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A morte do garoto Matheus Macedo Campos, na semana passada, causada por uma descarga elétrica enquanto ele usava o celular que estava carregando, em Santarém, Oeste do Pará, trouxe à tona o assunto que sempre foi muito falado, mas poucos o levam a sério: o uso do celular ligado na tomada.

Segundo informações da Associação Brasileira de Conscientização dos Perigos de Eletricidade (Abracopel), no ano de 2019 foram registrados 37 acidentes com celulares e 19 mortes. Já em 2020, até o mês de maio, foram registrados 15 acidentes, entre choques e explosões com celulares.

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Danilo Almeida, executivo de serviços técnicos e comerciais da concessionária de energia Equatorial Pará, disse que o uso de o uso de celulares, enquanto as baterias estão sendo carregadas na tomada, é altamente perigoso e pode trazer uma série de riscos para o usuário, devido a possíveis explosões ou descargas elétricas. Embora seja raro, esse tipo de acidente pode ser fatal. 

O superaquecimento do aparelho é o principal problema durante o carregamento da bateria, especialmente em celulares com as opções de carga "rápida" ou "turbo", devido à grande quantidade de energia e volts utilizada na ação. O ideal é deixar o celular carregando sem mexer nele, informa o especialista, porque enquanto carrega o aparelho fica esquentando e, quando é manuseado, esquenta mais e fica ainda mais exposto ao risco de explosão.

Sobre as descargas elétricas, Danilo diz que com chuvas fortes e de grande duração vêm as descargas atmosféricas que podem representar riscos à segurança da rede elétrica. “Levando em conta esse perigo, a gente reforça que é importante não ligar qualquer aparelho eletrodoméstico durante chuvas com raios. Torneiras e chuveiros elétricos não devem ser usados nesse período”, explicou.

“Muito cuidado com o uso do celular conectado à tomada, principalmente se estiver usando fone de ouvido. E a gente também sabe que nesse período as ruas costumam ficar alagadas. Seja na sua rua ou na sua casa, a nossa recomendação é desligar toda energia, os disjuntores gerais e esperar que a situação melhore para ligar novamente”, alertou.

 

 

 

A maioria dos adultos com lúpus ou artrite inflamatória não correm risco maior de hospitalização por Covid-19, apontaram dois estudos nesta terça-feira (25), uma notícia considerada tranquilizadora por pesquisadores.

O lúpus e as formas mais comuns de artrite fazem com que o sistema imunológico de uma pessoa ataque o próprio tecido, provocando inflamações nas articulações, na pele, no fígado e em outras partes do corpo. A maioria das pessoas afetada por essas doenças é do sexo feminino.

Os novos estudos foram publicados na revista científica Arthritis & Rheumatology e foram liderados por pesquisadores da Escola de Medicina Grossman da New York University.

A pesquisa, porém, descobriu que pacientes com artrite que tomaram medicação à base de esteroides, ao invés de medicamentos biológicos, corriam mais riscos de precisar de atendimento hospitalar.

No geral, os pesquisadores afirmaram que a descoberta foi positiva para os pacientes que sofrem dessas enfermidades e que viam-se em situação mais tensa por acreditar que estariam mais suscetíveis à Covid-19.

No primeiro estudo, pesquisadores monitoraram de perto a saúde de 226 adultos, de maioria negra, hispânica e do sexo feminino, que estavam sendo tratados para quadros de lúpus leve a grave entre 14 de abril e 1º de junho, no auge da pandemia em Nova York.

Dos 226 adultos, 24 das 83 pessoas diagnosticadas com Covid-19 foram hospitalizadas e quatro morreram.

No segundo estudo, pesquisadores monitoraram 103 adultos, de maioria branca e do sexo feminino, que receberam tratamento entre 3 de março e 4 de maio para artrite inflamatória. Todos os pacientes testaram positivo para Covid-19 ou provavelmente tinham sido contaminados pelo vírus.

Desses, 27 (26%) foram hospitalizados e quatro faleceram (4%). O resultado foi comparável à taxa flagrada em todos os nova-iorquinos (25%) que contraíram o coronavírus.

"Pessoas com lúpus ou artrite inflamatória tem o mesmo fator de risco para ficar gravemente doentes de Covid-19 do que pessoas que não têm essas enfermidades", concluiu a Dr. Ruth Fernandez-Ruiz, coautora de um dos estudos.

Os estudos também comprovaram que pacientes que usaram a hidroxicloroquina, muito usada no tratamento de doenças autoimunes, não corriam mais ou menos riscos de hospitalização.

A hidroxicloroquina está sendo separadamente estudada como possível tratamento para coronavírus. O fato dela não aumentar ou reduzir os riscos de hospitalização por Covid-19 é mais uma prova de que não serviria para este propósito.

O Projeto de Lei 3671/20 estabelece medidas sanitárias para transporte coletivo de passageiros. O texto estabelece protocolo de conduta emergencial para prevenção e combate ao novo coronavírus.

A proposta, do deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA), tramita na Câmara dos Deputados e vale para trabalhadores e usuários de transporte rodoviário, metroviário e ferroviário.

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Segundo ele, nos últimos dias, o Brasil registrou adoecimento, afastamento e mesmo morte de inúmeros profissionais do setor de transporte coletivo de passageiros por Covid-19. “O contato com passageiros doentes é uma realidade comum no exercício das atribuições do cargo ocupado por esses trabalhadores”, lamentou Almeida.

Adicional de insalubridade

Pelo projeto, motoristas, maquinistas e cobradores receberão adicional por insalubridade em grau máximo, o equivalente a 40% do salário mínimo da região (atuais R$ 418), enquanto durar a emergência de saúde pública por causa da Covid-19.

O Decreto Legislativo 6/20, estabelece estado de calamidade pública até o final do ano. O adicional deverá ser pago retroativamente a partir do início da vigência do decreto, em 20 de março.

Medidas de prevenção

As empresas devem informar usuários, treinar trabalhadores e detectar e gerenciar casos de disseminação do novo coronavírus. Entre as medidas estão:
- evitar aglomeração de pessoas nas estações e terminais;
- higienizar veículos, material, instalações, estações e terminais; e
- fornecer equipamentos de proteção individual (EPI) para trabalhadores.

Estações e terminais devem ser limpos, pelo menos, quatro vezes ao dia e os banheiros a cada uma hora, no mínimo.

Deverá haver tela transparente para isolar motorista e cobrador dos passageiros. Além disso, haverá linha de separação do compartimento do motorista e a passagem dos passageiros a 1,5 metro de distância. As filas mais próximas ao motorista e ao cobrador não poderão ser usadas.

Divulgação

O texto estabelece medidas para informar passageiros sobre a pandemia. Ônibus, trens e metrô com telas deverão exibir em cada viagem vídeos informativos do Poder Público com intervalo de, no máximo, 10 minutos entre as transmissões. O mesmo vale para os terminais.

Além disso, as empresas deverão distribuir material sobre prevenção à Covid-19 com linguagem simples e disponíveis em pontos de coleta e saídas das estações, entre outros locais.

Conduta emergencial

Funcionários devem receber treinamento para prevenção e combate ao vírus a partir de protocolo que deve ter medidas como:
- reduzir a circulação de papel e dinheiro, incentivando transações digitais;
- ter um plano para Covid-19 com locais de isolamento, telefones de serviço médico em casos suspeitos.

As empresas devem verificar temperatura de motoristas e cobradores antes de irem trabalhar. Em caso de febre ou outro sintoma de Covid-19, o trabalhador será afastado para licença-médica.

Durante a licença, ele receberá a remuneração, com adicionais, além de auxílio-alimentação e outros benefícios. O texto proíbe a demissão durante o primeiro ano após o retorno do trabalhador.

Em caso de passageiro com sintoma, ele deverá ser isolado dos outros usuários e manter distância de, pelo menos, dois metros. Os motoristas devem ter uma lista dos centros de saúde ao longo do trajeto que realizam para situação de emergência.

Da Agência Câmara de Notícias

As Filipinas proibiriam temporariamente a partir desta sexta-feira (14) as importações de carne de frango do Brasil por medo do novo coronavírus.

A medida ocorre um dia depois que autoridades da cidade de Shenzhen, na China, alegaram ter encontrado traços do novo coronavírus em carregamentos de alimentos congelados importados do Brasil.

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"Com os relatórios recentes da China e em conformidade com a Lei de Segurança Alimentar do país para regulamentar os operadores de empresas de alimentos e proteger os consumidores filipinos, é imposta a proibição temporária da importação de carne de frango", disse o Departamento de Agricultura das Filipinas em um comunicado, citado pela agência Reuters.

O órgão não especificou, no entanto, quanto tempo a proibição seria aplicada. O Brasil responde por cerca de 20% das importações do produto das Filipinas.

Na quinta-feira (13) o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) disse que está buscando esclarecimentos das autoridades chinesas.

As Filipinas disseram que os produtos de frango que estão atualmente no mercado são seguros para o consumo.

Da Sputnik Brasil

Qualquer pessoa chegando na Finlândia a partir de um "país de risco" na pandemia do coronavírus deverá cumprir 14 dias de auto-isolamento, sob pena de multa ou três meses de prisão em caso de descumprimento. O anúncio foi feito por ministros finlandeses nesta segunda-feira (10).

Até o momento, o país nórdico se limitava a recomendar a quarentena aos recém-chegados, sem penalidades estabelecidas.

Segundo a ministra da Saúde, Krista Kiuru, os viajantes também podem passar por testes obrigatórios de Covid-19. Ela afirmou que as medidas serão implementadas o mais breve possível.

A decisão se dá após uma série de relatos nos últimos dias de aviões vindos da Europa Oriental e dos Bálcãs com passageiros infectados ou que se recusaram a fazer o teste.

No começo do verão, o número de casos de coronavírus era muito baixo, mas nos últimos sete dias foram registrados 135 contágios.

"O número de infecções surpreendeu a todos nós", disse Kiuru em entrevista coletiva na segunda-feira, enquanto as autoridades de saúde culpavam os recém-chegados do exterior por parte do aumento de casos.

"Temos discutido se podemos interromper voos de países de risco. Estamos investigando isso", afirmou Kiuru.

As novas medidas serão aplicadas a viajantes provenientes de todos os países exceto aqueles inclusos na "lista verde" da Finlândia, que são os que registraram menos de oito novos casos por 100 mil habitantes nas últimas duas semanas.

Atualmente 25 países se encaixam nesse critério, incluindo Irlanda, Japão, Grécia, Chipre e Uruguai.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Finlândia tem uma das taxas de incidência do vírus mais baixas da Europa, com apenas três novos casos por 100 mil habitantes.

Profissionais de saúde tinham, em abril, quase 3,5 vezes mais riscos de se contagiar com a Covid-19 em comparação com o restante da população, segundo um estudo publicado nesta sexta-feira (31) que revela um risco ainda mais elevado para as minorias étnicas.

A pesquisa, publicada na revista científica The Lancet, analisou dados introduzidos pelos usuários em um aplicativo especial "Covid" para 'smartphones', entre 24 de março e 23 de abril no Reino Unido e nos Estados Unidos, comparando os riscos de contrair a doença entre profissionais de saúde em contato com doentes e o restante dos usuários.

O número de casos confirmados de Covid-19 era precisamente de 2.747 por 100.000 profissionais sanitários usuários do aplicativo contra 242 por 100.000 usuários da população em geral.

Levando em conta as diferenças de acesso aos testes entre o pessoal sanitário e o restante da população, os autores "consideram que os profissionais de saúde são 3,4 vezes mais suscetíveis de dar positivo para a Covid-19".

O risco chega a ser cinco vezes mais alto para profissionais de saúde que se declaram integrantes "de minorias étnicas, negros ou asiáticos", inclusive levando em conta os antecedentes médicos, informaram os autores.

"Nossos resultados confirmam as desigualdades frente à COVID. Os trabalhadores sanitários procedentes de minorias eram mais suscetíveis a trabalhar em entornos clínicos mais perigosos, com pacientes de COVID suspeitos ou confirmados, e tinham menos acesso a material de proteção adequado", afirmou Erica Warner, da escola de medicina de Harvard/Hospital Geral de Massachusetts.

A desigualdade no acesso a máscaras, luvas, blusas e outros itens de proteção também é um fator de risco importante.

Os profissionais de saúde que usavam material "inadequado" tinham 1,3 vez mais riscos de contrair a Covid-19 do que os que afirmavam ter acesso a equipamentos satisfatórios, informaram os autores, que destacaram que o estudo foi feito durante uma época de escassez de equipamentos de proteção.

O estudo mostra, ainda, que um trabalhador de saúde em cada três pertencente a minorias não tinha acesso a equipamento adequado (ou precisava reutilizá-lo), contra um em cada 4 entre o restante dos profissionais.

Cerca de 2,6 milhões de usuários no Reino Unido e 182.408 nos Estados Unidos foram incluídos a princípio no estudo. Eliminando as pessoas que usaram o aplicativo em menos de 24 horas e as que testaram positivo imediatamente, participaram 2,1 milhões de pessoas, inclusive as 99.795 que se identificavam como profissionais de saúde com contato direto com pacientes.

Aumento previsível do tráfico de drogas, consumo de substâncias mais nocivas e diminuição dos orçamentos da saúde pública: a pandemia de coronavírus intensifica os riscos associados ao tráfico de drogas, alerta um relatório do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).

Em seu relatório anual sobre drogas, o UNODC compara o impacto da pandemia de Covid-19 no mercado de drogas com o provocado pela crise financeira de 2008.

O aumento do desemprego e a falta de oportunidades econômicas podem levar "os pobres e mais desfavorecidos a atividades ilícitas relacionadas às drogas, sejam elas de produção ou tráfico", alerta a agência.

"A crise provocada pela Covid-19 e a desaceleração econômica ameaçam aumentar os perigos das drogas, enquanto nossos sistemas sociais e de saúde estão à beira do abismo e nossas sociedades sofrem para enfrentar" a situação, afirmou a diretora executiva da UNODC, Ghada Waly.

O UNODC teme que os governos diminuam os orçamentos dedicados à prevenção e atenção dos consumidores, mas também que reduzam o financiamento da luta internacional contra o tráfico de drogas.

A agência pede aos Estados que "se mostrem mais solidários e ajudem particularmente os países em desenvolvimento a combater o tráfico" e a tomar medidas para tratar as doenças vinculadas ao consumo de drogas.

O fechamento das fronteiras e outras restrições devido à pandemia causaram escassez no mercado de drogas, aumentando os preços e reduzindo a pureza das substâncias, diz o relatório.

Os traficantes de drogas agora dependem mais das travessias marítimas, principalmente a cocaína da América do Sul.

O clima de retomada da economia nos EUA está ameaçado. Ao menos 21 Estados registraram aumento de novos casos de coronavírus nos últimos sete dias, colocando em risco a sensação de que o pior já passou. O país registrou mais de 116 mil mortos e quase 2,2 milhões de infectados por Covid-19. Alguns Estados, como Arizona, Flórida e Texas, tiveram recorde de novas contaminações em um só dia desde o início da epidemia.

Com o declínio nacional de casos e o controle da situação em Nova York, muitos Estados americanos passaram a reabrir gradualmente lojas e restaurantes, retornando à normalidade incentivados pelo presidente Donald Trump. No entanto, o avanço do vírus na última semana mostra que a reabertura começou a criar problemas.

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No sábado (13), a Flórida registrou mais de 2,5 mil novas infecções em 24 horas, o maior número para um único dia. O Estado já tem mais de 77 mil casos de coronavírus e quase 3 mil mortos. O governador, o republicano Ron DeSantis, garante que o aumento não está relacionado com a reabertura, que começou no dia 4 de maio, mas sim com a maior testagem e surtos em comunidades rurais, prisões e asilos.

O argumento de que há mais testes feitos, no entanto, não explica a alta registrada em quase metade dos Estados americanos, pois a porcentagem de testes positivos em relação aos realizados também têm crescido na maior parte deles, assim como o número de hospitalizações.

O Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME), da Universidade de Washington, que produz o modelo estatístico que embasa as políticas da Casa Branca, revisou as projeções. A estimativa atual é de que o país registre 201.129 mortes até outubro. Se o estudo estiver correto, os EUA terão mais 85 mil mortes por covid-19 nos próximos três meses e meio. O modelo do IHME é considerado conservador pela maior parte dos especialistas.

Os casos atuais ainda são considerados parte da primeira onda de contágio, que agora chegam a locais que não foram tão afetados. A segunda onda de infecções é prevista para começar entre agosto e setembro, com a volta às aulas e a flexibilização das medidas de segurança adotadas pela população.

O avanço do vírus pelo interior do país, no entanto, ainda não entrou no radar da Casa Branca, que já não faz mais coletivas de imprensa para informar sobre a situação da pandemia. Além disso, Trump prometeu fazer comícios no Arizona, Texas e Flórida, nas próximas semanas, mesmo sabendo dos riscos. Em Houston, maior cidade do Texas, as autoridades definem a situação como "próxima de um desastre".

Apesar das orientações para que aglomerações e viagens não essenciais sejam evitadas, a campanha de Trump retomará a agenda de campanha no sábado, com um comício na cidade de Tulsa, no Estado de Oklahoma, onde o número de casos também cresce.

As maiores altas da última semana, segundo o Washington Post, foram registradas nos Estados de Alabama (92%), Oregon (83,8%) e Carolina do Sul (60,3%). No Arkansas, as internações cresceram 120,7% desde o feriado do Memorial Day, no fim de maio, quando muitos americanos lotaram praias e parques.

Ainda é cedo para saber se o surgimento de novos casos vai ou não sobrecarregar os hospitais, mas o risco de reabrir a economia cresceu para prefeitos e governadores. Até agora, os Estado de Oregon e Utah decidiram paralisar a reabertura.

Em Nova York, cenas de aglomerações em bares e restaurantes, no fim de semana, fizeram governador, Andrew Cuomo, ameaçar paralisar a retomada. "Temos 21 Estados onde o vírus está crescendo. Não queremos passar pela mesma situação", afirmou. Segundo ele, se a população não seguir as diretrizes determinadas pelo governo, há uma possibilidade "real" de voltarem as restrições.

O Estado de Nova York foi o que mais sofreu na primeira onda de contágio, chegando ao patamar de 800 mortes diárias. Todos os sinais até agora são de que os nova-iorquinos conseguiram achatar a curva de nova infecções. Há 1,6 mil pessoas hospitalizadas com covid-19 em todo o Estado, o menor número desde 20 de março, e distante do pior momento, quando mais de 18 mil estavam internadas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na próxima semana, deve ser divulgado o calendário de pagamento da terceira e última parcela prevista de R$ 600 para o auxílio emergencial. A possibilidade do anúncio foi feita pelo presidente Jair Bolsonaro em sua live semanal pelas redes sociais.

Bolsonaro também disse que está em discussão a hipótese de pagamento de novas parcelas do auxílio emergencial. Ele descartou a manutenção do atual valor. “A gente não pode gastar mais R$ 100 bilhões. Se nós nos endividarmos muito, a gente extrapola nossa capacidade de endividamento. Estamos com a taxa Selic [taxa básica de juros da economia] a 3%, o juro a longo prazo baixou bastante, se nós não tivermos cuidado a Selic pode subir. Cada vez mais o que produzirmos de riqueza vai para pagar dívidas.”

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O presidente estima que com gastos com o auxílio emergencial, mais as despesas de saúde e o socorro a estados e municípios, entre outras iniciativas, o Tesouro Nacional já tenha gasto R$ 1 trilhão.

Durante a transmissão, o presidente explicou a recriação do Ministérios das Comunicações fundindo com as atribuições da Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República. “Vamos tentar melhorar as comunicações do governo, mas o grande trabalho é as comunicações como um todo no Brasil”, salientou.

“Temos uma questão pela frente que é [a rede de banda larga móvel] 5G. Nós faremos o melhor negócio levando em conta vários aspectos não apenas o econômico. Vamos atender os requisitos da soberania nacional, da segurança das informações, segurança de dados, e também [de] política externa.”

Como já havia informado no Twitter, o presidente disse que sancionou com oito vetos o Projeto de Lei  1.179/2020 que, segundo ele disse na rede social, dá “poderes aos síndicos de restringir a utilização de áreas comuns e proibir a realização de reuniões e festividades inclusive nas áreas de propriedade exclusiva dos condôminos.”

“Se algo parecido tiver que ser implementado no condomínio, na convenção o pessoal [conjunto de moradores] vota e decide o que bem entender”, explicou na live.

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que sete milhões de pessoas morrem anualmente por causa do tabagismo. Destas, 900 mil são vítimas de fumo passivo. Ou seja, quase 13% das vítimas do tabaco não colocam um cigarro na boca. O Brasil tem hoje cerca de 21 milhões de fumantes, segundo dados do Ministério de Saúde.

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O isolamento social, imposto pela pandemia do novo coronavírus, agrava o problema. O jornalista e cineasta Afonso Gallindo, de 51 anos, é um exemplo. Fumante há 30 anos, ele dobrou a quantidade de cigarros consumidos, chegando a fumar duas carteiras por dia. “Estava iniciando um tratamento para parar de fumar antes de surgir a covid-19, mas tive que parar. Como sou ansioso e hiperativo, esse período em casa superdimensionou minha dependência química e motora ao cigarro”, avalia.

Afonso mora com a mãe, que é idosa e passa a maior parte do tempo deitada, desde que sofreu uma queda e fraturou o fêmur. “Minha preocupação com a saúde dela é ainda maior, porque ela é mais suscetível a problemas como pneumonia e problemas respiratórios”, explica.

Para não incomodar a mãe com o cigarro, ele só fuma na varanda do apartamento ou dentro do próprio quarto, quando tem que trabalhar em home office. “Não tem como proteger ela 100% dos efeitos do cigarro, como o fumo passivo, mas faço o possível para não expô-la tanto à fumaça do cigarro”, afirma.

Parar de fumar é uma das principais recomendações para quem quer ter uma vida mais saudável e reduzir o risco de doenças graves. “Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 30% dos cânceres podem ser evitados se adotarmos hábitos saudáveis. Evitar a obesidade, o sedentarismo e o álcool, ter uma boa alimentação e, especialmente, não fumar são atitudes fundamentais para viver mais e com qualidade”, explica o oncologista clínico Sandro Cavallero, do Centro de Tratamento Oncológico (CTO). 

Entre os chamados cânceres evitáveis, o de pulmão é o mais comum. Está diretamente relacionado ao consumo de tabaco, que está na origem de 90% dos casos. “As pesquisas já comprovaram que o fumo está relacionado a pelo menos 17 tipos diferentes de câncer. Somente o abandono do hábito de fumar aumenta a proteção contra a doença em cerca de 50%”, lembra o médico.

Os fumantes passivos têm praticamente os mesmos riscos de desenvolver câncer. “Para aqueles que são tabagistas ativos, que ainda não conseguiram parar de fumar, mas estão preocupados com sua saúde e a de sua família, é importante saber que, quando fumam, outros também fumarão, mesmo não querendo. Isso significa que todos que estão expostos à fumaça do cigarro se transformam em tabagistas passivos, respiram as mesmas substâncias tóxicas dos derivados do tabaco, que se espalham no ambiente”, lembra o oncologista.

Estudos do Instituto Nacional de Câncer (Inca) mostram que mais de 150 mil mortes poderiam ser evitadas por ano no Brasil, caso o uso do tabaco fosse eliminado. Segundo o INCA, até o final de 2020 serão registrados 31.270 novos casos de câncer de traqueia, brônquio e pulmão, em decorrência do tabagismo.

Com apoio da assessoria do Centro de Tratamento Oncológico (CTO).

 

Para entender quais fatores podem preponderar para facilitar o contágio da Covid-19, o Ministério da Saúde desenvolveu a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico COVID-19 (Vigitel), feita a partir da coleta de informações de mais de 2 mil pessoas. Um dos destaques é a constatação de que 41,7% dos entrevistados apontaram distúrbios do sono, a exemplo de dificuldade para dormir ou dormir mais do que de costume. Além disso, um grupo de 38,7% relataram falta ou aumento de apetite.

Segundo os números obtidos, 87,1% dos adultos precisaram sair de casa pelo menos uma vez na semana anterior à data da entrevista. Os principais motivos para o deslocamento foram: compra de alimentos (75,3%), trabalho (45%), procurar serviço de saúde ou farmácia (42,1%), tédio ou cansaço de ficar em casa (20,5%), ajudar um familiar ou amigo (20,2%), visitar familiares e amigos (19,8%), praticar atividades físicas (13,6%) e caminhar com animal de estimação (5,6%). A faixa etária que mais quebrou o isolamento fica entre 35 e 49 anos (89,8%), com mais saídas entre as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste (89%).

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A Coordenadora-Geral de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis, Luciana Sardinha, destaca a importância do estudo para o monitoramento do cenário atual. “Essa pesquisa é muito oportuna para o momento que estamos vivendo. Os resultados que obtivemos com ela vão nos ajudar a entender de que forma a população brasileira está enfrentando a pandemia", comenta.

Mudança de comportamento

Os problemas de saúde mental durante a quarentena, mais precisamente nas duas semanas antes da entrevista, também foram investigados. Para 35,3% falta interesse em fazer as coisas; 32,6% disseram se sentir para baixo ou deprimidos; 30,7% se sentem cansados, com pouca energia; 17,3% descreveram lentidão para se movimentar ou falar ou disseram estar muito agitados ou inquietos; 16,9% relataram dificuldade para se concentrar nas coisas; 15,9% disseram se sentir mal consigo mesmos ou achar que decepcionaram pessoas queridas.

Higiene

Sobre as práticas de higiene preventivas ao novo coronavírus, a pesquisa destrinchou que o percentual de adultos que relataram higienizar as mãos e objetos tocados com frequência foi maior em mulheres (88,6%).

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“A ideia é realizar a festividade, mas isso só irá acontecer se houver condições seguras, pois a prioridade número um é a saúde da população”, afirma o coordenador do Círio de 2020, Albano Henriques Martins Junior. O Círio de Nazaré, a maior festa religiosa do país, reúne cerca de dois milhões de pessoas pelas ruas de Belém no segundo domingo de outubro. Este ano, porém, a pandemia do novo coronavírus ameaça quebrar a tradição. Clique no icone abaixo e ouça podcast.

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Em entrevista divulgada pela revista Época, em 6 de maio, o prefeito de Belém, Zenaldo Courtinho, considerou difícil a realização do Círio por causa da pandemia. Para o coordenador do Círio de 2020, Albano Henriques Martins Junior, a festividade católica tem a importância religiosa, cultural, social e econômica para o Pará. Porém, no momento atual, afirmou, as medidas sanitárias e restritivas do isolamento podem, sim, afetar a realização do Círio. 

“Está prevista uma reunião para a segunda quinzena de junho, determinada por dom Alberto Taveira (arcebispo de Belém), na qual todas as entidades convidadas, Governo do Estado, Prefeitura, as Secretárias de Saúde, Forças Armadas, Ministério Público do Estado do Pará, Ministério Público Federal, Conselho Regional de Medicina, estarão presentes para o debate acerca da manutenção ou alteração do calendário do Círio”, afirmou Albano Henriques Martins Junior.

Segundo o coordenador do Círio, assim que a data possível for definida, e quando for seguro realizar o evento, todas as medidas de proteção serão tomadas. Se for recomendado o adiamento, é possível que festividade seja realizada em dezembro. “Jamais faremos algo que coloque em risco a saúde dos devotos de Nossa Senhora de Nazaré. Buscaremos outras maneiras de homenagear a Mãe dos paraenses”, assegurou.

De acordo com Albano Junior, a data não passará em branco. Pode ser que a Diretoria da Festa crie uma alternativa totalmente nova e inédita. “Estamos trabalhando e estudante caminhos, e quem sabe algo virtual, um documentário a ser transmitido ou até pequenos eventos cuja realização seja permitida pelas autoridades sanitárias”, afirmou.

Para o jornalista e professor João Carlos Pereira, comentarista do Círio há mais de 25 anos, se o Círio for suspenso oficialmente por questões de saúde será de fato um momento histórico. “Se houver o Círio nos moldes tradicionais, a que estamos acostumados a ver, deverá ser um evento diferente em que aglomerações deverão ser evitadas”, afirmou.

Segundo o jornalista, se não houver Círio os fiéis não devem se entristecer. João Carlos Pereira conta que, no dia 13 de maio, em Portugal, foram canceladas as celebrações para Nossa Senhora de Fátima e que a devoção dos portugueses é parecida com dos paraenses por Nossa Senhora de Nazaré. “Os filhos de Nossa Senhora amam independente da comemoração ou não da festividade. O Círio é uma exteriorização desse amor, mas quem a ama não precisa da comemoração para demonstrar o que sente”, afirma.

Por Amanda Martins.

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O risco de morrer por coronavírus é duas ou três vezes maior para as comunidades negras e as minorias étnicas da Inglaterra, segundo uma análise acadêmica de dados compilados por serviços de saúde público, que será publicada na quinta-feira (7).

Este estudo, feito pelo University College London (UCL), é o mais recente a sugerir que a Covid-19 afeta minorias étnicas no Reino Unido e outros países ocidentais em maior proporção.

Os pesquisadores do UCL extraíram os dados do Serviço Nacional de Saúde (NHS), relativos a pacientes que testaram positivo para o coronavírus e morreram em hospitais da Inglaterra entre 1º de março e 21 de abril.

Eles descobriram que o risco médio de morte é "por volta de dois a três vezes maior" para os negros, os asiáticos e outros grupos étnicos minoritários em comparação com a população branca.

O risco de morte para pessoas de origem paquistanesa é 3,29 vezes maior, para os negros de origem africana, 3,24 vezes maior, e para os bengaleses, 2,41 vezes maior.

As comunidades negras caribenhas têm um risco 2,21 vezes superior e os indianos, 1,7 vez maior.

Comparativamente, os pesquisadores, que analisaram 16.272 mortes ocorridas neste período pelo vírus, encontraram um risco menor de mortalidade para as populações brancas da Inglaterra.

"Este trabalho mostra que a mortalidade por COVID-19 é desproporcionalmente mais alta nos grupos negros, asiáticos e de minorias étnicas", resumiu Delan Devakumar, coautor do estudo.

"É essencial abordar os fatores de risco social e econômico subjacentes e as barreiras de atenção sanitária que conduzem a estas mortes injustas".

Esta análise, que está à espera de validação da comunidade científica, chega após outros estudos britânicos recentes que demonstram que pessoas de áreas menos favorecidas, tipicamente mais povoadas por minorias étnicas, foram mais afetadas pelo coronavírus.

As cifras do Escritório de Estatísticas Nacionais (NOS) encontraram na taxa de mortalidade por COVID-19 nas áreas menos favorecidas da Inglaterra é 118% maior que nos locais mais prósperos.

Outra avaliação do grupo de especialistas do Instituto de Estudos Fiscais (IS) destacou que as taxas de mortalidade hospitalar das pessoas pertencentes a minorias étnicas eram igualmente mais altas do que as das comunidades brancas.

Dados do boletim epidemiológico da Prefeitura de São Paulo do dia 30 de abril apontam que o risco de morte de negros por Covid-19 é 62% maior em relação aos brancos. No caso dos pardos, esse risco é 23% maior. Especialistas apontam que questões socioeconômicas, como saneamento básico precário, insegurança alimentar e dificuldade de acesso à assistência médica, aumentam o risco de adoecer e morrer.

O documento, que analisa dados até 24 de abril, considera o número de óbitos (suspeitos e confirmados) por covid-19 entre brancos, pretos, amarelos, pardos e indígenas, de acordo com a classificação de raça/cor do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Considerando-se 100 mil habitantes na capital, a taxa de mortalidade por idade é de 9,6 para brancos, de 15,6 para negros e de 11,88 para pardos.

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O jornal O Estado de S. Paulo ouviu especialistas de várias áreas, brancos e negros. Embora análises estratificadas por etnias sejam escassas no Brasil, estudiosos dizem que a desigualdade social é também um fator a mais de exposição à doença. Questões sociais e históricas ajudam a explicar a presença dos negros como grupo de risco da covid-19.

"Piores condições de vida e trabalho determinam o maior risco de adoecimento e morte, não apenas pela covid-19, mas por outras doenças. A dificuldade de acesso aos serviços de saúde é um fator crucial para aumentar o risco de complicações e óbitos", afirma a biomédica Joilda Silva Nery, professora adjunta do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia e integrante do grupo de trabalho Racismo e Saúde da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco).

Essa dificuldade de exercer o direito à saúde não está localizada apenas no momento dramático de procurar o hospital. De acordo com a professora Márcia Alves dos Santos, pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o problema é estrutural e foi identificado, por exemplo, em um estudo do IBGE de 2019. "A população negra demonstrou os piores indicadores no que tange à estrutura econômica, mercado de trabalho, padrão de vida e distribuição de renda e educação", enumera. "Esses indicadores corroboram o racismo, que é um determinante em saúde. E isto está refletido no boletim epidemiológico da Prefeitura."

A médica Denize Ornelas traduz os índices do IBGE para o dia a dia. "Uma pessoa negra não consegue fazer o isolamento social quando está doente porque tem uma casa menor que as casas de classe média, com menos cômodos, um banheiro só e até falta de água. Com isso, uma pessoa infectada traz maior risco de contaminação das pessoas ao redor", diz a diretora de Comunicação da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade.

Celso Athayde, um dos criadores da Central Única das Favelas, acrescenta que a população negra tem poucas condições de seguir a quarentena. "O colapso do sistema acerta em cheio os mais vulneráveis, aqueles que têm cor", avalia.

O médico e infectologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Paulo Olzon sugere outro recorte, diferente da questão étnica. "(O maior risco de morte entre os negros) pode não ser em relação à cor, mas sim em relação à situação socioeconômica. Provavelmente os que moram em situação pior e ganham menos são negros e pardos, se comparados aos de cor branca", argumenta.

Outras doenças. Infectologistas apontam que a população negra é um dos grupos de risco também em função das comorbidades que atingem esse segmento em maior número.

"A população negra (soma de pretos e pardos) apresenta maior exposição às comorbidades elencadas para o grupo de risco, como hipertensão, diabetes, obesidade e câncer", argumenta Emanuelle Goes, pesquisadora do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para a Saúde da Fiocruz. "Mas, antes de tudo, o racismo institucional neste contexto de pandemia vai agravar a situação das pessoas negras no momento da procura pelo serviços de saúde. A consequência disso é uma maior taxa de mortalidade para esse grupo racial." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Embora a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) ainda seja um mistério em muitos aspectos, o que médicos e pesquisadores do mundo todo já sabem é que o pulmão não é o único, mas é o órgão mais afetado pela doença. “Esse vírus, apesar de ter certa predileção pelo pulmão, pode acometer outros órgãos. O pulmão é o órgão mais afetado. A despeito disso, a gente não pode esquecer os outros órgãos. A gente coloca toda a nossa energia para dar oxigenação a esses pacientes, mas esquece de fazer um eletro e um ecocardiograma, explicou à Agência Brasil a médica Patricia Rocco, professora titular e chefe do Laboratório de Investigação Pulmonar do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (UFRJ) e membro da Academia Nacional de Medicina e Brasileira de Ciências.

A pesquisadora explicou que ao entrar no organismo – por meio de gotículas de saliva, de espirro ou ainda de mãos contaminadas levadas ao rosto – o vírus se liga a receptores distribuídos pelo corpo inteiro. Nos pulmões, ele infecta células dos alvéolos – onde ocorre a troca de gases entre o pulmão e corrente sanguínea – a partir daí esse vírus começa a se multiplicar, mata a célula hospedeira e é liberado para contaminar outras células. “Concomitantemente a isso você tem um estimulo das células do sistema imune. Elas começam a ficar ativadas e a liberar uma série de mediadores que geram a inflamação local no pulmão e no corpo inteiro também”, destacou. “Essa inflamação do pulmão gera pneumonia com várias partes do pulmão acometidas e, nos casos mais graves, pode gerar o que a gente chama de insuficiência respiratória", acrescentou.

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Sequelas

Sobre possíveis sequelas no pulmão, causadas pelo novo coronavírus, Patrícia Rocco disse que não há ainda nenhum trabalho no mundo que afirme categoricamente se isso acontece. Segundo ela, existem vários estudos feitos a partir de autópsias. Esses pacientes que faleceram da Covid-19 apresentaram um processo de fibrose pulmonar, que é um tipo de sequela. “O grupo da Europa, que está na nossa frente em relação à Covid-19, observou que os pacientes que ficam muito tempo na UTI podem evoluir com sequela, mas não podemos afirmar se a sequela é pela doença Covid-19 ou pelo fato desses pacientes estarem muito tempo ventilados mecanicamente. A ventilação mecânica por um tempo prolongado, também pode gerar fibrose pulmonar, que é o que a gente chamada de sequela”, esclareceu.

A especialista acrescentou que pessoas que saem desse processo infecioso grave, podem ficar mais cansadas a ponto de não conseguirem fazer suas atividades com tanta agilidade. Esses pacientes também apresentam falta de ar, mas ainda não é possível afirmar se essas consequências podem ser atribuídas ao vírus nem se os danos serão para sempre.

Tabagistas

A médica Patrícia Rocco fez ainda um alerta aos fumantes, que dividiu em dois grupos: o dos que ainda não têm alterações do pulmão importantes e os que têm a chamada doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) – que causa enfisema pulmonar e bronquite crônica. “O tabagismo, por si só, já causa um processo inflamatório nos pulmões. Se esse paciente tiver um enfisema pulmonar ou qualquer outra doença respiratória crônica pelo tabagismo está comprovado que a Covid-19 vai apresentar casos mais graves”, alertou.

Ao tentar diminuir a gravidade do novo coronavírus e estimular o fim do isolamento social, o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) põe os brasileiros em "grave perigo". A declaração foi feita em um comunicado emitido pela ONG Human Rights Watch, voltada à defesa dos direitos humanos no mundo.

Para a organização, o presidente "age de forma irresponsável, disseminando informações equivocadas sobre a pandemia". O diretor da ONG nas Américas, José Miguel Vivanco, foi mais incisivo na crítica afirmou que "Bolsonaro tem sabotado os esforços dos governadores e do seu próprio Ministério da Saúde para conter a disseminação da Covid-19, colocando em risco a vida e a saúde dos brasileiros”.

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Ele ainda indicou que os líderes internacionais devem agir com mais clareza, dentro das bases científicas. "Para evitar mortes com essa pandemia, líderes devem garantir que as pessoas tenham acesso a informações precisas, baseadas em evidências, e essenciais para proteger sua saúde; o presidente Bolsonaro está fazendo tudo, menos isso", avaliou.

Segundo a última atualização do Ministério da Saúde, o Brasil já registrou 1.056 mortes e 19.638 contaminados pela infecção.

O Sindicato dos Servidores Públicos do Estado de São Paulo pediu ao governo João Doria (PSDB) o fornecimento de equipamentos de proteção individual, álcool em gel e máscaras, assim como o afastamento de funcionários em grupos de risco. Eles denunciaram ao governo que alguns órgãos não estão tomando providências para conter a disseminação do coronavírus, e que servidores têm sido expostos pelos diretores dessas entidades e autarquias.

"Alguns órgãos da administração indireta como autarquias e fundações sob o comando do Governo Paulista, tais como: Funap - Fundação Padre Manoel, Fundação Casa, Fundação Procon, Hospital de Clínicas, UPAS e UBS, não estão tomando as devidas providencias no sentido de conter a disseminação do mencionado vírus, pois, tem chegado diariamente ao nosso conhecimento que alguns diretores/dirigentes de tais órgãos tem exposto desnecessariamente ao risco de contágio, servidores que não atuam nos seguimentos tidos como essenciais e que poderiam desenvolver suas atividades a distância ou internamente no respectivo local de trabalho", afirma o ofício do presidente do sindicato, Lineu Neves Manzano, encaminhado ao governador.

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A entidade afirma que, pelas "narrativas dos servidores em questão, nota-se que devido a falta de orientação de forma expressa do governo, alguns diretores/chefes de setores estão tomando decisões por conta própria, sem ao menos utilizar-se do bom senso, por exemplo, temos alguns servidores, bem como filhos e dependentes com problemas respiratórios".

"De forma que, caso ocupem funções essenciais, entendemos que devam ser realocadas, pelo menos por enquanto, vez que, suas vidas e de seus dependentes devem ser preservadas, sob pena do Estado responder, inclusive por indenizações aos familiares", diz o sindicato.

Ainda diz que é "fato notório que o COVID-19 (SIC) tem vitimado pessoas jovens, portanto, todo o esforço deve ser despendido para preservar a saúde e a vida, sob pena de difícil reparação para servidores e seus familiares'.

"Na hipótese de ocorrências de tal natureza é cediço que será pela arrogância/ignorância de alguns diretores que insistem em descumprir o protocolo estabelecido pelas autoridades de saúde do Brasil e do mundo", completa a entidade.

O governo estadual de São Paulo de manifestou pro meio de nota: "as decisões do Comitê Extraordinário Administrativo do Governo de São Paulo são pautadas pelos critérios técnicos do Centro de Contingência do coronavírus. Até o momento, foi identificada a necessidade de teletrabalho para servidores estaduais com idade a partir de 60 anos, gestantes, portadores de doenças crônicas, hipertensos e pacientes com baixa resistência imunológica. A regulamentação e organização do trabalho para atender a população é definida pelos órgãos e autarquias. As medidas são definidas para garantir a saúde de todos e a manutenção dos serviços públicos. As determinações valem até o momento e são revisadas diariamente pelo Comitê Extraordinário Administrativo para possíveis alterações, de acordo com o panorama da disseminação do coronavírus no estado, que é acompanhado em tempo real".

O letreiro pendurado pela instituição Narcóticos Anônimos, na fachada de um pequeno casebre espremido entre outros da Asa Sul, centro de Brasília, traz um alento a pessoas que sofrem com a dependência química. "Problemas com drogas? Se você quiser parar, podemos ajudar." A porta pichada, porém, já está fechada há dias. E não há data para reabrir.

A miríade de danos causados pelo novo coronavírus também chegou a um dos mais essenciais programas de apoio a pessoas que lutam para se livrar das drogas. Os Narcóticos Anônimos, instituição sem fins lucrativos que há décadas ajuda pessoas a se livrarem do vício, atende mais de 21 mil pessoas por semana. São 4,5 mil reuniões presenciais. Cada um dos 1.660 grupos formados em todo o País reúne em torno de 12, 13 pessoas. Tudo é mantido com doações dos próprios frequentadores, sem nenhuma obrigatoriedade. A maior parte desses encontros foi suspensa e a tendência é de que tudo pare.

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O dano é inestimável. As reuniões presenciais são parte essencial do processo de recuperação dos usuários de drogas, porque são elas que permitem a troca de experiências entre as pessoas, suas histórias de vida e seus exemplos de superação.

A paralisia também atinge dependentes do álcool. Há duas semanas, as portas começaram a se fechar em boa parte das salas dos Alcoólicos Anônimos, que prestam serviços essenciais de apoio a dependentes que querem se livrar do vício. A instituição sem fins lucrativos tem mais de 5 mil grupos formados pelo Brasil. Ocorre que boa parte de suas salas está localizada em igrejas ou escolas, lugares que estão fechado em quase todo o País.

Em Brasília, relata o membro dos Alcoólicos Anônimos, P.A, identificado apenas por suas iniciais, são pelo menos sete locais que funcionam dentro de escolas e igrejas. Todos foram fechados há duas semanas, como é o caso do grupo Santo Antônio, que sempre se reúne às segundas e quintas-feiras, na Escola de Classe 314 Sul.

"A escola fechou, não temos como funcionar. Em alguns Estados, como o de Pernambuco, a situação é mais complicada, porque a maioria das reuniões é feita dentro de áreas de muitas escolas e igrejas. Tudo parou. Só aqueles que estão em locais alugados é que estão funcionando. Mesmo assim, foram reduzidas as cadeiras que são usadas nas salas, para manter maior distância entre as pessoas", diz ele.

Nos Narcóticos Anônimos, a preocupação maior está concentrada nos recém-chegados. Em situações normais, as pessoas são incentivadas a participar do maior número possível de reuniões presenciais nos primeiros três meses de tratamento, que é a fase mais crítica de abstinência.

Online

Todos buscam uma alternativa para não parar. Ainda que a distância, os Narcóticos Anônimos têm procurado uma forma de manter seus encontros. "Começamos a fazer reuniões online para reunir as pessoas", diz L.B., que apoia as ações de relações públicas da instituição.

Como muitos moderadores nunca tinham usado o meio digital, eles estão sendo treinados para realizar as reuniões pela internet. Voluntários que conhecem o desenvolvimento de aplicativos estão apoiando a criação de salas de bate-papo, para que as pessoas possam acessar o site dos Narcóticos Anônimos e entrarem nas reuniões.

"Fazemos parte da sociedade e temos a responsabilidade de contribuir com a paralisação das reuniões presenciais, porque sabemos o que está se passando. Por isso, buscamos uma alternativa para oferecer algo que é fundamental para muita gente", diz L.B.

Na internet, os Narcóticos Anônimos passaram a divulgar um cronograma com horários de suas reuniões virtuais. Os usuários têm acessado. São encontros sobre sobrevivência e pedidos de ajuda, neste momento ainda mais difícil. É um trabalho que não pode parar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Heineken anunciou um recall voluntário para garrafas da cerveja long neck de 330 mililitros dos lotes iniciados pela letras CH. A empresa diz que identificou uma alteração na embalagem da bebida, que pode fazer com que uma pequena lasca de vidro se desprenda do bocal no momento da abertura, o que poderia ocasionar lesões ou ingestão acidental dos pedaços.

Os consumidores podem realizar a substituição ou solicitar reembolso do produto diretamente com o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da companhia.

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Segundo a empresa, a alteração ocorreu em menos de 0,3% das long necks desses lotes.

"Apesar da baixa probabilidade e do problema já ter sido solucionado, o Grupo Heineken no Brasil, decidiu realizar um recall voluntário", afirma a cervejaria em comunicado.

A companhia acrescenta que os consumidores que optarem pela substituição do produto receberão 2 long necks a cada unidade do lote específico devolvida.

"Reforçamos que a alteração já foi corrigida e não há impacto na qualidade do líquido. Outros produtos da companhia que não fazem parte dos lotes específicos podem ser consumidos normalmente", diz a cervejaria.

O Ministério da Saúde elevou nesta terça-feira, 28, a classificação de risco do Brasil para o nível 2, que significa "perigo iminente", após caso suspeito de coronavírus em paciente em Minas Gerais. Até segunda-feira (27) o País estava em nível 1 de alerta.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou pela manhã que o governo federal "está preparado" para detectar o vírus. "Não é um sistema que está sendo preparado agora. Temos o plano de contingência e o que vamos fazer é atualizar."

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A pasta disse que recebeu, desde o início do surto de coronavírus na China, "mais de 7 mil rumores" de infecção, mas que apenas 127 exigiram verificação do órgão e apenas um se confirmou como suspeita.

O ministério investiga um caso suspeito de coronavírus em paciente de Minas. A paciente é uma estudante de 22 anos que teve um histórico de viagem para Wuhan, na China. Ela chegou em território brasileiro no dia 24 de janeiro. Segundo o ministro, todas as 14 pessoas que tiveram contato com o estudante estão sendo "monitoradas".

De acordo com a pasta, ela relata não ter ido ao mercado de peixes da cidade, não ter tido contato com nenhuma pessoa doente e não ter procurado nenhum serviço de saúde enquanto estava na cidade. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais, a jovem passa bem.

O surto de coronavírus havia provocado 106 mortes na China até a noite desta segunda-feira, 27. O número de infectados passava de 4,5 mil. De todas as mortes até o momento, 100 foram registradas na província de Hubei, onde fica a cidade de Wuhan, epicentro da contaminação. Ao menos 15 países em quatro continentes já confirmaram casos importados da doença.

Nesta terça-feira, representantes do Ministério da Saúde vão participar de uma reunião com a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o tema. Mandetta disse que o Instituto Butantã de São Paulo participará de um "esforço internacional" para a produção de uma vacina contra o coronavírus.

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