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     No período de 16 a 18 de Maio, Belém será sede do I Congresso Paraense de Pedagogos. O evento, que será realizado no Hotel Sagres, reunirá cinco mil profissionais vindos de todo o Brasil e de outros países, como Argentina, Venezuela, Chile, que, dentre outros temas, irão discutir a “Regulamentação da Pedagogia e os novos desafios da profissão de pedagogo".

Promovido pela Associação dos Pedagogos do Estado do Pará- ASSPEEPA, o Congresso terá a participação dos seguintes profissionais: Administradores Escolares, Supervisores Escolares, Orientadores Escolares, docentes em disciplinas pedagógicas ou afins, no ensino médio bem como na educação infantil e educação geral (séries iniciais do ensino fundamental).

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Voltado para os profissionais de Pedagogia e acadêmicos, o evento – que tem a Coordenação Geral do Pedagogo Jean Carlos Nascimento Lobato, presidente da Associação dos Pedagogos do Estado do Pará -, visa à participação, à troca de experiências entre todos os participantes, bem como incentivar a busca por conhecimentos que venham complementar melhorias e estratégias de crescimento para o profissional de Pedagogia e a melhoria da educação no Estado.

Mais informações: 98432.2458 – 98088.895

Da assessoria do evento.

Se engana quem pensou que Claudia Leitte não passou por grandes dificuldades no início da carreira de cantora. Em entrevista ao Papo de Almoço, apresentado por Fernanda Gentil, na última terça-feira (27), a cantora declarou que quase desistiu da profissão.

"Na minha primeira turnê, tive que fazer shows durante 40 dias para conseguir pagar a mensalidade atrasada da faculdade. Dormi em um motel, no maior calor", relembrou.

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Com uma carreira consolidada no Brasil e também no exterior, ela revelou os três pilares que a fazem ter força para seguir enfrentando as barreiras que aparecem pelo caminho. "Quando resolvi seguir, passei a me basear em Deus, na minha família e no amor. Se tem essas três coisas envolvida no projeto, posso ir em frente".

O Ministério do Trabalho incluiu nesta segunda-feira, 19 o lobby no cadastro oficial de ocupações do País. Com o nome de relações institucionais e governamentais, a função passa a ser oficialmente reconhecida pelo governo, que se antecipa à possível regulamentação da profissão, ainda em discussão no Congresso.

No Congresso, a regulamentação do lobby é discutida há quase três décadas, mas ganhou força na atual legislatura. No fim do ano passado, a Câmara aprovou regime de urgência para uma proposta do deputado Carlos Zarattini (PT-SP), apresentada em 2007. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que a intenção é colocar o projeto em votação, mas não estabeleceu um prazo para que isso ocorra.

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Na descrição incluída na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), o Ministério do Trabalho trata o profissional como "defensor de interesses (relações governamentais), profissionais de relações institucionais, profissional de relações governamentais". A CBO é utilizada para identificar as ocupações no mercado de trabalho.

Nos bastidores do Congresso, parlamentares pressionam para que o tema seja pautado ainda no primeiro semestre. "A oficialização no ministério é muito importante. O projeto sempre teve o objetivo de transformar essa atividade numa atividade transparente, para que a sociedade pudesse fiscalizar. Então toda a ação que for nesse sentido é válida e ajuda", disse Zarattini. "A aprovação do projeto é a questão principal. Esperamos poder votar este ano."

Um texto alternativo da proposta, feito pela deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), também está em discussão na Casa. Ela retira do projeto, por exemplo, a previsão de quarentena para servidor ou parlamentar que tenha sido membro de determinado órgão público poder fazer lobby na mesma instituição.

Cristiane foi indicada no início do ano pelo seu partido para o cargo de ministra do Trabalho, mas não assumiu por decisão da Justiça. O ministro interino, Helton Yomura, é ligado ao seu partido. Procurado, ele não respondeu aos contatos.

'Vitória'

A Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig), que reúne profissionais do lobby, estima que aproximadamente 4 mil pessoas tenham esta atividade como ocupação profissional no Brasil. Na avaliação da associação, a atualização da CBO é uma "vitória".

"As pessoas que criticam esse tipo de atividade são pessoas que não conhecem o processo legítimo de formulação de políticas públicas", disse Guilherme Cunha Costa, presidente da Abrig. "Temos quase 400 associados, sem que nenhum tenha sido citado em nenhuma das operações policiais em curso."

A atualização da CBO tem como base estudo elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, da Universidade de São Paulo. Antes que uma ocupação seja incluída na classificação, são analisados aspectos como número de profissionais atuantes no mercado e formandos da mesma área.

No total, são 2.685 atividades registradas pelo ministério atualmente. Desse número, aproximadamente 80 estão regulamentadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Empresa especializada em divulgar oportunidades de trabalho, a Catho fez um levantamento que apontou as dez profissões que tiveram a maior alta salarial em Pernambuco em 2017. A comparação é em relação ao ano anterior e apresenta aumentos que variam de 11,4% a 20,2%.

De acordo com o levantamento, as profissões que apresentaram alta são as seguintes: analista de retenção; instrutor de qualidade; programador PHP; farmacêutico; analista de câmbio; analista financeiro; analista administrativo; geólogo; fisioterapeuta Home Care e analista de TI. Confira a seguir mais detalhes da relação:

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"A maior parte desses cargos é de setores que crescem mesmo com um cenário econômico retraído e/ou de áreas estratégicas para as organizações", comenta o gerente Business Intelligence da Catho, Fabrício Kuriki. Ele cita como exemplo a área de tecnologia da informação, que por causa dos avanços tecnológicos exigem profissionais corriqueiramente. 

Na área de saúde, por exemplo, a explicação está no envelhecimento da população. "O Brasil passa por um processo de envelhecimento da população, além da busca das pessoas por uma vida mais saudável. Portanto, as carreiras ligadas à saúde tendem a ser mais valorizadas”, explica Fabrício, conforme informações da assessoria de imprensa.

Sobre o método utilizado para a realização do levantamento, a Catho informou que a pesquisa foi baseada nas vagas divulgadas em seu próprio site e nas remunerações salariais oferecidos pelas empresas. Além disso, a Catho adiantou algumas áreas que devem ter alta em 2018. Veja, a seguir, as projeções divulgadas pela assessoria de imprensa da empresa:

• Educação Física / Fitness: o mercado fitness tem ganhado notoriedade no Brasil nos últimos anos. Seguindo essa tendência, a demanda por educadores físicos tem sido cada vez maior.

• Farmacêutica: com uma população de mais de 200 milhões de habitantes com a expectativa de vida cada vez mais alta, o Brasil continua sendo visto como um mercado estratégico para a indústria. E isso, obviamente, se reflete na contratação de novos profissionais.

• Marketing Digital e E-commerce: a migração do offline para o online, crescente dos últimos anos, com destaque para a ascensão do comércio eletrônico, faz, cada vez mais, com que as empresas precisem estar na internet para atingir seu público e vender mais.

• Engenharia com foco em Agronegócios: o mercado de produtos orgânicos vem ganhando cada vez mais espaço na economia, sendo mais que uma tendência no Brasil, mas também uma tendência global. Além disso, o crescimento e visibilidade dessa área profissional também ganha espaço devido à necessidade de modernização do agronegócio para ajudar a aumentar a produção de alimentos e garantir a preservação de recursos naturais.

• Tecnologia da Informação: profissionais de TI são sempre necessários, pois além de existirem poucos profissionais realmente qualificados e disponíveis, o mercado demanda sempre soluções e recursos tecnológicos para o aprimoramento de processos e rotinas corporativas. A evolução tecnológica, como a popularização da realidade aumentada e o incremento das negociações via e-commerce, tem feito com que esses profissionais sejam cada vez mais necessários.

• Big Data: diante da superlotação de dados e informações, as empresas precisarão de profissionais que façam a análise estratégica de todo esse conteúdo que expressa muitos dados interessantes sobre consumidor, reações do mercado etc. O intuito com isso é utilizar desses recursos para o desenvolvimento de melhorias no posicionamento empresarial das instituições.

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No Dia dos Finados, celebrado nesta quinta-feira (2), nada mais justo do que homenagear aqueles que têm um papel fundamental em um momento delicado e difícil para muitas pessoas: o coveiro. Um desses profissionais é Osmair Camargo Cândido, que exerce a atividade há mais de 25 anos. Mais conhecido como Fininho, ele se tornou exemplo nacional ao conseguir, através do seu trabalho, realizar um sonho de criança: se formar em filosofia. 

“Eu estava desempregado quando apareceu um concurso para uma empresa para entrar no ramo funerário antes de ser coveiro. Achei interessante e analisei a minha necessidade com a possibilidade. Isso me permitiu estudar filosofia depois. Desde menino que eu sempre pensei em estudar filosofia, eu nunca pensei em estudar outra coisa. Mas, com o tempo e com os estudos eu consegui criar um elo entre a filosofia e a minha atividade profissional”, contou Fininho durante participação no programa Conversa Com Bial. 

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O coveiro filósofo falou que, durante todos estes anos, já se emocionou profundamente diversas vezes. “Porque você vai sepultar um corpo sabendo que um dia você também será sepultado, então isso é um elo muito forte. Então, eu não posso querer um tratamento digno se eu não puder oferecer no momento. Eu tenho como objeto de trabalho uma coisa muito difícil como apanhá-lo [o cadáver] com as mãos. Eu tenho quer ter zelo, cuidado, eu tenho que dignificar o meu objeto de trabalho para com isso sair feliz”. 

“Eu não posso tratar um corpo como se ele fosse mercadoria, como se ele fosse qualquer coisa porque o coveiro tem uma coisa muito interessante que eu gostaria que todo mundo soubesse: ele tem como objeto de trabalho a morte. E o que é a morte? O silêncio, a morte é tida como a maior derrota, então quando você vê alguém morto logo chega alguém para dar um pitaco: morreu porque fumava, morreu porque bebia, a morte é uma derrota”. 

Também contou que a principal virtude que um coveiro pode ter é a discrição. “Ele tem que ter uma semi-ausência, deve ser discreto, eficiente, ter o feeling das coisas e tem que agir de um modo que não fira ainda mais as pessoas porque ali quando se está em uma situação dessa está tendo uma separação clara, ele vai se separar, mas não é daquele corpo, ele vai se separar de toda uma memória afetiva, então, essa memória afetiva, esses sentimentos estão muito além”, ressaltou ao também lamentar que o coveiro é um profissional “um tanto esquecido”. 

Fininho consegue conciliar os dois trabalhos e pretende ir longe: está elaborando um projeto de mestrado para apresentar na USP, com enfoque na utopia da igualdade, é fluente em alemão, e está escrevendo um livro sobre as memórias de um coveiro. 

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Quem passa pelas ruas do centro do Recife já deve ter visto ou ouvido os chamados locutores de rua. Com apenas um microfone em mãos e uma caixinha de som, eles usam a voz para divulgar as promoções e produtos das lojas. São vozes ouvidas praticamente de domingo a domingo, mas poucas pessoas sabem quem são ou o quem os levou a usar a fala pública como principal instrumento de trabalho.  

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Apesar de terem uma lábia invejável, os especialistas em locução publicitária precisam usar muito mais que o gogó para conquistar o patrão e, principalmente, clientes. Os candidatos têm que ser criativos, verdadeiros artistas de rua para atrair a atenção do público.  

Cláudio Batista, 58 anos, por exemplo, já trabalha há mais de 22 anos com o anuncio em frente de lojas. Apesar de ser contratado para trabalhar na área de serviços gerais em uma rede de lojas de roupa no Recife, desde o início do emprego, ele aproveita as horas vagas para realizar um sonho desde pequeno: ser locutor.   

"Essa minha voz é desde pequeno, eu sempre tive o desejo de ser locutor, de falar com as pessoas. É um dom. Eu tinha uns oito, dez anos quando comecei a me dedicar a minha voz", relembra Cláudio. Para ele, a arte de trabalhar com sua voz sempre foi motivo de alegria e orgulho. Apesar de nunca ter feito nenhum curso para se profissionalizar, o auxiliar de serviços gerais ainda sonha em ser um grande locutor. Em entrevista ao LeiaJá, o homem conta mais da sua história: 

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O que muita gente não sabe também são os desafios que esses profissionais enfrentam todos os dias. Seja em pé durante todo o expediente, sob sol ou até mesmo sem fazer nenhum preparo físico, esses trabalhadores reclamam muitas vezes do esforço que precisam fazer para realizar suas atividades. 

Em pé durante quase oito horas do seu expediente, Eduardo Marques, 39, reclama do cansaço. "É muito puxado trabalhar como locutor de rua. A nossa carga horária não é uma coisa de quatro horas. A nossa carga horária são oito. Ficando em pé na maioria das vezes e ainda falando o tempo todo, sem parar", relata o locutor. Mas ainda assim, ele diz se sentir feliz com a profissão. "Eu amo o que faço porque me identifico bastante com locução. Eu me encontrei nessa profissão e sou feliz por isso", diz Eduardo.  

 

Com 20 anos nas costas de tanta experiência e com o gogó afiado, o locutor de rua pensa em abandonar a profissão. Para ele, tudo já está muito desgastado. "Tenho em vista que daqui a mais ou menos um ano eu não quero trabalhar com isso mais. Já faz um bom tempo que atuo nessa área, trabalho com voz... Para mim, já está na hora de dar uma paradinha. Está muito desgastante. A função em si é desgastante", finaliza Eduardo. 

Voz recente na atividade 

Enquanto uns pensam em desistir da carreira, há aqueles que começaram recentemente a trabalhar com a voz. Fazem apenas oito meses que Mayra Eduarda, 23, resolveu vender chips de celular no meio da rua. Trabalhando de domingo a domingo, ela aproveita sua simpatia para chamar a atenção dos clientes e sair na frente da concorrência. Só na Rua Nova, Centro do Recife, onde a encontramos, pelo menos três pessoas estavam vendendo a mesma mercadoria.  

Ela ainda conta que para aguentar ficar falando o dia todo, tem que beber muita água e de vez em quando sentar um pouco. "Aqui a pessoa fica em pé o tempo todo, andando para lá e para cá, gritando, chamando o cliente. Tem que ter jogo de cintura. Mas com muita paciência, vendo tudinho e saio do trabalho satisfeita".  

Os cuidados com a voz 

Uma coisa é certa entre Cláudio, Eduardo e Mayra. Se não forem feitos os cuidados necessários, o instrumento de trabalho pode falhar a qualquer instante. Para isso, eles se preparam tomando bastante água e sempre procurando hidratar a garganta com vitaminas e sucos. 

"Quando eu falo muito, sinto um pouco de cansaço na garganta. Tento relaxar, tomar bastante água. Em casa eu sempre tomo leite, suco natural, algo assim para aliviar. Acho que a única coisa que não faço são exercícios para aquecer o gogó", comenta Cláudio, de forma descontraída. 

"Nunca cheguei a ter problemas com as cordas vocais. Até porque eu não faço esforço para falar. Graças a Deus, a minha voz já é assim. Mas é preciso fazer exames e se prevenir. Eu mesmo não tomo nada gelado e sempre bebo muita água durante o expediente. Falo tanto que a garganta seca rapidinho", diz Eduardo. 

Enquanto não consegue se especializar na área, Cláudio dá um conselho para quem deseja seguir a carreira de locutor. "Estudar é a melhor maneira de aproveitar bem a profissão. Eu queria ter estudado, feito curso. Um dia eu ainda vou fazer, mas quando a gente é novo tudo fica mais fácil, não é mesmo?".

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Brain Drain é o termo em inglês utilizado para fazer referência à fuga de capital humano ou fuga de cérebros. De uma forma clara, seria a emigração em massa de indivíduos com aptidões técnicas ou de conhecimentos, normalmente devido a fatores como falta de oportunidade, riscos à saúde e instabilidade política nos países.

Os Estados Unidos, por exemplo, são grandes captadores de cérebros mesmo tendo um grande número deles em seu território. A atração de cientistas pelo país é decorrente das oportunidades de melhor remuneração, benefícios e reconhecimento, além da oportunidade de desenvolver pesquisas, tecnologias e etc.

O que isso significa para o país que perde esses cérebros? Ele perde um grande potencial de inovações, que serão desenvolvidas por seus trabalhadores, mas para uma outra nação. No Brasil, os obstáculos para a prática da ciência impulsionaram o brain drain. Em 2015, 49.735 pesquisadores deixaram o Brasil rumo a universidades estrangeiras, segundo a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Vale ressaltar que esse alto número foi decorrente de um estímulo ao intercâmbio científico, difundido pelo governo como estratégia, mas que fez os profissionais esbarrarem em condições totalmente favoráveis, como laboratórios de ponta, e não mais retornarem ao Brasil. Os pesados cortes de recursos para a área de ciência e tecnologia feitos pelo governo federal estão levando a produção científica brasileira a um estado caótico, com a interrupção de pesquisas e aceleração do êxodo de cérebros que não pode ser substituída a curto prazo.

O problema afeta, também, os mais jovens, que enxergam a ciência como uma profissão complicada por uma desvalorização governamental. Além disso, o Brasil tem inúmeros desafios para vencer com o auxílio das pesquisas: conhecemos apenas 5% da nossa biodiversidade e a exploração desses sistemas de forma sustentável pode contribuir para o desenvolvimento de medicamentos e produtos de alto poder agregado.

O Brasil ocupa o 69º lugar no Índice Global de Inovação. Em 2017, o corte no orçamento do Ministério de Ciências e Tecnologia, de R$ 5,8 bilhões para R$ 3,2 bilhões em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) chamou atenção internacional. A decisão contrasta com o pensamento desenvolvimentista de países como China, EUA, Israel e Coreia do Sul, que, em época de crise, aumentaram o investimento em pesquisa e desenvolvimento. Isso significa dizer que esses países entendem que o investimento em pesquisa é a melhor maneira de sair da crise de forma sustentável.

Claro que nós conhecemos os problemas que historicamente têm assolado nosso país, e precisamos atender as necessidades básicas da população. Entretanto, é preciso priorizar investimento em desenvolvimento científico e tecnológico no afã de tirarmos o nosso país deste marasmo e evitar a fuga de nossas melhoras cabeças.

Ao pesquisar a palavra “palhaços” na internet, o que muito se vê são imagens tiradas de produções de terror e notícias sobre as figuras que andavam amedrontando moradores dos Estados Unidos. Esses resultados, no entanto, não condizem com os profissionais que levam a sério a arte de fazer sorrir. Com suas roupas coloridas, acessórios engraçados e perucas espalhafatosas, os palhaços autênticos passam longe do que é visto nos resultados de busca. Eles são leves, divertidos e apaixonados pela sua profissão e estilo de vida.

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“É muito abrangente esse universo. Seja o palhaço com nariz, o sem nariz, tudo é palhaço. Jerry Lewis, por exemplo, a quem passei minha vida inteira assistindo e demorei a entender que ele era palhaço, ou que o Gordo e o Magro eram palhaços e até o próprio Renato Aragão. Cada um com a sua personalidade”, diz a palhaça Ana Nogueira.

“Ser palhaço para mim é poder rir de mim mesma, descobrir os meus erros e o meu ridículo, poder sorrir disso. Ser palhaço é andar na corda bamba, é ver o outro como um espaço de sorrisos, de troca, é jogar, é está aberto ao mundo. É ter o olhar ampliado, o olhar aberto, é ser ágil no pensamento e querer fazer o outro sorrir, mas um riso de qualidade, que vem a partir de um jogo e não de uma forçada de barra”, define Enne Marx, da Cia Animée. “Palhaço não é só para criança, é para alegrar o mundo, e ele está doente e precisando dessa linguagem, que é muito rica e que trata não só do riso, mas de questões profundas. É uma linguagem que faz sorrir e pensar”, completa.

 

Enne, que entrou nesse universo em 2003 através do ‘Doutores da Alegria’ - grupo que leva encenações e diversão para crianças em hospitais -, tem o prazer de viver dessa arte. “Isso para mim é um oficio, é minha profissão. Além de trabalhar a linguagem do palhaço, sou atriz e faço produção. Minha área é artística”, conta Enne, que é também fundadora da primeira banda de palhaças do Brasil, ‘As Levianas’.

Já Ana, que é a ‘Dona Pequena’ quando está nos palcos, por muito tempo se dividiu entre duas profissões: palhaça e jornalista, mas hoje foca mais na carreira artística. “Para mim a história do viver disso é recente. De dois anos para cá foi que passei a me dedicar mais a isso, mas não só como palhaça, também como atriz. Atualmente vivo com um complemento, mas acredito que dá sim para viver de ser palhaça”, afirma.

Giulia Cooper, fundadora do Caravana Tapioca, é a prova viva disso. Nascida em São Paulo, e atualmente morando no Recife, ela vive das apresentações que faz em parques, praças e outros espaços públicos. Segundo ela, a escolha da rua foi pela possibilidade de todas as pessoas, independente da classe social, terem acesso às apresentações, que em sua grande maioria são gratuitas. Alguns dos seus projetos recebem apoio do governo, mas ela ressalta que nem sempre é o bastante. “Não é suficiente ainda para cobrir tudo que a cidade necessita. Não falo nem pelos artistas somente, mas sim pelas pessoas que precisam do acesso a cultura”.

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Apesar das ‘palhaçadas’, a vida destes profissionais não é brincadeira, pois exige muito estudo e dedicação. Giulia explica como foi seu preparo até chegar onde está com a Palhaça Nina, sua personagem. “Estudei numa Escola de Circo, com diversas matérias e aulas de segunda a sexta-feira, e, além disso, fiz diversos cursos de palhaço. Neles a gente vai desenvolvendo esse lado do ridículo, de aceitar o erro, de incluir todos os improvisos dentro da cena”, afirma. “Durante o dia a gente estuda música, treina malabarismo, lê muito livro, assiste muito espetáculo, grava nossas apresentações pra assistir de novo, além de toda parte da produção também. Também tem que estar em cena pra aprender. Treinando, interagindo com as crianças...”, completa a Palhaça Nina.

“Caminhamos sempre rumo à formação, à reciclagem, nunca paramos. O trabalho do palhaço é uma pesquisa continuada, que nunca tem fim. Quanto mais velho e quanto mais você tem formação, você vai ser melhor”, explica Enne Marx. Sobre a renda de um palhaço profissional, as entrevistadas não definiram uma quantia concreta. Segundo elas, como os pagamentos variam bastante conforme o evento e o tipo de apresentação, é difícil mensurar os valores exatos recebidos pelos trabalhadores.

"A mulher palhaça" 

Reprodução/FacebookO mercado dos palhaços é um ambiente dominado pela presença masculina, e as mulheres muitas vezes acabam se tornando apenas coadjuvantes. No entanto, com o crescimento da presença feminina nesse meio, alguns festivais vem tentando abrir mais o espaço para essas palhaças, como o ‘Palhaçaria’, encerrado no último domingo (17). “O festival vem como uma mostra dos trabalhos e das pesquisas que vêm sendo feitas por muitas mulheres palhaças, e vem também como um movimento contra esse mercado pequeno para as mulheres, porque o mercado é muito grande para os homens e sempre foi um universo masculino. A mulher palhaça não aparecia, ficava no anonimato”, diz Enne, que é uma das organizadoras.

Com o crescimento da presença feminina nessa área, a artista conta que quis propor uma oportunidade para que houvesse um intercâmbio de conhecimento entre as mulheres palhaças. “Temos uma nuance própria, um humor feminino, não há como negar, então esse foi um jeito de mostrar para o mercado que as mulheres tão ai, fazendo seu trabalho”. 

Em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, às vezes ter boa qualificação e uma rede de contatos não é o suficiente para conseguir um emprego, se manter no seu trabalho ou conseguir fazer com que a carreira avance. A capacidade de “vender o seu peixe” e lançar o próprio nome enquanto profissional competente também é importante para que clientes e empregadores observem um determinado profissional com bons olhos. A construção dessa boa imagem de si mesmo é chamada de Marketing Pessoal e, segundo especialistas, tem uma grande importância na vida profissional.

A definição de Marketing Pessoal, de acordo com o professor e diretor da unidade da UNINASSAU de Garanhuns, Francisco Sarinho, é um processo de planejamento com o objetivo de divulgar para o seu público de interesse, seja o mercado ou mesmo a empresa em que trabalha, suas qualidades e diferenciais, explorando e fortalecendo a imagem do trabalhador como um profissional de destaque. 

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Os benefícios dessa prática, empregada de forma adequada, são várias e incluem, por exemplo, o aumento do número de oportunidades na carreira. “Com uma imagem melhor, o profissional pode ter melhores oportunidades profissionais uma vez que as organizações buscam permanentemente resultados e profissionais que melhor representem a imagem da empresa a qual fazem parte”, explicou o professor. 

Segundo ele, a primeira coisa a se fazer para começar a passar uma boa imagem profissional de si mesmo para as pessoas é definir as estratégias, expectativas e o público alvo que se pretende atingir, traçando metas. “É preciso planejar as ações de melhoria para atingi-la, a exemplo das competências pessoais como bom relacionamento pessoal, boa comunicação verbal e escrita, segurança, simpatia, educação e proatividade”, reforçou Francisco.

No entanto, ele alerta para a necessidade de observar certos limites para que, na tentativa de passar uma boa imagem de si, o profissional não termine gerando o efeito contrário. Ele explica que o limite deve ser dado através do bom senso para que o profissional “não tenda ao ridículo com excesso de brincadeira no momento do trabalho buscando ser simpático e extrovertido, priorizando auxiliar terceiros sem que antes cumpra com suas obrigações ou sendo prolixo enquanto busca ser comunicativo”, por exemplo. 

A opinião do jornalista e escritor Renan Prates é semelhante à do professor. Renan usa plataformas digitais como Facebook e LinkedIn para divulgar o seu trabalho, atentando para o cuidado de não exagerar. Para ele, “postar coisas demais sobre como você é bom, como é maravilhoso, termina soando pedante” e gera o efeito contrário ao desejado. Ele também conta que em geral a atitude de divulgar o próprio trabalho é bem recebida por colegas de trabalho, apesar de que, para ele, “quando se lida com público, claro que existe uma minoria que torce o nariz, mas eu não ligo pois o importante é fazer um bom trabalho”.

Perguntado sobre a importância do Marketing Pessoal em sua vida profissional, Renan afirma que o grande fluxo constante de informações a que as pessoas têm acesso hoje cria a necessidade do profissional destacar o que faz e mostrar que o trabalho está à disposição do público. 

“Fazer Marketing Pessoal na comunicação como um todo é importante porque muitas vezes você faz um bom trabalho mas as pessoas não sabem”, contou Renan, que vê o recurso como uma parte de um processo que lhe abriu portas no mercado. “O Marketing Pessoal é vital, alguém tem que saber que você é bom. Minha divulgação é uma parte do processo, mas eu abri portas no mercado também com o meu livro e com o trabalho diferenciado que eu faço”.

O artista Lehi Henri trabalha com artes visuais e design, tendo seus desenhos como principal meio de atividade, tanto em empresas, como de forma independente. Tentando iniciar a carreira com trabalhos pontuais, Lehi precisava fazer com que as pessoas vissem seu trabalho e reconhecessem o seu nome como artista, começando a fazer marketing pessoal sem planejar. 

No momento, ele não tem emprego fixo e está com dificuldades para conseguir trabalhos devido à crise, mas conta que, “antes dessa fase de vacas magras”, a divulgação de suas artes nas suas redes sociais e, contando com uma forcinha dos amigos ajudava muito. 

“Eu conseguia muitos trabalhos através de conhecidos, de pessoas que compartilhavam meus desenhos e me adicionavam, amigos que trabalham com comunicação e ajudavam a divulgar porque eu sempre gostei de conhecer gente, aprender, e isso me ajudou. Nem sempre só ser bom basta, é preciso ter cuidado e saber lançar seu nome”, conta ele. 

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De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até 2030 o Brasil terá mais pessoas idosas do que jovens, devido ao crescimento da expectativa de vida e queda da taxa de natalidade. Neste cenário, surgiu e vem crescendo um mercado de trabalho promissor para cuidadores de idosos, descritos como profissionais que fazem mais do que medicar e cuidar da saúde desse público. O cuidador também ouve, faz companhia, estimula com atividades lúdicas e artísticas, auxilia nas atividades do dia a dia, entre outras funções. É uma atividade um pouco diferente da que os técnicos em enfermagem desempenham, tendo algumas limitações em relação a técnicas de saúde e uma atenção maior à companhia. 

Segundo o analista de carreiras e professor da Unifg, Nilton Costa, ainda não existem muitos dados de pesquisas sobre o mercado da profissão, mas quem tem formação formal consegue emprego com facilidade. “O mercado é novo e por isso tem poucos dados e números de pesquisas sobre ele, mas há poucos profissionais qualificados, fazendo com que a empregabilidade seja fácil para quem tem formação e ainda mais rentável para quem fez o curso de cuidador e também o técnico de enfermagem”, explica o professor. 

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A profissão é regulamentada pela mesma lei que determina regras para empregados domésticos, sendo obrigatório o registro em carteira de trabalho. A formação não é obrigatória para o exercício da profissão, mas o curso é regulamentado pelo Ministério da Educação (MEC). 

De acordo com o MEC, os cursos devem ter uma carga horária mínima de 160 horas aula e os alunos precisam ter, como formação mínima exigida, o ensino fundamental completo. Segundo a coordenadora do curso de cuidador de idosos do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Alda Mira Alencar, além de trabalhar com famílias na casa do idoso assistido, os cuidadores também têm outras opções de locais de trabalho. “Os profissionais que cuidam de idosos também podem atuar em clínicas, em hotéis no caso de viagens em que as famílias levam os idosos e precisam de alguém para acompanhá-los, em spas, clubes e lares de repouso”, explica ela, que também conta que o custo médio do curso fica em torno dos R$ 590. 

Qualidades do profissional e desafios do dia a dia 

Ana Paula Sousa é cuidadora de idosos, fez o curso depois de decidir mudar de profissão pois, segundo ela, situações anteriores com parentes lhe fizeram ver que ela tem dom para cuidar de pessoas idosas e essa habilidade poderia se tornar sua profissão. “Eu já tinha situações familiares com tios e avós de cama e eu sentia esse dom porque passei por situações na minha família, então decidi fazer um curso por esse motivo. É uma área que está crescendo e também tem meus pais, que um dia podem precisar de mim”, conta.

Para Ana, as pessoas que trabalham cuidando de idosos precisam mais do que conhecimento técnico devido às dificuldades inerentes a cuidar de uma pessoa que passa a depender de ajuda para realizar suas atividades diárias. “Para lidar bem com idosos tem que ter uma cabeça boa, paciência e gostar, porque não é fácil. Alguns ficam deprimidos por não conseguir aceitar suas limitações, acamados, lesionados, com alzheimer e outras doenças. Alguns até ficam ficam violentos, apáticos, teimosos, podem recusar tratamento e medicação, então é preciso dedicação e calma. Outros são tranquilos, se alegram, gostam de ser ouvidos, criam laços com você”, conta a cuidadora.

Ela também explica que a companhia, o convívio, a conversa e as atividades realizadas com os idosos criam um apego nos cuidadores também. “Muitas vezes você acaba se apegando ao idoso de quem você cuida, desenvolve carinho, porque você está no dia a dia, cuida, dança, conversa, eles chamam, às vezes tão com dores, pedem ajuda, é algo delicado”. 

Conversar, orientar e auxiliar a família dos idosos também são atividades desempenhadas pelos cuidadores. Ana Paula relata que além de dar recomendações sobre questões estruturais na casa para o conforto e segurança dos idosos, ela já teve sua opinião requisitada por uma família em um momento delicado, de internamento de um idoso terminal. 

“Era um paciente que os médicos já consideravam terminal e a família estava tentando decidir se deixava ele no hospital ou levava para casa. Perguntaram o que eu achava e eu opinei, dizendo que se fosse um familiar meu, levaria para casa; eles levaram e o paciente ainda viveu mais ou menos um ano. Nós podemos dar opinião se ela for pedida pela família, e também podemos dar orientações quando é necessário”. 

Formalização trabalhista e remuneração 

Sobre a formalização do trabalho de cuidador, Ana Paula conta que muitos profissionais que sentem necessidade de ganhar mais que o piso salarial, que é de um salário mínimo, aceitam trabalhar informalmente para ter mais de um emprego, mesmo aprendendo, nos cursos, os seus direitos garantidos pela legislação. “Há alguns riscos para quem aceita trabalhar sem carteira assinada, nós conhecemos as leis e os riscos e em geral os profissionais pesam isso e escolhem. Quem tem carteira assinada com idosos mais acamados, lesionados, em geral, na carteira assinada é R$ 1800, R$ 1900, mas com idosos menos limitados, em geral é o salário mínimo”. 

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“Reitero quantas vezes forem necessárias: não sou candidato, não serei candidato”, deixou claro o juiz responsável pela Lava Jato, Sérgio Moro, nesta terça-feira (15), durante Fórum Mitos & Fatos, em São Paulo. Moro polemizou ao também afirmar que “a profissão política é das mais belas”. 

“Eu acho que a profissão política é uma das mais belas. Nós, eventualmente, temos uma imagem pejorativa por conta de eventuais escândalos criminais, principalmente aqui, mas existem muitos bons políticos e, evidentemente, a minoria que adere a essas práticas criminosas. Eu penso que precisa ter um certo perfil”, discursou. 

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Moro também disse que não se vê com o perfil. “Sinceramente não me vejo com esse perfil. Eu fiz uma opção na minha carreira pela magistratura, então, não me vejo e já disse mais de uma vez, reitero quantas vezes forem necessárias, não sou candidato, não serei candidato”.

Por sua vez, defensores de Lula afirmam que o magistrado é um militante político. No último sábado (12), o presidente estadual do PT, Bruno Ribeiro, em entrevista ao LeiaJá, disse que o ex-presidente “foi objeto de uma condenação política porque o juiz que o condenou é um militante político”.

O próprio Lula já chegou a dizer quem nem Moro e nem outras autoridades envolvidas com a operação tem “a honestidade e a ética” igual a sua. 

 

O Senado aprovou na quarta-feira (12) o projeto que regulamenta as atividades dos profissionais da aviação. Originária do Senado, a proposta foi modificada durante tramitação na Câmara e precisou passar por nova votação. Agora, o projeto que estabelece normas para o exercício da profissão de aeronauta, segue para sanção presidencial.

Aprovado pelo Senado em 2014, o projeto passou por alterações, como a redução em cinco horas da escala mensal de trabalho para aviões a jato (de 85 para 80) e turboélice (de 90 para 85) prevista na proposta original. As escalas de aviões convencionais (100 horas) e helicópteros (90 horas) foram mantidas.

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O texto aprovado nesta quarta-feira também prevê novos parâmetros de limites de horas de voo e pousos: oito horas de voo e quatro pousos, para tripulação simples; 11 horas de voo e cinco pousos, para tripulação composta; 14 horas de voo e quatro pousos, para tripulação de revezamento; e sete horas de voo sem limite de pouso para helicópteros. A proposta aprovada pelos senadores manteve a dispensa de que tripulantes da aviação agrícola cumpram algumas medidas previstas na regulamentação da profissão. 

Segundo a proposta, os tripulantes de aviões pulverizadores, fertilizadores e outros de uso agrícola, não precisarão seguir regras ligadas à escala de serviço, ao sobreaviso, período em que o tripulante permanece à disposição do empregador, podendo se apresentar em até 90 minutos. Outra alteração relacionada à aviação agrícola determina que os tripulantes dessa atividade poderão ter a parcela variável de seu salário calculada em área produzida ou aplicada e não em horas de voo.

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Na próxima sexta-feira (16), será viabilizado o termo de estudo técnico na sede da Superintendência Regional do Trabalho no Estado da Bahia (SRTE-BA), que oficializa a atividade de Baiana de Acarajé como profissão. A nomeação deverá ser incluida na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), após anos de reivindicações da Associação Nacional das Baianas do Acarajé, Mingau e Receptivo da Bahia (ABAM). A decisão deve beneficiar milhares de mulheres que trabalham no ramo, e que vão ter sua ocupação legitimada no mercado de trabalho brasileiro.

As Baianas do Acarajé são reconhecidas como patrimônio cultural imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) desde 2005, e fazem parte da cultura do estado da Bahia. A identificação vai tornar possível que a baiana de acarajé seja cadastrada dessa forma ao emitir passaporte, RG, e outros documentos. Além disso, elas também podem se registrar como microempreendedoras individuais.

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A certificação é uma iniciativa da Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres Infância e Juventude (SPMJ), que juntamente com a ABAM, promoveu reuniões com o Ministério do Trabalho para cobrar o pedido. A Prefeitura de Salvador também está realizando outras ações em favor das baianas de acarajé, através de reuniões mensais. A última delas foi realizada no dia 16 de maio, e a próxima deve ocorrer na segunda-feira, 19 de junho.

Diante da polarização, consequência da instabilidade política atual, é cada vez mais comum ouvir, pensar e debater sobre política na roda de amigos ou nas redes sociais. No entanto, a necessidade de uma opinião especializada para o entendimento e análise imparcial dos fatos traz à tona a figura do cientista político. Mas, afinal, o que faz esse profissional?

A ciência política surge como disciplina na metade do Século XIX e se dedica ao estudo dos fenômenos ligados à esfera política com argumentos sustentados em dados precisos e provas de fatos. Participa juntamente com a antropologia, história, sociologia, entre outras do ramo das Ciências Sociais, portanto, lida com questões relacionadas ao comportamento político, atividades governamentais, processos de distribuição de poderes e sistemas de governo.

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O cientista político está apto a atuar nas esferas públicas e privadas, instituições políticas e é responsável pela construção e avaliação de políticas públicas e sociais. Adriano Oliveira, cientista político, professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e colaborador do Instituto de Pesquisas UNINASSAU, explica que a profissão possui duas vertentes: a docência e o mercado. Mesmo com essa divisão, o profissional pode executar essas funções paralelamente, ou seja, ao mesmo tempo em que ministra aulas, também pode coordenar campanhas políticas e pesquisas.

Ele ressalta que uma dessas atribuições envolve pesquisa de eleitorado, isto é, uma análise do perfil e intenção de voto. Além disso, reafirma o compromisso com a veracidade e imparcialidade nas colocações e análises. Sendo assim, este profissional está habilitado a realizar análise de cenários, de pesquisas sociais, políticas e atividades governamentais e na construção de estratégias eleitorais e políticas.

Formação acadêmica

O profissional deve possuir a graduação em ciência política. Em Pernambuco, o curso é oferecido desde 2009 na UFPE, com duração de quatro anos.

A doutora em ciência política Priscila Lapa ressalta que a formação prepara para exercer uma função acadêmica, que envolve pesquisa e ensino. Segundo ela, atualmente a academia permite que o profissional explore outras possibilidades. “Isso vem mudando ao longo dos anos, com uma formação que permite, além de atuar nas universidades, realizar análises em institutos de pesquisas, empresas de consultoria, entidades governamentais e não governamentais, assessoria legislativa e agências de marketing político”, afirma Priscila.

Estudante do quinto período de ciência política na UFPE, Rodrigo Assis fala que a motivação na escolha do curso foi o desejo de trabalhar com o setor público. Agora, pretende atuar com avaliação de políticas públicas. O estudante conta que antes de iniciar os estudos, tinha uma visão sobre a área que foi mudada após seu ingresso na universidade. “O que eu sabia de ciência política não tem muito a ver com o que de fato é o curso. O que é natural, até porque, quando a gente é de fora e pensa em política, é automático ligar à militância, partidarismo. Mas, ainda bem, que me identifiquei muito com o curso e estou bem feliz”, afirma o estudante.

Ao todo, além da UFPE, seis universidades públicas oferecem a graduação, entre elas estão a Universidade de Brasília (UNB), Universidade do Piauí (UFPI) e Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).

Mercado e remuneração

Adriano Oliveira frisa que o profissional da ciência política, para entrar no mercado de trabalho, não pode viver apenas do pensamento teórico, mas deve aplicá-lo a realidade social. “Um cientista político, acima de tudo, não pode descriminar o seu objeto de estudo que é o político, o ser político. É importante para um cientista político, que enverede para o mercado, possa estar numa função em que ele oriente empresários, políticos e instituições a tomarem as melhores decisões. Já no campo acadêmico, dedicando-se ao ensino e pesquisa, o profissional deve ter uma dedicação forte, sempre buscando novos temas para encontrar os motivos de determinado fenômeno”, aponta.

Priscila Lapa destaca que o mercado, aqui no Nordeste, ainda não é muito amplo, mas vem crescendo. Para ela, ainda há desconhecimento sobre a área e formação. “Ainda existe um grande desconhecimento do mercado sobre a formação desse profissional, assim como existe certo preconceito de setores mais tradicionais da academia de promover uma maior aproximação do mercado, achando que isso pode, de alguma maneira, 'precarizar' a formação dos profissionais. Isso não é exclusivo da ciência política, mas sim das Ciências Sociais como um todo, aqui no Brasil”, ressalta.

A remuneração varia bastante. Como a maioria dos profissionais é absorvida pelo setor público, assim, a remuneração está mais alta do que em outras esferas. A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) em seu último concurso, em 2014, ofereceu um salário de cerca de R$ 7 mil. A depender do cliente, o cientista político pode alcançar um faixa salarial de R$ 20 mil. Para quem deseja seguir carreira acadêmica em universidades federais, o salário está em torno de R$ 10 mil, para quem possui doutorado. A seguir, confira uma entrevista em vídeo com o cientista político Adriano Oliveira: 

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Lançados em 27 de março, os Projetos Escrevendo e Reescrevendo Nossa História já iniciaram suas atividades a todo vapor. O primeiro voltado a crianças, jovens e adultos de áreas de risco e o segundo, a socioeducandos e egressos do sistema penal. Ambos são realizados por meio da parceira de diversas instituições públicas e financiados a partir da reversão de multas aplicadas em processos trabalhistas de autoria do Ministério Público do Trabalho PA/AP (MPT).

Na última segunda-feira (15) foi realizada a aula inaugural dos cursos de Mecânica de Refrigeração e Mecânica de Moto oferecidos pela Escola Salesiana do Trabalho aos jovens atendidos pela Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará (Fasepa) e pela Fundação Papa João XXIII (Funpapa). Os recursos para a execução das atividades revertidos pelo MPT em processo contra a Centrais Elétricas do Pará – CELPA.

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Durante a aula inaugural, o procurador do Trabalho José Carlos Azevedo deu boas-vindas aos alunos e disse que "conhecimento e trabalho" são fundamentais para os indivíduos. "O conhecimento ninguém tira, mas é preciso ter dedicação. Aproveitem essa oportunidade e acreditem no potencial de vocês”, destacou.

O presidente da Fasepa, Simão Bastos, contou que “em menos de três anos já é a quinta parceria firmada com o MPT”, referindo-se a outras reversões realizadas pelo órgão como a que previu a contratação de 30 aprendizes cumpridores de medidas socioeducativas pelo supermercado Formosa, em Belém. “Meninos, tudo que o está sendo feito não será consolidado se vocês não quiserem. Em algum momento vocês chegaram até nós, Fasepa ou Funpapa, e agora é a hora da transformação. Respeitem esta casa, a Escola Salesiana do Trabalho, que está abrindo as portas a vocês, e espero encontrar todos aqui no dia da certificação”, disse Simão aos alunos.

Ao final da aula inaugural, foram entregues os kits que serão diariamente utilizados nos cursos profissionalizantes. Além das formações ofertadas, os jovens também terão aulas de empreendedorismo posteriormente.

Informações da assessoria do MPT.

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O jornalista Armando Arrieta, chefe de redação de um jornal de Veracruz, ao leste do México, foi baleado nesta quarta-feira (29) e encontra-se em estado grave, somando o quarto ataque por arma de fogo a jornalistas no país no mês de março.

"Está em estado grave, atiraram nele quase à queima roupa", contou à AFP Jorge Morales, secretário executivo da Comissão do Estado para a Atenção e Proteção dos jornalistas no estado de Veracruz, um dos mais violentos do país. Morales deu essas declarações enquanto era levado ao hospital onde Arrieta tinha sido internado de madrugada, após o ataque.

O jornalista ferido dedicou mais de 20 anos de trabalho ao jornal "La Opinión" da cidade de Poza Rica, do qual já foi diretor editorial. Na quinta-feira passada (23), a jornalista Miroslava Breach foi assassinada em Chihuahua, ao norte do México. Esse crime despertou a indignação de organizações internacionais, principalmente por ser o terceiro assassinato de um jornalista este mês no país.

No dia 19 de março, foi morto o também mexicano Ricardo Monlui Cabrera, quando saía de um restaurante em Veracruz, no qual estava acompanhado de sua mulher e filho. Em 2 de março, o jornalista Cecilio Pineda foi morto a tiros no estado de Guerrero, sudoeste do México.

Relator da matéria que pretende regulamentar a profissão de detetive particular, o senador Humberto Costa (PT) contou, nesta quinta-feira (16), que o Senado Federal aprovou projeto de lei que cria regras para que os profissionais da área trabalhem de forma regular. O próximo passo deve ser a sanção do presidente Michel Temer (PMDB). 

O senador disse que a profissão "é necessária e importante" dentro de regras estabelecidas. “O texto define as atividades para que não haja conflito, de forma alguma, com o que é o trabalho e o papel da investigação policial”, explicou. 

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Humberto Costa também declarou que há muitas pessoas que trabalham na área irregularmente. “Verdadeiros arapongas cometendo atos ilegais, promovendo grampeamento telefônico sem interferência e autorização da Justiça fazendo investigações, que são absolutamente exclusivas da própria polícia, quebrando impunemente a privacidade de milhares de pessoas”.

Ele ressaltou que o projeto prevê, para que a pessoa possa exercer a atividade, a obrigatoriedade de realizar um curso de 600 horas, que seja autorizado e reconhecido pelo Conselho Nacional de Educação, bem como ter ensino médio completo. 

“É um projeto extremamente importante, é muito bom para a sociedade, especialmente nesses tempos de internet e redes sociais. Temos de ter uma regulamentação do direito de investigar por parte de detetive. Sem dúvida, é um avanço importante. A proposta dá dignidade e representatividade à categoria”, resumiu. O parlamentar ainda disse que “a regulamentação vai separar o joio do trigo e acabar com a arapongagem”.

Vários profissionais, professores, coordenador e alunos do curso de Fonoaudiologia da Universidade da Amazônia (Unama) participaram de evento, nesta quarta-feira (7), para comemorar o Dia do Fonoaudiólogo, celebrado oficialmente no dia 9 de dezembro. A programação contou com a participação de ex-estudantes do curso que agora atuam no mercado de trabalho e aproveitaram a oportunidade para partilhar experiências que vivenciaram na profissão até o momento.

Segundo a coordenadora do curso de Fonoaudiologia, Alexandra Negrão, o evento é uma forma de promover o curso, gerar discussões a respeito das áreas de atuação do fonoaudiólogo e, além disso, comemorar o dia da profissão. “O foco de hoje, para o fonoaudiologando, é discutir como está o mercado de trabalho para a Fonoaudiaulogia e, também, apresentar o curso para alunos que recentemente passaram no vestibular”, explicou.

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A cerimônia contou com a presença de quatro profissionais que estão no mercado de trabalho e puderam contar sobre toda a experiência adquirida na profissão: Alessandra Karlla Guedes, Roberto Sávio, Marília Gabriela Costa e Márcia Machado. “A Fonoaudiologia é importante para a comunicação. É uma profissão que permite uma melhora na comunicação e também tratamentos que permitem que pessoas que possuem dificuldades na comunicação possam trabalhar isso através do fonoaudiólogo”, destaca Alexandra Negrão a respeito da importância da profissão do Fonoaudiólogo.

Durante o evento, Alessandra Karlla, uma das convidadas, explicou que o mais importante na profissão é buscar sempre algo novo. “Nossa área é muito ampla, acredito que podemos buscar o diferencial e inovar, buscar aquilo que ninguém está fazendo e, claro, sempre ter curiosidade para se aprimorar cada vez mais”, declarou

Por Gabriel Marques.

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A associação educativa Junior Achievement de Pernambuco promove educação empreendedora, através do projeto “Montando sua carreira”. Desde 2015 no Estado de Pernambuco, o projeto promove o envolvimento de profissionais voluntários e alunos, com a ideia de inspirá-los a seguir carreiras relacionadas a ciências, tecnologia, engenharia e matemática. O trabalho da associação atinge mais de 120 países, e só no Brasil atende 3 milhões de crianças e jovens. 

De acordo com a gerente administrativa da Junior Achievement de Pernambuco, Olga Lucena, “é importante o aluno procurar identificar as habilidades fundamentais para a profissão almejada, criando estratégias para desenvolvê-las". Empresas interessadas em apoiar o projeto ou profissionais que desejam atuar como voluntários no programa podem entrar em contato através do site da instituição para obter mais informações.   

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Um bom professor tem um papel fundamental na vida do seu aluno. Todos nós temos alguma lembrança boa de um profissional que foi um mestre na nossa infância ou até na faculdade. Seja o “tio” ou “tia”, “professor”, “prof.” ou “mestre”, todos aqueles que trabalham com educação, na educação infantil, Ensino Fundamental ou Ensino Superior, está ajudando a formar cidadãos que construirão a sociedade em que vivem. 

O professor é uma das profissões mais antigas e mais importantes pelo seu papel na formação de crianças, jovens e adultos. Professor é aquele que ensina, que transmite conhecimento, é essencial para a formação do ser humano. Professores são mestres que levamos pela vida afora. Ser professor é viver o seu tempo com sensibilidade e consciência. É saber lidar com as diferenças, ter flexibilidade e ajudar o seu aluno a refletir. É ser um difusor do saber. 

Tenho orgulho de ter sido professor de centenas de alunos e sei que todos aqueles que decidem por seguir a docência também se sentem assim. A humanidade precisa de educadores que possibilitem transformar as informações em conhecimento e em consciência crítica, para formar cidadãos sensíveis e que busquem um mundo mais justo, mais produtivo e mais saudável para todos. 

Infelizmente, apesar da importância, os professores ainda não têm a valorização que merecem em nosso país. A grande maioria entra em salas de aula com estruturas precárias e tem salários baixos. Além disso, os cursos de Pedagogia não preparam os profissionais para lidar com problemas como violência, indisciplina e dificuldades de aprendizagem. A forma com que se trata o professor é um dos primeiros problemas que hoje enfrentamos para atrair alguém para dar aula no Brasil.

O Plano Nacional de Educação (PNE) dedica quatro de suas 20 metas aos professores: prevê formação inicial, formação continuada, valorização do profissional e plano de carreira. Para que se tenha uma dimensão do trabalho que o país tem pela frente, entre os 2,2 milhões de docentes que atuam na educação básica do país, 24% não possuem a formação adequada, conforme dados do Censo Escolar 2014. 

Durante a minha trajetória acadêmica, aprendi que o professor tem um poder que nenhum outro profissional tem. O professor pode mudar uma vida e não há profissão mais bonita nesse mundo. Entendendo, que uma sociedade desenvolvida, é uma sociedade esclarecida e o esclarecimento vem, principalmente, através dos professores. Para tal, é preciso, em primeiro lugar, a valorização desses profissionais.  A decisão sobre como devem ser formados os novos profissionais impacta no projeto educacional de qualquer nação.

Rui Barbosa, em uma de suas citações, disse aos professores:  “Se és capaz de aceitar teus alunos como são, com suas diferentes realidades sociais, humanas e culturais; se os levas a superar as dificuldades, limitações ou fracassos, sem humilhações, sem inúteis frustrações; se os levas a refletir mais do que decorar; se te emocionas com a visão de tantas criaturas que de ti dependem para desabrochar em consciência, criatividade, liberdade e responsabilidade, então podes dizer: sou mestre!”. Hoje, entretanto, precisamos dizer: “Obrigado!” aos nossos professores. Obrigado pelos esforços, pela paciência e por terem sido e serem tão importantes na nossa formação. Obrigado por nos fazerem repensar o nosso lugar no mundo, e a importância do nosso modo de estar no mundo.

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