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Protagonistas de uma sequência de desentendimentos há seis anos, os primos de segundo grau João Campos (PSB), de 27 anos, e Marília Arraes (PT), de 36 - ambos deputados federais por Pernambuco e herdeiros políticos da família Arraes -, chegam nesta sábado ao segundo turno da disputa pela Prefeitura de Recife em situação de empate técnico, em uma das disputas mais acirradas do País. Além da briga pelo poder local, está em jogo uma demonstração de forças nacional entre duas legendas do campo da esquerda que preparam terreno para 2022: a aliança PSB-PDT e o PT - que conta tem apoio do PSOL na capital pernambucana.

Diferentemente de São Paulo, onde a maioria dos quadros e partidos de esquerda declarou apoio à candidatura de Guilherme Boulos (PSOL) e passou a falar em "grande frente progressista", em Recife, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva gravou para Marília enquanto Ciro Gomes (PDT), subiu no palanque de Campos.

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A disputa será voto a voto. Pesquisa Ibope divulgada no sábado aponta que Campos e Marília estão empatados em 50% - a margem de erro é de três pontos porcentuais e o levantamento foi registrado na Justiça Eleitoral sob o número PE-02002/2020. Em relação ao levantamento anterior do instituto, de quarta-feira passada, Campos recuou um ponto porcentual e Marília subiu também um, ainda se for considerado somente os votos válidos.

Na campanha, a petista afirmou que seu concorrente, se eleito, seria um "fantoche" da mãe, Renata Campos - viúva do ex-governador Eduardo Campos e aliada do atual prefeito, Geraldo Julio (PSB), e do hoje governador do Paulo Câmara (PSB). Marília chegou, mês passado, a chamar o primo de "frouxo" e sugeriu que ele estava se escondendo atrás da vice, Isabella de Roldão (PDT), para criticar as propostas petistas.

Já Campos tem adotado um forte tom antipetista e chegou a dizer, durante um debate, que o PT não pode reclamar de corrupção porque não é possível contar nos dedos a quantidade de pessoas da sigla que foram presas sob acusações de desvios. Sua propaganda citou nomes de petistas como José Dirceu, Gleisi Hoffman e Aloizio Mercadante, afirmando que eles "querem voltar".

Embora Campos tenha, em 2018, apoiado Fernando Haddad ainda no primeiro turno da disputa presidencial e participado de agendas com Lula antes de sua prisão, a estratégia agora é atrair os eleitores antipetistas, já que 200 mil eleitores votaram em Mendonça Filho (DEM) e 112 mil optaram pela Delegada Patrícia (Podemos) - os dois se recusaram a declarar apoio no segundo turno.

"Acho que o PSB de Pernambuco usa os mesmos métodos do PT nacional, que eu ajudei a derrubar. Então não seria coerente para mim referendar um projeto do PSB que é o poder pelo poder, que vai até 2038", afirmou Mendonça, que prega o voto nulo no segundo turno.

"A disputa no Recife separou definitivamente PT e PSB e aproximou fortemente PSB do PDT", afirmou o senador petista por Pernambuco, Humberto Costa. Ele se queixa do tom antipetista que marcou a campanha de Campos e fala na possibilidade de o PT até desembarcar do governo de Paulo Câmara (PSB), que o PT ajudou a eleger em 2018. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Agindo na defensiva durante todo o debate entre os candidatos ao comando da Prefeitura do Recife, nesta terça-feira (24), Marília Arraes (PT) fez uma comparação das acusações que vêm pesando sobre ela na semana antes do segundo turno, com o que chamou de “campanha de ódio” da qual o seu avô e ex-governador de Pernambuco, Miguel Arraes, foi alvo. Em seu discurso, Marília pontuou que assim como o avô, ela tem uma vida limpa.

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“Arraes nunca faria uma campanha assim, muito pelo contrário. Arraes foi vítima de uma campanha de ódio muito parecida com a que estão fazendo comigo. E o tempo mostrou que ele não tinha que se justificar porque os culpados eram outros. Tenho uma vida limpa, de luta e trabalho pelo Recife. Agora o que a gente quer fazer pela cidade é perfeitamente possível”, declarou.

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A petista aproveitou o último bloco da discussão para dizer também que não era responsável pela gestão do seu correligionário e agora vereador, João da Costa – que concluiu a administração municipal mal avaliado. Ela mencionou o vereador recifense porque João Campos (PSB), seu adversário na disputa, rebateu questionamentos dela sobre a proposta dele de construir o Hospital da Criança lembrando o fato de ter sido João da Costa o responsável pelo fechamento da antiga unidade direcionada para a faixa etária no Recife.

“O candidato ficou citando João da Costa, tentando colocar ele no meu colo, mas no primeiro turno ele estava apoiando o meu adversário, assim como outras diversas pessoas, mas eles não aguentaram essa campanha baixa que estão fazendo”, frisou. João da Costa divulgou uma nota nessa segunda-feira (23) declarando apoio à Marília no segundo turno. A petista classificou a tática do pessebista como desespero. “Estamos virando o placar do jogo e, por isso, eles estão desesperados para não sair do poder”, afirmou.

Já João Campos, utilizou o último bloco do debate para afirmara que, na realidade, a campanha dele é que foi atacada desde o início da disputa. “Vocês acompanharam essa campanha, fomos atacados covardemente o tempo inteiro. Ganhamos mais de 60 ações. Jamais proferi a palavra para denegrir a imagem de ninguém. Tudo que falei nessa caminhada nunca ofendi ninguém. Estamos questionando sim um mandato parlamentar que é acusado de improbidade administrativa por contratação de funcionários fantasmas”, ressaltou.

No mesmo dia em que João Campos (PSB) recebeu apoio de Ciro Gomes (PDT) para a disputa do comando do Recife, Marília Arraes (PT) comemorou, por sua vez, o posicionamento de João Paulo (PCdoB). Neste domingo (22), o deputado estadual informou à sociedade que apoiará a petista no segundo turno das eleições municipais.

Por meio do Twitter, Marília Arraes celebrou o apoio de João Paulo, que por muitos anos defendeu o Partido dos Trabalhadores. Para a neta de Arraes, o posicionamento do deputado indica que sua campanha e suas propostas de governo estão em direção a um resultado positivo na disputa eleitoral.

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“Na gestão de João Paulo, Recife enfrentou como nunca desafios como as palafitas e colocou em prática grandes projetos de transformação social. Esse apoio mostra que eu estou no caminho certo!”, escreveu a candidata.

Também neste domingo, Ciro Gomes veio ao Recife e caminhou, ao lado de João Campos, por ruas da Zona Norte da cidade. Destacando apoio ao filho de Eduardo Campos, Ciro disse que o jovem tem “muito serviço prestado” à sociedade.

O debate entre os candidatos à Prefeitura do Recife João Campos (PSB) e Marília Arraes (PT), realizado na manhã desta quinta-feira (18), na Rádio Jornal, ainda está dando o que falar nas redes sociais. O nome João Campos é um dos mais comentados no Twitter.

Muito disso se deve a resposta recebida pelo pessebista ao afirmar que, se Marília for eleita prefeita, quem vai comandar a cidade é o PT nacional. 

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"Eu nunca me dobrei nem ao PSB, na época em que mandava e desmandava nesse estado. Não vou me dobrar a ninguém. Quem lidera o processo político sou eu. Agora, já você, ninguém sabe se quem vai mandar é sua mãe, é Geraldo Julio, ou Paulo Câmara", disse a petista.

Além disso, internautas apontam que o candidato do PSB estava despreparado para o debate e que lia em todo o momento o que iria falar. Confira alguns tuítes.

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Confirmados para disputar a Prefeitura do Recife no segundo turno, os candidatos João Campos (PSB) e Marília Arraes (PT) postaram em suas redes sociais que estão confiantes na vitória.

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No Twitter, Marília postou: "conseguimos. Estamos no segundo turno. É hora de continuar lutando rumo à vitória!", exclamou a petista.

João Campos postou um vídeo e um texto na sua conta do Instagram agradecendo. "Seguimos ainda mais fortes na caminhada rumo à vitória, pela vontade do povo. Estou muito feliz e honrado com este resultado. Os recifenses demonstraram nas urnas a sua confiança", escreveu.

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A briga por um lugar no segundo turno das eleições municipais de São Paulo intensificou os embates entre Celso Russomanno (Republicanos) e Guilherme Boulos (PSOL) nos últimos dias. Na Justiça Eleitoral, os dois candidatos protagonizam uma guerra de pedidos de direito de resposta que ganhou impulso na semana passada, quando pesquisas passaram a identificar a queda na intenção de votos do candidato do Republicanos.

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo já contabiliza ao menos 17 ações que envolvem os dois candidatos e seus partidos. Nesta quinta-feira, 5, pesquisa Datafolha mostrou que Russomanno perdeu quatro pontos, chegando a 16%. Como a margem de erro é de três pontos porcentuais, o candidato, que tinha apoio de 20% dos eleitores em 22 de outubro, está tecnicamente empatado com Boulos, que soma 14%, e Márcio França (PSB), que tem 13%. O prefeito Bruno Covas (PSDB) lidera com 28%. O Ibope registrou movimento semelhante há sete dias. Entre 15 e 30 de outubro, Russomanno foi de 25% para 20% das intenções de voto, enquanto Boulos oscilou de 10% a 13% e França subiu de 7% a 11%. A margem de erro também é de três pontos.

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Russomanno é o maior alvo de Boulos na Justiça, e também o candidato que protocolou o maior número de processos contra o candidato do PSOL. O combate direto entre Russomanno e Boulos fez ressurgir no horário eleitoral a figura de Cleide Bezerra da Cruz, ex-caixa de supermercado que afirma ter sido humilhada pelo candidato do Republicanos em um programa de TV sobre direito do consumidor exibido em 2005. Na filmagem, ela diz que não pode passar um papel higiênico fora do pacote, e Russomanno afirma que ela pode ser presa por isso.

Em 2016, a história da caixa de supermercado foi resgatada por adversários do deputado. No último dia 24, Boulos publicou nas redes sociais uma foto de Cleide e fez referência ao episódio de 15 anos atrás. "Que seu caso seja exemplo contra todas as formas de humilhação e agressão às mulheres", escreveu.

Na propaganda eleitoral que foi ao ar na TV semana passada, Russomanno nega que tenha humilhado a caixa e ataca seu adversário. "Boulos, enganar para ganhar votos é tão grave quanto invadir residências." A ligação entre o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e a "invasão" de imóveis gerou um pedido de direito de resposta, aceito pela Justiça, e que foi ao ar anteontem à noite. Nele, o candidato do PSOL volta a citar o caso da caixa.

Em outro texto relacionado a "invasão", Russomanno promete uma "receita de Boulos de problemas". "Pegue uma invasão de residência, junte com a cobrança de aluguel dos ocupantes de um prédio invadido, acrescente o uso de uma moça de supermercado para atacar um adversário", diz a peça. Em outros processos no TRE, a campanha do Republicanos acusa o adversário de propaganda enganosa, impulsionamento irregular de publicações na internet e divulgação de notícias falsas.

Além de citar o caso da caixa de supermercado, Boulos tem atacado a relação de Russomanno com o presidente Jair Bolsonaro e decisões judiciais relacionadas à falência de um bar do qual o deputado foi sócio em Brasília. Num vídeo disponível nas redes sociais do candidato do PSOL, um cantor de rap diz que Russomanno "puxa saco de miliciano" e "mete a do Crivella pra cima de nós, cheio de esquema tipo Queiróz". Essa peça rendeu uma decisão judicial favorável a Russomanno na Justiça.

Na quarta-feira, 4, Boulos entrou com a primeira representação por crime eleitoral contra o concorrente - ele alega que foi alvo de calúnia e difamação.

Foco

Segundo o coordenador da campanha de Boulos, Josué Rocha, o foco principal na reta final da campanha continua sendo romper a barreira de desconhecimento que separa o candidato do grande eleitorado na periferia. O embate com Russomanno e França, no entanto, também terá espaço. Nos próximos dias, Boulos vai tentar ligar França com a imagem do PSDB. O adversário foi vice-governador do tucano Geraldo Alckmin entre 2015 e abril de 2018, quando assumiu o governo do Estado. Embora estejam tecnicamente empatados nas pesquisas de intenção de votos, Boulos e França não se enfrentam em nenhum processo judicial. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em live realizada nas suas redes sociais na noite desta terça-feira (27), o candidato a prefeito do Recife, Alberto Feitosa (PSC), disse que João Campos (PSB) esconde a verdade, além de fazer críticas a Marília Arraes (PT), Delegada Patrícia (Podemos) e Mendonça Filho (DEM). Ao lado do seu vice, o Pastor Wellington Carneiro (Patriota), o candidato afirmou que na sua gestão a igreja terá vez e voz. 

O coronel voltou a falar sobre os problemas do Recife, como nas áreas de saúde, segurança, educação, e limpeza urbana.  Segundo Feitosa, a atual gestão traz a marca da mentira e "João Campos esconde o governador, o prefeito e até mesmo o seu partido".

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Na conversa, o coronel questionou o Pastor Wellington sobre sua percepção da aparição do ex-presidente Lula no guia eleitoral de Marília Arraes. "É lamentável você ter uma pessoa acusada de tantos crimes de corrupção aparecer em um guia eleitoral ao lado de uma deputada federal e ver pessoas ainda dando crédito isso. Eu olho pros meus filhos e penso: esse não é o Recife que eu quero para eles", disse o pastor. 

Ao citarem Mendonça Filho, Feitosa e Carneiro criticaram o que chamaram de “derrame de dinheiro” na campanha eleitoral. "O candidato estava pagando um valor alto para as pessoas irem às ruas, mas seu material começou a ser rejeitado e hoje já vemos uma quantidade menor de militância. Já nós, abrimos mão do fundo eleitoral". Feitosa ainda acusou Mendonça de usar a imagem de Bolsonaro, questionando a falta de defesa do presidente no episódio sobre a saída de Moro do Governo Federal. 

A Delegada Patrícia foi novamente criticada pelo coronel, que lembrou o episódio divulgado nas últimas semanas em que ela chamou a cidade de Recifilis e o recifense de povo feio. "Ela é contraditória. Apresentou um atestado para ficar em casa durante a pandemia e falou até em entrar com uma ação contra o Estado para não voltar  a trabalhar, mas está nas ruas fazendo campanha eleitoral", disse. 

Ao falarem sobre a atuação da igreja no governo, o Pastor Wellington criticou a atual gestão, afirmando que hoje as igrejas são perseguidas e estão abandonadas: "Na campanha eles procuram as igrejas, fazem promessas, mas depois não nos ouvem e nos deixam de lado. De todos os 11 candidatos, o único que está dando vez e voz a igreja é o senhor. Nós, inclusive, somos a única chapa 100% conservadora, em defesa da família e dos bons costumes". Segundo Feitosa, as instituições religiosas terão espaço nas ações de segurança social que serão coordenadas pelo seu vice.

*Da assessoria de imprensa

O ataque que o ministro do Meio Ambiente (MMA), Ricardo Salles, desferiu nas redes sociais contra o general Luiz Eduardo Ramos, ministro da Secretaria de Governo da Presidência, passa diretamente por uma mobilização interna no Palácio do Planalto, para substituição de seu nome à frente do MMA.

O que seria um gesto mal calculado de Salles, que disse a Ramos que pare com sua "postura de Maria Fofoca", ao comentar uma reportagem do jornal O Globo, foi, mais concretamente, um rompimento, uma resposta a gestos silenciosos que, há meses, ocorrem dentro da cúpula do governo. Salles tem informações de que Ramos atua para minar sua atuação no MMA, e resolveu partir para cima.

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Um dos episódios que mais incomodaram o titular da pasta do Meio Ambiente, conforme apurou o Estadão, foi o fato de Ramos ter atuado junto ao Ministério da Economia, para definir como deveriam ser feitas as imposições de limites de gastos para cada ministério que ocupa a Esplanada. Ao debater a divisão do bolo financeiro do governo, Ramos atuou para que se priorizasse liberações para os ministérios da Infraestrutura e do Desenvolvimento Regional. Para o MMA, no entanto, a orientação dada foi no sentido de impor limites.

A atribuição legal de definir como o governo federal gasta e arrecada seus recursos financeiros é do Ministério da Economia. É dentro do Palácio do Planalto, porém, que tudo isso é filtrado, obviamente, com mãos de ferro pela articulação política do governo, liderada pela Segov de Ramos.

Procurado pela reportagem, Ramos não comenta este ou qualquer assunto sobre o embate, ao menos, por enquanto. Ramos estava presente na reunião que definiu cada repasse e corte. Ao atender o Estadão, Ricardo Salles limitou-se a dar uma única declaração sobre o episódio: "Esse assunto com Ramos está encerrado. Bola para frente."

Apesar das movimentações ministeriais previstas para janeiro do ano que vem, Salles tem afirmado a interlocutores que não tem planos de deixar o MMA e que seguirá tocando a pauta de Bolsonaro à frente da pasta. Sua interpretação sobre o embate com Ramos não é a de que partiu para um "tudo ou nada", ao desancar Ramos em praça pública, mas que deu um recado claro ao general que muitos outros já gostariam de ter dado, tendo, inclusive, o aval do presidente para se manifestar, além do apoio do clã Bolsonaro.

Na manhã desta sexta-feira, 23, ao comentar as declarações do ministro do Meio Ambiente, o vice-presidente Hamilton Mourão não escondeu o total incômodo com a situação. Mourão, que comanda o Conselho Nacional da Amazônia e passou a liderar a maior parte das ações de combate ao desmatamento na região, classificou como "péssimo" o que foi dito por Salles. Afirmou ainda acreditar no "arrependimento" de Salles. Falta combinar com o titular do MMA. Não há nenhum movimento neste sentido.

O estilo beligerante de Salles pode até ter desagradado Mourão, mas acabou por amealhar diversas insatisfações sobre a atuação de Ramos, que há meses passou a nutrir fama de "vazador" de informações contra seus pares, daí o apelido de "Maria Fofoca" escrito por Salles. A ala ideológica do governo Bolsonaro pesa contra o general, por ver nele um dos principais responsáveis pela aproximação do presidente com o chamado "Centrão" do Congresso Nacional.

O histórico de desagrados inclui ainda pressão sobre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o ex-líder do governo na Câmara, o major Vitor Hugo (PSL-GO). No Ministério da Agricultura, nomeações para cargos indicadas por Ramos também têm incomodado a ministra Tereza Cristina.

Nesta sexta-feira, Salles passou toda a manhã colado ao presidente Jair Bolsonaro, durante a cerimônia em homenagem ao Dia do Aviador e da FAB, realizada em Brasília, para apresentação oficial do caça F-39 Gripen, desenvolvido em parceria pelo Brasil e Suécia. Em alguns momentos, Salles esteve, inclusive, ao lado do próprio general Ramos.

Na noite de quinta, 22, Salles e Ramos chegaram a trocar 30 segundos de palavras ríspidas por telefone, e desligaram. Nesta sexta-feira, após o evento do Gripen, almoçaram com o presidente Bolsonaro, entre outros ministros e membros do governo. Durante o almoço, trocaram apenas uma frase, para dizer que conversarão pessoalmente, em outra ocasião. Não há data para isso.

Em uma disputa acirrada pela Prefeitura do Recife, o candidato João Campos (PSB) vem aparecendo na liderança nas útimas pesquisas. Um novo levantamento, realizado pelo Instituto RealTime Big Data, divulgado nessa segunda-feira (12) aponta ele em vantagem diante dos demais concorrentes.

Com 27% das intenções de voto, João lidera o primeiro turno e sai na frente de Mendonça Filho (DEM) e Marília Arraes (PT), que empataram tecnicamente na segunda posição com 16% e 14%, respectivamente. Ainda de acordo com o estudo, Patrícia Domingos (Podemos) assume a quarta posição com 10%, seguida pelo Coronel Feitosa (PSC) e Marco Aurélio (PRTB), com 2% cada. Carlos Andrade Lima (PSL) receberia apenas 1% dos votos.

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Os postulantes Charbel Maroun (Novo), Thiago Santos (UP), Victor Assis (PCO) e Cláudia Ribeiro (PSTU) não pontuaram. Já os brancos e nulos correspondem a 17% das intenções, enquanto 11% disse que ainda não sabem em quem votar.

Segundo Turno

Alçado ao segundo turno, João Campos (PSB) também sai na frente dos demais. Contra Marília Arraes, a diferença é de 44% para 39%. Caso a disputa seja com Mendonça Filho, o resultado seria de 41% a 34%. Diante de Patrícia Domingos, ele lidera por 44% contra 35%.

Caso João não participe do segundo turno, quando o cenário põe Marília como protagonista da disputa, ela fica com a preferência dos recifenses. Com 38% dos votos, ela venceria Mendonça Filho (35%) e Patrícia Domingos (36%).

Em uma escolha entre Mendonça e Patrícia, o democrata levaria vantagem com 36%, ante 34% da delegada. Contudo, vale destacar que os cenários sem João Campos representam um empate técnico, visto que a margem de erro é de 4 pontos percentuais para mais ou menos.

Para produzir a pesquisa, a RealTime Big Data ouviu mil eleitores do Recife, entre os dias 8 e 10 de outubro. Os resultados têm nível de 95% de confiança.

Diante da crescente aprovação do governo Bolsonaro, alguns candidatos que disputam a vaga de vereador em cinco cidades de Pernambuco se apropriaram do sobrenome do presidente da República para tentar se eleger. 

Dênsi Bolsonaro (PMN) e Vilma Santos Bolsonaro (Patriota), disputarão a vereança de quatro anos na cidade de Camaragibe, Região Metropolitana do Recife. Ainda no Grande Recife, Laura Bolsonaro (PL) tentará se eleger em Jaboatão dos Guararapes.

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No Agreste do estado, Fernando Bolsonaro Júnior (PSL) disputa em Caruaru, e Adilson Bolsonaro (PSD) em Santa Cruz do Capibaribe. 

Na Zona da Mata Norte de Pernambuco, Demétrio Bolsonaro (Podemos) disputa o cargo na cidade de Lagoa de Itaenga. Mesmo não sendo familiares do presidente Jair Bolsonaro, os candidatos podem usar o sobrenome dele, ou de qualquer outra pessoa - famosa ou não - para o pleito. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deixa essa escolha à cargo do candidato.

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O cenário eleitoral para a disputa da Prefeitura do Recife ainda não está definido, pelo menos não no campo mais voltado à direita. Os partidos de esquerda, por outro lado, já definiram quem deve concorrer: Marília Arraes (PT) e João Campos (PSB).

Para não dizer que nada foi definido no campo da oposição, o Podemos bateu o martelo e garantiu que a delegada Patrícia Domingos vai seguir com a sua pré-candidatura, que será confirmada assim que a corrida eleitoral começar na capital. Em entrevista ao LeiaJá, Patrícia comentou que havia um diálogo com diversos partidos na tentativa de buscar uma unidade entre eles e definir, dentro do possível, apenas uma candidatura que bateria de frente com os candidatos da esquerda. Mas parece que esse diálogo não foi tão bom para o Podemos, que garantiu lançar a delegada sem o apoio dos outros partidos.

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Agora, pré-candidatos como Daniel Coelho (Cidadania) e Mendonça Filho (DEM) andam conversando entre si e com os outros partidos da oposição na tentativa de definir como será o cenário. “A gente tem sete partidos que declaram defender candidatura única, o que não é o caso do Podemos que já definiu a candidatura de Patrícia. Inclusive, o não anúncio da nossa candidatura é em respeito aos outros seis partidos (sem contar com o Cidadania) que estão nesse conjunto, para que a gente tenha um momento adequado para o anúncio coletivo”, explica o Daniel.

Figurando bem nas últimas pesquisas divulgadas, Coelho aponta que a sua candidatura seria a mais competitiva dentre as outras. “Cada um tem toda a legitimidade de defender a sua postulação, agora quem quer unidade tem que ter paciência e entender o tempo de cada partido”, reforça.

Mendonça Filho comunga do mesmo pensamento de Daniel e explana que já começou a sua pré-campanha. “Está mantido o diálogo das forças de oposição de avaliar até o prazo final das convenções para definir como vamos nos posicionar diante desse quadro eleitoral que teremos pela frente. A eleição vai ser diferente, porque ela vai exigir menos eventos de grande público, até por conta das decisões provocadas pela pandemia. Mas a gente vai manter as andanças pela cidade, contato direto com a população avaliando as principais necessidades para um projeto de mudança para a cidade do Recife”, salienta.

Já são vinte anos seguidos que a esquerda comanda a capital pernambucana. Diante disso, Daniel Coelho reforça a necessidade de união dos partidos de oposição no Recife. “Se não tiver unidade, corre-se o risco de ter um segundo turno com o PT e o PSB, que garantiria para o PSB à reeleição. Esse é o cenário que já foi visto em 2016 (quando Geraldo Júlio venceu João Paulo nas urnas) e a gente sabe que tende a repetir o resultado (levando em consideração esse cenário). O desejo de mudança das pessoas ele não é um desejo para o retorno que uma coisa que nem o Recife, nem o Brasil quer mais, que é o PT governando”, avalia.

Túlio Gadelha

No dia 29 de julho, o deputado federal Túlio Gadelha confirmou a sua pré-candidatura à Prefeitura do Recife pelo PDT. No entanto, no dia 30 de julho, a ex-vereadora Isabella de Roldão também lançou o seu nome como pré-candidata do partido para disputar a PCR. 

Sendo assim, só depois de uma convenção da legenda é que será definido quem deve representar o PDT no Recife. Já há um movimento para a confirmação do nome de Túlio.

Nesta segunda-feira (24), em carta endereçada ao presidente nacional do Partido Democrático Trabalhista (PDT), Carlos Lupi, mais de 20 pré-candidatos a vereador do Recife pelo partido declararam apoio ao projeto do pré-candidato a prefeito e deputado federal Túlio Gadêlha. Os nomes que assinaram o documento representam maioria da chapa proporcional que disputará vagas na Câmara Municipal.

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O comitê permanente do Parlamento chinês iniciou, neste sábado (8), uma reunião de quatro dias para decidir como preencher o vazio legislativo deixado pelo adiamento das eleições legislativas em Hong Kong.

O governo de Hong Kong anunciou no final de julho o adiamento por um ano das eleições para o Conselho Legislativo (LegCo), o parlamento do território semi-autônomo, que estavam marcadas para 6 de setembro, devido à pandemia do coronavírus.

O comitê permanente da Assembleia Nacional do Povo (ANP, parlamento chinês) examinará se prorroga o mandato dos atuais deputados, que expira em 30 de setembro, ou se nomeia um "órgão de transição".

A chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, considerou que seria mais pragmático prorrogar o mandato da atual assembleia, mas isso esconde uma questão espinhosa: a de estender o mandato de quatro deputados da oposição, impedidos de continuar no cargo.

Suas candidaturas estão entre as 12 que foram invalidadas no final de julho pelas autoridades, invocando a nova lei de segurança nacional imposta por Pequim.

"Não permitiremos que qualquer pessoa que promova a independência de Hong Kong ou participe de ações ilegais, como distúrbios, continue no cargo", disse o deputado pró-Pequim Junius Jo na terça-feira.

De acordo com os críticos, a nova lei de segurança nacional implica um retrocesso nas liberdades vigentes desde que o Reino Unido entregou Hong Kong à China em 1997.

Na sexta-feira, Washington impôs sanções a 11 autoridades em Hong Kong, incluindo Lam.

Declaradamente bolsonarista e conservador, o pré-candidato Marco Aurélio (PRTB) deve colocar a sua candidatura na rua na tentativa de atrair aqueles recifenses que tradicionalmente não votam na esquerda. Para ele, que também é deputado estadual, o momento da esquerda comandando a Prefeitura do Recife já passou e chegou a hora de um conservador chefiar o Executivo na capital pernambucana. Só esse público não deve eleger o prefeito, mas já é um ponto a mais ao qual tenta se sustentar para quando começar a corrida eleitoral.

“Agora é o momento das pessoas que se dizem conservadoras, de direita, de disputar uma eleição. Nunca existiu um momento tão oportuno para os conservadores como agora, primeiro porque existe a falência total da esquerda em Recife, foram 20 anos de PT e PSB e infelizmente é um final melancólico e triste, tendo em vista todas essas denúncias que estão aparecendo (contra a gestão Geraldo Julio)”, exclamou.

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Marco revela que desde 2018 já vinha construindo, junto com o seu partido, a possibilidade de disputar a PCR. “A gente já vem num processo de pré-candidatura desde quando eu me elegi deputado estadual. Havia uma determinação do presidente nacional do PRTB (Levi Fidelix) que onde tivesse deputado estadual deveria se construir uma candidatura”, explicou.

Na tentativa de não sair candidato sem apoio de nenhum partido, Marco Aurélio revela que tem conversado com alguns partidos de oposição para fazer alianças. Mesmo se isso não for exitoso, o pré-candidato assegura que não será um fator impeditivo. 

Bolsonarista sem apoio do presidente

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já deixou claro que não deve apoiar nenhum candidato que concorra a qualquer prefeitura do Brasil. No Recife, além de Marco Aurélio, o deputado estadual Alberto Feitosa (PSC) também deve colocar a sua candidatura na rua disputando os votos bolsonaristas.

“Eu sempre estive com Bolsonaro. Tem muita gente querendo surfar (na onda bolsonarista), mas eu não preciso surfar porque estou lá desde a origem. Esses que estão querendo surfar vão ser engolidos pela onda e vão cair da prancha. Eu não preciso que Bolsonaro diga: ‘meu candidato é Marco Aurélio’. Essa decisão dele em dizer que não vai apoiar ninguém beneficia aqueles que nunca foram ‘surfistas’ e que estavam com ele lá trás”, pontua Aurélio.

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Aos 26 anos e com pouca história política, tendo sido eleito deputado federal pela primeira vez em 2018, João Campos será a tentativa do PSB para continuar comandando a capital pernambucana por mais quatro anos. Mesmo vindo de uma família já tradicional na política de Pernambuco, o pré-candidato se considera a renovação. “Tenho 26 anos, defendo uma série de modernizações e inovações dentro da gestão pública e tudo isso dialoga com a inovação”, aponta.

João, que mesmo sendo parente de dois ex-governadores populares de Pernambuco (Eduardo Campos e Miguel Arraes), não figura bem nas pesquisas de intenção de voto. Na última divulgada pelo Atlas Político, o pessebista está em quarto lugar; Marília Arraes (PT), sua prima, é quem lidera o levantamento.

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No entanto, o pré-candidato sabe do poder da Frente Popular de Pernambuco, que é a união de vários partidos em prol da sua candidatura, e afirma que essa será, talvez, "a frente mais ampla que o Recife já viu, porque o momento que vivemos pede unidade". Além disso, o deputado federal ressalta que “a frente tem uma corrente de forças que não se constrói apenas em eleição, se dá na política (diária)”.

Falando em política diária, o mundo enfrenta um momento pandêmico que impõe restrições na possibilidade de contato entre as pessoas, principalmente entre os políticos e a população - o que impede a disseminação popular da candidatura -. João reforça que tem conversado com setores da sociedade recifense “discutindo um projeto em torno da construção do sonho de vários segmentos da sociedade". "Quando chega mais perto da eleição, isso se afunila para a pré-candidatura que tem sido conduzida com muita escuta”, acrescenta

Prefeitura do Recife investigada

A Prefeitura do Recife está sendo investigada por irregularidades na aquisição de 500 respiradores pulmonares. A sede da PCR e a casa do secretário municipal de Saúde, Jailson Correia, sofreram busca e apreensão por parte da Polícia Federal, que trabalhou em conjunto com a Controladoria Geral da União e o Ministério Público Federal.

Policiais confirmaram que a firma contratada pelo poder municipal não existe em seu endereço de cadastro, além de não ter funcionários ou bens em seu nome. O valor total contratado com a Prefeitura do Recife ultrapassava o patamar de R$ 11 milhões, enquanto a empresa fictícia tinha um suposto capital social de apenas R$ 50 mil e não poderia faturar mais que R$ 360 mil por ano.

Por ser o PSB o partido que comanda a Prefeitura do Recife, João Campos se posicionou dizendo que está tranquilo sobre essas investigações e que isso não fará com que ele deixe de elencar a gestão de Geraldo Júlio em sua candidatura (quando começar oficialmente). “Eu tenho tranquilidade em dizer que foi feito um trabalho que salvou vidas. Enquanto a gente viu o governo federal, que tem R$ 200 bilhões de orçamento na Saúde, não fazer nenhum hospital no Nordeste brasileiro, a gente viu Geraldo Júlio fazer sete hospitais (de campanha) em 40 dias”, exclama.

Além disso, o pessebista garante que não acredita “que houve má fé, nem dolo, nem culpa". "Ninguém fez ato ilícito. Se houve alguma falha, qualquer ser humano está fadado a falhar em processo de guerra. Foi nesse cenário que a gente viu quem cruza os braços para o povo e quem está à disposição para fazer”, declara. João garante que defende a continuação das investigações.

João Campos e Marília Arraes

Em entrevista ao LeiaJá, o filho de Eduardo Campos falou sobre a possibilidade de união com a sua prima Marília Arraes, revelando que a unidade do campo democrático, tão debatido atualmente pela esquerda, é algo que ele defende. “Eu acho que isso pode ajudar a cidade, mas cabe a mim falar pelo meu partido. Sobre decisões de outros partidos como o PT, ele quem vai tomar pensando no que eles acham que é melhor para eles e não cabe a gente julgar. O que eu sei é que o maior conjunto de representantes do povo deve estar na Frente Popular”, salienta.

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Parece que a pré-candidatura de Túlio Gadelha para disputar a Prefeitura do Recife não é um consenso dentro do PDT. Nesta quinta-feira (30), a ex-vereadora Isabella de Roldão também anunciou a sua pré-candidatura - um dia depois do Túlio confirmar que vai disputar o comando da PCR.

O diretório estadual do PDT, comandado pelo deputado federal Wolney Queiroz, foi quem emitiu uma nota informando que Isabella tinha colocado o seu nome para representar o partido no pleito deste ano. Agora, uma votação interna deve definir quem realmente será candidato.

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A direção estadual do PDT esclarece que "os rumos que o partido deverá tomar nas próximas eleições serão definidos em convenção municipal da legenda. Por enquanto, temos duas pré-candidaturas a prefeito do Recife: a do deputado Túlio Gadêlha e a da ex-vereadora Isabella de Roldão”.

Por meio de nota, Gadelha afirmou que ele, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e Ciro Gomes, que é vice-presidente do partido, foram pegos de surpresa com a informação. Além disso, o deputado federal aponta que a colocação da ex-vereadora no páreo demonstra a unidade do partido para construir um projeto alternativo para o Recife "longe do projeto do PSB". 

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Antes integrante do PSB, já tendo sido eleita vereadora pelo partido, agora Marília Arraes (PT) concentra as suas forças para derrotar a sua antiga casa e se eleger prefeita da cidade do Recife, disputando contra o seu primo, João Campos, dentre outros - até então - pré-candidatos. No entanto, a petista avalia que essa seria a hora do PSB abrir mão de disputar pela terceira consecutiva a eleição municipal da PCR.

Marília aponta isso porque, em 2018, mesmo várias pesquisas mostrando que ela tinha chances de derrotar o governador Paulo Câmara, o PT abriu mão da sua candidatura para encorpar a Frente Popular de Pernambuco, apoiando a reeleição de Câmara. “Se a gente não vivesse num Estado em que o PSB trabalhasse com a imposição aos seus aliados, esse seria um posicionamento bastante lógico diante de vários contextos, como em 2018, quando o PT abriu mão de uma candidatura que estava à frente nas pesquisas do candidato do PSB”, avalia a petista. 

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Ela complementa dizendo: “Agora, a gente está com a eleição municipal em que a nossa candidatura está melhor posicionada em todas as pesquisas. Se fosse de verdade com a Frente Popular, lógico que haveria esse debate de quem vai encabeçar a frente agora, mas não há esse debate porque o PSB trabalha com a imposição. É como se fosse algo natural se submeter a eles”.

Além disso, desde que Jair Bolsonaro (sem partido) foi eleito, trazendo vários dos seus com ele na ‘onda bolsonarista’, a esquerda tem prometido lutar contra o que classifica de “retrocesso político”, no entanto, Recife é uma referência de que a esquerda não está se unindo para lutar contra aquilo que tem falado cotidianamente.

Até então, PT, PSB e PDT (partidos de esquerda) devem lançar candidatos para disputar a Prefeitura do Recife, enquanto DEM, PRTB, PSC, Podemos e Cidadania (partidos do centro e de direita) devem vir para minar a eleição desses que não colocaram em prática a “unidade da esquerda”. 

Para se ter noção, a última pesquisa do Atlas Político para a Prefeitura do Recife mostrou que Marília Arraes (PT) lidera com 21% das intenções de voto, seguida por Mendonça Filho (DEM), com 12%, e Daniel Coelho, com 11%. João Campos e Patrícia Domingos registraram 8%. Ou seja, se isso se confirmar nas próximas pesquisas, a esquerda estará “enfraquecida” para disputar a PCR e a sua luta para derrotar a “onda bolsonarista” pode ser perdida. 

No entanto, Marília se diz confiante com os resultados das pesquisas, mesmo achando cedo para se apegar aos números. “É um indicativo de que o Recife está querendo um projeto diferente. Mas não vou me balizar por pesquisas. A gente precisa olhar para frente, debater o Recife e as urnas é que vão dizer o resultado da vontade popular”, disse.

Em entrevista ao LeiaJá, a petista falou que a situação pandêmica do mundo está fazendo com que ela se reinvente para a candidatura. “Estamos nos reinventando. Eu, que sempre fui muito acostumada a fazer as campanhas no corpo a corpo, tendo disputado quatro eleições, principalmente a de vereadora, que é uma eleição de muita proximidade, é muito difícil fazer uma campanha sem apertar as mãos, sem abraçar e sem mostrar o rosto”, confessa.

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Adorada pelo mercado financeiro por anos, a Smiles entrou em crise em 2018 quando sua controladora, a Gol, decidiu não renovar a parceria com a empresa de programa de fidelidade e anunciou que iria incorporá-la a sua estrutura. O plano, no entanto, foi por água abaixo com a pandemia, que abalou o setor aéreo e deixou a Gol sem caixa para adquirir as ações de sua controlada. A situação ficou pior para a Smiles, que está no limbo desde março e já perdeu 40% de seu valor de mercado. Além disso, está no centro de uma nova disputa entre minoritários e controlador desde segunda-feira (6).

No período em que a Smiles caiu 40%, a Gol avançou 81% e o Ibovespa, principal índice da B3, subiu 18%. Nesta semana, a empresa de fidelidade acumula mais perdas, após anúncio de que comprará R$ 1,2 bilhão em passagens antecipadas da Gol, em operação que dá fôlego à aérea, mas desagrada acionistas minoritários, que consideraram os termos desfavoráveis.

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O anúncio da compra antecipada é mais um episódio que escancara o conflito entre a companhia de fidelidade, a aérea controladora e minoritários. "Esses problemas são inerentes a empresas de fidelidade, que são controladas pelos seus principais clientes e fornecedores", diz o sócio do BTG Pactual e chefe de investimentos da Exame Research, Renato Mímica.

Hoje, para se recuperar no mercado financeiro, a Smiles trabalha para tentar manter resultados positivos e pagar dividendos a acionistas. A estratégia, porém, não será de fácil execução dado o cenário econômico crítico durante a pandemia.

A distribuição de dividendos foi justamente um dos fatores que levou a Smiles a ser um dos maiores sucessos da Bolsa. Inovadora e com um quadro de funcionários enxuto, a empresa viu seu valor de mercado alcançar R$ 11,5 bilhões no fim de 2017 - hoje, está em R$ 1,9 bilhão.

A primeira queda relevante da empresa na Bolsa ocorreu em março de 2018, quando a Smiles anunciou uma redução de pagamento de dividendos de 100% para 25% do lucro, sob a justificativa de que manteria recursos para enfrentar a volatilidade crescente, melhorar o balanço e a qualidade do crédito.

Passados sete meses, o mercado foi novamente surpreendido quando a Gol anunciou que não renovaria o contrato com a Smiles. A intenção era reincorporar a empresa de fidelidade com uma troca de ações. Detentores de papéis da Smiles virariam acionistas da Gol. A proporção dessa troca de ações, porém, foi vista como desvantajosa pelos minoritários da Smiles, o que criou um entrave na operação.

Concomitantemente, a Latam atravessava um processo semelhante e tranquilo com a Multiplus, oferecendo aos donos de ações da companhia de fidelidade valores considerados justos pelo mercado.

Entre os minoritários da Smiles, as decisões de reduzir o pagamento de dividendos e a de pôr fim à parceria entre as empresas foram vistas como medidas para derrubar o preço das ações da companhia, fazendo com que a reincorporação saísse mais barata para a aérea.

Lógica

Colocar a Smiles para dentro de casa novamente traria para a Gol lucros constantes - ao menos em tempos normais, sem pandemia. Para o especialista no setor aéreo André Castellini, sócio da consultoria Bain & Company, também haveria um ganho de agilidade. "A empresa conseguiria administrar melhor as regras do programa de fidelidade sem ter de prestar conta para terceiros."

A Gol, no entanto, havia aberto mão disso em 2013, quando o setor aéreo passava por dificuldades e a abertura do capital da Smiles era uma oportunidade para levantar recursos sem perder o controle da empresa. Posteriormente, quando a Gol enfrentou uma de suas piores crises, em 2015 e 2016, a Smiles ajudou no resgate da aérea ao comprar passagens antecipadamente. Agora, a história se repete.

Apesar de a nova compra de passagens antecipadas descontentar minoritários, que consideram os juros de 3,5% ao ano baixos, ela pode favorecer indiretamente a Smiles, dado que uma empresa de fidelidade depende de parceria com uma companhia aérea saudável.

O entrave mais grave, portanto, está na falta de previsibilidade do que será o acordo entre as empresas. No comunicado emitido em março, Gol afirmou que a reorganização societária da empresa estava "cancelada".

Segundo o Estadão apurou, na Smiles a expectativa é que a Gol reverta a decisão de cancelar a parceria, cujo contrato vence em 2032. Isso garantiria uma recuperação das ações da companhia de fidelidade. Essa alta, porém, poder não ser tão interessante para Gol, caso ela ainda tenha interesse em adquirir os papéis. Procuradas, Gol e Smiles não quiseram comentar.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O anúncio de que a Smiles fechou acordo com a Gol para a compra antecipada de R$ 1,2 bilhão em passagens aéreas acirrou a disputa entre os acionistas da empresa de programa de fidelidade. Sócios minoritários da Smiles vão entrar com um pedido de liminar na Justiça para barrar a operação. Eles já estavam insatisfeitos com o controlador da empresa - a Gol, que detém 52% de participação - desde o início da pandemia.

Segundo os advogados Cesar Augusto Fagundes Verch e Márcio Louzada Carpena, sócios do Carpena Advogados, as operações de compra antecipada de passagens "não estão sendo realizadas pelo interesse da companhia, mas da sua controladora". Verch e Carpena representam três fundos de investimentos que, juntos, têm 4% das ações da Smiles.

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Em março, pouco antes de a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar a pandemia do coronavírus, a Smiles já havia realizado duas operações de compra antecipada de passagens que totalizaram R$ 425 milhões. Para os minoritários, essas operações, semelhantes a empréstimos, foram feitas com taxa de juros inferior ao que a Gol conseguiria no mercado.

Os minoritários alegam ainda que, em março deste ano, a Smiles já tinha um saldo de R$ 700 milhões com a Gol. Isso significa, dizem eles, que não havia necessidade de comprar mais passagens antecipadas.

Ontem, os minoritários protocolaram o pedido de realização de uma assembleia extraordinária para discutir o assunto. Poucos minutos depois, a Smiles emitiu um fato relevante em que anunciou a compra de mais R$ 1,2 bilhão em passagens.

"Estamos colocando que essa operação é afrontosa. Imagina que sou minoritário e estou emprestando para a Gol a uma taxa de 115% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) sem garantia nenhuma. Comprando passagem, em meio à pandemia, que nem sei se vai ser voada", disse Carpena.

Em um indicativo de que o mercado não recebeu bem a operação, as ações da Smiles caíram 2,39% ontem, enquanto o Ibovespa (principal índice da B3) subiu 2,24%.

Para Renato Mimica, sócio do BTG Pactual e diretor de investimentos da Exame Research, no entanto, a compra antecipada de passagens pode ajudar o investidor da Smiles. "A Gol é uma fonte de valor para a Smiles. Para o investidor da Smiles, o essencial agora é que a Gol sobreviva", diz. Em relatório, o Bradesco BBI considerou que os termos do acordo são favoráveis para a Smiles, pois garantem à empresa acesso a bilhetes mais baratas até junho de 2023.

Segundo a Smiles, a operação de adiantamento de compra realizada ontem "segue à risca os estatutos da companhia e tem como principal objetivo assegurar as condições de competitividade no longo prazo do ecossistema formado pelas duas empresas". A Gol não comentou.

Em 2015 e 2016, quando a Gol atravessava outra crise, a Smiles também a ajudou comprando passagens antecipadas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Através de sua conta no Twitter, o ex-presidente Lula, que pela lei da Ficha Limpa já está inelegível, disse que não tem pretensão de se candidatar ao cargo de presidente da República. "Tenho repetido que, quando chegar em 2022, eu vou estar com 77 anos de idade. Eu não tenho porque ser candidato a presidente. Eu já fui", escreveu.

Além disso, Lula aponta que a sua luta vai ser não deixar que Bolsonaro continue no poder. "O que eu não vou deixar é esse país voltar a ter um presidente da 'qualidade' do Bolsonaro", aponta.

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O petista também salientou que tem consciência de que poderia ter feito mais pelo Brasil enquanto era o líder maior do país. "Por isso eu queria ter voltado em 2018. É um processo de aprendizado. Se você olhar dez anos atrás, sempre tem coisa que você poderia feito diferente. E melhor", pontua.

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Para encerrar uma disputa judicial, a atriz Viviane Araújo fez um acordo com o seu ex, o jogador de futebol Radamés Martins. A disputa, iniciada em 2017, era por um imóvel no Recreio, Zona Oeste do Rio De Janeiro, onde Viviane mora atualmente.

O apartamento na cobertura foi adquirido por Viviane enquanto ela ainda se relacionava com o jogador. Radamés contribuiu com R$ 100 mil e, após a separação, ele exigiu ter direitos sobre o imóvel. Inicialmente havia pedido R$ 500 mil pela sua parte da propriedade. Após ter o pedido negado, o jogador aceitou o valor proposto por Viviane de R$ 400 mil, para encerrar o processo.

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Atualmente Radamés é casado, tem dois filhos e mora em Brasília com a Judoca Caroline Furlan. Já Viviane namora o empresário Guilherme Militão.

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