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Sete brasileiras -fãs de K-pop foram forçadas a se prostituirem após serem atraídas à Coreia do Sul sob a falsa oferta de se tornar "celebridades" da indústria musical. As vítimas têm idades entre 20 e 30 anos e já estão sob proteção do Estado.

As ofertas foram feitas em julho através das redes sociais, de acordo com o The Asia Business Daily. Os cinco criminosos enviaram passagens aéreas e garantiram que as vítimas não precisariam arcar com os custos. "Vou te transformar numa celebridade", afirmava uma das mensagens. O grupo chegou ao país no último dia 8.

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Já na Coreia, o grupo tive seus passaportes retidos e foi preso em alojamentos em Paju, na província de Gyeonggi. Elas foram forçadas a se prostituir e pagar as passagens, até o dia 17 de agosto, quando as autoridades locais prenderam os suspeitos, após a Embaixada do Brasil receber uma denúncia. As vítimas estão sob proteção do Estado em abrigos para imigrantes.

 

A prostituição é uma "doença da humanidade", estimou o papa Francisco no prefácio de um livro, no qual se refere a "um vício repugnante" que reduz as mulheres a escravas.

"Qualquer forma de prostituição é uma redução à escravidão, um ato criminoso, um vício repugnante que confunde fazer amor com os instintos de alguém torturando uma mulher sem defesa", segundo um texto publicado nesta segunda-feira no jornal italiano La Repubblica.

"Ninguém pode ser colocado à venda", denuncia no prólogo de um livro do padre Aldo Buonaiuto, sacerdote da Comunidade Papa João XXIII, uma associação de caridade católica que acolhe pobres, prostitutas e adolescentes problemáticos.

"É uma doença da humanidade, um modo equivocado de pensar a sociedade. Libertar esses pobres escravos é um gesto de misericórdia e um dever para todos os homens de boa vontade. O seu grito de dor não pode deixar indiferentes os indivíduos e instituições", adverte Francisco.

"Ninguém deve olhar para o outro lado ou lavar as mãos do sangue inocente derramado nas ruas do mundo", conclui o soberano pontífice.

O papa também relata que visitou um abrigo da Comunidade do Papa João XXIII para encontrar mulheres "crucificadas". Ele explica que pediu desculpas "pela tortura que tiveram que suportar por causa de clientes, muitos dos quais se definem como cristãos".

Parece ser comum para alguns dos policiais do Distrito Federal transportar garotas de programas e conviver - passivamente - em meio às drogas da boate Alfa Pub, situada na Asa Sul, em Brasília. O local é conhecido por explorar a prostituição no Setor Hoteleiro Sul. 

O flagra dessa conduta corriqueira foi feito pelo site local Metrópoles, ao longo de quatro meses, onde 13 viaturas de diferentes prefixos realizaram o transporte das mulheres que trabalham na casa de shows. Semanalmente, grupos de policiais militares frequentam a boate, chegando a passar até três horas dentro do prédio da Pub. 

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À equipe de reportagem, duas mulheres com idade entre 25 e 30 anos revelaram, sem saberem que estavam sendo gravadas, sobre a facilidade em adquirir cocaína, mas o programa teria que estar atrelado ao consumo. Taxistas e motoristas de aplicativos são os responsáveis pela entrega das drogas - tudo acontece aos olhos dos policiais militares que rondam o local, mas não fazem exatamente nada para combater esse ciclo de tráfico e prostituição. 

No entanto, o padrão para consumo de bebida, drogas e o programa é alto. ao todo, um cliente que queira curtir a noitada precisa desembolsar, no mínimo, R$ 800. Em resposta ao Metrópoles, a Polícia Militar do Distrito Federal afirma que abriu uma investigação para apurar a conduta das equipes flagradas. "Qualquer conduta que extrapole os ditames legais será passível de apuração por meio de procedimento legal", anuncia o órgão. Os donos da Alfa Pub não se pronunciaram.

Em ação coordenada pela Polícia Civil de São Paulo na tarde da última quarta-feira (3), três pessoas acusadas de manter 14 imigrantes chinesas em cárcere e em condições semelhantes à escravidão foram detidas no bairro do Bom Retiro, no centro da capital paulista. Além de serem obrigadas à prática da prostituição no local, que aparentava ser um karaokê, as vítimas viviam em condições precárias de higiene e alimentação.

A denúncia chegou ao conhecimento da polícia de São Paulo quando uma das mulheres conseguiu contatar sua família, residente na China, via telefone. Com isso, os parentes procuraram as autoridades brasileiras que deram início às investigações. Baseado na averiguação, um mandado de busca e apreensão foi expedido pela Justiça e as equipes da Polícia se dirigiram ao estabelecimento.

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Fachada o karaokê em que as imigrantes chinesas eram mantidas em cárcere | Foto: Reprodução TV

Durante cumprimento da ordem judicial, que ganhou o nome de Operação Freedom, policiais constataram que oito quartos do local eram utilizados para realização dos programas de prostituição. Um casal, que se declarou proprietário do local, e um funcionário foram levados ao 2º Distrito Policial (DP), onde o caso foi registrado. Os criminosos devem responder por cárcere privado e favorecimento à prostituição. O Consulado Geral da República Popular da China em São Paulo foi informado e encaminhou representantes oficiais ao DP para prestar assitência às vítimas.

Nesta quarta-feira (3), o "Superpop" recebeu a ex-chacrete Rita Cadillac. Apresentado por Luciana Gimenez, na RedeTV!, o programa colocou Rita frente a frente com o passado no intuito de arrancar declarações bombásticas.

Participando do quadro "Fato ou Fake", a loira contou que os lucros dos filmes eróticos protagonizados por ela deram para ajudar a situação financeira problemática que enfrentava. "Foi muito difícil para mim. [...] Na época eu fiz porque eu precisava muito. Comprei minha casa com esse dinheiro, ajudei meu filho. Não foram milhões, mas deu para o que eu precisava", contou.  

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Quando recebeu o convite para estrelar as histórias pornográficas da produtora "Brasileirinhas", Rita teve que contracenar com Alexandre Frota, atualmente deputado federal pelo PSL de São Paulo, e também com Marcos Oliver, finalista em 2013 do reality show "A Fazenda".

Ainda sobre as atuações nos filmes adultos, Rita Cadillac afirmou que não pensa em repetir a dose. "Não falo 'nunca mais farei', eu não faria de novo. Se eu pudesse voltar no tempo, não faria".

Um relatório publicado nesta terça-feira (4) denuncia o uso das novas tecnologias na prostituição, com cafetões que administram suas atividades por WhatsApp, buscam suas vítimas no Instagram e atraem clientes com anúncios na Internet.

"A prostituição e a exploração sexual na Internet são uma praga em plena expansão", afirma a Fundação Scelles, que publicou um estudo de 548 páginas intitulado "Sistema prostitucional: novos desafios, novas respostas".

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A maioria dos sistemas de mensagem e redes sociais, como WhatsApp, Tinder, Facebook, Instagram, Snapchat e Airbnb, é usada para a prostituição, aponta o estudo, que analisa a situação em 35 países.

Em 2016, um cafetão russo foi detido por dirigir uma rede de prostituição no Líbano e em todo Oriente Médio pelo WhatsApp. O sistema de encriptação de mensagens do aplicativo dificulta a vigilância das autoridades.

Em Israel, "Tinder é, atualmente, o instrumento mais usado para procurar prostitutas", acrescenta o informe.

Na França, as jovens são vítimas do auge da exploração sexual nos bairros mais pobres. Em muitos casos, são jovens afastadas de sua família e dependentes de drogas, localizadas pelos cafetões por Snapchat, ou Instagram. Depois, prostituem-se em apartamentos alugados na Airbnb.

No Zâmbia, há estudantes que recorrem aos cibercafés, muito populares porque facilitam o acesso à Internet, e usam grupos de WhatsApp e Facebook para pôr mulheres que se prostituem em contato com clientes.

"Todos os países são afetados, seja com uma legislação restritiva, como na China, ou permissiva, como na Alemanha", disse à AFP o presidente da Fundação Scelles, o magistrado Yves Charpenel.

Esta "prostituição 2.0" substituiu há alguns anos a prostituição nas ruas. Na França, representa dois terços do total de prostituição, relata o informe.

A Fundação Scelles, que menciona uma nota do Ministério francês do Interior de maio de 2018, destaca que, pela primeira vez, em 2017, o percentual de vítimas identificadas que exercem a atividade na via pública foi inferior ao das vítimas que exercem em apartamentos, ou hotéis.

A Internet fez a prostituição desaparecer das ruas, que agora é apenas marginal, aponta Charpenel, denunciando um sistema "industrial e sem risco" de exploração sexual na Internet, que permite aos cafetões "evitar riscos pessoais" e "se distanciarem do tráfico".

"De um mesmo computador, uma rede criminosa pode identificar seus futuros 'produtos', atrair os clientes e depois lavar o dinheiro", afirma.

Em paralelo, as autoridades também têm dificuldade para identificar os anúncios de prostituição ambíguos que falam de "massagens", ou de "momentos de distração".

Para frear o fenômeno, "é preciso construir uma autêntica governança de Internet", reclama a Fundação Scelles.

Na França, a lei sobre a prostituição de abril de 2016, que inclui medidas para penalizar os clientes, obriga os provedores de acesso à Internet a adotar um sistema para apontar conteúdo fraudulento.

"Não é suficiente. A prostituição gera tanto lucro que está por toda parte. Tem que responsabilizar mais as plataformas", afirma Charpenel.

O relatório afirma, porém, que os primeiros passos estão sendo dados.

Na França, o site Vivastreet, investigado por "prostituição agravada", decidiu em junho de 2018 suspender sua seção de "Encontros" para evitar seu "uso inapropriado".

Nos Estados Unidos, o Congresso adotou em março de 2018 uma lei que pôs fim à impunidade das redes que publicam anúncios de prostituição. Isso permitiu fechar a Backpage, considerada por seus críticos como a principal rede on-line de prostituição no mundo.

Passando uma temporada na Europa, Geisy Arruda usou as redes sociais para fazer um alerta. A loira ficou revoltada ao descobrir que um site de prostituição em Portugal está aproveitando de fotos suas para marcar programas. Geisy não gostou do que soube e soltou o verbo.

"Quando eu chegar em Portugal vou ligar para a travesti que está usando minhas fotos em um site de prostituição e perguntar: 'E aí, é a senhora que tem o rabo grande, é?' Revoltada é pouco! Me ajudem a denunciar, por favor", escreveu.

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Geisy Arruda ficou sabendo do caso após receber uma mensagem privada no Instagram.

Confira o desabafo:

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Um site de relacionamentos do tipo 'sugar dadies' da Noruega foi multado por promover a prostituição. Um tribunal da Bélgica condenou a página RichMeetBeautiful (Rico conhece bonita), do investidor Sigurd Vedal, a pagar cerca de R$ 1, 7 milhão pelos serviço de ligar moças jovens a homens mais velhos e com boa situação financeira. O site também foi retirado do ar naquele país.

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O site oferece a homens, mais velhos e considerados ricos, a possibilidade de conhecer moças mais jovens em troca de presentes, dinheiro e até bolsas de estudo. cartazes da empresa foram colocados em áreas próximas ao campus da Universidade Livre de Bruxelas, incentivando estudantes a se cadastrarem no serviço em busca de tais recompensas. neles, imagens sexualizadas convidavam as mulheres a "melhorar seu estilo de vida" namorando um "sugar daddy".

Segundo o site BBC News, os anúncios foram denunciados à polícia belga que apreendeu os outdoors e indiciou Vedal pelo "incitamento à devassidão e à prostituição". Em abril, um julgamento acabou com a condenação do empresário e de seu negócio. Ainda de acordo com a BBC, Vedal tentou se defender afirmando que seu site estaria apenas tentando "facilitar encontros incomuns".

Aplicada a pena, o empresário deverá pagar uma multa de aproximadamente R$ 107 mil e sua empresa outra, no valor aproximado de R$ 1, 7 milhão. O site também foi retirado do ar na Bélgica, porém, continua operando em outros países da Europa e nos Estados Unidos.

 

Julia se prostituía para juntar dinheiro para quando terminasse o ensino médio, e Pauline porque "todo mundo fazia". Ambas as adolescentes são vítimas, como tantas outras, da prostituição, que aumenta consideravelmente na região de Paris.

Julia (todos os nomes foram trocados) aos 17 anos já se prostituía nos finais de semana, durante as férias escolares e às quartas-feiras, quando não tinha aula.

Como acontece geralmente nestes casos, a jovem se apaixonou por um rapaz que propôs que ela se tornasse garota de programa. Ele encontraria clientes para ela, definiria o preço - 100 euros a hora - e os dois compartilhariam os lucros. Mas, como também acontece na maioria dos casos, a jovem não viu nem um euro.

Diferentemente de Julia, que vive na casa dos pais, a maioria destas adolescentes, de entre 14 e 18 anos, não estão escolarizadas, estão em centros de acolhimento ou fugiram de casa.

É o caso de Pauline, que chegou sozinha à região parisiense aos 17 anos. "Tinha uma amiga que fazia isto com um cara, me apresentou a ele", explicou à AFP.

A jovem descreve microrredes efêmeras controladas por pequenos delinquentes, recrutamentos nas redes sociais e os "chefes", que gerenciam anúncios, clientes, reservas de hotéis e a "segurança" a partir do banheiro. Encarregam-se de que chegue comida, drogas e álcool para as meninas.

Os clientes, conta Pauline, vão desde "jovens dos bairros pobres" até "executivos de terno e gravata".

As meninas em alguns casos são muito jovens, afirma. "Colocam cílios postiços, uma camada de maquiagem... não dá para saber que têm 13 anos".

Chloé fugiu de casa várias vezes. Até que foi recrutada, aos 14 anos, por uma amiga que lhe prometeu "uma tonelada de dinheiro", explicou no tribunal de Créteil, um subúrbio de Paris, onde depôs há pouco mais de um ano.

- Prostituição é "glamour" -

Este "proxenetismo de bairros" cresceu "consideravelmente" nos últimos anos, explica Raphaëlle Wach, promotora substituta e referência no assunto no tribunal de Créteil, que atualmente lida com 30 desses casos.

Entre julho de 2016 e o fim de 2018 houve ao menos 145 investigações na região de Paris. "A ponta do iceberg", segundo Lorraine Questiaux do Mouvement du Nid, que luta contra a prostituição e lamenta a ausência de cifras oficiais sobre o tema.

Seu movimento estimava em 2015 em 37.000 a cifra de prostitutas na França. A associação Agir, contra a prostituição infantil, falava em 2013 de entre 5.000 e 8.000 menores. Adolescentes frágeis, vulneráveis, com "grande falta de autoestima e em busca de afeto" devido a sua história pessoal - violência, famílias complicadas, assédio -, segundo seu secretário-geral, Arthur Melon.

Para algumas destas meninas, a prostituição se "banalizou", é "glamour", explica Wach, que fala dos danos causados pelo "fenômeno Zahia", a ex-garota de programa - então menor de idade - que ficou famosa por ter sido o "presente de aniversário" do jogador de futebol Franck Ribéry em 2009. A jovem se reposicionou com a criação de lingeries de luxo. Para elas, "é um modelo de mulher bem-sucedida".

Em um dos hotéis baratos da região parisiense frequentados por essas meninas, um recepcionista descreve a movimentação. As meninas ficam "sentadas nas escadas" enquanto uma amiga está com um cliente. "Um jovem chega, pega a chave, vai embora. Depois chega a garota, e começam as idas e voltas, e aí entendemos".

Nos quartos, diz uma camareira, encontram-se preservativos usados, embalagens de comida, garrafas vazias, e às vezes sangue nos lençóis.

- "O corpo é meu" -

"Não é ruim... Você entra nesse mundo, se acostuma. É dinheiro fácil. Podemos ganhar 500 euros em um dia, no dia seguinte descansamos", diz Pauline.

Ela nunca recuperou boa parte do dinheiro que ganhou para o último proxeneta com quem trabalhava, por quem estava apaixonada, mas não se considera uma vítima. "Era um trato, ninguém está obrigado", afirma. "As meninas pedem para fazer isso, são elas que vêm. É uma moda, todo mundo faz".

Os cafetões dizem o mesmo. "Não sou um rufião. Não bati nelas, não as deixei na rua, nunca as obriguei", se irritou em seu julgamento o chefe de uma microrrede, de 22 anos, condenado em Créteil a quatro anos de prisão.

"Não se dão conta da violência deste fenômeno de controle" que as obriga em alguns casos a enviar o que ganham a seus "loverboys" que estão na prisão, explica Wach.

Ante os policiais que as interrogam, as jovens, muitas vezes arrogantes e agressivas, negam ser vítimas. Nunca falam de prostitutas, mas de "acompanhantes". "Nos dizem: 'faço o que quiser, o corpo é meu'", conta uma investigadora.

"Acham que são princesas. Dizemos a elas que não, não são princesas, que vendem seus corpos e ainda por cima retiram delas 50% do que ganham".

No Macapá, capital do Amapá, uma rede de prostituição que funcionava pelo WhatsApp está sendo investigada pela Polícia Civil da região. O primeiro caso dessa rede chegou até a polícia após um empresário, que não teve o nome revelado, pagar R$ 750 para uma adolescente de 14 anos se relacionar com ele.

A garota foi levada até o extremo norte do Estado, o município de Oiapoque, que faz fronteira com a Guiana Francesa, país do empresário que agora é considerado foragido da justiça brasileira. Em entrevista à Rede Amazônica, o delegado Charles Corrêa informou que as investigações acontecem desde o fim de agosto.

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A desconfiança contra o empresário começou quando o tio da adolescente, que também teve o nome preservado, suspeitou que ela foi levada para o Oiapoque para ter realações sexuais com o suspeito. A polícia conseguiu chegar até o hotel onde a adolescente e o homem estavam hospedados, dirigindo-os para a delegacia, onde prestaram depoimento.

Os agentes informaram à Rede que na atuação apreenderam o telefone do empresário, em que foram encontradas conversas sobre contratação de prostitutas por meio de grupos de WhatsApp. A adolescente negou, a princípio, estar envolvida nesse esquema e que era namorada do suspeito; por conta disso o homem foi liberado.

Depois da pressão dos familiares, a garota assumiu participar do grupo de prostituição e que havia recebido R$ 750 reais para viajar do Macapá até o Oiapoque e, na cidade, se encontrar com o homem. Nesse momento o empresário da Guiana Francesa já havia voltado para o seu país.

A prisão preventiva do suspeito foi decretada no dia 12 de setembro, mas até última atualização da matéria o empresário não havia sido preso. O delegado confirmou à Rede Amazônica que o homem costumava ir até o Macapá, através de grupos clandestinos, para conseguir contratar adolescentes que são agenciadas por cafetões.

A polícia confirma que trabalha para a desarticulação dessa rede on-line de prostituição, procurando o administrador do grupo. A ação é em conjunto com o Conselho Tutelar.

Por Eduarda Esteves e Marília Parente

Violência física, sexual ou doméstica, abandono da família, preconceito e sobrevivência econômica. Situações de hostilidade como essas perpassam o ambiente da prostituição em que estão inseridas as travestis no Brasil. Para muitas profissionais, no trabalho com o sexo, além da questão financeira, elas buscam amor, atenção e o acolhimento que faltou em casa ao assumir sua travestilidade.

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Aos 40 anos, a pernambucana Cláudia Morena passou boa parte da vida trabalhando com o seu corpo. Ela relembra que se descobriu travesti aos 12 anos e por conta da não aceitação da família e falta de dinheiro, entrou na prostituição por achar que era o único caminho possível. “Durante muitos anos me prostitui nas avenidas, nas BRs. Já levei carreira, fui jogada em um açude, apanhei, e também tomei tiro. Um cliente fez de tudo comigo e no fim mandou nem olhar para trás e disse que iria atirar. Eu não acreditei e dei as costas para ele. Alguns segundos depois comecei a andar, ele sacou a arma e disparou. A minha sorte foi que eu, maloqueira de rio e criada nas comunidades, fiz um zigue-zague e pulei dentro dos matos. Não fui atingida e fiquei por horas escondida com medo dele me achar”, relembra Cláudia, ainda com calafrios ao pensar sobre o fatídico dia.

Em 2002, ela descobriu que era soropositiva, estava infectada com o vírus HIV, após ser socorrida e internada. “Eu não me protegia e não tinha muito conhecimento sobre proteção”. Cláudia foi encaminhada para o Hospital Otávio de Freitas, no Recife, e o diagnóstico era pneumonia. “Tinha juntado um trocado bom com a prostituição e ia construir a minha casa. Mas a doença me pegou de jeito e tive que me tratar com o dinheiro”, disse. De acordo com a estudiosa Lidiana Diniz, na pesquisa “Silenciosas e silenciadas: descortinando as violências contra a mulher no cotidiano da prostituição”, a prostituição para as mulheres oriundas de camadas sociais mais baixas não é algo transitório e temporário. Se torna uma alternativa em busca da sobrevivência.

Na profissão, ela diz ter ganho dinheiro, mas também muita desgosto pela vida, vícios no álcool e nas drogas e o ódio dos homens com quem se relacionava. Foto: Chico Peixoto/LeiaJáImagens

“Eu pensava que eu ia morrer e estou viva há 16 anos e não sinto quase nada. Pensei muito em sair da prostituição porque muitos clientes não querem usar camisinha e eu não queria prejudicar ninguém e também me proteger. Estava vulnerável”, diz.

Cláudia conta que a vida deu uma guinada quando conheceu o Grupo de Trabalhos em Prevenção Posithivo (GTP+), organização não governamental que auxilia pessoas vivendo com o vírus HIV e doentes de Aids em Pernambuco. “Eu era muito humilhada na rua, todo mundo me chamava de frango. Foi quando me deram um cartão do GTP e eu aprendi meu nome social, eu sou Cláudia. Também ganhei uma profissão, sou auxiliar de cozinha e de recepcionista, além de fazer faxinas para me manter”, pontua a ex-garota de programa.

Na profissão, ela diz ter ganho dinheiro, mas também muita desgosto pela vida, vícios no álcool e nas drogas e o ódio dos homens com quem se relacionava. Apanhou, apanhou, foi roubada, enganada e só teve novamente esperança em viver quando encontrou o homem de sua vida. “Eu o achei em um barzinho. Eu estava do outro lado da rua e o avistei. Ele tinha um porte e os cabelos lisos. Era lindo. Pensei logo, achei o amor da minha vida. E foi dito e feito. Ele me viu e achou que eu era mulher mesmo, de cara. Eu gostava de beber também e a gente se dava muito bem. Fomos morar juntos, ele me aceitou como travesti e também portadora do HIV. Mas, foi uma luta porque a mãe dele não aceitava ele namorar um homem que virou mulher e nos expulsou da casa dela. Fomos morar em um barraco no meio do mato”, relembra Cláudia.

Em meados de 2012, ela ainda trabalhava com prostituição quando o conheceu, mas detalha que relação dos dois era muito além da cama, até porque a doença do Marcelo, o seu marido, prejudicava a sua vida sexual. “Ele bebia muito e muitas vezes nem conseguimos ter relações sexuais. Mas a gente trocava carinho, se ajudava em casa, ficava na cama. Era um casal de verdade”, orgulha-se Morena.

"Eu chorava muito sentindo falta dele, ainda choro. Perdi o amor da minha vida”. Foto: Chico Peixoto/LeiaJáImagens

Ela estava feliz com a nova vida e relata que ele entendia a profissão dela na época porque trazia renda para casa. Cláudia já tinha se relacionado com outros homens, mas eles a batiam e não queriam nada além de sexo. “É muito complicado encontrar o amor para uma travesti. Muitos homens são interesseiros e pensam na nossa casa, na comida no prato, na lavagem de roupa e no sexo. Alguns me diziam que eu dava de dez a zero nas mulheres que eles já tinham morado, mas era um elogio falso porque só éramos boas se a gente fosse dona de casa e transasse com eles. Dizem que amam por dinheiro. Muitas vezes eu precisei de um amor na vida toda. Não tive isso da minha família”, lamenta ao contar um pouco sobre a trajetória de vida.

Cláudia Morena viveu com Marcelo por pouco mais de três anos e foram muitas dificuldades, financeiras e familiares. “Eu cuidei dele a vida toda e ele caiu muito doente. Em uma época, ficou internado grave. Eu ia visitá-lo no hospital e ele dizia às enfermeiras que eu era a mulher dele e era travesti. Eu me orgulhava disso, ele dizer que a esposa dele era grande e bonita”. Mas, em 2015, Marcelo morreu nos braços dela dentro da casa dos dois, por causa da bebida. “Eu chorava muito sentindo falta dele, ainda choro. Perdi o amor da minha vida”.

Para ela, o amor só chegou mais tarde, mas valeu a pena esperar e viver três anos felizes. "Quem me ensinou a amar foi Marcelo. Ele me botou dentro de uma casa, enfrentou a família e fez tudo por mim. Morreu nos meus braços o meu eterno amor”.

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Comércio ou afeto? Os dois

O suor ainda escorre pelos poros da profissional do sexo A.B quando ela se lembra do primeiro espancamento. Aos 24 anos de idade, a gigante de um metro e noventa dois centímetros de altura volta se parecer com o adolescente de quinze anos exasperado que apanhou de mais de dez colegas de sala. “Meu pensamento era dizer que eu era inútil. Desisti de ir à escola”, conta. Irredutível em ser quem era, A.B largou o nome civil e passou a se apresentar com o nome que escolheu aos comércios em que buscou emprego. Após inúmeros currículos enviados e nenhuma admissão, viu na prostituição o único espaço de trabalho possível. Entre as performances quentes na internet e o perigo das ruas, conta com os clientes fixos para manter alguma segurança física e financeira, cultivando com eles uma complexa relação afetiva e comercial. 

“Tem um cliente meu que desde os 16 anos mantenho contato. Conheci através de um amigo e já deixei claro que era garota de programa, fui para cima dele e pedi dinheiro. Eu estava precisando muito e ele me deu”, conta. Com um ano de “batalha”, conforme as profissionais do sexo denominam as jornadas de trabalho, veio o primeiro casamento. “Passamos quatro anos juntos. Ele era mais velho e muito possessivo. Não queria que eu saísse de casa e ficava me mandando cuidar da vida doméstica. Um dia, ele chegou em casa bêbado com uma crise de ciúmes e me bateu, puxei um facão para ele e acabei o casamento”, lembra. Divorciada e emocionalmente fragilizada, A.B. voltou à rotina de prostituição. 

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Se, durante o casamento, a mínima estabilidade financeira era dada pelo companheiro, com o fim dele, no primeiro aperto, era ao mais antigo cliente que ela recorria. “Até hoje, peço para ele comprar um gás, pagar uma conta ou até depositar dinheiro para mim se faltar algo em casa. Sou como uma amante, uma rapariga”, relata. Na cama, ele lamenta pela diabetes e os problemas de pressão. Depois do sexo, ou até mesmo sem deixar tempo para que ele seja praticado, por vezes os encontros são marcados por desabafos íntimos sobre a esposa e os filhos, que nem sequer sabem da existência do relacionamento extraconjugal. “Ele se abre sempre comigo e, independentemente da gente acreditar ou não, está sendo paga pra isso”, completa A.B.

Quando um namorado ou affair se apresenta na vida pessoal, precisa dividir os carinhos e atenção com os clientes. Os caminhoneiros, garante A.B., são os mais carentes. “Acontece de eles quererem passar até um pernoite com a gente só pra estar falando, nem tanto pelo sexo. Falam muito sobre os locais que estão indo e as viagens e me perguntam sobre a minha vida”, afirma. A.B. precisa ainda ouvir as esposas, quando desconfiam da traição. “Elas pegam o telefone e ligam para dizer coisa comigo. Vão mais em cima de mim do que do marido delas. Acho que têm que ir atrás deles”, opina. 

A.B. sobre desabafos e lamúrias dos clientes: "A gente está sendo paga para isso". (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)

Com os rendimentos do trabalho, A.B. constrói uma casa para ela e outra para sua mãe, acometida por infecção causada pela bactéria H.Pylori, que ocasiona fortes dores de estômago e pode aumentar o risco para o desenvolvimento de um câncer. “Tudo que faço é pela minha mãe, penso muito em dar conforto para ela e poder ir viver minha juventude. Quando ela passa mal, sou eu que cuido”, lamenta. Orientada pelas colegas de trabalho mais experientes, A.B. acredita que mulheres transexuais têm “prazo de validade” no mundo da prostituição. “Trinta anos. Depois disso, a gente fica velha. Ninguém mais quer”, opina. Inspirada pela irmã graduada em enfermagem, A.B. acaba de voltar ao ensino médio, que espera concluir para realizar o sonho de sair da prostituição. “Acho que nessa área tem mais espaço para as trans e travestis. Quero entrar na faculdade e fazer um concurso público. Meus clientes não são meus amigos: quando ele deixa de pagar, para mim, não tem valor nenhum. Da mesma forma que não tenho para ele”, divide.

Uma alemã foi condenada nesta terça-feira (7) a 12 anos e meio de prisão por prostituir e violentar o filho ao lado de seu cônjuge, um pedófilo reincidente, um caso que também gerou críticas sobre possíveis negligências das autoridades.

Além do casal, outras quatro pessoas foram condenadas nas últimas semanas a penas que variam de oito a 10 anos de prisão.

Durante mais de dois anos, entre maio de 2015 e agosto 2017, Berrin Taha, 48 anos, e seu companheiro Christian Lais, 39 anos, um casal de desempregados alemães, ofereceram a pedófilos a possibilidade de abusar do menino na Darknet, como é conhecida a parte da internet que não tem referência nas ferramentas de busca.

O tribunal de Freiburg condenou a mãe a 12 anos e meio de prisão, assim como o padrasto. Em seu caso, o tribunal também determinou medidas para atrasar sua libertação o máximo possível.

A mãe do menino, que atualmente tem 10 anos e vive com uma família adotiva, nunca explicou seus atos.

O advogado de defesa tentou atenuar sua responsabilidade argumentando a "dependência" da mulher de seu companheiro, o que foi rejeitado pelo tribunal.

O juiz Stefan Bürgelin considerou que a motivação inicial da mãe pode ter sido a continuidade do relacionamento com o cônjuge, mas depois também existiram "razões financeiras".

O magistrado recordou que a mãe também abusou de uma menina que ficou sob sua responsabilidade.

O caso foi revelado após uma denúncia anônima em 2017. Depois, as confissões do padrasto, que já havia sido condenado por pedofilia e posse de material pornográfico com crianças, provocaram a detenção de vários clientes do casal, incluindo quatro alemães, um suíço e um espanhol.

Christian Lais, o padrasto, pediu ao tribunal que sua pena contemple as medidas necessárias para que possa entrar em terapia.

Na segunda-feira, Javier González Díaz, um espanhol de 33 anos, foi condenado a 10 anos de prisão por ter violentado o menino várias vezes e filmado.

Em troca de mais de 10.000 euros pagos ao casal, o espanhol viajou pelo menos quatro vezes de seu país até Freiburg para cometer os crimes, nos quais o menino era "humilhado, insultado, amarrado, encapuzado e maltratado", afirmou o tribunal.

Os policiais esperam que o caso permita a detenção de outros pedófilos, com o apoio de vídeos e fotos de pessoas que cometeram os crimes e foram divulgadas na Darknet.

O menino não tem nenhum contato com a mãe e "está bem apesar das circunstâncias", afirmou seu advogado. O casal terá que pagar 30.000 euros de indenização.

O serviço de proteção ao menor, a justiça e a polícia foram muito criticados no caso porque o padrasto Christian Lais estava proibido de qualquer contato com crianças depois de cumprir uma pena de quatro anos de prisão - encerrada em 2010 - por pedofilia.

As advertências do serviço social de que Lais vivia na mesma casa que Berrin Taha e seu filho não foram levadas em consideração pelas autoridades.

"O caso não termina com esta decisão. Revela os fracassos judiciais e oficiais dos quais temos que tirar lições em escala nacional nacional", disse Johannes-Wilhelm Rörig, comissário do governo alemão para a luta contra a violência a menores.

Uma enfermeira londrina, que usou vodu para ameaçar cinco mulheres nigerianas e forçá-las a trabalhar como prostitutas na Alemanha, foi condenada a 14 anos de prisão nesta quarta-feira (4).

Durante o julgamento, o juiz Richard Bond, do tribunal de Birgmingham (Reino Unido), declarou que a enfermeira Josephine Iyamu, de 51 anos, era culpada de violações "abomináveis".

As nigerianas correram risco de vida "real e significativo" quando foram forçadas a atravessar em um barco o Mediterrâneo até a Europa.

"Você demonstrou um desprezo total pelo bem estar dessas mulheres", denunciou o juiz. "Você não as vê como seres humanos, mas como mercadorias que lhe rendem um bom dinheiro".

Apesar de ganhar um salário modesto como enfermeira, Iyamu viajava frequentemente ao exterior e possuía uma mansão na cidade de Benin, Nigéria.

"Usando de seu status, Iyamu recrutou em vilarejos mulheres vulneráveis e lhes prometia uma vida melhor na Europa", explicou em um comunicado a National Crime Agency(NCA), agência britânica de luta contra o crime.

Antes da partida dessas nigerianas, a enfermeira submeteu as vítimas a rituais vodu "juju" para aumentar seu poder sobre elas. Durante a cerimônia, as mulheres deviam comer corações de galinha e beber sangue com vermes.

"Elas pensavam que aconteceria algo grave com elas ou com suas famílias caso não respeitassem o compromisso estabelecido com Iyamu ou tentassem escapar", segundo a NCA.

Iyamu foi considerada culpada segundo a lei moderna sobre escravidão.

Foi também condenada por obstrução da justiça depois de ter arranjado a prisão de parentes das vítimas na Nigéria depois que foi presa em agosto de 2017.

Os próximos capítulos de "Segundo Sol" prometem ferver, principalmente quando as histórias aportarem no núcleo "mau" da novela. Será exibida na noite desta sexta-feira (25) a cena em que Laureta, personagem de Adriana Esteves, convencerá Rosa (Letícia Colin) a se prostituir.

Rosa, que está buscando emprego para ajudar a família, aceita a proposta da cafetina para ser leiloada na internet. Nervosa, a moça recebe uma produção de beleza para conseguir o seu primeiro cliente no esquema sujo da vilã. 

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"Deem seus lances se quiserem desfrutar dessa flor em forma de mulher. Rosa!", dirá Laureta. Vestindo uma lingerie sensual e fazendo caras e bocas na frente do computador, Rosa consegue fazer com que o plano da cafetina dê certo.

O primeiro leilão virtual da garota irá bater todos os recordes já realizados com outras mulheres e, vendo que fez sucesso, a filha de Agenor (Roberto Bonfim) ficará surpresa com o resultado final do lance: "Tô de cara!".

Dona do hit 'Que tiro foi esse?', que disputou o título de música do carnaval, Jojo Todynho viu algumas de suas fotos publicadas em um site de prostituição. A funkeira estampa um anúncio de uma casa de massagem erótica francesa.

Na página, várias informações falsas estão ligadas à cantora. “Olá, você está cansada, estressado, nada como a doçura de uma mulher redonda. Te ofereço uma boa massagem, você vai ficar zen, relaxado. Sabe quem tem uma mensagem suave também aquece o coração? Contato vulgar, eu não respondo”, diz o anúncio, em tradução livre.

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A assessoria da cantora afirma que já tem conhecimento da história, mas não revelou quais serão os procedimentos adotados para solucionar o caso.

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Após o escândalo envolvendo a ONG Oxfam e seus funcionários no Haiti, a Cruz Vermelha informou que 21 membros de seu staff também pagaram por relações sexuais com prostitutas e foram afastados de seus cargos nos últimos três anos.

"Desde 2015, identificamos 21 membros do staff pagaram por serviços sexuais. Eles foram afastados ou demitidos durante uma investigação interna", disse o diretor-geral do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CIRC), Yves Daccord, ressaltando estar "profundamente entristecido ao reportar estes números".

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"Toda a equipe é contratualmente ligada ao Código de Conduta da CIRC, que proíbe explicitamente a aquisição de serviços sexuais.

Essa proibição, em vigor desde 2006, é aplicada no mundo todo, inclusive nos países onde a prostituição é legal, pois acreditamos que, quem paga por sexo, é incompatível com os valores e a missão da organização", afirmou o diretor da organização, que conta com 17 mil membros.

Da Ansa

Uma página de relacionamentos que convida estudantes a se relacionar com homens ricos para financiar seus estudos lançou uma campanha publicitária em universidades parisienses, causando uma onda de indignação na França.

"Ei, estudantes! Romance, paixão e nenhum financiamento estudantil. Saiam com um 'Sugar Daddy ou uma Sugar Mama'", propõe um painel gigante da página RichMeetBeautiful.fr. (Rico encontra bela, em inglês) que circula há dois dias na capital francesa.

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Essa campanha gerou uma onda de críticas na França e a prefeitura de Paris apresentou uma ação perante a Justiça.

"Esta página é uma agressão às mulheres. Por trás da imagem dourada que exibem, essas jovens podem cair na prostituição", denunciou Hélène Bidard, vice-prefeita de Paris.

"Os 'sugardaddies' ajudam as 'sugarbabies', oferecendo-lhes generosos presentes ou dinheiro. Em troca, a sugarbaby deve ser agradável, bela (...) Deve ser flexível e estar disponível", explica o site.

"Ela aprenderá junto a ele... ao mesmo tempo em que ganha dinheiro para pagar seus gastos universitários e os seus empréstimos", lê-se no site.

'Sugardaddies' são homens mais velhos e bem sucedidos que sustentam namoradas mais jovens, as 'sugarbabies'.

Além da prefeitura de Paris, a Federação de Associações Gerais de Estudantes (FAGE) anunciou que apresentará uma denúncia por "proxenetismo".

"Esse anúncio publicitário busca atrair estudantes com problemas financeiros (...) e incitá-los a aceitar fazer sexo com pessoas mais velhas", declarou a FAGE.

Não é a primeira vez que esse tipo de campanha é vista na Europa. No último mês, uma similar causou indignação na Bélgica.

O grupo Pussycat Dolls e sua criadora, Robin Antin, se manifestaram a respeito das acusações da ex-integrante, Kaya Jones. De acordo com Kaya, o grupo seria, na verdade, uma rede de prostituição. As declarações chamaram a atenção dos fãs que esperam por um retorno, já ensaiado, da girl band.

Em um comunicado direcionado à revista Entertainment Weekly, o grupo se posicionou contrário às alegações de Kaya: " Não podemos apoiar falsas alegações em relação a outros membros do grupo participando de atividades que simplesmente não ocorreram. Comparar nossos papéis profissionais em Pussycat Dolls a uma rede de prostituição não só mina tudo o que trabalhamos duro para alcançar durante todos esses anos, mas também apaga as milhões de vítimas que estão falando para todo o mundo.”

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Robin Antin, criadora do grupo, também falou a respeito em entrevista a outra publicação, a The Blast. Para a coreógrafa, Kaya falou "mentiras ridículas e sujas" e que a garota está apenas procurando "15 minutos de fama", uma vez que nunca teria sido integrante fixa do grupo.

Sobre as acusações de tortura psicológica, o grupo afirmou ser outra mentira: "As Pussycat Dolls e sua fundadora, Robin Antin, sempre apoiaram e deram suporte às mulheres. Se Kaya passou por alguma experiência que não sabemos então nós a encorajamos a buscar a ajuda necessária e estaremos aqui para apoiá-la".

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Recentemente, após as acusações contra Harvey Weinstein, muitas famosas vêm revelando publicamente que já sofreram algum tipo de assédio ao longo de suas carreiras, seja nas mãos do produtor ou em outra situação. Aproveitando a forte repercussão sobre esse assunto e o anúncio do retorno do grupo The Pussycat Dolls, Kaya Jones, ex-integrante da banda, utilizou seu Twitter primeiramente para parabenizar as mulheres que vêm trazendo à tona esses abusos, e também para fazer seu próprio relato. “Minha verdade: eu não estava em uma banda de garotas. Eu estava em uma rede de prostituição”, afirmou Kaya Jones, ex-integrante do grupo The Pussycat Dolls.

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“Nós por acaso cantávamos e éramos famosas, enquanto nossos ‘donos’ faziam dinheiro conosco”, continuou a cantora de 33 anos. Em sua rede social, ela fez diversas postagens relatando o que acontecia nos bastidores das Pussycat Dolls. “Foi ruim o suficiente para que eu abandonasse os meus sonhos, as minhas colegas de banda e um contrato de 13 milhões de dólares”, disse.

Ela detalha que as integrantes recebiam apenas 500 dólares por semana, enquanto a gravadora e o produtor levavam todo o dinheiro que elas ganhavam com shows e venda de álbuns. “E isso não era nem a pior parte. O pior era que todas nós éramos submetidas a avanços sexuais e abuso psicológico”, escreve Kaya. “Para ser parte do time você tem que ser uma jogadora, ou seja, você tem que dormir com quem quer que eles digam”, conta ela em outro tweet. A cantora chega ainda a insinuar que os executivos tentavam viciá-las em drogas.

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Alguns questionaram o porquê de Kaya não ter contado isso tudo antes, mas, de acordo com o que escreveu, ela foi ameaçada de morte caso contasse. Apesar disso, chegou a procurar alguns executivos de Hollywood e relatar o caso em 2004, sem sucesso. Depois, afirma ter procurado a imprensa em 2005-2006 e em 2011, mas ter sido silenciada: “Eu contei a mídia em Hollywood sobre o meu abuso e eles não fizeram nada”. Por fim, ela garante ter mantido um diário ao longo dos anos, no qual anotava tudo que acontecia com ela, incluindo as datas específicas de cada caso.

Em resposta, Robin Antin, fundadora das Pussycat Dalls, disse ao The Blast que as alegações são "mentiras ridículas e nojentas" e que Jones "está claramente querendo seus 15 minutos de fama". De acordo com o site, a coreógrafa afirmou tabém que Kaya esteve no grupo entre 2003 e 2005 apenas por um período de experiência, mas que nunca foi membro oficial da banda.

A Justiça condenou dois empresários e dois policiais da Baixada Santista por manter estabelecimentos que exploravam o trabalho de garotas de programa. De acordo com a investigação do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), parte dos lucros obtidos pelas mulheres eram divididos entre os quatro envolvidos. Os policiais eram responsáveis pela segurança do local e das garotas.

Os empresários possuíam casas de prostituição nas cidades de Santos, São Vicente e Cubatão. O caso foi denunciado em 2013 e julgado no final de abril, porém, a sentença só foi divulgada ontem (21). Os investigados usavam “laranjas” para esconder a origem do dinheiro, adquirindo imóveis e carros no nome dessas pessoas.

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Os empresários foram condenados pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, com penas de 17 anos de reclusão cada, sendo sete anos em regime semiaberto. Os policiais, um civil e um militar, foram condenados por corrupção passiva e formação de quadrilha, com pena de pouco mais de cinco anos em regime semiaberto e perda do cargo público. Além da pena, os empresários perderam os bens confiscados, entre eles duas chácaras na cidade de Itanhaém, três imóveis em Santos, um terreno em São Vicente e um automóvel.

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