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Cinco iraquianos condenados por "terrorismo" foram executados nesta terça-feira (9) na prisão de Nasiriya (sul), o que dá continuidade a série de penas de morte no Iraque, um dos países que mais as aplica no mundo.

No caso desses cinco condenados, a Justiça recebeu também uma confirmação da sentença por parte da Presidência.

Esta assinatura presidencial é indispensável e já ratificou mais de 340 execuções pendentes por "terrorismo ou outros atos criminosos" e, desse modo, mais enforcamentos podem acontecer a qualquer momento.

Esses documentos foram assinados desde 2014, a maioria sob a presidência de Fuad Masum, no auge da ofensiva do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) no Iraque. As confirmações continuaram sob o mandato iniciado em 2018 por Barham Saleh, conhecido por ser, a título pessoal, contrário à pena de morte.

O Iraque promoveu em 2019 uma em cada sete execuções realizadas no mundo, o que significa que houve cerca de 100 executados. O país costuma acelerar as penas de morte depois de um atentado que comoveu a opinião pública, como é o caso agora, após o ataque de meados de janeiro em Bagdá, que deixou mais de 30 mortos.

- "Vingança" -

Dezenas de iraquianos se manifestaram em Nasiriya exigindo "vingança" para as famílias dos "mártires" assassinados pelos jihadistas.

O atentado de Bagdá, reivindicado pelo EI, comoveu uma população acostumada a uma relativa tranquilidade desde a derrota militar do grupo jihadista no final de 2017.

Pouco depois, uma série de ataques deixaram uma dezena de mortos entre as filas do exército, ao norte de Bagdá, aumentando a emoção e as tensões no país.

Para os defensores dos direitos humanos, a pena de morte é um "instrumento político" no Iraque para líderes submetidos à pressão de uma opinião pública que pede vingança, e para dispositivos político, judicial e de segurança incapazes de conter os atentados.

Para a Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, no Iraque há "frequentes violações dos direitos a um processo justo, uma representação jurídica ineficaz (...) e inúmeras acusações de tortura e maus tratos".

Portanto, a aplicação da pena de morte pode ser considerada no Iraque como uma "privação arbitrária da vida por parte do Estado", afirmou Bachelet no final de 2020.

A comunidade internacional lançou uma campanha em novembro após a execução de 21 condenados, quase todos por "terrorismo", e quando circulavam informações sobre um possível calendário acelerado de execuções no Iraque.

O Iraque é o quarto país a executar mais condenados, atrás da China, Irã e Arábia Saudita, segundo a Anistia Internacional.

Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira (11), faltando nove dias para a saída do poder do presidente Donald Trump, que incluiu novamente Cuba na lista de "Estados patrocinadores do terrorismo", da qual tinha sido retirada por Barack Obama em 2015.

"Com esta medida, voltaremos a responsabilizar o governo de Cuba e enviaremos uma mensagem clara: o regime de Castro deve pôr fim ao seu apoio ao terrorismo internacional e à subversão da justiça americana", disse o chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, fazendo referência ao falecido Fidel Castro e seu irmão Raúl, líderes da Revolução de 1959.

"Durante décadas, o governo cubano alimentou, abrigou e forneceu assistência médica a assassinos, fabricantes de bombas e sequestradores, enquanto muitos cubanos estão morrendo de fome, desabrigados e sem remédios básicos", acrescentou em um comunicado.

Pompeo destacou a "interferência maligna" de Cuba na Venezuela e em outros países da América Latina.

Ele também destacou o "apoio" de Havana aos guerrilheiros colombianos do Exército de Libertação Nacional (ELN), que os EUA consideram uma organização terrorista estrangeira, bem como aos dissidentes da extinta guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Além disso, acusou Cuba de hospedar vários fugitivos americanos da justiça desde os anos 1970, como Joanne Chesimard, Ishmael LaBeet e Charles Lee Hill, entre outros.

O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, reagiu, qualificando a medida como oportunista e hipócrita. "O oportunismo político desta ação é reconhecido por todo aquele que tiver uma preocupação honesta diante do flagelo do terrorismo e suas vítimas", afirmou Rodríguez no Twitter.

Esta designação representa um forte impacto econômico para a ilha comunista, pois restringe o comércio e a ajuda externa dos EUA e expõe os investidores estrangeiros a processos por parte dos EUA.

O futuro governo de Joe Biden, que tomará posse em 20 de janeiro, poderia retirar Cuba da lista, mas antes Antony Blinken, indicado para suceder Pompeo, teria que fazer uma revisão formal, o que significa que a medida pode permanecer em vigor por meses.

Em 2015, como parte de sua política de reaproximação com Cuba, Obama retirou o país caribenho da lista de Estados patrocinadores do terrorismo, alegando que os esforços de meio século dos Estados Unidos para isolar a ilha foram um fracasso.

Trump, porém, reverteu a reaproximação de Washington com Havana assim que assumiu o cargo em 2017, endurecendo o embargo em vigor desde 1962 e impondo uma série de sanções a sua aliada Venezuela, o que lhe rendeu o apoio eleitoral do crucial estado da Flórida.

O governo dos Estados Unidos retirou formalmente o Sudão da lista de países que apoiam o terrorismo, na qual estava desde 1993, uma medida que pode estimular os investimentos estrangeiros no país.

"Como o período de notificação no Congresso, de 45 dias, expirou, o secretário de Estado assinou uma notificação que anula a designação do Sudão como um Estado que apoia o terrorismo. A medida é efetiva a partir de 14 de dezembro", anunciou a embaixada dos Estados Unidos em Cartum.

Washington incluiu o país na lista depois de acusar o então presidente sudanês, o islamista Omar al Bashir, de ter relações com "organizações terroristas" como a Al-Qaeda, cujo líder, Osama bin Laden, se hospedou no país nos anos 1990.

Esta medida tão aguardada por Cartum deve representar uma lufada de ar para a economia do país, muito debilitada. A inclusão na lista impedia outros países de fazer negócios e investir no Sudão, sob pena de sanções.

O presidente americano, Donald Trump, anunciou em 19 de outubro a retirada do Sudão da lista de países que apoiam o terrorismo, mas só notificou o Congresso no dia 26, depois que Cartum anunciou a normalização das relações com Israel, sob pressão de Washington.

Apesar da estratégia, as autoridades sudaneses sempre negaram qualquer tipo de "chantagem" por parte dos Estados Unidos.

Cartum, no entanto, continua esperando obter imunidade legal nas questões relacionadas com atentados passados, para o que precisa de uma lei que está sendo examinada no Congresso americano.

O Congresso deve aprovar uma lei que proclame a "paz legal" com Cartum, para conceder imunidade legal como Estado nestas questões.

Mas as negociações neste sentido entre o governo Trump e o Congresso esbarram em várias frentes.

A decisão de Washington faz parte de um acordo que prevê que o Sudão indenize com 335 milhões de dólares os parentes das das vítimas de atentados cometidos em 1998 pela Al-Qaeda contra as embaixadas dos Estados Unidos no Quênia e na Tanzânia (mais de 200 mortos). E isto porque as autoridades sudanesas da época já haviam hospedado Osama bin Laden.

Recentemente, o Sudão expressou impaciência, lamentando que alguns "compromissos políticos e econômicos" não foram respeitados por Washington.

O país advertiu que o bloqueio poderia "atrasar a aplicação do acordo" de normalização das relações com Israel.

Washington retomou o contato com Cartum durante a presidência do democrata Barack Obama, quando Omar al Bashir começou a cooperar na luta antiterrorista, um processo acelerado pela revolta popular que provocou a queda de Al Bashir em abril de 2019.

Os Estados Unidos vão reduzir a quantidade de militares no Afeganistão e no Iraque ao seu menor número em 20 anos depois de o presidente Donald Trump se comprometer a pôr um fim aos conflitos do país no exterior, anunciou o Pentágono na terça-feira (17), gerando preocupações de segurança.

Rejeitando o risco de que se destrua o que foi conseguido pelos Estados Unidos na região, o secretário interino da Defesa, Chris Miller, disse que 2 mil soldados vão deixar o Afeganistão em 15 de janeiro. Outros 500 retornarão do Iraque na mesma data, deixando 2,5 mil em cada país.

A retirada reflete o desejo de Trump "de pôr um fim de forma exitosa e responsável às guerras no Afeganistão e no Iraque e trazer nossos corajosos soldados para casa", disse Miller.

O secretário informou que já foi alcançada a meta estabelecida em 2001, após os ataques da Al Qaeda contra os Estados Unidos, de derrotar os extremistas islâmicos e ajudar "seus parceiros locais e aliados a liderar a luta".

O porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid, declarou à AFP que a retirada "é um bom passo e é ótimo para os povos de ambos os países", tanto Estados Unidos quanto Afeganistão.

Terminar com as guerras sem fim

A decisão aproxima os Estados Unidos de se desvincularem de conflitos que desde 2001 atravessaram três presidentes e não têm um fim à vista.

O anúncio foi feito faltando dois meses para que o republicano Trump transfira o poder ao democrata Joe Biden em 20 de janeiro.

Diante da observação de que Trump estaria agindo abruptamente após sua derrota eleitoral, o assessor de segurança da Casa Branca, Robert O'Brien, disse que a retirada das tropas estava planejada há tempos.

"Há quatro anos, o presidente Trump fez campanha prometendo terminar as guerras sem fim para os Estados Unidos. Hoje, o Pentágono só anunciou que o presidente Trump cumpriu com a promessa feita ao povo".

Trump "espera que por volta de maio todos tenham voltado sãos e salvos".

Foguetes em Bagdá

A decisão foi divulgada dez dias depois de Trump destituir o secretário da Defesa Mark Esper, que insistia em deixar 4,5 mil soldados no Afeganistão para apoiar o governo de Cabul.

Esper reduziu a quantidade de 13 mil soldados americanos desde o acordo de 29 de fevereiro entre os Estados Unidos e a insurgência talibã.

Os talibãs e o governo afegão iniciaram negociações de paz após um acordo assinado entre Washington e os insurgentes, que envolve a retirada das forças americanas até meados de 2021.

Mas até a destituição de Esper, o Pentágono alegava que os talibãs não tinham cumprido sua promessa de reduzir os ataques violentos contra as forças afegãs e advertiu que estes ataques seriam intensificados com menos tropas americanas.

Sediq Sediqqi, porta-voz do presidente Ashraf Ghani, confirmou por sua vez no Twitter que Ghani falou por telefone com Miller sobre "o contínuo e significativo apoio militar americano às Forças de Defesa e Seguraça afegãs".

No Iraque, a administração Trump anunciou a redução do número de soldados em meio a um ataque com foguetes lançados por grupos aliados ao Irã contra a embaixada americana e bases militares americanas.

Nesta terça, uma salva de foguetes foi disparada contra a Zona Verde de Bagdá, onde fica a embaixada dos Estados Unidos, rompendo uma trégua de um mês nos ataques contra a representação diplomática.

Sob a condição de não ser identificado, um alto funcionário da Defesa minimizou o risco de ressurgimento de grupos extremistas como Al Qaeda e Estado Islâmico.

"Os profissionais do serviço militar estão de acordo de que esta é a decisão correta", disse este funcionário.

"A Al Qaeda está no Afeganistão há décadas e a realidade é que seríamos uns tolos se disséssemos que vão embora amanhã", completou.

'Saída humilhante'

Funcionários americanos e estrangeiros advertiram que uma retirada precipitada das tropas poderia ajudar grupos extremistas como Al Qaeda e Estado Islâmico.

O líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, disse na segunda-feira que a redução de tropas provocará um fracasso como "a humilhante saída americana do Vietnã", em 1975, e se tornará uma vitória propagandística dos extremistas.

O chefe da Otan, Jens Stoltenberg, considerou que o Afeganistão pode "voltar a ser uma base para os terroristas internacionais".

O ministro das Relações Exteriores alemão, Heiko Maas, afirmou que Berlim está preocupada pois o anúncio dos Estados Unidos "pode significar que as negociações de paz prossigam", alertando também contra uma "retirada precipitada".

Desde o lançamento das ofensivas militares em 2001 no Afeganistão e no Iraque, dois anos depois, mais de 6.900 militares americanos morreram e mais de 52.000 ficaram feridos nos dois países, segundo o Pentágono.

O Conselho Europeu divulgou nesta sexta-feira (13) uma declaração sobre medidas de segurança, após os recentes ataques terroristas ocorridos na região. "Queremos fortalecer e desenvolver opções para medidas de segurança no Espaço Schengen, bem como instrumentos para a cooperação policial transfronteiriça", indica o documento, escrito após reunião entre os ministros do Interior dos Estados membros.

"Caso a situação o exija em casos excepcionais, os Estados membros mantêm a capacidade de decidir reintroduzir e prolongar os controles temporários nas fronteiras internas em conformidade com o Código das Fronteiras Schengen", assinala a declaração, que ressalta ainda a importância das relações com países terceiros, com vista à "expulsão de criminosos e de pessoas que representam uma ameaça terrorista ou extremista violenta".

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A prevenção do extremismo, incluindo a da radicalização em países originários de tensões, consta no documento. O respeito "mútuo" à liberdade religiosa, assim como às visões de mundo seculares das sociedades, também foi abordado.

A França prestará neste sábado (6) uma homenagem nacional às três vítimas do atentado de Nice, em uma cerimônia a ser realizada na presença do primeiro-ministro Jean Castex e dos familiares das vítimas.

Três pessoas, incluindo uma brasileira de 44 anos, foram mortas neste atentado a faca cometido na semana passada na Basílica de Notre Dame, na cidade de Nice (sudeste).

A cerimônia será no topo da Colina do Castelo, uma antiga cidadela construída no topo de uma colina que se ergue sobre a baía de Nice. É lá que o primeiro-ministro francês fará seu discurso.

Jean Castex também vai condecorar os oficiais da Polícia Municipal de Nice, que foram os primeiros a chegar à Basílica de Notre-Dame.

O primeiro-ministro estará acompanhado do ministro da Justiça, Éric Dupond-Moretti, do ministro da Educação Superior, Frédérique Vidal, e pela ministra delegada responsável pela Cidadania, Marlène Schiappa.

O autor do ataque de 29 de outubro, um tunisiano de 21 anos, continua hospitalizado, após ser baleado várias vezes pela polícia.

Na quinta-feira, o prognóstico vital de Brahim Aouissaoui, que testou positivo para o coronavírus, permanecia comprometido, disse uma fonte próxima à investigação à AFP.

Além da brasileira Simone Barreto Silva, mãe de três filhos, as outras vítimas do atentado são uma mulher de 60 anos e o sacristão da basílica.

Depois de uma noite de pânico e confusão, a polícia austríaca procura nesta terça-feira ao menos um suspeito dos tiroteios coordenados executados em Viena, que mataram quatro pessoas e que foram classificados como um "repugnante ataque terrorista" pelo chanceler Sebastian Kurz.

Um dos criminosos, armado com um fuzil e um falso cinturão de explosivos, foi morto pela polícia. Ele era um "simpatizante" do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), segundo os indícios apreendidos em sua casa, de acordo com o governo.

"Há indícios claros de que é uma pessoa radicalizada e uma pessoa que se sente próxima ao EI", afirmou o ministro do Interior, Karl Nehammer.

Viena foi totalmente isolada para encontrar outros possíveis envolvidos com o atentado. A polícia e as autoridades não sabem com certeza se os atos foram executados por apenas uma pessoa, já que os tiroteios aconteceram em seis lugares diferentes.

De acordo com Nehammer, "ao menos um suspeito está foragido".

Nesta terça-feira, o ministério do Interior informou a morte de uma quarta pessoa, que não resistiu aos ferimentos. Dois homens e duas mulheres morreram nos t tiroteios.

Quinze pessoas estão hospitalizadas, sete delas em estado grave.

Os primeiros tiros foram ouvidos no fim da tarde de segunda-feira, perto de uma grande sinagoga, que estava fechada, e da Ópera, em pleno centro de Viena. O tiroteio aconteceu um pouco antes da entrada em vigor do novo confinamento decretado para frear a pandemia de Covid-19.

"Repugnante"

Testemunhas afirmaram que observaram um homem atirar "como um louco" com uma arma automática.

Uma pessoa disse que viu "alguém correndo com uma arma automática" e outra citou "pelo menos 50 disparos".

Nos restaurantes e bares do centro de Viena, clientes, aterrorizados e em choque, receberam ordens para permanecer dentro dos estabelecimentos, com as luzes apagadas, enquanto as sirenes das ambulâncias dominavam as ruas.

As forças de segurança blindaram o centro da capital, enquanto os espectadores que compareceram à última apresentação na Ópera antes do confinamento deixavam o local escoltados.

"Permaneçam em casa! Se vocês estão fora, procurem refúgio em algum lugar, afastem-se dos locais públicos, não utilizem os transportes", escreveu a polícia no Twitter.

O chanceler Sebastian Kurz chamou os tiroteios de "repugnante ataque terrorista".

"Nunca seremos intimidados pelo terrorismo e combateremos estes ataques por todos os meios", afirmou no Twitter.

A polícia e o exército foram mobilizados nos edifícios mais importantes da capital e as aulas foram suspensas nesta terça-feira.

O atentado provocou uma onda de condenação e solidariedade com a Áustria.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que os "ataques do mal contra pessoas inocentes devem acabar".

"Estados Unidos estão com a Áustria, França e toda Europa na lucha contra o terrorismo, incluindo os terroristas islamitas radicais", completou no Twitter.

Clima tenso na Europa

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, escreveu no Twitter que a "Europa é totalmente solidária com a Áustria. Somos mais fortes que o ódio e o terror".

A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou nesta terça-feira que o "terrorismo islamita é nosso inimigo comum" e que a luta contra ele também é "nosso combate comum". A Alemanha reforçou os controles na fronteira com a Áustria.

O atentado em uma cidade com nível de criminalidade muito reduzido acontece em um momento de tensão na Europa.

Na França, três pessoas foram assassinadas na quinta-feira em um ataque com faca na basílica de Nice por um jovem tunisiano que acabara de chegar ao continente.

Poucos dias antes, um professor, Samuel Paty, foi decapitado perto da escola em que trabalhava nas proximidades de Paris, depois de mostrar caricaturas de Maomé durante uma aula sobre liberdade de expressão, um crime que chocou a França e boa parte do mundo.

A Áustria permaneceu relativamente à margem dos atentados islamitas que afetaram a Europa nos últimos anos. Em março de 2018, um jovem, simpatizante islamita segundo a polícia, atacou um membro das forças de segurança diante da embaixada do Irã em Viena antes de ser morto.

Em junho de 2017, um jovem nascido na Tunísia matou um casal de idosos em Linz porque desejava denunciar que se sentia discriminado por ser estrangeiro e muçulmano.

A tragédia do 11 de setembro completa 19 anos nesta sexta-feira (11). O atentado terrorista às torres gêmeas, do World Trade Center, em Nova Iorque, chocou o mundo e mudou completamente a vida dos americanos. 

Detalhes daquele dia, além dos novos protocolos de segurança adotados pelos Estados Unidos após o ataque que matou milhares de pessoas, são retratados em diversas produções cinematográficas.   

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Considerado ameaça doméstica de terrorismo nos Estados Unidos pelo potencial de incentivar violência por parte de extremistas, o movimento QAnon (sigla para "Q Anônimo") foi adaptado ao Brasil e ganha adeptos entre radicais nacionais. A versão brasileira da teoria da conspiração criada pela extrema-direita americana tem sido cultivada em fóruns bolsonaristas e alimenta campanhas de "fake news".

São alvos dessas campanhas ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e mesmo estratégias sanitárias na pandemia, como o uso de máscaras de proteção e "termômetros de testa".

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Em síntese, os adeptos do QAnon acreditam que o presidente Donald Trump foi escolhido por um exército secreto para uma batalha contra governantes ocultos do mundo. É um herói patriota que aceitou enfrentar uma rede de tráfico humano e pedofilia que envolve desde políticos da esquerda e atores de Hollywood até o Vaticano e o bilionário húngaro George Soros.

A origem do movimento é obscura. Os adeptos seguem um anônimo que se identifica como "Q" para lançar mensagens cifradas em um fórum da deep web - parte da internet escondida de ferramentas de busca para preservação do anonimato.

A fonte primária da teoria jamais fez qualquer menção a Bolsonaro, mas apoiadores do presidente trataram de incluir o brasileiro entre os líderes mundiais escolhidos pelo "Q" para "salvar o mundo".

Em abril deste ano, por exemplo, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, postou nas redes uma foto ao lado do pai e dos irmãos comendo milho. Para adeptos do movimento QAnon, mais do que uma mera reunião de família, a imagem era uma prova de que Bolsonaro é o escolhido. Dias antes, o "Q" havia publicado a cena de uma plantação de milho. "Junte as peças do quebra-cabeça", dizia a mensagem postada pelo perfil "Revelação Total".

Levantamento do Estadão identificou que, nos últimos 12 meses, ideias do movimento foram propagadas em páginas, grupos e canais de Facebook e YouTube que, juntos, somam cerca de 1,7 milhão de seguidores ou membros. Por meio da ferramenta CrowdTangle, a pesquisa considerou apenas as publicações em português. São contas que permanecem no ar, apesar das remoções de grupos de adeptos da QAnon anunciadas recentemente pelas plataformas.

Os "conspiracionistas" não estão restritos ao anonimato da internet. No ato de 21 de junho, na Esplanada dos Ministérios, apoiadores de Bolsonaro levaram cartazes ostentando a letra "Q" e também "wwg1wga", sigla que identifica o movimento e representa em inglês a frase "onde vai um vamos todos".

Outra manifestante carregava os dizeres "Pizzagate é real", em referência à conspiração que serviu de gatilho ao QAnon. Em 2016, trumpistas inventaram que Hillary Clinton, então adversária de Trump nas eleições americanas, e seus principais auxiliares controlavam um esquema de tráfico de crianças de dentro de uma pizzaria, em Washington. Influenciado pela farsa, um homem foi ao local e disparou uma metralhadora.

O crescimento no território americano acendeu um alerta. Relatório do FBI que veio a público em agosto de 2019 apontou que ideias como as do QAnon "muito provavelmente" cresceriam e levariam grupos e indivíduos extremistas a cometer atos criminosos ou violentos". A agência classificou o movimento como potencial ameaça interna de terrorismo.

Ataques

Integrantes do STF são alvos recorrentes dos fóruns conspiratórios no Facebook com informações caluniosas. Publicações buscaram ligar ministros a "orgias com garotas" organizadas pelo médium conhecido como João de Deus, sustentam que a força de Trump é capaz de influenciar decisões do Supremo e insinuam que o Judiciário conspira contra Bolsonaro.

Entre as páginas que reproduzem conteúdo QAnon estão algumas que se apresentam como "Aliança com o Brasil", "Brasil Acima de Tudo" e "Bolsonaro direitista". Em vídeos com "explicações" sobre a teoria é comum a defesa da "hidroxibolsonaro" no combate à covid-19. As páginas costumam ser mantidas por perfis falsos ou apócrifos.

A reportagem pediu entrevistas a quatro pessoas que são identificadas nas redes sociais como referências ao QAnon no Brasil, mas não obteve resposta. Em seus perfis, eles alegam que a "mídia mainstream" trabalha contra a "verdade secreta".

O movimento é político, mas não só. Reportagem de junho da revista The Atlantic classificou o fenômeno como "uma nova religião". No Brasil, o QAnon é disseminado em grupos que discutem temas esotéricos e místicos.

O psicanalista e professor da Universidade de São Paulo (USP) Christian Dunker afirma que teorias conspiratórias buscam a simplificação de fenômenos que as pessoas não conseguem explicar com o repertório que detêm. "A paranoia resolve as coisas porque ela vai dizer que existe um plano maior, um sentido. E diz indiretamente para a pessoa que ela é muito importante porque passou a saber que o mundo se divide, por exemplo, no combate entre as trevas e o bem. Esse efeito de relevância, de protagonismo, é muito tentador", disse o psicanalista.

Plataformas removem páginas ligadas a grupo

O Facebook informou, em nota enviada ao Estadão, agir constantemente contra grupos e páginas ligadas ao movimento QAnon e que violam as políticas da empresa. "Esses movimentos, no entanto, evoluem com rapidez, o que exige de nós um esforço contínuo. Portanto, seguiremos o tema de perto, estudando símbolos e terminologias e avaliando os próximos passos para manter a nossa comunidade segura", diz a nota.

A plataforma afirmou que no dia 19 deste mês removeu 790 grupos e 100 páginas ligados ao movimento.

‘Condutas violentas’. A rede conspiratória, porém, não foi banida da plataforma. A derrubada afetou somente contas que "celebravam condutas violentas, mostravam armas de fogo, sugeriram usá-las ou tinham seguidores com padrões comportamentais violentos".

Já o YouTube declarou que desde que atualizou sua política de discurso de ódio, em junho de 2019, removeu "dezenas de milhares" de vídeos relacionados ao QAnon e encerrou "centenas" de canais com conteúdo sobre o tema por violarem diretrizes de comunidade.

"Além disso, quando os usuários vêm ao YouTube e pesquisam tópicos sujeitos a desinformação, fornecemos contexto adicional e destacamos vídeos de especialistas ou fontes de notícias confiáveis." Procurado, o Palácio do Planalto não se manifestou. 

A polícia britânica informou neste domingo que trata como "terrorista" o ataque com faca de sábado que deixou três mortos em um parque lotado de Reading, 60 km ao oeste de Londres.

A polícia antiterrorista pode agora confirmar que os atos, ocorridos em um parque da cidade, foram declarados como um incidente terrorista", afirma um comunicado da força de segurança local.

Um homem de 25 anos, natural da cidade de 200.000 habitantes, foi detido pouco depois do ataque e está em prisão preventiva.

O primeiro-ministro Boris Johnson afirmou que estava "chocado e irritado porque pessoas perderam a vida desta maneira".

"Se temos que aprender lições, vamos aprender", declarou, antes de destacar que o governo "não hesitará em adotar medidas" quando necessário.

Além das três vítimas fatais, três pessoas ficaram gravemente feridas e estão hospitalizadas.

O chefe de Governo participou em uma reunião na manhã de domingo com autoridades da área de segurança e vários ministros em Downing Street, durante a qual foi informado sobre o avanço da investigação.

Os investigadores acreditam que o criminoso agiu sozinho, de acordo com o comandante da polícia antiterrorista, Neil Basu.

"Não procuramos mais ninguém", disse, antes de afirmar que as razões do "ato horrível continuam incertas" e confirmar que a unidade antiterrorismo assumiu a investigação.

O nível de ameaça terrorista não foi alterado e permanece no nível "importante", o terceiro na escala de cinco das autoridades britânicas. A população deve permanecer "vigilante", sem alarme, afirmou Basu.

Parte da imprensa britânica afirma que o suspeito é um refugiado líbio. O jornal Daily Telegraph indica que a "saúde mental" do criminoso é considerada um "fator relevante".

O ataque aconteceu no fim da tarde de sábado no parque Forbury Gardens.

Testemunhas citadas pela agência britânica PA relataram que um homem atacou vários grupos reunidos no parque, que aproveitam a tarde ensolarada após semanas de confinamento pela pandemia coronavírus.

"O parque estava cheio, muitas pessoas estavam sentadas para beber algo com os amigos, quando um homem chegou, começou a gritar palavras ininteligíveis de repente e seguiu em direção a um grupo de uma dezena de pessoas, tentando atacá-las com uma faca", declarou à agência Lawrence Wort, que presenciou a cena.

"Ele esfaqueou três pessoas no pescoço e debaixo dos braços, depois virou e começou a correr na minha direção. Nós começamos a correr", disse Wort, de 20 anos.

"Quando percebeu que não podia nos alcançar, ele conseguiu atingir uma pessoa por trás do pescoço e quando viu que todos estavam correndo, ele deixou o parque", contou.

A polícia pediu à população que não compartilhe as imagens do ataque que circulam nas redes sociais e que as pessoas enviem os vídeos aos investigadores.

O ato aconteceu perto de um local onde havia sido organizada algumas horas antes uma manifestação do movimento "Black Lives Matter" (A vida dos negros importa), mas os organizadores e a polícia não acreditam que o ataque tem relação com o evento.

Nos últimos meses, o Reino Unido foi cenário de dois ataques considerados "terroristas".

No fim de novembro, um extremista que estava em liberdade condicional matou duas pessoas no centro da capital, antes de ser morto pela polícia na Ponte de Londres.

Em 2 de fevereiro, três pessoas foram feridas com um ataque a facadas de "natureza islamista", segundo a polícia, em uma rua comercial do sul de Londres. Agentes mataram o criminoso, que já tinha uma condenação por ações terroristas.

Estados Unidos e Cuba trocaram acusações de apoio ao terrorismo nesta quarta-feira (13), com novas pressões à ilha um dia depois de Havana exigir uma "investigação completa" sobre o recente ataque contra sua embaixada em Washington.

O governo de Donald Trump incluiu Cuba em sua lista negra por "não cooperar totalmente" na luta contra o terrorismo, distanciando-se ainda mais dos esforços de reconciliação promovidos por seu antecessor, Barack Obama.

Cuba se juntou a outros quatro adversários (Irã, Síria, Coreia do Norte e Venezuela) que não obtiveram em 2019 a certificação exigida por uma lei americana contra o terrorismo, passo preliminar para qualquer venda de armas pelos Estados Unidos.

É a primeira vez que Cuba aparece nessa lista desde 2015, quando foi retirada pelo governo Obama, que deu um passo histórico para restabelecer as relações diplomáticas rompidas desde a revolução de Fidel Castro.

O governo Trump acusou Cuba de abrigar membros do Exército de Libertação Nacional (ELN), o último grupo guerrilheiro ativo na Colômbia, que viajaram a Havana em 2017 para negociações de paz com representantes de Bogotá e ainda não retornaram.

"A recusa de Cuba em se envolver produtivamente com o governo colombiano mostra que não está cooperando com o trabalho dos Estados Unidos para apoiar os esforços da Colômbia de garantir paz, segurança e oportunidades justas e duradouras para seu povo", afirmou o Departamento de Estado.

A certificação é diferente da designação de 'terrorismo patrocinado pelo Estado', que tem efeitos legais de amplo alcance. Cuba foi removida da lista de estados que patrocinam o terrorismo em 2015, embora o governo Trump tenha sugerido que a ilha pode ser reinserida no rol.

- "Lista espúria" -

Cuba, que não importa armas dos Estados Unidos, há seis décadas, deve ser pouco afetada na prática por esta nova medida. Mas isto não impede que Havana repudie a decisão.

"O Departamento de Estado coloca Cuba na lista de países que não cooperam na luta contra o terrorismo, mas não impediu, nem condenou o ataque terrorista de 30 de abril", disse o chanceler Bruno Rodríguez, denunciando "impunidade de grupos violentos" em território americano.

"Rodríguez publicou um vídeo no Twitter na terça-feira, quando convocou os Estados Unidos a explicarem supostos vínculos do agressor com grupos que incitam o ódio contra Cuba.

Alexander Alazo, cubano residente nos Estados Unidos, foi preso por 32 tiros disparados contra a sede diplomática, que deixaram danos materiais. O Serviço Secreto dos EUA, encarregado de proteger as autoridades estrangeiras, disse que Alazo recebeu remédios psiquiátricos depois de se queixar de ouvir vozes.

Segundo documentos judiciais, um homem de 42 anos tentou incendiar uma bandeira cubana, mas não conseguiu. Em vez disso, agitou uma bandeira dos EUA e "gritou em direção à embaixada cubana que era ianque".

Rodríguez vinculou Alazo a uma igreja evangélica na Flórida, a Doral Jesus Worship Center. O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, discursou no ano passado neste centro religioso, onde considerou os líderes de Cuba "os verdadeiros imperialistas no hemisfério ocidental".

Cuba é um importante aliado do presidente socialista da Venezuela, Nicolás Maduro, que Washington considera um ditador.

Um alto funcionário de Havana, Carlos F. de Cossio, tuitou nesta quarta-feira que Cuba foi "vítima de terrorismo", em referência às ações dos, já mortos, anticastritas Luis Posada Carriles, Orlando Bosch e Guillermo Novo Sampolla.

- "Premiação" -

De Bogotá, o Alto Comissário para a Paz do governo de Iván Duque, Miguel Ceballos, considerou a certificação de Cuba como uma "premiação".

"Esta resposta dos Estados Unidos apoia a posição do governo colombiano que seguirá exigindo a todos os países que abrigam membros do ELN e das Farc, que os entreguem à justiça", disse a jornalistas.

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) se dissolveram com o acordo de paz firmado em 2016, mas dissidentes desse grupo guerrilheiro operam na Venezuela em conluio com o governo Maduro, segundo Washington e Bogotá.

Duque, aliado dos Estados Unidos, interrompeu o diálogo com o ELN após um ataque com carro-bomba em janeiro de 2019 em uma academia de polícia de Bogotá que deixou 22 cadetes mortos. E desde então, exige que Cuba entregue a equipe de negociadores do ELN.

Arturo López-Levy, especialista em Cuba da Universidade Holy Names, disse no Twitter que a recusa de Havana obedece aos protocolos das negociações, que tiveram Venezuela, Brasil, Chile e Noruega como garantidores.

O Departamento de Estado acusou Cuba de também receber vários fugitivos americanos, incluindo Joanne Chesimard, condenada por executar um policial estadual de Nova Jersey, Werner Foerster, em 1973.

Um tribunal israelense condenou um clérigo muçulmano, nesta segunda-feira (10), a 28 meses de prisão por incitação ao "terrorismo" durante alguns distúrbios com vítimas mortais ocorridos em 2017 em um local sagrado de Jerusalém.

Raed Salah foi condenado por um tribunal de Haifa por "incitar o terrorismo" e "fazer apologia, simpatizar e encorajar o terrorismo", em declarações feitas depois que dois policiais foram mortos em um ataque ao complexo da mesquita de Haram Sharif (Esplanada das Mesquitas). O local é chamado de Monte do Templo pelos judeus.

O ataque mortal, ocorrido em 14 de julho de 2017, neste local em Jerusalém Oriental anexado por Israel, foi cometido por duas pessoas de sua cidade natal, Umm al-Fahm.

Seu grupo, um ramo radical do Movimento Islamita no norte de Israel, foi banido em 2015.

Salah também foi condenado por "apoiar uma organização ilegal", em mensagens postadas na rede do Facebook em 2015 e 2016. Nelas, convocou seus seguidores a cometerem "atos de violência, ou de terrorismo".

Nesta segunda, o tribunal de Haifa alegou que Salah, de 61 anos, fez comentários de conteúdo criminoso pelo menos três vezes após o tiroteio em Jerusalém Oriental.

De acordo com os magistrados, os atos de Salah "ameaçavam a segurança do Estado e de seus cidadãos".

Na manhã desta quarta-feira (8), o ex-presidente Lula acusou os Estados Unidos (EUA) de 'inventar terrorismo' como uma tentativa fortalecer a escalada do presidente americano Donald Trump à reeleição. Ele também criticou a postura do Brasil em meio ao impasse entre os EUA e Irã, e chamou Jair Bolsonaro de 'lambe botas' de Trump.

"Os Estados Unidos gostam de criar confusão e de preferência longe do território deles. Não há necessidade de se inventar terrorismo no Irã", declarou ao portal Diário do Centro do Mundo.

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Na visão do petista, os americanos "precisam de um inimigo sempre" e a execução do general Qasem Soleimani faz parte dos planos de Trump para se manter na Casa Branca. "Isso está me cheirando a campanha eleitoral", avaliou.

O ex-presidente mostrou-se contrário à posição tomada pelo presidente Jair Bolsonaro, visto que, o Brasil é reconhecido pela diplomacia apaziguadora e, para Lula, é considerado um 'construtor de harmonia'.

"Não é uma época para o Brasil se meter em briga internacional [...] O Brasil sempre teve uma política externa coerente e corajosa. Diferentemente dos EUA que vive procurando confusão, vivem querendo atirar pedra no quintal dos outros", afirmou.

A embaixada ucraniana recuou sobre a queda do avião no Irã, ocorrida na madrugada desta quarta-feira (8). Anteriormente, o 'acidente' havia sido desvinculado ao terrorismo e apontado como resultado de uma falha mecânica. Ao todo, 176 pessoas morreram no voo que seguia para Kiev.

De acordo com a agência Reuters, através de comunicado, a embaixada voltou atrás e afirmou que as causas da queda não haviam sido divulgadas e, comentários anteriores não eram oficiais. O primeiro-ministro Oleksiy Honcharuk, proibiu voos sobre o espaço aéreo do Irã a partir desta quinta-feira (9).

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A queda do avião da Ukraine International Airlines ocorreu horas após o ataque iraniano à duas bases americanas, no Iraque. Os bombardeios foram uma resposta à morte do general Qassim Suleimani.

 

O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta segunda-feira (6), que o Brasil vai "entregar" terroristas que estiverem no País. Segundo ele, essa é a forma de colaborar com o combate ao terrorismo.

Em nota após o ataque dos EUA que matou um general iraniano, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) disse que o Brasil está "pronto a participar de esforços internacionais que contribuam para evitar uma escalada de conflitos neste momento".

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Questionado se o Brasil também poderia enviar tropas para eventual combate, o presidente respondeu: "Não, que tropas? Não vou discutir esse assunto contigo. Se tiver terrorista no Brasil, vai ser entregue. Não interessa a nacionalidade".

O presidente também afirmou que houve uma reunião em São Paulo, no domingo, de apoiadores do Irã no conflito contra os EUA. Bolsonaro não deu detalhes da suposta reunião. "Não vou falar nada. Tenho informações mas não vou falar. Está em análise. As informações têm de ser processadas, ou melhor, os informes", disse.

Bolsonaro disse que o Brasil já tem colaborado com a extradição de terroristas. Ele citou o caso de Cesare Battisti. Também disse deixaram o Brasil antes de sua posse supostos terroristas que estavam infiltrados entre médicos cubanos, do programa Mais Médicos.

"Assim como os cubanos, médicos, entre aspas, saíram antes de eu assumir. Sabiam que eu ia entregar os caras. Um montão de terrorista no meio deles. Fazendo aparelhos aqui no lugares mais pobres do Brasil. Essa 'esquerdalha' começa nos lugares mais pobres. São pessoas desinformadas. Usam da boa fé deles para vender a sua política", disse o presidente.

A promotoria antiterrorista da França assumiu, neste sábado (4), a investigação do ataque a faca cometido por um jovem convertido ao islã em uma localidade ao sul de Paris nesta sexta-feira, e que resultou na morte de um pedestre.

O agressor agiu em um parque da localidade de Villejuif, aos gritos de "Alá Akbar", contou em entrevista coletiva a promotora francesa que havia assumido o caso inicialmente, Laure Beccuau.

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Nathan C., 22, vestido com uma túnica preta, protagonizou um ataque de "extrema violência e determinação", descreveu a promotora. O jovem "não parou de gritar 'Alá Akbar'" e ignorou a ordem de largar a faca dada pelos policiais antes de atirarem.

O agressor tinha problemas psiquiátricos desde a infância e havia sido internado em várias ocasiões. Sua última passagem por um hospital psiquiátrico foi em maio passado. Ele se converteu ao islã em maio ou junho de 2017, segundo a promotora.

"Embora os problemas psiquiátricos do autor dos fatos tenham sido demonstrados, as investigações das últimas horas permitiram estabelecer uma radicalização clara, bem como uma preparação organizada do ato", assinala um comunicado da promotoria antiterrorista.

Em uma bolsa encontrada no local dos fatos, estavam obras salafistas, bem como "uma carta-testamento com frases repetitivas características de um muçulmano que se autoflagela e pode estar prestes a cometer um ato violento", descreveu na entrevista coletiva Philippe Bugeaud, vice-diretor da polícia judiciária de Paris.

Segundo depoimentos colhidos pelos investigadores, Nathan C. não apunhalou uma primeira pessoa em seu caminho, já que esta lhe havia dito que era muçulmana e recitado "uma reza em árabe", indicou Laure Beccuau.

O jovem prosseguiu e atacou um casal, primeiramente o homem, atingido fatalmente no coração, e depois a mulher, que sofreu um corte grave na altura do pescoço. Em seguida, o agressor esfaqueou nas costas uma jovem que praticava corrida. As duas mulheres feridas já receberam alta.

A França vive sob ameaça terrorista constante. Neste mês, é lembrado o quinto aniversário dos atentados jihadistas contra a publicação satírica "Charlie Hebdo" e uma loja kosher da rede Hyper Cacher, ocorridos em 7 e 9 de janeiro de 2015.

Depois do ataque dos Estados Unidos contra o Irã, matando o general Qasem Soleimani e o líder paramilitar iraquiano Abu Mehdi al-Muhandis, Ciro Gomes (PDT) postou um vídeo em sua conta no Twitter afirmando que esse ataque pode desencadear uma terceira guerra mundial ou, no mínimo, "uma escalada de violência contra inocentes, inclusive de norte-americanos". 

O ex-governador do Ceará revela o seguinte: "O assassinato de uma autoridade política de uma nação soberana, em pleno território estrangeiro, deve ser objeto da mais clara e direta censura por parte da comunidade internacional. O motivo alegado de prevenir ações futuras viola qualquer regra do direito penal internacional", pontua.

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O deputado Paulo Pimenta (PT) também segue a mesma linha de raciocínio de Ciro Gomes. Para Pimenta, o mundo precisa de paz para que a economia seja recuperada. "Se qualquer chefe de Estado no mundo fizesse o que Donald Trump fez ontem, seria considerado um criminoso apto a ser julgado nos tribunais internacionais", endossa o petista.

A deputada Carla Zambelli (PSL) vai de encontro ao que foi dito por Ciro e por Paulo. Para ela, Suleimani "era um dos principais inimigos de Israel e liderava diversas forças iranianas na Síria que tentaram atacar Israel nos últimos anos". Zambelli ainda diz em seu Twitter que a eliminação do general iraniano "é uma vitória contra o Irã e contra o terrorismo mundial", pontua. 

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O ano de 2020 já está batendo à porta, mas antes da passagem para o novo ciclo de 366 dias - já que será um ano bissexto - o LeiaJá reuniu os principais fatos de 2019 em uma retrospectiva. 

Os destaques no mundo e no Brasil em diversas áreas, como economia, política, educação, saúde, carreiras, entretenimento e esportes podem ser conferidos na playlist abaixo:

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A Comunidade Econômica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) adotou, neste sábado (21), seu "plano de ação" de US$ 1 bilhão para lutar contra o terrorismo na região, durante uma cúpula extraordinária de chefes de Estado na Nigéria.

"A conferência adota o plano de ação 2020-2024 destinado a erradicar o terrorismo na região, assim como seu calendário de execução e seu orçamento", anunciou o presidente da Comissão da CEDEAO, Jean-Claude Kassi Brou, no encerramento da cúpula.

"Este orçamento será financiado por recursos internos de até US$ 1 bilhão", afirmou Brou, acrescentando que o orçamento total chega a US$ 2,3 bilhões.

Nesse sentido, pediu solidariedade aos "sócios internacionais" para financiar o restante.

Ainda há muitas interrogações sobre a origem deste financiamento interno. Por enquanto, este mês, a União Econômica e Monetária da África Ocidental - que inclui oito países francófonos da região - se comprometeu a repassar a metade, ou seja, US$ 500 milhões.

As economias da CEDEAO são marcadas pelas grandes disparidades entre alguns países do Sahel, muito pobres, e os pesos pesados continentais, como a Nigéria.

O gabinete da promotoria antiterrorista francesa assumiu nesta sexta-feira a investigação do ataque a faca realizado por um funcionário público na sede da polícia de Paris, causando a morte de cinco pessoas, incluindo a do autor.

A investigação agora se baseia em "homicídios e tentativas de homicídio de um representante da autoridade pública, com objetivo terrorista", bem como em "associação de criminosos terroristas", informaram a promotoria antiterrorista e a promotoria de Paris.

Quatro policiais foram mortos esfaqueados na quinta-feira dentro da sede da polícia de Paris, e o agressor foi abatido por agentes das forças da ordem.

O autor do ataque era um homem de 45 anos, trabalhava na Direção de Inteligência da sede da polícia há cerca de 20 anos e sofria de surdez.

Nascido nas Índias francesas, o agressor teria se convertido ao Islã há 18 meses, disse à AFP uma fonte próxima ao caso.

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