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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta sexta-feira, 31, que a abertura do inquérito das fake news foi um 'acerto histórico'.

"Se não tivesse esse inquérito, as agressões teriam aumentado de forma exponencial até uma ruptura", defendeu.

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A investigação foi instaurada por ordem do então presidente do tribunal, Dias Toffoli, e se tornou uma das primeiras ofensivas do STF contra a base de apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Moraes foi escolhido relator do inquérito, o que o colocou na mira da militância bolsonarista. "Não achem que eu pedi para ser o relator, foi goela abaixo", afirmou.

Ele contou que a investigação foi aberta por iniciativa do próprio tribunal, em meio a uma escalada de ameaças aos ministros, porque a Polícia Federal (PF) não teria respondido aos apelos de Toffoli.

"Você não tem resposta da PF, o risco pessoal e profissional aumenta, nós vamos, enquanto Brasil e enquanto instituição, esperar pra ver o que ocorre? Foi um acerto histórico do ministro Dias Toffoli como presidente do STF", avalia.

Na época, a decisão gerou uma onda de críticas ao STF, porque na prática o tribunal abriu a apuração e passou a equilibrar os papéis de 'vítima' e 'juiz' do caso.

"A forma de utilização tradicional dos mecanismos era insuficiente. Toffoli já havia enviado mais de 30 ofícios à Polícia Federal. Estavam todos parados", contou. "Ou você interpreta finalísticamente ou você entrega a chave do Supremo Tribunal Federal."

Diante de uma pequena e seleta plateia, na Fundação FHC, em São Paulo, o ministro fez uma espécie de balanço da atuação do Supremo em defesa da democracia ao longo do governo Bolsonaro. Moraes defende que o STF funcionou como uma espécie de trincheira contra os arroubos autoritários do ex-presidente e de sua base aliada.

"A queda do STF seria a queda do Estado Democrático de Direito", disse. "Vimos deputados gravando vídeo e ameaçando de morte ministros do Supremo Tribunal Federal como fosse uma coisa normal."

O ministro relembrou, por exemplo, o ataque ao STF, em junho de 2020, quando extremistas do autodenominado grupo 300 do Brasil soltaram fogos contra o prédio do tribunal: "Hoje é rojão, amanhã é tiro e depois de amanhã é bazuca", projeta. "Era ridículo, mas incendiou as redes."

Moraes também se defendeu das críticas à decisão que mandou fazer buscas em endereços ligados a grandes empresários bolsonaristas investigados sob suspeita de financiarem atos antidemocráticos. A operação aberta em agosto do ano passado atingiu nomes como Luciano Hang, da rede de lojas Havan, Afrânio Barreira Filho, do Grupo Coco Bambu, e Joseph Meyer Nigri, fundador da Tecnisa.

"Por que não são pobres, eles não podem ter busca e apreensão? Porque no Brasil só pobre e preto pode ter busca e apreensão? Só que isso evitou 7 de Setembro financiado", defendeu.

O ministro assumiu a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) às vésperas da eleição e precisou lidar com tentativas de colocar sob suspeita a segurança das urnas eletrônicas, de descredibilizar os institutos de pesquisa e de anular o resultado do processo eleitoral.

Foi ele quem vetou as investigações abertas pela PF e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre os institutos de pesquisa eleitoral. "Claramente era uma forma de tentar influenciar nas eleições", afirmou.

A campanha de Bolsonaro também chegou a pedir o adiamento do segundo turno. A equipe jurídica do então presidente alegou que ele teria sido prejudicado porque parte de suas inserções de rádio não teria ido ao ar. "A ideia era colocar o segundo turno em risco", avalia Moraes.

Com a derrota de Bolsonaro nas urnas, o PL passou a tentar anular parte dos votos. A ação rendeu ao partido uma multa de R$ 22,9 milhões, imposta por Moraes, e investigações na esfera criminal. O ministro classificou a estratégia como uma 'grande e patética manobra'.

"Negócio patético se não fosse agressivo à democracia", disparou o ministro. "O absurdo de um partido político que, no primeiro turno elegeu 99 deputados, quase 20% da Câmara, 6 a 8 senadores, governadores, pedir a impugnação da eleição."

Na avaliação do ministro, o discurso infundado sobre fraude das urnas foi uma 'lavagem cerebral'. Ele também avalia que foi um 'erro' ter deixado os bolsonaristas acampados em frente ao Quartel General do Exército em Brasília. "Eu diria mais que um erro, foi uma omissão que está sendo investigada. Obviamente eu não poderia determinar de ofício a retirada", explicou.

Moraes ainda ironizou os acampamentos, que segundo ele lotavam no final do dia, com 'churrasco' e 'chope de graça': "Esses são os verdadeiros revolucionários."

A PF e o Ministério Público Federal (MPF) já sinalizaram que o acampamento serviu de base para os atos golpistas do dia 8 de janeiro na Praça dos Três Poderes. As sedes do STF, do Congresso e do Planalto foram invadidas e depredadas por bolsonaristas radiciais inconformados com a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Essas pessoas precisam ser responsabilizadas para perceber que não é fácil atentar contra a democracia", defende Moraes. "É um negócio assustar o que essa lavagem cerebral das milícias digitais está fazendo com as pessoas. E nós não podemos subestimar de novo."

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul intimou, nesta segunda-feira (27), o torcedor do Internacional que invadiu o campo do Beira-Rio com uma criança nos braços para agredir um jogador do Caxias. O homem vai ser investigado por lesão corporal e por expor a criança a uma situação de risco. Ele prestará depoimento nesta segunda, às 14h, na 2ª Delegacia de Porto Alegre.

Na ocasião, o Internacional empatou em 1 a 1 com o Caxias, sendo eliminado na disputa por pênaltis, pela semifinal do Campeonato Gaúcho. Dudu Mandai, do Caxias, foi o jogador agredido por trás pelo torcedor colorado. Além dele, o cinegrafista Gabriel Bolfoni, da RBS TV, levou um chute no joelho.

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O torcedor tem 33 anos, é sócio do Internacional e membro de uma torcida organizada, e não possui antecedentes criminais. A criança carregada por ele é sua filha e possui apenas três anos. Em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a identidade do homem não foi revelada para não prejudicar a criança.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou abertura de inquérito da Polícia Federal sobre envolvimento do ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) com os atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília. A decisão está sob sigilo.

Como mostrou o Estadão, a PF pediu ao STF a abertura de um novo inquérito contra Silveira após encontrar, na residência do ex-deputado, uma mochila com R$ 257 mil em espécie. A investigação vai apurar se há relação entre o dinheiro apreendido e os ataques que culminaram na depredação das sedes dos três Poderes em Brasília.

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Silveira está preso desde 2 de fevereiro, por ordem de Moraes, após descumprir medidas cautelares, como a proibição do uso de redes sociais e a obrigatoriedade do uso de tornozeleira eletrônica. Ele foi detido um dia após perder o foro privilegiado, pois não conseguiu se eleger para o Senado.

A Polícia Federal negou acesso do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao inquérito das joias de origem árabe. O processo da polícia em São Paulo apura a tentativa de entrada ilegal no Brasil de um pacote de joias presenteado pela Arábia Saudita. Na segunda-feira (13), a defesa de Bolsonaro pediu acesso aos autos da investigação e disse que estava "à disposição" das autoridades. 

“Trata-se de investigação que corre sob sigilo. O interessado não consta como investigado até o momento”, disse o delegado da PF Adalto Machado, chefe do inquérito, à defesa do ex-mandatário. 

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Os advogados do ex-presidente também informaram que ele enviaria ao Tribunal de Contas da União (TCU), como fiel depositário, o segundo pacote de joias, que teria entrado no Brasil sem ser declarado, segundo a Receita Federal. 

“Requer-se, finalmente, que em se confirmando a existência de inquérito policial ou procedimento assemelhado nesta Delegacia, seja informada a numeração dos autos, bem como dado imediato e integral acesso aos patronos do peticionário a seu conteúdo, inclusive a eventuais diligências ainda não colacionadas aos autos, bem como autorizada a extração de cópias de eventuais documentos físicos acostados ou na pendência de serem”, dizia a petição assinada pelos advogados Paulo Cunha Bueno e Daniel Tesser. 

As peças foram apreendidas no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Estavam na mochila de um assessor do então ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia), que integrou a comitiva do governo federal no Oriente Médio, em outubro de 2021.  Uma reportagem do jornal O Estado de S.Paulo revelou que o antigo governo tentou trazer joias ao Brasil sem declará-las à Receita. As peças, avaliadas em R$ 16,5 milhões, seriam um presente do governo da Arábia Saudita para a então primeira-dama Michelle Bolsonaro. 

O conjunto era composto por colar, anel, relógio e brincos de diamante com um certificado de autenticidade da Chopard, marca suíça de acessórios de luxo. 

 

A Polícia Federal (PF) informou, na noite dessa segunda-feira (6), que abriu inquérito para investigar a suposta tentativa de entrada ilegal de joias de alto valor em território brasileiro. O fato ocorreu em 2021, com um conjunto de joias que o governo árabe supostamente presenteou à então primeira-dama, Michelle Bolsonaro. As peças vieram na bagagem de um assessor do governo e ficaram retidas no posto da Receita Federal no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.

“A Polícia Federal informa que instaurou nesta segunda-feira inquérito policial para apurar ingresso irregular de joias de elevado valor, procedentes da Arábia Saudita, as quais foram retidas pela Receita Federal. A investigação será conduzida pela Delegacia Especializada de Combate a Crimes Fazendários da Superintendência em São Paulo”, informou a PF, em nota. “O inquérito encontra-se sob segredo de justiça e tem prazo inicial de trinta dias para conclusão, com possibilidade de prorrogação caso seja necessário”, concluiu.

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A participação da PF no caso foi pedida pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, horas antes, ainda nesta segunda. No ofício ao diretor-geral da PF, o delegado Andrei Augusto Passos Rodrigues, o ministro afirmou que, “da forma como se apresentam”, os fatos divulgados pela imprensa “podem configurar crimes contra a administração Pública”.

Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, as joias foram encontradas na mochila do assessor do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e estão avaliadas em cerca de 3 milhões de euros (aproximadamente R$ 16,5 milhões). Albuquerque e seu assessor retornavam de uma viagem oficial ao Oriente Médio. Ainda segundo o jornal, o então ministro teria pedido aos servidores da Receita que liberassem as joias, mas os fiscais não atenderam ao pedido, alegando que o ingresso no país com presentes oficiais de governantes estrangeiros ao governo brasileiro obedece a trâmite legal específico.

Pela legislação, itens com valor superior a US$ 1 mil estão sujeitos à tributação quando ingressam em território nacional. Nesse caso, além do pagamento de 50% em impostos pelo valor dos bens, seria cobrada multa de 25% pela tentativa de entrada ilegal no país, ou seja, sem declaração às autoridades alfandegárias.

Retidas pelo não pagamento dos tributos devidos, as joias permanecem em posse da Receita. Toda a abordagem no aeroporto foi devidamente filmada por câmaras de segurança existentes no local.

O Ministério Público Federal (MPF) recebeu denúncia da Receita Federal e pediu maiores informações sobre o caso. Em nota, o órgão afirmou que o procedimento seguirá sob sigilo para evitar prejuízos à apuração.

Outro lado

Após a divulgação das denúncias, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro fez uma postagem em sua conta no Instagram para comentar o assunto. Ela chegou a ironizar o caso. “Eu tenho tudo isso e não estava sabendo? Meu Deus!”, escreveu.

Já o ex-presidente Jair Bolsonaro negou qualquer ilegalidade. À CNN, Bolsonaro afirmou que as joias iriam para acervo da Presidência da República.

Em nota, a assessoria do ex-ministro Bento Albuquerque informou que as joias eram “presentes institucionais destinados à Representação brasileira integrada por Comitiva do Ministério de Minas e Energia – portanto, ao Estado brasileiro. E que, em decorrência, o Ministério de Minas e Energia adotaria as medidas cabíveis para o correto e legal encaminhamento do acervo recebido”.

A afirmação difere de declarações anteriores que o jornal Folha de S.Paulo atribuiu a Albuquerque. Segundo o jornal, anteriormente, o ex-ministro confirmou que as joias eram um presente do governo saudita a Michelle Bolsonaro.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro abriu inquérito para investigar o acidente envolvendo o influenciador Tiago Toguro, que aconteceu na madrugada deste sábado, 4, e resultou na morte do motociclista Johny Vieira, de 30 anos. "A 21ª DP (Bonsucesso) instaurou inquérito e a investigação está em andamento para esclarecimento dos fatos", informou a Polícia Civil.

O acidente aconteceu na Linha Amarela, via expressa que liga a zona oeste à zona norte da cidade. Vieira morreu no local, conforme a Lamsa, concessionária que administra a Linha Amarela. "Equipes da Lamsa foram acionadas e atestaram o óbito do motociclista. A Defesa Civil esteve no local e removeu o corpo para o IML", informou a Lamsa em nota.

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O influenciador estava dirigindo na Linha Amarela, sentido Jacarepaguá - Ilha do Fundão. Deveria pegar a saída para a avenida Brasil - que se liga à via Dutra -, mas teria perdido o acesso. Ele teria, então, trafegado em marcha ré. O choque teria acontecido nesse momento.

Em texto publicado no Instagram, Toguro assumiu o envolvimento no acidente, mas negou que tenha andado em marcha ré.

O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, negociou um acordo com o Ministério Público do Rio antes de determinar a abertura de um inquérito da Polícia Federal para auxiliar nas investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes.

O governo petista procurou evitar atritos com promotores fluminenses e, ao mesmo tempo, cumprir a promessa de campanha de colocar órgãos federais na apuração do caso. Foi também uma resposta em nível federal às pressões sobre a conclusão da investigação do assassinato da vereadora.

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A decisão foi tomada após encontro entre Dino e o procurador-geral de Justiça fluminense, Luciano Mattos. O inquérito da PF é um caminho alternativo à discussão sobre a federalização do caso.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A 4ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania de Olinda instaurou um inquérito contra a Prefeitura de Olinda para apurar a exclusividade na venda de bebidas do patrocinador do Carnaval 2023. A investigação vai verificar se a gestão cometeu crimes como improbidade administrativa, dano ao erário e enriquecimento ilícito.

A portaria publicada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) reforçou a recusa da Prefeitura em atender à recomendação para pôr fim à proibição do comércio de marcas que não patrocinaram o carnaval. 

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O órgão pediu que documentos referentes ao processo licitatório e ao contrato selado com o patrocinador sejam encaminhados em 10 dias.

De acordo com a portaria, se irregularidades forem confirmadas, agentes públicos podem ser responsabilizados por dano ao erário, enriquecimento ilícito, ofensa aos princípios da Administração Pública, além da prática de improbidade administrativa. 

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A vice-procuradora-geral da República Lindôra Araújo requereu ao Supremo Tribunal Federal o arquivamento do inquérito que mirou o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, pela associação entre a vacina contra a covid-19 e 'risco' de desenvolver o vírus da aids. Na contramão da conclusão da Polícia Federal, que avalia que Bolsonaro atentou contra a paz pública e incorreu em incitação ao crime, a vice-PGR sustenta 'absoluta carência de justa causa' para denunciar o ex-chefe do Executivo e seu aliado.

O pedido para enterrar a investigação contra Bolsonaro foi encaminhado ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes nesta quinta-feira, 16. A apuração foi aberta após live realizada pelo então presidente no dia 21 de outubro de 2021, ocasião na qual Bolsonaro disse que a população do Reino Unido estaria "desenvolvendo a síndrome de imunodeficiência adquirida [aids]" após a imunização completa contra o novo coronavírus.

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A Polícia Federal apontou, mais de uma vez, que Bolsonaro incorreu em crime ao proferir a declaração mentirosa sobre imunizante. Para a corporação, o ex-chefe do Executivo agiu de maneira "consciente e voluntária" ao espalhar informações falsas sobre a vacinação e "incentivou" a população a descumprir medidas sanitárias preventivas contra a covid-19.

Por sua vez, Lindôra Araújo sustenta que 'não restou demonstrado' que as afirmações de Bolsonaro, realizadas com apoio de Cid, 'produziram ou tiveram capacidade de produzir pânico ou tumulto na população'. "Não houve, durante a investigação criminal, a colheita de provas no sentido de que as declarações feitas por Jair Bolsonaro causaram alarma na população ou que, pelo menos, tinham capacidade para isso", argumentou.

Segundo a vice-PGR, o conteúdo das declarações do ex-chefe do Executivo pode ser 'polêmico e passível de críticas e questionamentos', mas 'não se verifica qualquer incitação à prática de crime'.

"Da análise das declarações feitas pelo então Presidente da República, não é possível extrair incentivo direto às pessoas para que desrespeitassem as medidas determinadas pelas normas sanitárias, o que afasta a consumação do delito de incitação ao crime de infração de medida sanitária preventiva", sustentou.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, determinou nessa sexta-feira (3) abertura de inquérito para investigar a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) por perseguição armada. A decisão tem como objetivo apurar a conduta da parlamentar pelo uso de arma e fogo nas vésperas do segundo turno das eleições presidenciais. O caso ocorreu em outubro de 2022, um dia antes do segundo turno das eleições. Na ocasião Zambelli sacou uma arma e perseguiu um homem nos Jardins, bairro de São Paulo. O crítico da parlamentar chegou a ser encurralado por apoiadores da deputada em uma lanchonete, mas foi liberado pouco depois. Carla Zambelli descumpriu resolução do Tribunal Superior Eleitoral que proibia o transporte de armas no fim de semana da eleição.

PGR

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Na última semana a Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou denúncia contra a deputada ao STF por porte ilegal de arma de fogo. O documento originou o inquérito aberto por Gilmar Mendes. Caso a denúncia seja aceita, Zambelli passará a condição de ré e irá responder ação penal. A parlamentar pode ser investigada pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal mediante emprego de arma

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou inquérito para apurar a responsabilidade cível do governo de Roraima, após as falas do governador do estado, Antonio Denarium, que declarou que os indígenas "têm que se aculturar e não podem mais ficar no meio da mata, parecendo bicho".

A afirmação ocorreu em entrevista à Folha de S.Paulo, quando o governador respondia sobre os projetos na Terra Indígena Yanomami. De acordo com MPF de Roraima, as falas têm "potencial discriminatório", conforme previsto no Artigo 20 da Lei sobre Crimes de Preconceito de Raça ou de Cor.

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De acordo com o procurador Alisson Marugal, as declarações ofendem a imagem coletiva dos yanomami, rotulando-os como bichos, e expressam opinião depreciativa que implicaria que os indígenas não poderiam viver seu modo de vida tradicional.

Em nota, o Conselho Indígena de Roraima, organização representativa de 261 comunidades, repudiou as falas de Denarium e destacou que o governador de Roraima minimiza o grave estado de calamidade pública enfrentado pelos povos indígenas yanomami por conta da invasão de seu território por garimpeiros ilegais.

O Conselho Indígena de Roraima pediu investigação na Procuradoria da República do estado, Superintendência da Polícia Federal e nos ministérios dos Povos Indígenas e da Justiça.

O documento do MPF já foi encaminhado ao procurador-geral da República, Augusto Aras, a quem cabe instaurar apuração criminal de conduta e denunciar o governador ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), caso haja indícios de ato criminoso.

A Secretaria de Comunicação do governo de Roraima informou que as informações repassadas pelo governador Antonio Denarium foram tiradas do contexto na matéria veiculada. E que, em momento algum, o governador fez qualquer citação discriminatória, e que o desejo pela melhoria da vida das pessoas seria o desejo de qualquer pessoa que valoriza a dignidade de indígenas ou não.

A Polícia Federal (PF) instaurou inquérito, por determinação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, para apurar os responsáveis pela crise humanitária na Terra Indígena Yanomami. Serão investigados crimes de genocídio, omissão de socorro, crimes ambientais e peculato. A investigação tramitará em Roraima, sob sigilo.

Em coletiva realizada na última segunda-feira (23), Dino disse ver "fortes indícios" de genocídio por parte da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. O ministro disse que "assassinar crianças é forma óbvia de levar a um extermínio de um povo". De acordo com a pasta, mais de 500 crianças indígenas morreram por causas evitáveis nos últimos quatro anos na região.

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O ministro também apontou para indícios de corrupção e disse que "milhões de reais foram alocados" a atendimento aos indígenas, "mas não encontraram eficácia". Outro eixo de ação do ministério, de acordo com o Dino, será a "desintrusão" de terras invadidas por garimpo ilegal.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, vai determinar abertura de inquérito policial para apurar o crime de genocídio e crimes ambientais na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. Dino integrou a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que esteve hoje (21) em Boa Vista e viu de perto a crise sanitária que atinge os indígenas, vítimas de desnutrição e outras doenças.

A partir de segunda-feira (23), a Polícia Federal estará à frente das investigações para apurar as responsabilidades pela situação dos indígenas. Para Dino, “há fortes indícios de crime de genocídio” diante dos “sofrimentos criminosos impostos aos yanomami”.

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A terra indígena Yanomami é a maior do país, em extensão territorial, e sofre com a invasão de garimpeiros. A contaminação da terra e da água pelo mercúrio utilizado no garimpo impacta na disponibilidade de alimento nas comunidades.

A situação de contaminação e fome já levou à morte 570 crianças nos últimos anos, sendo que 505 tinham menos de 1 ano. Além disso, em 2022 foram confirmados 11.530 casos de malária na região do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami. As faixas etárias mais afetadas estão entre os maiores de 50 anos, seguidas pelas faixas de 18 a 49 anos e de 5 a 11 anos.

Em entrevista à imprensa, Lula se comprometeu a combater as ilegalidades nas terras indígenas e criticou o governo anterior pela desatenção aos povos da região.

A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara também cobrou responsabilização. "Nós viemos aqui nessa comitiva para constatar essa situação e também tomar todas as medidas cabíveis para a gente resolver esse problema. Precisamos responsabilizar a gestão anterior por ter permitido que essa situação se agravasse ao ponto de chegar aqui e a gente encontrar adultos com peso de criança e crianças numa situação de pele e osso", disse em entrevista à imprensa.

Além de Dino e Guajajara, integraram a comitiva os ministros da Saúde, Nisia Trindade; do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias; dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida; Secretaria-Geral da Presidência, Marcio Macêdo; e do Gabinete de Segurança Institucional, general Gonçalves Dias, além da primeira-dama Janja Silva, entre outras autoridades.

O Ministério Público Federal no Distrito Federal abriu na tarde desta terça, 17, um inquérito para investigar autoridades públicas por suposta "omissão dolosa" na garantia da segurança dos prédios públicos federais durante os atos antidemocráticos de 8 de janeiro. As investigações poderão abranger o governador afastado do DF, Ibaneis Rocha, o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, além de militares.

Na portaria de instauração do inquérito civil, o procurador Carlos Henrique Martins Lima destacou que na investigação já em curso no Supremo Tribunal Federal sobre o caso, "estão descritas evidências de que autoridades públicas, inclusive militares, dolosamente deixaram de cumprir o seu papel de garantir segurança dos prédios públicos federais nos episódios criminosos do dia 08 de janeiro de 2023".

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Lima afirmou também que "as omissões dolosas podem configurar ato de improbidade administrativa".

O inquérito vai correr em sigilo e foi determinado prazo de um ano para as investigações.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta terça-feira, 17, que não é possível afirmar que os recentes ataques a torres de transmissão de energia têm motivação política e estão ligados aos atos de vandalismo em Brasília no último dia 8. Segundo ele, a Polícia Federal está conduzindo inquéritos sobre as ocorrências contra as instalações do setor elétrico e sinalizou que haverá um aperfeiçoamento para reforçar a segurança.

"Não podemos fazer essa afirmação", disse o ministro ao ser questionado se houve identificação de motivação política aos ataques, após reunião com representantes da PF, da Polícia Rodoviária Federal, do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e das empresas de transmissão.

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"O que podemos dizer é que, pelo fato de vários eventos convergirem na sua ação, entendemos por bem ser proativos e nos adiantarmos a possíveis problemas mais graves usando todos os instrumentos de vigilância. E, a iniciativa privada se colocou de forma muito colaborativa no sentido de contribuir para que tecnologias avançadas fossem implementadas de forma muito rápida de modo a dar segurança a rede de transmissão", disse.

Até segunda-feira, 16, foram registradas sete ocorrências de atos contra as instalações de transmissão. No total, quatro torres foram derrubadas em Rondônia e no Paraná. Também foram registradas atos de vandalismo, sem quedas de torres, em São Paulo e no Paraná. A situação vem sendo monitorada por um gabinete de acompanhamento conjunto desde a última semana. O ministro ressaltou que os ataques não causaram problemas ou interrupção no serviço à população.

Segundo o ministro, a reunião também serviu para discutir questões fundamentais sobre a segurança do sistema de transmissão nacional e que haverá uma busca para aperfeiçoar o monitoramento. As medidas, segundo ele, ainda serão divulgadas.

"A situação está sob controle, as ações estão sendo tomadas. A sociedade brasileira pode contribuir muito na vigilância desse patrimônio e tudo aquilo que pode ser feito pelo Poder Público será feito com todo vigor e rigor que requer o caso", disse, afirmando que está seguro que a sociedade brasileira estará protegida e que o governo não pode ser em nenhum momento passivo na situação.

As empresas que atuam no setor, segundo Silveira, também devem contribuir para medidas de segurança. "Há uma boa vontade muito grande de todos os players desse sistema, com implementação de vídeomonitoramento, de vigilância via drone e outros instrumentos muito modernos e esse evento está servindo como oportunidade para que a gente avance na segurança desse grande patrimônio", disse, citando o uso de câmeras nas torres e drones para monitoramento da preservação do patrimônio.

O ministro reforçou que quem paga pelo sistema de transmissão são os usuários de energia elétrica. Segundo ele, os culpados pelos ataques irão pagar legalmente e também ressarcir os danos causados. Silveira ressaltou ainda a participação dos órgãos de segurança dos Estados e afirmou que acionou governadores.

"Estamos completamente seguros de que é plenamente possível apurar os fatos pontuais e seguir a vida normal, para que a gente possa aperfeiçoar o sistema elétrico e dar resposta a tantas demandas", disse. "Há uma busca de um aperfeiçoamento da segurança no sistema de transmissão, isso ficou muito claro. E há uma pronta resposta do Estado Brasileiro com relação a esses atos que indignam todos nós, por se tratar de um ataque à soberania nacional."

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, atendeu ao pedido da Procuradoria-Geral da República e incluiu Jair Bolsonaro na investigação sobre atos golpistas. O requerimento foi apresentado na apuração sobre a autoria intelectual dos protestos violentos de domingo passado (8), quando apoiadores do ex-presidente invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes, em Brasília.

O subprocurador-geral Carlos Frederico Santos, escalado pelo procurador-geral, Augusto Aras, para chefiar o recém-criado Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, assinou a petição enviada ao STF. Aras tem sido pressionado pelos pares do Ministério Público Federal a tomar medidas mais duras em relação às condutas do ex-presidente.

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O objetivo, de acordo com Santos, é investigar "atos praticados antes e depois" de domingo. Nesta quinta-feira (12), 79 procuradores e subprocuradores enviaram um documento a Aras no qual pediram a inclusão de Bolsonaro no inquérito.

Nele, os membros do MPF citaram um vídeo publicado pelo ex-presidente no Facebook e apagado horas depois, com suspeitas infundadas sobre a lisura das eleições, a atuação de ministros do STF e do Tribunal Superior Eleitoral e a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva. A postagem foi feita na terça-feira, 10 - dois dias depois dos ataques aos Poderes.

"Ocupando o mais alto cargo do País, em numerosas oportunidades, ele (Bolsonaro) lançou, sem qualquer respaldo na realidade, dúvida sobre a higidez dos pleitos, que, aliás, o elegeram ao longo de décadas. Suas falas, portanto, mostraram-se ocupar uma posição de destaque na câmara de eco desinformativo do País", afirmaram os procuradores na representação enviada a Aras.

De acordo com Santos, "não se nega a existência de conexão probatória entre os fatos contidos na representação e o objeto deste inquérito, mais amplo em extensão". O inquérito mira quatro núcleos: instigadores e autores intelectuais, executores, autoridades omissas e financiadores.

Bolsonaro será investigado na frente que mira "expositores de teorias golpistas que promoveram a mobilização da massa violenta". A primeira medida sugerida na investigação é que o tribunal determine a recuperação e o armazenamento do vídeo.

Atentado

Na decisão, o ministro Moraes afirma que o pronunciamento de Bolsonaro, na rede social, "se revelou como mais uma das ocasiões em que o então mandatário se posicionou de forma, em tese, criminosa e atentatória às instituições, em especial o Supremo Tribunal Federal - imputando aos seus ministros a fraude das eleições para favorecer eventual candidato - e o Tribunal Superior Eleitoral -, sustentando, sem quaisquer indícios, que o resultado das eleições foi fraudado".

'Infiltrados'

Em nota, o advogado de Bolsonaro, Frederick Wassef, afirma que o ex-presidente "sempre repudiou todos os atos ilegais e criminosos, e sempre falou publicamente ser contra tais condutas ilícitas, assim como sempre foi um defensor da Constituição e da democracia".

O advogado do ex-presidente recorre a um bordão do ex-mandatário, de que "sempre atuou dentro das quatro linhas da Constituição". "O presidente Jair Bolsonaro repudia veementemente os atos de vandalismo e depredação do patrimônio público cometido pelos infiltrados na manifestação. Ele jamais teve qualquer relação ou participação nestes movimentos sociais espontâneos realizados pela população", afirma Wassef.

Essa não é a primeira investigação sobre atos contra a democracia que atinge Bolsonaro. Ele também é investigado no inquérito das milícias digitais, que mira a atuação de grupos mobilizados na internet para atacar as instituições.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, acolheu pedido da Procuradoria-Geral da República e determinou a abertura de inquérito para apurar supostas 'condutas omissivas e comissivas' do governador afastado Ibaneis Rocha (MDB), do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, do ex-secretário de Segurança Pública interino do DF Fernando de Sousa Oliveira e do ex-comandante geral da Polícia Militar do DF Fábio Augusto Vieira ante os atos golpistas do domingo, 8.

Em despacho publicado nesta sexta-feira, 13, Alexandre de Moraes dá dez dias para a Polícia Federal apresentar um relatório parcial de provas já coletadas, 'identificando os agentes com foro por prerrogativa de função que, em tese, podem ter concorrido para os delitos em apuração'.

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O ministro ainda determinou que o interventor da segurança pública do Distrito Federal Ricardo Capelli preste esclarecimentos sobre as condutas dos agentes de segurança pública distrital. O Ministério Público Federal no DF já apura suposta omissão do alto-comando da Polícia Militar 'que possibilitou ou facilitou atos extremistas' de domingo, 8. O procurador Peterson da Paula, coordenador de controle externo da atividade policial, aponta 'completa inação' da PM do Distrito Federal.

No despacho assinado nesta quinta, 12, Alexandre também oficiou o ministro da Justiça Flávio Dino, para que, se houver interesse, seja solicitada apuração sobre 'potenciais delitos' que tenham sido praticados contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ao requerer o inquérito, agora autorizado, a vice-procuradora-geral da República Lindôra Araújo aponta 'indícios graves do possível envolvimento do governador do DF e de seus secretários (titular e interino), bem assim do comandante geral da Polícia Militar, em verdadeiro atentado ao Estado Democrático de Direito'.

Apesar de Ibaneis possuir foro por prerrogativa por função junto ao Superior Tribunal de Justiça, a Procuradoria argumentou que a competência para apurar o caso é do Supremo em razão de ser 'possível' que o governador afastado 'tenha agido em concurso de pessoas com outras autoridades com foro no Supremo Tribunal Federal'.

Ao analisar o requerimento da PGR, Alexandre de Moraes ponderou que, a despeito de a investigação dos atos golpistas de domingo, 8, e e seus desdobramentos tenha sido iniciada no bojo do inquérito sobre atos antidemocráticos, depois de representações da Advocacia-Geral da União e da Polícia Federal, há necessidade de uma apuração autônoma sobre as condutas de autoridades públicas que podem ter possibilitado os atos - conforme a argumentação da PGR

"Nos termos requeridos, o objeto deste novo inquérito será, em um primeiro momento, a apuração da conduta das autoridades públicas responsáveis pela segurança do território do Distrito Federal, já mencionadas nesta decisão, sem prejuízo de inclusão e novos investigados, notadamente em razão desta investigação também se debruçar sobre o crime de associação criminosa", explicou.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de inquérito sobre a conduta do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e do ex-secretário da Segurança Pública do DF, Anderson Torres.

A decisão do ministro da Suprema Corte atende a um pedido da Procuradoria-Geral da União e abrange, ainda, Fernando de Sousa Oliveira, secretário-executivo de Segurança Pública do Distrito Federal, e Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da Polícia Militar do DF, já preso por determinação de Moraes.

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Os investigados são suspeitos de omissão no comando das forças de segurança pública do Distrito Federal no último domingo, dia 8, quando golpistas invadiram a sede dos três Poderes e depredaram os edifícios históricos.

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para manter a decisão que rejeitou a notícia-crime do presidente Jair Bolsonaro (PL) por suposto abuso de autoridade do ministro Alexandre de Moraes.

Os ministros Dias Toffoli, Carmen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Edson Fachin, Luiz Fux, Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Rosa Weber e André Mendonça votaram para rejeitar um recurso do presidente.

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O julgamento ocorre no plenário virtual. Nessa modalidade, os ministros registram os posicionamentos na plataforma online, sem necessidade de reunião ou debate do colegiado.

Só os ministros Dias Toffoli, relator do processo, e André Mendonça apresentaram voto escrito. Toffoli disse que Bolsonaro não trouxe fundamentos novos e se limitou a reiterar "argumentos anteriormente expostos".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A pedido do Ministério Público Federal, a Polícia Federal abriu um inquérito, na quinta-feira (10), para investigar o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques. O chefe da corporação entrou na mira da Procuradoria sob suspeita de prevaricação, violência política e omissão. A investigação será conduzida pela Superintendência da PF no Distrito Federal.

A investigação vai se debruçar sobre a conduta de Silvinei em meio à desmobilização de atos que bloquearam estradas federais após a derrota do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), nas urnas. Além disso, vai analisar a atuação do chefe da PRF diante das abordagens da corporação no segundo turno no pleito sob o pretexto de transporte irregular de eleitores.

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O Tribunal Superior Eleitoral proibiu operações relacionadas ao transporte público de eleitores no dia do pleito, mas a PRF fez ao menos 560 operações, com foco no Nordeste. Os casos foram denunciados por eleitores nas redes sociais.

A investigação sobre o diretor-geral da PRF foi requisitada a pedido de membros da 2.ª e da 7.ª Câmaras da Procuradoria Geral da República (PGR), compostas por subprocuradores-gerais da República. Eles apontaram "má conduta" na gestão da corporação e possível desvio de finalidade visando "interferir no processo eleitoral".

Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo, Silvinei Vasques pediu votos para Bolsonaro nas redes sociais na véspera do segundo turno. A publicação foi apagada após a repercussão na imprensa.

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