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Após ter sido sequestrada na manhã desta última segunda-feira (22), a vereadora Lari Bortolote Marcon (Republicanos), primeira mulher trans eleita na cidade de Rio Novo do Sul, no Espírito Santo, disse em suas redes sociais que está "em choque" com a situação.

A vereadora foi resgatada horas depois do sequestro e dois suspeitos foram presos. "Bom dia! Com toda a benção de Deus e todas as orações de amigos e familiares estou bem! Fui resgatada! Estou em choque ainda com toda situação! Mas quero agradecer a todos que estiveram torcendo por mim. E ao lado de minha família!!", escreveu a parlamentar em sua conta no Instagram na manhã desta terça-feira (23). 

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O coronel Marcio Celante, secretário da Segurança Pública do Espírito Santo, afirmou que desde a manhã de ontem, a pasta acompanhava, juntamente com a Polícia Civil, o sequestro da vereadora. O cativeiro onde Lari estava sendo mantida fica na região de Ubu, em Anchieta, que fica a cerca de 35 km da cidade onde a parlamentar vive. 

"Duas pessoas foram presas e a vereadora foi libertada em segurança", comenta o secretário. Ele assegura que o governador Renato Casagrande havia pedido prioridade total para que a vítima fosse resgatada. 

"Agradeço aos policiais da Superintendência Sul e a Delegacia Antissequestro por todo o empenho e dedicação na resolução do caso, em menos de 15h! Vamos em frente", pontua Celante. Mais detalhes sobre o ocorrido devem ser passados pela Secretaria de Segurança Pública ainda nesta terça (23), mas o horário ainda não foi divulgado.

A vereadora Michele Collins (PP) fez uma série de publicações nos stories do Instagram nesta quinta-feira (4), em denúncia a situação que as mulheres grávidas e parturientes que estão internadas no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam). Ela informou que fará prontidão no local até que as mulheres tenham o atendimento adequado. 

Em recente atualização, Michele disse que os seguranças do hospital receberam ordem para proibir a entrada dela no local. 

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Em live feita nesta tarde em frente ao Cisam, Collins disse que as mulheres estão “jogadas no chão”. “É muita exposição. Todo mundo passando e vendo as mulheres jogadas no chão. Nem a maca que elas estão deitadas está podendo ficar lá. O banheiro é podre, imundo. Falta assistência para elas. Onde eu fiquei até agora, não vi assistência adequada. Tem grávida que está em pé porque não tinha cadeira e desde o horário que cheguei aqui, só vi uma senhora que deu remédio a duas grávidas”, relatou. A reportagem do LeiaJá entrou em contato com a Secretaria de Saúde de Pernambuco e aguarda retorno. 

“Elas estão esperando a vaga da maca. Olha que tristeza para uma mulher, uma mãe, no momento de maior fragilidade, de dar a luz ao seu filho, gerar vida, estarem jogadas no chão, na sujeira. O Cisam é um hospital de referência, mas cadê a referência? Referência de quê?”, questionou Michele, ao convidar a população para se juntar a ela. 

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Ainda de madrugada, por volta das 2h da manhã, de acordo com a vereadora, ela postou um vídeo afirmando que estava indo ao Cisam para checar a situação. Chegando lá, ela teve a entrada negada por um segurança. “Não tem assistente social para dar informação e nem outra pessoa”, disse a parlamentar, que retornou no período da tarde. 

Apesar das críticas ao sistema da maternidade, ela reconheceu o profissionalismo e qualidade dos médicos do local. “Não tenho o que dizer dos profissionais, mas o atendimento deixa a desejar. Aquelas mulheres estão sem nenhum tipo de suporte. Eu estou lá desde meio dia e não vi, até agora, ninguém aferindo a pressão daquelas mulheres. Elas estão sendo tratadas como lixo”. 

“Estou aqui indignada, me sentindo impotente. Sabe quando você vê que eu estou aqui o dia inteiro e não mudou nada? Não resolveu nada? Isso é horrível. Eu queria o pronunciamento de alguém [do governador, secretário de Saúde]. Conversei com a diretora agora e ela disse que não tem perspectiva de nada, não, infelizmente. É uma tristeza, uma vergonha para Pernambuco”, expôs Michele Collins. 

A vereadora Marielle Franco (PSOL), que foi assassinada no dia 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro, completaria 43 anos nesta quarta-feira (27), 1.596 dias após ter sido executada junto ao seu motorista, Anderson Gomes. Desde então, a frase “Quem matou, quem mandou matar Marielle, e por quê?”, perpassam, sem respostas, a vida de quem a amava e admirava. 

Em homenagem à vereadora, uma estátua foi inaugurada nesta quarta-feira (27), no Buraco Lume, Centro do Rio de Janeiro, por iniciativa do Instituto Marielle Franco, criado pela família dela com o objetivo de defender a sua memória, compartilhar o legado e lutar por justiça. O ponto escolhido para receber o monumento teve uma motivação: todas as sextas-feiras, Marielle prestava contas do mandato lá. 

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Era ano de eleição muito polarizada quando Marielle e sua equipe saía, por volta das 12h, do evento “Jovens Negras Movendo as Estruturas”, na Rua dos Inválidos, na Lapa, no dia 14 de março de 2018. O carro da parlamentar, dirigido por Anderson Gomes, foi emparelhado por um outro carro, que disparou vários tiros contra a equipe; quatro atingiram a cabeça de Marielle e outros três, as costas do motorista, que morreram.  

O caso Marielle é investigado desde 2018 e uma das principais suspeitas é de que tenha ligação com a família Bolsonaro, sobretudo pela aproximação da família com sargento reformado da Polícia Militar Ronnie Lessa, acusado pelo assassinato da ex-vereadora e ex-vizinho de Bolsonaro, e outros suspeitos. O filho mais novo do presidente, Renan Bolsonaro, chegou a namorar com a filha de Ronnie. 

A investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) aponta que um veículo dirigido pelo ex-policial militar, Élcio Queiroz, emparelhou com o carro da parlamentar e, de dentro do veículo, Lessa teria disparado pelo menos 13 tiros contra o grupo. Ambos [Élcio e Lessa] estão presos preventivamente em um presídio federal em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. A dupla teve o pedido da defesa para cassar a decisão que o mandou a júri popular negado pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber. Sendo assim, o júri “prossegue para marcação do plenário e julgamento da causa pelo Tribunal Júri”. 

No carro, junto a Marielle e Anderson, também estava a chefe de gabinete do mandato, Fernanda Gonçalves, que foi atingida apenas por estilhaços. 

Em nota exposta pela CNN nesta quarta, a Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que as investigações sobre o assassinato seguem na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), em conjunto com a Força-Tarefa do Ministério Público, e estão sob sigilo. O documento diz que várias diligências já foram realizadas neste ano, e que a equipe também se reuniu com os familiares de Marielle. Segundo a nota do MPRJ, o órgão não divulga detalhes sobre investigações sigilosas e ainda em curso. 

Durante o seu primeiro ano, o caso foi investigado pelo delegado Giniton Lages, que deixou a investigação, em março de 2019. O caso foi deixado por Giniton logo após as prisões de Lessa e Queiroz, acusados de serem os assassinos. Lages agora é diretor do Departamento-Geral de Polícia da Baixada Fluminense. Até junho deste ano, quatro delegados já trabalharam na elucidação do crime. 

Ao Estadão, o delegado chegou a expor que o caso está próximo de ser encerrado. “Conheço apenas um fragmento dessa história, o primeiro ano. Mas muita coisa foi feita depois”, disse. Ele contou que o crime foi muito bem pensado no pré e no pós e, por isso, houve dificuldade em encontrar rastros e provas. “A investigação trabalha com vestígios encontrados na cena do crime: imagens, testemunhas, papiloscopia. Mas não tínhamos nada disso. Não havia imagens da execução porque a câmera daquele trecho estava inoperante. Mesmo que houvesse, a imagem não revelaria nada”, expôs. 

“Nós não temos dúvida da participação do Ronnie Lessa e do Élcio Queiroz”, cravou o delegado, que acredita que os criminosos tinham um informante. 

A vereadora do Recife Dani Portela (PSOL), pré-candidata a deputada estadual, considerou “indignante” a pena recebida pelo jogador Jean Carlos, do Náutico, no caso que apura uma investida do atleta contra a árbitra Deborah Cecília. O alvirrubro foi denunciado por tentativa de agressão, após partir para cima de Cecília ao ser expulso da partida final do Campeonato Pernambucano por ter agredido um outro jogador, Yuri Bigode, do Retrô.

“Jean Carlos partiu para cima de uma árbitra e teve que ser contido por colegas. Uma atitude extremamente machista, intimidadora e que fere o direito das mulheres. Força para Deborah Cecília! Força para todas nós mulheres que lutamos, todos os dias, pelo direito de ser e existir”, escreveu a parlamentar após classificar a punição do jogador como 'indignante'. 

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Na última segunda-feira (16), o Tribunal de Justiça Desportiva de Pernambuco (TJD-PE) decidiu que o meia Jean Carlos vai ficar de fora das próximas dez partidas organizadas pela federação estadual. Pela cotovelada no jogador do Retrô, Jean recebeu a pena mínima prevista no artigo 254-A e pegou quatro jogos de suspensão. O gancho se estendeu por mais seis partidas, baseado no artigo 258, que trata de desrespeito à arbitragem. 

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Após a publicação, que viralizou entre os fãs de futebol, Dani Portela foi alvo de críticas dos torcedores, que consideraram o posicionamento parte da narrativa “exagerada” acerca do ocorrido entre Jean Carlos e Deborah. Dani voltou às redes sociais com um vídeo, apresentando sua posição, dizendo que desde criança é "torcedora de carteirinha" do Náutico. 

O deputado bolsonarista Rodrigo Amorim (PTB-RJ) é acusado de transfobia pela vereadora trans Benny Briolly (Psol-RJ), após direcionar ofensas à parlamentar, durante discurso no plenário da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), nessa terça-feira (17). A agressão verbal ocorreu após a fala de uma deputada colega de Briolly, Renata Souza (Psol-RJ), que segundo o deputado, havia cometido quebra de decoro ao chamar bolsonaristas de “bois”. 

Para revidar, o conservador interrompeu a opositora e disse que, além de não poder falar que bolsonaristas “urram ou mugem”, a deputada “não olhava para a própria bancada”, insinuando que os animais estariam entre os aliados da psolista. Em seguida, utilizou Benny Briolly como exemplo e passou a direcionar as ofensas.  

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"Hoje, na Câmara Municipal, o vereador que parece um porco humano estava lá chorando e dizendo que eu era gordofóbico, mas ela pode se referir aos outros como boi? Talvez não enxergue a sua própria bancada, que tem lá em Niterói um ‘belzebu’, que é uma aberração da natureza, aquele ser que está ali", disse o deputado. 

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Em outro momento, Rodrigo se referiu à vereadora com pronomes masculinos, e disse que ela é um "vereador homem" por ter nascido "com pênis". 

"Ela faz referência a um vereador homem, pois nasceu com pênis e testículos, portanto é homem (...) temos uma aberração do alfabeto inteiro designando o que eles chamam de gêneros, gêneros aleatórios, quando na verdade eu insisto na minha tese de que sou do tempo em que existiam homens, mulheres, 'bichas' e 'sapatões'. Nada mais além disso", declarou Rodrigo Amorim. 

Não é a primeira vez que Rodrigo Amorim tem posicionamentos transfóbicos e desrespeita Benny Briolly. Nas redes sociais, sempre que discorda de alguma ação ou proposta da parlamentar, Amorim se refere à carioca no masculino. Briolly afirma já ter buscado apoio jurídico para responder às provocações na justiça. 

- - > Vereadora trans recebe dupla ameaça de morte em uma semana 

Segundo a vereadora, ela já foi ameaçada de morte mais de 20 vezes. Recentemente, foi alvo de ataques durante uma votação na Câmara Municipal de Niterói, enquanto apresentava o projeto de lei 09/2022, que institui 12 de novembro como o Dia de Maria Mulambo, entidade cultuada por religiosos de matriz africana. Na ocasião, pessoas contrárias ao projeto de lei gritaram frases como "Sai fora, macumbeiro" e "Protetor é Jesus Cristo". 

 

A decisão da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS) em responsabilizar o soldado Lucas França por ter disparado spray de pimenta no rosto de Liana Cirne (PT) foi condenada pela vereadora. A agressão ocorreu no dia 29 de maio de 2021, entre os atos truculentos da Polícia Militar para reprimir um ato pacífico contra o presidente Jair Bolsonaro, no Centro do Recife.

A portaria emitida nessa quarta-feira (11) fixou a punição de 21 dias de detenção ao soldado da Radiopatrulha. A atuação da Polícia na manifestação foi criticada por excessos, que ficaram acentuados pelas balas de borracha que atingiram o rosto de dois homens. Eles sequer participavam da manifestação e ambos perderam a visão de um olho. Após o evento, o ex-comandante da PM, coronel Vanildo Maranhão, e o ex-secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua, deixaram os cargos.
 

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SDS desonrou os preceitos da Polícia, considera a vereadora

Quase um ano após o caso repercutir nacionalmente com a imagem da vereadora caída na Ponte Princesa Isabel, Liana apontou vícios no processo e reforçou que já havia dito à investigação que o policial punido não é o verdadeiro agressor. "Essa decisão é uma desonra para todos os que seguem à risca a lei e a disciplina militar", resumiu.

"Desde que prestei depoimento à Corregedoria, afirmei que não reconheço o policial apontado como o responsável por disparar spray de pimenta. No entanto, tal fato foi ignorado, e o soldado que assumiu a culpa foi o "punido". Nunca fui sequer informada dos passos do procedimento. Agora e por ocasião da reconstituição da agressão, só tomei conhecimento dos fatos pela imprensa", afirmou a vereadora, que externou 'profunda indignação' com o resultado da apuração, considerado por ela como 'uma premiação ao abuso sofrido'.

Ela cobrou uma investigação autônoma da Polícia Civil e do Ministério Público para que o culpado seja, de fato, identificado e exonerado do cargo. "Espero firmemente que tal decisão seja revogada por parte do senhor Secretário de Defesa Social, a fim de que o correto autor do ato ilícito praticado contra mim seja exonerado e expelido da Polícia Militar", destacou em nota.   

Ataque foi classificado como infração média

Em seu boletim interno, a SDS classificou o ataque como "infração de natureza média" e verificou que "o grau de reprovabilidade da conduta do aconselhado, não teve força, nem repercussão suficiente para violar os preceitos da ética e os valores militares a ponto de justificar a sua exclusão a bem da disciplina”.

Outros policiais absolvidos

A pasta ainda absolveu dois oficiais denunciados por manifestantes. O 2º sargento Ronaldo Santos de Lima havia sido apontado por omissão de socorro a um dos feridos no ato.

"Durante a instrução processual, a vítima, acompanhada do seu advogado, afirmou que os policiais de fato não puderam lhe ajudar", explanou o documento, que acrescentou que o policial "estava realizando a condução de um suspeito para a Central de Plantões da Capital". 

O cabo Washington Barbosa Maciel havia sido apontado como suspeito de ter disparado gás de pimenta no rosto de uma mulher na Avenida Conde da Boa Vista. A acusação apresentou o vídeo de um policial cometendo o ato, mas, de acordo com a SDS, "não foi verificado provas cabais que levassem a identificar o autor do concernente disparo de espargidor de pimenta", e o militar foi absolvido por insuficiência de provas que confirmassem a autoria.

A vereadora Michele Collins (PP) foi hostilizada pelos moradores da comunidade que foi incendiada nesta sexta-feira (6), a Palafita do Pina, na Zona Sul do Recife. 

De acordo com moradores, a parlamentar chegou na comunidade querendo “fazer política”. Em discussão com Collins, eles relataram que ela estava “fazendo live ao invés de tentar ajudar”. “Se quiser ajudar, saia daqui. Pode ir embora”, disse uma moradora.

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Michele Collins, por sua vez, ao se defender, disse que estava no local para ajudar, mas foi hostilizada. 

Em meio a onda de protestos pela morte de Heloísa Gabrielle, a criança de seis anos que foi atingida com um tiro de fuzil durante uma operação policial em Porto de Galinhas, na Região Metropolitana do Recife (RMR), a vereadora do Recife, Dani Portela (PSOL), denunciou que a Polícia tem ameaçado moradores das comunidades do município. A parlamentar apontou que a tensão entre a população e as autoridades de segurança representa um estado de sítio.

Estado de sítio é uma medida que abre precedentes para que as liberdades individuais sejam temporariamente cerceadas. Nem o Governo do Estado nem a gestão local instituiram o instrumento.

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A vereadora afirmou que os protestos dessa quinta (31) foram submetidos a mais de 12h de tiros da Polícia, e que viaturas e helicópteros sobrevoaram as comunidades do município para impedir a comunicação e divulgação das violências cometidas através do corte de sinal telefônico e de internet.

"Sob a falsa justificativa de combate à violência de gangues e ao tráfico de drogas, a Polícia tem sido autorizada a cometer todo tipo de barbaridades", denunciou em seu perfil nas redes sociais.

Reforço da segurança 

Ela criticou o envio de mais 250 policiais para a localidade pelo Governo do estado na noite de ontem e pediu que as forças de segurança sejam retiradas da localidade.

"Os moradores CLAMAM por justiça, pela retirada do policiamento ostensivo de Porto de Galinhas e a devida investigação pelos abusos de poder, ameaças, e assassinato das crianças e jovens da comunidade", cobrou.

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Há uma semana, em seu discurso na Câmara Municipal do Recife, a vereadora Andreza Romero alegou sofrer retaliações no Partido Progressistas e citou estar sendo “perseguida” pelo presidente estadual do PP, Eduardo da Fonte. Nesta segunda-feira (28), a vereadora usou a tribuna da Reunião Ordinária para dizer que estava arrependida de suas declarações e se desculpar por ter ofendido o deputado federal Eduardo da Fonte.

“Para nós, parlamentares, o uso da palavra é um direito que não pode ser negociado, mas admito, diante dos pares e diante de todos os recifenses, que ultrapassei os limites da crítica. Palavras são capazes de causar grandes ferimentos, e também remediá-los. Em nome da busca pelo restabelecimento do respeito, venho a esta tribuna para expressar o meu arrependimento. Subi aqui e chamei o deputado federal Eduardo da Fonte de machista e ditador, mas com certeza, eu errei. Minha pouca experiência política me fez precipitar o meu julgamento como democrata”, explicou a vereadora.

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Andreza Romero encerrou o seu discurso agradecendo ao PP pela compreensão e pedindo para encerrar este episódio pacificamente. “A hombridade que o deputado federal Eduardo da Fonte respondeu às críticas feitas por mim me fizeram recuar e reconhecer o meu excesso. Agradeço ao PP, ao presidente e vice-presidente estaduais do partido, Eduardo e Luis Eduardo da Fonte. Quero encerrar este episódio em paz com Eduardo da Fonte e com o Partido Progressistas".

O vereador Chico Kiko, líder do PP na Câmara dos Vereadores, parabenizou a humildade de Andreza ao reconhecer suas acusações sobre Eduardo da Fonte. “Gostaria de parabenizar a vereadora Andreza Romero que hoje teve a humildade e simplicidade de reconhecer que na semana passada, acredito que por motivos emocionais, declarou ser desrespeitada dentro do Partido Progressistas. A verdade foi esclarecida. Eduardo da Fonte sempre conduziu o nosso partido de uma forma transparente e acolhedora com todos os candidatos. Eu posso falar isso com toda certeza, pois estou no partido há 18 anos” declarou Chico Kiko em resposta à vereadora Andreza Romero, nesta segunda, na Câmara Municipal do Recife.

O projeto de lei de autoria da vereadora Liana Cirne (PT), de número 8/2022 que institui o Orixá Xangô como guardião do Recife estava para entrar na pauta da sessão plenária desta segunda-feira (14), mas foi retirado pela autora. No entanto, desde o domingo (13), alguns vereadores da oposição protestaram contra a proposição nas suas redes sociais exaltando a laicidade do estado e, em seguida, exaltando Deus e Jesus. 

A autora do projeto afirmou, na justificativa da matéria, que Recife tem como uma das marcar a diversidade do povo e multiplicidade de manifestações culturais que, em sua maioria, são “trazidas pelos diferentes povos ancestrais da diáspora negra, assim entendidas as pessoas autodeclaradas pretas e pardas, num total de 68% da população recifense”. 

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Cirne destacou o culto ao Orixá Xangô, trazido para o Recife por Ifatinuké africana proveniente da Nigéria, e também falou sobre a isonomia de tratamento inter-religioso na capital. “mesma maneira que a cidade tem uma padroeira católica que celebramos respeitosamente, assim também os adeptos e cultuadores do candomblé, espiritualidade africana em Recife, lutam para que a representação do Orixá Xangô seja reconhecida e se transforme oficialmente como Guardião da Cidade do Recife. Xangô Orixá da justiça, da alegria e da fartura, Rei de Oyó, guarda essa cidade e seu povo possibilitando que a justiça prevaleça, a alegria cultural recifense se preserve e a fartura venha pelas mãos do trabalho livre de cada um de seus habitantes”, atenuou.

Bancada evangélica contra o projeto 

O vereador Fred Ferreira (PSC) publicou um vídeo afirmando ter sido surpreendido com o projeto. “Nesta última sexta-feira fui surpreendido aqui na Câmara dos Vereadores com um projeto de lei de uma vereadora do PT, que quer instituir o Orixá Xangô como guardião da nossa cidade. Vamos ver o que a Constituição diz, ela assegura que o estado é laico e prevê liberdade de crenças religiosas para qualquer cidadão, mas isso não assegura alguém querer decretar que o Orixá seja guardião da nossa cidade. Você concorda?”, questionou. 



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Em seguida, o parlamentar lembrou que o ex-presidente Lula recebeu, anos atrás, o mesmo Orixá de um pai de santo. “Você já se perguntou por que ela escolheu esse Orixá? Não sei se você lembra, mas alguns anos atrás o ex-presidente Lula ganhou de um pai de santo a imagem do mesmo Orixá, e agora querem colocar o mesmo guardião da nossa cidade. É muita coincidência. Lutarei contra esse projeto, vamos trabalhar e orar para que ele não seja aprovado. A minha convicção é que Recife é de Jesus”, afirmou. 

Por sua vez, o vereador Renato Antunes (PSC) também repudiou a matéria nas suas redes sociais. “Como vereador e representante do segmento cristão evangélico, entendo que toda fé deve ser respeitada, e combatemos todo tipo de intolerância religiosa. Estranhamente esse projeto foi pautado pelo partido dos trabalhadores, o PT, mesmo partido que diz que o estado deve ser laico. Cadê a laicidade do estado? Qual é a finalidade jurídica, econômica, cultural e social para que Xangô seja guardião da cidade do Recife? Como relator da matéria, votarei não, mas quero debater aspectos jurídicos culturais e sociais, entendendo que fé não se discute, mas também que fé não se impõe. Que Deus nos abençoe”. 

Também do partido social cristão, o vereador Felipe Alecrim se colocou como representante da população cristã católica e criticou o projeto. “Todos sabemos através de pesquisas que 80% da população recifense se declara cristã. Isso é importante para mim e para o nosso mandato saber a sua opinião sobre essa proposição”. 

Já o vereador Júnior Tércio (Podemos), apareceu nas suas redes comemorando a retirada do projeto de pauta. “A vitória é do povo de Deus. O projeto foi retirado de pauta e a autora é do PT, o partido das trevas. E ainda tem cristão que vota no partido depois dessa?”, disparou.

A vereadora Iasmin Roloff (PT), única mulher eleita em Canguçu, no Rio Grande do Sul, foi eleita 2ª vice-presidente da Câmara de Vereadores, contra a sua vontade, após três de seus colegas justificarem o seu voto em Iasmin dizendo que ela iria "embelezar a mesa".

As declarações, consideradas desrespeitosas pela vereadora, aconteceram no dia 22 de dezembro, na última sessão do ano que elegeu a mesa diretiva de 2022. 

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Iasmin confirmou ao LeiaJá que havia colocado o seu nome para disputar a presidência da casa, mas não recebeu votos suficientes. Contra a vontade da parlamentar, a base do governo colocou o seu nome para disputar a 2ª vice-presidência, ela recebeu oito votos e conseguiu ser eleita.

Na hora da votação, três dos vereadores justificaram que votariam na petista "para embelezar a mesa". 

"Ouvindo isso, por pelo menos três vezes consecutivas, eu fiquei muito mal, constrangida e incomodada ao mesmo tempo e rebati. Pedi questão de ordem e pedi: senhores vereadores, quando forem votar em mim, seja pela minha capacidade intelectual e não pela minha beleza", revela Iasmin. 

Ela salienta que no momento que recebe um voto pela aparência, isso torna "invisível toda a trajetória da pessoa, capacidade de construção, de inteligência e de trabalho".

"A política é um espaço muito masculinizado e a gente enfrenta esses desafios sempre, nós mulheres, só que chega um momento que a gente precisa falar e se posicionar porque não é normal isso acontecer. Estamos no século 21 e esse tipo de postura não é mais aceitável", assevera.

A vereadora afirma que até o momento nenhum dos vereadores que fizeram tal declaração a procuraram para pedir desculpas. Agora, ela vai esperar o fim do recesso para se reunir com o PT para estudarem os próximos passos, políticos e burocráticos, para decidirem se irão ocupar a 2ª vice-presidência, já que ela foi eleita sem ter colocado o seu nome na disputa.

Iasmin Roloff aproveitou para agradecer o carinho que tem recebido de mulheres e homens de todo o país. "Saio desta situação mais fortalecida para continuar o meu trabalho, com dedicação e seriedade. Não é nada fácil estar em ambientes masculinizados. Porém, a gente vai aprendendo a lidar, a impor limites e exigir o mínimo que é o respeito", pontua.

Só nesta semana, a vereadora Benny Briolly (PSOL) foi ameaçada de morte duas vezes na internet. A representante da Câmara de Niterói recebeu a mesma mensagem de usuários diferentes no domingo (19) e nessa quarta-feira (22). O texto afirmava que ela teria uma arma ‘descarregada’ na cara.

Mulher trans, em seu primeiro mandato aos 29 anos, Briolly defende pautas da comunidade LGBTQIA+, de pessoas negras e em vulnerabilidade social. Ela já havia deixado o país e abandonado as atividades presenciais no início do ano, quando recebeu intimidações com seu antigo endereço.

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Nos e-mails, os dois suspeitos usaram a mesma mensagem: "Já estou contando as balas. Meu nome é x e sou um racista assumido, vocês pretos adoram se vitimizar e achar que qualquer coisa é racismo agora? Vamos ver se você vai achar isso quando eu descarregar minha arma na sua cara. Aberração".

Na segunda (20), a vereadora procurou a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) para solicitar proteção policial. Seu pedido de escolta foi negado. 

"Não dá mais para viver às margens das ameaças, sem saber se vou acordar viva, se vou sair daqui viva e se continuarei viva, mas sigo resistindo e entendendo que não serei interrompida", afirmou. 

Em nota, a Polícia Civil informou que instaurou inquérito e investiga as ameaças sob sigilo, com a quebra telemática dos suspeitos. A recusa a solicitação de escolta não foi comentada.

A vereadora paulista Janaína Lima (Novo) foi ouvida nesta quarta-feira, 15, no inquérito sobre a briga com a também vereadora e correligionária Cris Monteiro (Novo) no banheiro da Câmara Municipal de São Paulo no mês passado. Em depoimento no 1.º Distrito Policial, na região central da capital paulista, ela narrou ao delegado Fábio Daré sua versão sobre o entrevero com a colega de partido e entregou um parecer técnico de 41 páginas para corroborar o relato.

Janaína voltou a afirmar que foi imobilizada por Cris Monteiro no banheiro e acusou a colega de bater duas vezes sua cabeça contra a parede. Também afirmou que sofre de epilepsia e as agressões desencadearam uma crise durante a briga. "Sua mandíbula acabou travando, seu corpo passou a ter formigamento, sentiu falta de ar", diz o termo de depoimento.

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Na versão da vereadora, ela apenas tentou "repelir" as agressões e se "desvencilhar" da colega. O depoimento diz ainda que Cris Monteiro escorregou e caiu no chão pouco antes da entrada de outras pessoas no banheiro.

O delegado questionou Janaína sobre a suposta declaração dada por ela ao sair do banheiro, de que teria "quebrado a cara" da colega. Ela disse que "acha difícil" ter dito isso, "mesmo estando sob forte emoção".

Além do depoimento, os advogados Antonio Claudio Mariz de Oliveira e Fábio Castello Branco Mariz de Oliveira entregaram o laudo técnico que reconstitui o episódio e coloca sob suspeita as lesões no pescoço de Cris Monteiro.

"Não se pode descartar que a lesão tenha sido provocada por terceiros, a pedido da pessoa que aparece na fotografia (simulação de lesão), se foi provocado por ela mesma (autolesão), ou se, quando, por contato físico entre ela e a Vereadora Janaina, pode ter havido lesão contusa, mesmo sem haver dolo de Janaina", diz um trecho do documento.

Para impedir a realização do Carnaval do Recife no início de 2022, nessa terça-feira (16), a vereadora Michele Collins (PP) protocolou um requerimento na Câmara Municipal em que alerta para os riscos de um nova disparada de casos da Covid-19. 

"É muito cedo para pensar em aglomerar", certificou a parlamentar na sessão remota da Câmara. A intenção é suspender a comemoração, pelo menos, até março.

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Ela reforçou o gasto de recursos com a Saúde ao longo da crise sanitária e alegou que a realização do maior bloco carnavalesco do mundo, o Galo da Madrugada, ainda é inviável.

"Quando a gente pensa em dois milhões de pessoas na rua, quando a gente pensa em uma reunião de 200 mil pessoas na rua, se fosse só 10% das pessoas que frequentam o Galo da Madrugada, já seria muito", avaliou.

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Novo auxílio aos autônomos

Sensível à vulnerabilidade econômica dos autônomos que se sustentam durante os eventos do circuito carvalesco, Michele sugeriu que o debate sobre um auxílio comece a ser discutido. "Foi dado um auxílio no ano passado. Eu creio que já é tempo de pensar novamente em melhorar a condição dessas pessoas que dependem disso", sugeriu.

Decisão do povo

A missionária quer que a própria população participe da decisão através de uma votação aberta e pediu que o prefeito João Campos (PSB) viabilize a concorrência para saber se a maioria apoia ou discorda da realização do Carnaval nos primeiros meses do próximo ano.

Presa dias após perder nas eleições municipais de Santa Quitéria, no Interior do Ceará, a ex-candidata a vereadora "DJ Débora" vai ser julgada por tráfico de drogas e associação criminosa. Com informações de dois suspeitos, a Polícia foi à casa da concorrente, onde encontrou maconha e cocaína.

Débora Costa Bezerra, de 22 anos, disputou as eleições de 2020 pelo PSB e recebeu apenas 5 votos, sendo a terceira candidata menos votada do município. Ela foi autuada após a Polícia apreender uma dupla de moto em novembro do ano passado.

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A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que Michel Franklin Gomes Higino foi autuado com uma pistola municiada e uma pequena quantidade de cocaína, na companhia de Luciano Lúcio Costa, que possui antecedentes criminais por violação de domicílio e roubo.

Eles relataram aos policiais que voltavam da residência de Débora, onde as diligências seguiram e foram encontrados 745 gramas de maconha, 65 gramas de cocaína, 150 gramas de um pó branco, dois celulares, um notebook e uma quantia em dinheiro.

Na época, DJ Débora concorria ao cargo e estaria planejando atentados na noite das prisões, conforme o Diário do Nordeste. "Dentre os quais seriam homicídios contra um indivíduo de nome Zé Mendonça, bem como contra o atual prefeito da cidade e candidato à reeleição", descreveu a SSPDS.

O julgamento estava previsto para o dia 5 de outubro deste ano, mas foi adiado para 24 de março 2022.

 

Em proposta de delação premiada, Júlia Mello Lotufo, viúva do miliciano Adriano da Nóbrega, morto em fevereiro de 2020, apontou quem mandou matar a vereadora Marielle Franco e o seu motorista Anderson Gomes, em março de 2018. 

Segundo reportagem da revista Veja, Júlia também detalhou aos promotores a participação de Adriano em uma dezena de homicídios encomendados pela contravenção e listou agentes públicos que receberam propina para acobertar crimes. 

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A mulher declara que Adriano não teve participação no assassinato de Marielle. Segundo relatos de Júlia, ao qual a revista teve acesso, integrantes da milícia que atua na comunidade Gardênia Azul procuraram o ex-capitão da polícia para discutir a possibilidade dele preparar um plano para assassinar Marielle.

A 'justificativa' é que a vereadora estaria colocando em risco os negócios da milícia. No entanto, Júlia disse à promotoria que Adriano não concordou com a ideia. Sendo assim, os chefes da Gardênia Azul ordenaram a execução de Marielle. 

A viúva está em regime de prisão domiciliar e é obrigada a usar tornozeleira eletrônica. Ela propôs a colaboração para conseguir revogar as medidas restritivas que foram determinadas pela Justiça.

A revista aponta que o Ministério Público ainda não respondeu se vai aceitar a delação de Julia. Alguns promotores constataram inconsistências e ausência de provas em alguns relatos enviados pela mulher.

Nesta terça (1), o deputado estadual Joel da Harpa (PP) lançou uma nota em que defende a atuação dos policiais militares na repressão a um protesto a favor do impeachment do presidente Jair Bolsonaro, realizado no último domingo (30), no Centro do Recife. A ação, que deixou feridos transeuntes, manifestantes e até a vereadora do Recife Liana Cirne Lins (PT), não foi autorizada pelo governador Paulo Câmara (PSB). 

No texto, Joel da Harpa alega que o policial que disparou o spray de pimenta no rosto da parlamentar estava tentando protegê-la, pois ela poderia se ferir, devido à sua proximidade com a viatura. "Se observarmos os vídeos, o policial, na verdade, salvou a vida dela e evitou uma tragédia pois a mesma estava colada na viatura, a qual estava em movimento", escreveu o deputado, sem apresentar qualquer prova para confirmar sua versão dos fatos.

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Em um vídeo publicado nas redes sociais de Liana Cirne, é possível assistir ao momento em que ela se aproxima da janela da viatura, na tentativa de dialogar com os policiais. Um deles, então, dispara o spray de pimenta diretamente no rosto da vereadora, que cai no chão e é socorrida por assessoras. Depois do incidente, Liana precisou ser socorrida para a UPA de Torrões, na zona oeste da capital pernambucana.

A conduta dos policiais está sendo investigada pela Secretaria de Defesa Social (SDS). "Na tarde de ontem estivemos nas duas unidades operacionais para conversar com a categoria e colocar toda a nossa equipe à disposição. O que ouvimos confirma nossa opinião de que a tropa estava cumprindo sua missão e, mais uma vez, está sendo injustiçada", coloca a nota do parlamentar.

No posicionamento oficial, ainda é dito que os manifestantes “atearam fogo em pneus, jogaram pedras contra os policiais o que resultou na necessidade de uma ação mais dura com o uso de balas de borracha e gás lacrimogêneo contra manifestantes". Não há registros ou imagens que comprovem a afirmação. A ação da polícia também deixou dois homens, que não participavam da manifestação, cegos. Eles foram alvejados no rosto por tiros de balas de borracha.

A vereadora Liana Cirne (PT), se reuniu com o governador Paulo Câmara (PSB) no Palácio do Campo das Princesas, na tarde desta segunda-feira (31), para tratar sobre as agressões sofridas pela parlamentar nas manifestações deste último sábado (29), no Centro do Recife.

Ela entregou uma cópia da representação disciplinar que está abrindo contra todos os policiais envolvidos nas agressões. "Pedi investigação sobre a inteligência, a coordenação e comando da ação policial violenta. Pedi que eu pudesse acompanhar todos os procedimentos instaurados", disse Liana.

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A vereadora aponta que o governador Paulo Câmara ordenou que todos os casos sejam investigados e todos os policiais envolvidos identificados serão afastados das suas funções. Liana Cirne também pretende entrar com uma ação de danos morais coletiva.

"Essa indenização deve reverter para a própria Polícia Militar. Sugeri que o governador invista em um curso preparatório para concursos de policiais, focado na legalidade, no cumprimento da lei e no respeito aos direitos humanos", pontuou.

 

A vereadora do Recife, Liana Cirne (PT), afirmou que vai ao Palácio do Campo das Princesas ainda nesta segunda (31) para denunciar a agressão sofrida na manifestação desse sábado (29) ao governador Paulo Câmara (PSB). Atingida com spray de pimenta por agentes da radiopatrulha enquanto tentava negociar com a Polícia Militar (PM), ela foi deixada desacordada na Ponte Princesa Isabel, área Central da capital.

Na manhã desta segunda (31), em seu discurso virtual na Câmara dos Vereadores, a líder da bancada do PT indicou que a truculência durante o ato pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro foi abuso de autoridade e afirmou que, se necessário, pretende até mesmo dormir em frente à sede do Governo para ser recebida pelo governador.

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"Só sairei de lá quando o governador me receber. Faço questão de acompanhar pessoalmente todos os procedimentos disciplinares contra todos, não só contra os policiais que me agrediram, porque isso não é suficiente, mas contra todos os policiais que descumpriram a lei e contra aquele que planejaram a ação brutal, truculenta, ilícita e violenta que ocorreu no sábado", garantiu.

Orientação bolsonarista

Após a ação ríspida da PM de Pernambuco repercutir nacionalmente, com destaque às duas vítimas que perderam parte da visão após serem baleadas com tiro de borracha nos olhos, o governador anunciou que não deu ordens para tal comportamento. O comunicado do gestor expôs uma suposta falta de comando das autoridades de segurança pública do Estado e a tese de que há um comando paralelo na corporação.

"Se existe um bolsonarismo no seio da Polícia, que ele seja desmontado, porque a Polícia é maior, o Estado de Pernambuco é maior e o povo do Recife também é maior", reprovou.

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 Imagens publicadas no Instagram da vereadora Liana Cirne Lins (PT) no início da tarde deste sábado (29), mostram o momento em que a parlamentar recebe um disparo de spray de pimenta no rosto, ao se aproximar de uma viatura e tentar dialogar com os policiais militares, na Ponte Buarque de Macedo, no Centro do Recife.

A área teve manhã de protestos a favor do impeachment do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido). Os atos eram pacíficos até o momento em que a mobilização chegou à Ponte Duarte Coelho, onde foi recebida pela batalhão de Choque com bombas de efeito moral e balas de borracha.

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Nas imagens é possível ver o momento em que Liana Cirne se aproxima da janela da viatura de número 190112, sendo recebida com disparo de spray diretamente em seu rosto. Em seguida, ela desaba no chão e é socorrida por assessores.

A vereadora passa bem e recebe atendimento médico, segundo informam suas redes sociais oficiais. Mais informações em breve.

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