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A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quarta-feira (28), a segunda fase da Operação Bal Masqué, que cumpre 2 mandados de busca e apreensão em depósitos vinculados à Secretaria de Saúde do Recife (Sesau) expedidos pela 36° Vara Federal da Justiça Federal na Seção Judiciária de Recife (PE).

As investigações buscam revelar possíveis irregularidades na compra de máscaras e aventais pela Prefeitura do Recife durante o período da pandemia de Covid-19.

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“Nessa fase, as equipes policiais buscam apreender as máscaras e aventais adquiridos para realização de exame pericial visando colher provas da materialidade do crime previsto no art. 273, § 1º do Código Penal, em razão da falta de autorização da ANVISA em relação às máscaras e aventais entregues pela empresa investigada à Secretaria de Saúde de Recife/PE”, detalhou a PF.

A corporação aponta ainda a Resolução da Anvisa (RDC Nº 379, de 30 de abril de 2020) que “dispôs de forma extraordinária e temporária sobre os requisitos para a fabricação, importação e aquisição de dispositivos médicos identificados como prioritários para uso em serviços de saúde, em virtude da emergência de saúde pública internacional relacionada ao SARS-CoV-2”.

As orientações, no entanto, proibiam a confecção de máscaras cirúrgicas com tecido de algodão, tricoline, TNT ou outros têxteis que não sejam do tipo "não tecido de uso odonto-médico- hospitalar" para uso pelos profissionais em serviços de saúde.

“No caso concreto, as investigações apontam que os tecidos utilizados para confecção artesanal de máscaras e aventais foram TNT comum, não hospitalar, impróprio para servir como EPI aos profissionais vinculados à Secretaria de Saúde do Recife/PE”, acrescentou a PF.

Além das incongruências no material utilizado para a confecção dos equipamentos de proteção individuais (EPIs), os levantamentos iniciais feitos pela Controladoria-Geral da União (CGU) identificaram fatores de risco quanto à execução dos valores contratados, indicando tratar-se aparentemente de empresa de fachada.

O nome da operação Bal Masqué se deve ao fato de quase R$ 4 milhões em máscaras de proteção não terem aquisição comprovada, estimando um prejuízo ao erário de aproximadamente R$ 7 milhões.

Diante do caso, a Prefeitura do Recife enviou ao LeiaJá, nesta tarde, o seguinte posicionamento:

A Prefeitura do Recife informa que todas as contratações e compras feitas pela Secretaria de Saúde (Sesau) para a emergência da covid-19 foram realizadas dentro da legalidade e enviadas aos órgãos de controle, por iniciativa da própria Prefeitura. A PCR acrescenta também que sempre tratou o assunto com transparência e seriedade, contribuindo com as investigações e respondendo tempestivamente a todos os questionamentos oficiais das autoridades. Na época da aquisição dos equipamentos de proteção individual, toda documentação exigida pela lei foi apresentada pelos fornecedores, e os materiais entregues à Sesau. A Prefeitura reafirma que a Secretaria de Saúde e todos os órgãos do Executivo Municipal continuam à disposição dos órgãos de controle para prestar qualquer esclarecimento. A Prefeitura do Recife destaca ainda que os hospitais de campanha realizaram 29.413 atendimentos e 8.042 internações no ano de 2020, salvando milhares de vidas da covid-19.

Manoel Filho

Ariana Catunda

Lorena Andrade

Desdobramento

A primeira fase da operação aconteceu em julho de 2020 e culminou no afastamento do diretor financeiro da Secretaria de Saúde do Recife. No mesmo dia, a Prefeitura emitiu nota afirmando que “as compras feitas pela secretaria para a emergência da Covid-19 têm sido realizadas dentro da legalidade”.

O servidor do Ministério da Saúde que denunciou suspeitas de irregularidades no processo de importação da vacina indiana Covaxin presta depoimento à Polícia Federal, nesta quarta-feira, 14. Luís Ricardo Miranda afirma que recebeu pressões "atípicas" de superiores para viabilizar a compra dos imunizantes.

A denúncia foi um dos fatores que levaram à demissão do então diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, e à suspensão do contrato de R$ 1,6 bilhão para a compra de 20 milhões de doses.

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O inquérito aberto pela PF apura se o presidente Jair Bolsonaro cometeu crime de prevaricação diante das denúncias levadas a ele no dia 20 de março pelo servidor e pelo irmão dele, o deputado Luis Miranda (DEM-DF).

O depoimento do parlamentar foi marcado para a próxima terça-feira, 20. A data foi confirmada após o gabinete de Miranda se recusar a receber uma intimação da PF, na terça, para que ele se apresentasse para depor.

No dia 24 de junho, cerca de três meses depois de Bolsonaro ser informado por Miranda sobre as possíveis irregularidades no processo de aquisição da vacina, o presidente ainda não havia acionado a PF para investigar o caso.

De acordo com os irmãos Miranda, no diálogo, em março, o presidente se prontificou a reportar as suspeitas à PF.

O inquérito para investigar as denúncias apresentadas por Luis Miranda a Bolsonaro só foi instaurado no dia 30 de junho por ordem do ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres.

Entre as supostas irregularidades apontadas pelo servidor, o fato de primeira "invoice" apresentada pela empresa contratada (uma espécie de nota fiscal necessária para a importação) não estar de acordo com o contrato. Uma das inconsistências seria o pedido de pagamento antecipado de US$ 45 milhões.

As vacinas são produzidas pelo laboratório indiano Bharat Biotech. A negociação foi intermediada pela Precisa Medicamentos. O grupo empresarial ao qual essa empresa pertence tem movimentações financeiras atípicas e está no foco da CPI da Covid.

Luis Ricardo Miranda era o chefe da Divisão de Importação do ministério. Ele e o irmão afirmam que a pressão partiu do então chefe imediato, tenente-coronel Alex Marinho, coordenador de logística; de Roberto Dias, então diretor de logística; do então secretário-executivo da pasta, coronel Elcio Franco; e do coronel Marcelo Pires, assessor de Elcio.

A CPI da Pandemia vai ouvir, na quinta-feira (1º), a partir das 10h, o empresário Francisco Emerson Maximiano, sócio-administrador da Precisa Medicamentos. A Precisa é a intermediária da compra das vacinas Covaxin, da Bharat Biotech. Em depoimento à CPI na última sexta-feira (25), o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e o irmão dele, Luis Ricardo Miranda, que é servidor concursado do Ministério da Saúde, indicaram suspeitas de irregularidades envolvendo a compra dessa vacina.

Segundo o depoimento de ambos os irmãos, Luis Ricardo teria sido pressionado por seus superiores no Ministério da Fazenda a agilizar a compra da Covaxin.

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O requerimento para a convocação de Maximiano foi apresentado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). O parlamentar disse que esse depoimento é importante “para que seja possível esclarecer os exatos termos das tratativas entre a Precisa Medicamentos e o Ministério da Saúde para a aquisição da Covaxin”. Ele também disse que a oitiva do sócio da Precisa pode ajudar a “apurar eventual beneficiamento ilícito” dos envolvidos no negócio.

Com informações da Agência Senado

Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 nesta sexta-feira (25), o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda denunciou que foi pressionado por superiores sobre o andamento da autorização de importação das vacinas da Covaxin, mediante a uma invoice (nota fiscal) no valor de invoice de US$ 45 milhões de dólares. O membro do Ministério da Saúde se referiu nominalmente ao coordenador Alex Leal Marinho, ao coronel Marcelo Bento Pires e ao diretor Roberto Ferreira Dias.

Durante os seus dez anos no setor de importações do Ministério da Saúde, Ricardo disse que nunca um diretor de empresa privada ligou para pressionar ele a assinar algum documento. No caso da Covaxin, aconteceu muitas vezes. Perguntado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) sobre ter denunciado o comportamento a algum superior, o servidor disse que não, pois os citados já são os seus superiores.

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“(Perguntavam) detalhe se (o setor) acionou a empresa, se protocolou na Anvisa, se conseguiu documentação. Sempre um andamento, mas com bastante constância. Com essa pressão e a forma que a gente recebeu os documentos, toda a equipe do setor não se sentiu confortável e aí com os dois superiores do Ministério pressionando, eu acionei o meu irmão que passaria a informação ao presidente”, disse o depoente.

Luis Ricardo também diz que além de não reportar, não foi reportado por nenhum outro integrante do setor sobre uma possível pressa ou irregularidade. Ele também negou que alguém tenha oferecido a ele qualquer tipo de vantagem para facilitar a importação da Covaxin ou que tenha sofrido outro tipo de coerção.

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Luis Ricardo Fernandes Miranda é servidor concursado do Ministério da Saúde desde 2011 e trabalha na Coordenação Geral de Logística de Insumos Estratégicos da pasta.

Entenda a cronologia apresentada pelo servidor

No dia 16 de março, o setor de importações recebeu um e-mail da empresa (Precisa) solicitando, com anuência da Secretaria Executiva, a emissão da licença de importação de embarque aéreo para a primeira entrega do contrato 29/2021.

No dia 18 de março, o setor de importação recebe um link no site Dropbox contendo todos os documentos, inclusive a primeira invoice (nota fiscal). No dia 22 de março, a empresa reenviou a mesma invoice, inalterada, por anexo em e-mail, por questões técnicas que impediram a compreensão do documento através de arquivo no link citado. Na primeira invoice, constavam 300 mil doses da vacina indiana.

Em 23 de março, foi enviada invoice onde supostamente foram corrigidos os valores e dados de acordo com o contrato, Às 23h, foi enviado à fiscal do contrato, identificada como Regina Celia, a autorização para continuar com o processo, sem consulta ao servidor, que é quem originalmente orienta e assina os documentos que liberam importações.

No dia 24 de março, foi aberta uma licença de importação e foi solicitado o pedido de excepcionalidade para a Anvisa, negado no dia 30 de março, alegando falta do certificado de boas práticas.

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O deputado federal Luis Claudio Miranda (DEM-DF), ouvido pela CPI da Covid nesta sexta-feira (25), confirmou alerta ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em 20 de março sobre pressões da Precisa e do Ministério da Saúde pela compra da Covaxin. Na noite da véspera, uma sexta-feira, o dono da empresa esteve com o diretor Marcelo Pires. O parlamentar diz também que, após realizar a denúncia de uma movimentação atípica no Ministério, não conseguiu mais ter contato com Bolsonaro ou sua equipe.

Miranda afirmou que como defensor e fiscal do dinheiro público, levou ao conhecimento do presidente, Jair Bolsonaro, possíveis irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin. "Se não fôssemos nós, US$ 45 milhões teriam sido pagos por uma vacina que não resolveu e nem sei se vai resolver", disse o deputado, se referindo ao valor que consta na segunda invoice (nota fiscal) corrigida, que apresentou final em US$ 45.929,867,02.

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O bolsonarista também alegou aos senadores que trouxe em material tentativas de contato com o governo Bolsonaro: ligações, mensagens, ofícios e conversas diretas com o assessor do presidente. Após as denúncias, tudo teria sido, supostamente, ignorado.

Durante viagem oficial em aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB), para busca e divulgação de vacinas adquiridas, Luis Claudio Miranda também comunicou ao ex-ministro da Saúde sobre o alerta feito ao PR, mas sem dar detalhes. Falou sobre ter passado adiante uma “situação grave”, alertou sobre o vencimento das doses, fabricadas em novembro de 2020, e sobre a presença da terceira empresa, a Madison, que tem o capital social de mil dólares, e é do tipo offshore. O presidente teria, então, se convencido da denúncia.

Em resposta, Pazuello se mostrou incapaz de intervir e até se mostrou ciente da sua exoneração. Em seguida, o assunto foi desviado.

O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), abriu a reunião desta quinta-feira (24) anunciando que enviou à Polícia Federal um pedido de proteção ao deputado Luis Miranda (DEM-DF) e ao irmão dele, Luis Ricardo Miranda, que trabalha na área de importação do Ministério da Saúde. Os irmãos prestam depoimento à CPI nesta sexta-feira (25). Também foi solicitada proteção aos empresários da Precisa, a empresa que representa no Brasil o laboratório indiano Bharat Biotech, que desenvolveu a vacina Covaxin.

Pouco depois, o senador Humberto Costa (PT-PE) solicitou que a CPI limite a participação de pessoas durante a sessão da sexta. Ainda durante  a abertura da sessão, o senador Renan Calheiros (MDB-AP) afirmou que o dono da Precisa, Francisco Maximiano, empresa envolvida na negociação e compra da Covaxin, corre risco de vida e que é preciso garantir a sua segurança para “não repetir Adriano da Nóbrega”, miliciano morto na Bahia em 2020 e que tinha relação íntima com a família Bolsonaro.

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“Nós sabemos os métodos que estamos enfrentando, que essas pessoas enfrentarão para não incorrermos na repetição do que ocorreu com Adriano da Nóbrega. Nós precisamos garantir a segurança da vida dele”, disse o parlamentar.

O senador também repudiou as ameaças que o secretário-geral da República, Onyx Lorenzoni, fez às testemunhas das negociações da compra da Covaxin. “Gostaria de expressar minha repugnância pela bravata do secretário-geral da Presidência República, um estafeta acrítico que fez uma despudorada coação de duas testemunhas e consequentemente desta comissão parlamentar de inquérito. Além de uma intromissão indevida em uma investigação de outro poder, ele comete um crime. Um crime, porque é um caso clássico de coação de testemunhas. E de dificuldade ao avanço da investigação”, continuou o relator.

Durante coletiva realizada nessa quarta-feira, Onyx Lorenzoni afirmou que o deputado Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão estão inventando histórias e que serão cobrados e punidos, tanto pela Justiça divina, como pelas autoridades. “Não houve favorecimento a ninguém, não houve sobrepreço. Tem gente que não sabe fazer conta. Não houve compra alguma, não há um centavo que tenha sido despendido pelo caixa do governo federal”, disse o ministro sobre o escândalo. Bolsonaro teria dado aval para a compra da Covaxin por um preço 1.000% maior do que, seis meses antes, havia sido anunciado pela própria fabricante.

Onyx afirmou que o governo Bolsonaro “vai continuar sem corrupção” (sic) e fez insinuações contra o parlamentar e o irmão dele, que é servidor do Ministério da Saúde. “Por que ele inventou essa história? O que os dois irmãos queriam na casa do presidente no dia 20 [de março]? […] Deus está vendo, mas o senhor não vai só se entender com Deus, não. Vai se entender com a gente”, disse, em tom de ameaça.

O comportamento foi repudiado pela cúpula e, segundo Renan Calheiros, caso Lorenzoni volte a fazer ameaças ou tentativas de intimidação, terá de pedir a prisão do secretário-geral.

A Secretaria da Fazenda de Pernambuco (Sefaz-PE), por meio da  Diretoria de Planejamento e Controle (DPC), identificou uma incompatibilidade na movimentação de entradas e saídas de mercadorias em um contribuinte do segmento de comércio de suplementos alimentares.

A Diretoria de Operações Estratégicas (DOE) da Sefaz-PE realizou uma diligência no local e constatou a existência de mercadorias em situação irregular no estabelecimento, motivo pelo qual foi realizada a interdição do mesmo e dado um prazo para a apresentação de documento fiscal próprio que acobertasse as mercadorias em questão.

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Esgotado o prazo estipulado, o contribuinte não apresentou nenhum tipo de documentação, inclusive impossibilitando a identificação da origem, propriedade e rastreabilidade dos produtos comercializados. Com isso, a equipe da Sefaz-PE foi até o local mais uma vez e realizou a apreensão das mercadorias e as removeu para o depósito, na última quinta-feira (11). As mercadorias em questão foram avaliadas em 1.300 MI (um milhão e trezentos mil reais) e a regularização fica condicionada ao pagamento do imposto e multa no valor aproximado de R$ 440 mil.

A Secretaria da Fazenda de Pernambuco, juntamente com órgãos parceiros, continua o combate à sonegação e aos esquemas fraudulentos que prejudicam a arrecadação do Estado, mesmo no período da pandemia.

  Mais informações com o gerente de Ações Fiscais Estratégias da Sefaz, Antônio Emery, pelo 9.9422-4507

*Da assessoria 

O Tribunal de Contas da União (TCU) estima que 7,3 milhões de pessoas podem ter recebido o auxílio emergencial de forma irregular e que outras 6,4 milhões de mulheres podem ter sido contempladas com a cota em dobro sem merecê-la. Os pagamentos indevidos foram calculados em R$ 54,66 bilhões - cerca de 18% dos R$ 293 bilhões efetivamente destinados ao programa no ano passado.

O balanço final das fiscalizações sobre o auxílio emergencial foi divulgado nessa quarta-feira (24) pela Corte de contas. Os técnicos chamaram a atenção para o fato de que o valor desembolsado indevidamente pela União seria suficiente para bancar três parcelas adicionais de R$ 300 a 60 milhões de brasileiros.

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Atualmente, está em discussão uma nova rodada do auxílio, com quatro parcelas de R$ 250 a até 40 milhões de brasileiros. Após resistir ao relançamento do benefício, a equipe econômica tem tentado limitar seu alcance para conter o impacto fiscal, já que a despesa será bancada com mais emissão de dívida pública e ficará fora do teto de gastos (que limita o avanço das despesas à inflação).

Desde o início da implementação do auxílio, notícias de pagamentos indevidos revoltaram a sociedade. Pessoas com renda mais elevada e até servidores civis e militares foram flagrados recebendo o benefício, deflagrando fiscalizações dos órgãos de controle.

O auxílio tinha como objetivo ajudar pessoas com renda familiar de até R$ 522,50 por pessoa (o equivalente a ¼ do salário mínimo em 2020), mas o TCU estima que 7,3 milhões de famílias estão fora desse critério de público-alvo. Os cálculos foram feitos a partir do cruzamento das informações do auxílio com a base de dados da Pnad Contínua de 2019, pesquisa do IBGE que traz os dados declarados pelas próprias famílias sobre emprego e rendimento.

Há ainda estimativa de que 8 milhões de pessoas receberam o auxílio mesmo quando já excediam o limite de até dois membros da família contemplados.

Ao longo dos últimos meses, o TCU abasteceu o governo com cruzamentos de dados que viabilizaram o cancelamento tempestivo de alguns benefícios. Segundo o relatório, foram efetivamente detectados 3,7 milhões de benefícios irregulares, economizando R$ 8,8 bilhões. "As irregularidades abordam pessoas que tinham emprego formal, outro benefício federal ou descumpriam limites de renda e membros por família que podem receber. Também integravam a base de dados pessoas falecidas ou que moram fora do Brasil", diz o TCU.

Em tese, esse contingente estaria dentro dos 7,3 milhões de pagamentos indevidos que foram estimados, mas os técnicos da corte de contas consideram que a própria previsão é conservadora, pois foi feito um ajuste nos dados considerando a queda abrupta na renda de trabalhadores formais. Se a renda caiu menos do que o estimado nesse ajuste, mais pessoas podem ter recebido indevidamente.

A prova disso é que os dados de cancelamentos vão até agosto, quando o auxílio emergencial tinha 64,9 milhões de beneficiários. Em dezembro, o auxílio emergencial residual tinha 56,8 milhões de beneficiários. Ou seja, saíram pelo menos 8 milhões entre setembro e dezembro.

Para ajudar a resolver o problema dos pagamentos indevidos, o TCU fez determinações e recomendações para atacar as causas, em especial a insuficiência das bases de dados, as falhas das regras de elegibilidade, a autodeclaração de informações de renda e composição familiar e, ainda, a não verificação periódica dos requisitos legais.

O TCU ainda determinou que o Ministério da Cidadania verifique, mensalmente, se os beneficiários continuam sem emprego formal ou sem receber algum outro benefício federal.

O mandato do vereador Ivan Moraes (PSOL) denunciou em sessão ordinária da Câmara do Recife, nesta segunda-feira (15), a qualidade da alimentação que vem sendo servida no restaurante popular municipal Josué de Castro e a manutenção dos valores contratados pela Prefeitura do Recife, apesar da redução de custos por parte da empresa JMC Refeições Coletivas LTDA. O mandato preparou um dossiê e pede que providências urgentes sejam tomadas.

O documento apresenta e analisa o processo de implantação dos restaurantes populares desde sua concepção, os termos que constituem o contrato e sua renovação, além dos dados referentes aos valores pagos, monitorados pelo mandato. E solicita que os questionamentos realizados sejam urgentemente respondidos pela Prefeitura do Recife.

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“Não é favor nenhum garantir o direito à alimentação das pessoas que hoje estão sem moradia no Recife. Nessa época de pandemia é ainda mais necessário que se utilize o recurso público para garantir a sobrevida e a dignidade dessas pessoas . Nossa denúncia parte da percepção de que há irregularidades  quando o contrato não foi readequado. E o documento segue hoje para os órgãos de controle. Continuamos também junto com a Pastoral do Povo de Rua sobre a qualidade e diversidade dos pratos  servidos que não vem sendo obedecida”, afirmou  Ivan Moraes em sessão da Câmara. 

Os restaurantes populares foram frutos de luta por muitos anos da sociedade civil, principalmente dos movimentos que atuam lado a lado da população em situação de rua. Ao final de 2019, dois restaurantes foram inaugurados, nos bairros de Santo Amaro e São José. No início de 2020, com a pandemia da Covid-19, tiveram que ser readequados e um deles foi fechado. No entanto, mesmo com redução das despesas, o contrato com a JMC Refeições Coletivas LTDA se mantém nos mesmos termos. A população em situação de rua e os movimentos sociais que os acompanham ainda denunciam a falta de diversidade dos alimentos servidos, o que também tem contrariado o contrato firmado com a Prefeitura do Recife. 

A investigação encontrou evidências nas obrigações da empresa contratada que foram canceladas total ou parcialmente por conta das medidas de enfrentamento à Covid-19, que reduziram os custos do contrato, com supressão de serviços, mas que não resultaram em redução de preços das refeições. 

*Da assessoria

 

A BR Distribuidora informa que retomou na manhã deste domingo (7) a comercialização de gasolina de aviação a seus clientes e revendedores, após receber os laudos do fornecedor atestando que os novos lotes do produto se encontram dentro das especificações determinadas pelos órgãos reguladores.

A venda da gasolina de aviação pela BR foi suspensa no dia 3 de fevereiro após ter sido detectada a existência de um parâmetro do combustível fora dos limites de especificação, o que valeu à empresa e a outras distribuidoras uma notificação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para prestação de informações no prazo de 48 horas sobre o produto. Também foram notificadas Raízen, Gran Petro, Air BP Brasil, Rede Sol, Petróleo Sabba, Air BP Petrobahia e Petrobahia.

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A BR informou que após ser notificada realizou todos os testes recomendados aos distribuidores. "De modo a regularizar o abastecimento no menor espaço de tempo possível, a base da companhia em Cubatão (Bacub), atualmente o único polo de suprimento de AVGAS (gasolina de aviação) no País, está operando em regime estendido", informou a BR em nota neste domingo.

A empresa ainda afirma que segue aguardando os esclarecimentos de seu fornecedor sobre a adulteração encontrada pela ANP e que se coloca à disposição para "colaborar no aprofundamento das investigações".

A Advocacia-Geral da União confirmou na Justiça Federal a cassação da aposentadoria de um ex-auditor da Receita Federal que não cumpriu seu dever funcional. A AGU comprovou que o ex-servidor agiu com “descaso total à coisa pública”. Além disso, descumpriu diversas vezes as normas de observância obrigatória nos procedimentos fiscais analisados.

O réu moveu uma ação judicial para pedir a anulação do processo administrativo disciplinar (PAD) a que foi submetido. Alegava que teria havido violação ao devido processo legal, com o cerceamento de defesa. Segundo o autor, o PAD teria se originado de denúncias genéricas e anônimas, além da imotivada, ilegal e aleatória revisão de outras ações fiscais realizadas por ele. O ex-auditor também argumentou teria havido um “pré-julgamento” e que a punição teria sido imotivada e não condizente com a falta funcional apurada. E ainda que a pena de cassação de aposentadoria seria inconstitucional.

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Mas a AGU rebateu os argumentos. O Advogado da União Luiz Rodolfo Freitas de Souza, da Procuradoria Regional da 1ª Região, explica que a Advocacia-Geral sustentou que o ato de cassação de aposentadoria é compatível com a Constituição, como confirmou o Supremo Tribunal Federal no recente julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 418. Além disso, a AGU comprovou que o ex-auditor não cumpriu seu dever de probidade e de zelo pela coisa pública. “A União trouxe elementos concretos e provas de que, em atuações sucessivas, o autor agia com a intenção de prejudicar a arrecadação tributária e de beneficiar empresas. A União carreou aos autos um conjunto probatório indicativo de que várias empresas foram beneficiadas, com recolhimento tributário a menor”, completa.

A Advocacia-Geral comprovou que o ex-auditor não instruía corretamente os processos, juntando apenas documentos selecionados para não ser possível a análise posterior do material. “Houve caso em que o autor declarou que certa empresa tinha comprovado a quase totalidade das notas fiscais de compra, mas não havia nenhuma cópia de nota fiscal no processo administrativo fiscal ou em dossiê. Em outro caso, envolvendo créditos de Cofins e PIS de duas empresas, apenas 2% e 6,1% dos créditos foram fiscalizados pelo ex-servidor. E em outra situação, houve omissão intencional de receita gerada por vendas via cartão de crédito. Isso acabou resultando em um prejuízo de cerca de R$ 200 mil”, exemplifica o Advogado da União Luiz Rodolfo Freitas de Souza.

A AGU também demonstrou que, em uma fiscalização que deveria considerar o período de junho a dezembro de 2005, o ex-servidor “escolheu” sem qualquer justificativa apenas três meses para análise. O lançamento tributário, que deveria ser de aproximadamente R$ 350 mil, caiu para R$ 150 mil.

Diante dos argumentos da Advocacia-Geral, o juiz federal Francisco Alexandre Ribeiro julgou improcedente o pedido do autor e manteve a pena de cassação de aposentadoria.

O Advogado da União Luiz Rodolfo Freitas de Souza destaca: “A AGU considera que a sentença é importantíssima como medida de colaboração para a inversão da lógica instalada no seio social de que servidores públicos não são punidos, não são fiscalizados. A medida também serve de exemplo para outros servidores observarem que as instituições públicas estão funcionando, o que se pode verificar dessa sentença em conjunto com outras inúmeras decisões judiciais e administrativas. E a decisão busca restabelecer a moralidade, já que os atos do autor foram claramente imorais, ilegítimos e mereceram a sanção”.

*Da assessoria da AGU

 

 Na tarde desta quinta (21), o prefeito do Recife, João Campos, usou suas redes sociais para anunciar a criação de um canal de denúncias relacionadas a irregularidades durante o processo de vacinação. A nova ferramenta já está em funcionamento no site do Conecta Recife.

"Nós não podemos tolerar nenhum ato de desrespeito à fila e à lista de prioridade definida pelas autoridades sanitárias. Eu disse, quando nos lançamos o Plano de Vacinação, que nós não iríamos tolerar nenhum ato de furar a fila”, ressaltou o prefeito. Campos também informou que a prefeitura assinou um termo de parceria com o Ministério Público de Pernambuco, para as denúncias coletadas pela ouvidoria da prefeitura sejam encaminhadas ao órgão, para apuração e encaminhamento das medidas cabíveis.

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Após a entrega dos metadados da Prestação de Contas de candidatos e partidos que concorreram nas Eleições 2020, o Núcleo de Inteligência da Justiça Eleitoral identificou o total de 221.355 casos de indícios de irregularidades. Somados, os recursos financeiros chegam a R$ 954.728.601,57.

Desde o início da campanha até o final das eleições, foram realizadas nove rodadas de identificação de indícios de irregularidades, realizado pelo Núcleo de Inteligência da Justiça Eleitoral, que envolve, além do TSE, outros seis órgãos federais – Receita Federal, Coaf, Ministério Público Eleitoral, Defensoria Pública Federal Departamento de Polícia Federal , Tribunal de Contas da União e Ministério da Cidadania.

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Dos tipos de irregularidades identificadas, a que aparece com maior frequência é a de pessoas que doaram para candidatos, mas estão inscritos em programas como Bolsa Família ou Auxílio Emergencial do Governo Federal. Foram identificadas 91.500 casos desse tipo, representando um valor de R$ 77.553.362,17.

Em segundo lugar no número de ocorrências, estão 45.780 fornecedores com sócios ou representantes e familiares que também recebem Bolsa Família. Esse tipo de indício de irregularidade representou a maior concentração de valores: R$ 612.613.438,38.

Em terceiro lugar aparecem 27.576 casos de doadores concentrados em uma mesma empresa e doando para determinado candidato específico. A soma desse tipo de irregularidade é de R$ 37.074.549,75.

A determinação do levantamento de possível irregularidade nas contas de uma campanha política faz parte da Instrução Normativa TSE nº 18/2016, para fins de exame das prestações de contas, bem como para a atuação do Ministério Público Eleitoral, nos termos do rito previsto no artigo 91 da Resolução TSE nº 23.607/2019.

A partir do levantamento, os juízes eleitorais podem determinar diligências para comprovar a procedência do indício de irregularidade e utilizar essas informações para fins de exame e julgamento da prestação de contas de campanha eleitoral.

Os indícios de irregularidades também foram encaminhados à Procuradoria-Geral da República para compartilhamento dessas informações com as promotorias estaduais para fins de apuração e – se procedente o indício – apresentação de representação judicial.

*Do site do TSE

Os indícios de irregularidades no primeiro turno das eleições municipais deste ano alcançaram a marca de R$ 60,4 milhões, entre doações e pagamentos de serviços, aponta o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Entre as inconsistências identificadas estão quinze pessoas que, mesmo mortas - com nome incluído no Sistema de Controle de Óbitos -, doaram um total de R$ 19.587,40 para candidatos de todo o País.

Segundo o levantamento feito pelo TSE, foram registradas 9.068 doações de pessoas sem emprego formal, que somaram a elevada cifra de R$ 33,7 milhões. O levantamento ainda encontrou 1.981 doadores que possuem renda incompatível com a quantia repassada - essas pessoas teriam doado um valor total superior a R$ 17 milhões.

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O relatório do TSE também identificou um total de 1.227 pessoas que efetuaram doações de R$ 573 mil, mesmo estando inscritas em programas sociais.

Um universo de 1.502 fornecedores sem registro na Receita Federal ou na junta comercial ganharam R$ 2,7 milhões por serviços prestados a candidatos. Os técnicos ainda constaram que 925 fornecedores de campanha possuem relação de parentesco com o candidato ou o vice, recebendo mais de R$ 1,6 milhão.

Além disso, 1.289 fornecedores de campanhas eleitorais possuem em seu quadro de sócios beneficiários do programa Bolsa Família.

O tribunal mapeou os dados a partir de informações coletadas pela Receita Federal, Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Tribunal de Contas da União (TCU), Defensoria Pública Federal e o Ministério da Cidadania.

De acordo com o TSE, os números levantados foram encaminhados a tribunais e cartórios eleitorais como "informação de inteligência e direcionamento da fiscalização de contas".

O Ministério Público Federal em Pernambuco (MPF-PE) requereu à Justiça Federal que seja determinado à Prefeitura do Recife e ao Instituto Humanize, organização social da área de saúde (OSS), o envio à análise do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE/PE) dos procedimentos referentes aos pagamentos dos médicos subcontratados para enfrentamento da pandemia de covid-19.

O objetivo é que o TCE/PE possa analisar a legalidade e legitimidade desses pagamentos, diante dos indícios da prática de crimes contra a administração pública na execução dos contratos firmados entre a prefeitura e a OSS, no valor de R$ 34 milhões.

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A medida é um dos desdobramentos da Operação Desumano, deflagrada em setembro para investigar supostas irregularidades relacionadas à execução de despesas de recursos públicos federais repassados para o enfrentamento da pandemia, em Pernambuco.

Com o requerimento, o MPF busca garantir que seja verificado se os serviços médicos foram efetivamente prestados, bem como se faziam parte do objeto do contrato, além da compatibilidade dos valores com os praticados no mercado.

A procuradora da República Silvia Regina Pontes Lopes expediu também ofício ao Ministério Público de Contas junto ao TCE/PE, em que requer a adoção das providências necessárias para análise dos documentos relativos aos pagamentos dos médicos. 

Empresas “fantasmas”

De acordo com as investigações, iniciadas a partir de relatório da Controladoria Geral da União (CGU), o contrato de gestão firmado com a prefeitura apresenta uma série de indícios de irregularidades, como direcionamento na escolha da entidade e ocorrência de subcontratações, por parte da OSS, de empresas “fantasmas” controladas por um mesmo grupo, para o recebimento dos recursos. 

O MPF argumenta que o Humanize não apresenta capacidade operacional, técnica e patrimonial, tendo em vista os dados sobre seus balanços, valor irrisório de ativos e número reduzido de empregados.

Humanize

Em seu site, o Instituto Humanize de Assistência e Responsabilidade Social postou uma nota onde "repudia com veemência" as acusações pela operação Desumanos.

"Todas as nossas prestações de contas foram entregues, dentro dos prazos, às prefeituras do Recife e de Jaboatão dos Guararapes, bem como ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), a quem cumpre a obrigação de fiscalizar a execução dos contratos."

Em reposta ao LeiaJá, a Prefeitura esclareceu:

NOTA OFICIAL:

A Prefeitura do Recife (PCR) esclarece que, por iniciativa própria, tem enviado todos os processos relativos à pandemia aos órgãos de controle. Ainda em setembro e outubro, a PCR já havia encaminhado ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE), à Justiça Federal  e ao Ministério Público do Trabalho (MPT) as informações relativas aos pagamentos dos profissionais que trabalharam Hospital Provisório Recife (HPR) 3, localizado na Imbiribeira.

Com informações da assessoria do MPF

Com a proximidade do primeiro turno das Eleições 2020, marcado para o próximo dia 15 de novembro, o eleitor mais atento já pode ter observado alguma irregularidade. Diante do acirramento da disputa, e a fim de garantir a isonomia e a lisura do pleito, é necessário ter em mente diversas regras que precisam ser seguidas por partidos, candidatos, gestores públicos e pela população como um todo.

Para melhorar o exercício da cidadania, o sistema democrático e eleitoral, as condutas que ferem o Código Eleitoral precisam ser devidamente punidas e, para isso, tanto o trabalho do poder público quanto a participação cidadã são peças fundamentais. Além de condutas que ferem o Código Eleitoral, os cidadãos pernambucanos agora também pode denunciar atos de campanha com aglomeração, impedidos pelo TRE-PE.

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Pardal

E há diversas formas de formalizar a denúncia de uma irregularidade ou crime eleitoral. Uma delas é o Pardal, que permite fotografar e enviar informações sobre possíveis infrações para auxiliar o trabalho da Justiça Eleitoral e Ministério Público Eleitoral. O recurso já existe desde 2014, mas tem sido aprimorado ao longo de cada pleito, aumentando a sua funcionalidade. O Pardal está disponível em versão aplicativo para os sistemas Android e IOS. Para acompanhar o processo, basta clicar na opção “Pesquisar”.

Disparo em massa

Uma novidade destas eleições municipais é o canal para denúncia de disparos de mensagens em massa pelo Whatsapp. A fim de coibir a atuação das chamadas milícias digitais, orientadas para a difusão de mentiras e ataques às instituições em geral, oTSE disponibilizou um formulário que auxiliará o próprio WhatsApp a investigar as denúncias e inativar contas suspeitas, encaminhando as informações pertinentes às autoridades.

Procuradoria Regional Eleitoral

O eleitor tem, ainda, possibilidades locais: como o Ministério Público, que através da Procuradoria Regional Eleitoral em Pernambuco (PRE-PE) recebe denúncias de propaganda e outras irregularidades eleitorais mediante o preenchimento de formulário na internet ouatravés do envio de fotografia e descrição do ocorrido para o número de Whatsapp (81) 99679-0221.

Ouvidoria

De acordo com o diretor geral do Tribunal, Orson Lemos, o cidadão pernambucano também pode comunicar irregularidades “através do nosso site do TRE, procurando a seção da Ouvidoria e apresentando a sua denúncia por escrito, anexando fotografia”.

Em caso de dúvidas sobre a aplicabilidade da queixa, o eleitor não deve hesitar em ligar para o Disque eleitor através do número (81) 3194-9400.

*Do site do TRE-PE

O período de campanha eleitoral começa no próximo domingo (27), trazendo diversas regras que precisam ser seguidas por partidos, candidatos, gestores públicos e pela população de modo geral. Entre as normas previstas, há práticas que são consideradas crime e prevêem desde pagamento de multa até prisão. 

Para melhorar o exercício da cidadania, o sistema democrático e eleitoral, desvios às normas eleitorais precisam ser devidamente punidos e, para isso, é necessário tanto que o poder público faça um trabalho de fiscalização quanto a participação da população, denunciando irregularidades. No entanto, é comum que, diante da situação de presenciar uma irregularidade ou crime, as pessoas não saibam quem procurar para formalizar a denúncia. 

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De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), uma das formas que a população do Estado tem para denunciar irregularidades é o Pardal - Denúncias Eleitorais, sistema que permite enviar informações sobre possíveis irregularidades para auxiliar o trabalho da Justiça Eleitoral e Ministério Público Eleitoral. Além de estar disponível no site do TRE, o Pardal também tem aplicativos para os sistemas Android e IOS

De acordo com Orson Santiago Lemos, diretor-geral do TRE-PE, a população também pode comunicar irregularidades aos cartórios eleitorais (as informações para contato de todos estão no site do Tribunal), ao Ministério Público Eleitoral (MPE), à Procuradoria Regional Eleitoral, ao Ministério Público, à Comissão de Propaganda Eleitoral do Recife ou à Polícia Militar (PM). 

Júlio Gomes/LeiaJáImagens

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O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Carlos Porto, encaminhou um Alerta de Responsabilização ao Secretário de Saúde do Estado, André Longo, sobre possíveis irregularidades em um contrato para aquisição de 30 mil testes em (PCR-Tempo Real) de Covid-19 em Pernambuco. Carlos Porto é o relator das contas da Secretaria Estadual de Saúde em 2020.

A contratação, que possui valor global de R$ 5,7 milhões, surgiu a partir da Dispensa Emergencial LACEN nº 13/2020, cuja empresa vencedora foi a Genomika Diagnósticos S/A.

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A compra feita pelo Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN), vinculado à SES, foi analisada pela equipe técnica da Gerência de Auditorias da Educação do TCE. O aviso de chamamento público da dispensa foi publicado no Diário Oficial do dia 28 de março deste ano, estabelecendo um valor unitário de R$ 190,00 para cada teste.

A auditoria verificou que até a data do fechamento do relatório preliminar, em 10 de julho, a Secretaria tinha repassado à empresa R$ 1.424.050,00 (quase 25% dos R$ 5.700.000,00 contratados). Entretanto, até 6 de julho, o LACEN não havia registrado qualquer informação sobre a despesa no Sistema de Informações LICON do TCE.

Um levantamento efetuado pela equipe técnica em sites governamentais, levando em conta consultas a bases de sistemas de compras, concluiu que o preço contratado (R$ 190,00) estava acima da média de mercado praticada no país, e era 45% superior ao valor máximo encontrado (R$ 131,00).

Notificada a prestar esclarecimentos, a administração do LACEN informou que não foi realizada pesquisa de preços, dada a urgência da situação, e que não havia outro laboratório em Recife que dispusesse do teste para detecção da Covid-19 naquela ocasião, mas que a empresa contratada havia apresentado notas fiscais dos valores praticados junto a outros compradores.

De acordo com o relatório técnico, os argumentos não justificam a ausência de cotação de preços, que poderia ter sido realizada junto a fornecedores em outras unidades da federação, ainda que o objetivo fosse o de comparar os valores envolvidos. Com a irregularidade, o sobrepreço potencial identificado seria de R$ 1.800.00,00, considerando as quantidades contratadas, o que equivale a 45% do somatório do valor de mercado dos produtos a serem adquiridos, caso a compra seja completamente executada.

A análise do TCE observou também que, na hipótese de o saldo de R$ 4.275.950,00 vir a ser pago - o que pode acontecer a qualquer momento, segundo o auditor - o superfaturamento poderia chegar a R$ 3.150.700,00.

ALERTA - Considerando os fatos apontados pela auditoria, o relator recomendou que o secretário André Longo deixasse de comprar insumos sem a realização de uma ampla pesquisa de preços e que revisse o contrato com a empresa Genomika Diagnósticos S/A, de modo a adequar o preço contratado à realidade de mercado. A Secretaria de Saúde teria cinco dias, a partir da notificação, para informar o cumprimento da decisão, mas o titular da Pasta pediu prorrogação do prazo para enviar a resposta ao TCE, o que foi acatado pelo conselheiro Carlos Porto.

*Do site do TCE

Uma operação para fiscalizar as condições de Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) identificou irregularidades em um retiro localizado no bairro de Dois Irmãos, na Zona Norte do Recife. A ação realizada nessa quarta-feira (29) por representantes do Procon e do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) faz parte do Centro Integrado de Atenção e Prevenção à Violência Contra a Pessoa Idosa (CIAPPI), da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos.

Ao visitar o lar para idosos, os agentes depararam-se com colchões sem revestimento impermeável, mofo nas paredes, falta da evolução do médico e do enfermeiro. Além disso, parte do teto do refeitório estava comprometida e foi interditada.

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“O objetivo da operação é identificar irregularidades nas Instituições e sensibilizar a população sobre a importância de denunciar qualquer tipo de violações contra as pessoas de 60 anos ou mais, em qualquer lugar que ela esteja acontecendo”, frisou o secretário de Justiça e Direitos Humanos Pedro Eurico.

A vigilância do município vai enviar à instituição um relatório do que deve ser ajustado e uma notificação. Para realizar denúncias contra idosos basta ligar para o telefone (81) 3182-7649 ou enviar e-mail para ciappi2016@gmail.com, no horário das 9h às 16h.

Na manhã desta sexta (10), o Procon Recife realizou uma operação de fiscalização em duas unidades do supermercado Minuto Pão de Açúcar localizadas no Recife. A ação foi motivada por oito denúncias de consumidores feitas ao longo da última semana, relatando divergências entre os preços de etiqueta dos produtos e seu valor registrado no caixa. Após a visita, os fiscais confirmaram a existência de irregularidades na rede.

Segundo o Procon, um desinfetante que na prateleira custava R$ 5,19, no visor estava registrado como R$ 5,49; um pão tipo tortilha, que, segundo a gôndola custava de R$ 7,89, na verdade era R$ 8,59; um saco de ração para filhotes que apresentava o valor de R$12,59 na prateleira, tinha o real valor de R$14,99, dentre “vários outros itens”.

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“No caso de divergência de preços, é garantido pelo Código de Defesa do Consumidor que o cliente deve pagar o menor valor. Mas a maioria paga mais, e nem sabe disso. O preço na prateleira não bate com o preço no caixa e a pessoa nem percebe.” explica Ana Paula Jardim, presidente do Procon Recife. Além disso, foi observado que alguns produtos apresentavam no visor de consulta apenas o preço para quem tem cadastro no programa de fidelidade da rede.

“Essa prática induz o consumidor ao erro. Ele acaba decidindo levar mais unidades do produto, achando que está pagando um preço e às vezes nem percebe que o valor era outro”, completa Ana Paula. O Procon lavrou um auto de infração, cabendo às lojas apresentar suas defesas no prazo de 10 dias. De acordo com o órgão, uma multa será arbitrada de acordo com o porte da empresa.

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