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A Universidade de São Paulo (USP) anunciou, nesta terça-feira (7), que o retorno das atividades presenciais dos laboratórios de pesquisa poderá ser feito a partir da segunda quinzena do mês de agosto de forma escalonada, conforme consta no documento divulgado, na última sexta-feira (3), pelo grupo de trabalho coordenado pelo vice-reitor da Universidade, Antonio Carlos Hernandes.

O documento é relativo ao plano de readequação para o ano acadêmico de 2020 voltado para as atividades de pesquisa. O grupo ainda detalha nele as ações que devem ser tomadas pelos gestores das Unidades de Ensino e Pesquisa em relação ao ambiente, como lacrar temporariamente ou higienizar frequentemente os bebedouros de água de pressão, providenciar dispensadores para álcool em gel e sabonete líquido e realizar marcações (no chão, por exemplo) para estabelecer ao distanciamento social de, no mínimo, 1,5 m, entre as pessoas.

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Segundo a USP, no que se refere às ações de planejamento administrativo, o dirigente deverá criar um plano de distribuição dos EPIs (máscaras e protetores faciais), álcool em gel 70% e sabonete líquido, que serão fornecidos pela Reitoria; definir plano de limpeza de banheiros, lavatórios, vestiários, elevadores e corrimão, o que deve ocorrer, ao menos, duas vezes ao dia; estabelecer plano de uso de elevador; e preparar material próprio de comunicação para a comunidade da unidade e visitantes externos, entre outras medidas.

“As recomendações apresentadas pelo grupo de trabalho devem servir de guia na preparação das unidades quanto ao retorno das atividades nos laboratórios. É importante ressaltar, mais uma vez, que a premissa basilar deste plano está fundamentada na proteção e na preservação da saúde e da vida de nossa comunidade”, destaca o vice-reitor por meio de nota.

Começa nesta terça-feira (23) a II Semana Estadual de Ciência, Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento, promovida pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica do Pará (Sectet), em formato virtual, por meio de ferramentas on-line do Google. Com o tema “Em tempos de pandemia”, as discussões serão voltadas para as tendências, as pesquisas e os estudos mais recentes relacionados ao novo coronavírus. 

Gratuito, o evento terá formato interativo. As palestras e rodas de conversa vão até sexta-feira (26).

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O segundo dia do evento terá uma programação exclusiva promovida pela Associação Paraense de Tecnologia e Inovação-Açaí Valley, que reunirá os palestrantes Thiago Matsumoto, Caio Vassão, Carlos Nepomuceno e outras personalidades para falar sobre as inovações tecnológicas no mercado em decorrência da pandemia. “A Açaí Valley pensou em uma programação voltada para os nossos associados, startups, investidores e o ecossistema de inovação como um todo. Ficamos muito felizes em estar inseridos nesse projeto, pois sabemos que é um momento oportuno para dar suporte a essas empresas que passam por uma situação muito delicada”, afirmou Antônio Correa, presidente da Açaí Valley. 

A Semana tem apoio da empresa de inovação Inteceleri, localizada no Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (PCT-Guamá). Para se inscrever no Açaí Valley Day, acesse aqui.

Deméthrius Lucena, diretor de Ciência e Tecnologia (DCT), falou sobre as propostas da edição. “Esse ano o evento será 100% on-line e os convidados, que já somam mais de 60 personalidades, abordarão o que têm feito em relação a ciência, tecnologia e inovações que surgiram durante a pandemia”, disse. 

Serviço

II Semana Estadual de Ciência, Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento.

Data: 23 a 26 de junho.

Horário: A partir das 9h.

Local: Plataforma Zoom.

Inscriçoes aqui.

Por Débora Barbosa, especialmente para o LeiaJá.

Diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus afirmou nesta quarta-feira, 3, que a entidade retomará pesquisas com a hidroxicloroquina. Durante entrevista coletiva, ele lembrou que, na semana passada, o grupo executivo do ensaio clínico Solidariedade havia decidido fazer uma "pausa temporária" no braço com o uso desse medicamento em seu ensaio clínico, "por causa de preocupações levantadas sobre a segurança do remédio".

Ghebreyesus afirmou que a decisão havia sido uma precaução, enquanto os dados relativos à segurança eram revisados. Agora, o Comitê de Segurança e Monitoramento de Dados do ensaio clínico Solidariedade revisou os dados e, com base nos números de mortalidade disponíveis, recomendou que "não há razões para modificar o protocolo do estudo", disse o diretor-geral da OMS.

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O Grupo Executivo do estudo recebeu a recomendação e deu o aval para a continuação de todas as linhas do Solidariedade, "incluindo a hidroxicloroquina", afirmou Ghebreyesus. Segundo ele, o comitê de monitoramento continuará a verificar a segurança de todos os medicamentos usados. "Até agora, mais de 3.500 pacientes foram recrutados em 35 países", disse ele sobre o ensaio clínico Solidariedade.

Também presente na entrevista coletiva, a cientista-chefe da entidade, Soumya Swaminathan, lembrou que, apesar de que os estudos continuam, não há medicamento que tenha se saído tão bem: "Até agora, não há evidência de que qualquer medicamento reduza a mortalidade em pacientes da covid-19", afirmou. De qualquer modo, ela também disse que a OMS continua a incentivar os estudos de medicamentos contra a doença, no quadro atual.

Questionada novamente sobre a hidroxicloroquina, Swaminathan ressaltou que o que foi permitido foi a retomada dos estudos clínico: "Isso é muito diferente de fazer uma recomendação" de uso do medicamento, ressaltou, apontando que as investigações em andamento é que devem mostrar se ele pode ou não ser eficiente contra a doença.

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) anunciou os 25 cursos de mestrado em enfermagem que receberão um repasse total no valor de R$ 4,8 mi. A ação, que conta com o apoio do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), tem o intuito de aumentar a capacitação profissional e o desenvolvimento de pesquisas no campo.

O edital com o resultado final do acordo entre a Capes e o Cofen foi divulgado na edição desta quinta-feira (28) do Diário Oficial da União (DOU) e na página da Capes.

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Foram autorizadas 25 das 28 propostas enviadas, que oferecerão, no total, 180 vagas. Devido à situação de emergência da saúde pública causada pela pandemia do novo coronavírus, as inscrições e o começo das aulas serão decididas por cada entidade.

O repasse será direcionado aos Programas de Pós-Graduação (PPGs) profissionais, em que o foco é a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e a Gestão em Enfermagem. O trato também proporciona a cooperação acadêmica e o desenvolvimento de pesquisa científica e tecnológica.

Duas modalidades são previstas no edital. Os cursos de mestrado profissional indicados pela Capes terão recurso total de R$ 3 mi, com valor máximo de R$ 250 mil por projeto. Os cursos que forem ofertados por meio de cooperação institucional, por PPGs que possuam nota de avaliação mínima de 4, terão recurso de R$ 1,8 mi e valor máximo de R$ 300 mil por projeto. Nesse último caso, as aulas serão realizadas em uma entidade receptora, que assegurará a infraestrutura e o apoio administrativo.

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A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) denunciou que cartões utilizados por pró-reitores e coordenadores de projetos de pós-graduação foram clonados. Segundo publicação da entidade nessa segunda-feira (11), as irregularidades chegam a R$ 1,8 milhão que seriam destinados a recursos usados em pesquisas científicas no Brasil.

De acordo com a Capes, a Polícia Federal (PF) foi acionada para conduzir as investigações. Até então, não foram revelados os responsáveis pelas clonagens, no entanto, a Coordenação informou que os valores estão sendo estornados pelas bandeiras dos cartões, “sem prejuízo aos pesquisadores”. A estimativa é que podem ter sido clonados 188 cartões de coordenadores do Programa Institucional de Internacionalização (PrInt) e, como consequência, saques indevidos foram feitos pelos acusados.

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“São 700 cartões oferecidos para o Programa pela CAPES desde 2018, quando seu uso foi instituído no PrInt. As clonagens teriam ocorrido principalmente em ações de compra pela internet em sites fora do país. O cartão Banco do Brasil Pesquisa destina-se ao custeio de material de laboratório e de missões de trabalho relacionados à pesquisa científica desenvolvida pelos pesquisadores da CAPES”, detalhou a Coordenação.

Segundo a Capes, a utilização do cartão é pessoal e intransferível. “Como são utilizados apenas por pró-reitores e coordenadores de projetos, todos os beneficiários estão no Brasil. Para adquirir materiais no Brasil, só é possível usar a função de débito ou sacar os recursos. Caso haja a necessidade de aquisição de insumos no exterior, é possível comprar em qualquer moeda, como dólar ou euro, por exemplo”, acrescentou.

Para combater as investidas dos investigados, o Banco do Brasil e a Capes determinaram o bloqueio imediato da funcionalidade “uso no exterior” em todos os cartões que se tornaram alvo das clonagens. O procedimento será mantido até que sejam realizadas novas ações de segurança, principalmente a partir das investigações da PF.

Os pesquisadores que precisarem utilizar os cartões no exterior deverão solicitar autorizações específicas, por meio de um e-mail direcionado à Diretoria de Gestão da Coordenação. O contato é cgof@capes.gov.br.

“A Coordenação recomenda ainda que os beneficiários redobrem o cuidado durante o uso, não forneçam os dados do cartão a terceiros e façam um acompanhamento cuidadoso dos extratos de modo a identificar, com rapidez, possíveis fraudes. De acordo com o regulamento do programa, o usuário deverá também solicitar o bloqueio do cartão e contestar as transações não reconhecidas – em até 90 dias da ocorrência – na Central de Atendimento do Banco do Brasil. Além disso, deve registrar o fato no Sistema de Bolsas e Auxílios (SCBA) da CAPES pelo site”, determinou a instituição.

Universidades federais conduzem no Brasil pelo menos 823 pesquisas relacionadas ao novo coronavírus. Além disso, há pelo menos 96 ações de produção de álcool e produtos sanitizantes e 104 ações de produção de equipamentos de proteção individual, como protetores faciais, máscaras de pano e aventais.

O balanço, que envolveu 46 das 67 instituições federais foi divulgado hoje (11) pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), por meio de videoconferência. Atualmente, a maior parte das universidades federais está com as aulas suspensas para evitar a propagação do novo vírus. No entanto, de acordo com o presidente da Andifes, João Carlos Salles Pires da Silva, as instituições não deixaram de trabalhar e de ocupar a linha de frente no combate à covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

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As universidades foram responsáveis, até o momento, por exemplo, pela produção de mais de 990 mil litros de álcool gel, mais de 910 mil litros de álcool líquido e mais de 160 mil protetores faciais. Há também, pelo menos 53 ações de testagem para o novo coronavírus, responsáveis pela realização de 2,6 mil testes por dia. Nos hospitais universitários, as instituições disponibilizaram mais de 2,2 mil leitos normais e quase 500 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

De acordo com a reitora da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Lucia Campos Pellanda, que participou da coletiva de imprensa, as pesquisas vão desde a identificação do genoma do novo vírus, o que poderá possibilitar a produção de uma vacina, do trabalho em sistemas informatizados para computar os casos do novo coronavírus, identificando onde eles estão por georreferenciamento, à estudos para produção de testes a custos mais baixos, uma vez que os testes produzidos hoje dependem de componentes importados. 

“As universidades públicas, assim como o Sistema Único de Saúde (SUS) têm tido as respostas mais eficazes nesse momento. Evidentemente, estão dando respostas com as condições que têm. Estamos sofrendo uma defasagem orçamentária que se não houvesse permitiria respostas mais robustas das universidades. Acho que as universidades estão enfrentando isso com seriedade imensa e é isso que esses números apresentam”, ressaltou o presidente da Andifes. 

Volta às aulas

De acordo com Silva, não há uma orientação única da Andifes em relação à retomada das aulas nas universidades. O presidente da associação destaca que isso depende de cada instituição e do contexto em que está inserida. As universidades organizaram um grupo para discutir as condições para que essa retomada seja feita de forma segura.

Segundo Silva, o ano letivo de 2020 poderá se estender até 2021. “Não podemos confundir o calendário do ano letivo, dos semestres letivos, com ano civil, o que significa que nossas atividades letivas de 2020 podem entrar no ano de 2021”.

A reitora da UFCSPA explica que a volta precisa ser planejada para não representar risco de contaminação. “Universidades atraem pessoas de todos os estados. São locais de grande circulação, nos campi e nas cidades. Podem representar a volta de um surto epidêmico. Geralmente, nos planos de retomada controlada nos estados, as universidades são as últimas que voltam”, diz e acrescenta: “[Agora] estamos voltados para o enfrentamento da pandemia, docentes, discentes e técnicos estão trabalhando na linha de frente”.

Enem

Sem previsão para o retorno das aulas, o presidente da Andifes, defende que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) considere adiar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O exame é usado como forma de ingresso, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), em universidades públicas de todo o país.

“Não podemos dissimular a gravidade da situação e simular normalidade. Sem dúvida alguma, seria irresponsável da nossa parte”, diz. “Não podemos realizar um exame se a sua realização significar agravar desigualdades, deixar pessoas, abandonar pessoas, nesse momento. A Andifes não defenderia jamais isso”, acrescenta.

Segundo ele, o pedido de adiamento do Enem em função da pandemia feito pelas universidades do Rio de Janeiro é algo importante, a ser levado em consideração pelo Inep. “Talvez, seja necessário, para além da sinalização para as providências burocráticas formais, a indicação que isso não será feito em prejuízo dos estudantes e em prejuízo das instituições”.

A aplicação da prova impressa do Enem foi mantida nos dias 1º e 8 de novembro, segundo o Inep, para dar segurança aos estudantes de que a prova ocorrerá esse ano. Já o Enem digital, inicialmente mantido, foi adiado para os dias 22 e 29 de novembro.

 

A Reitoria da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) ressaltou, por meio de nota divulgada neste sábado (2), que defende a valorização da pesquisa em todas as áreas de conhecimento, especialmente das ciências humanas e sociais, tendo em vista o tratamento secundário e acessório imputado às mesmas pela chamada pública de Iniciação Científica realizada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), no último 23 de abril, amparada pela Portaria MCTIC nº 1.122/2020.

De acordo com o texto divulgado, “tal medida, se levada a efeito, aprofundará as assimetrias nas políticas de fomento e financiamento públicos em relação às áreas de pesquisa. A atual proposição de formação de jovens cientistas, através do Programa de Bolsas de Iniciação Científica (2020-2021), focada apenas em áreas prioritárias de tecnologias, é contraproducente, uma vez que desestrutura esforços e políticas institucionais da comunidade universitária para a formação científica qualificada de futuros cientistas nas ciências humanas e sociais.”

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“O campo acadêmico-científico, que inclui todas as áreas da ciência, demanda políticas que garantam a formação ampla e contínua de jovens pesquisadores, na iniciação científica, mas também com bolsas de mestrado e doutorado, e deve se caracterizar como política de Estado, em função do papel estratégico que carregam para o desenvolvimento sustentável do Brasil. Desta forma, pedimos a revisão desta medida e nos colocamos à disposição para o diálogo acerca dos desafios e políticas de CT&I”, diz nota.

O ventilador pulmonar emergencial Inspire, desenvolvido por uma equipe de engenheiros da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) foi aprovado em testes técnicos com humanos. Como próximos passos, os documentos relativos ao projeto serão enviados aos órgãos competentes, inclusive à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O equipamento servirá para suprir a necessidade de respiradores durante a pandemia do novo coronavírus. 

De acordo com informações do Jornal da USP, o Inspire foi desenvolvido pela equipe do professor Raul Gonzalez Lima. Além da rapidez de produção, o equipamento tem como principal vantagem o custo. Enquanto os ventiladores convencionais custam, em média, R$ 15 mil, o valor do Inspire é de R$ 1 mil. 

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O aparelho desenvolvido foi registrado com uma licença open source, que permite a qualquer pessoa ou empresa acessar o protocolo de manufatura e fabricá-lo, bastando, para tanto, obter uma autorização da Anvisa.

A Poli informou que nos últimos dias 17, 18 e 19 de abril foram realizados estudos com pacientes humanos, seguindo os trâmites da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa. O ensaio, sob a coordenação do professor José Otávio Auler Junior, teve também a colaboração da professora Filomena  Galas, da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), e do fisioterapeuta Alcino Costa Leme. Os testes foram realizados com quatro pacientes, nas dependências do Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas (HC) da FMUSP, e o respirador foi considerado aprovado em todos os modos de uso. Não houve nenhum problema com os pacientes ventilados.

Vale pontuar que nos dias 13 e 14 de abril também foi realizado um estudo com animais, coordenado pela professora Denise Fantoni e com auxílio da professora Aline Ambrósio, ambas da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da USP. Os ensaios foram realizados no Laboratório de Investigações Médicas 8 (LIM8), da FMUSP. O equipamento foi testado em dois animais e considerado aprovado. 

Uma das avaliações técnicas que antecederam os ensaios clínicos foi realizado com a colaboração do Laboratório de Diagnóstico Avançado de Combustão do Fapesp Shell Research Centre for Gas Innovation (RCGI), sediado na Poli. 

Segundo informações divulgadas pelo Jornal da USP, o laboratório coordenado pelo professor Guenther Krieger Filho, tem como objetivo analisar reações de combustão com técnicas a laser, mas se juntou aos pesquisadores nos esforços para conter a pandemia

“Era necessário testar o protótipo para conhecer as vazões e as concentrações de oxigênio que o equipamento consegue oferecer aos pacientes, nas diferentes frequências que simulam o processo de respiração pelo pulmão humano”, explica Krieger Filho. “O laboratório tem um analisador de gases e um medidor de vazão de gases, e por isso ofereceu ajuda, já que havia urgência em fazer esses testes.”

Ainda de acordo com o professor, “a corrida contra o tempo que caracteriza esse período de pandemia, o mais importante é conseguir prover ajuda real em tempo hábil. “A equipe do Inspire tinha pressa e o laboratório estava lá para ajudá-los”, disse. “Neste caso, provavelmente não haveria a opção de esperar a situação ideal para testar em outro laboratório, também ideal no sentido de mais adaptado ao projeto. Ficamos felizes de poder ajudar. É uma contribuição valiosa do RCGI nesses tempos difíceis que atravessamos.”

Com o objetivo de combater a pandemia do novo coronavírus, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) lançou um observatório on-line que reúne informações sobre as ações e pesquisas desenvolvidas pela instituição. O site é alimentado por uma curadoria formada por pesquisadores da UFPE, além disso, até o momento já foram cadastrados 134 planos de pesquisas que têm a covid-19 em todas as abordagens para investigação. 

No ambiente virtual já estão postados projetos de pesquisas, informações e contatos dos pesquisadores envolvidos, assim como o departamento ou laboratório em que o estudo é vinculado. Também constam no site todas as matérias produzidas pela Assessoria de Comunicação (Ascom-UFPE) que abordam o tema da covid-19. Além disso, todas as ações que os campi do Agreste e de Vitória de Santo Antão estão promovendo pelo enfrentamento ao coronavírus, como por exemplo a produção de máscaras 3D para hospitais.  

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Para a pró-reitora, Carol Leandro o portal é fundamental para manter a população informada. “ O portal será um suporte seguro para a sociedade se manter informada com bases científicas a respeito desse assunto. A sociedade vai poder acompanhar o desenrolar das pesquisas, além de tomar conhecimento das ações pontuais que todos os campi da Universidade estão adotando para enfrentar a pandemia”, disse.

Com o intuito de tornar o acesso às informações mais eficiente, foram criados eixos temáticos, diagnóstico de identificação do vírus, economia e sociedade, políticas públicas de saúde e indústrias criativas.  

“A iniciativa visa a disseminação do conteúdo e o conhecimento gerados através dos estudos interdisciplinares relacionados a esse novo tipo de vírus. Estamos disponibilizando iniciativas científicas que congregam muitos saberes convergentes para o mesmo propósito”, relata o diretor de Pesquisas da Propesq, professor Pedro Carelli.

Os primeiros grandes estudos clínicos sobre um tratamento para a COVID-19 começarão a mostrar seus resultados nos próximos dias, afirmaram cientistas franceses, enquanto outros experimentos são lançados nesta corrida contra o tempo para conter a pandemia.

Para quando?

Com 1,35 milhão de casos confirmados e mais de 77.000 mortos em todo o mundo, o tempo é curto para encontrar um tratamento para a COVID-19, que também não tem vacina.

Se um dos tratamentos testados for "extremamente eficaz", este "pode vir à luz em poucas semanas", antes do fim de maio, estimou Gilles Bloch, responsável pelo Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica da França.

O plasma dos pacientes curados

Uma pista científica estudada na China, Estados Unidos e desde esta terça-feira na França baseia-se na transfusão do plasma sanguíneo de pessoas curadas, que desenvolveram anticorpos contra o novo coronavírus, para pessoas doentes.

Este método se mostrou eficaz em estudos de pequena escala contra outras doenças infecciosas, como o Ebola e o SRAS.

Cada doação de plasma poderia "salvar três ou quatro vidas", segundo Eldad Hod, especialista em transfusões que lidera este estudo no hospital Irving da Universidade Columbia, em Nova York.

Novo tratamento com um medicamento existente?

A prioridade científica é saber se os medicamentos já existentes podem ser eficazes.

Na Europa, o estudo Discovery, lançado em 22 de março em sete países como Espanha e França, verifica a eficácia de quatro tratamentos: o antiviral remdesivir, a associação lopinavir/ritonavir, estes dois retrovirais combinados com interferon beta, e a hidroxicloroquina, derivada da cloroquina, usado contra a malária.

Os primeiros resultados são esperados esta semana, de acordo com os Hospitais Civis de Lyon na França, onde trabalha a infectologista que comanda o estudo, Florence Ader.

Para conter a "tempestade inflamatória" vista nas formas graves da doença, os pesquisadores também tentam outros tratamentos, como os anticorpos monoclonais.

Estes são criados com ratos geneticamente modificados para dar-lhes um sistema imunológico "humanizado". Expostos a vírus vivos ou atenuados, produzem anticorpos humanos, multiplicados posteriormente em laboratório.

Uma bolha de oxigênio marinho?

Para aliviar os problemas respiratórios dos pacientes e melhorar a oxigenação dos tecidos, dois hospitais parisienses exploram desde sábado uma pista original: injetar uma solução produzida a partir da hemoglobina de um verme marinho, capaz de transportar 40 vezes mais oxigênio que os humanos.

Esse produto, da empresa Hemarina, será administrado primeiramente em dez pacientes em estado grave para verificar sua tolerância.

O prêmio Green Talents - International Forum for High Potentials in Sustainable Development (Fórum Internacional de Projetos com Alto Potencial para o Desenvolvimento Sustentável) 2020, promovido pelo Governo da Alemanha para contemplar jovens talentos de todo o mundo na pesquisa voltada ao desenvolvimento sustentável em todas as áreas do conhecimento, está com inscrições abertas. O prazo segue até 9h, pelo horário de Brasília, do dia 19 de maio, através do site de inscrições do prêmio.

Anualmente, o prêmio contempla 25 jovens estudantes de mestrado, doutorado e pós-doutorado, além de jovens profissionais com até três anos de experiência profissional (exceto na área da educação) com forte foco em desenvolvimento sustentável com domínio do inglês e notas acima da média para desenvolver seus projetos de pesquisa na Alemanha. Os pesquisadores selecionados pelo júri, que é composto por especialistas alemães, ganham um convite para participar de um fórum científico por duas semanas na Alemanha, com todas as despesas pagas e acesso a instituições de pesquisa e ciência.

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Durante a visita, os pesquisadores contemplados pelo prêmio poderão apresentar os seus trabalhos pessoalmente, por meio de reuniões individuais com os especialistas de sua escolha para discutir oportunidades futuras de pesquisa e cooperação, três meses de permanência financiada em uma instituição de ensino de sua escolha e acesso à rede dos alunos do prêmio, que também atuam na área de desenvolvimento sustentável.

Até 2020, quando realiza sua 12ª edição, o Green Talents já premiou 19 brasileiros. Em 2019, Luisa Cortat Simonetti Gonçalves Coutinho, 31 anos, doutoranda de dupla titulação em Direitos e Garantias Fundamentais, pela Faculdade de Direito de Vitória (FDV), e em Direito Internacional Ambiental, pela Universidade de Maastricht (Holanda), teve destaque com um projeto analisando iniciativas legislativas, privadas e corporativas, para reduzir a poluição plástica nos oceanos. Já o projeto de Marcelo Menezes Morato, 24 anos, teve foco no controle e na supervisão de microrredes renováveis baseadas na Indústria da cana-de-açúcar brasileira, averiguando como este setor poderia viabilizar a geração de energia usando seus bio-resíduos (bagaço, palhiço, vinhaça) combinados a sistemas renováveis externos (painéis fotovoltáicos e turbinas eólicas).

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) informou hoje (24) que vai conceder mais 2,6 mil bolsas para cursos que lidam, direta ou indiretamente, em pesquisas que envolvam o estudo do coronavírus. Além disso, a autarquia do Ministério da Educação lançará um novo programa de apoio à pesquisa, voltado à prevenção e combate às epidemias.

De imediato, além do quantitativo já previsto pelo modelo de concessão, haverá o aporte de mais 2.180 benefícios. Adicionalmente, para os cursos de excelência, que possuem conceitos 6 e 7, e que atuam nas áreas de infectologia, epidemiologia, pneumologia e imunologia serão mais 420 bolsas e recursos de custeio, oferecidos por meio de edital específico.

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De acordo com a Capes, já são distribuídas hoje 84.786 bolsas, para mestrado e doutorado em diversos cursos, para mais de 350 instituições de ensino superior públicas e privadas.

O futebol segue como principal esporte do brasileiro. Para fortalecer essa conclusão, um levantamento recente do Google, que mostra as principais buscas de 2019, aponta que a modalidade encabeça a lista dos assuntos mais apurados pelos brasileiros.

De acordo com o site de pesquisas, “Copa América”, na primeira colocação, e “Tabela do Brasileirão”, logo em seguida, estão no topo do recorte “Buscas do ano”, conforme relação a seguir:

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*Buscas do ano

1 - Copa América

2 - Tabela do Brasileirão

3 - Gugu Liberato

4 - Vagas de emprego

5 - Gabriel Diniz

O Google também destrincha, no âmbito do futebol, os times mais buscados pelos internautas. Atual campeão brasileiro e da Libertadores, o Flamengo surge como líder. Na relação de dez clubes, porém, outro rubro-negro figura como único representante do Nordeste. Confira:

1 - Flamengo

2 - São Paulo

3 - Palmeiras

4 - Grêmio

5 - Vasco da Gama

6 - Santos

7 - Cruzeiro

8 - Sport

9 - Atlético Mineiro

10- Fluminense

Em maio deste ano, o Ibope divulgou uma pesquisa batizada de “DNA Torcedor”, que aponta as maiores torcidas do Brasil. No que diz respeito ao Nordeste, o Sport, segundo o levantamento, tem a maior torcida, com um milhão e 890 mil leoninos, seguido do Bahia, com um milhão e 780 mil tricolores.

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--> 'O que é golden shower?': veja buscas curiosas no Google

Dificilmente encontraremos alguém que não utilize a internet para realizar pesquisas. O Google é, sem sombra de dúvidas, a principal ferramenta de busca gratuita, abrangendo um imenso “baú” de respostas sobre os mais variados assuntos.

O site de pesquisas divulgou, recentemente, as buscas que estiveram em alta neste ano. Algumas perguntas inseridas no espaço de apuração da ferramenta são esperadas, a exemplo dos questionamentos sobre como é feita a inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), uma vez que milhões de estudantes utilizam as candidaturas para participar do processo seletivo e tentar uma vaga no ensino superior. Outras, no entanto, de tão inusitadas, são até consideradas engraçadas.

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No recorte de pesquisas “O que é”, uma pergunta compartilhada pelo presidente Jair Bolsonaro em março de 2019 apareceu como quarta busca mais frequente na lista do Google. “O que é golden shower?” foi uma das principais dúvidas dos brasileiros.

Ainda sobre esse recorte, “O que é Shallow Now”, em alusão à versão musical “Juntos” interpretada por Paula Fernandes e Luan Santana, foi a quinta busca do Google. O cenário político e histórico também foi contextualizado em termos de busca, uma vez que, após indícios de apoio ao retorno do AI-5, um dos momentos mais terríveis do regime militar, “O que é AI-5” apareceu na sétima posição de pesquisas. Confira, a seguir, a lista completa do Google:

Buscas curiosas também marcaram a internet. No recorte “Como fazer”, o Google identificou que “Como fazer as pessoas gostarem de mim?” aparece na terceira posição. Não tão curiosa, mas provando a força comunicativa da internet via mensagens, “Como fazer figurinhas no WhatsApp” assumiu a quinta colocação. Veja a relação:

A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática aprovou o Projeto de Lei 11245/18, que tem o objetivo de criar uma lei específica para as pesquisas eleitorais, com regras detalhadas sobre o registro das empresas e das pesquisas, divulgação de resultados, acesso aos dados das pesquisas, impugnações e penalidades.

As pesquisas são regulamentadas atualmente pela Lei das Eleições e por normas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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A principal inovação do texto está relacionada à transparência. As pesquisas serão inscritas em um sistema eletrônico à disposição da população, que também terá acesso às informações sobre o instituto de pesquisa, o valor total da pesquisa, a origem dos recursos despendidos pelo contratante e a metodologia aplicada.

Atualmente, a lei obriga que as pesquisas sejam registradas na Justiça Eleitoral, mas apenas partidos e coligações podem solicitar informações aprofundadas sobre os levantamentos divulgados na imprensa.

Cadastro prévio

A proposta também prevê que Ministério Público, candidatos, partidos políticos e coligações acionem a Justiça em busca de dados adicionais, incluindo as informações dos dispositivos usados pelos pesquisadores, como as gravações das entrevistas.

Além do registro das pesquisas – já exigido pela legislação atual –, a proposta obriga o cadastro prévio dos institutos responsáveis pelas sondagens. Apenas as empresas com inscrição no TSE poderão ser contratadas para pesquisas eleitorais. O texto ainda detalha os dados a serem inscritos sobre as pesquisas, margens de erro e outros pontos de metodologia.

Divulgação de resultados

Apresentado pelo deputado Aliel Machado (PSB-PR) e pelo ex-deputado João Arruda, o projeto recebeu parecer favorável da relatora, deputada Margarida Salomão (PT-MG), com emendas. “A proposta amplia a transparência da divulgação tanto dos resultados de pesquisas eleitorais quanto da metodologia utilizada para a sua confecção”, avaliou a parlamentar.

A relatora retirou do texto os dispositivos que tratavam da proibição de divulgação do resultado de pesquisa nos sete dias anteriores à data de realização da eleição. Isso porque em 2007 o Supremo Tribunal Federal já considerou inconstitucional (ADI 3.741-2) regra inserida na Minirreforma Eleitoral, aprovada no Congresso em 2006, que pretendia proibir a divulgação das pesquisas 15 dias antes do pleito.

Punições

Pela proposta, o instituto que desrespeitar as regras ou praticar fraude nas pesquisas poderá ser multado em até R$ 100 milhões. A fraude também poderá resultar na perda do registro da empresa e na divulgação dos dados corretos com o mesmo espaço e no mesmo veículo impresso ou eletrônico.

Os partidos também poderão recorrer à impugnação da pesquisa eleitoral para impedir ou suspender a divulgação de pesquisa questionada. As regras para a impugnação, no entanto, vão depender de regulamento do TSE.

Tramitação

O texto será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania antes de ir a voto no Plenário da Câmara dos Deputados.

*Da Agência Câmara Notícias

 

O candidato de oposição Alberto Fernández deve derrotar o presidente argentino, Mauricio Macri, nas eleições do dia 27 por quase 20 pontos porcentuais, o suficiente para vencer no primeiro turno.

Segundo pesquisas, Fernández tem 47,78% das intenções de votos e Macri, 31,79%, o que mostrou a que ponto as políticas econômicas do presidente afetaram sua popularidade. (Com agências internacionais)

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Prêmio Nobel de Medicina foi atribuído nesta segunda-feira (7) aos americanos William Kaelin e Gregg Semenza e ao britânico Peter Ratcliffe por suas pesquisas sobre a adaptação das células ao aporte variável de oxigênio, o que permite lutar contra a anemia e o câncer.

"O Prêmio Nobel deste ano recompensa pesquisas que revelam os mecanismos moleculares produzidos na adaptação das células ao aporte variável de oxigênio no corpo, o que abre caminho a estratégias promissoras para combater a anemia, o câncer e outras doenças", destacou a Assembleia Nobel do Instituto Karolinska em Estocolmo.

"A importância fundamental do oxigênio é conhecido há muitos séculos, mas o processo de adaptação das células às variações do nível de oxigênio foi durante longo tempo um mistério", explica a Assembleia.

Estes mecanismos também estão implicados nos tumores, cujo crescimento depende do aporte de oxigênio ao sangue.

Kaelin trabalha no Howard Hughes Medical Institute nos Estados Unidos; Semenza coordena o programa de pesquisa vascular no John Hopkins Institute de pesquisas sobre engenharia celular; Ratcliffe é diretor de pesquisa clínica no Francis Crick Institute de Londres e do Target Discovery Institute de Oxford.

Os premiados receberão no dia 10 de dezembro uma medalha de ouro, um diploma e um cheque de 9 milhões de coroas (910.00 dólares), que será dividido.

Após o Nobel de Medicina, na terça-feira será anunciado o prêmio de Física e na quarta-feira o vencedor de Química. Na quinta-feira será a vez de Literatura e na próxima segunda-feira (14) o de Economia.

Na sexta-feira 11 de outubro, em Oslo, será revelado o nome ou nomes dos premiados com o Nobel da Paz.

Viabilizado pelo Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), o 29º Programa Bolsas de Verão será realizado nos meses de janeiro e fevereiro de 2020. De acordo com o CNPEM, o programa é voltado exclusivamente para estudantes matriculados em cursos de Ciências Exatas e da Terra e das áreas de Ciências Biológicas e da Saúde.

As graduações podem ser oriundas de qualquer universidade da América Latina e do Caribe. Com a iniciativa, pretende-se estimular estudantes que tenham interesse em pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico para que criem os próprios trabalhos. Com o as bolsas de verão, os alunos terão a oportunidade de elaborar um projeto, cuja proposta é de um pesquisador do CNPEM. Após o término do trabalho, os estudantes farão uma apresentação e em seguida, entregarão um relatório relatando as fases da experiência.

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Para se inscrever, os universitários devem estar no mínimo, no terceiro semestre do curso e não serão aceitas inscrições de estudantes que estão no penúltimo ano ou último semestre da graduação.

Como funciona o programa?

O programa Bolsas de Verão é sediado em quatro Laboratórios Nacionais do CNPEM que funcionam como um campus de pesquisas e desenvolvimento tecnológico, que está localizado em Campinas (SP). Os bolsistas assim que selecionados, começam a serem orientados por um orientador que vai os auxiliar no desenvolvimento do projeto científico.

Para a estadia, os alunos recebem passagem, hospedagem, refeições, translado diário entre o local de hospedagem até o campus, orientação individualizada, apoio psicológico e ajuda de custo.

As inscrições estarão disponíveis de 4 a 14 de outubro. Deverá ser anexado no ato da inscrição o currículo completo e atualizado, histórico escolar, carta digitada explicando os motivos pelos quais o estudante deve conquistar a bolsa e uma carta de recomendação emitida por um professor ou orientador.

 

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou que não reconhece algumas pesquisas brasileiras. "Tem pesquisas que eu não considero científicas, que podem ser postergadas para um segundo momento", disse ele no plenário da Câmara.

"Vamos fazer contingenciamento com diálogo. Acreditamos que em junho a Câmara vai finalmente permitir o Brasil deixar para trás 20 anos de marasmo para decolar rumo a um futuro melhor com a aprovação da Previdência", afirmou.

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"Tem agricultor que nunca teve contato com a escola que não consegue segurar uma caneta porque não tem coordenação motora", disse.

Irrequietos

O deputado Augusto Coutinho (SD-PE) criticou a fala do presidente Jair Bolsonaro que, mais cedo, chamou os manifestantes que saíram às ruas hoje de idiotas. "Não são idiotas, estão irrequietos como eu também estou", afirmou.

O parlamentar disse ao ministro que cortes e contingenciamentos sempre existirão e pediu para que o governo "tire a ideologia" do ministério.

Um estudo que pode indicar um novo tratamento para o Alzheimer, outro que tenta recriar corações para transplante, uma investigação sobre a adaptação de manguezais às mudanças climáticas. São alguns exemplos de pesquisas produzidas por cientistas brasileiros que não conseguiram financiamento e tiveram de mudar para outro país para continuar o trabalho.

Com sucessivos cortes no orçamento das principais agências brasileiras de financiamento da ciência nos últimos anos, diversos pesquisadores se viram obrigados a levar seus estudos para o exterior. A situação, que chamam de "exílio científico", parece ainda mais inevitável com o cenário anunciado nos últimos dias, com cortes para a área e declarações do ministro da Educação, Abraham Weintraub, de que o investimento em pesquisa e pós-graduação não será prioridade.

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Mesmo pesquisadores com bolsa garantida no momento relatam procurar outras formas de financiamento para sua pesquisa, pois sentem insegurança para os próximos anos. Com medo de não conseguirem terminar o mestrado ou o doutorado com o auxílio financeiro, eles buscam bolsas em instituições de outros países.

Considerando apenas o orçamento para bolsas de pós-graduação e formação de professores, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) perdeu 24,4% dos recursos nos últimos cinco anos - em 2014, eram R$ 4,6 bilhões, na correção pela inflação acumulada até janeiro, e passaram a R$ 3,4 bilhões neste ano, antes do contingenciamento de 23%.

No Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) o orçamento para bolsas caiu 40,6% no mesmo período. "Isso não começou agora com o Bolsonaro, já se tornou uma rotina. O que agrava a situação nesse momento é a postura e as declarações de desprezo do novo governo com a ciência", diz Helena Nader, membro da Academia Brasileira de Ciências e do Conselho Superior da Capes.

Não há um levantamento de quantos pesquisadores deixaram o Brasil nos últimos anos. No entanto, são indicativos da "fuga de cérebros" a queda de bolsas ofertadas e a falta de reajuste há seis anos do valor das bolsas de mestrado e doutorado no Brasil (giram em torno de R$ 1,5 mil a R$ 2,2 mil).

Presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ildeu Moreira diz que a redução constante de recursos coloca em risco a posição que o Brasil conquistou, de 13.º maior produtor de publicações científicas do mundo. "Há o risco de perdermos muito rapidamente o que levamos décadas para conseguir. Nem mesmo durante a ditadura se reduziu tanto o investimento em Ciências, porque já havia a compreensão de que é através delas que o País se desenvolve economicamente."

Em nota, a Capes diz que manteve estável nos últimos anos o orçamento para o pagamento de bolsas de pós-graduação e formação de professores da educação básica. E não comentou sobre a queda de valores. Sobre as políticas para incentivo à pesquisa, a Capes diz que iniciou um programa de parceria com empresas para formar recursos humanos para a indústria. Diz também que vai lançar um programa de doutorados profissionais inédito, alinhado à indústria e com investimento em bolsas feito pelas empresas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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