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Desde a última quinta-feira (18) preso em Bangu 8, o policial aposentado e ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos), Fabrício Queiroz, pediu um livro de autoajuda ao acusado de operar o esquema de propinas do Rio de Janeiro, investigado pela operação Lava Jato, Wilson Carlos. Wilson é ex-secretário do ex-governador Sérgio Cabral (MDB) e, atualmente, organiza a biblioteca prisional.

Segundo o colunista Lauro Jardim, Queiroz está isolado em uma cela de cinco metros quadrados e não interage muito. No local, passa 10 horas diárias e tem à disposição uma pia, chuveiro e vaso sanitário. Por duas horas, o suspeito de coordenar um suposto esquema de ‘rachadinha’ no antigo gabinete de Flávio tem direito ao banho de sol em um pátio do presídio.

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A biblioteca foi montada pelo ex-deputado Edson Albertassi, que deixou o comando para Wilson Carlos após seguir para a prisão domiciliar, há dois anos. Desde então, parte da rotina do ex-secretário de Cabral é baseada em passear entre as celas perguntando o que os reclusos querem ler, apontou o portal IG.

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) suspeita da origem de R$ 261 mil pagos em dinheiro em mensalidades escolares e planos de saúde das filhas de Flávio Bolsonaro (Republicanos). Segundo o pedido do MPRJ que levou à prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio, foram 116 boletos quitados em espécie. As informações são do G1.

 Ao menos dois boletos, referentes a mensalidades de colégio no Rio, foram comprovadamente pagos por Queiroz, de acordo com o Ministério Público. Queiroz quitou duas mensalidades, de R$ 3.382,77 e R$ 3.560,28, em 1º de outubro de 2018, conforme fotos e dados presentes no processo.

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 Cruzando os dados com as imagens das câmeras de segurança de agência bancária dentro da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), o MPRJ verificou que Queiroz efetuou os pagamentos.

 O ex-assessor foi preso preventivamente, na quinta-feira (18), por suspeita de envolvimento em esquema de "rachadinha". O pagamento das mensalidades seria mais um indício de que o salário dos servidores voltava para o parlamentar. Os investigadores acreditam que Queiroz era um operador financeiro de Flávio Bolsonaro, que liderava a organização criminosa.

A deputada estadual por São Paulo Janaina Paschoal (PSL) aconselhou, nesta sexta-feira (19), o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) a delatar as irregularidades cometidas pelo seu antigo gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Flávio é investigado por um suposto esquema de 'rachadinha' quando era deputado estadual fluminense.

Como parte da investigação capitaneada pelo Ministério Público do Rio, o ex-assessor do filho do presidente Jair Bolsonaro, Fabrício Queiroz, foi preso nessa quinta-feira (18). Queiroz teve movimentações bancárias atípicas identificadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), o que motivou a apuração do esquema. Outros parlamentares também são investigados. 

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"O Senador Flávio Bolsonaro faria um grande favor ao país, se confessasse de uma vez por todas os desvios havidos em seu Gabinete na Alerj e entregasse os esquemas dos outros Deputados constantes da lista do Coaf, começando pelo atual presidente da Alerj, que é do PT!", afirmou Janaina em publicação no Twitter. 

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Para a ex-aliada de Jair Bolsonaro, uma confissão de Flávio ajudaria o presidente a concluir seu mandato com tranquilidade. "Fazendo isso, ele ajudaria a derrubar quem precisa cair. Ele ajudaria a fazer a depuração com que seu pai se comprometeu no período eleitoral e daria alguma chance de o governo de Bolsonaro ir até 2022", observou.

Na avaliação de Janaina, "a ausência dessa confissão permite que as pessoas imaginem haver algo ainda pior nessa história toda". "O Presidente não pode responder pelos atos de todos os seus amigos, conhecidos e parentes, mas é flagrante que, para defender o filho, está colocando o país em segundo plano", analisou a deputada.

Também advogada, Janaina disse, por fim, que não é apenas Fabrício Queiroz que tem o que falar para a polícia. "Não é só Queiroz que pode fazer uma colaboração premiada. Flávio pode! Afinal, na lista de desvios, os valores que o Coaf atribui a ele são infinitamente menores que os atribuídos aos demais!", escreveu, acrescentando logo em seguida a hashtag '#delataFlávio'.

As viagens realizadas pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) e a esposa, Fernanda Antunes Figueira Bolsonaro, enquanto foi deputado - entre 2007 e 2018 - serão investigadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). A Justiça carioca determinou que a agência Decolar.com repasse todas as informações disponíveis.

Além dos dados de transações comerciais, o MPRJ pediu acesso às datas, produtos contratados, formas de pagamento, valores, nomes indicados nos bilhetes, origens e destinos de viagem do casal. Os promotores do caso acreditam que as informações podem indicar "o caminho traçado pelo dinheiro e, inclusive, se os investigados têm renda compatível com os gastos".

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A Decolar.com atendeu a solicitação, mas chegou a recorrer duas vezes ao Tribunal de Justiça do estado sob alegação de que o repasse de informações violaria o direito à intimidade dos investigados.

A investigação contra o filho do presidente ganhou um novo episódio com a prisão do ex-assessor Fabrício Queiroz, nessa quinta-feira (18). Ele é suspeito de operar um suposto esquema de 'rachadinha' no antigo gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão entre 2016 e 2017, mesmo com o valor sendo incompatível com seu patrimônio. O MPRJ ainda aponta que o senador lavou R$ 2,3 milhões com imóveis e uma loja de chocolates.

O advogado de Fabrício Queiroz, Paulo Emílio Catta Preta, considerou a prisão preventiva de seu cliente como medida jurídica exagerada e desnecessária. Queiroz foi preso na manhã de hoje (18), em Atibaia, no interior de São Paulo.

Ele disse ainda que pedirá que seu cliente seja transferido para uma unidade prisional da Polícia Militar, já que ele é PM reformado. Catta Preta falou com a imprensa no início da tarde desta quinta-feira, do lado de fora do Presídio de Benfica, no Rio de Janeiro, para onde seu cliente foi levado após a prisão.

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“Me parece excessivo uma pessoa que sempre esteva à disposição, que está em tratamento de saúde, que ofereceu esclarecimentos nos autos, que não apresenta risco nenhum de fuga, ela sofra uma medida tão pesada quanto uma prisão preventiva. Mas eu só vou poder fazer um juízo definitivo disso, no momento em que eu tiver a decisão.”

Catta Preta refutou a arguição do Ministério Público (MP) de que a prisão se justificaria pela possibilidade de Queiroz destruir provas: “com base em que se diz isto? Poder destruir provas como uma possibilidade inexistente, distante, abstrata, não justifica prisão nenhuma. Poder destruir provas todos nós podemos, mas não podemos ser presos por isto, em termos de potencialidade. Tem que existir uma conduta concreta que revele este risco como real.”

O advogado, que conversou por 20 minutos com seu cliente, disse que ele não explicou o motivo de estar no sítio do advogado Frederick Wassef, em Atibaia. Wassef é advogado do senador Flávio Bolsonaro: “Quando eu perguntei a ele por que estava em São Paulo, ele disse que ia a São Paulo com alguma regularidade para cuidar da saúde. Desde que ele fez a cirurgia de câncer, há mais de um ano, e recentemente fez uma de próstata, há dois meses, ele tem ido, sempre que necessário, para São Paulo, mas não me disse, exatamente, porque estava na casa do advogado.”

Catta Preta disse que, enquanto não tiver acesso aos autos do processo, Queiroz não prestará depoimento. Ele descartou, ainda, a realização de delação premiada por parte de seu cliente. Por último, o advogado disse que vai pleitear um habeas corpus para Queiroz.

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP), disse que Queiroz ficará em isolamento social de 14 dias, por conta da covid-19, no presídio Bangu 8.

Um cartaz com o termo "AI-5" foi encontrado em cima da lareira da casa em Atibaia, no interior de São Paulo, onde Fabrício Queiroz foi preso nesta quinta-feira (18). O AI-5, assinado em 1968, foi o Ato Institucional mais rigoroso e repressivo da ditadura militar.

O cartaz, que segundo policial envolvido nas buscas, era usado como enfeite, estava ao lado de bonecos do mafioso Tony Montana, interpretado por Al Pacino no filme Scarface. No filme dirigido por Brian De Palma, Tony Montana se torna chefe do tráfico de drogas em Miami.

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 A Polícia também localizou um computador e os remédios que Queiroz toma para o tratamento de câncer.

 O ex-assessor de Flávio Bolsonaro é investigado por envolvimento em esquema de 'rachadinha' na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Ele foi preso em um imóvel de Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro.

Além da prisão de Fabrício Queiroz, na manhã desta quinta-feira (18), o Tribunal de Justiça expediu um mandado contra Márcia Oliveira de Aguiar. Ela não foi encontrada no escritório do advogado Frederick Wassef junto com o marido e segue foragida. A esposa do ex-assessor também integrou o gabinete de Flávio Bolsonaro (Republicanos) durante dez anos.

De acordo com o Globo, Márcia nunca possuiu crachá da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), mesmo registrada como assessora parlamentar de Flávio de 2007 a 2017. Em um processo judicial, ela se declarou como cabelereira.

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O casal, uma enteada e duas filhas conseguiram cargos durante o mandato do então deputado. Uma delas é a personal trainer Nathalia Queiroz. Todos são investigados.

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) afirmou, nesta quinta-feira (18), que está tranquilo com a Operação Anjo, que prendeu seu ex-assessor Fabrício Queiroz e cumpriu mandados de buscas no endereço de uma das suas assessoras, Alessandra Esteves Marins. A ação policial faz parte da investigação que apura um possível esquema de 'rachadinha' no gabinete de Flávio quando ele era deputado estadual do Rio de Janeiro. 

"Encaro com tranquilidade os acontecimentos de hoje. A verdade prevalecerá! Mais uma peça foi movimentada no tabuleiro para atacar Bolsonaro. Em 16 anos como deputado no Rio nunca houve uma vírgula contra mim", escreveu o parlamentar no Twitter.

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O senador ligou a operação ao fato do seu pai, Jair Bolsonaro, ser presidente da República. "Bastou o Presidente Bolsonaro se eleger para mudar tudo! O jogo é bruto!", acrescentou.

Fabrício Queiroz foi preso em um imóvel de Frederick Wassef, advogado de Flávio Bolsonaro e do presidente da República em São Paulo.

Nesta quinta-feira (18), líderes da esquerda em Pernambuco movimentaram as redes sociais para celebrar o que chamaram de 'Grande Dia', que marcou a prisão de Fabrício Queiroz. 

O deputado federal João Campos (PSB) destacou a amizade "de longas datas" entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o investigado de coordenar um suposto esquema de ‘rachadinha’ na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). "Será que vamos ver luz no fim do túnel?", questiona ao evidenciar a expectativa entorno do depoimento do acusado.

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A possível relação do clã Bolsonaro com crimes foi ressaltada pelo senador Humberto Costa (PT). Ele ainda frisou que o fato do ex-assessor ter sido encontrado na casa do advogado da família. "Mais uma coincidência?", publicou.

Já o deputado federal Túlio Gadêlha (PDT) ficou, aparentemente, surpreso pela prisão ter ocorrido na casa do advogado Frederick Wassef. "Dá pra acreditar?", escreveu. O local da captura também foi destacado pela deputada federal Marília Arraes (PT), que levantou a campanha #ContaTudoQueiroz para reforçar um possível envolvimento da família do presidente do crimes.

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A operação Anjo, que prendeu o ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, também fez, na manhã desta quinta-feira (18), buscas em um endereço em Bento Ribeiro, na Zona Norte do Rio. O imóvel, segundo a TV Globo, é vizinho a uma casa que consta na relação de bens do presidente Jair Bolsonaro. 

O endereço alvo das buscas é Alessandra Esteves Marins, que trabalha para Flávio. Inicialmente, a informação era de que a ação policial teria acontecido no imóvel declarado por Bolsonaro como seu e que foi usado por anos como escritório político e comitê de campanhas eleitorais, mas a casa, na realidade, pertence a Alessandra.

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Alessandra é lotada no escritório de apoio do senador que fica no bairro da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. A assessora já trabalhou com Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e está entre os investigados pela suspeita de "rachadinha" - o desvio dinheiro dos salários dos funcionários públicos.

De acordo com o G1, na manhã de hoje o presidente deixou o Palácio da Alvorada em um comboio em alta velocidade e não parou para falar com apoiadores, como faz rotineiramente. 

A ação policial deflagrada nesta quinta é capitaneada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) e apura um suposto esquema de rachadinha no gabinete de Flávio na Assembleia do Rio de Janeiro, onde ele foi deputado estadual até 2018.

*Com a Agência Estado

Fabrício Queiroz foi preso na manhã desta quinta-feira (18), em Atibaia, no interior de São Paulo. O ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) é acusado de ser o articulador financeiro de um suposto esquema de ‘rachadinha’ no antigo gabinete do parlamentar. Ele foi encontrado em uma casa do advogado de Flávio.

A investigação se estende ao Rio de Janeiro, onde ocorreram buscas em um imóvel que seria do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), localizado em Bento Ribeiro, na Zona Norte. Os mandados de busca e apreensão e de prisão contra o ex-motorista de Flávio foram cumpridos pela Polícia Civil junto ao Ministério Público de São Paulo.

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Na conta bancária de Queiroz, a movimentação ‘atípica’ de R$ 1,2 milhão levantou a suspeita do Conselho de Atividades Financeira (Coaf). O relatório ainda destacou operações bancárias suspeitas de 74 servidores e ex-servidores da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

No esquema investigado, os assessores devolviam parte do salário, pago com recurso público, aos próprios deputados. Queiroz seria responsável por recolher, depositar e sacar os valores.

Após a denúncia do empresário Paulo Marinho, que revelou que o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) recebeu informações privilegiadas das autoridades durante as investigações do suposto esquema de rachadinha em seu antigo gabinete como deputado, Sergio Moro mostrou-se favorável ao esclarecimento das acusações. Ao ver a postagem, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) tomou as dores do irmão e disse que o ex-ministro era uma "pessoa estranha" e o comparou a um porco.

Em relação às demissões do ex-assessor Fabrício Queiroz e da sua filha, Nathalia Queiroz, que teriam sido articuladas pelo senador ao ser informado por um delegado sobre a operação Furna da Onça, Moro comentou: "Espero que os fatos revelados, com coragem, pelo Sr. Paulo Marinho sejam totalmente esclarecidos".

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A denúncia reforça o motivo da saída do ex-ministro, que se demitiu ao apontar que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) queria o controle da Polícia Federal para livrar seus familiares de investigações.

"Estou para conhecer uma pessoa mais ' estranha' que este senhor! Note que força narrativas com a 'imprensa' 24h ao dia, visto que jamais mostrou provas desde que pediu demissão. Enquanto ministro era mais mudo que um cão velho, hoje, chafurda mais que um porco faminto!", retrucou o filho 03 de Bolsonaro.

Durante as eleições, dois cômodos da casa do empresário Paulo Marinho - suplente de Flávio no Senado - foram utilizados como locais estratégicos da campanha do atual presidente. Sobre a denúncia, Marinho respondeu que "com certeza” os fatos seriam esclarecidos.

André Marinho, filho do ex-aliado da família Bolsonaro, já havia revelado que fez diversas "dublagens" do presidente durante a campanha. Ele afirma que imitou o presidente em áudios para manter uma comunicação com grupos de WhatsApp de eleitores. André destacou que uma das imitações de maior repercussão foi a mensagem enviada em apoio aos garimpeiros de Serra Pelada.

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O ministro Félix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou novo recurso apresentado pelo senador Flávio Bolsonaro para suspender as investigações do suposto esquema de rachadinhas que ocorreram em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). A decisão barra pedido da defesa para levar ao colegiado da Corte a decisão do próprio ministro que, em abril, negou paralisar o caso.

O mérito do recurso trata de supostas ilegalidades na decisão do juiz Flávio Itabaiana, responsável pela autorização de quebra dos sigilos bancário e fiscal do senador em abril do ano passado. Em março, a 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio determinou, por maioria, que não houve ação ilegal no caso.

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A defesa de Flávio Bolsonaro afirma que Itabaiana justificou em apenas um parágrafo todas as 87 páginas do pedido do Ministério Público que fundamentam a decisão da quebra de sigilo.

O Ministério Público investiga supostos crimes de peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro no gabinete de Flávio Bolsonaro. O ex-chefe de gabinete Fabrício Queiroz seria o principal operador do esquema - ele já admitiu que recolhia parte dos salários dos servidores, mas negou crime.

Segundo o Ministério Público Estadual, sob estrutura criminosa montada com ex-assessor parlamentar (operador do esquema denominado de rachadinha), Flávio Bolsonaro teria desviado em proveito próprio o salário de assessores parlamentares, alguns deles fantasmas, e disfarçado os valores sob a forma de distribuição de lucros em empresa de comércio alimentício da qual sócio e por meio de negociações imobiliárias super e subfaturadas.

As investigações do caso Queiroz evoluíram após quebra de sigilo bancário e fiscal contra Flávio, sua esposa, Fernanda Bolsonaro, e as contas da Bolsotini, loja de chocolates do senador. Em novembro, o Ministério Público do Rio apontou que Queiroz teria recebido R$ 2 milhões repassados por servidores de Flávio, e que parte do dinheiro desviado teria sido lavado na Bolsotini.

A quebra do sigilo bancário de Flávio Bolsonaro cobriu movimentações de janeiro de 2007 a dezembro de 2018 enquanto o levantamento do sigilo fiscal ocorreu entre 2008 e 2018. À época da solicitação, o Ministério Público apurava movimentações de R$ 1,2 milhão na conta de Queiroz, detectadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e reveladas pela reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.

Defesa

A reportagem entrou em contato com o criminalista Frederick Wassef, que defende o senador Flávio Bolsonaro, e aguarda resposta.

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Em entrevista concedida ao canal do Youtube MyNews, o ex-candidato pedetista à presidência, Ciro Gomes, destacou a conexão apontada pelo portal The Intercept Brasil de Flávio Bolsonaro, o filho 01 do presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido), com esquemas de corrupção na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e também com milícias do estado, mais precisamente na região de Rio das Pedras.

 

Em um trecho do vídeo da entrevista, Ciro afirma que além de as investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) (às quais o The Intercept teve acesso) serem “absolutamente contundentes, aquelas coisas para as quais não se tem resposta de nada”, ele também declara que no curso investigativo também foram encontradas “conexões com as milícias do Rio de Janeiro e mecanismos de lavagem de dinheiro”.

“Se descobriu a contaminação do dinheiro roubado dos gabinetes dos filhos do Bolsonaro para financiar prédios em áreas ilegais dominadas pelas milícias em Rio das Pedras e outros lugares, por onde se cobra R$ 150 mil por um prédio ilegal, ou aluguéis à força de ameaça de morte que as milícias fazem”, disse Ciro.

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A notícia sobre o suposto patrocínio da construção de prédios ilegais na Zona Norte do Rio de Janeiro feito pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) rendeu memes e dominou os assuntos mais comentados do Twitter, na manhã deste sábado (25). De acordo com as autoridades, o esquema com milicianos era sustentado com dinheiro público e seria proveniente da 'rachadinha' dos salários de ex-assessores em sua época como deputado. 

A hashtag #BolsonaroImoveis não perdoou o filho '01' do presidente da República e o criticou pela suposta relação com o esquema de financiamento de prédios irregulares. O enriquecimento atípico e a proximidade com milicianos também foram destacados nas piadas. 

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O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) usou dinheiro público para investir em prédios ilegais associados a milícias. De acordo com documentos do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), divulgados pelo The Intercept Brasil, o montante para o financiamento das construções é proveniente da coleta de 'rachadinha', no seu antigo gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Em um esquema com o suposto envolvimento de 86 pessoas, o inquérito investiga os crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e peculato. Sem laudo técnico ou permissão para a construção, os imóveis foram levantados na região Rio das Pedras e Muzema, localizada em Jacarepaguá, Zona Norte do município. Em abril do ano passado, dois prédios irregulares desabaram no local e deixaram 24 mortos.

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A investigação aponta que o filho 01 do presidente da República recebia sua fatia dos lucros por meio de repasses feitos pelo ex-assessor Fabrício Queiroz - identificado como autor de 438 transferências e depósitos nas contas de Flávio e na da primeira-dama Michelle Bolsonaro. Outro responsável pelo pagamento era o ex-capitão do Bope Adriano Nóbrega, executado em fevereiro pela polícia baiana na cidade de Esplanada. Ele é considerado o chefe do 'Escritório do Crime', uma milícia que matava por encomenda.

Além da venda dos apartamentos, a organização criminosa cobrava taxas de segurança e acesso ao sinal clandestino de TV, bem como vendia botijões de gás e garrafões d'água. O dinheiro chegava para Adriano através das contas bancárias da mãe e da esposa. Ambas nomeadas por Queiroz para ocupar cargos comissionados no antigo gabinete de Flávio, entre 2016 e 2017.

Mesmo com nove pedidos de suspensão do processo por parte da defesa do senador, o MPRJ identificou que os repasses também eram feitos para dois restaurantes, uma loja de material de construção, e entre as construtoras São Felipe Construção Civil Eireli, São Jorge Construção Civil Eireli e ConstruRioMZ, que teriam sido registradas em nome de 'laranjas' da milícia.

Com apenas um carro popular, declarado por cerca de R$ 25 mil, Flávio Bolsonaro entrou na política em 2002. No entanto apresentou uma evolução patrimonial atípica e, conforme indicou na última declaração feita em 2018, possui um patrimônio de R$ 1,74 milhão.

Além de sócio de uma rede de franquia de chocolates, entre 2015 e 2017 ele adquiriu dois apartamentos na Zona Sul da cidade. O prosseguimento das investigações é um dos motivos que o ex-ministro da Justiça Sergio Moro foi pressionado pela troca da direção da Polícia Federal do Rio de Janeiro.

O ministro Félix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça, rejeitou pedido do senador Flávio Bolsonaro para suspender as investigações do caso Queiroz, que correm na Justiça Estadual do Rio de Janeiro. O pedido foi feito pelo advogado Frederick Wassef, que defende o filho do presidente Jair Bolsonaro no inquérito que mira suposta "rachadinha' - desvio de salário de servidores - à época em que o parlamentar era deputado estadual no Rio.

Trata-se de um recurso da defesa contra uma decisão do Tribunal de Justiça do Rio, que também rejeitou liminar requerida pelo senador.

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Caso Queiroz

O ponto de partida da investigação da Promotoria do Rio sobre Flávio é o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras que aponta movimentação suspeita do ex-policial militar Fabrício Queiroz, homem de confiança do clã Bolsonaro.

Nessa investigação, o Ministério Público conseguiu na Justiça Estadual do Rio a quebra do sigilo bancário do senador Flávio Bolsonaro (PSL), por suspeita de "fantasmas" e "laranjas" em seu gabinete na Assembleia Legislativa - quando exercia o mandato de deputado -, além de compra e venda sub e superfaturada de imóveis.

Movimentações bancárias suspeitas atribuídas a Queiroz foram apontadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). O órgão vinculado ao Ministério da Economia apontou movimentação de R$ 1,2 milhão em um ano.

As investigações miram 94 pessoas, divididas por núcleos no entorno do senador. O inquérito atinge 37 imóveis supostamente ligados ao parlamentar.

De acordo com a Promotoria, "não parece crível a insinuação da defesa de que a liderança da organização criminosa caberia ao próprio Queiroz, um assessor subalterno, que teria agido sem conhecimento de seus superiores hierárquicos durante tantos anos".

O senador Flávio Bolsonaro seguirá sendo investigado pelo Ministério Público por possíveis crimes praticados por ele durante as eleições. A justiça do Rio de janeiro optou pela sequência da investigação nesta segunda-feira (23). A decisão foi da desembargadora Suimei Cavalieri.

O suposto esquema de 'rachadinhas' ocasionou em uma acusação do Ministério Público por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Parte dos salários dos funcionários, da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro entre eles Fabrício Queiroz, eram devolvidos a Flávio após passar por empresas parceiras.

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A decisão, proveniente da 3º Câmara Criminal que havia suspendido a investigação no dia 11 de março, foi tomada pela desembargadora Suimei Cavalieri nesta segunda. 

O desembargador Antonio Carlos Nascimento Amado, relator do caso do senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) na 3ª Câmara Criminal do Rio, votou na tarde desta terça-feira, 28, para anular a quebra dos sigilos bancário e fiscal do filho do presidente Jair Bolsonaro nas investigações sobre um suposto esquema de "rachadinha" envolvendo o ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz. Não houve, no entanto, nenhuma decisão: duas desembargadoras pediram mais tempo para analisar o caso.

O voto favorável a Flávio teve como embasamento o fato do senador não ter sido ouvido antes do pedido de quebra de sigilo feito pelo MP em abril do ano passado. Isso fere, de acordo com Amado, o respeito ao contraditório.

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Amado negou, também na sessão desta tarde, um outro habeas corpus do senador, que versava sobre um tema já debatido em plenário pelo Supremo Tribunal Federal (STF): o compartilhamento do relatório de inteligência financeira do antigo Coaf com o Ministério Público.

A próxima sessão da 3ª Câmara está marcada para o dia 4, mas o habeas de Flávio ainda não está pautado.

Durante o ano passado, Amado negou pedidos de paralisação do caso que haviam sido impetrados tanto por Flávio quanto pelo seu ex-assessor Fabrício Queiroz, apontado como operador dele no suposto esquema na Assembleia Legislativa do Rio, a Alerj. O Ministério Público do Rio apura as práticas de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa por parte do senador.

Em 2020, porém, esta já é a segunda vitória que Amado concede aos investigados. Ele já havia suspendido a investigação contra o sócio de Flávio numa franquia da loja de chocolates Kopenhagen, Alexandre Santini. Os investigadores acusam o senador de lavar dinheiro por meio da franquia.

A investigação está prestes a chegar à fase de denúncia contra Flávio e Queiroz. No final de dezembro, um documento que embasou o pedido de buscas e apreensões e de quebras de sigilo apresentado pelo MP à Justiça detalhou uma série de provas que ajudaram a corroborar a tese do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaecc). Foram 111 páginas.

Defesa

"A quebra dos sigilos é uma aberração. Como é que alguém decreta a quebra dos sigilos de mais de 100 pessoas, 12 anos para trás, sendo que muitas delas não tem a menor relação com o Flavio", disse o advogado do senador, Frederick Wassef.

O juiz do Departamento de Inquéritos Policiais (Dipo) do Fórum Criminal de São Paulo Fabio Pando de Matos decretou a quebra de sigilo bancário do ex-vereador Marco Antonio Ricciardelli (PTB), conhecido como Marquito, e de outras 45 pessoas em uma investigação sobre prática de "rachadinha" no gabinete de Marquito na Câmara Municipal de São Paulo.

A prática de "rachadinha" consiste na devolução, pelo servidor, de parte ou de todo o salário ao político que o contratou.

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Marquito ficou conhecido como assistente de palco do Programa do Ratinho. A decisão do juiz, tomada em novembro, acolhe pedido do Ministério Público de São Paulo, que investiga há quatro anos.

A quebra de sigilo é referente ao período de 12 de janeiro de 2013 a 31 de março de 2016 e alcança funcionários do gabinete de Marquito, que era suplente, e também servidores do titular do cargo, Celso Jatene (PTB). À época, Jatene se afastou para assumir a Secretaria municipal de Esportes na gestão Fernando Haddad (PT). Ele não é alvo da investigação da Promotoria. Nas eleições de 2016, Marquito foi candidato a vereador pelo PTB, mas não foi eleito.

Em março de 2016, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que Marquito era alvo do Ministério Público paulista por suspeita de "rachadinha" - o então vereador obrigaria assessores a devolver mais da metade dos vencimentos. Além de quatro funcionários, um prestador de serviço de gabinete admitiu ter devolvido salários ao então parlamentar do PTB.

Um servidor afirmou que, de R$ 14 mil de vencimentos, ficava com R$ 2,3 mil - neste caso, até a restituição de Imposto de Renda teria sido retida pelo ex-vereador. Já um terceirizado da área de Tecnologia da Informação (TI) disse que emitia duas notas fiscais por mês, uma para seus serviços e outra para que Marquito recebesse o valor. Um motorista, segundo as investigações, fez relato semelhante. Todos esses valores teriam sido devolvidos a um "chefe de gabinete informal" de Marquito, Edson Roberto Pressi. Ele não era nomeado, mas matinha uma sala na Câmara Municipal. Questionado pelo Estado à época, Pressi disse que não podia ser servidor por integrar uma "congregação cristã". O sigilo de Pressi e de sua mulher também foi quebrado.

Peculato

Para o juiz do Dipo, "segundo os elementos já constantes da investigação, há fortes indicativos da ocorrência do crime de peculato, em que figuram como investigados Marco Antônio Ricciardelli e Edson Roberto Pressi". "Com efeito, há demonstração suficiente da materialidade delitiva e a medida afigura-se como imprescindível para as investigações - única providência capaz de contribuir eficazmente para o deslinde do fato", anotou Fabio Pando de Matos.

As defesas de Marquito e de Edson Roberto Pressi não foram localizadas pela reportagem até a publicação desta matéria para comentar a decisão. 

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