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Após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indeferir a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência, o candidato Ciro Gomes (PDT) voltou a criticar a cúpula do PT, desta vez relacionando o ex-prefeito Fernando Haddad, possível substituto de Lula na disputa, a mais um "laboratório" da legenda petista. Ao ser perguntado sobre a capacidade do PT de transferir votos de Lula para Haddad, Ciro declarou que "o Brasil não é um laboratório".

"Não faz dois anos ainda que o Lula e eu apoiamos o Haddad na Prefeitura de São Paulo para tentar uma reeleição. O Haddad perdeu a eleição para o Doria, que é um farsante, e perdeu para o nulo e branco", comentou Ciro, ao fazer campanha em Jundiaí (SP). "A gente precisa ter um pouquinho de responsabilidade para saber que o Brasil não é um laboratório; o Brasil não aguenta mais experiências. A Dilma, afinal de contas, começa esse desastre que nós estamos vivenciando no País", declarou o candidato do PDT.

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Questionado se estava afirmando que Haddad seria mais um "laboratório" do PT, Ciro desviou. "Chega de futrica. Vamos trabalhar." O pedetista não quis opinar sobre a capacidade de transferência de votos de Lula para Haddad. "Vocês é que vão dizer, né?", declarou a jornalistas, após rir com a pergunta.

Aliados de Ciro em São Paulo avaliam que o pedetista pode abocanhar parte do eleitorado de Lula no Estado apostando no discurso de que, com Haddad, as decisões de um eventual governo seriam tomadas de dentro da prisão, em Curitiba, onde Lula está desde abril.

"Ciro se torna uma alternativa segura para o eleitor. A chamada união da esquerda, que tentamos no primeiro turno, pode se dar agora de forma forçada", disse ao Broadcast Político o candidato do PDT ao governo de São Paulo, Marcelo Cândido. O candidato ao Senado Antonio Neto (PDT) acrescentou: "Agora que as coisas ficam mais claras, a possibilidade de Ciro cresce muito em São Paulo. O eleitor pensa em votar em alguém que não tenha que viajar a Curitiba para tomar decisões."

Bolsonaro

Ciro Gomes voltou a atacar o candidato do PSL ao Planalto, Jair Bolsonaro, que lidera as pesquisas de intenção de voto no cenário em que o ex-presidente Lula não é apresentado como candidato. "Vai ficar muito claro que ele está interpretando um papel porque alguém que tem 28 anos de mandato, deputado federal do Rio de Janeiro, aliado do Sérgio Cabral, do Eduardo Cunha, de Picciani, e que foi deputado do partido do Maluf por mais de 12 anos vai falar que não é político? As pessoas agora vão começar a entender e dar o passo adiante", declarou Ciro.

A aposta do candidato do PDT é de que, a partir da metade de setembro, todos os presidenciáveis fiquem conhecidos e sejam melhor comparados entre os eleitores. Ciro afirmou que parte do eleitorado está "adoecida" e declara voto a Bolsonaro. "Existe aí uma fração da sociedade brasileira que adoeceu civicamente. Ele (Bolsonaro) não é senão intérprete de um sentimento primário, selvagem e violento que está aí num pedaço da sociedade brasileira."

FHC

Ao comentar a entrevista do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao jornal Folha de S.Paulo, Ciro devolveu críticas ao tucano. FHC declarou que Bolsonaro antecipou para o primeiro turno uma disputa entre PT e PSDB e que Ciro é um "radical livre" cuja capacidade para presidir o País está comprometida. Ao rebater, Ciro usou a mesma expressão para se referir ao tucano. "O Fernando Henrique é um radical livre, ele fala o que ele quiser. Não tem um nenhum compromisso com o que ele diz de manhã com de tarde", comentou. "Por isso que o PSDB nunca mais ganhou uma eleição nacional no Brasil."

Visando criar e desenvolver tecnologias para ajudar a comunidade, o Centro de Ciências Exatas e Tecnologia (CCET) da Universidade da Amazônia (Unama), por meio do Laboratório de Aplicação Computacionais da Amazônia (LACA), desenvolveu projetos que buscam ajudar a sociedade e a comunidade belenense. A coordenação do laboratório foi homenageada na última quarta-feira (13), na Câmara Municipal de Belém, com a concessão da Medalha Vereador “Clodomir Grande Colino”, pela realização dos projetos. A homegaem foi solicitada pelo vereador Delegado Nilton Neves, do PSL.

O estudante do curso de Ciência da Computação da Unama, Walter Paes, aluno do 3º semestre do curso, foi o desenvolvedor do sistema “Encontre Desaparecidos”, projeto que atua na região de Belém, gratuitamente, para encontrar pessoas desaparecidas. “O professor me convidou e falou da ideia que ele teve sobre o projeto. Conversamos e projetamos o sistema. Depois eu comecei a botar em prática. É gratificante receber esse reconhecimento, de um trabalho que a gente busca ajudar as pessoas, e esse reconhecimento acaba por ajudar a divulgar o projeto cada vez mais”, disse o aluno.

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O coordenador do Centro de Ciências Exatas e Tecnologia da Unama e responsável por orientar os alunos nos projetos, professor Rômulo Pinheiro, explicou que o objetivo do laboratório LACA é desenvolver projetos e tecnologias voltados para a sociedade. O projeto “Computação para Todos” fez parte dos projetos homenageados do laboratório, onde os alunos da graduação levam conhecimento sobre computação e tecnologia gratuitamente para pessoas da comunidade.  “No ‘Laca’ é onde a gente concentra todos os projetos dos alunos, para botar em prática e executá-los. Esses dois projetos deram muito certo, e estamos melhorando eles cada vez mais, para que mais pessoas possam usar. Nosso objetivo é criar tecnologia para ajudar a comunidade”, afirmou o coordenador.

 

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Pedro Victor é estudante de Engenharia da Computação da Universidade Federal do Pará (UFPA). Atualmente cursa o 5º semestre. Toda quarta-feira, durante o período da tarde, ele usa o Fab Lab Belém para projetar, criar e aprender sobre fabricação digital.

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Fab Lab é uma abreviação para “laboratório de fabricação” em inglês – um espaço em que pessoas de diversas áreas se reúnem para realizar projetos de fabricação digital de forma colaborativa. Quarta-feira é o dia da semana em que qualquer pessoa pode visitar o laboratório do Espaço Inovação, no Parque de Ciências e Tecnologia da Universidade Federal do Pará (UFPA), mesmo que não seja vinculada à instituição. Basta ter uma ideia, projeto ou vontade de aprender sobre tecnologia e fabricação digital.

Pedro conta que já conhecia os Fab Labs ao redor do mundo, já que a iniciativa Fab Lab é mundial, mas diz que nunca havia tido a oportunidade de conhecer um dos laboratórios. A iniciativa Fab Lab Belém começou a funcionar  no inicio de 2017, no Espaço Inovação da UFPA, a partir de projeto do diretor executivo Thiago Kunz. “Quando o Thiago veio aqui na UFPA, com uma palestra sobre impressão 3D, e falou das existências do Fab Lab Belém, eu fiquei bastante interessado. E foi ai que eu entrei no meio da fabricação digital de vez”, conta o estudante de engenharia.

A rede mundial de Fab Labs foi criada há dez anos no Centro de Bits e Átomos do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos. Hoje, fazem parte dela quase 450 laboratórios localizados em mais de 60 países. Para um Fab Lab ser considerado como tal, ele precisa seguir alguns princípios: 1) abrir as portas à comunidade pelo menos uma vez por semana sem cobrar nada; 2) compartilhar ferramentas e processos com os outros laboratórios do tipo e 3) participar ativamente da rede por meio de videoconferências e encontros presenciais.

Para Pedro Victor, a iniciativa é de extrema importância para os cursos de tecnologia e desenvolvimento do Estado, principalmente o seu curso, de Engenharia da Computação. “Pro meu curso é basicamente a raiz dele, o engenheiro da computação é o engenheiro que cria essas máquinas, projeta-as. O Fab Lab pra mim é essencial não só porque eu gosto de fazer, mas porque é essencial pra mim como profissional”, revela Pedro.

O Fab Lab Belém foi criado pelo autodidata e idealizador Thiago Kunz, em 2013. “O Fab Lab Belém começou na minha casa. Depois que eu comecei a aprender sozinho sobre eletrônica na internet, eu montei uma impressora 3D e essa impressora me espantou, pela questão de que uma pessoa que não tem conhecimento em programação em pouco tempo podia conseguir essa informação on-line e fabricar um equipamento que nem existia aqui em Belém”, conta o diretor. “Eu percebi a potencialidade da impressora em fabricar peças para outras impressoras, e comecei a convidar profissionais para criar o Fab Lab Belém junto comigo”, completa.

Educação - Um dos pilares e objetivos do Fab Lab Belém é a educação. O Espaço Inovação fica aberto para receber pessoas da comunidade em geral com o interesse em aprender a usar as máquinas, prototipagens e adquirir conhecimento sobre eletrônica e programação. “A gente tem uma parte forte com educação, é um dos pilares do Fab Lab. Nós ensinamos as pessoas a usarem as máquinas, impressoras 3D, cortadoras a laser. O segundo pilar é o da prototipagem. Uma pessoa que tem uma ideia e precisa transformar em meios físicos, a gente ajuda”, explica Thiago.

Thiago conta que atualmente o laboratório e seus idealizadores estão projetando pequenos robôs que ajudem crianças e adolescentes a aprenderem robótica a um preço mais baixo e acessível. “A gente tem uma série de ideias que quer executar. Estamos idealizando robôs para a educação, para ensinar robótica nas escolas em um preço muito mais baixo, criando protótipos mais baratos de códigos abertos, que a pessoa possa baixar e imprimir na sua impressora 3D ou aqui no Fab Lab”, conta.

Dentro do Fab Lab Belém existe o ideal de que as pessoas sejam “makers”, coloquem em práticas sua ideias, negócios e criem soluções para os problemas locais. “O objetivo do Fab Lab não é apenas fazer as pessoas ganharem dinheiro com suas ideias. O nosso objetivo é ensinar as pessoas a criarem soluções para os problemas locais. Então o objetivo do Fab Lab é fazer com que as pessoas pensem que elas têm capacidade de fazer e criar qualquer coisa na própria cidade."

O Fab Lab Belém está de portas abertas toda quarta-feira, a partir de 14 horas, no Espaço Inovação do Parque de Ciência e Tecnologia da UFPA, piso 3, sala 15. O Parque fioca na avenida Perimetral, km 01, Guamá, Belém/PA. Veja vídeo abaixo.

Por Ariela Motizuki.

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A partir da próxima sexta-feira (25), o Laboratório de Diagnóstico em Tuberculose que funciona no Centro de Observações e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, Grande Recife, terá o serviço ampliado.  A unidade passará a realizar o exame de cultura, até então encaminhado ao Laboratório Central da Secretaria Estadual de Saúde (Lacen/SES).

Para a ampliação do serviço, o Lacen doou a câmara para manipulação do material e o Ministério da Saúde duas estufas e uma cabine de segurança biológica para proteção do operador, meio ambiente e amostras. A cultura é indicada na suspeita de tuberculose pulmonar e nos casos de resistência bacteriana a outras drogas. O resultado sai no prazo de dois meses.

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Diariamente, entre 20 e 25 exames de baciloscopia são realizados no Cotel para os presos de seis unidades. São atendidos pacientes do Presídio de Igarassu, Colônia Penal Feminina de Abreu e Lima, Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico, Penitenciária Professor Barreto Campelo e Penitenciária Agroindustrial São João. 

Segundo a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, de janeiro a julho de 2017 foram registrados no laboratório do Cotel 3631 exames de diagnóstico de tuberculose com 185 casos confirmados e nenhum óbito. Dois analistas clínicas e dois técnicos de laboratório trabalham no local. 

O laboratório do Cotel já realizava o exame de baciloscopia do escarro, que detecta diversas fontes de infecção; teste rápido molecular, que define o DNA do bacilo; e genexpert, análise complementar com capacidade de detectar a presença do bacilo causador da doença em duas horas e identificar se a pessoa tem resistência ao antibiótico indicado para tratamento. A unidade foi criada em 2012. 

Associadas até hoje à contracultura da década de 1960, as drogas psicodélicas cada vez mais ganham espaço nos laboratórios de pesquisas. Diversos grupos de cientistas em todo o mundo têm feito estudos e experimentos com essas substâncias a fim de desenvolver terapias para dependência química e problemas psiquiátricos. Segundo especialistas ouvidos pelo Estado, nunca houve tanto interesse no que eles chamam de "ciência psicodélica".

O neurocientista Dráulio Araújo, do Instituto do Cérebro, ligado à Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), coordena um estudo sobre a ayahuasca (bebida produzida com base em plantas e cipós), voltado para o tratamento de depressão. O interesse científico na área, diz, não para de crescer. Ele menciona, como indicador, o último congresso da Associação Multidisciplinar de Estudos Psicodélicos (Maps, na sigla em inglês) - ONG americana pioneira em pesquisas na área. "O congresso anterior reuniu 800 pessoas, há quatro anos. A última edição, em abril, atraiu 3,2 mil, de 40 países."

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Além do grupo da UFRN, há estudos sobre substâncias psicodélicas em instituições como a Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a Federal de São Paulo (Unifesp) e a Universidade de Brasília (UnB).

Segundo Araújo, a evolução da ciência psicodélica foi contida, por muitos anos, pela proibição e estigmatização de grande parte dessas substâncias. "Apesar dos preconceitos, alguns grupos de pesquisa têm conseguido quebrar barreiras e fazer pesquisas com bons resultados. A ciência brasileira tem uma participação muito importante nesse movimento", diz Araújo.

Os estudos em estágio mais avançado estão sendo realizados pelo Maps, que usará o MDMA (metilenodioximetanfetamina, o princípio ativo do ecstasy, uma droga sintética), para o tratamento de estresse pós-traumático.

Os primeiros testes foram nos Estados Unidos, Canadá e Suíça. Mais de cem pacientes fizeram psicoterapia semanal por cerca de quatro meses, recebendo MDMA em até três das sessões. Após o processo, dois terços superaram o trauma. A última fase dos ensaios clínicos, que inclui testes no Brasil, já está sendo preparada. Se os resultados forem bons, o pedido de aprovação da primeira terapia psicodélica será feito às agências regulatórias em 2021.

"Pessoas com estresse pós-traumático têm extrema dificuldade para falar sobre o trauma, o que bloqueia avanços da psicoterapia. O MDMA ajuda o paciente a construir empatia com o terapeuta, enquanto a sensação de bem-estar causada pela substância permite que ele suporte a lembrança do trauma. Com isso, a terapia tem ótimos resultados", disse ao Estado o psiquiatra britânico, Ben Sessa, do Imperial College London, cujo grupo trabalha em colaboração com os americanos.

Considerado um dos principais nomes da ciência psicodélica no Reino Unido, Sessa anunciou no início de julho a preparação dos primeiros testes clínicos do mundo para o uso de MDMA no tratamento de alcoolismo severo. "O MDMA mostrou ótimos resultados contra o estresse pós-traumático e muitos dos meus pacientes alcoólicos sofreram, no passado, traumas que têm ligação com a dependência", afirmou o britânico.

"Depois de cem anos de psiquiatria moderna, temos tratamentos muito pobres para alcoolismo. As chances de recaída dessas pessoas são de 90%. Precisamos urgentemente de novas terapias", acrescentou.

Mente aberta - O psiquiatra Dartiu Xavier, da Unifesp, faz pesquisas com cannabis (princípio ativo da maconha) e ayahuasca. Ele afirma que, apesar dos efeitos diversos, o ponto comum entre todas as drogas psicodélicas é a alteração do estado de consciência.

"O estado de consciência induzido por essas drogas dá ao psiquiatra e ao próprio paciente um acesso à mente que normalmente não é alcançado", explica Xavier. "Isso permite que o terapeuta observe coisas que antes ficariam ocultas." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na contramão de qualquer expectativa e rompendo com as exigências mercadológicas, surgiu o projeto embrionário para fomentação das artes plásticas e de tudo apresentasse a renovação estética. De selo editorial a projeto de arte independente. Com uma máquina de Xerox, criatividade e muito experimentalismo gráfico nasceu a Livrinho de Papel Finíssimo Editora que em 2017 completa dez anos.

No entanto, a história da editora começa muito antes de 2007, no atelier coletivo Laboratório, que ficava no Pátio de São Pedro. Na época, os amigos e artistas Diogo Dodë, Quéops Negão, Gregório Vieira e Henrique Koblitz iniciaram um fanzine chamado Fusão. “Não se tinha a pretensão de ser editora. O projeto surgiu como meio de divulgar e lançar amigos”, explica o editor Camilo Maia.

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Quando começou a se tranformar em editora, a Livrinho teve várias residências artísticas. As primeiras publicações nasceram no Iraq, localizado na Rua do Sossego, área central do Recife. Depois, instalaram-se no Edifício Pernambuco, no início da efervescência cultural no espaço e, por último, na Galeria Mau Mau, no bairro do Espinheiro. Mas, foi em 2006 que decidiu-se retornar ao formato mais intimista, um home office no Engenho do Meio, onde todo trabalho de produção manual acontece ainda hoje.

Atualmente, fazem parte da equipe Camilo Maia, Fred Vasconcelos, Leta Vasconcelos e Sabrina Carvalho. Diante de um mercado editorial predatório, a editora consegue resistir através da venda de livros, feiras e editais de incentivo à cultura. "No princípio, tínhamos o SPA das Arte, que era uma grande possibilidade de agariar fundos, mas com a atual gestal acabamos perdendo um dos nossos principais incentivos", ressalta o editor.

Em uma década, a Livrinho já conta com 150 publicações em diversas áreas, artes visuiais, literatura, catálogos, textos acadêmicos e HQs. Fernado Perez, Rodrigo Braga, Miró da Muribeca e Francisco Brennand, projeto que está em processso de produção, são os autores que passaram e continuam a fazer parte das publicações da editora.

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Um decênio de autonomia e resistência dentro do mercado editorial independente

Além da produção editorial, a Livrinho também promove outras ações como oficinas de impressão, feiras de livros e festivais como o Publique-se, que é o primeiro festival no Nordeste de publicações. "Muitas vezes, a gente não recebe remuneração para ministrar as oficinas. Às vezes são oferecidos apenas hospedagem e o maquinário", afirma.

Diferente da lógica de mercado das grandes editoras, as independentes possuem contato direto com seus artistas e clientes. Um dos desafios do mercado, segundo Camilo, é a falta de investimento na área cultural. O editor critica a nova gestão e os rumos dados à área de cultura. “Com a crise e com o golpe de Estado que está acabando com a cultura, tirando a responsabilidade governamental perante a cultura, tudo fica mais difícil", expõe.

Questionado sobre os desafios do mercado independente, o editor foi categórico. "O mercado independente está aprendendo a ser mercado independente. Mas, o nosso principal desafio é como sobreviver dentro dessa lógica independente. Não há uma fórmula. Nós, editoras independestes, nos juntamos muito em feiras e eventos. Dessa forma, estamos criando um ninho dentro do mercado independente", aponta.

"Outro desafio é como criar uma distribuição nacional, para que a gente possa chegar a muitos outros lugares. A gente tem uma noção de público, mas a dúvida é como chegar. Essa logística, a gente ainda não descobriu qual é", reconhece.

Dez anos contra todas as expectativas

Para Camilo, atingir a marcar dos dez anos é uma quebra de qualquer perspectiva surgida em meio à efervescência criativa. "Esses dez anos representam uma prova de amor. Porque dez anos contra todas as expectativas de um projeto que é uma loucura artística e intelectual e de realização de objeto nosso. Ao mesmo tempo, tentamos nos profissionalizar e nos manter bem do rendimento que esse trabalho pode gerar para a gente", salienta.

"Esses dez anos são a prova da realização da teimosia, da persistência, do amor por uma coisa que não tem a ver somente com o dinheiro e o sucesso. Tem a ver com a arte, com o amor ao ofício, principalmente. E é bom, porque você olha o projeto com dez anos. Dez anos não são dez meses ou dez dias. Com os nossos passos de formiga, olhar para isso e perceber que passaram dez anos e que a gente está melhor, com mais coisas feitas, mais contatos e maior reconhecimento. Isso não tem preço", conclui.

Metade dos veículos vendidos na Noruega no primeiro bimestre de 2017 eram elétricos ou híbridos, anunciaram na segunda-feira (6) as autoridades do país, exportador de petróleo, que se propõe a proibir em 2025 a venda de automóveis com motores que funcionam apenas à base de combustíveis fósseis.

"O setor de transportes é o maior desafio na política climática da próxima década. Devemos reduzir as emissões em ao menos 40% e (...) isso só é possível eletrificando o parque automotivo", disse à AFP o ministro do Clima e Meio Ambiente, Vidar Helgesen.

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Um de cada seis automóveis vendidos no primeiro bimestre do ano na Noruega eram exclusivamente elétricos, e outros dois de cada seis eram híbridos (com dois motores, um elétrico e outro de combustível tradicional, para reduzir o nível de emissões), segundo dados do Conselho de Informação sobre Tráfego Viário.

"É importante demonstrar que é possível conseguir uma transição tecnológica e uma transformação do transporte. Desde este ponto de vista, a Noruega é um laboratório político onde demonstraremos que é possível avançar rápido" disse Helgesen.

Os avanços tecnológicos, com automóveis exclusivamente elétricos a preços acessíveis com mais de 250 quilômetros de autonomia real e que podem ser recarregados em meia hora, deram impulso às vendas e a políticas fiscais de estímulo, reduzindo os impostos dos carros "limpos" e aumentando aos de gasolina ou diesel.

Enquanto o Comitê Olímpico Internacional (COI), em conjunto com a Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês), intensifica a vigilância sobre o uso de substâncias proibidas no esporte, o Brasil enfrenta um momento de estagnação. Desde 20 de novembro de 2016, a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) está impedida de atuar por ter sido declarada em não conformidade com o Código Mundial Antidoping. Apesar do anúncio do descredenciamento apenas três meses depois dos Jogos Olímpicos do Rio, o secretário Rogério Sampaio nega que a imagem do País esteja arranhada. A expectativa é de que até o fim do mês a situação esteja resolvida.

"Nós não temos prazo, mas nesse mês de março há uma reunião da Wada em Lausanne, na Suíça, e espero que até lá a gente esteja em conformidade. É extremamente importante que a gente possa fazer o controle de dopagem", afirma.

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Em 2017, a ABCD projeta a realização de 4.200 exames antidoping e promete um número crescente nos próximos anos. "A tendência é ter um aumento de testes conforme se aproximam os Jogos Olímpicos de 2020. À medida que são definidos os representantes, você vai aumentando o número de testes também fora de competição", diz Sampaio. Daqui quatro anos, a entidade prevê concretizar entre 5.500 e 6 mil exames de controle de dopagem.

Mas a realidade ainda está bem longe dessas estatísticas. Boa parte das confederações olímpicas tem aguardado a ABCD voltar a ficar em conformidade com o Código Mundial Antidoping. É o caso, por exemplo, da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA). "O calendário da Confederação ainda não começou, logo, não existem exames em competições. A Fina realiza regularmente controles out of competition (fora de competição) nos atletas ranqueados entre os 50 melhores do mundo. O Brasil tem vários. Desta forma, os principais nadadores não estão descobertos", justifica, por meio de sua assessoria de imprensa.

A Confederação Brasileira de Judô (CBJ) também aguarda o desfecho do processo de recredenciamento e reconhece que os últimos testes foram conduzidos pela ABCD, mas já pensa em um uma alternativa. "O Plano Anual de Controle de Dopagem da CBJ prevê que os primeiros testes em competição sejam feitos em maio. Caso não seja possível realizá-los em parceria com a ABCD, a CBJ se valerá do sistema utilizado até 2015: contratará empresa para realizar as coletas e enviar as amostras para laboratório credenciado pela Wada."

Durante o período em que a ABCD está inapta de atuar, as confederações podem contratar os serviços de uma empresa de coleta particular e requisitar às respectivas federações internacionais que exerçam a função de "autoridade de teste". Mas a dificuldade financeira seria o entrave para tal medida.

A decisão tomada pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) foi criar, em janeiro, a Comissão Nacional Médica de Vôlei. "A CONMED trabalha em parceria com a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), responsável legal pelo controle de dopagem em todo o território nacional, e tem a expectativa de controle de dopagem em 80 eventos seus ainda no primeiro semestre, entre Superliga e circuitos de vôlei de praia."

Já a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) recorreu a um antigo parceiro. Criada em 2005, a Comissão Antidopagem da CBAt (Conad) vinha atuando apenas como um órgão consultivo desde que a ABCD assumiu o controle antidoping do País. Diante da lacuna aberta em novembro, a Conad - sob auspício da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês) - retomou o trabalho. Até agora, foram realizados 50 exames - 28 brasileiros e 22 estrangeiros - e todas as amostras foram encaminhadas para testes no Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD), no Rio.

"Nosso planejamento é fazer mais de 800 testes durante o ano, mas agora estamos atuando de forma limitada, até mesmo por questão orçamentária. A CBAt está fazendo o máximo que pode para o atletismo não ficar sem controle antidopagem", explica o presidente Thomaz Mattos de Paiva. E complementa: "Quando a ABCD voltar à carga, trabalharemos em sinergia para a melhora do controle".

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) inaugurou nesta terça-feira, 17, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, um novo laboratório para análise das emissões de veículos movidos a diesel.

Similar aos mais modernos do mundo, o laboratório vai permitir que a agência realize pesquisas sobre as emissões geradas por automóveis e vai dar subsídios ao governo na formulação de medidas públicas de controle da poluição veicular. Irá permitir que os protótipos feitos pelas montadoras sejam testados para que se saiba se eles atendem aos parametrôs da legislação.

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O laboratório tem uma área total de 663 metros quadrados, capacidade para analisar 120 veículos e está instalado em um terreno de 15 mil metros quadrados. O valor de implantação de R$ 12 milhões, pago com dinheiro do governo do estado, do governo federal e da indústria automobilística.

Um ano após a explosão de casos do vírus zika na América Latina, a doença continua a ser "negligenciada" mundialmente, principalmente pelos países ricos, mas "é um risco subestimar este vírus", cujas complicações podem ser mortais, alerta a especialista brasileira Adriana Melo.

Primeira a estabelecer a ligação entre o zika e os casos de microcefalia em bebês nascidos de mães infectadas, a médica lança um apelo para "estudar melhor esta doença que veio para ficar".

"O zika é uma doença negligenciada no Brasil e no mundo. Devemos lembrar que hoje sabemos que existem outras vias de transmissão (por contato sexual) e que pode surgir em qualquer lugar e em qualquer país", alerta Adriana Melo, em entrevista à AFP, paralelamente a uma reunião de especialistas internacionais no Rio de Janeiro para fazer um balanço das pesquisas relacionadas à doença.

"Esta é uma doença que não interessa a muitos países ricos, porque acreditam que ela não chegará até eles, mas é um risco subestimar este vírus. Tenho muito medo de vírus", alerta, acrescentando que o Brasil continua sob a ameaça de muitos vírus, incluindo a "febre Mayaro, já presente na Amazônia".

Ela lamenta que há "poucos estudos clínicos sobre o zika em comparação com estudos de laboratório", recordando que este vírus pode resultar não apenas na microcefalia em bebês (perímetro craniano menor que o normal, que leva a um atraso no desenvolvimento), mas também em uma síndrome neurológica grave, a síndrome de Guillain-Barré em adultos, as duas potencialmente fatais.

O Brasil tem sido até agora o país mais afetado pela epidemia de zika, com cerca de 1,5 milhão de pessoas infectadas e 2.079 bebês nascidos com uma malformação do cérebro, de acordo com dados oficiais. Há também 3.077 casos que ainda estão sob estudo. Por enquanto, não existe tratamento nem vacina para a doença.

Outros países do continente, como a Colômbia, Venezuela e, em menor medida, México e Argentina, também são afetados. Os Estados Unidos registraram pela primeira vez em julho casos de contaminação na Flórida.

'Condições ideais' no Brasil

Melo recomenda aproveitar "a calmaria após o surto de 2015 para que evoluam as pesquisas sobre este vírus", transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, também vetor da dengue e chikungunya.

"A redução do número de casos não significa que o vírus não exista mais. Nós ainda sabemos muito pouco a seu respeito. Não se sabe se o vírus pode se reativar ou mutar, como no caso da dengue, que possui hoje quatro subtipos", afirma a especialista.

Casos da doença vem aparecendo desde 2013-2014 na Polinésia Francesa, mas "como este é um país pequeno, não atraiu a atenção internacional", ressalta. No Brasil, país de tamanho continental, "o vírus encontrou condições ideais" para se espalhar, especialmente nos estados pobres do nordeste, onde há problemas de saneamento básico e uma seca severa.

"A população estava armazenando água", e a água parada é ideal para a proliferação do mosquito, lembra a pesquisadora. "Mas não sabemos por que houve esse número terrível de casos no nordeste e tão poucos no Rio de Janeiro, onde ainda há muitas favelas" em condições precárias. Foi no final de setembro de 2015 que a médica constatou em uma de suas pacientes que havia feito todos os ultrassons uma alteração no cerebelo do feto na 20ª semana de gravidez.

"Duas ou três semanas depois, a cabeça do bebê não tinha crescido, e eu comecei a ver calcificações. No mesmo dia, veio a notícia de 60 casos de bebês com microcefalia em Pernambuco (nordeste). Eu telefonei para a minha paciente e ela me disse que tinha tido zika". 

Melo entrou em contato com a Fundação Oswaldo Cruz para realizar exames do líquido amniótico de sua paciente. "Coletei o líquido em 10 de novembro e no dia 17, a presença do vírus zika no líquido amniótico foi confirmada oficialmente", diz.

Um osso sintético composto por um biomaterial maleável e resistente fabricado com uma impressora 3D estimulou a regeneração óssea natural em animais de laboratório, segundo um estudo publicado na quarta-feira.

A descoberta abre caminho para a realização de implantes e próteses mais baratos para tratar uma série de doenças ósseas, dentais e para cirurgias plásticas, afirmou a pesquisa publicada na revista americana Science Translational Medicine.

Os pesquisadores conseguiram reparar com sucesso uma lesão na coluna vertebral de ratos ao estimular a fusão vertebral e uma malformação de crânio em um macaco, cuja lesão se fechou em quatro semanas sem nenhum sinal de infecção ou de efeitos colaterais. Diferentemente de outros enxertos ósseos sintéticos, este novo material é ao mesmo tempo elástico e muito sólido.

Também pode ser recortado facilmente e é capaz de regenerar os tecidos ósseos naturais sem a necessidade de se aplicar substâncias que promovam o crescimento do osso, afirmaram os pesquisadores.

"Este trabalho representa o que poderia ser o próximo avanço em ortopedia, cirurgias cranianas, faciais e pediátricas quando se trata de reparar e regenerar os ossos", disse Ramille Shah, professora adjunta de ciência de materiais e de cirurgia na Universidade de Northwestern (Illinois, norte dos Estados Unidos), que dirigiu o estudo.

A equipe de pesquisa descobriu uma fórmula de tinta para impressoras 3D que permite usá-la como material de hidroxiapatita, o principal componente mineral dos tecidos ósseos, que representa até 98% da concentração total. A porcentagem restante é constituída por um polímero biocompatível e biodegradável, disse Shah.

Uma vez implantado nos animais de laboratório, este novo osso sintético se funde rapidamente com os tecidos que o rodeiam e regenera o osso natural. As primeiras aplicações clínicas poderiam ser possíveis em cinco anos, esperam os pesquisadores, ressaltando que a maior parte dos materiais usados já foi individualmente aprovada pelas autoridades americanas para aplicações médicas.

A eleição municipal deste ano deverá trazer vários sinais sobre como será a disputa presidencial em 2018. A mudança das regras, somada a fatos novos surgidos desde o último pleito, sobretudo as denúncias de corrupção, promete transformar a forma de se fazer campanha e, por consequência, a percepção dos eleitores a respeito dos partidos e dos candidatos. E pode servir de "laboratório" para a próxima eleição.

Cientistas políticos ouvidos pelo Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, destacam que se deve ficar atento em especial a como os políticos e eleitores reagem à proibição do financiamento empresarial, ao menor tempo de campanha, ao desempenho de nomes que têm apoio de possíveis presidenciáveis e ao provável enfraquecimento de partidos envolvidos na Lava Jato.

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Sem receber doações de empresas, as candidaturas terão à disposição apenas os recursos do Fundo Partidário ou doados por pessoas físicas. Os candidatos, além disso, terão menos contato com os eleitores, já que o tempo de campanha nas ruas e nos palanques caiu de 90 para 45 dias. No rádio e na televisão, a redução foi de 45 para 35 dias. As restrições, afirmam os analistas, devem prejudicar principalmente os nomes desconhecidos, que terão mais dificuldade para se apresentarem ao eleitorado.

"A crise política poderia fazer surgir novas figuras, mas os grandes partidos não vão querer apostar nesses, porque não há dinheiro nem tempo suficiente para fazê-los despontar", avalia Humberto Dantas, cientista político associado da 4E Consultoria. Sairão na frente, portanto, os candidatos que já possuem uma história política relevante. "Tive a oportunidade de analisar as pesquisas de intenção de voto em 22 capitais. Em todas, os três primeiros colocados são prefeitos, ex-prefeitos ou deputados e senadores", disse.

Podem fugir à regra os candidatos que, apesar de pouco conhecidos, dispõem de recursos próprios para bancar a campanha. É o caso do empresário João Doria, que não tem um passado político, mas é a aposta do PSDB para a disputa em São Paulo. Dono de um grupo de empresas, o tucano terá o desafio de derrotar o deputado federal Celso Russomanno (PRB), a ex-prefeita e senadora Marta Suplicy (PMDB), a ex-prefeita e deputada federal Luiza Erundina (PSOL) e o prefeito Fernando Haddad (PT), os quatro primeiros colocados, nesta ordem, nas últimas pesquisas de intenção de voto.

Embora continuem como favoritos na maioria das cidades, os grandes partidos devem eleger menos prefeitos e vereadores nesta eleição, esperam os analistas. Não só em razão dos desdobramentos da Operação Lava Jato, mas também porque falharam em produzir novas lideranças. "Assim, a pulverização das instâncias de mando, a começar com as prefeituras, trará uma inédita perda da fé pública, e os candidatos à Presidência em 2018, não possuindo os recursos milionários do passado recente para gastar em propaganda, precisarão como nunca das alianças que lhes garantem horário de rádio e TV", prevê o professor Roberto Romano, que leciona Filosofia e Ética na Unicamp.

Romano, no entanto, ressalta que as pequenas siglas também não abrigam políticos com capacidade de cativar eleitores que perderam a fé na política, como ocorreu com Fernando Collor em 1989, à época no inexpressivo PRN. Com isso, ele teme que o vácuo de lideranças seja ocupado por figuras autoritárias, que, independentemente do partido, prometam resolver a crise por meio da força ditatorial, a exemplo do que tem feito Donald Trump em sua campanha para presidente dos Estados Unidos. "A ausência de grandes lideranças é problema de quase todas as democracias de hoje", lamenta o professor.

PT

Na avaliação dos analistas, o Partido dos Trabalhadores será o mais prejudicado nas eleições municipais, principalmente em razão das denúncias de corrupção reveladas pela Lava Jato. "Não porque o PT seja o mais culpado. O PP, por exemplo, tem mais políticos envolvidos na investigação do que o PT. Mas o fato de comandar o governo federal nos últimos 13 anos e ter figuras como o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva no centro das investigações fazem com que o PT seja o mais afetado", argumenta o cientista político Leandro Consentino.

Não é a toa que, com a desfiliação de dezenas de prefeitos eleitos em 2012, o PT disputará, em 2016, o menor número de prefeituras em 20 anos, conforme levantamento publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo na última segunda-feira, 8. Se perder em capitais importantes, como em São Paulo, onde Haddad tenta a reeleição, a sigla poderá chegar ainda mais enfraquecida à disputa em 2018. Diante disso, Dantas, da 4E, acredita que o campo da esquerda deverá abrir espaço para partidos como o PCdoB, o PSOL e o PDT, este último com a intenção de fortalecer a candidatura de Ciro Gomes para 2018.

As eleições municipais também serão uma oportunidade para que presidenciáveis tucanos meçam sua influência política, afirma o cientista político Rafael Cortez. Se Doria sair vitorioso em São Paulo, será uma demonstração de força do governador Geraldo Alckmin. O mesmo ocorrerá se o nome apoiado pelo senador Aécio Neves em Belo Horizonte, João Leite, ganhar a disputa na capital mineira.

"Nas pesquisas para presidente em 2018, nenhum dos possíveis nomes do PSDB se sobressai, portanto, está tudo muito em aberto, não existe candidato natural. As eleições municipais são o primeiro passo. Não é por acaso que Alckmin se empenhou para Doria ganhar as prévias do PSDB para a eleição em São Paulo", avalia Cortez. Na ocasião, o nome apoiado por José Serra nas prévias, Andrea Matarazzo, desistiu da disputa e migrou para o PSD, pelo qual será vice na chapa de Marta Suplicy.

O gigante farmacêutico Pfizer informou que proibirá, de agora em diante, o uso de seus produtos em execuções, uma decisão que priva os estados americanos da última fonte disponível de substâncias legais para aplicar injeções letais. Os opositores da pena de morte comemoraram, neste sábado (14), o anúncio da Pfizer, que se soma a outras várias empresas do setor farmacêutico.

"A Pfizer fabrica produtos para melhorar e salvar a vida dos pacientes. Conforme esses valores, a Pfizer se opõe ao uso de seus produtos em injeções letais para a pena capital", anunciou o grupo na sexta-feira em seu site da Internet.

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A empresa explica que a entrega de sete produtos estará limitada a um grupo de distribuidores e compradores que se comprometem a não revendê-los a instituições penais. Os estabelecimentos públicos compradores deverão certificar que os produtos serão empregados somente com fins médicos.

A diretora da associação contra a pena de morte Reprieve, Maya Foa, classificou a decisão da Pfizer de "exemplar". Segundo ela, mais de 25 laboratórios farmacêuticos tomaram medidas similares às da Pfizer.

O número de execuções caiu nesses últimos anos nos Estados Unidos, entre outros motivos, devido à falta de substâncias para as injeções. Em 2015, foram executados 28 presos nos 31 estados onde ainda se aplica a pena capital. É o número mais baixo desde 1991, quando 14 detentos foram executados.

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O Clube de Ciências Prof. Dr. Cristovam W. P. Diniz, sediado no campus da Universidade Federal do Pará (UFPA) de Castanhal, apresenta uma nova cartilha de ensinar e aprender ciências: a construção do saber científico por meio da resolução de problemas do cotidiano. Os encontros ocorrem aos sábados e reúnem crianças de escolas públicas do município, localizado na região nordeste paraense (veja vídeo acima).

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Em entrevista ao portal LeiaJá, o responsável pelo Clube, professor João Malheiros, falou sobre o diferencial do projeto. “O Clube de Ciências é um espaço para que os alunos possam pensar sobre os experimentos de uma maneira diferente do que é normalmente trabalhado nas escolas, onde o professor, além de deter o conhecimento, passa-o para o aluno de forma pronta e acabada. Aqui, as crianças são estimuladas a cada encontro a pensar”, contou.

Em média, a resolução de um problema científico se estende por dois encontros. No primeiro, são apresentados o experimento, os materiais que serão utilizados e a pergunta central, que deverá ser respondida pelos alunos no final durante a mesa de discussão professor-aluno. No segundo momento, após aproximação com a realidade, o aluno é convidado a fazer uma espécie de relatório do experimento, seja por meio da escrita, dos desenhos ou da fala. “No Clube, os nossos alunos passam por todas as fases de explanação da experiência, desde a escrita até a linguagem oral, onde ele expõe a sua linha de raciocínio. O que é muito importante, pois, na maioria das vezes, a linha de raciocínio do aluno não bate com a do professor, e isso faz com que haja uma falsa assimilação do conteúdo. O Clube trabalha para que essa assimilação seja verdadeira.”

Ao trabalhar com as crianças do ensino fundamental, o Clube ajuda no fortalecimento da base escolar através da popularização da ciência e da iniciação científica infantojuvenil. A formação inicial e continuada de professores de Ciências é também objetivo do Clube; exemplo disso é a professora mestranda de Matemática Willa Almeida, que já levou a nova cartilha para dentro das salas de aula. “A experiência é muito rica. Apesar de os alunos sentirem a diferença de início, aos poucos eles vão vendo o quanto é rica a metodologia e o quanto eles podem aprender a partir do que eles já sabem. Uma vez adaptados, eles não querem voltar ao método tradicional.”

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Um laboratório clandestino de crack foi descoberto no bairro do Barro, na Zona Oeste do Recife, divulgou a Polícia Federal nesta quarta-feira (20). O local foi encontrado após a prisão do suspeito Cleiton Arruda Nogocequi, na quarta-feira (13) passada, flagrado com fenacetina, gesso em pó, bicarbonato de sódio e manitol, materiais usados na produção da droga.

De acordo com a Polícia Federal, os registros nominais de possíveis aquisições ou compras de bens e imóveis realizados por Cleiton revelavam que ele havia alugado um imóvel no mês de março. Segundo o proprietário do local, o suspeito teria dito que seu objetivo era abrir um comércio de ração animal.

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No imóvel, no último sábado (16), os policiais encontraram fogão, forno micro-ondas, peneiras, duas prensas hidráulicas, formas de madeira e de ferro usadas para moldar tabletes de crack, além de produtos químicos, analgésicos, balança de precisão e toneis. O proprietário não teria envolvimento com os atos criminosos.

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Foi constatado que o laboratório ainda não havia sido utilizado, porque o suspeito não conseguiu adquirir a pasta base de cocaína, que, misturada com os produtos químicos apreendidos com ele, produziria o material entorpecente.  As prensas hidráulicas encontradas no recinto faz a Polícia Federal acreditar que a organização criminosa de Cleiton tinha o objetivo de produzir grandes quantidades de crack para posteriormente ser revendida em todo o estado de Pernambuco. 

Na ocasião da prisão de Cleiton, ele foi autuado por tráfico interestadual e por adquirir, transportar e trazer matéria-prima destinada à preparação de drogas. O suspeito pode pegar até 20 anos de prisão. As investigações prosseguem para identificar e prender os possíveis integrantes da quadrilha. 

Laboratório oficial do governo do Estado do Rio e centro de pesquisa onde cientistas desenvolvem um soro antizika, o Instituto Vital Brazil (IVB), enfrenta uma crise institucional. A diretoria foi demitida há 15 dias pelo secretário da Saúde, Luiz Antonio Teixeira Júnior, que assumiu o cargo em janeiro.

Diante da informação de que só o Conselho de Administração poderia tomar tal decisão, o secretário convocou assembleia e destituiu os conselheiros, cujos mandatos iam até 2018. Ele devolveu ao IVB, produtor de soros e medicamentos, o programa assistencial de distribuição de fraldas.

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"O Vital Brazil está sob ameaça. Essa política de terra arrasada, de substituir a diretoria inteira, é um atraso", criticou o ex-diretor presidente Antônio Werneck. O secretário Teixeira Júnior disse que é critério dele definir qual será a função do Vital Brazil. "O Estado investe R$ 50 milhões no IVB. E o que ele produz para o Rio? O instituto faz soro e medicamento para vender para o Ministério da Saúde. O IVB tem que prestar serviço ao Rio." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O recém-criado Serviço de Referência Regional em Arbovírus da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) vai investigar a continuidade da circulação do zika vírus nas regiões com maior incidência de casos. O estudo será realizado no laboratório de virologia e terapia experimental.

Os casos suspeitos de infecção pelo zika serão encaminhados para os Laboratórios Centrais de Saúde Pública (LACENs). Nessas unidades serão realizados testes sorológicos para dengue e outras infecções de interesse. O diagnóstico vai ser feito como prioridade para os LACENs.

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“A Fiocruz vai receber algumas poucas amostras, que tem como intuito apenas monitorar a circulação do vírus em alguns estados selecionados, que seriam Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte”, afirmou o pesquisador da Fundação, Rafael França. O Serviço vai testar semanalmente 30 amostras de soro sanguíneo de pacientes com diagnóstico clínico de zika. 

LeiaJá também:

--> Estudo investigará ligação do zika com a microcefalia

Ainda conforme o pesquisador, os exames sorológicos para zika ainda não estão disponíveis para que possam ser implementados. “Estamos trabalhando em desenvolver novas metodologias para detecção de anticorpos anti-zika”.

"Uma limitação para os testes disponíveis atualmente é que eles detectam a presença de pequenos fragmentos dos genomas do vírus. E para conseguirmos detectar isso a pessoa tem que estar no período virêmico, ou seja, ela tem que estar com o vírus circulante no momento que a mostra foi detectada. Esse período ocorre em geral até sete dias após o aparecimento dos sintomas".

Um dos intuitos do laboratório é desenvolver novas ferramentas sorológicas que possam auxiliar no diagnóstico da infecação por zika e outros vírus de interesse.

O Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP) autuou o laboratório que produz a substância fosfoetanolamina sintética, instalado no Instituto de Química de São Carlos (IQSC), da Universidade de São Paulo (USP).

De acordo com nota do conselho publicada na última quinta-feira, 29, no local está sendo sintetizada essa substância, utilizada com a indicação terapêutica para tratamento de câncer, estudada pelo professor Gilberto Chierice há 20 anos. "Porém, a indústria desse insumo farmacêutico não conta com farmacêutico responsável perante o CRF-SP", informa a nota.

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Ainda segundo o CRF-SP, o local foi autuado por não ter farmacêutico em nenhuma das fases de produção e síntese de insumo farmacêutico, bem como na manipulação e na dispensação das cápsulas que contêm fosfoetanolamina.

"Para ser considerada medicamento possível de utilização de forma segura no País, a fosfoetanolamina teria de ser registrada segundo as normas sanitárias do governo federal", informa. O Instituto de Química ainda não se manifestou sobre a autuação.

A produção das cápsulas atende exclusivamente a portadores de câncer que obtiveram liminares na Justiça para o fornecimento da fosfoetanolamina.

Cientistas americanos conseguiram fazer crescer em laboratório uma versão quase completa de um pequeno cérebro humano, algo que - alegam - pode representar um avanço crucial para o tratamento de doenças neurológicas.

Rene Anand, professor da Universidade Estadual de Ohio, conseguiu fazer crescer um cérebro com uma maturidade similar a de um feto de cinco semanas, informou a universidade. "Não apenas se parece com um cérebro em desenvolvimento, seus diversos tipos de células expressam quase todos os genes como um cérebro", disse Anand.

Com o tamanho de uma ervilha, o cérebro inclui múltiplos tipos de células, todas as principais regiões do cérebro e uma medula espinhal, mas carece de sistema vascular, explicou a universidade. Foi desenvolvido a partir de células de pele humana e, segundo os cientistas, é o cérebro de seu tipo mais completo conhecido até agora. Anand apresentou seu trabalho na terça-feira durante um evento militar sobre saúde na Flórida.

Em geral, os avanços científicos importantes são divulgados em publicações especializadas, após avaliações de comitês independentes. Anand e um colega fundaram uma empresa em Ohio para comercializar o sistema de crescimento cerebral, segundo a universidade. "O poder deste modelo de cérebro é um bom presságio para a saúde humana porque nos dá opções melhores e mais relevantes para testar e desenvolver tratamentos que em roedores", afirmou Anand em um comunicado.

O Instituto de Pesos e Medidas de Pernambuco (Ipem-PE), que representa o Inmetro no Estado, inaugurou nessa terça-feira (30) o laboratório de medidor de energia elétrica. A partir de agora, a população pode recorrer à verificação do medidor de energia elétrica, em caso de suspeita. O cliente poderá acompanhar os testes, e em caso de falha, já sai com o laudo técnico, que comprovará a irregularidade perante á justiça.

De acordo com o presidente do orgão, Pedro Paulo Neto, o serviço que o Ipem passa a oferecer à sociedade é de extrema importância. “A partir de agora o consumidor pernambucano ganha um grande aliado na defesa de seus direitos. Esse laboratório é um instrumento que faltava para fazer as verificações e perícias dos medidores de energia elétrica das residências e estabelecimentos”, afirma.

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Para retirar o equipamento, que o consumidor deseja que seja testado, Pedro Paulo indica que o interessado procure os orgãos competentes. "Através de nossa Ouvidoria 0800 081 1526, ou de toda rede de defesa dos direitos do consumidor – Procon, Ministério Público, Defensoria Pública, o público pode exigir da companhia elétrica (Celpe) a remoção do medidor e garantir uma verificação isenta e com padrão de qualidade Inmetro”, completa.

Treinamento -Técnicos do Ipem-PE participaram, entre os dias 09 e 11 desse mês, do treinamento do sistema de medição e verificação por solicitação de usuário/proprietário de medidores de energia elétrica. O curso ocorreu no laboratório de medidor de energia, na sede do órgão, e contou com o monitoramento do instrutor especializado na área, Bruno Couto, vindo do Inmetro. O objetivo do treinamento foi preparar os novos fiscais para operacionalizar a mesa Bohnen + Mesctek, equipamento mais moderno e tecnologia de ponta, que ampliará o número de verificações do medidor ao mesmo tempo. A partir de então, o setor já foi reativado e atenderá ao grande público que solicitar a verificação do medidor, podendo ser de residência ou estabelecimento.

SERVIÇO:

Laboratório de Medidor de Energia Elétrica

Funcionamento: de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 14h.

Local: sede do Ipem-PE – que fica na avenida Professor Luiz Freire, 900, Cidade Universitária

Contato: (81) 3184.4754 | Ouvidoria: 0800 081 1526

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