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O Tribunal de Contas do Estado (TCE) abriu uma investigação sobre contratos sem licitação firmados pela empresa Casa de Farinha com o Governo de Pernambuco para o fornecimento de merenda escolar e refeições para hospitais. A nova auditoria foi instaurada a pedido do Ministério Público de Contas de Pernambuco (MPCO). A solicitação, assinada pela procuradora Germana Laureano, foi deferida pelo conselheiro substituto Ruy Harten que determinou, nesta terça-feira (20), a apuração dos fatos.

No documento pedindo a apuração, o MPCO listou uma série do que chama de indícios de irregularidades, como contratos sem o aval obrigatório da Procuradoria Geral do Estado (PGE), dispensas que perduravam além do tempo permitido e até mesmo pagamentos feitos à empresa sem nenhum contrato anterior para respaldar. As suspeitas de irregularidades chegam a um prejuízo de R$ 13 milhões.

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No relato feito pelo órgão de contas, "entre os exercícios financeiros de 2015 e 2018, a empresa Casa de Farinha S.A prestou serviços de fornecimento de alimentação hospitalar ao Hospital dos Servidores do Estado durante cerca de dezesseis meses sem cobertura contratual" e que "a empresa recebeu dos cofres estaduais a vultosa quantia de R$ 13.315.384,60 sem que tenha havido o regular processo licitatório".

Ainda segundo a representação, o IRH, entre os exercícios financeiros de 2015 e 2018, usou dos serviços de produção e distribuição de refeições para os pacientes, acompanhantes e funcionários do Hospital dos Servidores do Estado, sem qualquer contrato, ocasionando o pagamento do valor total de R$ 4,3 milhões a título indenizatório, posteriormente.

A procuradora Germana Laureano disse ainda ter apurado que "a própria Gerência de Apoio Jurídico do órgão, ao emitir seus pareceres nos quatro referidos processos indenizatórios, fez ver a necessidade de apuração, responsabilização e aplicação de sanção a quem deu causa a tais processos indenizatórios". Segundo o MPCO, não há notícia que o Estado tenha aplicado qualquer punição aos servidores responsáveis pelos pagamentos sem contrato feitos à Casa de Farinha.

Outras investigações

A empresa Casa de Farinha é investigada em outras ações conduzidas pela Delegacia de Crimes Contra a Administração Pública (Decasp), pelo Ministério Público do Estado (MPPE) e pela Polícia Federal (PF). O proprietário da empresa, Romero Pontual Filho, está preso no Cotel desde a deflagração da Operação Castelo de Farinha, pela Polícia Civil do Estado (PCPE), em agosto.

A Castelo de Farinha foi desencadeada a partir de investigações realizadas na Prefeitura de Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Segundo a PCPE, houve fraude nos contratos de merenda escolar na cidade. O mesmo teria acontecido no Cabo de Santo Agostinho, agora elucidado pela Operação Ratatouille.

E no Recife, a Polícia Federal confirmou que investiga contratos da Prefeitura com a Casa de Farinha após denúncia da empresa SP Alimentos, concorrente da primeira.

*Com informações do MPCO

Um homem foi preso acusado de tentar comprar votos de eleitores de Goiana, na Região Metropolitana do Recife (RMR). A informação foi repassada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que disse ter recebido a denúncia contra Salatiel Tomás da Silva na última terça-feira (18). De acordo com o órgão, o acusado chegou a ser detido em flagrante, confessar a prática irregular e passou por uma audiência de custódia na quarta (19), onde foram adotadas medidas cautelares diversa da prisão e ele foi liberado.

O MPPE afirmou que Salatiel Tomás da Silva foi detido em casa, onde foram encontradas cópias de documentos de 64 pessoas e material de campanha de candidatos a deputado estadual e federal. Segundo a promotora de Justiça eleitoral Patrícia Ramalho, um grupo de aproximadamente 20 pessoas denunciaram o crime eleitoral. Eles informaram que Salatiel Tomás da Silva teria abordado os eleitores com a promessa de contratação em empresas da área de construção civil em troca dos votos. Não há informações sobre quais candidatos seriam beneficiados com a atuação dele.

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“O detido recolheu cópias de documentos de identificação e títulos de eleitor e também ficou com as carteiras de trabalho originais dessas pessoas. Já encaminhamos cópias de todo o material apreendido e dos depoimentos colhidos à Procuradoria Regional Eleitoral (PRE), para que sejam tomadas as providências cabíveis”, ressaltou Patrícia Ramalho.

Ainda segundo a promotora, na audiência de custódia foi determinado pelo juiz que Salatiel Tomás da Silva deve comparecer mensalmente em juízo, para prestar informações sobre suas atividades, e não deve se ausentar da comarca sem a autorização da Justiça. Apesar de ter sido concedida a liberdade provisória, Salatiel irá responder ao processo. Entretanto, o inquérito policial ainda será remetido pela Polícia Civil, quando concluída a investigação. 

Procurada pelo LeiaJá, a Polícia Civil, por sua vez, disse que a Delegacia de Goiana registrou cinco boletins de ocorrência sobre uma suposta promessa de emprego na área de construção civil, mas não há confirmações de que se tratava de compra de votos. O caso está sendo investigado. 

Uma denúncia de superfaturamento no contrato de coleta de lixo na cidade de Goiana, na Região Metropolitana do Recife, provocou a exoneração do controlador geral do município, que teria descoberto o esquema fraudulento. A demissão sumária resultou em uma debandada de secretários municipais da gestão do prefeito Osvaldo Rabelo Filho (MDB).

Segundo vereador de Goiana, Bruno Salsa (sem partido), ao saber que seu nome estava sendo envolvido na investigação, o prefeito cancelou até sua licença médica para assinar a exoneração do controlador Rodrigo Baryner Dalia. "Quando o cerco começou a se fechar, Osvaldo, que estava afastado em São Paulo, não apresentando nenhum atestado de alta na Câmara, reassumiu às pressas, de muleta e com máscara, para demitir o controlador”, contou.

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Bruno Salsa garante que há um superfaturamento no valor do serviço prestado pela "Locar", que chega a R$ 1 milhão por mês. A empresa que ganhou o processo licitatório teria, sem motivo justo, aberto mão da licitação dando a oportunidade para a "Locar", que ficou em segundo lugar, assumir o serviço. “Inclusive a mesma empresa prestou serviço para o prefeito [Osvaldo] há 20 anos. Depois de duas décadas, o prefeito venceu a eleição de novo e chamou a mesma empresa”, disse.

O vereador ainda fala sobre outras "corrupções" no prefeitura de Goiana. "Há venda de caminhões de aterro de forma particular para terceiros pela própria secretaria de serviços públicos, superfaturamento de notas e troca de favores relacionados à Autarquia de Goiana, onde o presidente emprega pessoas na 'Locar' em troca de favores”, expôs. 

Salsa contou que toda a situação está sendo levado para conhecimento do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE), bem como do Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

Debandada - Depois da exoneração do controlador, vários cargos comissionados da prefeitura pediram demissão em documento coletivo assinado e entregue ao gabinete do prefeito no último dia 6 de agosto. Saíram, entre outros, a Procuradora Geral, Lady Diana Aquino Brito, a secretária de Urbanismo e Obras, Taisa Gueiros Barbosa e a secretária de saúde, Roseli Luzia de Souza Nascimento.

Resposta - Por meio de nota publicada no site da prefeitura, o prefeito anunciou uma comissão para investigar as supostas irregularidades. “No seu retorno ao comando da gestão municipal, após passar um longo período afastado por motivos de saúde, o prefeito Osvaldo Rabelo Filho tem realizado uma série de ações para tomar conhecimento da real situação do município, colocar em prática o seu planejamento estratégico e investigar denúncias de supostas irregularidades praticadas durante a sua ausência”, diz um trecho do texto. “Pode ser quem for, se errou será punido. Nós iremos investigar todas as denúncias. Inclusive peço para que façam denúncias de forma oficial", finaliza.

 

Mais da metade da população russa, 51,9% de um total de 111 milhões de pesssoas, já foi às urnas neste domingo para eleger seu presidente pelos próximos seis anos, segundoa Comissão Central de Eleições da Rússia. A vitória do presidente Vladimir Putin, no poder desde 2000, é esperada, já que pesquisas apontam que Putin tem 70% das intenções de votos. Ele enfrenta outros sete candidatos, mas nenhum deles representa uma ameaça real. Assim como na eleição de 2012, marcada por denúncias de fraudes, esta também se destacou por relatos de irregularidades em diferentes regiões do país. O resultado só deverá ser oficialmente anunciado na segunda-feira. Um dos líderes da oposição, Alexei Navalny, declarou que boicotaria o pleito presidencial e convocou os russos a fazer o mesmo.

O grupo de monitoramento das eleições Golos reportou dezenas de aparentes violações das regras eleitorais, do extremo leste da Rússia a Moscou. Os problemas vão desde diversas urnas instaladas em lugares longe da observação de câmeras a inscrições de eleitores feitas de última hora, provavelmente para aumentar os resultados. Aproximadamente 145 mil observadores acompanham as eleições russas, incluindo 1.500 estrangeiroes e representantes do movimento liderado por Navalny. Em resposta aos reportes de irregularidades, a Comissão informou que está agindo rapidamente em resposta às denúncias de violações da lei.

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Mais cedo, a Comissão informou que seu site havia sido alvo de uma tentativa de invasão mal-sucedida. A diretora Ella Pamfilova disse a repórteres que se tratava de um Ddos, ou negação distribuída de serviço, ligada a computadores de 15 países - sem mencionar quais. A tentativa de ataque aconteceu quando eleitores do extremo leste da Rússia estavam votando, disse Pamfilova. Autoridades russas, contudo, conseguiram deter a ação.

Assim como autoridades de investigação norte-americanas alegam ataques virtuais e outras interferências na campanha eleitoral do presidente Donald Trump, em 2016, autoridades russas têm reclamado que outros países vêm tentando interferir nas votações deste domingo.

Na Ucrânia, onde vivem milhões de russos, houve conflito entre eleitores e forças de segurança do país em virtude da proibição do governo ucraniano para que a população russa local pudesse votar. Apenas diplomatas da Rússia foram autorizados a votar. Russos que vivem em diversas cidades da Ucrânia foram protestar em frente a embaixadas da Rússia, como nas de Kiev, Odessa e outras cidades. A proibição ao voto pelo governo ucraniano é uma reação à anexação da Crimea, região até então da Ucrânia, pela Rússia há quatro anos. Os ucranianos também não aceitam o apoio dado pelos russos a separatistas do leste da Ucrânia.

O opositor Navalny foi barrado de participar da campanha presidencial por ter sido condenado criminalmente em um caso avaliado como tendo motivações políticas. Ele criticou os sete concorrentes de Putin por não condenarem os relatos de falsificação de cédulas de voto e outras irregularidades. Em seu blog, declarou que "tais candidatos não são dignos" do voto da população.

Já a candidata de oposição Ksenia Sobchak instou os críticos de Putin a votar, no lugar de boicotar as eleições. A ex estrela de TV, de 36 anos, disse a repórteres em Moscow que quanto maior o suporte ao presidente nas votações deste domingo, "mais duro será o sistema" que os russos terão de enfrentar no próximo mandato. Sobchak disse ainda que "cada ponto porcentual extra" para Putin será resultado daqueles que se recusam ou não se importam em votar. Críticos alegam que ela tem apoio do Kremlin para dar a impressão de que a eleição é democrática, o que a candidata nega. Ela foi a única que abertamente criticou Putin durante a campanha. Fonte: Associated Press.

Estabelecimentos comerciais localizados nas praias do Litoral Norte e Sul de Pernambuco estão sendo fiscalizados pelo Procon-PE. Os fiscais já passaram pelas praias de Ponta de Pedras, Itamaracá, Nossa Senhorá do Ó, Maria Farinha e Porto de Galinhas.

Foram encontradas irregularidades em dois estabelecimentos da Ilha de Itamaracá. No Varejão da Ilha, a vistoria encontrou produtos sem preço, sem identificação de fabricação e inexistência de caixa preferencial. Já no Mercadinho Patrícia, cerca de 60 pacotes de salgadinhos e amendoins foram descartados. Os itens estavam vencidos desde dezembro de 2017.

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Ainda no Litoral Norte, no Empório Karla, na Praia de Nossa Senhora do Ó, também houve descarte de alimentos impróprios para consumo. Além de oito sacos de temperos, vencidos em setembro do ano passado, os fiscais excluíram 130 quilos de queijo prato e 29 quilos de queijo mussarela. Segundo o Procon, os queijos não possuíam identificação de fabricação. Outras estabelecimentos de praias ainda serão fiscalizados.  

O Hospital Universitário Pedro Ernesto, vinculado à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), e o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), estão impedidos realizar processos para seleção de novos residentes. A decisão foi tomada pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), que é coordenada pelo Ministério da Educação (MEC) e conta ainda com representação do Ministério da Saúde e de entidades médicas, como o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Nacional de Médicos Residentes (ANMR), além de um médico docente em instituição de ensino superior pública.

De acordo com o MEC, os processos seletivos estão suspensos até que as instituições resolvam as pendências ou firmem protocolo de compromisso com as adequações que permitam a formação nas especialidades. Por meio de nota, a pasta informou que a CNRM realizou visitas de supervisão após receber denúncias de residentes relacionadas com o atraso no pagamento de bolsas e com a diminuição das atividades e materiais para prática médica, prejudicando assim o ensino e a aprendizagem.

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"Após a visita realizada no fim de agosto de 2017, houve a produção de um relatório confirmando as informações dos denunciantes. Esse relatório foi apresentado na sessão plenária de dezembro passado. A deliberação do colegiado em plenário colocou as instituições em supervisão modalidade diligência devido à gravidade das irregularidades constatadas", informa o MEC. Segundo ainda o ministério, foi constatada a diminuição de cenário de práticas e de procedimentos cirúrgicos, a redução de leitos, a falta de insumos e o enxugamento do corpo clínico e de enfermagem.

Uma nova vistoria do CNRM foi agendada para a segunda quinzena de janeiro. O MEC informa que, após a notificação, as duas universidades manifestaram a intenção de atender as medidas recomendadas até a próxima visita. Ainda de acordo com a pasta, a destinação de recursos para o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho é de responsabilidade da reitoria da UFRJ, que teria recebido 100% da verba de custeio prevista em 2017.

Diante da situação, 180 residentes aprovados na última seleção do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho não têm garantia de poder começar suas atividades em março, conforme previsto. Se o cenário não se alterar, eles podem ser realocados em outras instituições. A UFRJ ainda não se manifestou.

Por sua vez, a Uerj estava com prova agendada para o próximo dia 13 de janeiro. O exame é parte da seleção de 227 residentes do Hospital Universitário Pedro Ernesto. O certame já for remarcado para o dia 3 de fevereiro, conforme nota divulgada pela Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento Social do Rio de Janeiro, órgão ao qual se vincula a Uerj.

Buscando a reversão da decisão do CNRM, algumas medidas também já foram tomadas no Hospital Universitário Pedro Ernesto. O diretor da unidade, Edmar Santos, determinou na sexta-feira (5) a reabertura de todos os leitos de forma gradativa até março. A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento Social também depositou R$ 2 milhões para pagamento das bolsas de novembro dos residentes.

"A medida só é possível porque todo o custeio do hospital está em dia e o plano do governo é quitar os salários atrasados até fevereiro", registra o texto divulgado pela pasta. De acordo com a nota, mesmo com a crise, o hospital passou por benfeitorias recentes, como a ampliação do parque tecnológico.

O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) também se manifestou sobre a situação em sua página oficial. A entidade pede que a CNRM reveja a decisão e faz críticas à suspensão, qualificando-a de "desserviço para a medicina" e de "ato injusto". O texto lembra ainda que o Hospital Universitário Pedro Ernesto reúne a maior quantidade de vagas para residência no estado do Rio de Janeiro. “A residência médica deve ser valorizada porque é a garantia da boa formação médica e, por sua vez, da qualidade do atendimento à população. Prejudicar a residência só agrava a atual situação da saúde”.

No mês passado, o Cremerj se juntou aos conselhos regionais de nutrição, fonoaudiologia e fisioterapia para se manifestar contra o cenário atual da saúde do estado do Rio de Janeiro. Eles decidiram tomar uma medida política decretando “calamidade pública técnica”. O objetivo da iniciativa foi alertar para a crise e pressionar os governos por uma solução. As entidades afirmam que o quadro é preocupante em unidades de saúde administradas tanto pelo governo estadual como pelo Ministério da Saúde e pelo município.

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O Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) identificou 345.906 famílias - cerca de 2,5% das beneficiadas - "com fortes indícios de terem falseado a declaração da informação de renda" no cadastro do Programa Bolsa Família. De acordo com a pasta, há pagamentos indevidos de até R$ 1,3 bilhão em um período de dois anos.

Os dados fazem parte de uma avaliação da atuação do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) para aprimoramento dos controles do programa. A auditoria da CGU verificou a confiabilidade dos resultados do cruzamento das bases de dados oficiais com os valores de renda declarados pelos beneficiários no Cadastro Único, para identificar indícios de pagamentos indevidos e avaliar as providências adotadas pelo órgão frente às inconsistências.

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O Bolsa Família atende, de acordo com a CGU, a 13,5 milhões famílias que vivem em situação de extrema pobreza (renda mensal por pessoa até R$ 85) e de pobreza (renda mensal por pessoa entre R$ 85,01 e R$ 170, desde que tenham em sua composição crianças ou adolescentes de 0 a 17 anos).

A concessão dos benefícios tem caráter temporário e não gera direito adquirido, devendo o Cadastro Único ser atualizado obrigatoriamente em até dois anos ou quando houver alteração da situação de condição das famílias.

A CGU informou que "nas situações em que a irregularidade ficar comprovada, após a condução de processo administrativo, serão aplicadas sanções legais, tais como devolução de valor e impossibilidade de retornar ao Programa por um ano". O relatório concluiu "pela necessidade de aperfeiçoamento nos controles relativos ao processo de cadastramento das famílias".

"A expectativa é de que a realização sistematizada de cruzamentos de dados no momento do cadastro, para confirmar as informações prestadas pelos cidadãos, associado a um melhor fluxo de informações junto aos Municípios, diminua o número de declarações inverídicas", diz nota da CGU.

Recomendações da CGU

- Adotar processo prévio de verificação das informações declaradas no Cadastro Único como requisito de validação do cadastro, proporcionando transparência em caso de divergência com dados registrados em bases oficiais, presumindo-se a veracidade das informações ratificadas pelo cidadão.

- Regulamentar critérios de geração de pendências e de invalidação do cadastro das famílias identificadas no processo de Averiguação Cadastral, incluindo o caso das famílias convocadas que não comparecem para atualização dos dados.

- Elaborar e executar plano para adoção de providências para o tratamento dos casos de subdeclaração apontados no Relatório, considerando prioritários os casos mais graves e materialmente mais relevantes, para ressarcimento e aplicação de penalidades.

Medidas do MDS

O Ministério do Desenvolvimento Social informou a adoção de medidas para aperfeiçoar o Cadastro Único:

- Lançamento da Rede Cadastro Único para coordenação das políticas sociais que utilizam os dados do Cadastro, bem como o lançamento de uma plataforma digital que permite o acesso mensal às bases de dados do Cadastro Único, de Averiguação e de Revisão Cadastral, as quais possuem informações relevantes para a gestão de outras políticas públicas.

- Impedimento à habilitação e pagamento do Bolsa Família às famílias cadastradas identificadas com divergência de informação em outras bases de dados oficiais.

- Estudo de alternativas para automatização dos cruzamentos mensais entre o Cadastro Único e outras bases de dados oficias, com marcação de pendência diretamente no Cadastro e disponibilização das informações aos municípios para análise e tratamento.

A Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) divulgou hoje (11) um relatório que pede a paralisação de diversas obras que recebem recursos diretamente da União. O Comitê de Avaliação das Informações sobre Obras e Serviços com Indícios de Irregularidades Graves (COI), liderado pelo senador Hélio José (Pros-DF) pede o bloqueio imediato de nove obras por considerar que há indícios de irregularidades na condução dos projetos. Após votação na Câmara dos Deputados, será definido se as obras serão interditadas ou não.

Caso aprovada, a medida não impede que os recursos necessários à conclusão das obras sejam repassados porém, ficarão indisponíveis até que sejam solucionadas todas as irregularidades apontadas no relatório do comitê. No documento constam três modalidades de recomendações, elaboradas a partir de estudos e fiscalizações feitos nos projetos, que mostram o parecer dos auditores e fiscais: o IGP, que indica a existência de inconsistências em documentos técnicos que podem levar à recomendação de paralisação imediata das obras; o IGR, que recomenda a retenção parcial de valores e permite que a obra continue; e o IGC, que alerta para a existência de irregularidades que não prejudicam a continuidade ou demonstrem desvio de verbas.

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A cidade de São Paulo possui duas obras na lista de IGPs: a construção do primeiro e do segundo trecho do corredor de ônibus da Radial Leste. De acordo com o relatório existem indícios de que a licitação favoreceu determinadas empresas e houve sobrepreço na concepção do projeto. Outra obra que está na mira dos auditores é o Trecho Norte do Rodoanel, por conta da investigação de superfaturamento em contratos.

A Seara Alimentos, empresa que pertence ao grupo JBS, está sendo processada e pode ser multada em mais de R$ 29 milhões por mais de 50 acidentes que levaram até à morte de dois funcionários por irregularidades trabalhistas. De acordo com Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia, o caso é muito grave, envolvendo até a queda de um funcionário em água aquecida a 90ºC por falta de equipamento de proteção. 

A unidade de São Gonçalo dos Campos, no interior da Bahia, é investigada pelo MPT pelo descumprimento de leis trabalhistas de saúde e segurança ao longo de anos. De acordo com o órgão, esta atitude levou à ocorrência de acidentes que resultaram em duas mortes, além de fraturas, traumas, queimaduras, perda de visão, esmagamento e contusão. 

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A primeira investigação se deu no ano de 2008, após a empregada Janete Gomes de Souza sofrer acidente enquanto manejava um equipamento sem capacitação e proteções devidas, resultando em uma lesão na cabeça. Em 2013 ocorreu o acidente que levou à morte de Valmir Nascimento Fernandes, que trabalhava no elevador quando foi imprensado. No ano passado, Osmar Brandão Cazumbá estava limpando uma máquina quando caiu e foi esmagado, vindo a óbito.

Segundo o gerente do Projeto Nacional Frigoríficos, do MPT, o procurador Sandro Sardá, os acidentes ocorrem devido à atitude da empresa de submeter os empregados a jornadas de trabalho exaustivas e noturnas além do que a lei permite, potencializando os riscos de doenças e acidentes. 

Tentativas de acordo

O MPT afirma que apresentou, na última quinta-feira (30) uma ação civil pública à Justiça do Trabalho após várias tentativas mal sucedidas de firmar um Termo de Ajuste de Conduta (TAC). O objetivo do ministério ao tentar estabelecer um acordo era que a Seara se comprometesse a regularizar o seu ambiente de trabalho sem a necessidade da abertura de um processo judicial. 

O MPT afirma, no entanto, que o Grupo JBS afirmava que a assinatura do termo não seria possível. De acordo com a procuradora Silvia Valença, depois de tentar chegar a um acordo oito vezes a investigação não poderia mais ser aumentada diante da gravidade do caso. A primeira audiência sobre o caso está marcada para o próximo dia 31 de janeiro. 

Processo 

O Ministério Público do Trabalho (MPT) pede que a justiça conceda uma liminar contra a Seara Alimentos e o Grupo JBS, obrigando a empresa a regularizar a situação trabalhista e a realizar exames médicos com funcionários expostos a material de risco e altos níveis de ruído.  Além disso, o MPT também pede que a justiça fixe uma multa de R$10 mil e R$100 mil por cada um dos 25 itens do processo e uma multa de R$ 29 milhões por danos morais coletivos. 

*Com informações do MPT

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Uma fiscalização inesperada feita pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo no transporte escolar de 139 cidades mostrou que 44,29% dos alunos fazem o trajeto sem cinto de segurança. Mais de 20% dos veículos não tinham cintos e extintores de incêndio adequados e em 18% dos ônibus e vans ainda foram encontrados pneus carecas e sem condições de uso.

O relatório da auditoria mostrou veículos com documentação irregular (licenciamento, IPVA e seguro obrigatório) e motoristas sem comprovante de formação específica para o transporte de crianças (16,43%). Também houve flagrantes de veículos com vidros quebrados, extintores vencidos, bancos danificados (alguns com barras de ferro enferrujadas expostas) e aparelhos de medição de velocidade (tacógrafos) avariados.

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As frotas fiscalizadas transportam quase 140 mil alunos das redes municipal e estadual. A auditoria revelou ainda que 2.086 estudantes solicitaram o serviço, mas não foram atendidos.

O Ministério Público do Estado do Rio instaurou Procedimento Investigatório Criminal (PIC) para verificar se o presidente em exercício da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Wagner Montes (PRB), à frente da sessão da última sexta-feira, 17, que definiu a soltura de três deputados presos por corrupção, cometeu prevaricação e desobediência.

O MP também investiga a conduta da direção da Cadeia Pública Frederico Marques, em Benfica, que liberou os parlamentares então presos sem que tivesse sido apresentado um alvará de soltura expedido pela Justiça - o presídio aceitou apenas um ofício da Alerj, e autorizou a libertação 1 hora e meia depois de a casa deliberar, por 39 votos a 19, pela revogação da prisão.

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Jorge Picciani - presidente da Alerj -, Paulo Melo e Edson Albertassi (todos do PMDB) foram presos na quinta-feira, 16, soltos na sexta-feira, 17, e encarcerados novamente nesta terça-feira, 21. Eles são acusados de receber propina de empresas do setor de transportes para defender seus interesses na Alerj.

Na primeira investigação, o Grupo de Atribuição Originária Criminal da Procuradoria-Geral de Justiça (Gaocrim/MPRJ) já enxerga "robustos elementos indiciários" de que o comportamento de Wagner Montes "encontra adequação típica aos crimes de prevaricação e desobediência", afirma nota do MP.

Um desses indícios, para o MP, é o fato de a oficial de Justiça Ana Maria Monteiro Braga não ter conseguido entrar rapidamente na Alerj para entregar a decisão judicial pela abertura das galerias da casa para populares que quisessem assistir à sessão. Ela foi barrada por seguranças.

Na outra investigação, o subprocurador-geral de Justiça de Assuntos Criminais e de Direitos Humanos em exercício, Sérgio Roberto Ulhôa Pimentel, quer apurar se houve prevaricação por parte da direção do presídio. A solicitação foi encaminhada à 11ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal da 1ª Central de Inquéritos.

O Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran) realizou uma fiscalização nos desmanches de carro nesta quinta-feira (19), em Guarulhos. A ação foi uma parceria entre a Polícia Militar e a prefeitura.

No total, seis locais foram vistoriados. Apenas uma das empresas visitadas estava com as atividades dentro do que exige a legislação. Três empresas foram autuadas (Flávia Maria de Souza Silvia ME, Varejão de Peças Júnior e RBS Truke Diesel Comércio de Peças) e outras duas lacradas (Auto Peças Virtual e Marco Autopeças).

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Dentre as infrações flagradas estão: comercializar peças sem identificação que permita rastreabilidade e vender produtos oriundos de reciclagem sem a origem comprovada. Os responsáveis pelos desmanches vão responder a processo administrativo no Detran-SP e podem perder o credenciamento. 

Atualmente, em Guarulhos, há 46 empresas credenciadas de desmanche, revenda ou reciclagem de peças de veículos usados. Já no Estado São Paulo são 1.279 empresas do segmento registradas no Detran-SP.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) constatou irregularidades que representam riscos à saúde dos trabalhadores durante fiscalização realizada em sete hospitais públicos em Campina Grande e Queimadas, no Agreste da Paraíba. As principais irregularidades identificadas foram a instalação de uma copa e um dormitório dentro de uma área com risco biológico de contaminação. A fiscalização foi realizada entre os dias 2 e 6 de outubro. No entanto, o relatório do órgão só foi divulgado nesta sexta-feira (13).

Em Campina Grande, as unidades que apresentaram irregularidades foram: o Hospital de Emergência e Trauma, Hospital da Criança e do Adolescente, Hospital Dr. Edgley, Hospital Pedro I, Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea) e no Hospital Universitário Alcides Carneiro. Em Queimadas, foram identificados problemas no Hospital Regional de Queimadas.

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Outros problemas apontados pelo MPT foram: extintores vencidos, instalações elétricas precárias, barreira inadequada entre áreas de roupas infectantes e não infectantes, trabalhadores expostos a riscos de contaminação biológica, seringas descartadas irregularmente, agulhas expostas, alto risco de acidente e contaminação e copas em áreas de risco biológico.

De acordo com informações do G1Paraíba, a procuradora do MPT Myllena Alencar, que coordenou a inspeção, disse que o intuito da fiscalização foi avaliar as condições de trabalho dos funcionários nos hospitais. "Constatamos uma total inexistência de programas de segurança, de comprovação de capacitação prévia dos trabalhadores para a execução das atividades, de controle ativo de imunização dos trabalhadores, além de condições sanitárias irregulares, falta de fornecimento de equipamentos de proteção individual adequados aos riscos das atividades", relatou Myllena.

Ainda segundo a procuradora do MPT serão instaurados inquéritos para investigar as irregularidades. "No âmbito do MPT, vão ser instaurados inquéritos civis em face dos entes fiscalizados, a fim de restabelecer a ordem jurídica trabalhista desrespeitada, mais precisamente relacionada ao cumprimento das normas de saúde e segurança do trabalho nos serviços de saúde", informou.

O Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) recomendou a suspensão cautelar, em caráter provisório, do contrato que abriu o concurso da Câmara Legislativa do Distrito Federal com a Fundação Carlos Chagas (FCC), designada para organizar o concurso. A decisão foi tomada na quinta-feira (31), acolhendo a um pedido do corpo técnico do tribunal e do Ministério Público devido a irregularidades no contrato e possibilidade de fraude. 

Foi dado um prazo de cinco dias à Câmara Legislativa para que ela se manifeste a respeito das ações protocoladas sobre o certame em questão. Entre as irregularidades apontadas pelo tribunal e pelo ministério, estão a ausência de orçamento detalhado anteriormente ao procedimento de dispensa de licitação e de estudo sobre o impacto orçamentário e financeiro que a contratação de 86 servidores traria para os anos de 2019 e 2020, entre outros trâmites legais que não foram observados.  

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O tribunal também afirma que a Câmara Legislativa não levou em consideração critérios a serem utilizados para seleção da banca a ser contratada, e que a FCC não apresentou o Certificado de Regularidade do FGTS. No entendimento da instituição, estes fatos quebram princípios como o da isonomia, publicidade e da eficiência nos processos de licitação, além de afrontarem diversos dispositivos legais. 

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O Ministério Público de Contas do Distrito Federal (MPC) recomendou a suspensão de um concurso anunciado pela Câmara Legislativa do Distrito Federal devido ao parecer do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF). O documento apontou indícios de irregularidades no contrato com a Fundação Carlos Chagas (FCC), banca organizadora do concurso. 

Além disso, o tribunal também afirma que há indícios que apontam para a possibilidade de existir relação entre a divulgação deste concurso e as prisões realizadas pela Polícia Federal no âmbito da Operação Panoptes, que prendeu uma quadrilha que fraudava concursos públicos.  Um voto de apreciação será elaborado para apreciação do plenário do tribunal e, enquanto não há uma decisão, o órgão recomenda que o Tribunal de Contas da União “determine à CLDF que suspenda a execução do Contrato CLDF nº 14/2017, celebrado com a Fundação Carlos Chagas – FCC, até que esta Casa de Contas, se pronuncie quanto às manifestações a serem apresentadas pelas interessadas”. Ainda não há um prazo fixado para a tomada de uma decisão sobre o caso. 

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O barco que afundou com mais de 70 pessoas na madrugada desta quarta-feira, 23, no Rio Xingu - entre os municípios de Porto de Moz e Senador José Porfírio, no sudoeste do Pará - não estava legalizado para fazer o transporte passageiros

A embarcação "Capitão Ribeiro" não tinha registro fornecido pela Agência Estadual de Regulação e Controle de Serviços Públicos (Arcon). O naufrágio deixou pelo menos 10 mortos e cerca de 40 desaparecidos. Vinte e cinco pessoas foram resgatadas com vida.

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O barco saiu de Santarém e seu destino final era Vitória do Xingu, com paradas nos município de Monte Alegre, Prainha, Porto de Moz e Senador José Porfírio. O trecho do Xingu onde ocorreu o naufrágio é conhecido por fortes correntezas e tem profundidade de até 30 metros.

Segundo comunicado da Arcon, a embarcação pertence à empresa Almeida e Ribeiro Navegação Ltda e realizava "transporte clandestino de usuários". Embora tivesse sido notificada pela fiscalização da Arcon no dia 5 de junho deste ano para que providenciasse a regularização, nenhum diretor da empresa compareceu ao órgão público. Ou seja, ela continuava irregular, mas navegando normalmente pelos rios da região.

O naufrágio

O DJ e animador de festas em Altamira, Bruno Costa, de 32 anos, um dos sobreviventes e filho da ex-vereadora de Vitória do Xingu, Mercedes Costa, contou que o barco começou a naufragar por volta das 21h30 e 25 pessoas conseguiram se salvar, nadando até a margem do rio, no meio da escuridão. Segundo ele, elas ficaram cerca de seis horas nadando sem saber onde estavam e só conseguiram chegar à margem às 3 da madrugada.

"Graças a Deus, estou muito bem, mas tive momentos terríveis em minha vida, nesta madrugada. Era por volta de 21h30, quando começou uma tempestade muito forte. De repente, o barco começou a estalar e a afundar", relatou Costa. Segundo ele, a lona amarrada em uma parte da embarcação para que a água da chuva não molhasse as pessoas impediu muita gente de sair do barco, provocando pânico entre os passageiros.

Costa ainda conseguiu pegar uma criança de dois anos, embora estivesse sem colete salva-vidas, quando outro passageiro, na agonia de escapar, projetou-se sobre ele, rasgando suas roupas. "Aquele cara rasgou toda a minha camisa e eu fui para o fundo com a criança nesse momento, mas ao voltar à superfície vi várias pessoas perto de mim, gritando. Peguei um colete e me mantive na superfície, conseguindo também salvar a criança, mas outras pessoas não tiveram a mesma sorte. Agradeço a Deus por estar vivo", disse o jovem.

Resgate

O barco "Capitão Ribeiro" foi içado do fundo do rio no começo da tarde desta quarta e o trabalho se concentra na entrada dos mergulhadores para fazer uma varredura na tentativa de localizar pessoas presas dentro de compartimentos da embarcação. Além disso, lanchas e barcos procuram sobreviventes às margens do rio. As buscas devem ser retomadas na manhã desta quinta-feira, 24.

A polícia abriu inquérito e começou a ouvir os sobreviventes. "Os bombeiros só foram comunicados do naufrágio sete horas depois do acidente", segundo informou ao Estado o subcomandante-geral da corporação, coronel Augusto Lima.

Em nota, a Marinha do Brasil disse que enviou o navio-patrulha "Bocaina" e a Lancha Balizadora de Mar Aberto "Marco Zero" ao local para realizar buscas e coletar informações preliminares. "Um inquérito administrativo foi instaurado para apurar causas, circunstâncias e responsabilidades do acidente", diz o órgão. A Marinha diz, ainda, que a embarcação que naufragou está inscrita na Capitania Fluvial de Santarém e se solidariza com as famílias das vítimas.

Segurança

Para o engenheiro naval Pedro Lameira, a segurança da maioria dos 60 mil barcos que navegam pelos rios amazônicos é problemática porque essas embarcações possuem "precárias condições para suportar um rápido alagamento" durante um acidente. Além disso, segundo ele, o excesso de carga e passageiros "compromete a estabilidade dos barcos".

O Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) divulgou hoje (16) o resultado da avaliação da execução do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) financiado com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). O objetivo foi verificar a regularidade dos contratos da Caixa Econômica Federal com as construtoras e com os mutuários, o impacto no déficit habitacional estimado, a elegibilidade do público-alvo e o nível de satisfação dos usuários.

Com relação às construções, foram observados defeitos em 56,4% das unidades da amostra visitada e falhas estruturais ocorridas dentro do prazo de garantia. As principais foram: infiltrações, falta de prumo (verticalidade de paredes e colunas) e de esquadros (se os planos medidos estão com ângulo reto), trincas e vazamentos. Já quanto à área externa, menos de 20% dos moradores informaram situações de alagamento, iluminação deficiente e falta de pavimentação. Apesar dos problemas apontados, a satisfação dos beneficiários entrevistados em relação aos imóveis se mostrou positiva: o nível foi considerado alto em 33,1% dos casos e médio em 47,2%. 

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O relatório consolida dados de 77 empreendimentos ou contratos celebrados entre a Caixa e as construtoras, distribuídos em 12 estados (Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe), com cerca de 30 contratos individuais de compradores para cada empreendimento visitado. Os trabalhos de campo foram realizados em 2015, com a análise de 2.166 contratos e 1.472 unidades habitacionais de beneficiários que responderam à pesquisa de satisfação e foram contemplados nas fiscalizações da CGU.

O Procon-SP, órgão de proteção ao consumidor, fiscalizou 137 estabelecimentos no Dia dos Pais e detectou irregularidades em 55 deles. A maior parte das infrações ao Código de Defesa do Consumidor (CDC) diz respeito aos preços do produtos, afixados de forma irregular, produtos expostos sem preço ou até mesmo casos de mercadorias com mais de um valor.

Outro problema que chamou a atenção da fiscalização foi a presença de produtos alimentícios fora da data de validade nas prateleiras de algumas lojas. O objetivo da operação liderada pela entidade é ressaltar a importância do respeito ao CDC no que diz respeito às regras básicas, como exemplar do próprio CDC para consulta, preços em locais visíveis, respeito aos prazos de validade, além de informações claras e rótulos em português nas mercadorias.

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A operação foi intensificada no interior paulista, além do litoral, com 716 estabelecimentos visitados e 308 autuações, nas regiões de Bauru, Campinas, São José do Rio Preto, Baixada Santista, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Sorocaba e São José dos Campos. Os detalhes das operações, como estabelecimentos e motivos das autuações, podem ser conferidos nos seguintes links: Região Metropolitana de São Paulo: http://www.procon.sp.gov.br/pdf/OperacaoPais2017.pdf, e interior: http://www.procon.sp.gov.br/pdf/FiscalizacaoPais.pdf.

O Hospital Cleriston Andrade, sediado no município de Feira de Santana, na Bahia, foi condenado a pagar R$ 5 milhões em indenização por irregularidades. A ação civil pública, movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) processou o Governo do Estado, após a comprovação de que o ambiente do hospital oferecia riscos à saúde dos funcionários.

Segundo a representante do MPT na ação, a procuradora Annelise Leal, o Estado não cumpriu com o dever de garantir a saúde e a integridade física dos funcionários no ambiente de trabalho, oferecendo segurança e protegendo os objetivos constitucionais da dignidade da pessoa humana e do valor social do trabalho, fundamentos do Estado brasileiro. Ainda de acordo com ela, o Estado terá 120 dias para cumprir os itens da sentença, que ordenada pelo pelo juiz Gilber Santos Lima, da 6ª Vara do Trabalho de Feira de Santana.

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Conforme decisão, o Estado deve normalizar a situação dos hospital, regularizando a coleta e o armazenamento de resíduos, e fazer a separação correta do material, tendo o risco de ser multado diariamente em R$ 500 por cada item descumprido.

A indenização será depositado no fundo estadual destinado ao financiamento de projetos de capacitação e o incentivo as relações de trabalho dignas, que é chamado de Fundo de Promoção do Trabalho Decente (Funtrab). A sentença não cabe recurso, pois já transitou em julgado. As denúncias partiram de funcionários do hospital.

Professores do Centro de Educação Musical de Olinda (CEMO), localizado no bairro de Salgadinho, usaram as redes sociais para denunciar supostas irregularidades na instituição, que retornou às aulas na última segunda-feira (7). Os docentes acusam a atual gestão do município de desmonte nos cargos de direção e coordenação pedagógica e pedem eleições diretas para essas funções.

Segundo os professores, a escolha tem motivações políticas e ferem os princípios assegurados pelo Estatuto do Magistério. Além disso, apontam crime administrativo na escolha do responsável pela Orquestra do CEMO e assédio moral praticado pela gestão.

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“Todas as escolas da rede municipal de Olinda escolhem coordenação e direção através de eleições democráticas. Por que só o Centro de Educação Musical foi diferente?”, questiona o professor Newton Messias.

De acordo com os professores, o responsável pela coordenação pedagógica não possui nível superior, assim como, o gestor da unidade não tem formação acadêmica em música. Esta informação foi reforçada pelo professor Fernando Torres. Em entrevista ao LeiaJá, nesta terça-feira (8), ele conta que o coordenador é estudante de direito e o diretor possui graduação, mas não em música. 

Os docentes do CEMO contam que estão com as atividades paralisadas devido à desorganização pedagógica. “Não sabemos quantas turmas temos, nós e os alunos não temos os horários das aulas. Estamos na sala dos professores ociosos e não há alunos”, diz texto publicado nas redes sociais pelos professores.

Fernando também alega que não houve diálogo entre gestão, coordenação e docentes. No entanto, ressalta que a equipe gestora já tem o conhecimento das denúncias, porém não se posiciona. “A nossa única reivindicação é a eleição direta, como prevista no Estatuto do Magistério. Essas irregularidades já foram levadas à Secretaria de Educação de Olinda em junho deste ano, mas nada foi feito”, aponta.

As acusações foram acatadas pelo Ministério Público do município e uma audiência foi marcada para a próxima terça-feira (15), às 14 h. Na ocasião, além de docentes e poder público, devem participar pais e alunos do CEMO. Do total de 55 professores do Centro, 30 docentes assinaram a denúncia. "Muitos colegas não assinaram o documento porque estão estudando fora do Brasil ou, simplesmente, porque estão com medo de sofre retaliação", ressalta Newton.

Procurada pelo LeiaJá, a Prefeitura de Olinda, por meio de assessoria, emitiu nota sobre o caso. “A Prefeitura de Olinda informa que as denúncias descabidas estão ocorrendo desde o início da gestão Lupércio. Eles não aceitaram a mudança da direção e recorrem ao Ministério Público, porém sem provas".

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