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Em cenário de recessão e indefinição do ambiente político, a confiança do empresário brasileiro recuou em abril. De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) voltou a cair, interrompendo trajetória de alta dos últimos meses.

O dado, divulgado nesta quinta-feira, 14, ficou em 36,2 pontos, após uma queda de 1,2 ponto. Pela metodologia do levantamento, o índice varia no intervalo de 0 a 100, com valores acima de 50 indicando confiança do empresário. O dado registrado de março para abril está muito abaixo da média histórica, de 54,4 pontos.

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O recuo no ICEI foi observado em empresas de todos os portes, atingindo o mínimo histórico no caso das pequenas empresas. No caso das grandes companhias, a CNI ressalta que a tendência de queda no pessimismo foi interrompida em março, com outra piora do dado em abril.

As expectativas com relação à economia brasileira atingiram 30,6 pontos. Valores abaixo de 50 indicam expectativas pessimistas.

Esta edição do ICEI foi feita com 2.713 empresas entre 1º e 13 de abril. Dessas, 1.042 são pequenas, 1.053 são médias e 618 são de grande porte.

O diretor de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, não tinha dúvidas de que em breve a relação entre zika e microcefalia seria reconhecida. Para ele, o sinal de que a confirmação não tardaria partiu da própria Organização Mundial da Saúde (OMS). Em março, a diretoria do organismo internacional já havia indicado um consenso sobre a associação, que começou a ser feita no Brasil em outubro, depois de identificado o espantoso aumento de nascimento de bebês com a má-formação.

"Faltava a formalização. As recomendações dos EUA, por exemplo, para que gestantes evitassem viajar para locais com transmissão de zika, já demonstravam que o risco era considerado plausível", observou.

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Maierovitch considera que estudos conduzidos no Brasil em parceria com o CDC ajudaram a reforçar a tese. São três: em Pernambuco, na Paraíba e na Bahia.

Resultados preliminares de dois trabalhos já indicavam a forte relação entre zika e a síndrome em bebês. O diretor avalia que o reconhecimento não deve mudar de forma significativa o que já vem sendo feito. "Todas as medidas de prevenção já eram movidas pela crença de que a transmissão do vírus zika tem potencial para provocar a má-formação no bebê."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nunca na história desse país se viu tantas manifestações e debates sobre o futuro político e econômico do Brasil. Se 2015 entrou na história do país pelas manifestações e denúncias corrupção, 2016 já tem um espaço garantido. A cada dia novos escândalos de corrupção são levados à mídia, novos protestos pró e contra o governo acontecem, políticos são presos, prisões preventivas são efetuadas, personagens presos cedem à delação premiada e denunciam outros políticos. Esse é o retrato atual do país.

Os problemas políticos se tornaram tão expressivos que esqueceu-se da educação básica, saúde, segurança pública, etc. O que está em jogo é o futuro do Brasil como nação democrática. Não quero tratar aqui de questões partidárias, sou a favor de punição para todos os corruptos, sejam de qual partido for. Sou a favor da justiça sem abusos e igual para todos, em defesa da democracia.

A realidade atual diz que o Brasil vive sua pior recessão nos últimos 25 anos. O índice de desemprego no mês de fevereiro bateu o recorde das últimas décadas. A virada da situação em que o Brasil se encontra dependerá de como o país conseguirá mudar a cultura da corrupção. Isso vai levar tempo, mas não é impossível.

Durante anos conseguimos alcançar grandes feitos no campo da economia. Promovemos a diversificação econômica e ampliamos nossos parceiros comerciais internacionais. Para sairmos da estagnação econômica isso precisa continuar. Entretanto, para isso, faz-se necessário uma mudança constitucional para estabelecer uma política macroeconômica, sem reverter os ganhos que as classes menos privilegiadas conquistaram nos últimos anos. Não podemos esquecer, também, que o investimento na infraestrutura do país tem de continuar.

Não devemos nos iludir: para o mercado econômico, o impeachment produziria uma solução de curto prazo, elevando os pontos da Bolsa de Valores e fazendo o dólar baixar. Mas, isso não é o bastante, porque a operação Lava Jato tem atingido grande parte da elite política e econômica. Novas eleições podem oferecer um novo começo, mas a solução definitiva está na aprovação de reformas, essenciais para a recuperação da confiança do mercado.

O futuro do Brasil está na criação de uma nova consciência. Uma consciência política e social. É preciso limpar a casa e acreditar em um país mais consciente e, consequentemente, melhor. O Brasil tem provavelmente um futuro brilhante pela frente, mas esse futuro ainda não está visível.

O programa Globalizando, da Rádio Unama FM 105.5, é produzido pelo curso de Relações Internacionais da Universidade da Amazônia e apresentado pelo professor Mário Tito Almeida. 

Músicas, debates e informações sobre os principais acontecimentos mundiais são os destaques do programa, que vai ao ar aos sábados, das 11 às 12 horas, com reprise às terças-feiras, das 21 às 22 horas.  

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Clique no ícone abaixo para ouvir o segundo bloco, que aborda as relações entre Brasil e Alemanha.

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O programa Globalizando, da Rádio Unama FM 105.5, é produzido pelo curso de Relações Internacionais da Universidade da Amazônia e apresentado pelo professor Mário Tito Almeida. 

Músicas, debates e informações sobre os principais acontecimentos mundiais são os destaques do Globalizando, que vai ao ar aos sábados, das 11 às 12 horas, com reprise às terças-feiras, das 21 às 22 horas.  

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A relação entre Brasil e Alemanha é o tema desta edição. Nosso país é o maior parceiro dos alemães na América Latina.

O programa conta com a participação da professora Tienay Costa, mestre em Ciências Políticas. Nas dicas da equipe, o destaque é o filme “Alemanha In Brasil: sotaques, melodias e histórias. Clique no ícone abaixo para conferir:

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--> Acesse aqui o segundo bloco do Globalizando.

A empresa estadunidense do setor de alimentos Cargill está com 50 vagas de emprego abertas no Brasil. Serão selecionados profissionais com ensino médio e superior completo e incompleto. Os interessados vão concorrer a vagas em estados como Pará, São Paulo, Mato Grosso e Minas Gerais.

A maior quantidade de oportunidades está localizada no estado mineiro, com 17 ofertas de emprego. Há vagas para pessoas com deficiência. A candidatura deve ser feita por meio do site de captação de currículos

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O número de mortes no País provocadas pelo H1N1 subiu de 71 para 102, em uma semana, o equivalente a um aumento de 43%. Boletim do Ministério da Saúde, com dados coletados até o dia 2, mostra que a maioria dos óbitos ocorreu em cidades do Estado de São Paulo, 70 ao todo.

O número de casos da doença também aumentou de forma significativa no período. Em uma semana, o total de casos no País de Síndrome Respiratória Aguda Grave, uma complicação da gripe, ligada ao H1N1, passou de 444 para 686 - um salto de 54%.

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Dos casos identificados da síndrome neste ano, 78% estão concentrados em São Paulo. Foram 534.

Em todo o Sudeste, foram identificados 553 pacientes com complicações provocadas pelo vírus. Santa Catarina é o segundo Estado com maior número de casos da doença (40), seguido do Paraná (21), Goiás (12), Pernambuco (11), Minas (10), Bahia (9). Distrito Federal trouxe até o momento 9 casos, um a mais do que o identificado no Rio.

Já o Rio Grande do Sul tem 7 casos. Ao todo, 18 Estados contabilizam registros de complicações provocadas pelo H1N1.

Além de São Paulo, outros treze Estados registram mortes provocadas pelo vírus. Goiás registra 6 mortes e Santa Catarina, 5. Em nota, o Ministério da Saúde afirmou estar monitorando os casos de H1N1, que vacinas estão sendo distribuídas para todo o País e que todos os Estados estão abastecidos com oseltamivir, medicamento indicado para as primeiras 72 horas de infecção e que poderia reduzir o risco de complicações provocadas pela doença.

No comunicado, o ministério afirma que, além da vacinação, a população deve adotar medidas de prevenção, como lavar sempre as mãos e evitar locais de aglomeração.

Com atraso de um ano em relação à Europa e aos Estados Unidos e bem no ápice da crise econômica brasileira, a fabricante de cosméticos L'Oréal vai lançar no País, na segunda-feira, sua principal aposta para o segmento profissional - divisão de negócios que concentra a comercialização em salões de cabeleireiros. Voltada aos consumidores de maior poder aquisitivo, a nova linha é uma série de produtos de tratamento para cabelos danificados. Para usar todos os produtos, o grupo francês espera um desembolso individual de pelo menos R$ 800.

Apesar do preço, a empresa acredita que a nova linha, batizada de Pro Fiber, amplie em 20% sua presença nos salões de beleza. "A gente vai colocar o produto em mil salões nesse primeiro momento e ir crescendo ao poucos. A ideia é chegar a 4 mil salões até o fim do ano", conta o diretor superintendente da divisão de produtos profissionais no Brasil, Mikael Henry.

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A L'Oréal diz estar confiante no projeto, apesar de o Brasil, ao lado da China e da Rússia, ter sido apontado como um destaque negativo das operações globais em 2015. Mesmo assim, a partir do ano que vem, a companhia pretende iniciar a produção da linha de salões - denominada Pro Fiber - em sua unidade na Pavuna, no Rio de Janeiro. Por enquanto, o produto, que é fabricado na Espanha, será importado. "(A produção local) será importante para ganharmos escala e reduzirmos custos", diz o executivo.

A divisão de produtos profissionais da L'Oréal representa 15% das vendas do grupo, que em 2015 ficaram em ¤ 25,26 bilhões. No Brasil, esse é um mercado importante, movimentando por 175 mil salões de cabeleireiros, tanto formais quanto informais, segundo estimativas do mercado.

De acordo com dados da empresa de pesquisa Euromonitor, o Brasil se tornou, em 2015, o segundo maior mercado para produtos para o cabelo em todo o mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. A cada ano, cada brasileiro investe US$ 45 em produtos desta categoria e, mesmo com a crise, as previsões são de que o faturamento continuará a crescer, atingindo US$ 11 bilhões em 2019. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A crise econômica no Brasil e o real desvalorizado levam o País a sofrer a segunda maior queda de importações entre as grandes economias do mundo. A queda, segundo a OMC, vai se intensificar em 2016 e pode até continuar em 2017.

Em 2015, a redução nas importações foi de 25,2%, colocando o País na 25.ª posição entre os principais mercados. No ano passado, o Brasil somou compras de US$ 179 bilhões, inferior às da Polônia ou Turquia.

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Não foi só em valores que a redução ocorreu. Enquanto as importações físicas pelo mundo aumentaram em 4,5% em 2015, as do Brasil registraram queda de 15%, até mesmo pior que as da Venezuela, com 13%.

Os dados foram apresentados na quinta-feira, 7, pela Organização Mundial do Comércio (OMC). "Quando a economia desacelera, um indicador é a redução de compras. No caso do Brasil, essa queda foi significativa", disse Roberto Azevedo, diretor da OMC.

A contração pode continuar em um ritmo ainda maior. Na América Latina, a queda da produção foi de 1% em 2015. Mas deve se aprofundar para uma retração de 1,7% em 2016. "Parte substancial disso vem do Brasil", disse Robert Koopman, economista chefe da OMC.

Nos três primeiros meses de 2016, os dados apontam para uma contração ainda maior que a de 2015. As compras do País registraram US$ 32 bilhões, 33,4% a menos que o mesmo período de 2015. O resultado é o maior superávit dos últimos 28 anos, o que a OMC alerta que nem sempre pode ser um resultado positivo, por ocorrer graças a uma recessão interna.

A queda contrasta com a expansão registrada até 2012, com saltos de mais de 20% por ano nas importações. A tendência levou centenas de multinacionais a cobiçar o mercado brasileiro, investir e compensar suas fracas vendas na Europa com apostas no Brasil.

Hoje, entre as 30 maiores economias do mundo, apenas a Rússia registrou uma contração de compras superior à do Brasil, com queda de 37% em valores e em volume. Moscou, porém, vive ainda sob o embargo da União Europeia e dos EUA por causa dos conflitos na Ucrânia.

Em 2013 e 2014, o Brasil aparecia na 21.ª posição entre os maiores importadores. Com a queda de quatro lugares no ranking da OMC, o País já é ameaçado por Malásia e Arábia Saudita.

No lado das vendas ao exterior, o Brasil também teve uma das piores quedas, com contração de 15,1% em valores, colocando o País na 25.ª posição entre os exportadores. Hoje, os produtos nacionais representam apenas 1,2% do mercado mundial. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As incertezas do cenário político levaram o dólar a fechar em alta de 1,24% nesta quinta-feira, 7, cotado a R$ 3,6855 no mercado à vista. As notícias do dia não animaram o mercado de câmbio, onde a redução das apostas no impedimento voltou a incentivar a compra de dólares. Pesa a percepção de que as articulações do governo para sustentar o mandato de Dilma possam de fato surtir efeito. Além disso, há ainda dúvidas quanto ao eventual substituto da presidente, uma vez que, por determinação do STF, será formada uma comissão para analisar o pedido de impeachment do vice Michel Temer.

Entre as notícias do dia, também foi destaque a confirmação da eleição de Gilmar Mendes para a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde tramita ação pela impugnação da chapa Dilma-Temer nas eleições de 2014. Complementa esse quadro a notícia de que executivos da Andrade Gutierrez afirmaram em delação premiada que a segunda maior construtora do País fez doações à campanha usando dinheiro de propina.

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Em meio às incertezas, o dólar subiu durante todo o dia. Na mínima da sessão, às 9h54, marcou R$ 3,6484 (+0,22%) e, na máxima, às 13h19, atingiu R$ 3,7130 (+1,99%). No pico do dia, a moeda refletiu ainda movimento de zeragem, no intraday, de posições vendidas de alguns players.

Pela manhã, o Banco Central realizou leilão de até 20 mil contratos de swap cambial reverso (US$ 1 bilhão), em operação cujo efeito é equivalente à compra de dólares no mercado futuro. No entanto, apenas 8,5 mil contratos (US$ 422,8 milhões) foram colocados. No fim da manhã, a instituição vendeu outros 5,5 mil contratos de swap tradicional (US$ 268 milhões) para rolagem dos vencimentos de maio.

Um dos maiores fundos de private equity (que compram participações em empresas) do mundo, o Carlyle, dono de participações em importantes negócios nacionais - como CVC, Tok&Stok, Ri Happy, Rede D’Or e Uniasselvi - está em "compasso de espera" para fazer novos investimentos em 2016. Segundo Juan Carlos Félix, copresidente do fundo para a América do Sul, essa situação pode mudar muito rapidamente caso ocorra o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

"O impeachment deve provocar uma injeção de otimismo muito grande, com encurtamento da crise", afirmou o executivo ao jornal O Estado de S. Paulo.

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A seguir, os principais trechos da entrevista:

No momento atual, está sendo difícil fechar negócios?

É um momento interessante para fazer negócio. Por um lado, há várias empresas boas, que estão precisando de dinheiro e não têm crédito. O que complica são as incertezas políticas.

Com quais cenários o Carlyle trabalha?

Há uma incerteza política muito grande. Por isso, temos dois cenários. Em um deles, tem impeachment, o que deve provocar uma injeção de otimismo muito grande, com encurtamento da crise. No outro, sem o impeachment, seria um problema, uma vez que teria a possibilidade de o PT se perpetuar no poder em 2018. Aí a situação seria muito complexa.

Como os investidores estrangeiros têm visto o Brasil hoje?

Tem um grupo que acha que é um bom momento para investir. Quando se analisa os últimos 50 anos, as crises no Brasil geralmente são curtas. E, depois das crises, há recuperação muito rápida. As melhores safras de private equity no mundo, normalmente, ocorrem nos momentos de crise. O problema é que essa crise não é estritamente econômica, mas política. Não dá para ter certeza de uma reviravolta tão rápida. Há grupos de investidores mais céticos, que creem que a crise pode se prolongar mais.

Com a Operação Lava Jato, grandes grupos colocaram ativos à venda. E, ao mesmo tempo, há setores, como saúde e educação, com oportunidades. O momento atual é bom para investidor estratégico ou de private equity?

Há espaço para os dois. Hoje é um bom momento para o estratégico, porque ele tem um horizonte maior (de permanência com o ativo). E, segundo, porque o dólar ajuda (pois o ativo fica mais barato).

O mercado trabalha com a expectativa de votação do impeachment para o dia 17 de abril...

A tendência, obviamente, é esperar. Hoje, o mercado está paralisado.

Com qual perspectiva o Carlyle trabalha?

A gente tende a acreditar, como um consenso, que vai ter um impeachment. Pelo bem do País, acreditamos que isso vai acontecer.

O sr. acredita que o PMDB tem condições de conduzir as futuras mudanças?

A tendência é de mudança. Serão dois anos seguidos de crescimento negativo (2015 e 2016). A esperança do impeachment é de que traga uma condução de economia para o mercado, menos populista. Se depois do impeachment não houver uma mudança da economia, esse otimismo vai ser passageiro.

É importante que essa mudança seja rápida?

Sim, porque estamos vendo nas empresas, de maneira geral, escassez de crédito. O consumidor também não consegue mais comprar. O efeito será exponencial.

O Carlyle faz parte do grupo de investidores que está assustado com o atual momento do Brasil?

Estamos aqui pensando no longo prazo. O Carlyle não é oportunista. Tanto que temos um fundo dedicado à América Latina (de US$ 1,5 bilhão, dos quais foram feitos 12 investimentos, sendo nove deles no Brasil). Mas tem uma questão importante que é escolher muito bem os setores ou subsetores da economia que são menos afetados pela crise. Os setores de saúde, educação e de varejo especializado ainda têm crescimento orgânico, enquanto outros segmentos não crescem.

O Brasil viveu um boom da economia entre 2010 até parte de 2013. De repente, mudou da água para o vinho. É difícil de explicar o que está acontecendo ao investidor estrangeiro?

É difícil de explicar a complexidade dessa situação, porque é uma junção de uma crise econômica com uma bagunça política. Por outro lado, não é difícil explicar o ciclo econômico. O Brasil teve dez anos de crescimento expressivo, com a eleição do Lula (ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva). Hoje, vivemos um momento de desaceleração, que é natural dos ciclos econômicos. Os Estados Unidos tiveram um período de crise em 2008 e 2009, mas adotaram políticas de estímulo do consumo, reduzindo juros e impostos. Aqui, na crise, aconteceu o contrário.

O fundo está olhando mais outros países da América Latina?

A gente está olhando com muito interesse investimentos em outros países, especialmente o Peru, onde a economia é muito estável. Fizemos três investimentos lá e deveremos fazer mais dois neste ano. A Colômbia é um país que também nos interessa. Estamos começando a olhar Argentina, mas a grande pergunta é se o governo Macri vai conseguir fazer as mudanças necessárias.

O Brasil deixou de ser atraente para o Carlyle?

Não. É a maior economia da América do Sul, com um mercado doméstico desenvolvido, fundamental para o setor de private equity. Continua sendo muito importante.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A desaceleração registrada pelo Brasil é maior que o esperado, afirmou a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, em um discurso na Alemanha nesta terça-feira (5), no qual ressaltou que os riscos para a economia mundial aumentaram em meio à expansão de vulnerabilidades nos países emergentes.

Lagarde ressaltou que os países emergentes formam um grupo muito diverso, mas no geral tem predominado a tendência de enfraquecimento da economia. A transição de modelo de crescimento da China é saudável e bem-vinda, mas o país terá que lidar com taxas menores de expansão.

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Rússia e Brasil estão em recessão e o petróleo barato tem afetado as perspectivas de vários países, incluindo o Oriente Médio e a África. A principal exceção nesse quadro continua sendo a Índia. A expansão no país segue "forte" e a renda também tem crescido.

Lagarde não falou de projeções de crescimento nesta terça-feira. Os números serão divulgados na próxima semana, dia 12, quando começa a reunião de Primavera do FMI em Washington.

O Brasil pode ter as projeções rebaixadas mais uma vez, como vem acontecendo a cada novo relatório do FMI desde 2012. Na última atualização de estimativas do Fundo, divulgada em janeiro, a previsão era de que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil fosse encolher 3,5% este ano e ficar estável em 2017.

Riscos

Entre os riscos que têm contribuído para elevar a vulnerabilidade nos países emergentes, Lagarde citou o aumento do endividamento de empresas, volatilidade maior nos fluxos internacionais de capital e, em alguns mercados, os bancos mais cautelosos em liberar crédito. Muitos destes riscos podem provocar contágios de um país para outro, ressaltou a dirigente.

Na segunda-feira, o FMI publicou um estudo em que mostra que as repercussões financeiras de eventos em países emergentes aumentaram nos últimos anos.

Economia mundial

De acordo com Lagarde, o crescimento da economia mundial teve enfraquecimento adicional nos últimos meses, enquanto os riscos de piora da atividade aumentaram. "A economia global enfrenta um tempo de crescente risco e incerteza", afirmou.

No discurso na Alemanha, Lagarde cobra "ações decisivas" dos governos para restaurar a trajetória de crescimento das economias e pede maior cooperação internacional para combater não apenas a fraqueza econômica, mas também a corrupção e as mudanças climáticas. "Podemos fazer melhor, temos que fazer melhor, mas para isso as políticas precisam ir além", disse a dirigente. "Estamos em alerta, não alarmados."

A boa notícia, afirmou Lagarde, é que a recuperação da economia mundial continua. "Temos crescimento, não estamos em uma crise." A notícia nem tão boa, disse ela, é que essa recuperação permanece "muito fraca, muito frágil, e os riscos para sua durabilidade estão aumentando".

Os riscos de piora da economia permanecem e alguns aumentaram, disse a dirigente do FMI, citando vulnerabilidades em mercados emergentes, um legado da crise nos países desenvolvidos, com enfraquecimento do comércio mundial e aumento da volatilidade nos mercados e dos riscos para a estabilidade do sistema financeiro.

Para lidar com essa situação, Lagarde afirma que todos os países precisam de medidas contingenciais no caso do o cenário piorar. Além disso, são necessárias medidas estruturais, maior cooperação internacional e o uso de uma política fiscal "amigável ao crescimento", onde possível. "Alguns países têm espaço para expansão fiscal e deveriam usá-lo", disse ela, ressaltando que o mundo precisa também de estímulos monetários, mas eles sozinhos já não são mais suficientes.

Juros negativos

Lagarde disse que as taxas de juros negativos adotadas pelo Banco Central Europeu (BCE) e no Japão são bem-vindas, mas podem ter efeitos colaterais que precisam ser monitorados. "Enquanto a acomodação deve continuar na maioria das economias avançadas, é evidente que a política monetária não pode mais ser o alfa e ômega para a recuperação", disse ela, mencionando a necessidade de suporte fiscal e de reformas estruturais.

A representante do FMI frisou ainda que o risco de a economia mundial ficar presa em um nível de crescimento definido por ela como "novo medíocre" aumentou. A esperada aceleração da expansão dos países desenvolvidos não ocorreu no ritmo previsto, ao mesmo tempo em que emergentes, com a China e Brasil, perderam fôlego.

Nos mercados desenvolvidos, os EUA estão sendo afetados pela valorização do dólar, que prejudica as exportações do país e as empresas multinacionais. A zona do euro tem registrado baixo investimento e, no Japão, tanto a expansão do PIB como a inflação estão abaixo do esperado.

A Europa, epicentro da crise econômica mundial por anos, já tem uma taxa de desemprego inferior ao que se registra hoje no Brasil. Dados publicados nesta segunda-feira (4) revelam que os 28 países do bloco europeu somaram uma taxa de desemprego de 8,9% em fevereiro. No Brasil, a taxa do IBGE era de 9,5% no trimestre encerrado em janeiro.

Os novos números mostram que, no total, 18 dos 28 países da UE já contam com taxas de desemprego abaixo do que se vê no Brasil, um contraste com o cenário de diversos encontros entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff com líderes europeus.

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Durante o auge da crise europeia, milhares de espanhóis e portugueses decidiram tentar a chance no Brasil, enquanto os brasileiros que trabalhavam na Europa optaram pelo caminho do retorno ao País, em pleno crescimento.

Mas, segundo os novos dados oficiais da UE, a taxa de desemprego no bloco caiu de 10% no final de 2014 para 9,7% em fevereiro de 2015 e, agora, para 8,9% ao final de fevereiro. "Essa é a menor taxa na UE desde maio de 2009", indicou a Eurostat, a agência de estatísticas da UE.

Em apenas um ano, o número absoluto de desempregados na Europa foi reduzido em quase 2 milhões de pessoas, passando para 21,6 milhões de europeus afetados. As menores taxas foram encontradas na Alemanha, com desemprego de 4,3%, e na República Checa, com 4,5%.

A maior taxa continua sendo a da Grécia, com 24%, seguida pela Espanha, com 20,4%. Contando apenas os países que usam o euro, a taxa ficou ainda em 10,3% em fevereiro. Mas, mesmo assim, abaixo dos 11,2% de fevereiro de 2015 e também a taxa mais baixa desde de 2011.

Enquanto a tendência na Europa é de queda, o Brasil vive um cenário diferente. A taxa de desemprego no País atingiu 9,5% no trimestre encerrado em janeiro, segundo o IBGE. No mesmo trimestre do ano anterior a taxa havia sido de apenas 6,8%. Nos três meses terminados em outubro, a taxa havia sido de 9%. Em um ano, a população desocupada aumentou de 6,45 milhões para 9,09 milhões de pessoas, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).

Para a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a taxa de desemprego vai continuar a aumentar no Brasil. O País ainda será responsável por um a cada três novos desempregados em 2016 no mundo.

Depois de dois anos de discussão, o Ministério da Saúde publicou o protocolo com diretrizes para partos no País em uma versão esvaziada. O documento, que foi criado para tentar reduzir o alto número de cesáreas realizadas, não traz um dos pontos considerados mais polêmicos e, para defensores do parto normal, o mais eficaz: a restrição à cirurgia "a pedido".

"Decidimos tirar todos os pontos em que não havia um consenso", afirmou o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame. Ele observa que o assunto ainda é delicado e envolve vários pontos ligados à cultura do brasileiro. "Este é o primeiro passo. Procuramos mostrar que medidas são necessárias para reduzir o número de cesáreas no País, que há muito ultrapassou o limite da razoabilidade."

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Dados indicam que 84% dos partos realizados na rede particular de saúde são feitos por meio de cesárea. Na rede pública, o porcentual é de 40% - um índice que vem crescendo ao longo dos anos. "A ideia do documento é retirar da cesárea a falsa ideia de que ela é inócua, de que ela pode ser glamourizada. Ela traz riscos para mãe, para bebês", afirmou.

A retirada da restrição da cesariana "a pedido" - feita quando não há nenhuma indicação médica para a escolha do procedimento - foi considerada uma tática por Beltrame. "A primeira tarefa do protocolo é divulgar informações sobre os riscos de cada parto. Se a mulher for informada, há a possibilidade de haver uma redução do número de cesáreas não necessárias."

Outro ponto polêmico retirado foi a dispensa da necessidade de um pediatra na sala do parto, como constava da primeira versão do texto, enviado para consulta pública. Na versão atual, o pediatra é considerado importante e somente pode ser dispensado em casos de extrema necessidade.

As regras preconizadas pelo documento não são obrigatórias. "O ideal, no entanto, é que profissionais procurem se nortear pelas orientações. Elas foram inspiradas em práticas consideradas importantes em outros países", afirmou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O vírus H1N1 já é responsável por metade dos casos de gripe registrados no País, afirmou o diretor de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch. Do total comprovado para influenza em análises laboratoriais, 50% apresentam a infecção por essa variação do vírus, responsável por uma pandemia em 2009.

"Estamos todos muito preocupados", admitiu Maierovitch à reportagem. Ele observa que o H1N1 é mais agressivo do que os demais subtipos que circulam no País, como o H3N2 e influenza B. Além disso, a alta é registrada em um período em que a população ainda está suscetível. "O aumento de infecções aconteceu de forma antecipada. Mesmo que pessoas já tenham sido imunizadas no ano passado, boa parte do efeito protetor da vacina já passou", disse.

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Boletim divulgado ontem mostra que o subtipo influenza A já provocou, apenas nos primeiros três meses deste ano, 71 mortes - quase o dobro do que foi registrado no ano de 2015 (36). Os casos também subiram de forma expressiva. Até agora, foram 444 notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) - o triplo de todo 2015.

Além do aumento de pacientes atingidos, a doença se espalha pelo País - 15 Estados registram infecções provocadas pelo vírus, dois a mais do que há duas semanas. "O nosso maior temor é que a epidemia, tendo início precoce, atinja um número maior de pessoas, a exemplo do que aconteceu em 2013", disse Maierovitch. Naquele ano, foram 3.733 registros de H1N1. "Os casos foram registrados a partir de abril. Agora, começaram ainda em março", afirmou.

Não há ainda uma explicação. Uma das hipóteses para o surto de gripe fora de época é a condição climática. "Alguns estudos mostram associação com o El Niño. Anos com o fenômeno propiciariam a antecipação dos casos de gripe", disse o diretor.

Concentração

A maior parte das notificações está nos Estados do Sudeste. Só em São Paulo são 372 casos - 84% dos registros do País. Em segundo lugar está Santa Catarina, com 22 infecções, seguido por Bahia (9) e Paraná (7). Pernambuco, Goiás e Distrito Federal apresentam, cada um, cinco pacientes. Minas, Ceará, Pará e Rio têm 3 em cada. No Rio Grande do Norte e em Mato Grosso, são dois casos. Mato Grosso do Sul relata um, assim como o Espírito Santo.

Diante da epidemia provocada pelo vírus em São Paulo e do atípico aumento de casos provocados pela doença em outros Estados, o ministério decidiu antecipar a distribuição da vacina. Maierovitch, porém, advertiu que a proteção não é imediata. São necessárias pelo menos duas semanas para que a vacina comece a aumentar a imunidade ao vírus. "Por isso, de nada adianta correr para se vacinar, por exemplo, quando alguém do seu círculo apresenta sintomas de gripe", afirmou. "Nesses momentos, o principal é a adoção de medidas de prevenção, como lavar as mãos e procurar evitar o contato com pessoas doentes."

Maierovitch afirmou que, de acordo com o desempenho da vacinação em São Paulo, a estratégia do Dia D, marcado para o dia 30 deste mês, poderá ser revista. "Não queremos abrir mão dessa iniciativa, que, tradicionalmente, consegue atingir pelo menos 30% da população-alvo em apenas um dia", afirmou.

Segundo o diretor, caso a cobertura de grupos vulneráveis seja atingida antes do Dia D, uma mudança poderá ser feita no Estado, como o cancelamento do evento. A decisão deverá ser definida dentro de duas semanas. Em São Paulo, a vacinação para profissionais de saúde começou ontem. Para grupos vulneráveis - idosos, pessoas com doenças pré-existentes como problemas respiratórios ou cardíacos - terá início no dia 11.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Facebook anunciou, nesta segunda-feira (4), que o executivo argentino Marcos Angelini vai assumir o comando da rede social no Brasil. Ele deixou o cargo de vice-presidente global da marca de sabão em pó Omo e da Unilever da América Latina para ocupar o posto como diretor geral na plataforma de Mark Zuckerberg no Brasil.

O cargo estava vago desde que Leonardo Tristão deixou o comando da empresa no Brasil para assumir o Airbnb, em junho do ano passado. Angelini é engenheiro industrial por formação, com MBA em administração e negócios pela Universidade de Durham, na Inglaterra. O executivo tem mais de duas décadas de experiência na Unilever, onde exerceu um dos principais cargos da companhia para a América Latina.

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Segundo o Facebook, Marcos Angelini deverá acelerar o desenvolvimento da plataforma no Brasil. “A forte experiência do Angelini com gestão e marketing vai nos ajudar a continuar entregando valor para nossos clientes e parceiros e a acelerar nosso crescimento no Brasil”, disse o vice-presidente do Facebook na América Latina, Diego Dzodan, em comunicado.

O Brasil ganhou mais seis medalhas de ouro no quarto e penúltimo dia das provas de natação do Campeonato Sul-Americano de Natação, neste sábado, em Assunção, no Paraguai. Etiene Medeiros venceu os 100 metros livre, enquanto que Brandonn Almeida levou a melhor nos 400 metros medley. As outras medalhas vieram nos 50 metros costas e borboleta, que não são provas olímpicas, e nos revezamentos 4x200 metros livre feminino e 4x200 metros livre masculino - neste, o País foi prata, mas a Argentina foi desclassificada.

Em ótima fase, Etiene Medeiros abriu o dia vencendo os 100 metros livre. Completou a prova em 54s83, superando por pouco a também brasileira Manuella Lyrio (55s07), que garantiu mais uma dobradinha no alto do pódio. Menos de 10 minutos depois, ela voltaria à piscina para os 50 metros costas, prova da qual é vice-campeã mundial. Sentindo o cansaço natural, terminou em segundo com 28s17, logo atrás da argentina Andrea Berrino. Ana Giulia Zortea, caçula da delegação, ganhou o bronze.

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Apesar de ser especialista no nado costas, Etiene vem crescendo nas provas de velocidade. No Sul-Americano, já havia vencido os 50 metros livre. Ela tem índice para os 50 e para os 100 metros livre, mas nadou acima desse índice (54s4) neste sábado. De qualquer forma, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) não aceita os tempos do Sul-Americano para critérios de convocação.

Alan Vitória e Pedro Spajari nadaram os 100 metros livre e ficaram fora do pódio. Pedro, que tem só 19 anos, ficou em quarto com 50s12, seguido por Alan Vitória, o sexto com 50s29. Os dois estão entre os muitos candidatos a compor o 4x100 metros livre do Brasil na Olimpíada do Rio. Os favoritos, como Bruno Fratus, Marcelo Chierighini e Matheus Santana, recusaram convocação para o Sul-Americano.

Nos 400 metros medley, Joanna Maranhão perdeu mais uma para a argentina Virginia Bardach, irmã da histórica Georgina Barbach, que foi às últimas quatro Olimpíadas. A brasileira completou em 4min43s31, enquanto que a argentina fez 4min42s62 para se assegurar em mais uma prova no Rio-2016 - a competição é seletiva olímpica para a Argentina. Bruna Primati ficou em quarto, com 4min53s04.

No masculino, a vitória foi para Brandonn Almeida, que chegou em 4min17s78. O Brasil ainda teve Icaro Ludgero em quarto, com 4min28s75. Brandonn já tem o índice para os 400 metros medley - 4min16s71.

Nas demais provas que não fazem parte do programa olímpico, o Brasil saiu-se bem. Fez dobradinha nos 50 metros borboleta com Daiene Dias (26s53) e Daynara de Paula (26s68) e ganhou ouro e bronze nos 50 metros costas com Guilherme Guido (25s19) e Fábio Santi (28s85). Só na prova masculina de 50 metros borboleta que não ganhou medalha. Henrique Rodrigues foi sexto (24s66).

A partir do dia 15 de abril, a GVT como conhecemos deixará de existir. A marca, criada pelo israelense Amos Genish, passará a operar sob a chancela da Vivo, operadora móvel controlada pelo grupo espanhol Telefónica. A mudança começa a ser realizada de forma gradual, nesta sexta-feira (1º). A partir da segunda quinzena deste mês, a GVT será completamente substituída pela Vivo em todo o Brasil.

O processo de integração entre as marcas é ambicioso, envolve o planejamento de 150 executivos e o trabalho de pelo menos 35 mil colaboradores. A expectativa é que a operação traga um retorno de R$ 24 bilhões nos próximos 15 anos. De acordo com o diretor regional da Vivo no Nordeste, Renato Pontual, os antigos clientes da GVT não serão prejudicados durante a mudança.

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“Não haverá acréscimos de valores ou diminuição de serviços nos planos. O que muda, a partir do dia 15 de abril, são os benefícios cruzados oferecidos com descontos na mensalidade para quem optar pelos planos da Vivo. Os clientes poderão escolher a melhores opções de planos”, explicou o executivo.

Na prática, isso significa que os contratos firmados com os clientes GVT, que já somam mais de 196 mil pessoas somente na banda larga em Pernambuco, não serão modificados. Itens como oferta, valor e até mesmo fidelidade permanecem os mesmos. O que muda é o nome de cada pacote, que deixará de fazer referência à marca GVT e passará a adotar o nome Vivo.

Além disso, haverá preços mais acessíveis quando os clientes comparem pacotes 3P – que incluem serviços de telefonia fixa, banda larga e TV paga. Quem assinar a oferta completa terá uma ampliação do pacote de dados em seu plano pós-pago Vivo. Os clientes GVT também têm até 25% de desconto na mensalidade ao adquirir planos da operadora móvel.

Os clientes também não precisarão mudar os equipamentos, como modem e receptor da TV paga, utilizados em casa. No entanto, é preciso ficar atento para o novo código de operadora. Para realizar chamadas a longa distância, os antigos clientes da GVT deverão utilizar o código 15, em vez do 25.

Outra novidade é que os atuais usuários da GVT poderão participar do programa de fidelidade da Vivo que dá descontos em cinema, o Vivo Valoriza. Os consumidores que tiverem dúvidas sobre as mudanças devem acessar o site http://www.gvt.com.br/PortalGVT/Vivo. Por lá, é possível conferir todas as novidades sobre a unificação das marcas, incluindo uma lista de dúvidas frequentes sobre o processo.

Investir é preciso

Além de oferecer benefícios aos consumidores, a expectativa da Vivo também é ampliar a cobertura no Brasil. A GVT, que chegou ao mercado em 2009, está presente em oito municípios de Pernambuco. Já a Vivo oferta seus serviços em 839 cidades somente no Nordeste. No Brasil, esse número salta para 3.757 localidades atendidas pela operadora móvel.

“Unificar as infraestruturas ajuda nossa operação. A grande dificuldade que temos é o backbone, que é a fibra que leva a cobertura até as cidades. Antes a estrutura do serviço móvel e fixo eram construídas separadamente. Agora, podemos utilizar o backbone da estrutura móvel ampla da Vivo para aumentar nossa cobertura em banda larga. Esse benefício é incalculável”, explica Renato Pontual.

O objetivo é levar os serviços de telefonia fixa, banda larga e TV paga para mais seis cidades brasileiras ainda em 2016. Pelo menos um novo município de Pernambuco será comtemplado até o início de 2017. Para isto, a operadora vai ampliar seus investimentos de R$ 8,3 para R$ 8,9 bilhões ainda neste ano.

A empresa de serviços de telefonia, internet e TV por assinatura GVT foi adquirida pela espanhola Telefônica, numa transação avaliada em R$ 22 bilhões. Em dezembro de 2014, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou a compra.

É a torcida quem agiganta um clube de futebol. As bandeiras, os gritos, o apoio do primeiro ao último jogo do campeonato. Os campeões são esculpidos pelas arquibancadas. E, claro, o faturamento. Por isso, as arquibancadas devem ser ocupadas principalmente por associados. Mais que fãs, clientes e consumidores. Os dois últimos vencedores do Brasileirão têm dentre as semelhanças um destaque: um programa forte de sócio-torcedor. A mesma característica têm Bayern de Munique-ALE, Barcelona-ESP e Chelsea-ING. Essa relação de títulos e massificação é recíproca. A matemática é simples: quanto melhores os desempenhos, mais sócios, quanto mais sócios, mais estabilidade.

Dentre os 25 clubes com maior número de sócios no mundo, 12 são brasileiros: Corinthians, Palmeiras, Internacional, Grêmio, São Paulo, Cruzeiro, Santos, Flamengo, Atlético-MG, Sport, Fluminense e Bahia. Desses, apenas os baianos não estão na elite da liga nacional e somente as equipes cariocas não estiveram na sequência dos melhores colocados da Série A 2015.  Ou seja, o bom desempenho dentro das quatro linhas é crucial para o crescimento fora.

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O clube do Nordeste com maior número de sócios-torcedores é o Sport, com mais de 42 mil. O Leão foi o único representante da região na Série A 2015 e quase se classificou à Libertadores da América. Terminou a temporada na sexta colocação. Vice-presidente de Marketing do Rubro-Negro, Melina Amorim declarou: “Acreditamos que o bom desempenho do time e a campanha lançada ano passado foram os principais motivadores para esse salto no número de sócios. Nosso planejamento prevê a valorização e a ampliação dos benefícios”.

O Sport vem investindo esforços na informatização dos serviços de atendimento aos sócios-torcedores. O clube divide o serviço em quatro planos: Torcedor, Contribuinte Preto, Contribuinte Vermelho e Contribuinte Ouro. A mensalidade do mais básico (primeiro) custa R$ 28,50 e oferece meia-entrada em alguns setores da Ilha do Retiro, prioridade em compra antecipada, participação em sorteios exclusivos e no Programa Por um Futebol Melhor. Entretanto, não libera entrada para todas as dependências do estádio como área social, das piscinas.

Líder no número de associados no Brasil, o Corinthians tem mais de 132 mil torcedores. O clube é o atual campeão brasileiro. Fora de campo, oferece o plano mais barato do cenário nacional, chamado de Minha Paixão, com valor de R$ 9 por mês (R$ 108 ao ano). Dentre os serviços, em relação ao Sport, as diferenças são: nenhum desconto em bilhetes, prioridade máxima na compra de ingressos para jogos a mais de 120 km da Arena e acesso anual do titular (sem o dependente) ao Memorial no Parque São Jorge.

O Corinthians consegue unir quatro fatores: bons desempenhos nas competições disputadas, torcida de massa, competitividade na compra de ingressos e baixo custo. Especialista em Marketing Esportivo, Marcio Flores acredita que a melhor maneira de seduzir o sócio-torcedor é direcionando os serviços para o público-alvo. Pela grande quantidade de corintianos e o número insuficiente de lugares na Arena Corinthians (49.205), se associar torna-se quase um pré-requisito para assistir aos jogos do clube. Simultaneamente, os torcedores se reaproximam do Timão. A média de público em 2016 é de 32.528, mesmo no apertado calendário brasileiro. A média de renda por partida neste ano é de R$ 1.826.493; o total arrecadado já soma R$ 14,6 milhões.

O clube com maior número de sócios no mundo é o alemão Bayern de Munique. De acordo com a última atualização, são 258 mil. O motivo da absurda quantidade segue os mesmos conceitos utilizados pelo Corinthians, mas tem seu diferencial (é o padrão seguido pela maioria dos times europeus): os planos não são diferenciados de acordo com benefícios, mas sim com a idade dos interessados (veja no quadro abaixo a divisão). O valor apresentado é em relação à anuidade do plano, além de que a conversão para a moeda brasileira é apenas uma referência, já que o salário mínimo na Alemanha é €$1.473, cerca de R$ 6 mil, seis vezes maior que o brasileiro. Os serviços propostos pelo clube bávaro são até mais modestos do que alguns times do Brasil. Entretanto, são executados de forma excelente. Inclusive, anualmente é realizado o Jahreshauptversammlung, uma assembleia com todos os associados para apresentar faturamentos, despesas e direcionamento para onde pretende investir.

Estabilidade financeira e iniciativas

Os programas de sócios-torcedores estão entre os principais responsáveis pela estabilidade financeira dos clubes atualmente. Apenas em 2015, de acordo com o Movimento Por um Futebol Melhor (MPFM), ocorreram 300 mil adesões e foram movimentados R$ 400 milhões. No início de 2013, quando a ação iniciou, o valor arrecadado somava R$57 milhões. Um dos clubes participantes que mais aumentou a quantidade de associados no período foi o Cruzeiro.

Em 2011, a Raposa se livrou do rebaixamento à Série B por apenas dois pontos. Em 2013, quando iniciou o MPFM, o clube fez grandes investimentos e chegou a se reforçar com o meia-atacante Júlio Baptista, que estava no Málaga e havia marcado 14 gols em 33 jogos. O jogador chegou ao Mineirão em um carro-forte e foi apresentado pela diretoria como resultado do programa Sócio do Futebol. Foram 40 contratações para a temporada, incluindo: o zagueiro Dedé (R$ 14 milhões), o atacante Willian (R$ 10,5 milhões), o zagueiro Manoel (R$ 7,5 milhões) e o atacante Dagoberto (R$ 7 milhões). No final do ano, a equipe comandada por Marcelo Oliveira chegou ao título, bem como na temporada seguinte. A arrecadação anual da Raposa com sócio-torcedor em 2015 ultrapassou a cifra de R$80 milhões.

O especialista Marcio Flores ainda explica, porém, que o atual momento das campanhas de associados são incógnitas por serem embrionárias. “A crise obrigou os caras a pensarem em novos projetos, como o sócio-torcedor. Ainda é muito embrionário. Acho que está crescendo essa história. O sócio-torcedor consegue dar um faturamento muito grande aos clubes. Mas existe a possibilidade de daqui a um ano ser um fracasso”, analisa.

O motivo alertado é simples. Existem vários casos em que os clubes não conseguem realizar as ofertas com excelência. Apesar da relação entre torcedor e time ser passional, o serviço de clube para sócio é completamente comercial, assim como as reclamações e insatisfações. Com os problemas na execução de planos, as adesões logo se transformam em reprovações e podem acarretar um afastamento massivo da torcida ao clube independente do desempenho da equipe de futebol nos torneios.

O Santa Cruz é dono do quarto estádio com maior capacidade do Brasil: o Arruda. O José do Rego Maciel tem espaço para 64.044 pessoas. O novo programa de sócio-torcedor do clube pretende direcionar planos com acesso livre para setores específicos do estádio. Atualmente, apenas a Paixão Tricolor (R$ 27 mensais) possui o benefício. "O intuito é de resgatar esse torcedor que às vezes não pode pagar esse ingresso mais caro. Mas também aqueles que têm a mística de, ‘quero ser sócio, mas só assisto jogos na arquibancada", disse o diretor de Marketing tricolor, Jorge Arranja.

Ferramenta interessante do Tricolor do Arruda é a GeoSanta, que mostra onde estão distribuídos os associados corais. Não apenas por países, mas cidades e até os bairros onde vivem. “A nossa intenção é ocupar todos os bairros do Recife, todas as cidades de Pernambuco e, enfim, todos os estados do País. Ali, estamos mostrando todos os sócios adimplentes. Assim que o sócio adere, ele é plotado no mapa”, falou Dênis Victor Oliveira, sócio-diretor da BPGP Marketing Esportivo.

Já o Internacional tem uma estratégia diferenciada para agrupar os torcedores. O Colorado incentiva a criação de ‘Embaixadas’, que são representantes de diferentes localidades e têm um canal de comunicação direto com a diretoria social. Dentre os requisitos, o embaixador precisa reunir ao menos dez associados em dia (nos últimos seis meses) e ser reconhecidamente no bairro ou cidade como indentificado com o Inter.

Marcio Flores ainda disse que a captação de patrocinadores tem se tornado uma difícil barreira para muitas equipes brasileiras. Antes era possível acertar o pagamento de determinado valor apenas com uma empresa. Atualmente, é necessário diversificar desde o patrocinador máster à omoplata e até banners no estádio até fechar em um nível aproximado. Neste cenário, os planos de sócio-torcedor se tornaram uma das principais fontes de renda dos grandes clubes, na maioria dos casos perdendo apenas para a verba recebida pela concessão dos direitos de imagem. Além de reaproximar o torcedor do clube. No fim, quem sai ganhando é a qualidade do futebol brasileiro.

A conjuntura política brasileira limita a consistência de qualquer conjectura ou cenário traçado para a economia nos próximos meses e anos. Nas últimas semanas o governo federal parece colocar suas fichas em uma política de estimulo da demanda, política exitosa na crise de 2008, porém malograda desde então, os incentivos que levaram os consumidores as compras parecem não fazer mais sentido.

O aparente esgotamento de tal estratégia parece estar baseado no nível de endividamento das famílias, desemprego com trajetória ascendente e baixa confiança dos consumidores. Um lado mais perverso de tal contexto está associado a incentivos não fornecidos para o setor produtivo do ponto de vista da competitividade, o que não remete apenas ao atual governo, por exemplo: nossa infraestrutura de transportes historicamente é cara, insuficiente e ineficiente; nosso sistema tributário é pouco fluído e caro; a burocracia trava negócios, apesar da ampliação do número de anos estudados a produtividade do trabalho está estagnada. Poderíamos discorrer sobre muitas outras temáticas, a exemplo da famigerada corrupção arraigada em empresas e instituições e das taxas de juros surreais.

Até 2008 vivemos um período de liquidez no mercado internacional, o Brasil foi pretendido para a recepção de investimento externo direto, o governo desfrutou de popularidade ‘nunca antes vista na história desse país’. Porém sem os incentivos direcionados a competitividade vivemos apenas um ciclo de crescimento de curtíssimo prazo, que se esgotou.

E agora predominam as vozes adormecidas da austeridade a qualquer custo, sem considerar objetivos estratégicos de longo prazo da sociedade brasileira. A retórica diz que tal processo de ajuste recuperará a confiança e apaziguará o ambiente econômico. Resta saber se os incentivos para a competitividade serão fornecidos de forma a garantir uma posição mais competitiva para a produção brasileira de forma que possamos viver um ciclo de crescimento por um período mais longo. A história tem ensinado que apenas a austeridade não é capaz de criar um ambiente de crescimento, orientado apenas pelas forças de mercado.

 

Como conseguir retomar o crescimento e garantir o equilíbrio fiscal e baixos níveis de inflação é o enigma a ser decifrado pela equipe econômica.

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