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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) projetou uma possível queda do presidente Jair Bolsonaro (PSL), caso ele não compreenda a força do Congresso Nacional, apesar da fragilidade dos partidos brasileiros. Na ótica do tucano, “maltratar” o presidente da Câmara “é caminho para o desastre”.

Apesar de não citar diretamente Bolsonaro, FHC fez o comentário através do Twitter nesse domingo (24), após um imbróglio gerado entre o governo e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), por causa da tramitação da reforma da Previdência e do projeto anticorrupção, do ministro Sérgio Moro.

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Maia chegou a ser criticado por Moro e pelo filho de Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro, por ainda não ter pautado ainda a tramitação do projeto do ex-juiz. Em contrapartida, o democrata ameaçou deixar a articulação para a aprovação da reforma da Previdência e mandou o presidente deixar as redes sociais e cuidar mais do governo.

“Paradoxo brasileiro: os partidos são fracos, o Congresso é forte. Presidente que não entende isso não governa e pode cair; maltratar quem preside a Câmara é caminho para o desastre”, analisou FHC, diante desse contexto. “Precisamos de bom senso, reformas, emprego e decência. Presidente do país deve moderar não atiçar”, completou o ex-presidente.

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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) classificou, nesta quarta-feira (21), como é “fake news” a manchete que circula nas redes sociais afirmando que ele teria proposto uma aliança com o Movimento Sem Terra (MST) contra o governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).

A informação surgiu depois que FHC publicou no Twitter argumentando a necessidade da  oposição se unir à sociedade para “filtrar” as ações de Bolsonaro de olho no interesse do país, além de pregar a renovação das siglas e dos movimentos.

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“Fake news: não propus aliança com MST contra Bolsonaro. Disse e assino: partidos e movimentos devem de renovar”, observou em nova postagem no microblog.

O presidente de honra do PSDB ainda acrescentou a definição do que entender como “filtrar” e declarou ser “contra extremos”.  

“Filtrar: apoiar o bom, recusar o mal, pensar no povo e no Brasil sem sectarismos. Contra extremos, sou radical do Centro. O resto é mentira”, completou o tucano.

No começo da semana, Fernando Henrique, que vem utilizando a rede social para expor reflexões sobre a política nacional, chegou a salientar também que era hora de agir com a Constituição Federal na mão e destacar que a renovação pregada por ele deveria se dar por "alianças novas, corrupção zero, emprego e decência".

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou, nesta segunda-feira (19), que era momento da oposição se unir à sociedade para “filtrar” as ações do governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) de olho no interesse do país.

Em publicação no Twitter, meio que vem utilizando para expor reflexões sobre a política nacional, o tucano salientou que era hora de agir com a Constituição Federal na mão, mas ponderou que "sentimentos contarão mais que partidos".

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"Hora de agir, pensando. Constituição na mão, oposições e sociedade filtrarão ação do Governo no interesse do Brasil. Sentimentos contarão mais que partidos. Estes devem refazer-se juntos com os movimentos", observou FHC.

Ainda na ótica do ex-presidente, essa renovação das legendas juntamente com os movimentos sociais deve se dar por "alianças novas, corrupção zero, emprego e decência". Os critérios, segundo ele, vão "criar futuro" tanto para os partidos quanto para o país.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou que a democracia está sempre em perigo, mas o país tem lideranças políticas e “instituições fortes” que não vão permitir que o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) a protagonizar uma deriva antidemocrática do novo Governo. Em entrevista ao jornal El País, o tucano pontuou que era necessário aguardar o início efetivo da gestão Bolsonaro, por “não importa o que ele pensa, mas o que vai fazer” pelo país nos próximos quatro anos.

“A democracia esta em perigo em todas partes. Mas o Brasil tem instituições fortes, a sociedade é livre, a mídia é livre, a justiça é independente e o povo gosta da liberdade. Então eu acho que é preciso tomar cuidado. Está em perigo? Está mudando, está em perigo por todos lados, mas não há um perigo específico do Brasil. Não acho que a eleição do Bolsonaro ponha em perigo [a democracia], até porque ele ganhou pelo voto”, salientou.

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Apesar disso, o próprio presidente eleito, por exemplo, vem estimulando que estudantes filmem professores que comentem sobre política nas aulas ou promova algo que o projeto Escola Sem Partido recrimina. FHC disse ter ciência do fato e ponderou ser contra, mas ao ser questionado que a sociedade brasileira seria forte o suficiente para rechaçar algum tipo de ação antidemocrática, ele ponderou que era necessário deixar o governo de Bolsonaro começar.

“A democracia tem que ser cuidada sempre e devemos contra-atacar essas coisas. Mas de momento ele nem tomou posse. Deixa ele tomar posse, vamos ver o que ele vai fazer, se vai nomear gente boa... Governar é difícil. Quem nunca governou pensa que é fácil. Eu torço pelo Brasil dar certo. A mídia está levando o presidente eleito a dizer que ele respeita a Constituição. Isso é um mecanismo já de contenção, é importante. Para a política não importa o que ele pensa, importa o que ele vai fazer. As palavras só se transformam verdadeiramente em um risco quando elas viram ato”, alertou o ex-presidente.

E acrescentou: “Não é que eu não leve a sério, eu acho que qualquer coisa dita por uma pessoa que tem importância política diz tem que tomar cuidado. Mas acho que isso não é suficiente para se sobrepor a nossa institucionalidade, a nossa vontade de manter a democracia. Mesmo que um ou outro tenha o impulso não democrático e as frases que foram ditas – que não são boas, e eu critiquei no meu Twitter – sejam contrárias ao espírito da democracia. Mas entre você falar e fazer tem uma diferença. Eu não estou dizendo que alguém não expresse atitudes antidemocráticas. Pode ser, existe isso no Brasil. Mas a despeito disso, nós temos forças democráticas que vão se contrapor a eventuais palavras e mesmo atos que sejam contrários à Constituição, à democracia e às leis”.

O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, negou na noite desta segunda-feira, 22, que tenha tratado de manifestação de apoio em ligação feita mais cedo ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). "Tratamos apenas da questão institucional", afirmou, na saída da TV Cultura, onde participou do programa Roda Viva.

"Ele (FHC) tem se manifestado na rede social muita preocupação em relação às declarações do meu adversário, que são realmente muito preocupantes, são muito ameaçadoras contra as instituições e, ontem (domingo), contra a integridade física dos seus opositores, em caso da sua vitória. Então, o presidente Fernando Henrique, que é um democrata, tem manifestado muita preocupação com esta escalada de violência promovida pelo (Jair) Bolsonaro", afirmou o candidato.

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Durante o programa, Haddad disse que também ligou mais cedo para o senador Tasso Jereissati, ex-presidente do PSDB, que, segundo ele, é uma pessoa de quem gosta muito. "Esperavam de mim que fizesse um aceno ao PSDB, hoje eu fiz. Saiu um artigo do Marcos Lisboa, na Folha, dizendo que não tinha entendido o gesto, e decidi me aproximar", afirmou.

Haddad também fez um novo aceno ao candidato derrotado Ciro Gomes (PDT), que teve 13,3 milhões de votos no primeiro turno e declarou a ele "apoio crítico". "Sempre tenho a expectativa que Ciro vai dar uma declaração boa", afirmou. Na transmissão da entrevista, ele disse que "aguardava ansiosamente" uma declaração de voto mais efetiva do pedetista.

O petista também buscou, mais uma vez, durante a transmissão da entrevista, fazer acenos ao eleitorado de centro e se colocar como capaz de manter a democracia no País.

Ao afirmar que a campanha dele voltou atrás em posições referentes à Constituição, o petista disse que o "autoritarismo não nos interessa". "Só pela democracia que nós vamos construir uma sociedade mais justa", disse.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso usou as redes sociais neste domingo, 21, para criticar declarações do filho de Jair Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro, de que basta "um soldado e um cabo" para fechar o Supremo Tribunal Federal (STF). "As declarações merecem repúdio dos democratas. Prega a ação direta, ameaça o STF", escreveu o ex-presidenete na tarde de hoje em seu Twitter.

"Não apoio chicanas contra os vencedores, mas estas cruzaram a linha, cheiram a fascismo", afirmou Fernando Henrique. "Têm meu repúdio, como quaisquer outras, de qualquer partido, contra leis, a Constituição", conclui na mensagem.

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A declaração de Eduardo Bolsonaro foi feita em resposta a questionamento, durante palestra antes do 1º turno, sobre a possibilidade de seu pai ser impedido de assumir o Planalto caso fosse eleito ainda na primeira fase da corrida presidencial e qual seria a reação do Exército.

O candidato derrotado à Presidência da República pelo PSOL, Guilherme Boulos, afirmou, também no Twitter, que o vídeo de Eduardo Bolsonaro "mostra bem o descompromisso dessa turma com a democracia". "Aos setores do Judiciário que impulsionaram a onda antidemocrática no País fica o dito espanhol: 'cria cuervos y te sacarán los ojos'", acrescentou ele.

Candidato à Presidência da República, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) afirmou, nesta segunda-feira (20), que PT e PSDB provam ser “farinha do mesmo saco” ao cogitar uma aliança entre os partidos contra ele em um eventual segundo turno. A possibilidade de unidade eleitoral foi cogitada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em entrevista publicada pelo jornal O Globo desta segunda. 

Bolsonaro reagiu dizendo que “essa é a união do Mensalão com o Petrolão”. “Essa é a certeza que PT e PSDB são farinha do mesmo saco. Na verdade, o grande projeto deles é o indulto para Lula e condenados no Mensalão e Petrolão. É a certeza que o Brasil é deles e não de nós, brasileiros”, argumentou o candidato.

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Na avaliação de Bolsonaro, os dois partidos “trabalham contra a família, são favoráveis a ideologia de gênero” e estão “metidos até o pescoço com corrupção”. “Esses dois partidos estão preocupados consigo mesmo e não com os brasileiros. Eles continuarão fazendo de tudo para me tirar de combate, juntos podemos mudar o destino do nosso Brasil e derrotar o grande mal conhecido como PT e PSDB”, reforçou o presidenciável. 

Uma aliança entre PT e PSDB em campanha presidencial seria algo inédito desde 1989, quando os dois partidos se uniram contra Fernando Collor. Ao cogitar a possibilidade de ter Bolsonaro no segundo turno, Fernando Henrique chegou a dizer que não faria objeção quanto a união das legendas historicamente adversárias. 

“Não farei objeção a que o PT nos apoie. Naturalmente, isso significa também que não haveria objeção ao contrário. Mas nós pensamos de forma diferente”, ponderou o ex-presidente. 

O manifesto de fundação do PSDB disse que o partido nascia longe das benesses oficiais, mas perto do pulsar das ruas. O partido está hoje perto disso?

O PSDB esteve mais perto do pulsar das ruas quando apoiou as medidas necessárias para manter o real. Lembrem-se que eu ganhei a eleição e a reeleição no primeiro turno. Depois, fora do governo federal, o PSDB manteve o controle político em expressivos Estados, como em São Paulo. Mas é indubitável que a crise político-moral que a Lava Jato desvendou levou todos os partidos para longe do pulsar das ruas.

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O PSDB está mais liberal do que antes?

O PSDB é hoje mais liberal, mas não menos socialmente orientado.

Na sua avaliação, por que o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, tem um desempenho fraco nas pesquisas se comparado às pesquisas do mesmo período desde 1994?

Porque a sociedade mudou muito, os novos meios de comunicação estão à disposição do eleitorado e o momento é difícil para quem está no governo. Entretanto, é cedo para avaliar. O jogo eleitoral para o povo começa mesmo quando a televisão e o rádio entram.

O que o PSDB deve fazer para recuperar seus eleitores e retomar militantes?

Dadas as características do momento brasileiro, a mensagem, a conduta moralmente correta de quem a emite e o desempenho dos atores políticos serão essenciais.

O que a prisão de Eduardo Azeredo significa para o PSDB?

O Eduardo está sofrendo as consequências do que hoje ocorre: o passado é julgado pela métrica do presente. Além do mais, há uma busca na mídia por "equidistância". Assim como houve um mensalão do PT, fala-se de um mensalão do PSDB mineiro, que não houve. O que houve, sim, foi caixa 2, que também está capitulado no Código. E o Eduardo teria sido beneficiário eleitoral, mas provavelmente não ator do delito. Mas para a opinião pública, é tudo "farinha do mesmo saco" e o partido paga o preço, além dele próprio, que foi condenado a 20 anos. Junto com Justiça, há também algo de vindita (vingança). Tempos bicudos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

O grande responsável por indicar Pedro Parente para executar o desmonte da Petrobras foi ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Ele afirmou que o governo de Michel Temer acabou e colocou isso em um dos jornais de maior circulação do Brasil. A fala de FHC foi dura. "Dificilmente o governo atual, dada a sua origem e o encrespamento político havido, conseguirá pouco mais do que colocar esparadrapos nas feridas. Nada de significativo será alcançado sem que uma liderança embasada no voto e crente na democracia seja capaz de dar resposta aos atuais desafios econômicos e morais".

O artigo

Repercutindo muito entre os tucanos o artigo de Fernando Henrique foi publicado no Estado de São Paulo e você pode acompanhar abaixo na íntegra.

Decifra-me ou te devoro

A semana que acabou ontem foi plena de tensão, demonstrando a quem não percebera antes a profundidade das dissensões que vêm de há muito tempo

A semana que acabou ontem foi plena de tensão, demonstrando a quem não percebera antes a profundidade das dissensões que vêm de há muito tempo. As incongruências da política econômica dos governos de Lula e Dilma, em sua fase final, já haviam levado a economia à paralisação e o sistema político a deixar de processar decisões. Daí o impeachment do último governo, ainda que baseado em arranhões de normas constitucionais.

Todo impeachment é traumático. Fui ministro de um governo que resultou de um impeachment, o do presidente Itamar Franco. Este, com sabedoria, percebeu logo que precisaria de um Ministério representativo do conjunto das forças políticas. Como o PT, que apoiara o impeachment do presidente Collor, se recusava a assumir responsabilidades de governo (com olho eleitoral), Itamar conseguiu a aceitação de uma pasta por Luiza Erundina, então no PT.

Mesmo eu, eleito presidente por maioria absoluta no primeiro turno sem precisar buscar o apoio do PT, tive como um de meus ministros um ex-secretário-geral do PT.

De lá para cá os tempos mudaram. A possibilidade de algum tipo de convivência democrática, facilitada pela estabilização econômica graças ao Plano Real, que tornou a população menos antigoverno quando viu em marcha uma política econômica que beneficiaria a todos, foi substituída por um estilo de política baseado no "nós", os supostamente bons, e "eles", os maus. Isso somado ao descalabro das contas públicas herdado pelo governo atual, mais o desemprego facilitado pela desordem financeira governamental, levou a uma exacerbação das demandas e à desmoralização dos partidos. A Lava Jato, ao desnudar as bases apodrecidas do financiamento partidário pelo uso da máquina estatal em conivência com empresas para extrair dinheiro público em obras sobrefaturadas (além do enriquecimento pessoal), desconectou a sociedade das instituições políticas e desnudou a degenerescência em que o País vivia.

A dita "greve" dos caminhoneiros veio servir uma vez mais para ignição de algo que estava já com gasolina derramada: produziu um contágio com a sociedade, que, sem saber bem das causas e da razoabilidade ou não do protesto, aderiu, caladamente, à paralisação ocorrida. Só quando seus efeitos no abastecimento de combustíveis e de bens essenciais ao consumo e mesmo à vida, no caso dos hospitais, se tornaram patentes houve a aceitação, também tácita, da necessidade de uma ação mais enérgica para retomar a normalidade.

Mas que ninguém se engane: é uma normalidade aparente. As causas da insatisfação continuam, tanto as econômicas como as políticas, que levam na melhor das hipóteses à abstenção eleitoral e ao repúdio de "tudo o que aí está". Portanto, o governo e as elites políticas, de esquerda, do centro ou da direita, que se cuidem, a crise é profunda. Assim como o governo Itamar buscou sinais de coesão política e deu resposta aos desafios econômicos do período, urge agora algo semelhante.

Dificilmente o governo atual, dada a sua origem e o encrespamento político havido, conseguirá pouco mais do que colocar esparadrapos nas feridas. Nada de significativo será alcançado sem que uma liderança embasada no voto e crente na democracia seja capaz de dar resposta aos atuais desafios econômicos e morais. Não há milagres, o sistema democrático-representativo não se baseia na "união política", senão que na divergência dirimida pelas urnas. Só sairemos da enrascada se a nova liderança for capaz de apelar para o que possa unir a Nação: finanças públicas saudáveis e políticas adequadas, taxas razoáveis de crescimento que gerem emprego, confiança e decência na vida pública.

É por isso que há algum tempo venho pregando a união entre os setores progressistas (que entendam o mundo e a sociedade contemporâneos), que tenham uma inclinação popular (que saibam que, além do emprego, é preciso reduzir as desigualdades), que se deem conta de que o mundo não mais funciona top/down, mas que "os de baixo" são parte do conjunto que forma a Nação, e que, em vez de se proporem a "salvar a pátria", devem conduzi-la no rumo que atenda, democraticamente, com liberdade, aos interesses do povo e do País.

Não se trata de formar uma aliança eleitoral apenas, muito menos de fortalecer o dito "centrão", um conjunto de siglas que mais querem o poder para se assenhorearem de vantagens do que se unir por um programa para o País. Nas democracias é natural que os partidos divirjam quando as eleições majoritárias se dão em dois turnos, quando os "blocos sociais e políticos" podem ter mais de uma expressão partidária. Mas é preciso criar um clima que permita convergência. E, uma vez no caminho e no exercício do poder, quem represente esse "bloco" precisará ter a sensibilidade necessária para unir os que dele se aproximam e afastar o risco maior: o do populismo, principalmente quando já vem abertamente revestido de um formato autoritário.

Na quadra atual, entre o desemprego e a violência cada vez mais assustadora do crime organizado, a perda de confiança nas instituições é um incentivo ao autoritarismo. O bloco proposto deve se opor abertamente a isso.

Não basta defender a democracia e as instituições, é preciso torná-las facilitadoras da obtenção das demandas do povo, saber governar, não ser leniente com a corrupção e entender que sem as novas tecnologias não há como atender às demandas populares crescentes. E, principalmente, criar um clima de confiança que permita investimento e difundir a noção de que num mundo globalizado de pouco vale dar as costas a ele.

Tudo isso requer liderança e "fulanização". Quem, sem ser caudilho, será capaz de iluminar um caminho comum para os brasileiros? "Decifra-me ou te devoro", como nos mitos antigos.

São João pelo interior

Mais de 10 mil pessoas superlotaram o pátio montado no bairro da Areia Branca, em Petrolina. O volume de público bateu recorde e marcou a noite de encerramento. A abertura da segunda noite do festejo junino no bairro ficou por conta da voz marcante de Taline Clara, que trouxe as músicas mais tocadas do momento, forró das antigas e também música autoral, como a canção “Vai que cola”.

PCR promove debate sobre o tema memória e verdade 

 

A Prefeitura do Recife realiza hoje dia (4) de junho, uma formação sobre direitos humanos para os servidores da PCR que será aberta ao público, no auditório do 15º andar do edifício-sede da Prefeitura.

Discutindo

O debate, que terá o tema “Memória e verdade: ontem e hoje”, faz parte do projeto DHialogando sobre Direitos Humanos, da Secretaria de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos do Recife.

Direitos humanos

A discussão vai girar em torno das violações dos direitos humanos durante a ditadura militar, dos novos direitos humanos e do direito à memória e à verdade. Participarão o vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira; o advogado Marcelo Santa Cruz, que integra a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PE), e o professor de Direito da Universidade Católica de Pernambuco Manoel Severino Moraes de Almeida, que foi membro da Comissão da Memória e Verdade Dom Hélder Câmara.

Eleições no Tocantins

Os candidatos Mauro Carlesse (PHS) e Vicentinho Alves (PR) vão disputar o segundo turno da eleição suplementar para o governo do Tocantins. Os eleitores voltam às urnas no dia 24 de junho para decidir quem será o governador até dia 31 de dezembro.

Confira os resultados

Mauro Carlesse (PHS) - 30,32%

Vicentinho Alves (PR) - 22,16%

Carlos Amastha (PSB) - 21,46%

Kátia Abreu (PDT) - 15,64%

Márlon Reis (REDE) - 9,93%

Marcos Souza (PRTB) - 0,49%

Mário Lúcio Avelar (PSOL) - 0% *votos não computados

Eleições nunca param por aqui

Além da disputa em Tocantins, outros 20 municípios realizam eleições suplementares para prefeito pelo Brasil. São eles: Teresópolis (RJ), Jeremoabo (BA); Pirapora do Bom Jesus, Bariri e Turmalina (SP); Umari, Tianguá, Frecheirinha e Santana do Cariri (CE); Bom Jesus (RS); Niquelândia (GO); Vilhena (RO); Guanhães, Ipatinga e Pocrane (MG); João Câmara, Pedro Avelino, São José do Campestre, Parazinho e Galinhos (RN). 

 

Eduardo Cunha continua curtindo prisão 

 

O Juiz Vallisney Oliveira, de Brasília, condenou o ex-deputado cassado Eduardo Cunha a 24 anos e 10 meses de prisão em regime fechado. Ele foi condenado por violação de sigilo funcional, corrupção passiva e ativa e lavagem de dinheiro. Cunha terá que pagar ainda R$ 7 milhões de reais como reparação do dano.

 

O deputado federal e pré-candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL-RJ) rebateu, nesta quarta-feira (23), a crítica do também presidenciável e ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), de que ele representa o “atraso”. Em reação à postura do tucano, Bolsonaro disse que sente orgulho da sua postura diante de assuntos econômicos e políticos apreciados pelo Congresso Nacional, salientando, inclusive, ter se posicionado contra o projeto que permitiu a reeleição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). 

“Geraldo Alckmin me rotula de atrasado por meus votos no passado. Um dos votos que mais me orgulha foi o contra a reeleição de FHC. Não aceitei a propina do seu partido PSDB”, declarou o deputado federal, em publicação no Twitter. O pré-candidato é segundo lugar nas pesquisas de intenções de votos e ultrapassa o tucano em todos os cenários já aferidos. 

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Bolsonaro ainda provocou o presidenciável tucano: “Sr Alckmin, estou aguardando alguém da sua laia me chamar de corrupto”.

Em sabatina do jornal Folha de São Paulo, nesta quarta, Alckmin disse que Bolsonaro e o PT são a mesma coisa. “Quem anda para trás é caranguejo. O Brasil não vai regredir. O Bolsonaro e o PT são a mesma coisa, é o atraso. Ele votou igual ao PT em toda as pautas econômicas”, disparou o ex-governador paulista. 

As acusações que pesam contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a condenação já obtida por ele na Lava Jato, que passará por avaliação na segunda instância judicial em janeiro, são alguns dos fatores que justificam, na análise do também ex-chefe do Executivo nacional, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o que ele classificou como a 'morte política' do petista. 

Durante um encontro para debater a crise política e o futuro do país, na noite dessa quinta-feira (14), o tucano declarou que Lula não é mais o "símbolo" político que representava.

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"Lula, ele mesmo se matou, como símbolo. De tudo que ele representava de novo, de puridade e não sei o quê. Como é que vai representar hoje, com tantas evidências na outra direção?", indagou.

Para o tucano, "o que está aparecendo" sobre o petista contraria "a esperança de uma nova ética, de um novo tipo de comportamento" que Lula dizia significar. "[Lula] se matou no sentido político", disparou.

No debate, ao lado do senador Cristovam Buarque (PPS), Fernando Henrique também fez uma autocrítica à classe política e ponderou que as liderenças perderam o encanto da população. "Tem que reencantar. E não no mau sentido, de mistificar, mas no sentido de as pessoas poderem verificar que efetivamente você acredita e cumpre aquilo que está propondo", salientou. 

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou que o ingresso de pessoas que não convivem com o debate político na disputa eleitoral de 2018, como o apresentador Luciano Huck,  é, na realidade, “um sinal de ausência de política”. Em entrevista ao Gaúcha ZH, neste sábado (25), ele explicou que a indicação de ‘outsiders’ não vai solucionar os problemas do país, ao contrário do que muitos pensam. Para justificar o argumento, além de Huck, de quem FHC disse ser amigo, o tucano citou como exemplo o juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, e o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa. 

“Ele [Luciano Huck] tem essas características [de popularidade]. A questão é saber se isso passa para a política? Ele está acostumado a falar com a dona Maria, como ele diz, e a falar sozinho. Não está no debate político. Cogita-se um nome de fora. Às vezes, falam de um juiz, como Sergio Moro, Joaquim Barbosa. É sinal de ausência de política. Tenho muito respeito pelos juízes, como tenho pelo Huck. Tenho respeito pelo Sérgio Moro. Acho equilibrado, não se apresenta como salvador de nada. Mas é juiz. Cada um tem as suas características”, observou.

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Ao periódico, FHC disse que quando iniciou na vida pública teve “muita dificuldade para falar como candidato” porque era professor e “havia uma certa distância”.  “Na vida pública, não é assim. Você, como professor, não está acostumado a pegar nos outros, nem a ser pegado. Na vida pública, é o contrário, uma entrega corpórea… Você tem de dar sinais concretos de que você é igual. Se não der sinais de que é igual, é difícil conversar com a população. Ela só ouve uma pessoa que ela sente que está do lado dela. No Brasil, você tem de beijar e se deixar beijar. Quem não está habituado com a vida política não vai de repente entrar nela e se dar bem”, frisou. 

Para retratar a importância da comunicação de massa na vida política e, principalmente, eleitoral, o tucano lembrou da década de 50, quando o ex-presidente Jânio Quadros  andava com uma vassourinha para limpar a corrupção e uma gaiola com um rato dentro. “Ele percebeu que a comunicação de massa como estava se delineando era simbólica. Andava com uma vassourinha para limpar a corrupção e uma gaiola com um rato dentro. Ele não precisava falar nada. Todo mundo entendia. Na universidade, estávamos todos contra. Achávamos ridículo. Isso pode ser sincero ou não. É bom que seja sincero, tem de tocar numa corda no coração da pessoa. Política não é só razão, é emoção também”, cravou Fernando Henrique Cardoso.

Indagado se o correligionário e prefeito de São Paulo, João Doria, estava seguindo os passos de Jânio em uma versão mais moderna, FHC disparou: “Não sei julgar o Doria, nem quero”. “É um pouco diferente. Não sei julgar o Doria, nem quero. Me dou bem com ele. Mas ele usa a linguagem de computação, de redes. É muito hábil. O tempo todo está se comunicando. Não sei se acertou o ponto. Isso as pesquisas é que vão dizer mais adiante. Mas ele tem essa contemporaneidade. O Chacrinha já dizia que quem não se comunica, se trumbica”, ironizou.

No plenário da Câmara Municipal do Recife, nesta terça-feira ( 4), o vereador André Regis  (PSDB) usou a palavra para falar sobre o cenário nacional e para defender Fernando Henrique Cardoso. Ele disse que entre os ex-presidentes do país - citando Fernando Collor, José Sarney, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, além de Michel Temer - apenas FHC tem condições de andar nas ruas e ir aos restaurantes.  

"Apenas Fernando Henrique Cardoso tem condições de entrar em recinto público. Quem tem a honra de fazer é ele, o grande intelectual brasileiro que foi chefe de Estado e que fez com que o país saísse da situação até pior que a atual", elogiou. 

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Regis declarou que na época de FHC existia uma grande crise econômica, mas que ele conseguiu levar adiante o Plano Real. "Que completou aniversário. Ele foi bem sucedido e entregou um legado de estabilidade econômica e política e fez uma transição para Lula", explanou também ressaltando que o petista nao aproveitou o melhor momento da história da economia mundial para fazer a nação prosperar. 

O vereador salientou que acredita que é possível sair do "sofrimento" desta "triste" etapa da história do Brasil. "Onde juntos sofremos com uma situação econômica devastadora é uma situação política de incerteza. É preciso que possamos encontrar os caminhos para a preservação da democracia e da governabilidade para trazer de voltar a prosperidade econômica". 

Ele ainda disse que a ideia internacionalmente difundida de que o Brasil não é um país sério não pode se reverter "se o próprio brasileiro não acredita".

Fazendo um panorama geral da responsabilidade do Congresso Nacional com as crises enfrentadas pelo país e a necessidade de rever regras constitucionais, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) afirmou que a única reforma que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) promoveu durante os oito anos em que esteve à frente do Palácio do Planalto foi a implantação da “tomada de três pinos”. Segundo Ciro, a ausente atuação dos últimos presidentes com relação às reformas necessárias no país gerou a instabilidade de hoje. 

“O Fernando Henrique na hora mágica do presidencialismo, praticamente com um cheque em branco, a única coisa que fez foi tirar da Constituição Brasileira a diferença entre empresa nacional e a estrangeira lotada no Brasil”, disse durante o “Brazil Forum UK”, em Londres, no fim de semana. “Já o Lula, digo sempre para provocar, a única reforma que valeu para o país todo foi a da tomada de três pinos, o resto não conheço nenhuma reforma constitucional”, acrescentou ironizando. 

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Sob a ótica do pré-candidato à Presidência, “nos dois ciclos” não houve qualquer inovação política, tributária, trabalhista ou previdenciária, como o presidente Michel Temer (PMDB) está tentando fazer. “Reforma mesmo, que valeu para o País todo e que o Temer não vai poder desfazer tão fácil é a tomada de três pinos, e mais nada”, repetiu, pedindo desculpas, em seguida, ao ex-governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), com quem dividia a mesa da palestra.

Ciro foi ministro da Integração Nacional no governo de Lula e iniciou sua palestra dizendo que deixaria preferências políticas de lado na sua fala. "Vim para para fazer pensar", frisou.  

O pedetista ainda defendeu o parlamento brasileiro e disse que “não é verdade que os nossos problemas seja a qualidade encíclica do Congresso”. “Nos dois ciclos não houve uma proposta sequer de desenho constitucional novo que possamos dizer propuseram, mas o Congresso não aprovou. Não aconteceram, essas propostas”, ressaltou.

Morreu neste domingo (26), no Rio de Janeiro, o general-de-exército Zenildo Gonzaga Zoroastro de Lucena. Natural de São Bento do Una (PE), onde nasceu em janeiro de 1930, Lucena foi ministro do Exército nos governos Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso. Neste, no primeiro mandato presidencial.

A informação foi dada pelo Comando Militar do Leste, adiantando que o velório está marcado para a segunda-feira (27), no Palácio Duque de Caxias, na Avenida Presidente Vargas, centro da capital fluminense, das 9h às 13h. Ao meio-dia haverá missa de corpo presente, seguida das honras fúnebres.

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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que a morte de Fidel Castro marca o fim de um ciclo, no qual Cuba conseguiu ampliar a inclusão social, "mas não teve o mesmo sucesso para assegurar a tolerância política e as liberdades democráticas". Sobre a relação com os EUA, disse que, do "desprezo altaneiro aos Estados Unidos", Cuba passou a sentir que com o presidente Barack Obama que poderia romper seu isolamento, o que não deve acontecer na gestão de Donald Trump. "As nuvens carregadas de Trump não serão presenciadas por Fidel", destacou FHC.

"A morte de Fidel faz recordar, especialmente à minha geração, o papel que ele e a revolução cubana tiveram na difusão do sentimento latino-americano e na importância para os países da região de se sentirem capazes de afirmar seus interesses", destacou FHC, em nota à imprensa.

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Segundo ele, a luta simbolizada por Fidel teve função "dinamizadora na vida política no Continente". Ressaltou ainda que o governo brasileiro se opôs às medidas de cerceamento econômico da Ilha. Ele considera que, por isso, desde o governo Sarney até hoje as relações econômicas e políticas entre o Brasil e Cuba "fluíram com normalidade".

"Estive várias vezes com Fidel, no Brasil, no Chile, em Portugal, na Argentina, em Costa Rica. O Fidel que eu conheci, dos anos 90 em diante, era um homem pessoalmente gentil, convicto de suas ideias, curioso e bom interlocutor", elogiou FHC.

O ex-presidente disse que, junto com seu pesar ao povo cubano pela morte de seu líder, faz votos para que a "transição pela qual a Ilha passa permita que a prosperidade aumente, mas que se preserve, num ambiente de liberdade, o sentimento de igualdade que ampliou acesso à educação e à saúde".

A história do nascimento do Plano Real ganhará as telas do cinema do ano de 2016, sob a direção de Heitor Dalia. Inspirado em uma obra homônima de Guilherme Fiuza, autor do livro “Meu Nome Não é Johnny”, o longa será intitulado de “3000 dias no bunker” e tem previsão de estreia ainda para o primeiro semestre.

No enredo da produção, que se passa no ano de 1993, a história é contada a partir da grande inflação no país devido aos planos econômicos que não surtiram efeito e o iminente pedido de impeachment do presidente. O então quarto ministro da Fazenda do governo de Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, forma uma equipe econômica com uma missão de reformar o estado e controlar a inflação, criando assim o Plano Real.

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Integrando a equipe do filme, além do diretor Heitor Dalia, também estão o cineasta Cacá Diegues, de “Xica da Silva” (1976), “Bye Bye Brasil” (1979), “Tieta do Agreste” (1996), “Deus é Brasileiro" (2003). O roteiro e de Mikel Faleiros de Albuquerque .

“3000 dias no bunker” terá o orçamento de R$10,3 milhões e com todos os recursos das fases de desenvolvimento, pré-produção e filmagem já captados, agora irá em busca de valores que cubram a fase de pós-produção e distribuição. Para isso irá utilizar um sistema de “crowdfunding” (campanha de financiamento coletivo) para tentar arrecadar cerca de R$ 1 milhão.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) gravou um vídeo, nesta quarta-feira (28), a pedido do deputado federal Raul Jungmann (PPS), reforçando o apelo do pernambucano para que a proposta de flexibilização do acesso às armas de fogo seja rejeitada pela Câmara dos Deputados.

Para FHC, embora a quantidade de mortes ainda seja grande, houve uma importante evolução no combate à violência com a adoção dda norma. “O Estatuto do Desarmamento foi uma construção política feita com a sociedade. E teve efeitos. Reduziu o número de mortos que continua sendo um absurdo. Como vamos agora derrubar esse estatuto e permitir que até criminosos tenham legitimamente armas? Isto é um escândalo! Por isso, faço um apelo: que se recuse essa votação e que o plenário mantenha o Estatuto do Desarmamento”, afirmou o ex-presidente.

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Raul Jungmann foi ministro do Desenvolvimento Agrário (1996-2002) durante os dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso. Como deputado federal, no seu primeiro mandato, o pós-comunista foi um dos principais líderes em defesa da implantação do Estatuto do Desarmamento, que entrou em vigor em 2003, e da “Frente Brasil sem Armas”, no referendo sobre a comercialização de armas e munições, em 2005.

Atualmente, Raul Jungmann preside a “Frente Parlamentar pelo Controle de Armas, pela Vida e pela Paz”, que conta com o apoio da CNBB e de ONGs, como a Sou da Paz e a Viva Rio. “Se aprovado, este projeto que descontrola o acesso às armas de fogo vai levar a sociedade a um banho de sangue, com os policiais sendo os primeiros a tombar. Não quero isto para o meu País, por isso digo sim à vida, e não à cultura da morte”, enfatizou o deputado do PPS.

Líderes nacionais do PSDB protagonizam, nesta segunda-feira (28), a propaganda partidária da legenda. O vídeo, que vai ao ar às 20h30 em rede nacional, enfatiza que “a máscara” da presidente Dilma Rousseff (PT) tem caído nesses nove meses do segundo mandato e pontua a necessidade do país retomar o crescimento. 

Com duração de dez minutos, o programa faz um panorama entre o que a presidente prometeu em sua campanha eleitoral e a atual situação do país citando a inflação, o aumento de impostos e a recriação da CPMF. O PSDB mostra que a petista chegou a afirmar que não pensava em recriar a alíquota, chegando a referir-se ao imposto como um "engodo”. 

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Durante o vídeo, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, frisou que diferentes crises atingem o país. “A crise econômica, a política, a crise moral, e agora a mais grave de todas, a crise social, que vem tirando empregos e a esperança dos brasileiros - são consequências das escolhas e decisões tomadas por aqueles que mostraram ter como único objetivo se manter no poder custe o que custar", cravou. Para o parlamentar é preciso "olhar para frente para consertar" o país.

O ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso (FHC), cobrou que a presidente deixe os desejos do PT de lado e pense no país. “Está na hora da presidente ter grandeza e pensar no que é melhor para o Brasil, e não para o PT", observa.

Para o senador José Serra (SP), o Brasil nunca viveu uma situação tão difícil como essa. "Nós avisamos, 'está entrando água no barco, pode afundar', mas o PT se fez de surdo e não cuidou de prevenir a crise. Só pensou em ganhar a reeleição. Agora, o governo Dilma está com água na altura do nariz", disse.

"O Brasil vive hoje uma das piores crises de sua história, e o governo do PT escolheu o pior caminho para enfrentá-la. Aumentou os impostos e os juros, piorando ainda mais o drama do desemprego", acrescenta o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso respondeu nesta quarta-feira, 16, à fala da presidente Dilma Rousseff na qual ela disse que usar a crise pela qual o País passa para chegar ao poder é uma "versão moderna do golpe".

"Quem sofre a crise não quer dar golpe, quer se livrar da crise. Na medida em que o governo faz parte da crise, começam a perguntar se [o governo] vai durar. Mas não é golpe", afirmou o tucano ao chegar em uma livraria em São Paulo para lançar seu livro "A miséria política - crônicas do lulopetismo e outros escritos".

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A manifestação do ex-presidente ocorre no mesmo dia em que Dilma afirmou, durante entrevista a uma rádio de Presidente Prudente (SP) que o governo trabalha diuturnamente para garantir a estabilidade política e econômica. "Temos de nos unir e o mais rapidamente, independente das nossas posições, e tomarmos o partido do Brasil, que leva a mudança da nossa situação", afirmou.

A presidente disse que algumas pessoas propõem uma ruptura da democracia como saída da crise e classificou esse movimento como "versão moderna do golpe". "Acredito que tem ainda no Brasil, infelizmente, pessoas que não se conformam que estejamos em uma democracia que tem legitimidade popular", disse ela. "Essas pessoas torcem para o quanto pior melhor, e isso em todas as áreas, na economia e na política", avaliou. Segundo a presidente, em nenhum país que se passou por dificuldades foi proposto ruptura da democracia. "Todos (que querem uma ruptura) esperando oportunidade para pescar em águas turvas. O Brasil tem solidez institucional", ponderou. Ela afirmou que o governo procurou por todos os meios evitar a crise, mas não foi possível.

Crise

O ex-presidente afirmou que o Brasil não vai ficar por muito tempo nessa situação de crise. Em palestra para o lançamento de seu livro, o tucano afirmou que não dá para errar tanto e ninguém dizer que "assim não dá!"

Questionado pela colunista do jornal O Estado de S.Paulo, Eliane Cantanhêde, FHC disse que é preciso analisar a situação e ver em que processos como o do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Tribunal de Contas da União (TCU) vão dar. Na opinião do ex-presidente, há um elemento para o afastamento de Dilma, que é a perda da capacidade de governar, mas é preciso haver um elemento concreto contra a presidente.

FHC lembrou que, no caso do impeachment de Fernando Collor, tanto ele como Ulysses Guimarães eram reticentes, mas aderiram ao movimento depois que a entrevista de Pedro Collor deu elementos concretos contra o então presidente. Por outro lado, Fernando Henrique lembrou que um impeachment não é uma punição penal, a pessoa não precisa responder na Justiça, ela só vai para casa.

Para FHC, a atual crise está relacionada a dois fatores que estão fora do controle dos políticos: a economia e a Lava Jato. Segundo o tucano, a investigação sobre os desvios na Petrobras cria uma dificuldade adicional para compor as forças políticas. "Não sabemos quem vai sobrar de pé", afirmou FHC sobre a possibilidade de aliança do PSDB diante do momento de crise. "Temo fazer alianças precipitadas com gente que vai ser expurgada".

Apesar de reiterar que não sabe se a presidente terá de deixar o mandato, o tucano disse que é um erro político grave perder o momento de agir. "Mas a sociedade precisa sentir esse momento conosco", afirmou.

Ele contou que, no caso de Itamar Franco, que sucedeu Collor, houve uma união nacional. "O Itamar chamou todo mundo. O PT não quis e ele chamou a Erundina", lembrou. "Com isso, Itamar quis demonstrar que a situação era calamitosa, e nem era tão calamitosa quanto é hoje, com essa desarticulação política".

Segundo FHC, se houver um impeachment, o Brasil vai clamar por união e será difícil para os partidos não atender esse apelo. Ele evitou, contudo, apontar quem lideraria esse processo. "Não sei quem é que vai ser capaz de ter um discurso compatível com o momento, mas espero que seja a oposição", disse, ressaltando que o novo discurso político precisa unir o social com o econômico e o político.

No início da palestra, conduzida por Eliane Cantanhêde e pelo diretor de conteúdo do Grupo Estado, Ricardo Gandour, FHC criticou a política de concessão de crédito aos campeões nacionais praticada nos governos petistas. Segundo ele, na crise de 2008, o mundo começou a inundar a economia com dinheiro e, como não tinha dinheiro, o Brasil inundou com crédito. "Começamos a pagar o preço desse ufanismo ilusório", disse.

Questionado sobre a afirmação de Dilma de que só mais recentemente soube da gravidade da crise, o tucano disse que qualquer pessoa com algum conhecimento de economia poderia saber que a situação iria piorar.

Livro

Em seu livro lançado nesta tarde, FHC reúne textos publicados desde 2010 no Estado e no jornal O Globo, acrescidos da transcrição de dois discursos e de um artigo para a revista Interesse Nacional. A organização é do diplomata e cientista político Miguel Darcy de Oliveira.

"Miséria da Política" é a primeira coletânea de textos publicados na imprensa por FHC, autor de obras clássicas da sociologia nos 1960 e 1970 que tratavam daquela que ficou conhecida como "Teoria da Dependência da América Latina". Em 2006, FHC lançou A Arte da Política (Ed. Civilização Brasileira), o mais extensivo relato sobre o período em que esteve na Presidência (1995-2002).

Desta vez, neste novo livro, FHC se dedicou a compor um painel sobre as gestões do PT na Presidência, com maior ênfase no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff (2011-2014). O retrato final é o que ele chama de "derrocada do lulopetismo".

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