pelo domínio do comércio local de abacate.

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O México é o maior produtor de abacate do mundo, especialmente a variedade conhecida como avocado. As exportações renderam US$ 2,4 bilhões no ano passado. O boom vem do crescimento da demanda na China, que aumentou seu consumo mil vezes entre 2011 e 2017. A rentabilidade também favorece. A fruta rende ao agricultor mexicano até 12 vezes o salário mínimo. Mas há ainda uma razão mais prosaica: a lavagem de dinheiro.

Segundo Alfonso Partida Caballero, especialista em segurança pública da Universidade Autônoma de Guadalajara, o comércio é quase todo em dinheiro vivo e, para plantar o produto, não é necessária autorização de ninguém. "O Estado não tem nenhum controle. O dinheiro do crime organizado em Michoacán é todo semeado em abacate. Se o traficante planta mil árvores ou 10 mil, se colhe uma ou 10 toneladas, quem controla?"

Diversificação

O crescimento da indústria do abacate também vem às custas do trabalho escravo, infantil, além do desmatamento de florestas protegidas e da deterioração dos lençóis freáticos. "Em Michoacán, o abacate fornece a renda diversificada que os cartéis obtêm com o roubo de combustível em outras partes do México", disse Christian Wagner, analista da Verisk Maplecroft.

De acordo com Falko Ernst, analista do International Crisis Group, o abacate faz parte do portfólio do s cartéis do México há décadas. "Mas não é apenas o abacate. O crime organizado mexicano há muito tempo vem diversificando suas receitas", disse. "Quando você controla um território, explora qualquer commodity disponível: limão, mamão, morango, além de extração de madeira e mineração ilegal."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ano de 2020 será de eleições municipais. Marília Arraes, que deve ser a candidata do PT na corrida pela Prefeitura do Recife, deve disputar o cargo com deputado federal João Campos (PSB) - seu primo. Mesmo com a ligação parental, a petista diz que não faz da política assunto de família. “Se eu fizesse, talvez estaria no PSB”, revela. A deputada reforça que “não é porque tem um laço familiar que vai haver diferença nessa disputa”.

Para além das questões locais, Marília Arraes revela que 2019 foi um ano difícil “onde se legitimou a retirada de direitos por meio das urnas porque, infelizmente, a população elegeu um presidente que é Fascista e comprometido com o retrocesso”, salienta. A deputada reforça ainda que o importante é que a oposição não jogue a toalha e continue na resistência porque, segundo ela, outras pessoas vão abrir os olhos para o que está acontecendo no país. 

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“Nossa luta contra o autoritarismo, contra o desmonte que está acontecendo no Brasil vai começar em 2020. Sem dúvida o PT vai ter um papel protagonista porque nacionalmente também protagoniza a oposição a esse governo. Nós temos a estratégia de tentar se fortalecer nos municípios, principalmente nas capitais e grandes cidades. Mas vamos esperar a posse da executiva nacional do PT para saber as diretrizes”, pontua Marília Arraes.

Casos de família

Esse desentendimento na família Arraes não se limita a Marília e João. Na última quinta-feira (11), o filho de Eduardo Campos disparou contra o tio e presidente da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Antônio Campos (Podemos), durante a audiência da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados com o ministro da pasta, Abraham Weintraub. 

Ao expor argumentos analíticos sobre a forma como Abraham e o governo do presidente Jair Bolsonaro vêm conduzindo o setor no país, João disse que o ministro fazia mal para a juventude. Abraham respondeu dizendo que nao fazia mal nenhum para a educação e citou a presença do tio de João Campos no Ministério. "Se eu sou uma pessoa tão maligna, por que ele trabalha comigo? 

Após a indagação, João prontamente pegou o microfone para disparar sobre o irmão do seu pai: “Eu nem relação tenho com ele ministro. É um sujeito pior que você”. A fala do parlamentar reforça os problemas da família - o que acaba respingando no meio político.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nessa quinta-feira (21), que o número escolhido para o Aliança Pelo Brasil, seu novo partido, foi o 38. "Eu acho um bom número, tínhamos poucas opções, mas acho que o 38 é um número mais fácil de gravar", afirmou o presidente em sua "live" semanal no Facebook.

O número, no entanto, já foi "escolhido" por outra sigla em formação: o Partido Militar Brasileiro, que está em fase final de criação junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "Não vamos abrir mão do número, quem conseguir homologar primeiro fica com o 38", afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo o deputado Capitão Augusto (PL-SP), articulador da nova legenda. Augusto é o coordenador da bancada da bala na Câmara dos Deputados.

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O parlamentar explica que a escolha do número - uma referência ao calibre de um dos revólveres mais utilizados no Brasil, popularmente chamado de "três oitão" - foi feita por meio de uma enquete entre apoiadores. "Ganharam o 38 e o 64", contou Augusto, dizendo que a outra opção de número foi uma homenagem a 1964, ano de instauração da Ditadura Militar (1964-1985) no Brasil, que o deputado chama de "revolução que salvou o País do comunismo". "Se o partido do presidente pegar o 38 primeiro, ficamos com o 64", afirmou.

O Partido Militar Brasileiro chegou a ser procurado, conforme mostrou o Estado, por emissários de Bolsonaro como possível destino do presidente e seus aliados em meio ao racha no PSL, pelo qual o presidente se elegeu em 2018.

O pedido de criação foi protocolado em fevereiro de 2018. Segundo o tribunal, o PMB ainda se encontra na fase de coleta de assinaturas de apoio. Pela legislação eleitoral, um partido precisa atingir 491.967 assinaturas em, pelo menos, nove Estados diferentes.

Quanto ao número da legenda, o TSE explica que "é escolhido no momento em que, uma vez superada a fase de coleta de assinaturas, é protocolado no TSE o respectivo Requerimento de Registro de Partido Político". "Esse número deve ser escolhido dentre os números de 1 a 99 que ainda não estejam sendo usados por outros partidos já registrados", diz o tribunal.

Deus, armas e oposição ao comunismo

O ato de fundação da Aliança pelo Brasil, exigência legal para que a legenda seja registrada pela Justiça Eleitoral, foi marcado nessa quinta-feira por discursos em defesa de Deus e do uso de armas, além de ataques a movimentos de esquerda e a antigos aliados, como o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC).

Para ser registrado oficialmente e poder disputar eleições, ainda será necessária a coleta de 500 mil assinaturas, em pelo menos nove Estados. O prazo para que o partido seja registrado a tempo de concorrer nas eleições municipais do ano que vem é apertado e termina em março. A expectativa é de que o presidente da República possa ser o principal fator de mobilização para conseguir os apoios necessários.

Sobre a hipótese de disputar a Prefeitura do Recife, o ex-prefeito e deputado estadual João Paulo (PCdoB) disse que não tem nada descartado e que está à disposição do partido. No entanto, o deputado aponta que está aproveitando o seu mandato para se encontrar com a base social de Pernambuco. 

João Paulo participou na noite desta terça-feira (12), do lançamento do livro “Por Que Lutamos?”, da ex-deputada federal Manuela D´Ávila na Livraria Leitura, situada no Shopping Tacaruna, que fica no bairro de Santo Amaro - Zona Norte do Recife.

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Sobre a possível continuidade do PSB comandando o Recife, o ex-prefeito diz que o momento exige “uma unidade muito grande e que tenhamos muita maturidade na condução desse processo”. João Paulo acredita que o pior que possa acontecer seria uma "divisão de forças". 

“Por isso entendo que nós vamos caminhar para sempre que for possível ter uma unidade das forças que foram para o segundo turno com Haddad”, diz o deputado - possivelmente se referindo sobre a união dos partidos contra a ascensão da extrema-direita no país.

A Polícia Civil realizou perícia, na manhã desta segunda-feira, 28, na Linha Amarela, para avaliar os danos provocados pela ação de agentes da prefeitura que, durante a madrugada, destruíram a praça de pedágio da via expressa. A perícia foi feita a pedido do Ministério Público do Estado.

"A medida é necessária para instruir procedimento investigatório instaurado para apurar eventual conduta delituosa por parte do poder executivo municipal", informou o MPRJ em nota. A Justiça concedeu na manhã desta segunda-feira, 28, uma liminar suspendendo a decisão da prefeitura do Rio de cancelar unilateralmente o contrato de concessão coma Linha Amarela S/A (Lamsa). Com a decisão, a concessionária volta a ter o direito de cobrar pedágio nos dois sentidos.

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De acordo com a decisão, caso a destruição já tenha sido integralmente consumada, será cobrada uma multa de R$ 100 mil por dia que a Lamsa ficar impedida de atuar. A Lamsa informou em nota que a cobrança do pedágio ficará suspensa "até o restabelecimento das condições mínimas de operação e de segurança da concessionária". A prefeitura informou que vai recorrer da decisão.

Por ordem do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), trabalhadores a serviço da prefeitura destruíram, na noite deste domingo (27) as cancelas de cobrança de pedágio na Linha Amarela, via expressa entre as zonas norte e oeste da capital fluminense operada pela concessionária privada Lamsa.

A medida é parte do rompimento unilateral do contrato de concessão, segundo ato publicado na última sexta-feira (25) no Diário Oficial do Município. Na operação da prefeitura foram também descaracterizadas as cabines de cobrança, com desligamento de energia pela RioLuz, e sensores e câmeras foram inutilizados.

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Crivella afirma que a concessionária Lamsa já teria recebido muito mais dinheiro do devido por operar a concessão. Por isso, diz que não poderia mais cobrar pedágio. A empresa rebate. Argumenta que muitos veículos que transitam pela via não passam pela cobrança, porque usam apenas parte da Linha Amarela.

A concessionária também afirma ter custos, como o de ambulâncias que mantém para socorro a vítimas de acidentes. A Linha Amarela foi concedida durante o primeiro governo Cesar Maia (1993-1996). A iniciativa privada ganhou o direito de construir e operar a via, mediante a cobrança do pedágio. Agora,o município quer retomá-la.

"A administração da Linha Expressa passa para a Secretária Municipal de Transportes", informou a prefeitura por escrito.

Liminar

Na manhã desta segunda-feira, 28, a Lamsa anunciou ter obtido liminar contra a iniciativa da prefeitura, mas ainda não pode retomar a cobrança, porque os postos foram destruídos. Os veículos passam livremente.

A empresa também se manifestou por nota. "Num ato de abuso extremo de autoridade, sem precedentes na história e sem amparo jurídico, o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, determinou a destruição da praça de pedágio da concessionária Lamsa, no final da noite deste domingo. Um ato que colocou em risco a segurança dos colaboradores e usuários da via expressa", afirmou.

"A concessionária, uma empresa do grupo Invepar, condena veementemente a decisão ilegal e abusiva do poder municipal, que só causará transtornos à sociedade carioca. A Lamsa tomará, junto à Justiça, todas as medidas cabíveis em defesa de seus direitos e de seus funcionários."

Multa

A liminar também determina que o município interrompa imediatamente a destruição da praça do pedágio da Linha Amarela, iniciada na noite de domingo. De acordo com a decisão, caso a destruição já tenha sido integralmente consumada, será cobrada uma multa de R$ 100 mil por dia que a Lamsa ficará impedida de atuar.

Em nota, a Lamsa informou que a cobrança do pedágio ficará suspensa "até o restabelecimento das condições mínimas de operação e de segurança da concessionária".

O confronto entre quadrilhas rivais nessa quinta-feira (3) pelo controle da comunidade da Pedreira, em Costa Barros, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, deixou pelo menos um morto e seis feridos. A informação foi divulgada pelo delegado Rodrigo Barros, da Delegacia da Pavuna (39ª DP).

Os dois grupos criminosos disputam os pontos de venda de drogas da comunidade e no fim da tarde de ontem houve um confronto entre as quadrilhas. Ônibus foram incendiados e a circulação de trens do ramal Belford Roxo, da Supervia, foi interrompida.

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As escolas municipais da região não estão funcionando hoje, de acordo com a Secretaria Municipal de Educação, devido à sensação de insegurança no local.

A Polícia Militar fez um cerco na área, com homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope), que também fazem incursões nas comunidades. A Polícia Civil também participa das ações hoje com delegacias distritais e unidades especializadas, como a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).

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<p>Nesta sexta-feira (04), o cientista político Adriano Oliveira fala no seu podcast sobre a remota (porém existente) possibilidade de Lula disputar a eleição presidencial em 2022 contra Bolsonaro. O analista comenta os reflexos que a anulação do julgamento do ex-presidente Lula pode acarretar. &nbsp;</p><p>Outros destaques da análise de Adriano Oliveira são: os reflexos da possível decisão do Supremo Tribunal Federal em usar como prova dos processos, os diálogos dos integrantes da Lava Jato revelados pelo Intercept Brasil. Por fim, Oliveira comenta a ação do ministério público em progredir o regime de Lula para semiaberto. &nbsp;</p><p>O programa Descomplicando a política é exibido na fanpage do LeiaJá, em vídeo, toda terça-feira, a partir das 15h. Além disso, também é apresentado em duas edições no formato de podcast, as segundas e sextas-feiras.&nbsp;</p><p>Confira mais uma análise a seguir:</p><p>
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Nesta terça (24), a cultura do hip hop será protagonista na Terça Negra. O evento que ocupa o Pátio de São Pedro vai receber a final da Jornada de MCs com a participação de 32 MCs do Recife e outros 10 de outras cidades do estado de Pernambuco. 

Idealizado pelo DJ Big, o trajeto dos MCs teve início no Festival de Garanhuns, no mês de julho deste ano. Desde então, os eventos vêm promovendo a difusão da cultura hip hop dando ênfase na valorização dos MCs. Ao longo da final da Jornada, também subirão ao palco alguns nomes importantes dessa cna em Pernambuco, como Preta Nick, Grito da Favela, Hoope D’Sant, Tiger, Maggo MC e Chypher de Break com o Okado do Canal.

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Serviço

Terça Negra - Jornada de MCs

Terça (24) - 19h

Pátio de São Pedro

Gratuito

 

<p>No podcast desta sexta-feira (06), o cientista político Adriano Oliveira destaca a disputa existente entre o Ministro da Justiça Sérgio Moro e o Presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). De acordo com o cientista político, tanto o &quot;Bolsonarismo&quot; como o&nbsp; &quot;Morismo&quot; são &#39;produtos&#39; derivados da Lava Jato, logo, juntos, criaram o antilulismo.</p><p>Adriano Oliveira destaca que Jair Bolsonaro e Sérgio Moro eram aliados e conseguiram vencer as eleições, em 2018. Porém, são concorrentes, uma vez que, tanto o &quot;Bolsonarismo&quot;, quanto o &quot;Morismo&quot;, possuem os mesmos eleitores, ou seja, ambos, disputam por espaço, no mesmo ambiente.</p><p>Ainda segundo ele, o fortalecimento do &quot;Morismo&quot; enfraquece o &quot;Bolsonarismo&quot; e vice-versa. Mas&nbsp; ressalta também a importância dos dois se manterem aliados, apesar da concorrência. O cientista político reforça que se Jair Bolsonaro e Sérgio Moro pretendem disputar as eleições de 2022, será preciso que um deles saia de cena, já que a esquerda estará no segundo turno da eleição presidencial.</p><p>O programa &quot;Descomplicando a Política&quot; é exibido na fanpage do Leia Já, em vídeo, toda terça-feira, a partir das 15h. Além disso, também é apresentado em duas edições, no formato de podcast, às segundas e sextas-feiras.</p><p>
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Famílias camponesas denunciam ações ilegais e violentas em área rural do município de Jaqueira, na Mata Sul de Pernambuco. Segundo a Pastoral da Terra, o conflito de terra seria provocado pela empresa Negócio Imobiliária S/A, que é cessionária de arrendamento das terras.

De acordo com a Pastoral da Terra, na última segunda-feira (19), por volta das 10h, funcionários da imobiliária destruíram as plantações do sítio do trabalhador rural Antonio Luis da Silva, além de parte da mata que protegia uma fonte de água da família. Agricultores que registraram o ocorrido contam que os funcionários vinham proferindo ameaças da destruição desde a última semana.

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Na região, vivem 1200 famílias camponesas - algumas há mais de 70 anos - em cinco comunidades rurais: Caixa D'água, Barro Branco, Laranjeira, Fervedouro e Várzea Velha. As comunidades produzem alimentos no local e reivindicam a regularização de suas posses junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Em 2017, a Negócio Imobiliária S/A passou a ser cessionária de arrendamento, ou seja, possui um subarrendamento de parte das terras pertencentes à falida Usina Frei Caneca. São cerca de cinco mil hectares localizados no município de Jaqueira, que estão subarrendados para que a empresa desenvolva atividade pecuária.

A Pastoral da Terra alega que desde que a empresa chegou, os camponeses passaram a relatar situações de intimidações, destruições e queimadas de lavouras, destruição de fontes d'água, ameaças e perseguições. As violências seriam promovidas por funcionários da empresa, supostos policiais militares da reserva. Eles são acusados de fazer rondas exibindo pistolas e algemas.

A advogada da Pastoral da Terra, Gabriella Rodrigues, acredita que a situação em Jaqueira seja o maior conflito fundiário em Pernambuco e no Nordeste atualmente. Ela reforça que as famílias têm o direito de permanecer onde estão por causa do usucapião, ou seja, o direito à posse por causa da utilização por um período longo e contínuo. "Existe prova testemunhal farta e clara da presença desses posseiros no imóvel", ela resume.

De acordo com Rodrigues, foi feito um acordo entre o antigo proprietário das terras e os camponeses para que eles pudessem permanecer lá. Entretanto, o acordo não estaria sendo reconhecido pela cessionária. O contrato de arrendamento da imobiliária também seria insuficiente para exigir a saída das famílias.

Os agricultores já oficializaram mais de 30 boletins de ocorrência na Delegacia de Jaqueira e existem cerca de 30 ações possessórias que visam à expulsão de famílias das terras em que vivem. O caso foi denunciado ao Incra, ao Instituto de Terras e Reforma Agrária do Estado de Pernambuco (Iterpe), à Prefeitura Municipal de Jaqueira, à Câmara de Vereadores, Diocese de Palmares e deputados estaduais.

"É uma situação de completo terror. Essas famílias têm renda do Bolsa Família e da agricultura familiar. Se saírem, não perdem só a casa, mas o meio de vida, de sustento, perdem trabalho e o vínculo com a área onde sempre viveram e cresceram", aponta a defensora. O LeiaJá não obteve contato com a Negócio Imobiliária S/A.

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