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O técnico Reinaldo Rueda surpreendeu nesta sexta-feira ao desconvocar James Rodríguez da seleção da Colômbia. Segundo a comissão técnica, um dos principais jogadores do país, o meio-campista do Everton foi dispensado porque não está no nível ideal de jogo após sofrer mais de uma lesão na panturrilha direita. Com isso, ele está fora dos confrontos com Peru e Argentina pelas Eliminatórias e também não jogará a Copa América.

"Nos últimos dias, o meio-campista foi submetido a exames médicos, que determinaram que não se encontra no nível ideal de competição, portanto, não poderá ingressar no grupo convocado por Reinaldo Rueda para os compromissos mencionados e o campeonato sul-americano", diz comunicado divulgado nesta sexta pela Federação Colombiana de Futebol (FCF.

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"O treinador e sua equipe de colaboradores lamentam não poder contar com James Rodríguez nesta ocasião e esperam que em breve o meio-campista possa fazer parte de uma convocação, representando o nosso país com a altura e o profissionalismo que sempre fez", completou a nota.

Para o lugar do camisa 10, Rueda convocou Edwin Cardona, meia do Boca Juniors que será integrado à seleção na próxima semana. À exclusão de James soma-se a ausência de outro meio-campista, Juan Fernando Quintero, que não foi autorizado pelo Shenzhen a defender a Colômbia devido aos rígidos protocolos e padrões estabelecidos pela China como forma de conter a disseminação da covid-19 para poder sair e voltar ao país asiático.

James ficou surpreso com a decisão do treinador e desabafou por meio de um comunicado. Disse que foi surpreendido com a notícia de seu corte e assegurou que está recuperado e apto a defender a equipe nacional.

"Recebo com surpresa o comunicado da comissão técnica, afirmando que não contam comigo e desejando-me uma recuperação total, uma recuperação que já fiz e em que sacrifiquei muito", desabafou o meio-campista do Everton, em comunicado divulgado em suas redes sociais.

"Não receber a confiança da comissão técnica me causa uma dor enorme, já que sempre dei até a minha vida pela camisa da seleção da Colômbia", complementou. Ele afirmou que está em fase final de recuperação de lesão e que o tempo previsto para voltar sugere que provavelmente não poderia enfrentar o Peru, mas que estaria em condições de jogo para o duelo seguinte das Eliminatórias, contra a Argentina, em Barranquilla, e também poderia disputar a Copa América.

O casal de médicos Raquel e Diego Laurentino Lima, de 32 e 36 anos, estava na linha de frente do combate à covid-19 no País. Emergencista, ela cuidou de dezenas de pacientes, 12 horas por dia. Já ele, cirurgião, conduziu estudos sobre a doença. Em agosto, Lima aproveitou uma oferta de trabalho e os dois resolveram que era hora de ir morar em Nova York. "A pandemia deixou claro que o Brasil, por tudo que está passando, convida os bons profissionais a se retirarem."

Há um boom na saída de profissionais de saúde para os Estados Unidos, destaca o Estadão. Assim como o casal Lima, a maioria vai em busca de valorização profissional, melhor remuneração e investimentos em pesquisas. Segundo o relatório fiscal de 2020, os EUA registraram alta de 36% nos vistos de permanência concedidos a brasileiros em uma categoria específica, o EB2, voltada para os chamados "profissionais excepcionais" - o tipo mais comum requisitado por médicos, enfermeiros e fisioterapeutas, mas que também inclui outras áreas deficitárias naquele país, como aviação e engenharia.

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Em números absolutos, 1.899 "profissionais excepcionais" deixaram o País de forma definitiva no ano passado, o maior índice em pelo menos uma década. A estatística inclui tanto novos vistos concedidos quanto ajustes de status - ou seja, casos de pessoas que entraram no país com autorização de outra natureza, mas conseguiram trocar depois. Esse aumento contrasta com a queda de 48% nas emissões de vistos, em geral, pelo governo americano em 2020.

"Só consegui embarcar porque, como minhas pesquisas são relacionadas à covid, fui considerado prioridade", relata Lima, que deu entrada para obter o EB2. Segundo conta, ele já vinha pensando em morar fora e até fez estágios em Japão e Estados Unidos antes. "Tive ainda mais certeza da decisão quando vi a forma que o Brasil enfrentou a pandemia. Somos um dos únicos países a ficar insistindo em coisas sem respaldo científico, como cloroquina."

Para Lima, também pesaram as condições de trabalho e qualidade de vida. "No Brasil, o médico pode até ganhar dinheiro, mas não tem tempo de aproveitar. Aqui, os contratos são de U$ 200 mil, U$ 300 mil (R$ 1 milhão a R$ 1,6 milhão) por ano e o ambiente é muito melhor. Entre os brasileiros, a gente brinca que 'virou modinha' vir para os Estados Unidos."

Limite

Em paralelo aos relatórios oficiais, a assessoria D4U USA, especializada em imigração legal, relata ter observado, no ano passado, alta de 30%, considerando apenas profissionais de saúde à procura de visto de residência nos Estados Unidos. "O volume aumentou bastante, não só pela pandemia. É a situação do Brasil, como um todo", diz o CEO da empresa, Wagner Pontes. "Quando a gente senta com o cliente, a maioria fala que chegou ao limite."

Pontes explica que a tendência, apesar de mais acentuada agora, já vinha sendo percebida desde o fim de 2016, quando o governo americano flexibilizou regras e encurtou o processo para o EB2. Antes, o visto levava cerca de 36 meses para sair. Hoje, pode ser obtido em menos de um ano. Para ele, esse aumento deve ficar ainda mais claro nos relatórios oficiais seguintes. "A partir de março de 2020, praticamente não houve entrevista consular, então muitos processos ficaram amarrados. Existe uma demanda represada. Só aqui no escritório, são centenas (de processos)."

É o caso da dentista Mariana Antunes, de 38 anos, que atua no Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, aplicou o visto no ano passado e aguarda alguns trâmites para se mudar de vez. "Passei um ano nos Estados Unidos, em 2018, e o que mais me deixou feliz foi a segurança de poder caminhar na rua sem medo", descreve.

Para exercer a profissão nos EUA, o imigrante também precisa validar o diploma e cumprir uma série de etapas burocráticas. Um dos empecilhos é o alto custo do processo, com provas que custam U$ 900 (R$ 4,7 mil) cada. Não raro, o investimento ultrapassa R$ 100 mil. Com experiência em UTI e centro cirúrgico, a enfermeira Natália Marques, de 36 anos, mora há cinco anos lá com o marido e o filho. "Estou no processo de recebimento do visto de trabalho e já tenho licença para atuar em Nova York", afirma.

Natália avalia que a espera vale a pena. "No Brasil, cheguei a trabalhar 36 horas seguidas e, muitas vezes, o salário pago não é o justo." Já a fisioterapeuta Elisangela Ishida fez carreira em clínicas do interior de São Paulo, mas trocou de país em 2019. "Nos EUA, a pessoa consegue validar o diploma em um dia e está empregada no outro."

Recuperação econômica

A fuga de talentos afeta principalmente as áreas de saúde, pesquisa, tecnologia e inovação, segundo especialistas. Para eles, o cenário prejudica o combate ao coronavírus, traz impactos para a qualidade de vida da população até põe em risco a capacidade de recuperação econômica do Brasil.

De acordo com a professora Luciana Lima, de Estratégias de Negócios e Pessoas do Insper, investimentos em tecnologia e inovação tendem a aquecer a economia e, portanto, acelerar a recuperação dos países depois de crises. "E isso não existe sem capital humano. Por esse motivo, há uma guerra por talentos no mundo", diz.

Presidente da Academia Brasileira de Ciência (ABC), Luiz Davidovich destaca que "são pessoas de boa formação que deveriam ser vistas como uma reserva no País". Outros pesquisadores avaliam que cortes em financiamentos públicos de pesquisas têm estimulado a saída. "Sem recurso, muitos não veem perspectiva de continuar os projetos nos seus laboratórios", afirma Fernanda Sobral, vice-presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

Vanessa Cepellos, professora de Gestão de Pessoas da FGV-EAESP, também aponta fuga de talentos associada à "falta de perspectiva". "Não é uma decisão tomada do dia para a noite." Professora da Unicamp e à frente de pesquisas sobre migração, Ana Maria Carneiro lamenta que "grande parte dessas pessoas é proveniente de universidades públicas ou recebeu bolsas de pesquisa". "Ou seja, o País perde todo o recurso que investiu na formação, além das competências específicas." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O senador Flávio Bolsonaro pediu desfiliação do Republicanos nesta quarta-feira, 26. Segundo sua assessoria, não há uma definição sobre qual legenda será escolhida pelo filho do presidente Jair Bolsonaro, também sem partido, para se filiar. "Ele aguarda uma definição do presidente da República, sobre qual será a nova sigla a qual eles devem se filiar", informou, em nota.

Eleito pelo PSL, Flávio Bolsonaro deixou o partido, juntamente com o pai, em 2019, por divergências internas. Em março de 2020 foi para o Republicanos, movimento que culminou com o partido dando suporte ao governo federal.

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A recém-criada Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 está sem comando. O Ministério da Saúde informou, neste sábado (22), que a médica infectologista Luana Araújo, anunciada para o cargo de secretária há apenas dez dias, não ocupará mais a função.

"A pasta busca por outro nome com perfil profissional semelhante: técnico e baseado em evidências científicas", disse a pasta em nota.

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O decreto que criou a secretaria foi publicado no dia 10 de maio. Dois dias depois, em evento em Brasília, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou a médica como a chefe do órgão.

O governo foi criticado por montar uma secretaria específica para combater a covid-19 na estrutura do ministério somente 15 meses após o primeiro caso da doença no Brasil.

Segundo publicou a Revista Veja, Luana Araújo não aceitou determinações impostas pelo Palácio do Planalto e abriu mão de aceitar o cargo.

Em depoimento à CPI da Covid, Queiroga afirmou que tem total autonomia para liderar o ministério e não recebe pressões do presidente Jair Bolsonaro.

Após a confirmação do recuo da médica, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), suplente da CPI, solicitou a convocação de Luana "para que seja possível esclarecer as razões que a levaram a pedir exoneração do cargo de secretária de enfrentamento à covid no Ministério da Saúde após apenas uma semana de trabalho".

Como mostrou o Estadão, Luana Araújo é defensora da vacinação em massa, já declarou ser favorável a medidas restritivas e contra o "kit covid", mesmo para pacientes com sintomas leves. Ela já afirmou também que "todos os estudos sérios" demonstram a ineficácia da cloroquina e que a ivermectina é "fruto da arrogância brasileira" e "mal funciona para piolho".

Durante uma live com o vereador Rafael Pacheco (Podemos), de Adamantina, interior de São Paulo, sua cidade de origem, ela também criticou o uso de hidroxicloroquina contra a Covid-19.

"A hidroxicloroquina a gente já sabia que não ia funcionar. E todos os estudos sérios, bem feitos, multicêntricos - quer dizer, feitos ao redor do mundo ao mesmo tempo -, cheio de recursos mostram que não funcionou. E ponto", disse Luana na live. "A ivermectina é fruto da arrogância brasileira. O brasileiro não investe em ciência, mas acha que tem a chave para resolver as coisas."

O uso desses remédios foi defendido diversas vezes por Bolsonaro, pessoas do governo e aliados políticos desde o início da pandemia. O presidente também acumula críticas da comunidade científica por ser flagrado em aglomerações sem máscara, questionar a eficácia do isolamento social e dar declarações confusas sobre vacinação.

Filiado ao PSDB desde a fundação do partido, em 1988, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin deve deixar a legenda em breve. A informação é da colunista Mônica Bérgamo, que ouviu pessoas próximas ao tucano. O pivô da desfiliação seria o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, que acaba de se filiar à sigla, com o apoio de João Doria, e deve ser o candidato apoiado para substituir Doria no estado, bloqueando o caminho de Alckmin de volta ao cargo. A informação foi divulgada nessa sexta-feira (14).

Por causa do redirecionamento de apoio, a relação entre o governador paulista João Doria e o possível ex-tucano tem se tornado mais “seca”, diz a coluna. “Segundo interlocutores de Alckmin, a conversa entre ele e Doria tem sido cada vez mais ríspida, e o governador não garante apoio a ele nem mesmo para disputar o Senado, já que a vaga, em tese, está garantida para a reeleição de José Serra ao cargo”, escreveu Bérgamo.

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Geraldo Alckmin já é sondado por partidos como o Podemos, o PSD de Gilberto Kassab, o PSB de Márcio França e o DEM de ACM Neto. No entanto, a situação é vista, ainda, como reversível e os intermediadores acreditam que o ex-governador ainda possa permanecer filiado à legenda. Alckmin é um dos mais antigos militantes do PSDB, estando lá há 33 anos.

A argentina Paola Carosella quebrou o silêncio e resolveu falar sobre a sua saída do MasterChef Brasil. Em entrevista à revista Veja São Paulo, ela contou que deixou o reality show de gastronomia da Band para focar nos projetos pessoais, além de ficar mais presente com a família. "A primeira [decisão], entendia que os restaurantes iam me necessitar muito. Era fazer o MasterChef ou continuar remando para tocar e manter o Arturito. O La Guapa é diferente porque a locomotora é o Benny [sócio]", disse.

"O segundo e mais importante motivo foi a família. Cresci num ambiente tão solitário e para mim ser uma mãe presente tornou-se a prioridade", continuou. A cozinheira também disse que foi necessário deixar a atração no canal paulista: "Assim como os dois primeiros anos do programa foram muito desafiantes, o terceiro, o quarto e o quinto, deliciosos, senti que tinha o risco de entrar no piloto automático, de parar de me surpreender".

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Paola Carosella estava no júri técnico do MasterChef Brasil desde 2014, ao lado de Érick Jacquin e Henrique Fogaça. A Band anunciou a saída dela em janeiro deste ano. Para substituí-la, a emissora convocou a chef Helena Rizzo para fazer parte da próxima temporada do programa, que tem previsão de estreia no dia 6 de julho. No final de março, Helena compartilhou a notícia de que foi escolhida para ficar no lugar de Paola.

Em uma postagem no Instagram, Helena Rizzo exaltou o trabalho de Paola Carosella nos anos que esteve no reality gastronômico: "Uma responsabilidade gigante de continuar uma história linda que a Paolla Carosella começou e concluiu de maneira brilhante, mulher que tenho admiração gigante!".

Em uma das passagens mais rápidas por um clube de futebol, o técnico Alexandre Gallo anunciou, na tarde desta segunda-feira (26), sua saída do Santa Cruz. O treinador disse que pediu demissão à diretoria coral; Gallo assumiu o time no dia 12 de abril e amargou um empate e duas derrotadas nas partidas que disputou, contra o Salgueiro, Náutico e Sete de Setembro, respectivamente, no Pernambucano.

“É com pesar que venho aqui me despedir neste momento, pedi demissão ao nosso presidente. Sinto muito essa curta passagem, mas acho que o meu pedido de demissão é um alerta à toda nação. O Santa Cruz realmente é um gigante adormecido e esta direção que aí está precisa do abraço dessa grande torcida, nação que sempre fez diferença em campo”, declarou o técnico.

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“Não vejo, hoje, condições para que eu possa, em um curto espaço de tempo, seguir evoluindo com a equipe tecnicamente dentro de campo. Acho que o Santa Cruz parou um pouquinho dentro da situação de estrutura e acredito que com todo o investimento no mundo, ele vai demorar uns seis meses para trazer uma condição mínima de trabalho para os profissionais que aqui existem”, completou Alexandre Gallo.

O treinador não depositou culpas na atual diretoria do clube. Segundo ele, parte dos problemas do Santa Cruz, principalmente na questão de estrutura de trabalho, é fruto de gestões passadas. Gallo ainda disse: “A gente vê hoje uma situação bem delicada. Me vi ontem, principalmente depois da partida, bastante engessado para o trabalho. É a primeira vez que isso acontece na minha carreira. Gostaria que todos os torcedores abraçassem essa diretoria, porque sei que são caras sérios e a médio/longo prazo vão trazer bons frutos”.

O advogado André França Barreto, que defendia o médico e vereador Jairo Souza Santos, o doutor Jairinho, e a namorada dele, Monique Medeiros, presos em 8 de abril sob acusação de serem responsáveis pela morte de Henry Borel, de 4 anos, filho de Monique, anunciou nesta quarta-feira, 14, ter deixado o caso.

"No dia 12 de abril, Monique constituiu um novo patrono", diz nota divulgada pelo escritório de advocacia de Barreto. A namorada de Jairinho passou a ser defendida por Thiago Minagé, Hugo Novais e Thaise Mattar Assad.

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Para "evitar conflitos de interesse", o escritório de Barreto deixou de representar o casal. O rompimento foi consensual, segundo a nota. Ainda não foi divulgado quem será o novo advogado de Jairinho.

O jornal britânico The Guardian publicou um editorial, nessa segunda-feira (5), em que avaliou o extremismo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como uma ameaça ao mundo. Além de fragilizar a democracia em rompantes autoritários, negligenciar a preservação da Amazônia e pelo 'tratamento desastroso' da pandemia, a publicação sugere que seu impeachment será ‘bem-vindo para o planeta’.

O mundo teme o Brasil e já o trata como "persona non grata" pela falta de comando federal no enfrentamento adequado à Covid-19, que se agrava pela variante mais contagiosa, a P1. Enquanto a vacinação corre mundo a fora, Bolsonaro ainda se prende em contrapor todas as medidas preconizadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e estimula um falso tratamento com, pelo menos, três substâncias sem eficácia comprovada contra o vírus.

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"O pesadelo se revelou ainda pior na realidade", considera no texto "Jair Bolsonaro: um perigo para o Brasil e para o mundo". O jornal lembra dos elogios do então deputado federal à tortura e ao regime de exceção no país, e os ataques contra mulheres, gays, quilombolas e minorias antes de assumir a chefia do Planalto.

A crise administrativa exposta pelo pacotão de troca de seis ministérios em um único dia e a demissão dos três comandantes das Forças Armadas foi mais um flerte com a intransigência. "O gatilho imediato para as demissões foi o retorno bombástico do ex-presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva, no mês passado, depois que um juiz anulou suas condenações criminais - abrindo a porta para ele concorrer novamente no ano que vem", sugere a publicação.

"É possível que, inspirado por Donald Trump, o Sr. Bolsonaro pense em se agarrar ao poder pelo uso da força? Não. É provável", alerta o The Guardian, que também adverte pelos reflexos da movimentação. "Embora a saída dos chefes das forças armadas possa sugerir resistência a um plano de golpe, também permite ao presidente instalar aqueles que ele julga mais obedientes; os oficiais mais jovens sempre foram mais entusiasmados com Bolsonaro".

O veículo britânico ainda ressalta a instabilidade do jogo político brasileiro, que apoiou Bolsonaro quando necessário, mas já se distância do gestor por sua falta de governabilidade. "A possibilidade do retorno de Lula é suficiente para concentrar mentes da direita em encontrar um candidato alternativo, menos extremista do que Bolsonaro. Pode ser irritante ver aqueles que ajudaram sua ascensão se posicionarem como os guardiões da democracia, ao invés de seus próprios interesses. Mas sua saída seria bem-vinda, pelo bem do Brasil e do planeta", complementa.

A pandemia da covid-19, além de causar calamidade na rede de saúde brasileira, também prejudicou os setores mercadológicos do país. O setor de varejo foi um dos mais impactados pela restrição social. A situação obrigou empreendedores a pensarem em estratégias que pudessem segurar as vendas.

O consumo de roupas é um dos setores mais favoráveis para empreendedorismo no mercado, já que atrai o público de todas as idades. Seja varejo ou atacado, o ramo do vestuário não esperava uma crise tão grave.

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De acordo com a administradora Alessandra Meirelles, o comércio, principalmente o que trabalha com vendas físicas, teve que investir em tecnologia para que os negócios não fossem interrompidos. “A tecnologia no lugar da venda física foi de extrema necessidade. Foi uma questão realmente de sobrevivência daquele empreendimento”, disse Alessandra. 

Para a administradora, a pandemia afetou a lucratividade dos trabalhadores, principalmente com o decreto do lockdown, sendo necessário pensar em novas estratégias de alcance remoto. Mídias sociais e delivery foram boas alternativas. “Lógico que houve uma necessidade de reorganização, reestrutura. O home office e as mídias sociais vieram para ficar. Então, eu acredito que todas essas estratégias vão ficar. Nenhuma vai acabar”, afirmou.

Alessandra ainda ressalta que a normalização pós-pandemia, não só dos trabalhadores de venda, como da economia toda, será gradativa – e aperfeiçoará as estratégias adotadas durante o último ano.

Para a lojista Larissa Silva, é muito difícil trabalhar durante o isolamento social pela diminuição de consumo e a preocupação das pessoas com o futuro incerto. Por esse motivo, passou a atender por encomendas a domicílio. “Para manter meus clientes, e para conquistar novos, tenho usado de todas as formas possíveis as redes sociais, principalmente o WhatsApp, que é meu grande aliado”, relatou.

A lojista diz não ter expectativas para um futuro pós-pandemia, mas quer acreditar que logo essa crise vai passar. “Eu quero acreditar que logo isso vai passar e que nós voltaremos a trabalhar com atendimento físico, que é o que eu mais sinto falta”, finalizou Larissa.

Por Quezia Dias.

Nesta segunda-feira (29) marcada por demissões, a Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação fica sem comando, após a demissão da secretária Izabel Lima. A SEB é uma das secretarias mais importantes do MEC. Segundo informações da jornalista Renata Cafardo, do Estado de S. Paulo, Lima Pessoa teria decidido pedir demissão após a morte do esposo por Covid-19.

Mais cedo nesta segunda-feira (29), a gestão bolsonarista já havia passado pelo desfalque causado com as demissões de Ernesto Araújo, agora ex-ministro das Relações Exteriores, e também a do ex-ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva.

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A demissão de Lima ainda não foi confirmada oficialmente pelos porta-vozes do governo. Ela não fazia parte da “ala ideológica” do governo, como a sua antecessora, Ilona Becskehazy e deixa a vaga em um momento importante da atuação da SEB, que tenta implementar novas medidas educacionais, incluindo sugestões polêmicas sobre novos formatos de ensino, como o homeschooling — a educação domiciliar. Ele chegou ao cargo na gestão Abraham Weintraub e continuou com Milton Ribeiro.

Nos bastidores, comenta-se que a ex-secretária entrava em embates frequentes com a ala ideológica do governo, por não concordar com as sugestões para o novo plano. Seu principal opositor dentro da secretaria seria o secretário da alfabetização e olavista, Carlos Nadalim, que comanda a ala e é defensor do homeschooling.

A Secretaria de Educação Básica atua na formulação de políticas para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio. Suas diretrizes influenciam na vida escolar de cerca de 40 milhões de estudantes e 2,2 milhões de professores.

 

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) indicou, em transmissão ao vivo nas redes sociais nesta quinta-feira, 18, que a exoneração de Eduardo Pazuello do cargo de ministro da Saúde será publicada na edição desta sexta-feira (19) do Diário Oficial da União. Bolsonaro cumprimentou o general do Exército por ter feito o que ele classificou como "um brilhante trabalho" no combate à pandemia. O novo titular da Saúde, Marcelo Queiroga, tomará posse na próxima semana.

Sob a alegação de que Pazuello fez contratos com fabricantes de vacinas "desde o ano passado", Bolsonaro tentou rebater críticas de que houve demora do governo federal na compra dos imunizantes. Afirmou que o ministro trabalhou pela edição de uma medida provisória para liberar crédito extraordinário de R$ 20 bilhões, destinado à compra de imunizantes.

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Sem mencionar a aproximação, cada vez mais acelerada, da contagem da marca de 300 mil mortes por coronavírus no País nem as mais de 2 mil vidas perdidas diariamente nesta semana, Bolsonaro insistiu que o Brasil seria um dos países que "melhor faz seu papel" no combate à pandemia.

Ainda sobre as ações de Pazuello à frente da Saúde, o presidente citou o envio de 86 cilindros de oxigênio para o Acre, mas não fez qualquer comentário sobre as suspeitas de omissão do ministério no colapso do fornecimento do gás envasado a Manaus (AM) em janeiro, pelas quais o general do Exército é investigado pela Procuradoria-Geral da República.

Bolsonaro também usou a live para fazer, mais uma vez, a defesa do que agora passou a chamar de "tratamento inicial" da doença - antes, dizia "tratamento precoce" -, que consiste na recomendação de remédios sem eficácia comprovada a pacientes de Covid-19.

"O AZT, na época, também não estava comprovado cientificamente. Então, não vamos simplesmente remar contra, falar mal", disse Bolsonaro, em alusão ao medicamento usado para tratar Aids. "(Quando me chamam de) Capitão Cloroquina, estão pensando que estão me ofendendo, é? Vocês vão ter o "Capitão Corrupção", pelo que tudo indica, concorrendo em 22.

Aquele velho barbudo, capitão corrupção. Vocês sabem de quem eu estou falando. Vocês estão felizes com esse cara", completou ele, numa referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No último dia 8, o ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin anulou todas as condenações de Lula relacionadas às investigações da Lava Jato e o tornou elegível.

Durante a live, Bolsonaro admitiu que, no início deste mês, o sargento lotado em seu gabinete pessoal, no Palácio do Planalto, morreu em decorrência do novo coronavírus. Recentemente, porém, o presidente afirmou que não havia casos com gravidade no Palácio do Planalto. "Desconheço que uma só pessoa deste prédio tenha ido ao hospital para se internar" , disse ele há poucos dias.

Bolsonaro comentou na live que, se fosse autorizado a conversar com a família de seu auxiliar, perguntaria aos parentes se ele havia feito uso do "tratamento inicial" contra Covid-19.

Ainda em defesa da própria gestão à frente da crise sanitária, o presidente repetiu que o governo federal liberou R$ 77 milhões para habilitar 1,6 mil leitos de UTI no Estado de São Paulo e R$ 188 milhões para leitos de terapia intensiva em outras unidades federativas.

Em tom de despedida do governo, o general Eduardo Pazuello reconheceu nesta segunda-feira, 15, que deve ser retirado do Ministério da Saúde, fez um balanço de sua gestão e anunciou o contrato de novas vacinas. "O presidente sim está pensando em substituição, está avaliando nomes", disse Pazuello em entrevista à imprensa.

"Pode ser curto, médio ou longo prazo. O presidente está nessa tratativa de reorganizar o ministério. Enquanto isso não for definido, a vida segue normal. Não estou doente, não pedi para sair. E nenhum de nós está com problema algum. Quando o presidente tomar a sua decisão, faremos uma transição correta, como manda o figurino", disse Pazuello.

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Ao fazer um balanço de sua gestão, o ministro disse que o Brasil "pode se orgulhar", pois as ações do ministério são apresentadas com "transparência e em tempo real". Pazuello omitiu que a pasta tentou esconder o número de mortos da pandemia, em movimento celebrado pelo presidente Bolsonaro, mas que foi barrado por forte pressão sobre o governo. Ele disse ainda que, enquanto não houver a transição, não irá "parar nem um minuto".

"Eu não vou pedir para ir embora. Não é da minha característica. Isso não é um jogo, uma brincadeira, 'quero ir embora'. Isso é sério, a pandemia, é o Ministério da Saúde", disse o general que disse que só pediu para ir embora uma vez na vida. "Se haverá uma substituição ou não, cabe ao presidente da República", disse. "Presidente está na tratativa de reorganizar o ministério", disse.

Pazuello negou que a coletiva fosse uma despedida e lembrou que o evento já estava planejado.

Outros dois cardiologistas, além de Ludhmila Hajjar, estão cotados pelo Palácio do Planalto para assumir a vaga de Eduardo Pazuello no comando do Ministério da Saúde - como informou o Estadão neste domingo, 14, o presidente Jair Bolsonaro decidiu trocá-lo e já procura um substituto. São eles: Marcelo Queiroga, atual presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, e José Antonio Franchini Ramires, professor titular do Instituto do Coração (Incor) de São Paulo. Queiroga tem bom trânsito em Brasília e no governo, tendo sido convidado este ano para integrar a direção da Agência Nacional de Saúde Suplementar, a ANS. Já Ramires teria sido indicado ao presidente por sua ala ideológica.

Enquanto tenta atrair um médico renomado, o Planalto "guarda" uma opção ofertada a ele por parlamentares do Centrão, agora aliados do governo: o deputado Luiz Antônio Teixeira Júnior (PP-RJ), conhecido com Doutor Luizinho. Médico ortopedista, está em seu primeiro mandato e já foi secretário estadual de saúde do governo do Rio.

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Conheça mais dos candidatos:

Marcelo Queiroga é graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Paraíba. É especialista em cardiologia e tem doutorado em Bioética pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto/Portugal. Atualmente, dirige o departamento de hemodinâmica e cardiologia intervencionista (Cardiocenter) do Hospital Alberto Urquiza Wanderley (Unimed João Pessoa) e é médico cardiologista intervencionista no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, também na Paraíba.

Atuou como dirigente da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, na qual já exerceu a presidência no biênio 2012/2013, sendo membro permanente do seu Conselho Consultivo. Integra ainda o Conselho Regional de Medicina do Estado da Paraíba como Conselheiro Titular.

Assim como Ludhmila Hajjar, recebida neste domingo pelo presidente para debater a sucessão de Pazuello, Marcelo Queiroga defende o isolamento social como forma de combate à pandemia. Ele também já se posicionou contrário ao "tratamento precoce" defendido por Bolsonaro à base de cloroquina, medicamento sem comprovação científica para covid-19.

De perfil técnico, Queiroga atuou na equipe de transição do governo de Michel Temer para Bolsonaro no fim de 2018. Em setembro do ano passado, encontrou-se com o presidente no Planalto e chegou a postar uma foto com ele.

José Antonio Franchini Ramires é mestre e doutor em Cardiologia. Já foi diretor do Incor e atualmente é professor titular do instituto. Formado em Medicina pela Universidade de São Paulo em 1972, já publicou artigos sobre a relação da covid-19 e o coração. É ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia

O deputado Luiz Antônio Teixeira Jr. (PP-RJ), conhecido como Doutor Luizinho, também é médico e, assim como Queiroga, tem boa relação com representantes do Planalto. Doutor Luizinho foi escolhido para presidir a Comissão de Seguridade Social da Câmara neste ano.

Ao assumir o posto, afirmou que o tema da pandemia deverá ser o assunto predominante em 2021 no grupo e defendeu um trabalho harmônico na Casa. "Temos mais de 270 mil pessoas mortas no nosso País. Nós precisamos de união", disse. "Nós vivemos hoje num País conflagrado, num País que parece que perdemos nossa capacidade de estarmos unidos para enfrentarmos a pandemia. Aqui não será campo de batalha", completou.

Em 2020, ele foi relator da comissão montada na Casa para acompanhar ações de combate à covid-19. Pelas redes sociais, Doutor Luizinho afirma que foi o deputado que mais aprovou leis ao longo da crise sanitária. Destaca, especialmente, a que vetou a exportação de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e a que permite ao Ministério da Saúde utilizar o saldo remanescente dos planos de saúde nos Estados para custear ações de combate ao novo coronavírus.

Natural de Nova Iguaçu (RJ), o parlamentar tem 47 anos e está em seu primeiro mandato na Câmara. Especialista em ortopedia, foi eleito com 103 mil votos. Antes de se tornar parlamentar, Luizinho foi secretário de Saúde do Rio de Janeiro de 2016 a 2018, durante a gestão do governador Luiz Fernando Pezão (MDB). O então secretário foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF), no âmbito da Lava Jato, por constrangimento ilegal em caso relacionado à segurança privada de unidades estaduais de saúde. Ele nega.

O Ministério da Saúde negou no período da tarde deste domingo, 14, que o general Eduardo Pazuello esteja de saída do cargo. "O Ministério da Saúde informa que até o presente momento o ministro Eduardo Pazuello segue à frente da Pasta, com sua gestão empenhada nas ações de enfrentamento da pandemia no Brasil", diz a nota enviada pela assessoria do ministro.

A pressão para a substituição de Pazuello vem crescendo nos últimos dias, à medida que o número de mortes em decorrência da covid-19 no Brasil bate recordes.

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O jornal O Globo apurou neste domingo mais cedo que o ministro pode sair alegando problemas de saúde.

A Coluna do Estadão mostrou no sábado, 13, que a cúpula do Congresso iniciou na sexta-feira uma ofensiva para tirar o general do comando da Saúde com a apresentação de nomes técnicos e gestores com conhecimento do SUS.

Um dos nomes apresentados é o da cardiologista Ludhmila Hajjar, que estaria já em Brasília para conversar com o presidente da República, Jair Bolsonaro.

O nome dela foi levado ao chefe do Executivo pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Quatro conselheiros informaram a Petrobras que não pretendem ser reconduzidos ao colegiado na próxima Assembleia Geral Extraordinária (AGE). São eles João Cox Neto, Nivio Ziviani, Paulo Cesar de Souza e Silva e Omar Carneiro da Cunha Sobrinho.

Em Fato Relevante, a companhia informa que Cox Neto e Ziviani alegaram razões pessoais para a decisão. Já Souza e Silva só declarou que por conta de seu mandato ser "interrompido inesperadamente, peço, por favor, para não ser reconduzido ao Conselho de Administração na próxima Assembleia". Ele ressalta o "excelente trabalho" desenvolvido pela diretoria e funcionários, e elogia também o presidente do colegiado, Eduardo Leal.

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Já a mensagem de Omar Carneiro da Cunha revela insatisfação com a decisão do presidente da República, Jair Bolsonaro, de promover uma troca no comando da estatal, com a indicação de Joaquim Silva e Luna para o lugar de Roberto Castello Branco.

"Em virtude dos recentes acontecimentos relacionados às alterações na alta administração da Petrobras, e os posicionamentos externados pelo representante maior do acionista controlador da mesma, não me sinto na posição de aceitar a recondução de meu nome como Conselheiro desta renomada empresa, na qual tive o privilégio de servir nos últimos sete meses", diz Cunha.

Ele faz muitos elogios a Castello Branco e o atual conselho, que "se manteve aderente às estratégias devidamente aprovadas, e seguindo os mais altos níveis de governança e de conformidade com os estatutos da empresa, e aos mais altos padrões de gestão empresarial".

"A mudança proposta pelo acionista majoritário, embora amparado nos preceitos societários, não se coaduna com as melhores práticas de gestão, nas quais procuro guiar minha trajetória profissional", afirma o conselheiro.

A Petrobras lembra que a recondução destes conselheiros havia sido proposta pela União, e que eventuais substitutos indicados pelo governo serão submetidos ao Comitê de Pessoas.

A crise de 2020 deverá confirmar a saída do Brasil do grupo das dez maiores economias do mundo, como já mostrou outro levantamento do Ibre/FGV, de outubro do ano passado. O País deverá fechar o ano como a 12ª maior economia em termos de valor do PIB, ultrapassado por Canadá, Coreia do Sul e Rússia.

"Fica muito claro que o Brasil tem algum problema crônico e interno. É uma questão doméstica muito grave, que atribuo aos problemas que existem na gestão do Executivo e do Congresso, conflitos que persistem ao longo do tempo", diz o economista-chefe da agência Austin Rating, Alex Agostini.

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O príncipe Harry e sua mulher, Meghan Markle, completaram sua cisão da família real britânica na sexta-feira, 19, após informarem à rainha Elizabeth II que não serão mais membros ativos da monarquia, informou o Palácio de Buckingham.

Com a decisão, o príncipe Harry foi destituído de seus títulos militares honorários e nomeações, informou a Casa Real, consolidando a profunda divisão que se abriu entre o príncipe e a família quando ele e sua mulher, Meghan, anunciaram que queriam se afastar de suas funções oficiais.

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Meghan também desistirá de suas nomeações, disse o palácio em um comunicado, acrescentando que a rainha Elizabeth dividirá os títulos e nomeações entre outros membros da família. A decisão foi anunciada após conversas entre Harry, que agora mora na Califórnia, e sua avó, a rainha.

"Ao se afastar do trabalho da família real", disse o palácio sobre Harry e Meghan, "não é possível continuar com as responsabilidades e deveres que vêm com uma vida de serviço público".

"Embora todos estejam tristes com a decisão deles, o duque e a duquesa continuam sendo membros muito amados da família", diz o comunicado.

Por meio de um porta-voz, Harry e Meghan disseram que continuarão comprometidos com o serviço. "Todos nós podemos viver uma vida de serviço. O serviço é universal", disse o porta-voz. "O duque e a duquesa de Sussex continuam comprometidos com seus deveres e serviços ao Reino Unido e ao redor do mundo, e têm oferecido seu apoio contínuo às organizações que representam, independentemente de seu papel oficial."

Sob um acordo negociado pela rainha no ano passado, o casal se livrou dos deveres reais, mas teve de concordar em não usar a palavra "real" em sua marca. A rainha permitiu que o casal mantivesse os títulos de duque e duquesa de Sussex, um de seus últimos privilégios reais.

O acordo, que foi firmado em janeiro de 2020 na propriedade da rainha, permitia uma revisão depois de um ano - uma cláusula que alguns membros da família esperavam que permitisse ao casal repensar sua decisão de partir, de acordo com pessoas ligadas ao Palácio.

Para Harry, desistir de seus títulos militares será doloroso, disseram pessoas próximas da família real. Ele serviu como piloto de helicóptero no Afeganistão e reverencia seus laços com os militares. Mas a rainha nunca demonstrou intenção de aceitar o acordo "meio dentro, meio fora" que Harry e Meghan propuseram no ano passado.

A decisão do casal de deixar a família real e buscar uma nova vida do outro lado do Atlântico foi um dos maiores acontecimentos reais em décadas.

Harry e Meghan pretendem quebrar o silêncio sobre a separação com a família real em uma entrevista com Oprah Winfrey, que será feita no próximo mês.

No domingo, eles anunciaram que estavam esperando seu segundo filho. Foi uma boa notícia para o casal após Meghan ter sofrido um aborto espontâneo em julho passado, sobre o qual ela escreveu para o jornal The New York Times. (Com agências internacionais)

O volante André se destacou no Santa Cruz em 2020. O jovem jogador completou neste mês de fevereiro, um ano como atleta profissional. Profissionalizado pelo Tricolor pernambucano, o jogador conquistou espaço no clube ao longo de sua primeira temporada no time principal, caindo nas graças do torcedor após boas atuações na Copa do Nordeste, Copa do Brasil e Série C.

A estreia do jogador foi em 13 de fevereiro do ano passado, na vitória de 1 a 0 sobre o ABC, pela Copa do Nordeste. Durante a temporada, o jogador de 20 anos realizou 33 jogos, sendo 26 como titular da camisa coral.

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Segundo dados da plataforma Wyscout e Instat, especializadas em estatísticas, o volante carrega consigo bons números: duas assistências, média de 8,7 recuperações de bola por jogo, 88% de precisão nos passes, 77% das ações bem sucedidas.

“Foi a concretização de um sonho. Para mim, foi um ano de muito crescimento e aprendizado, tanto no aspecto profissional, como pessoal também. A maneira com que tudo aconteceu foi muito especial, o clube e a torcida me abraçaram, e eu creio que consegui entregar dentro de campo, o que me deixa muito feliz”.

André que nasceu e cresceu na comunidade Jardim São Luís, zona Sul de São Paulo, começou de fato nas categorias de base de Diadema, União Mogi e Guarulhos. Após se destacar na edição de 2018 da Copa São Paulo de Futebol Júnior, o volante teve passagem pelo Sub-20 do Internacional. Retornou ao clube paulista e, em seguida, chegou ao Santa Cruz por empréstimo para também atuar na base.

No Recife, o jovem volante rapidamente chamou a atenção da comissão técnica do Tricolor e, aos 19 anos, faria sua estreia entre os profissionais. Sobre o futuro, André diz sonhar com a seleção brasileira. “Agora é buscar sempre melhorar ainda mais, evoluir, alcançar números melhores, sei que ainda sou jovem e tenho muito a evoluir. Eu tinha o sonho de me tornar jogador, depois de jogar no profissional, graças a Deus pude alcançá-los, e sonho também em um dia chegar à Seleção Brasileira, é um dos meus objetivos para a minha carreira. Vamos por mais, com os pés no chão, sabedoria e muita entrega e suor, sempre”, concluiu.

De saída?

O volante, que foi um dos desfalques na reapresentação do elenco visando a temporada 2021, tem seu nome sendo especulado no Atlético Goianiense. O próprio Nei Pandolfo, executivo de futebol do Santa, admitiu que a saída pode se concretizar em breve. “Tem um contrato com o clube que precisa ser alinhado com o Atlético-GO e o Guarulhos (dono dos direitos federativos). Tem um percentual que pertence ao clube e queremos que isso seja organizado. Está caminhando para que isso aconteça (a negociação), disse o dirigente, ao Globo Esporte.

Com informações de assessoria

O vice-presidente, Hamilton Mourão, confirmou ontem o fim da Operação Verde Brasil 2, de militares na Amazônia, em 30 de abril. A promessa agora é focar o trabalho dos agentes ambientais em 11 municípios com taxas mais altas de desmate. O Estadão apurou que o fim "prematuro" está ligado à falta de verba federal para o Ministério da Defesa. Em setembro, conforme previam metas do Conselho Nacional da Amazônia Legal, presidido por Mourão, o objetivo era manter os militares até o fim de 2022. A ida das tropas foi uma tentativa da gestão Jair Bolsonaro de responder às críticas ao desmate, no Brasil e no exterior.

Durante a quarta reunião do conselho, o vice-presidente disse que, no lugar da Verde Brasil 2, o órgão passa a trabalhar sobre o "Plano Amazônia 21/22", que terá a "colaboração das agências de fiscalização dos Ministérios da Justiça, Meio Ambiente, Agricultura e Gabinete de Segurança Institucional". Na prática, os militares saem para que o trabalho na floresta prossiga com agentes de Ibama, Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), Polícia Federal e Rodoviária.

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Mourão afirmou que o governo considera a possibilidade de contratação de pessoal temporário para atuar nas fiscalizações ambientais, mas lembrou da situação fiscal difícil e da necessidade de aval da área econômica. A Verde Brasil 2 começou em 15 de maio de 2020. "Custou R$ 410 milhões. Não é uma operação extremamente cara", disse o vice-presidente, apesar desse valor superar, de longe, os orçamentos de órgãos como Ibama, ICMBio e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). "Houve comentários de algumas agências dizendo que, se tivessem esse dinheiro, fariam muito melhor. Isso tudo faz parte do debate. Caso for necessário, novamente, o emprego das Forças Armadas, isso será proposto ao presidente da República e ele tomará a decisão que melhor lhe prover."

O Plano Amazônia 21/22 terá, segundo o governo, "quatro eixos de atuação", para continuidade de ações de fiscalização e combate aos crimes ambientais e fundiários, como desmatamento ilegal e queimadas na floresta. O plano menciona "priorização de áreas onde a ocorrência da ilicitude pode afetar de maneira mais decisiva os resultados da gestão ambiental; aumento da efetividade da fiscalização e o fortalecimento dos órgãos; contenção dos ilícitos em conformidade com a lei; e oferta de alternativas socioeconômicas à população dentro do princípio do desenvolvimento sustentável".

Segundo Mourão, foram levantados 11 municípios do País que mais desmatam e o trabalho de fiscalização dos órgãos federais, neste ano, deverá se concentrar nessas áreas. Na prática, todas são conhecidas dos órgãos ambientais. "Levantamos que 70% do desmatamento e dos crimes ambientais ocorrem em 11 municípios. Sete estão localizados no Pará, um em Rondônia, dois no Amazonas e um em Mato Grosso", comentou ele. O vice-presidente não apresentou a lista de cidades. Pelos dados do Prodes, hoje os municípios com maior ocorrência de desmatamento no País são: Altamira (PA), São Felix do Xingu (PA), Porto Velho (RO), Lábrea (AM), Novo Progresso (PA), Itaituba (PA), Apuí (AM), Colniza (MT), Pacajá (PA) e Portel (PA).

Resultados

Ao falar sobre resultados da Verde Brasil 2, o vice-presidente disse que, entre 1.º de junho e 31 de janeiro deste ano, houve redução de 19% no desmatamento, quando comparado ao mesmo intervalo anterior. "No período anterior, haviam sido 7.900 metros quadrados de desmatamento. Neste período foram 6.400 m²", disse o vice-presidente. "A nossa meta é aquela colocada no Acordo de Paris. Em 2030, não pode ter mais desmatamento ilegal."

No último balanço anual, o desmate na Amazônia teve alta de 9,5%. Entre agosto de 2019 e julho de 2020, a devastação alcançou 11.088 km², ante 10.129 km² nos 12 meses anteriores. Esses dados são do Prodes - o sistema do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, do Ministério da Ciência e Tecnologia, que fornece a taxa oficial do desmatamento por ano. A perda florestal entre 2019 e 2020 equivale a sete vezes o tamanho da cidade de São Paulo.

Sobre a permanência dos militares em 2022, o ministro do GSI, Augusto Heleno, chegou a confirmar em setembro que estava "mais ou menos acertada". O aperto financeiro, porém, levou à desistência do plano e à decisão de acabar com a participação já em abril deste ano. Duas fontes do alto escalão do governo ouvidas pela reportagem afirmaram que não se trata de uma decisão tomada por Mourão, mas sim de negociação acompanhada de perto pelo ministro da Defesa, Fernando Azevedo, em contato direto com Jair Bolsonaro.

Nova métrica

O vice-presidente afirmou que o governo trabalha em parceria com o BNDES para uma nova "métrica" que ajude a apurar os resultados das ações do governo no setor, mas não deu mais informações. Questionado, Mourão disse também que o governo tem recebido sinais de outras nações e empresas interessados em colaborar, mas não deu detalhes. O vice-presidente disse que segue no conselho da Amazônia. Na terça, Mourão foi excluído de uma reunião no Palácio do Planalto que teve 22 dos 23 ministros (um estava viajando).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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